POR QUE NÃO SE LÊ: UMA REFLEXÃO DAS CAUSAS DA DESCONSTRUÇÃO DO ATO DE LER ENTRE OS ALUNOS DO PGP Edneide Maria de Lima [email protected] Divanir Maria de Lima [email protected] RESUMO: O texto discute a importância do ato de ler e de como se dá o processo de desconstrução dessa leitura entre os estudantes do Programa Especial para Graduação de Professores – PGP. Reflete acerca das prováveis causas presentes no processo de desconstrução do ato de ler que precedem a entrada na Universidade e que consequentemente são basilares nas dificuldades de leitura dos estudantes no texto acadêmico. Constitui-se uma inquietação acadêmica enquanto aluna iniciante do Curso de Letras da Uneal e Secretária do referido programa. Aporta-se nos estudos de (KOCH, 1993), (FREIRE, 1988), (KLEIMAN, 2000), entre outros. O percurso metodológico sustenta-se num levantamento bibliográfico e aplicação de questionário. As evidências se sustentam na concepção de que os alunos do PGP ao longo de sua formação na educação básica não vivenciam situações de leitura que propiciam o desejo pelo ato de ler levando em consideração que tanto na escola pública quanto na particular, mais especificamente na educação básica, se dão formas de trabalho com leitura e escrita como atividades robotizadas e com fins meramente técnicos e quantitativos. Palavras-Chave: Leitura- PGP- Ato de ler TECENDO ALGUMAS IDEIAS PARA INÍCIO DE CONVERSA... A aprendizagem e domínio da leitura tem sido historicamente considerada condição de ascensão social e cultural e de resgate da cidadania, visto ser por meio dela que o sujeito-leitor reflete, atua e interage com o mundo. Sendo assim, a necessidade de desenvolver este trabalho tem seu nascedouro nas angústias levantadas por professores, O "Programa Especial de Graduação de Professores" é um Programa de Extensão da UNEAL, criado em 2006, cujo objetivo principal é graduar os professores da rede pública de Ensino Municipal. O Programa tem o objetivo de oferecer uma real contribuição para a formação inicial, prioritariamente e, continuada, de Professores da Educação Básica: Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais - Pedagogia, além do licenciado em Ciências Biológicas, Matemática e Letras, habilitando professores para o ensino fundamental e médio nas disciplinas: Biologia e Matemática e suas ramificações, bem como Língua Portuguesa e suas Literaturas. A operacionalização vem ocorrendo da seguinte maneira: os atuais alunos/professores em serviço totalizam um número, de 1.776 (mil, setecentos e setenta e seis), conforme convênios assinados com os diversos municípios, distribuídos em 08 (oito) pólos: Arapiraca, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, União dos Palmares, Matriz de Camaragibe, Delmiro Gouveia e Viçosa. Página |2 nas reuniões da coordenação do Programa Especial para Graduação de Professores (PGP)1, quanto as inquietações surgidas em sala de aula no tocante as dificuldades de leitura dos professores-alunos. A partir de Saussure (1999), podemos afirmar que a linguagem é vista como capacidade de expressão, logo é considerada algo natural, pois, os seres humanos já nascem com uma disposição física e cerebral para tal fim. Na universidade, uma das tarefas do aluno de graduação é ler os diversos textos dentre eles os de cunho científico. Assim, os professores esperam que os alunos cheguem à universidade com experiência significativa de leitura, no caso do PGP pelo fato destes já estarem atuando em sala de aula, pois são professores no ensino público da rede municipal. Desse modo, os alunos ao chegarem ao ambiente da universidade teriam o conhecimento necessário para a compreensão dos textos, em especial os alunosprofessores do PGP, porque necessitarão transformarem a „linguagem‟, na ferramenta a ser transposta didaticamente, após sua formação ou até mesmo durante o período universitário. A partir de Saussure (1999), é possível dizer que a linguagem tem um lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro, logo estão imbricados, entrelaçados. Contudo, verifica-se ainda, que muitos alunos chegam ao ensino superior com enormes deficiências em leitura e escrita por não haver, nos níveis escolares anteriores, ações didáticas, metodológicas que garantam os mecanismos necessários para o diagnóstico e o enfrentamento dessa situação. Estes problemas, visualizado em alguns alunos do Programa, têm sido comprovados na prática, pois é comum encontrarmos no PGP alunos com sérias dificuldades, tanto de leitura, quanto de escritura de texto. Então, se por um lado, o trabalho do docente universitário torna-se extremamente difícil, já que o aluno muitas vezes apresenta sérias dificuldades, inclusive de decodificação da palavra, por outro, as 1 O Programa de Graduação de Professores (PGP) é uma ação da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), e tem como objetivo maior habilitar professores em serviço. Em sua primeira versão iniciada em 2002, formou mais de 3.793 numa parceria com 47 municípios alagoanos, encerrando suas atividades em 2007. O programa trazia em seu bojo a formação para professores em exercício, deste modo o curso ofertado aconteceu ao longo de quatro anos e tinha o formato de oferta modular, acontecia às sextas-feiras (18:00 h às 22:30h) e aos sábados (8:00h às 18:00h). Em sua 2ª versão iniciada em agosto de 2007, traz além do Curso de Pedagogia, as licenciaturas em: Matemática, Ciências Biológicas e Letras-Português, atuando com mais de 1.700 professores e 51 municípios do Estado de Alagoas. Página |3 leituras indicadas na universidade tornam-se um grande transtorno para o discente e assim a compreensão textual torna-se precária. O que dá mais consistência a essas inquietações e justificam a importância deste trabalho são as evidências, demonstradas à posterior através de questionários, são problemas comuns em alguns os alunos- professores e em disciplinas na maioria vezes de cunho específico2, gerando comentários sobre como vencer as dificuldades e promover leituras proficientes. Sendo a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) uma instituição que cuida da formação docente, responsável pelo profissional que também atua nos níveis fundamental e médio de Alagoas e outros estados, entende-se que a proposta da pesquisa seja de investigar o perfil do aluno-leitor do PGP, fazendo um levantamento de dados ou informações que tenham interferido na desconstrução do hábito de leitura, que é considerado fator fundamental no desempenho eficaz do exercício do magistério. O ATO DE LER: UMA DIFICULDADE A SER SUPERADA PELO ALUNO DO PGP Muitas pesquisas apontam para o fato de que alguns alunos ingressantes no ensino superior, não conseguem compreender e muito menos redigir os textos sugeridos pelos professores na academia. Tal constatação se deve ao fato de que ao longo da vida estudantil não se estimulou ou não se preocupou com o desenvolvimento de habilidades significativas, nem houve talvez, em se tratando de transposição didática, um planejamento docente que considerasse os diversos modelos e estratégias de leitura e nem um competente direcionamento quanto à compreensão leitora circundantes na sociedade grafocêntrica, da qual fazemos parte. Observa-se, por exemplo, a instituição de ensino, da educação fundamental à universidade, parece ainda contribuir, de modo incisivo, para um distanciamento entre o que ela propõe e o que dela se espera, em termos de ensino-aprendizagem da leitura, já que, apesar das transformações sofridas, em virtude do desenvolvimento e avanços tecnológicos, a escola mantém, com poucas exceções, os processos de ensino-aprendizagem de outrora, (KLEIMAN, 2000a, p. 18). Com base na hipótese de que a instituição escolar contribui para o distanciamento entre ensino-aprendizagem da leitura, tal hipótese é alimentada pelo 2 Estamos chamando de disciplinas específicas aquelas próprias de cada licenciatura. Página |4 reflexo do cotidiano escolar, este, tem adotado uma série de práticas desmotivadoras que levam o aluno a não gostar de ler e consequentemente a não gostar de escrever. Algumas delas podem ser relatadas, como o uso da leitura exclusivamente com fins avaliativos, o uso do texto como pretexto para o ensino dos conteúdos gramaticais, a leitura de forma autoritária onde o professor só aceita uma interpretação de texto, ou seja, aquela igual ao do livro didático ou a que ele determina, a leitura como decodificação dentre outras práticas de leitura e escrita, ambas sem fundamentação, sem real propósito para o aluno. Esse sistema de ensino na maioria das vezes reproduz um aluno com deficiências de leituras e escrita e que chega até a academia como ditos “analfabetos funcionais”. Estes são os que entendem, mas não sabem falar sobre aquilo. Lêem mas não sabem redigir um texto sobre determinados assuntos, esses sujeitos não sabem transmitir o que conhecem. Contrapondo-se a esse modelo de linguagem (adotada no ambiente escolar) tanto na forma escrita quanto na forma oral Koch (2006) afirma que: [...] na concepção interacional (dialógica) da língua na qual os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos-que dialogicamente- nele se constroem e são construídos. Desta forma há lugar, no texto, para toda uma gama de implícitos dos mais variados tipos, somente detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos participantes da interação. Num movimento de contraposição ao ensino clássico de língua como estrutura fechada, temos na concepção interacionista-dialógica a validação dos sujeitos como construtores, interlocutores e não meros expectadores da língua seja ela, escrita ou falada. Nesse sentido, Freire, (1997, p.11), num diálogo com a ideia de interação na aquisição da linguagem, afirma que: A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”. Nessa perspectiva podemos dizer que o ato de ler proporciona ao docente universitário a capacidade de refletir e opinar sobre os diversos aspectos da vida. É por Página |5 meio dele que se adquire uma nova percepção de mundo. Assim, faz-se necessário levar em conta as afirmações de Galves, Orlandi, Otoni (2002), o leitor acabado é alguém: a) Que se teria libertado dos hábitos de uma leitura palavra por palavra (ou sílaba por sílaba) [...]. b) Que não precisaria de intermediário sonoro ou quase sono (leitura alta ou silenciosa com subfocalização) [...]. c) Que seria capaz de antecipar morfossintaticamente, lexicalmente, semanticamente e retoricamente o que vai ou pode seguir no fio do texto [...]. d) Que disporia de estratégias de leitura [...]. e) Que (nos melhores casos?) saberia “deslinearizar” sua leitura para construir hipóteses sobre o sentido a partir de uma varredura do texto [...]. f) Que, no final das contas, se utilizaria de um leque de modos de leitura de acordo com os textos que pratica e os projetos que tem [...]. Percebe-se então que o aluno-leitor é alguém que “se teria libertado dos hábitos de leitura palavra por palavra”, que não precisa de “intermediário”, que é “capaz de fazer antecipações”, possui “estratégias de leitura”, “deslinearizando-a” e utilizando um “leque de leituras”. A PESQUISA, OS MÉTODOS, OS PARTICIPANTES E OS INSTRUMENTOS Partindo de uma inquietação enquanto Secretária do PGP e acadêmica do curso de oferta regular da UNEAL, Letras: Português e suas respectivas Literaturas, no que diz respeito à leitura de textos no ensino superior, esse estudo foi desenvolvido junto aos alunos do terceiro ano dos cursos de Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências Biológicas do Polo I Arapiraca, funcionando no Campus da UNEAL. A porcentagem de estudantes do sexo masculino foi de cinco e do sexo feminino foi de cinco, totalizando amostragem com 10 alunos, com faixa etária entre 30 a 55 anos. Os discentes selecionados foram esclarecidos e convidados a participar da pesquisa tendo noção que a mesma tinha caráter meramente acadêmico, no sentido de obter informações acerca do ato de ler. O processo de aplicação do questionário, com perguntas abertas, ocorreu em ambiente da sala de aula. Os horários foram cedidos pelos professores. Página |6 Para avaliar o desempenho em relação ao baixo nível de habilidade de leitura dos universitários3, foi aplicado questionário composto por duas partes, a primeira traçou o perfil de cada acadêmico, a segunda referiu-se ao ato de ler, para ser respondido individualmente. Analisando os primeiros dados, evidenciou-se que os discentes são professores efetivos da rede municipal, residem em casa própria distribuídos nos municípios de Arapiraca, Campo Alegre e Feira Grande, possuem renda mensal entre R$ 800,00 a R$ 3.000,00, utilizam transporte (ônibus) cedido pelas Secretarias Municipais de Educação para chegar até o polo de Arapiraca. ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES A entrevista com os alunos-professores abordou questões relativas à sua visão acerca do processo de construção da leitura enquanto acadêmicos e as prováveis causas da desconstrução do ato de ler vividas na educação básica. Quando interrogados acerca do que mais gostam de ler, os alunos trazem as mais diversas respostas, sendo que, os periódicos, revistas e romances somaram a preferência leitora de dois dos entrevistados, dois professores relataram que sua preferência estava em ler livros didáticos, os livros de auto-ajuda bem como os religiosos foram citados por quatro discentes e dois participantes disseram que os textos do kit pedagógico4 são os instrumentos utilizados para suas leituras. Os alunos do PGP citaram em suas respostas que gostam de ler: livros de ficção e revistas, outros preferem ler a Bíblia e os textos escolares. Verificamos, portanto, que a maioria das leituras dos graduandos é de caráter motivacional. Como reforça Therezo no texto redação e leitura para universitários (2007, p.217): De modo geral podemos dizer que há textos que lemos para nos manter informados (jornais, revistas); há outros que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, teses, livros, periódicos científicos); [...] São, pois, os objetivos do leitor que nortearão o modo de leitura [...]. No tocante a questão acerca da importância da leitura, analisando três dos entrevistados, as respostas foram as seguintes: 3 Visto que, essa dificuldade está relacionada, principalmente, a falhas no desenvolvimento de habilidades de leitura e redação, já que a maior parte das tarefas acadêmicas envolve estas atividades 4 O Kit Pedagógico constitui-se das leituras básicas de cada disciplina visto que as mesmas são ofertadas de forma modular. Página |7 Aluno-Professor A: “é pela leitura que o cidadão pode mudar e melhorar a sua escrita, forma de pensar e agir” Aluno-Professor B: “através da leitura, viajamos, nos informamos, melhoramos nosso vocabulário, passamos a escrever melhor e a compreender o que diz nas entrelinhas”. Aluno-Professor C: “o processo de compreensão de determinadas leituras tornam-se complicados uma vez que se precisa de conhecimentos prévios para entender o que o autor do texto quer dizer, quando lemos que entendemos ampliamos nosso conhecimento e passamos a escrever melhor”. Pelas falas dos entrevistados, percebe-se que há certa concordância acerca da importância da leitura para a vida social. No entanto, esclareceram que a leitura não é um procedimento simples. Ao contrário, é uma atividade extremamente complexa e não podemos considerar apenas o que está escrito, pois, para compreender as intenções e posições do autor devemos ir muito além do texto, é necessário ter um conhecimento prévio acerca do que está escrito levando em consideração o contexto ao qual o leitor está inserido e a freqüência com que ele “exercita outras leituras”. Quando indagados acerca de qual o procedimento utilizado por você quando vai ler um texto solicitado, os alunos responderam: Dos dez entrevistados, 60% disseram que leem silenciosamente, tentando compreender a mensagem e interpretando as ideias postas pelo autor do texto, enquanto que, 30% dos discentes disseram que buscam o dicionário para esclarecimento das palavras que não ficaram claras e apenas 10%, ou seja, um aluno-professor, frisou que ler o texto buscando problematizá-lo, adentrando nas questões implícitas, sob as quais o autor silenciou. Analisando os dados obtidos acerca do item acima, observamos que há uma notável dificuldade no que diz respeito à compreensão do vocabulário. Os discentes entrevistados desconhecem algumas palavras citadas em determinados textos, esses fatores interferem no processo de compreensão textual. Com apenas um entrevistado afirmando que adentra as questões implícitas, sob as quais o autor silenciou no texto, é possível inferir que há um percentual considerável de alunos-professores que ainda não conseguem fazer esse caminho, o da descoberta daquilo que está implícito no texto, não querendo ser categóricos podemos dizer essa não descoberta pode ser um dos implicadores para o processo de não-leitura na academia. Página |8 Uma última questão tratava acerca da realidade de sala de aula e como o aluno-professor vê o processo de construção da leitura. Surgiram as respostas seguintes: Aluna-Professora A: “o processo da leitura acontece com a construção dos conhecimentos do aluno, partindo do que ele já sabe sendo necessário o trabalho em grupo para enriquecer essa troca.” Aluno-Professor B: “penso que este processo de leitura é viável quando o professor ao saber em que situação ou nível o aluno se encontra, o acolhe e provoca-lhe mudanças, trabalhando em um processo dinâmico”. Observa-se, nas falas dos entrevistados que os mesmos vêem o processo de construção da leitura de seus alunos como algo “dinâmico”, que deve “partir daquilo que o sujeito já sabe”, numa atitude de “acolhimento” a partir “do nível em que o aluno se encontra”. Estas falas referendam a preocupação dos alunos- professores com a construção da leitura em sala de aula, na ação docente, no entanto, tal construção pouco pode ser vista nos sujeitos entrevistados nesse fragmento da pesquisa, talvez por não terem vivenciado situações que os levasse a compreender como realmente se lê, o que é efetivamente o ato de ler. CONCLUSÕES E DISCUSSÕES... A leitura na universidade é considerada habilidade fundamental para o processo ensino-aprendizagem, já que é, principalmente, por meio dela que se dá o acesso aos conteúdos das diversas matérias por meio da compreensão de textos. Esse levantamento sobre hábitos de leitura dos alunos professores do PGP mostrou que os futuros professores graduados, têm hábitos restritos, talvez pela deficiência de formação no ensino básico, daí lêem textos pouco variados, como ditos: revistas, periódicos, romance, livros de autoajuda,entre outros. Essa teoria é reforçada quando constatamos que as “falhas” de leitura manifestadas pelos universitários pesquisados têm seu nascedouro na escolaridade básica, sobretudo no ensino médio. Frente ao exposto, uma das perguntas que resta é: “Como, efetivamente, estão se formando leitores e escritores ao longo da escolaridade?” Ainda que a pesquisa tenha sido realizada no ensino superior, é indiscutível que, o que está em xeque é a qualidade do ensino oferecida a maioria da população. O que se faz importante agora é conscientizar a IES da limitação de seus alunos e criar estratégias para esta superação. Agindo dessa forma, o ensino superior estará contribuindo não somente para a formação Página |9 de profissionais para o mercado de trabalho, mas na construção de cidadãos conscientes e ativos de seu papel no mundo. REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. 80 p. GALVES, Charlotte; ORLANDI, Eni Pulccinelli; OTONI, Paulo (orgs). O texto leitura & escrita. 3. ed. Campinas,SP:Pontes,2002.p.19. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1993. ______ Desvendando os segredos do texto. 5. ed.São Paulo: Cortez, 2006.p.17. KLEIMAN, Ângela e MORAES, Silvia E. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas, SP: Pontes, 2000a. THEREZO, Gracielma Pires. Redação e leitura para universitários. Campinas,São Paulo: Alínea,2007.p.216. SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 24ª ed. São Paulo: Cultrix, 1999.p.15-16.