Relato de Experiência: estágio em sala de aula Flávia Servidone1 Resumo Este é um relato direto da experiência de estágio em sala de aula dentro do PIBID/FPA. As aulas de Artes para o ensino fundamental foram ministradas pelo professor supervisor do programa Fausto Keith Yamaji. Palavras chave Estágio, Arte Educação, Ensino Formal. A experiência de fazer estágio na escola em que realizamos as oficinas do programa PIBID foi muito agregadora. Tive a oportunidade de conhecer os alunos que frequentavam as oficinas dentro da sala de aula e ter contato com a metodologia de outro professor, além de ter oportunidade de ter contatos com alunos de diversas séries e idades e perceber a diferença de abordagem que deve ser aplicada para cada uma. O fato de o professor Fausto ser conhecedor das artes plásticas, fez com que pudéssemos trocar experiências sobre como aplicar uma metodologia que ampliasse as aulas para uma mescla de linguagens. Pude conhecer o seu trabalho e observar como ele aplicava nas aulas alternativas para que a aula de arte passasse de mera reprodução para desenvolvimento da criatividade dos alunos. Um questionamento que foi provocado em mim é em como despertar o interesse dos alunos à arte, como estimulá-los? E o professor Fausto fez isso muito bem, através de contação de histórias e jogos em que eles eram levados a descobrir e a se identificarem com os artistas. Em uma aula, para abordar o trabalho do Portinari com as crianças, Fausto falou para elas sobre a vida do artista de forma lúdica, contando detalhes pessoais e fazendo paralelo com a vida das crianças, além de abordar o tema através de objetos e perguntando sobre os valores dos mesmos para Aluna da Faculdade Paulista de Artes, cursando o sexto semestre de Licenciatura em Teatro e bolsista do PIBID. 1 Este trabalho contou com o apoio do Programa PIBID vinculado a CAPES/MEC essas crianças, para que assim elas se identificassem com o tema da aula. Isso me agregou muito com educadora de arte, pensar em aproximar os alunos e não tornar o ensino da arte algo distante. Tive oportunidade de acompanhar outra aula em que o professor contou uma história que considerei muito lúdica, pois estimulava a imaginação dos alunos ao descrever um monstro com “olhos grandes e vermelhos, garras, pelos e orelhas pontudas” e depois estrategicamente ver o professor estimulálos a desenhar esse “monstro” da maneira que imaginaram foi muito interessante, pois pude ver a dificuldade dos alunos em lidar com a imaginação, pois todos os dias são forçados a simplesmente reproduzir desenhos já prontos e criados por outras pessoas. Nesta era da informação, tudo vem pronto para eles. Foi possível também observar no estágio o medo dos alunos de errar. São ensinados nas outras disciplinas que existe somente uma resposta certa e é muito difícil lidar com a subjetividade da arte e pude pensar que é nosso papel como educadores trabalhar isso com eles, pois na arte não existe certo ou errado e é permitido utilizar a criação e expressão da maneira a se sentirem à vontade. O que também pude notar é a diferença entre as turmas, a partir de certa idade, os alunos adquirem uma percepção do mundo que faz com que criem pudores e percam sua imaginação e seu estímulo. As cobranças e mudança de idade fazem com que tenham cada vez mais medo de se expressarem e criarem e queiram copiar modelos prontos. Pude também aplicar algumas aulas mais corporais e ajudar o professor Fausto a aplicar exercícios de criação corporal com os alunos, o que mudou bastante a rotina na sala de aula. Tivemos que retirar as carteiras do lugar, sendo que já deveria haver uma sala pronta sem carteira para o ensino de arte, e fazer com que saíssem do modelo tradicional de sala de aula. Eles gostaram bastante, criaram através de jogos dramáticos e se sentiram estimulados. No geral, posso dizer que a experiência foi muito válida e me fez repensar sobre como mesclar as várias linguagens da arte em sala de aula e qual estratégia utilizar para conseguir despertar o interesse dos alunos e para Este trabalho contou com o apoio do Programa PIBID vinculado a CAPES/MEC que se sintam envolvidos. É um desafio diário, dada as circunstâncias que a escola oferece e os materiais que disponibiliza, mas fazer este estágio me despertou muito interesse em estudar cada vez mais sobre a educação através da arte. Este trabalho contou com o apoio do Programa PIBID vinculado a CAPES/MEC