Arauto
outubro de 2009
www.arauto.info
circulação em Salto e Itu
distribuição gratuita
Nº 10
O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP
Suicídio
Foto: Mauricio Bueno
Um debate sobre depressão,
falta de perspectiva, desespero...
e de como sair do fundo do poço.
Suplemento ESPECIAL:
Miss Salto 2009
Estudante brilha na
passarela e é coroada
mais bela garota de
Salto.
Além do título,
ganha bolsa
de estudos
do CEUNSP
e vai realizar
sonho de ser
engenheira.
“Livre como pássaro”: Essa
é a sensação dita por quem
pratica o esporte radical,
nada barato e bastante
presente na região.
O drama de um trabalhador
viciado em crack
Memórias de um colecionador de
Histórias em Quadrinhos
pág.03
Ambiente: Por que
pedalar faz bem?
pág.10
Divulgação
pág.11
Paraquedismo
‘Vida Universitária’ aprofunda
análise de um dos principais
dilemas dos estudantes:
uma reprova vale quantas
garrafas geladas?
pág.05
pág.04
Alessandro Franco/O Arauto
DP x Cerveja
DA MESA DO REDATOR
Concurso de contos na praia
Editando no mês das provas
As primeiras avaliações do 2º semestre, no
início deste mês, deram um tempero a mais
na nossa produção. Estudantes e professores,
que têm no jornal a prática (como Agência Experimental), ganharam mais uma marcação
na agenda. Alunos fizeram provas. Mais, estudaram para atingir boas notas. Mestres aplicaram tarefas, as corrigiram.
Quem enxerga neste relato algum desabafo contra trabalho se engana. É nessa correria
sadia que encontramos pautas para O Arauto.
Gostamos da agitação, de amplidão, pois nos
interessamos por “de tudo um pouco”. É dessas várias observações que surgem os temas
O Arauto / out.09
pág.02
abordados nesta edição. Como a depressão
ou a importância do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o Enade.
Mas não fiquemos apenas no denso. Vamos também beber uma “ gelada” e debater
presença e dependência escolar. Vamos ler
histórias em quadrinhos. Pedalar e saltar
de paraquedas. Aplaudiremos a Miss Salto,
recém-escolhida. E vamos conhecer as mil
atividades da FCA.
Só não vamos nos viciar... Por que o que é
demais... você já sabe, né? Boa leitura e bons
debates!
(Pedro Courbassier)
A Associação de Escritores (AGE) e a Secretaria de Cultura de Guarujá recebem inscrições para o Prêmio Nacional de Contos. O tema é livre, mas não deve exceder quatro laudas. Os inscritos devem ser identificados apenas
pelo título da obra e pseudônimo. Podem participar até
três trabalhos do mesmo autor. A inscrição vai até o dia
30 deste mês: pessoalmente na AGE ou pelo correio (av.
Dom Pedro I, 350, Enseada, Guarujá-SP, CEP 11.440-000).
A premiação, em novembro, terá troféus e certificados.
Outras informações pelo e-mail [email protected].
Cinema francês em Itu
Vem ai o “Cinema Mundo”, com retrospectivas, debate de
panoramas
e conceitos de produções francesas. Pretende
(As mancadas da edição anterior.)
mostrar desde clássicos até o cenário contemporâneo. Esse
- Em Debate (página 3), o “olho” do texto “A nova geopolítica na América do Sul” tinha erro de encontro está dentro da 3º Festival Internacional de Cinema
digitação na palavra tensões.
de Itu, entre os dias 26 e 29 de novembro. O festival ainda vai
- No mesmo texto, o professor Amauri Chamorro avisa que Jorge Eliécer Gaitán morreu há homenagear os 400 anos de Itu (que serão comemorados em
mais de 30 anos, diferentemente do que ele havia escrito no artigo.
fevereiro de 2010). Mais em www.cinemamundo.com.
Ops...
ACONTECE NA FCA
Faculdade de Comunicação e Artes do CEUNSP
mostra repertório de atividades:
Foto: Tony de Pádua/O Arauto
Crianças dançam no palco do
Teatro Escola
Integrantes do projeto “Dançando nos Palcos para não
Dançar na Vida” apresentaram números de dança, no início
do mês, no Teatro Escola Prof. Rubens Anganuzzi Filho. Foram
aplaudidos por estudantes, professores e funcionários da
FCA, presentes no espaço. A iniciativa faz parte dos planos
do CEUNSP de aproximar comunidade e meio acadêmico.
“Foi muito bom receber esses pequenos artistas, pois foi a
primeira vez que eles tiveram contato com palco, luzes e
platéia. É como um pontapé inicial do que pode ser uma futura
carreira”, comentou o professor Eduardo Scorzelli, de Artes
Cênicas. O projeto “Dançando nos Palcos...” mantém ativas as
crianças da comunidade do Jardim das Nações, com parceria
da Secretaria de Bem Estar Social de Salto.
O CINECLUBE CEUNSP vai funcionar nos dias 20 e 27 deste mês, no auditório da FCA (bloco K - Salto),
sempre a partir das 19h15. Os filmes serão nacionais e, respectivamente, Baile Perfumado e Iracema.
Foto: Tony de Pádua/O Arauto
Rádio: ‘Ai Pode’ agita noites de 3ªfeira
A Rádio CEUNSP.FM apresenta todas as terças-feiras, pelos alto-falantes do bloco K (Campus V - Salto), o programa ‘Ai Pode’. Produzido pelos estudantes de Rádio e TV, mistura música,
entretenimento e informação. O pessoal do curso de Jornalismo cuida das notícias, que - de
meia em meia hora - vão ao ar. A principal atração: as entrevistas ao vivo com artistas que estão tentando decolar a carreira artística. “ O objetivo é abrir mais espaço para quem está começando ou precisando se firmar”, avisa a professora Renata Becate, gerente do projeto da FCA.
Já passaram pelo ‘Ai Pode’:
- A dupla Jean Marcos e Eduardo (foto) aproveitou a oportunidade para falar sobre o primeiro CD, que será lançado este mês, e da batalha que tiveram para crescer na música: “São
dez anos de carreira, na luta para conseguir lançar o primeiro CD”, disseram os sertanejos.
- A banda Red Sox visitou a CEUNSP.FM e também contou as dificuldades da carreira. Falou
sobre o preconceito da família em relação ao rock e da luta para manter financeiramente a
banda: “Trabalhamos em outras áreas e todo o dinheiro que ganhamos é para a banda”, revelou um dos integrantes do grupo.
- Enes Gomes, um artista completo: cantor, compositor, apresentador e produtor. Nem por
isso, livre dos preconceitos relacionados ao mundo da música. “Quando passei no vestibular
para o curso de música meus amigos me perguntavam: Prestou vestibular para quê? E eu respondia: música. E eles me retrucavam, atônitos: música?!?! Para eles e para a grande maioria
arte e música não é algo sério.” (por Amanda Duarte e Jéssica Bonatti)
expediente
Trabalho da Agência Experimental (AECA) da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).
Jornalista Responsável: Pedro Courbassier (MTb.: 23.727).
Projeto Gráfico e Diagramação: Prof. Murilo Santos.
Revisão e Normatização da Língua: Profª Maria Regina Amélio.
Coordenador de Imagens e Fotografia: Carlos Oliveira (Arfoc-SP: 23.862).
Conselho Editorial: Prof. Amauri Chamorro; Prof. Edson Cortez; Prof. Ms. Filipe Salles; Profª Ms. Maria Paula Piotto S. Guimarães; Prof. Esp. Pedro Courbassier; Prof. Dr. Rubens Anganuzzi Filho.
Projeto da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA):
Coordenador Geral da FCA: Prof. Edson Cortez. / Coordenador da AECA: Prof. Amauri Chamorro. / Coordenação Empresa O Arauto: Prof. Esp. Pedro Courbassier.
Alunos participantes: Ana Paula Oliveira, Mariana Campos, Jean Pluvinage, Marcos Freddi, Nelson Lisboa (editores); Thuany Martins,Luiz Pesseudônimo, Mariana Sugahara, Lígia Martin, Melissa Castro, Tiago Rodrigues,
Jéssica Bonatti, Francis Cunha, Rosana Beatriz Silva (reportagem); Adriane Souza (coordenação em web); Amanda Duarte, Daniele Bellani, Luana Silva, Pedro Brito (pautas), Angela Trabachini, Marcelino Carvalho e
Tony de Pádua Filho (fotos).
Tiragem: 20.000 exemplares
Contatos: [email protected]
www.ceunsp.edu.br
Todos os textos são de responsabilidade de seus autores.
DEBATE
Memórias
O Arauto / out.09
pág.03
“Gibis”
de um colecionador de
“Quando eu era Superboy...”,
humm, é horrível começar seu artigo com certo saudosismo, principalmente quando você já passou
dos 40. Mas existem coisas que
merecem ser registradas, sejam
momentos, pessoas ou objetos
que ajudaram a transformar você
no que é atualmente. No meu caso,
este texto comemora os 33 anos da
aquisição de minha primeira revista
“Superboy” (a “Superboy-Bi” - pois
era bimestral - nº 58, publicada pela
Editora Brasil-América – EBAL – em
outubro e novembro de 1976, com 64
páginas em preto e branco). Bem, não
foi realmente minha primeira revista
em quadrinhos, pois desde 1973 eu
já comprava “gibis” (na verdade quem
comprava era ou meu pai ou meu avô
- que saudades!). Mas foi em outubro
de 1976 que me vi, pela primeira vez,
diante das “Aventuras do Super-Homem
quando era menino”, ou seja, do “Superboy”.
É, são poucos desta nova geração que
conhecem as aventuras dos super-heróis
da DC Comics na Era Pré-Crise, quando
“Superman” era “Super-Homem”, quando
Dick Grayson ainda era Robin e adolescente e quando a maior editora de quadrinhos da América Latina não era a Abril,
mas sim a Ebal. Lembro-me de quando eu
e um amigo - Jorge Cabral, que possuía
uma coleção invejável no sótão de sua
casa - saíamos pelas bancas de jornal da
Vila Leopoldina e da Lapa, em São Paulo,
em busca de “gibis” de super-heróis, principalmente os da DC Comics. Nessa época (entre 1975 e 1980) a Ebal ainda publicava os
personagens da DC, enquanto que a Bloch, e
mais tarde a Rio Gráfica Editora, publicavam
os da Marvel.
Essa era nossa diversão. Não apenas
ler as revistas, mas procurá-las, tentar
adquiri-las e guardá-las para lermos novamente (somente anos depois é que comecei a catalogá-las oficialmente). Porém nem
sempre isso era possível, pois elas custavam
o “absurdo” de 3 ou 4 Cruzeiros, valores que
nem sempre tínhamos nos bolsos. Mesmo
assim valia a pena, principalmente quando,
além das revistas, encontrávamos lojas, hoje
chamadas “sebos”, onde sempre havia números antigos das nossas favoritas. “Vivas” à
Agencia Corte Real e ao nem sempre tão simpático seu Joaquim!
Uma das revistas preferidas de Jorge era a
da “Legião dos Super-Heróis”, em que, além
de ter uma série de adolescentes com superpoderes, havia a participação do meu herói
favorito: Superboy. Nessa época aprendi com
Jorge a entender um pouco mais o mundo dos
super-heróis. Ele sabia tudo, mas realmente
tu-do o que se referia às personagens da DC
pré-Crise. Nada lhe escapava, principalmente sobre a já citada Legião, Superboy e SuperHomem (me desculpem a grafia, mas ainda
não me acostumei com “Superman”!).
Quanto ao meu personagem preferido na
época - Superboy, cujas histórias se passavam no período em que Clark Kent ainda era
garoto; quando ele morava com os pais em
Pequenópolis (uma tradução livre e clássica
para “Smallville”); tinha um cão de estimação - Kripto, que também era de seu planeta
Por Prof.Ms.
Agnelo Fedel
Tietê, Geraldão, Rebordosa e Los Três Amigos, preencheram as páginas de revistas
pra lá de alternativas, todas publicadas pela
Circo Editorial, do Toninho Mendes. Títulos
diversos, como a eclética Circo, produzida
coletivamente pelo grupo; Chiclete com
Banana, produzida por Angeli; Geraldão e
Piratas do Tietê, de Laerte, chegavam nas
bancas nem sempre com periodicidade
programada, mas sempre na dependência
de vendas ou de patrocínio. Mesmo assim,
essas revistas acabaram fazendo a cabeça
da gente.
Angeli era, talvez, o mais crítico dessa turma, apresentando personagens autodestrutivos, bem ao estilo do desenhista underground norte-americano Robert
Crumb. Rebordosa e Bob Cuspe mostravam muito bem isso: nonsense, descaro
e muita, mas muita vodka e sexo livre. Já
o Geraldão do Laerte, espocando a silibina, nos mostrava que tentar não crescer e manter o Complexo de Édipo era
difícil pr’á caramba; ou três amigos insaciáveis que, com muita “guacamole”,
natal; tinha uma namorada, Lana Lang; um
melhor amigo, Pete Ross, e, melhor ainda, já
vestia sua camiseta e colante azuis com uma
sunga vermelha por cima e um “S” no peito,
além da capa rubra, é claro! Eram tempos
memoráveis e histórias memoráveis, inocentes, é claro, mas desenhadas por ninguém
menos que George Papp, Frank Robbins ou
até mesmo por Curt Swan, um dos maiores
desenhistas do Super-Homem entre as décadas de 40 e 70.
Não sou contra as reformulações que as
editoras são obrigadas a fazer, principalmente por conta de exigências de mercado e de público, que ajudam a promover
renovações, modernizações, etc. e tal. Mas
ninguém me tira, nem mesmo nos meus
40 e poucos anos de vida, as boas recordações (e não saudosismo) de meus tempos
d’“Aventuras do Super-Homem quando
era menino”, ou então de quando as revistas em quadrinhos eram refúgios para
meus dias de “Clark Kent” adolescente.
***
Nem só de super-heróis norte-americanos nós vivíamos. Houve época
em que pudemos nos divertir e deliciar
com alguns dos mais fabulosos e engraçados
personagens criados por um grupo de quadrinhistas brasileiros udigrudi. Descaradamente críticos, feios, neuróticos, malcriados e totalmente regados a “Sexo, Drops
e Rock’n’Roll”, as criações dos paulistanos
da gema Angeli, Laerte, Glauco e Luis Gê
foram a coqueluche dos jovens cansados de
tanta bobagem importada nos anos oitenta.
Zé do Apocalipse, Nanico, Meiaoito, RitaPop, Bibelô, Walter Ego, Fagundes, Bob Cuspe, além dos grandes sucessos de Piratas do
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acabavam mostrando que nem sempre “três é demais”.
Bem, enfim, essas revistas conseguiram entrar para
a história do colecionador paulistano, para não dizer o
nacional, e que até hoje busca alguns números perdidos
dentro de baús empoeirados de algum sótão esquecido
da casa de alguma família solitária, totalmente abandonada pelos filhos.
VIDA UNIVERSITÁRIA
Quantas cervejas
valem uma DP?
O Arauto / out.09
pág.04
Vida universitária é sinônimo de formação profissional, busca pelo
conhecimento, fazer avaliações e trabalhos, pensar na formatura...
e o que mais?
Por Thuany Martins
Com a palavra os estudantes:
Provas, trabalhos, TCC, formação profissional, formatura e diversão. Sim, diversão! Durante os 2º, 3º, 4º
ou 5º anos de curso, seja ele de Engenharia, Direito, Enfermagem ou Jornalismo, um dos objetivos é rir. Entre
as aulas, algumas muito chatas, e o prazer de estar um
pouco mais com os amigos, uma parcela considerável de
universitários trocam os livros por copos, descontração
e música. As noites são longas e se prolongam nos bares
e lanchonetes ao redor das instituições. Esse movimento aumenta à medida que o fim de semana se aproxima.
“Para mim, nenhuma cerveja vale uma
DP, pois sou bolsista e não posso me desligar dos estudos. Mas consigo conciliar bar e
faculdade, afinal, faço comunicação social”,
brinca Sabrina Batista, estudante de Jornalismo.
Moisés, estudante de Gestão Ambiental tenta
conciliar estudo e diversão, mas confessa: já pegou
duas dependências. “Durmo todos os dias às 2h
De segunda a sexta-feira os bares e lanchonetes
são atrativos democráticos, que entre sertanejo, pagode, rock, funk, eletrônica, as delícias da paquera, a
conversa descontraída e a famosa cerveja gelada, garantem a alegria dos universitários e o lucro dos comerciantes. Dribla-se a chamada, o conteúdo da prova, o colega que não quer ir, o professor exigente.
Nada é problema, nem a temida dependência (DP
para os mais íntimos: quando não se alcança a nota
mínima para aprovação ou se é reprovado por falta). Nada é barreira para aproveitar o que a vida
universitária pode proporcionar.
da manhã e acordo às 5h para trabalhar.
Mereço um pouco de diversão também”, implora Moisés.
O mesmo pensa outro discente: “Um churrasco
vale uma DP”, ri Guilherme Brozoski, estudante de
Publicidade e Propaganda.
“Não vale nenhuma cerveja, tem que
beber sem DP. Eu consigo conciliar estudo e
diversão calculando faltas, em dias de provas
em que saimos mais cedo e aulas vagas” relata Marcella Oliveira, estudante de Jornalismo.
Trabalho ou alegria? A fábula da formiga e da cigarra já descrevia bem a situação: nem só de divertimento se vive. O
bom desempenho à mesa do bar, normalmente é associado ao fracasso no
número de presenças/faltas ou na
nota. Surge então a questão: Vale
à pena gastar mais uma mensalidade (a DP é paga) em dependência por ter faltado ou “tirado” notas baixas na prova
por causa de algumas cervejas? Ou é possível conciliar
estudos, festas, bebidas e
faltas? Enfim, quantas cervejas valem uma DP?
Apesar do grande movimento
nos bares, os estudantes não se esquecem das responsabilidades
que a liberdade da vida universitária traz. E não é à-toa
que essa é considerada a
melhor fase da vida. Afinal
a cerveja está sempre na
promoção: leve três e pague apenas R$ 10,00.
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REALIDADE
Angela Trabachini/O Arauto
“Uma pedra de
crack é muito.
Mil são poucas”
O Arauto / out.09
pág.05
Viciado revela drama de viver escravizado no mundo
das drogas e o poder de destruição da “pedra”
M, 25 anos, pai de uma filha de 6, é usuário de drogas
há cerca de 3 anos. Começou
do nada, querendo curtir e
mostrar aos amigos que podia. Achava que tinha poder
para entrar e sair a hora que
desejasse. Ledo engano. Três
anos depois, muitas trouxas
de maconha, muitas fileiras
de cocaína e alguns quilos
de crack depois, ele sabe que
está no fundo do poço. Nesta
conversa com O Arauto ele
revela um pouco do seu sofrimento e confessa sua incapacidade de se livrar daquilo
que começou como uma brincadeira. “Eu sei que é ruim,
eu sei que estou me prejudicando, mas não consigo mais
parar. Não posso ter R$ 10 na
mão que vou usar. Meu pagamento e meu vale vão só nisso. Qualquer dinheiro é o suficiente para começar usar e
não consigo parar”, desabafa.
O personagem desta reportagem acaba com qualquer preconceito em relação ao perfil do usuário. É
filho de trabalhadores. Tanto
pai, mãe como irmãos estão
ao seu lado. Frequentou a
escola, o Ensino Médio. Tem
religião. Trabalha desde cedo.
Mesmo assim, acabou entrando na trilha do sofrimento.
M chegou a ficar 11
dias fora de casa, com um
traficante, fumando crack sem parar. “Foram mais
de 30 pedras por dia”, diz.
Resultado: desespero dos
pais. Vergonha. Quando a
“onda” passou, na hora de
voltar para casa, sujo, fedendo, estava um trapo. Se não
fosse o pai socorrê-lo financeiramente, com mais de R$ 2
mil, ele sabe que estaria mor“O crack é um
to. O pai fez isso porque o traficante veio cobrar o dinheiro flagelo social pior
na porta da casa da família. que a AIDS”, diz de“Depois da nóia (corruptela
de paranóia), olhar para os legado de Salto
meus pais foi duro. É o pior
O delegado Moacir Rodrimomento. Eu sei que eles esgues de Mendonça é o titular
tão sofrendo”, conta.
da Polícia Civil de Salto. Em
Tratar - M já se internou uma entrevista concedida ao
em uma clínica. Fugiu 15 dias lado dos integrantes do Poder
depois. O tratamento não Executivo e das polícias Milifuncionou. Questionado se tar e Guarda Civil Municipal,
pensa na filha, no futuro, diz no fim de setembro, disse que
que sim, mas revela o poder o crack é um flagelo social
da droga: “É mais forte que “maior que a Aids”.
eu. Não consigo me controlar.
Para Mendonça, o crack
O cérebro apaga. Quando me
vejo, estou na ‘boca’ fuman- popularizou a droga e faz
do ou cheirando todas. Dói vítimas em todas as classes
na hora de voltar ou de olhar sociais. Além de poderoso,
pra minha filha, para os meus capaz de viciar desde o primeiro momento, é barato e
pais”, lamenta.
acessível, sendo encontra“Você já pensou em sui- do em qualquer esquina, de
cídio?”, lança o repórter de qualquer cidade. Pior: a droga
O Arauto. Ele diz que ainda é o principal motivo de tantos
tem esperança de sair dessa, crimes, diz a Polícia.
desde que encontre ajuda.
(Mau) Exemplo - A Polícia
Mas essa ajuda demora. Sem
convênio médico particu- Civil prendeu em Indaiatuba
lar, depende do SUS para ser um indivíduo acusado de ter
atendido por um psiquiatra. E matado, no começo de setemem hospital público a fila e a bro, seus primos, os irmãos
demora são grandes. M con- Ian e Ingrid, de 12 e 10 anos.
seguiu uma consulta para de- O acusado confessou ter mazembro. Fim do mês do fim tado os dois e colocado fogo
na casa da tia que o havia
do ano.
recolhido após ter fugido de
Em todos os lugares - O uma prisão de Campinas. Ele
jovem trabalha em uma em- disse que na hora do crime
presa da região. Diz que a dro- estava sob o efeito de crack e
ga hoje está em todos os can- de álcool, que havia consumitos. “Até na empresa eu cheiro do em grande quantidade.
Os dois irmãos foram encocaína. Tem quem leva e tem
quem vende”, afirma. Nas contrados carbonizados no
ruas, ele diz que usuário atrai quarto da casa. Eles tinham
“pelo cheiro” o traficante. “Ô, sinais de enforcamento e corvamo aí. Eu tenho parada te por faca na garganta. Os
aqui. É o que mais ouço, mes- filhos esperavam os pais chegarem do trabalho.
mo quando não quero”, diz.
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Foto: assesoria Câmara dos Deputados
Por Nelson Lisboa
O que é o crack?
O crack é uma mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amônia e água
destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em
cachimbos ( improvisados ou não).
É mais barato que a cocaína. Seu efeito dura muito
pouco e exige que o usuário consuma cada vez mais crack. Isso torna o vício muito caro.
O crack é um estimulante seis vezes mais potente que
a cocaína e provoca dependência física logo após o primeiro uso, podendo levar à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
No corpo humano o crack leva 15 segundos para
chegar ao cérebro e já começa a produzir efeitos:
forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da
pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental,
indiferença à dor e ao cansaço.
Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rapidamente com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome
de abstinência também não demoram a chegar. Em 15
minutos surge de novo a necessidade de inalar a fumaça
de outra pedra, caso contrário, chegarão inevitavelmente
o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
Especialistas dizem que “todo usuário de crack é
um candidato à morte”, porque a droga pode provocar
lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
Para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo.
Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício,
já não dispõem de tempo para ganhar dinheiro honestamente. Partem, portanto, para a ilegalidade: tráfico de
drogas, aliciamento de novas pessoas para a droga, roubos, assaltos...
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Suic
Por Mariana Sugahara
Escolher entre viver ou
morrer, para alguns, é um direito. Para outros, um pecado
sem perdão. Ato de coragem
ou puro egoísmo, doença da
alma, desistência da vida, ou
como no Japão, se um indivíduo envergonhar sua família,
a melhor maneira de recuperar a dignidade é tirando
a própria vida. Essa atitude
leva/”lava” a honra. Isso mesmo, O Arauto debate o suicídio.
Recentemente, em Indaiatuba, uma menina de 14 anos
tirou a própria vida. Foi após
uma discussão com a mãe.
A adolescente tomou vários
comprimidos antidepressivos.
O tema atrai a atenção de
profissionais como médicos,
sociólogos, teólogos e jornalistas. O médico, especializado em patologia, Augusto Vaz
Serra (1905-1984) catalogou
que “suicídio é a autodestruição consequente de um ato
voluntário realizado a esse
fim (morte)”. Para o renomado sociólogo Durkheim, ‘conduzir perigosamente, usar
drogas e álcool, são condutas
suicidarias’.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) elaborou o
Manual para Voluntários na
Prevenção do Suicídio, com
o objetivo de preparar os
voluntários em como lidar
e abordar possíveis sujeitos
dessa ação. Assim, enquadrou
como uma questão de saúde
pública mundial o tema – e,
talvez, dando um grande passo para a prevenção. A apostila mostra que são vários os
fatores que levam a pessoa
ao extremo: biológicos, psicológicos, sociais, econômicos,
ambientais e que a depressão
é o diagnóstico mais comum
entre os suicidas.
Crise + Depressão = escape - Para uma entrevistada
que prefere não se identificar,
o principal motivo que a levou
a ter ideias suicidas foi o conjugal. “Depois de uma crise
no casamento e o começo da
depressão, a família estava fi-
cando desestruturada. Pensa- tejam em sintonia, pois quanva em me jogar de uma ponte do uma pessoa estiver com
bem movimentada”, diz.
ideias e comportamentos
anormais, será mais fácil de
Grupos de depressão - prevenir.” A entrevistada do
Segundo a OMS a depressão início da reportagem lembra:
é dividida em três grupos. Na “Minha irmã foi a primeira a
primeira classificação está o perceber. Conversamos muito
baixo risco, é quando a pes- e ela me mostrou que não era
soa tem pensamentos sui- o melhor caminho, eu tinha
cidas, como: 'eu gostaria de outra chance e tinha uma fiestar morto'. Na segunda, é o lha pequena que dependia de
médio risco, a pessoa tem as mim.”
ideias, mas ainda não consegue executá-las. No último
Onde tem mais - O Japão
grupo, que é de alto risco, o está entre os dez países com
indivíduo tem os planos e os mais casos. São 25 mortes
meios definidos, que logo os por 100 mil habitantes, serealiza.
gundo dados da OMS.O Brasil
tem uma das menores taxas
“É como uma corrente: de suicidas do mundo. São 4,9
vêm a depressão, o senti- a cada 100 mil pessoas. O Rio
mento de inutilidade e outros Grande do Sul tem as maiores
pensamentos negativos, que taxas: 11 para cada 100 mil
levam as pessoas a autodes- habitantes. Já a Bahia tem as
truição”, relata a coordenado- menores, 1,8 para cada 100
ra da ONG Vale a Pena Viver, mil habitantes.
de Indaiatuba-SP, Cleide Rossi. A organização foi criada
Quem - De acordo com o
em setembro de 2008, devido site Manual Merck, o suicídio
ao crescente número de sui- equivale a 30% das mortes
cídios na cidade. Hoje a ONG entre os estudantes univerconta com vinte voluntários sitários e 10% das mortes de
que têm o objetivo de atender pessoas entre 25 e 34 anos.
e auxiliar pessoas com risco Entre os adolescentes é sede suicídio e suas famílias. gunda causa de morte. As muDão orientações e encaminha- lheres são as que mais tentam
mento médico. “Nosso papel suicídio, porém são os honão é que a pessoa drible os mens que mais a consumam.
problemas, mas que aprenda
a enfrentá-los”, explica Cleide.
Soluções - Para a coorA ‘Vale a Pena Viver’ promove denadora da ONG, é muito
uma campanha, realizada em importante que as pessoas
escolas e indústrias. Por meio tenham fé e acreditem num
de um DVD com depoimentos ser superior e procure ajude pessoas que tiveram ideias da espiritual. A entrevistada
suicidas, eles ajudam outros a com ideias suicidas afirma
se recuperarem. “Atendemos que “foram Deus e minha
pessoas com os mais diversos irmã que fizeram com que
problemas; conjugal, social e eu desistisse de acabar com
até adolescentes vítimas de minha vida.” Cleide ressalta,
preconceito” conta a coorde- “Quando se acredita num Ser
nadora da ONG.
supremo temos fé, é de onde
tiramos força para vencer.
Sintomas - No manual Vencemos um dia e no outro
para voluntários da OMS, são já temos outra batalha para
apresentados os sinais mais vencer, o importante é nunca
comuns que o suicida emite. A ficar sozinho. Pois vale a pena
variação de comportamento viver”.
e a depressão os fatores mais
comuns. A coordenadora da
‘Vale a Pena Viver’ confirma: Para saber mais sobre o
“As pessoas mais próximas, Vale a Pena Viver:
como a família e os amigos,
são os primeiros a receberem valeapenaviver.com.br
os sinais. É necessário que es- (19) 3835.4480 . 3835.3462
www.ceunsp.edu.br
Trechos extraídos do livro: Veronika Decide Morrer, de Paulo
Coelho (página 37).
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Foto: Murilo Santos/O Arauto
O Arauto / out.09
pág.07
Por Adriane Souza
Um jovem criativo e feliz. Esta é a imagem que um universitário de 23 anos passava para amigos e familiares. O que muitos não sabem é que ele já esteve de ‘cara com o fundo do poço’.
“Após uma desestruturação familiar, a separação dos meus pais,
tudo foi fatídico”, afirma.
Aos 12 anos ele enfrentou o problema de compreender e lidar
com a separação dos pais. E havia um agravante: ele é filho adotivo. Mesmo nunca tendo o interesse em conhecer os pais biológicos, reconhece que jamais esqueceu o “primeiro abandono”.
O divórcio dos pais adotivos abalou sua vida naquele momento.
O estudante relembra: “Pensava que a família que me escolheu
resolveu se separar por minha causa.”
O universitário teve que amadurecer cedo. Considera que foi
forçado a crescer. Aos 17 anos, começou a se isolar. “É como se
ninguém percebesse, uma série de coisas acontecendo. É como
se eu fosse o motivo de tudo e ninguém notasse. A pior coisa do
mundo é passar despercebido”, recorda. Ele concluiu que estava
fadado ao esquecimento.
Fundo do poço - Vazio, lacunas, desapego familiar e pessoal.
Estes foram os combustíveis que levaram o jovem compreender,
aos 19 anos, que não tinha mais gosto pela vida. Tinha tomado
uma decisão. Queria morrer. Além da adoção, ele sentia também
uma falta de “estrutura familiar” e ficou refletindo sobre a ideia
por dois anos. “Pensei em me jogar na frente de um caminhão, de
um ônibus, pular de uma ponte, pensei em cortar meus pulsos
e em várias formas que não fossem dolorosas para mim, porém
rápidas, que de uma só vez eu alcançasse meu objetivo”, explica.
Decidiu também que não iria deixar nada escrito e nenhuma
outra explicação para o ato. Considerava que suas razões eram
válidas, não queria ninguém lendo um bilhete e tentando entender o que tinha acontecido. “Para mim bastava minha vida, minha verdade, minha versão”, ele lembra amargurado.
A família - “No ápice da minha loucura eu me toquei que se acabasse com a minha vida estaria encerrando outras duas (a da mãe e a
da irmã). Eu queria dar cabo de mim, mas não delas”, diz o estudante.
Conta ainda que a irmã estava “começando a ser uma ‘pessoinha’, a
fazer perguntas, desejando conhecer a vida e eu querendo sair dela”,
reflete, e completa relatando que sua mãe estava com problemas de
saúde e dificuldades financeiras. A irmã só tinha 5 anos na época.
Reação - Ele se encheu de motivação e resolveu reagir. A convivência com o pai após o divórcio abriu seus olhos. Usou também a
base católica que sua família sempre lhe deu e procurou a Igreja. O
universitário afirma que pela fé e o convívio com o pai, “descobri
quem ele era e compreendi o que o motivou a se separar da minha
mãe”.
Fé - Atualmente ele reconhece que sua fé em Deus está mais fraca.
“É como se esfriasse um pouco”. E explica o motivo: “Meu pai teve
um câncer violento, muito brutal, que o matou muito rápido e eu
acreditava na misericórdia de Deus, que não aconteceu. O milagre
divino que esperei, que eu tinha convicção dentro de mim, não aconteceu”, lamenta. O jovem reconhece ainda acreditar em Deus e Jesus.
“A única coisa que me impediu de fazer o que eu tinha planejado foi
minha fé”, diz.
Amizades - Ele conta que os amigos sempre foram válvulas de
escape, mas o apoio deles não poderia suprir tudo o que ele não tinha na época. Hoje diz ter poucos amigos de verdade. “Eu sei quem
tenho e eles sabem que me tem” afirma. E reconhece que ninguém
acreditaria se ele contasse esta história e que hoje vive mais plenamente. “Vivo ao máximo positivamente e me deixo guiar pelos bons
princípios”, revela.
O estudante deseja que sua história sirva de lição para pessoas
que pensaram em cometer suicídio e se sentiram como ele. “Não fui
meu maior exemplo. Vi que meu maior inimigo, canalha e algoz, era
eu mesmo”, conclui.
O universitário conta que “trabalhar faz bem, mantém ativo”. Enfatiza que Jesus e seus pais foram seus maiores exemplos e que leva
uma grande lição: “A vida é uma passagem, é uma estrada. Nós devemos continuar em frente e enfrentar os obstáculos, agarrar as oportunidades, desviar dos atalhos errados e - acima de tudo - buscar a
plenitude do corpo, mente e alma. É possível olhar o fundo do poço e
ter forças para voltar. Subir é possível, só depende de uma pessoa, é
a única pessoa que pode te destruir, você mesmo.”.
www.ceunsp.edu.br
EDUCAÇÃO
Por Lígia Martin
O Arauto / out.09
pág.08
ENADE:
IMPORTANTE PARA A
VIDA PROFISSIONAL
No dia 8 de novembro, universitários brasileiros passarão pelo
Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes (Enade). Criado
em 2004 pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), avalia a
qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior em
todo país. Também mede o grau
de aprendizado dos estudantes
que estão ingressando ou concluindo um curso superior. Verifica competências, habilidades e
domínio de conhecimentos necessários para exercer a profissão
desejada. Ou seja, tem como principal objetivo o aperfeiçoamento
da educação.
É o MEC quem define os cursos a serem avaliados. Neste ano
serão Administração, Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências
Contábeis, Ciências Econômicas,
Comunicação Social, Design, Direito, Estatística, Música, Psicologia, Relações Internacionais,
Secretariado Executivo, Teatro e
Turismo. Para os cursos técnicos
superiores a avaliação será para
Design de Moda, Gastronomia,
Gestão de Recursos Humanos,
Gestão de Turismo, Gestão Financeira, Marketing e Processos
Gerenciais. A reavaliação é feita a
cada três anos.
A avaliação
É composta de 40 questões.
São 10 (3 discursivas e 7 de múltipla escolha) de Formação Geral,
com peso de 25%, das áreas de
Ecologia, Arte, Cultura, Filosofia,
Globalização, Políticas Públicas,
Redes Sociais e Responsabilidade, Relações Interpessoais.
Também há 30 questões de
Formação Específica (2 discursivas e 28 de múltipla escolha),
com peso de 75%. Além disso, faz
parte do exame um questionário
de impressões dos estudantes sobre a prova, questionário sócioeconômico.
Prova comentada -“Na avaliação do Enade serão consideradas, entre outras, as habilidades
do estudante para projetar ações
de intervenção, propor soluções
para situações problema, construir perspectivas integradoras,
elaborar sínteses e hipóteses,
estabelecer relações, fazer comparações, trabalhar em equipe e
administrar conflitos”, afirma a
professora Graziela Jimenez, da
FCA-CEUNSP.
O Questionário Sócioeconômico tem por objetivo traçar o
perfil dos estudantes. Conhecer
a opinião dos alunos com relação
ao ambiente no qual estudam.
A opinião dos alunos em relação à prova também é levada em
consideração. Por isso há o Questionário Sobre Impressões da
Prova, cujo objetivo é saber o
que o estudante acha sobre a qualidade e adequação da avaliação,
visando melhorias para os próximos exames.
Todos os coordenadores de
cursos superiores terão que responder de 9 a 23 de novembro
de 2009 o Questionário do Coordenador: tem como objetivo
reunir informações que auxiliam
a definição do perfil do curso.
O local da prova é definido pelo MEC. Pode não ser na
universidade que o acadêmico
estuda, mas será na cidade em
que está a faculdade do estudante. O local onde será realizado o
exame será anunciado no dia 26
de outubro, na página do INEP
(www.inep.gov.br).
Quem faz - Estudantes que
estão concluindo o primeiro e ultimo ano da faculdade terão que
fazer o exame. Os alunos ingressantes são caracterizados pela
Instituição de Ensino Superior
(IES), por meio de um controle
acadêmico, são aqueles que cumpriram de 7% a 22% da grade
curricular mínima do curso, até
1º de agosto de 2009. Os alunos
concluintes são aqueles que cumpriram 80% da grade estabelecida, até a mesma data.
A inscrição dos alunos junto
ao Enade cabe exclusivamente à
instituição de ensino. Todos os
acadêmicos selecionados terão
que realizar o exame. Caso o estudante selecionado não compareça, fica com pendência para conseguir o diploma e colar grau.Os
alunos que não foram escolhidos
ficam desobrigados a prestar o
exame, porém podem fazer como
voluntários.
Opinião dos estudantes
Alguns universitários ouvidos
pel’O Arauto questionam a obrigatoriedade da realização do exame. Muitos acreditam que o Enade foi feito somente para avaliar a
faculdade e, assim, promovê-la. “O
Enade é feito por mim, mas serve
para a propaganda da faculdade”,
comenta Franciele de Jesus, aluna
de Biologia. É claro que um bom
resultado na avaliação do MEC
é bom para a instituição e faz a
procura pelos cursos aumentar.
Mas essa avaliação traz benefícios também para o estudante. Há
quem veja num bom resultado na
prova benefícios para a vida profissional e obter reconhecimento.
“O Enade pode ser uma autoavaliação, ou seja, podemos saber se
estamos por dentro dos assuntos
abordados ou se necessitamos de
www.ceunsp.edu.br
“Bons resultados
geram bons
comentários; boas
notas agregam
valor tanto ao
futuro profissional
do aluno, quanto
à instituição e ao
professor.”
O Arauto / out.09
pág.09
Palavra dos professores
O professor Pedro Courbassier, responsável por
nove disciplinas no curso de Jornalismo na Faculdade
de Comunicação e Artes/CEUNSP, observa que “bons
resultados geram bons comentários; boas notas agregam valor tanto ao futuro profissional do aluno, quanto à instituição e ao professor.” E vai além: “A nota no
Enade, se negativa e repetida, pode fechar a instituição,
prejudicando os três níveis.”
Foto: Carlos Oliveira/O Arauto
Já a Renata Boutin Becate, também professora da
área de Comunicação, diz que “uma boa nota no Enade pode ser uma satisfação pessoal” e enfatiza que “um
bom resultado é muito importante para a valorização
da faculdade e do currículo do estudante”. “A responsabilidade de uma boa colocação no exame é de ambos
(aluno e professor). O professor deve ajudar e o aluno
deve estar disposto a fazer a prova”, ressalta a professora de Rádio e TV.
Um bom resultado pode trazer investimentos em
conjunto para alunos, professores e, posteriormente,
para a universidade. É bom lembrar que não se deve fazer uma prova apenas por ser obrigatório fazê-la. Vale
ressaltar que o resultado, seja do Enem, da média numa
disciplina ou ir bem numa entrevista de emprego é apenas o resultado de um esforço feito desde o primeiro
dia aula, somando as tarefas básicas de todo estudante:
se interessar e buscar conteúdo. Boa prova!
Os 16 cursos do CEUNSP que
serão avaliados pelo Enade
melhorias no ensino. Também não vejo nenhum motivo
de se fazer a prova inteira no ‘chute’. Temos que realizar a
prova com calma e dedicação”, explica Greidson Camargo,
estudante de Publicidade e Propaganda. O universitário
não discorda que uma boa avaliação pelo Enade possa servir para promover a universidade, mas complementa que
“se a faculdade for bem ou mal no exame, mais tarde, na
disputa para uma vaga no mercado de trabalho, uma boa
nota pode fazer a diferença. Traz uma boa ou má referência.”
(ingressantes e concluintes)
Administração – Salto e Itu
Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade e
Propaganda, Rádio e TV) – Salto
Design – Salto
Design de Moda – Salto
Prontos ? - Natalia Ferrari, também aluna de Publicidade, fará o Enade na condição de ingressante e se diz preparada: “Se for de acordo com o simulado que fiz no CEUNSP,
acho que estou preparada para fazer o exame. Achei fácil.”
Direito – Salto
Gastronomia – Itu
Gestão Financeira – Itu
Outros estudantes não sentem a mesma segurança. Gisele Nogueira, estudante de Rádio e TV, ainda não se diz
“preparada”. Recado para Gisele e todos que farão o Enade:
até 8 de novembro é possível se preparar mais.
Gestão de Turismo – Itu
Marketing – Salto
Processos Gerenciais – Itu
Secretariado Executivo – Salto
Quem já prestou - Heloísa Ribeiro de Souza, estudante do 4º semestre de Arquitetura, já prestou Enade. “Na
prova tinham questões que não entendia direito, havia
perguntas sobre a prática profissional e eu não consegui
responder”, lembra. Mas é bom citar que Heloísa prestou
o exame em 2008, como aluna ingressante. “Agora estou
aprendendo tudo o que caiu no exame. Se tivesse no 10º
semestre conseguiria responder tudo facilmente”, explica
a futura arquiteta.
Teatro – Salto
Turismo – Itu
O estudante Bruno Michel Ferraz Margoni, estudante de
Publicidade, realizará o exame como estudante concluinte
e afirma que tem condições de responder as questões do
exame. “Acredito que posso responder a parte teórica da
prova. O exame poderia permitir ao estudante uma ‘viagem’ pelo mundo publicitário e não somente basear a prova em conceitos. Quando fiz o Enade pela primeira vez não
sabia muitas coisas, mas agora aprendi o que caiu anteriormente na prova”, complementa o estudante.
Todos os estudantes que realizarem o exame receberão
o resultado individual de desempenho pelo correio. O MEC
enviará um documento que poderá ser utilizado como uma
referência para conseguir um estágio na área estudada.
A estudante de Biologia, Franciele de Jesus tem um outro ponto de vista, interessante. “O Enade avalia o curso, o
aluno, só que antes deles existe uma outra pessoa, o professor. E o professor sempre tem sua parcela na avaliação”,
comenta.
www.ceunsp.edu.br
AMBIENTE
Bicicleta: por uma vida
(e cidade) mais
saudável
Por Amanda Duarte
Foto: Marcelino Carvalho/O Arauto
Um transporte barato, acessível a todas as classes sociais, ecologicamente correto e que ainda faz bem à saúde. Esses são os benefícios que a bicicleta proporciona. Mas
por que, mesmo assim, as pessoas não utilizam tanto a bicicleta? “O carro é muito mais confortável, seguro e rápido”,
afirma a manicure Neide Souza, que vai motorizada trabalhar. Ela acrescenta: “Tenho preguiça de andar de bicicleta.”
As declarações de Neide fazem refletir sobre dois aspectos.
Comparações
Trânsito – A aquisição
de veículos automotores
– dizem as estatísticas econômicas - é cada vez maior,
aumentando assim o congestionamento no trânsito. A
bicicleta é, sem duvida, mais
eficiente no que diz respeito
a tempo de deslocamento em
engarrafamentos. Enquanto o
motorista corre o risco de se
estressar quando fica parado
no trânsito, o ciclista anda
com sua “magrela” , como é
conhecida popularmente a
bicicleta, ao ar livre, deixando muitas máquinas potentes
paradas nos intermináveis
congestionamentos. Porém,
por estar sujeito a quedas e
acidentes mais graves, talvez não seja tão seguro o uso
em trânsito movimentado.
Um, da dependência cada vez
maior dos humanos em relação ao automóvel. Outro, a
bicicleta está ganhando cada
vez mais espaço nos debates.
Prova disso é o aumento de
ciclovias em cidades brasileiras. Sorocaba já conta com
50 km, unindo as principais
avenidas. “A meta é viabilizar 100 km de ciclovias interligadas, o que permitiria
a circulação entre todas as
regiões da cidade”, informa
Vinicius Castanho, assessor
de imprensa da Prefeitura.
o uso da bicicleta nas ações
de governo é a maior preocupação em ter uma cidade
mais saudável e menos poluída. Segundo a Assessoria
de Imprensa de Salto, a cidade tem um projeto pronto de instalação de ciclovias,
aprovado desde 2007, e que
não foi executado por falta
de liberação de verba. A previsão para o início das obras
(e a chegada do dinheiro)
é para o começo de 2010.
“Mas ainda há cidades mal
planejadas para receber este
transporte e, como todo veíOutra prova de que o Po- culo, necessita de uma legisder Público começa a pautar lação específica”, adverte o
professor Hélio Pereira Junior, coordenador do curso de
Gestão Ambiental do CEUNSP.
Especialistas apontam
também que além do esforço dos governos é necessário
que indústrias, universidades, comércios e escolas também entrem no “pró-pedal”.
Seria preciso, ao menos, que
empregadores e prestadores
de serviços garantissem a
guarda segura das bicicletas.
Como alguém utilizará o veículo de duas rodas se não tiver certeza que a encontrará
de volta?
CARRO x BIKE
Economia – Automóvel
precisa abastecer. Já bicicleta
é um meio de transporte barato: só usa o esforço físico. É
ideal para aqueles que estão
precisando de um dinheiro
extra no fim do mês. “Ao invés de usar o vale-transporte
fornecido pela empresa, uso
minha bike e economizo em
média R$ 100 por mês”, revela Alex Dias, de 16 anos, que
trabalha cerca de 9 km distante de sua residência. Além
disso não paga o Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores, o temido IPVA.
Meio ambiente - Com o
aquecimento global é preciso
se preocupar com a natureza.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), os maiores causadores da poluição do ar são os
automóveis, principalmente
os movidos a diesel. No Brasil, os escapamentos ocupam
- junto com as queimadas
em matas - o primeiro lugar
entre os grandes vilões do
aquecimento do planeta. “A
bicicleta é um meio de transporte sustentável. A única
energia usada é a energia
humana. A taxa de poluição
do ar é zero”, afirma o professor Hélio Pereira Junior.
piratórias, diabetes entre outras), aumenta a qualidade e
a expectativa de vida”, avisa
o professor de Educação Física, Cesar Augusto Passos.
Ele contina: “Com sua magrela, além de perder os quilos extras, você ganha massa
muscular,
principalmente
nas pernas. A cada uma hora
andando de bike é possível
Saúde – Andar de bicicle- queimar até 700 calorias,
ta é uma atividade fácil e que dependendo da velocidade.”
traz benefícios à saúde. ”Além
Lazer - Muitas famílias e
de melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, amigos usam a bike como um
(prevenindo problemas cir- lazer diferente aos fins de seculatórios, deficiências res- mana. Cerca de duas mil pes-
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soas, principalmente famílias,
participam do programa “Pedala Sorocaba”. “Todas as manhãs dos domingos um trecho da avenida Dom Aguirre,
no Jardim Abaeté, é fechado
para que a população passeie
com suas bicicletas, com toda
a segurança e alto astral”, comenta o prefeito da cidade,
Vitor Lippi. “É uma opção
de lazer. Além de não gastar
nada junta diversão, comodidade, e exercício físico” , diz a
dona de casa Marília Gabriela
Calegari, que normalmente
vai aos domingos ao parque,
pedalar com a família.
RADICAL
Fotos: acervo particular da repórter
O Arauto / out.09
pág.11
PARAQUEDISMO
Qual o “barato” de cair por entre as nuvens?
“A sensação é única, é de
liberdade total. São mais de
10 segundos em queda livre
da mais pura emoção.”
Por Jéssica Bonatti
O sonho de voar livremente, como um pássaro, de estar
entre as nuvens, de sentir o
vento no rosto e de esquecer
o que acontece lá fora, pode
ser realizado no paraquedismo. Mas qual a melhor maneira de desvendar o universo
dessa modalidade “radical”.
Simples, uma pessoa da equipe de O Arauto realizou um
salto numa escola de paraquedismo (fotos). “A sensação
é única, é de liberdade total.
São mais de 10 segundos
em queda livre da mais pura
emoção. Ainda no ar, com o
paraquedas aberto, é possível
ver toda a cidade enquanto
se cai suavemente. Assim fica
fácil descobrir porque os pássaros cantam todos os dias.”
As palavras são da repórter
Jéssica Bonatti.
O salto de Jéssica foi realizado em Boituva, cidade as
margens da rodovia Castello
Branco: um salto-duplo, modalidade em que o estreante
dos ares sai do avião junto
com um instrutor.
“Capital do paraquedismo” - Com poucas chuvas,
e clima estável, a cidade de
Boituva foi a escolhida para
abrigar o Centro Nacional de
Paraquedismo (CNP). Ao todo
são 16 escolas instaladas na
área do CNP. “A cidade tem a
maior área do Brasil e uma
das maiores do mundo”, revela o paraquedista Eduardo
Meirelles, da Escola Paraquedismo Boituva. No local já foram realizadas competições
internacionais.
minutos de instrução e você
já esta pronto para saltar.
Ao contrário do que a maioria
das pessoas pensa, o paraquedismo não é um esporte
perigoso. Nunca houve acidente fatal em salto duplo no
Brasil. Para isso, as escolas
seguem uma norma de segurança. Os equipamentos têm
que ser novos, os instrutores
devem ter feito mais de mil
saltos e estarem cadastrados
na Confederação Brasileira
da modalidade. Além disso,
algumas escolas possuem o
Dispositivo de Acionamento Automático (DAA), que
garante a abertura do para
quedas reserva caso aconteça
algo que impeça o paraquedas de ser acionado.
Esporte caro - Os valores
do salto-duplo variam de R$
250 a R$ 500 com pacotes
simples e pacotes com filmagem e fotos. Mas o custo para
quem quer se tornar um paraquedista – saltar sozinho
– é “pesado”. O aprendizado
é constituído por oito níveis.
O aluno aprende toda a parte teórica e saltos individuais
com manobras. O custo mínimo é de R$ 5 mil, com equipamentos de segurança e voos
incluído.
História - A história do
paraquedismo está diretamente ligada a da conquista
dos céus. Os primeiros registros de tentativas de salto
em queda livre são de 1306,
quando acrobatas chineses se
atiravam de muralhas e torres, empunhando um disposiO Salto-duplo é o mais tivo semelhante a um grande
praticado. A atividade é reali- guarda-chuva que amortecia
zada por duas pessoas (o ins- a chegada ao solo.
trutor e você) utilizando um
Leonardo da Vinci foi
único equipamento. Hoje é a
considerado
o percussor
maneira mais simples de sentir a experiência da queda li- como projetista de um paravre, sem precisar de cursos e quedas. Escreveu em suas notreinamentos. Com apenas 15 tas: “Se um homem dispuser
de uma peça de pano impermeabilizado, tendo seus poros bem tapados com massa
de amido e que tenha dez braças de lado, pode atirar se de
qualquer altura, sem danos
para si.”
O primeiro homem a saltar de um paraquedas foi
o balonista francês AndreJacques Garverin, no ano de
1798. No Brasil, o esporte
aparece em 1931, com Charles Astor, em São Paulo. Foi o
maior incentivador do esporte no país, formando alunos
pelo Brasil. Com doze discípulos, realizou no Rio de Janeiro o primeiro salto coletivo na América do Sul.
Depois de muitos saltos,
as forças armadas passaram
a utilizar a técnica para invadir os territórios inimigos. O
desenvolvimento dos paraquedas tornou possível uma
maior segurança. Nos anos 50
do século XX, o paraquedismo
começou a ser visto também
como modalidade esportiva.
Evolução - A dirigibilidade e a praticidade do equipamento foram conseguidas
com a evolução dos materiais
utilizados. Hoje em dia o praticante tem todo o controle
sobre a direção que quer seguir. Um esporte que possibilita ao homem sentir a liberdade de voar dos pássaros.
Militares - Além das
competições e do lazer que
misturam “radicalidade” e
natureza, o paraquedismo desempenha uma missão estratégica nas forças armadas. O
Exército Brasileiro, por exemplo, conta com a Brigada de
Infantaria de Paraquedista. A
história da brigada, instalada
no Rio de Janeiro, começa no
ano de 1945, após um treinamento do capitão Roberto de
Pessoa. Ele foi aos Estados
Unidos para se instruir. Na
volta, formou a primeira turma brasileira.
A tropa de paraquedista militares brasileiros é inteiramente formada por voluntários, de
acordo com o site oficial
( www.bdainfpqdt.eb.mil.br ).
Os integrantes têm como características a coragem, a
agressividade no combate,
a determinação no cumprimento da missão, a resistência física e a camaradagem.
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As competições de paraquedismo apresentam seis categorias distintas. As performances são filmadas por um
cinegrafista que acompanha os saltos. Logo após o pouso,
o vídeo é avaliado pelos juízes de acordo com as regras
internacionais do esporte. As modalidades são:
Formação em Queda Livre (FQL) - A primei-
ra categoria desenvolvida para competição é o salto em
equipe de 2 a 16 paraquedistas, que forma figuras geométricas em queda-livre.
Free Fly - O atleta utiliza várias posições do corpo em
queda livre. Sentados, deitados, em pé ou de cabeça para
baixo, atingem grandes velocidades.
Freestyle - O atleta salta sozinho e realiza movimentos artísticos e de precisão.
Swoop – É o pouso de alta performance, estilo no qual o atleta tem que apresentar uma boa
performance no pouso. Os paraquedas são menores e mais velozes, dificultando a descida.
Skysurf - No salto é utilizada uma prancha que é presa
aos pés do paraquedista, que surfa no ar, realizando diversas manobras durante o voo.
Wingsuite - O atleta salta vestindo um macacão com
“asas” (um pano costurado à roupa fecha o espaço entre
os braços abertos e a cintura), aumentando a área de contato com o ar e possibilitando o deslocamento à distância.
Pára-quedismo
ou
paraquedismo?
A primeira grafia era a correta até a oficialização, este
ano, da Nova Ortografia Oficial da Língua Portuguesa.
Paraquedismo é a nova forma de escrever.
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Edição 10