CHRYSTIANE MARY NAKAGAWA GESTÃO AMBIENTAL DE RODOVIAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. SÃO PAULO 2005 CHRYSTIANE MARY NAKAGAWA GESTÃO AMBIENTAL DE RODOVIAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. Orientador: Prof. MSc. Célio Daroncho SÃO PAULO 2005 i Este trabalho é dedicado ao meu professor orientador Célio Daroncho, à professora Jane Luchtemberg Vieira por tudo que têm colaborado para o meu desenvolvimento profissional e pessoal me ajudando na elaboração desse trabalho, e ao meu namorado Neuber Fabro pela paciência e compreensão. ii AGRADECIMENTOS Agradeço o meu professor orientador Célio Daroncho pela orientação, paciência e dedicação, a professora e coordenadora Jane Luchtemberg por toda a compressão e suporte durante o desenvolvimento deste trabalho. iii RESUMO Devido ao grande crescimento do setor rodoviário impulsionado pelo processo de privatização dos setores estatais, criou-se a necessidade de implantação e gerenciamento da política ambiental em âmbito nacional e estadual. Foram criadas então as concessões, ou seja, transferiu-se à iniciativa privada a administração de um serviço prestado tradicionalmente pelo Estado durante um período pré-estabelecido em contrato. Com isso, a iniciativa privada deve cumprir rigorosamente um extenso cronograma de investimentos, com fiscalização e monitoração do Poder Concedente, ou seja, do Estado. Ao final da gestão privada, a rodovia volta ao Poder Público com todos os benefícios realizados, como a ampliação, renovação e modernização da malha rodoviária. À medida que avançam as condições tecnológicas na construção, as exigências também crescem de acordo com a conscientização da necessidade de preservação dos meios ambientais. A implantação da Gestão Ambiental em rodovias fez com que a aplicabilidade e o cumprimento de Leis e Normas durante as fases de planejamento, implantação e operação das obras de implementação rodoviária fosse possível. Palavras Chave: Privatização Rodoviária, Gestão Ambiental de Rodovias, Rodovias. iv ABSTRACT Due to the road sector growth stimulated by the privatization of governmental sectors, it was created the necessity of implantation and management of environmental politics in national and state scope. So, concessions were created, where a service that was traditionally done by the Government is transferred to a private company for a specific period of time agreed on a contract. With this, the private initiative must rigorously fulfill an extensive chronogram of investments, with fiscalization and monitoration of the Power Concessor, or either, of the State. To the end of the private administration, the highway comes back to the Public Power with all the carried through benefits, as magnifying, renewal and modernization of the road mesh. The measure that they advance the technological conditions in the construction, the requirements also grow in accordance with the awareness of the necessity of preservation of the ambient ways. The implantation of the Ambient Management in highways made with that the applicability and the fulfilment of Laws and Norms during the planning phases, implantation and operation of the workmanships of road implementation were possible. Key Worlds: Road Privatization, Road Ambient Management, Highway. v LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1.1: Ilustrativo das Rodovias Concedidas (ARTESP, 2005)...........................12 Figura 1.2: Antigo Traçado da Rodovia Anchieta (DER, 2005) .................................14 Figura 1.3: Segmento do Traçado Atual da Rodovia Anchieta (DER, 2005).............14 Figura 1.4: Sistema Anchieta Imigrantes (ECOVIAS, 2005) ....................................16 Figura 1.5: Antigo Traçado da Rodovia Anhanguera (DER, 2005)............................17 Figura 1.6: Rodovia Anhanguera Atual (DER, 2005).................................................17 Figura 1.7: Sistema Anhanguera-Bandeirantes (AUTOBAN, 2005) ..........................18 Figura 1.8: Rodovia Dom Pedro I (DERSA, 2005) ....................................................19 Figura 1.9: Antigo Traçado da Rodovia Castelo Branco (DER, 2005).......................21 Figura 1.10: Rodovia Castelo Branco Atual (DER, 2005)..........................................21 Figura 1.11: Trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas (DERSA, 2005).....................22 Figura 1.12: Rodovia Ayrton Senna (DERSA, 2005).................................................23 Figura 5.1: Mapa das principais Concessionárias do Estado de São Paulo (ARTESP, 2005) ..................................................................................................................33 Figura 6.2: Escavação do Túnel (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) .............................43 Figura 6.3: Execução do Túnel (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)...............................43 Figura 6.4: Interferência do pilar sobre o meio ambiente local (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)..................................................................................................44 Figura 6.5: Segunda pista da Imigrantes em Fase de Execução (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)..................................................................................................46 Figura 6.6: Ilustração parcial de um dos túneis construídos (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) ..................................................................................................................47 Figura 6.7: Vão do projeto original (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)..........................49 Figura 6.8: Vão do projeto final (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)...............................49 Figura 6.9: Pilar com 70m de altura (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005)........................50 Figura 6.10: Drenagem interna dos túneis (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) .............51 Figura 6.11: Tubulação da drenagem interna (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005).........52 Figura 6.12: Caixa coletora (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005).....................................52 Figura 6.13: Estação de Tratamento (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) ......................53 Figura 6.14: Estação de Tratamento (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) ......................54 vi Figura 6.15: Lavagem de Betoneira (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) .......................55 vii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCR Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias AUTOBAN Concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes S.A. AUTOVIAS Autovias S.A. ARTESP Agencia de Transportes do Estado de São Paulo CAF Comissão de Acompanhamento e Fiscalização CENTROVIAS Centrovias Sistema Rodoviários S.A. CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica DAIA Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental DEATR Diretoria de Avaliação de sistemas de Transportes e Estruturas Lineares DER Departamento de Estradas e Rodagem DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. ECOVIAS Ecovias dos Imigrantes S.A. EIA Estudo de Impacto Ambiental IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis INTERVIAS Intervias S.A. LI Licença de Instalação LO Licença de Operação LP Licença Prévia PROCROFE Programa de Concessão de Rodovias Federais RAP Relatório Ambiental Preliminar viii RENOVIAS Renovias Concessionárias S.A. RIMA Relatório de Impacto Ambiental SAU Serviço de Auxílio ao Usuário SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente SMA Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo SP VIAS Rodovias Integradas do Oeste S.A. TEBE Concessionárias de Rodovias TEBB S.A. UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura VIANORTE Concessionárias Vianorte S.A. VIAOESTE Concessionária de Rodovias do Oeste S.A. ix SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................11 1.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS RODOVIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO .......................................................................................................................... 13 1.1.1 Rodovia Anchieta – SP 150 ............................................................................. 13 1.1.2 Rodovia dos Imigrantes – SP 160................................................................... 15 1.1.3 Rodovia Anhanguera – SP 330 ....................................................................... 16 1.1.4 Rodovia Bandeirantes – SP 348 ..................................................................... 17 1.1.5 Rodovia Dom Pedro I – SP 065 ...................................................................... 19 1.1.6 Rodovia Castello Branco – SP 280................................................................. 20 1.1.7 Rodoanel Mário Covas – SP 021 (Trecho Oeste)........................................ 21 1.1.8 Rodovia Ayrton Senna – SP 070..................................................................... 22 2 OBJETIVOS.......................................................................................................24 2.1 Objetivo Geral........................................................................................................... 24 2.2 Objetivo Específico ................................................................................................. 24 3 METODOLOGIA ................................................................................................25 4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................26 5 PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DAS RODOVIAS ........................................27 5.1 Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo........................................ 28 5.1.1 DERSA ................................................................................................................ 31 5.1.2 DER...................................................................................................................... 32 5.1.3 Concessionárias Privadas ................................................................................ 32 5.2 A Gestão Ambiental de Empreendimentos Rodoviários .............................. 33 5.3 Abrangência Institucional do Processo de Gestão Ambiental ................... 36 5.3.1 Sistema Nacional de Gestão Ambiental......................................................... 36 x 5.4 Licenciamento Ambiental...................................................................................... 39 5.4.1 Estudo de Impacto Ambiental (EIA)................................................................ 39 5.4.2 Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)......................................................... 40 5.4.3 Relatório Ambiental Preliminar (RAP) ............................................................ 40 5.4.4 Licenças Concedidas ........................................................................................ 41 6 6.1 CONSTRUÇÃO DA SEGUNDA PISTA DA RODOVIA DOS IMIGRANTES .....42 Os Impactos Ambientais causados com a construção da Rodovia dos Imigrantes – 1ª e 2ª pista ................................................................................................... 45 6.2 As alterações construtivas feitas para atender a Gestão Ambiental ........ 48 6.3 Os Resultados da Gestão Ambiental ................................................................. 55 CONCLUSÕES .........................................................................................................57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................59 11 1 INTRODUÇÃO Segundo a revista ENGENHARIA (2004), na época do lançamento do programa de concessões, as rodovias brasileiras enfrentavam sérios problemas de manutenção. As rodovias não acompanhavam o desenvolvimento internacional do setor, sendo que 33% da malha rodoviária pavimentada encontrava-se em estado irrecuperável, exigindo total reconstrução, do restante, 21% em estado ruim e 46% em condição regular, obrigando, no mínimo a realização de investimentos pesados em recuperação, de acordo com um levantamento das entidades de transportadores de carga. De acordo com Moacyr Duarte, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR em reportagem à Revista Engenharia (2005), o programa de concessões de rodovias tem alcançado resultados bastante animadores em relação à qualidade dos serviços. A Figura 1.1 mostra um esquema geral das rodovias concedidas no estado de São Paulo. 12 Figura 1.1: Ilustrativo das Rodovias Concedidas (ARTESP, 2005) 13 1.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS RODOVIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO O estado de São Paulo possui uma extensa malha rodoviária que faz a interligação entre diversas cidades. Serão abordadas algumas das principais rodovias do Estado de São Paulo, tais como, Rodovia Anchieta, Rodovia dos Imigrantes, Rodovia Castelo Branco e Rodovia Anhanguera, Rodovia dos Bandeirantes, Complexo Rodoviário Rodo-anel Mário Covas, Rodovia Raposo Tavares, Rodovia Ayrton Senna e Rodovia Dom Pedro I. 1.1.1 Rodovia Anchieta – SP 150 A rodovia estadual Anchieta (SP-150) faz a ligação entre a região metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista, passando pelos municípios de São Paulo, São Bernardo, Cubatão e Santos. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem – DER (2005), a rodovia Anchieta possui 55,9 km de extensão, e foi uma das primeiras rodovias a serem construídas no Brasil seguindo padrões técnicos modernos e rigorosos para a época. A partir de 27 de maio de 1998, a Via Anchieta passou a ser administrada pela concessionária ECOVIAS dos Imigrantes, dentro do Programa de Concessões do Governo do Estado. 14 A figura 1.2 ilustra como é o traçado mais antigo e sinuoso da Rodovia Anchieta, já a Figura 1.3 ilustra um segmento do novo traçado. Figura 1.2: Antigo Traçado da Rodovia Anchieta (DER, 2005) Figura 1.3: Segmento do Traçado Atual da Rodovia Anchieta (DER, 2005) 15 1.1.2 Rodovia dos Imigrantes – SP 160 A Rodovia dos Imigrantes (SP-160) liga a Baixada Santista ao Planalto, através de 58,54 km, passando pelos municípios de São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente e Praia Grande. A DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) foi criada para viabilizar a construção da nova rodovia. Os estudos e projetos para a construção compreendiam a interligação com a Via Anchieta, no alto da serra (SP-041). Na Rodovia dos Imigrantes foram aplicadas tecnologias avançadas de construção de túneis e viadutos de grandes extensões, sustentados por pilares de até 100 metros de altura. No trecho da serra, são 16 km de viadutos e túneis sucessivos, formando uma espécie de "estrada artificial". Segundo a DERSA (2005), a partir de sua entrega ao tráfego, a Rodovia dos Imigrantes passou a compor, juntamente com a Via Anchieta, o Sistema AnchietaImigrantes, sob administração da DERSA. Como parte do Programa de Concessões do Governo do Estado, o sistema passou a ser administrado pela concessionária ECOVIAS dos Imigrantes, por um período de 20 anos, segundo contrato firmado em 27 de maio de 1998, segundo ECOVIAS. A Figura 1.4 ilustra o sistema Anchieta Imigrantes. 16 Figura 1.4: Sistema Anchieta Imigrantes (ECOVIAS, 2005) 1.1.3 Rodovia Anhanguera – SP 330 Hoje com 427 km de extensão, a rodovia Anhanguera faz a ligação entre São Paulo e Igarapava. Segundo estradas (2005), a Via Anhangüera está entregue á quatro concessionárias: AutoBan, do km 11 ao 158; Intervias, do km 159 ao 239; Autovias, do km 240 ao 318 e Vianorte, do km 319 ao 438. A Figura 1.5 ilustra a Rodovia Anhanguera antigamente, em traçado original, em más condições. E a Figura 1.6 ilustra a Rodovia atualmente, depois da modernização em melhores condições de utilização. 17 Figura 1.5: Antigo Traçado da Rodovia Anhanguera (DER, 2005) Figura 1.6: Rodovia Anhanguera Atual (DER, 2005) 1.1.4 Rodovia Bandeirantes – SP 348 A Rodovia dos Bandeirantes que faz a ligação de São Paulo à Cordeirópolis, foi construída pela DERSA. Em maio de 1998, pelo programa de concessões a administração da rodovia passou a ser feita pela concessionária AUTOBAN, responsável pelo prolongamento da rodovia de Campinas até Cordeirópolis, que 18 junto com a rodovia Anhanguera compõem um sistema integrado de rodovias que visa facilitar e melhorar as condições de tráfego das mesmas. A rodovia dos Bandeirantes possui uma extensão total de 167Km. A figura 1.7 mostra o trevo de interligação do sistema Anhanguera – Bandeirantes. Figura 1.7: Sistema Anhanguera-Bandeirantes (AUTOBAN, 2005) 19 1.1.5 Rodovia Dom Pedro I – SP 065 Segundo a DERSA (2005), a rodovia Dom Pedro I, alivia o tráfego dos sistema Anhanguera/Bandeirantes e Ayrton Senna/Carvalho Pinto em direção ao Vale do Paraíba e Litoral Norte. Entre as obras que foram realizadas para a transformação dessa rodovia em "freeway" destaca-se, por sua complexidade, a ponte sobre a represa Jaguari, na altura do km 21, no município de Igaratá, que possui 320 metros de extensão e uma lâmina de água com mais de 40 metros. Por esse motivo, foi aplicada em sua construção a mesma tecnologia adotada na ponte Rio/Niterói. A Figura 1.8 mostra a Rodovia Dom Pedro I no trecho que foi adotada a mesma tecnologia da Ponte Rio/Niterói. Figura 1.8: Rodovia Dom Pedro I (DERSA, 2005) 20 1.1.6 Rodovia Castello Branco – SP 280 A rodovia estadual Presidente Castello Branco (SP-280), liga o estado de São Paulo de Osasco até Espírito Santo do Turvo. De acordo com o DER (2005), a rodovia possui 302 Km de extensão e atende os municípios de Barueri, São Roque, Sorocaba, Boituva, Tatuí, Torre de Pedra, Pardinho, Itatinga e Iaras. Após sua construção, a rodovia não sofreu alterações. Atualmente, acompanhando as diretrizes do Programa de Concessões do Governo do Estado, parte da Rodovia encontra-se sob administração da Concessionária de Rodovias do Oeste S/A – VIAOESTE. A Figura 1.9 a Rodovia Castelo Branco em seu antigo traçado. Já a Figura 1.10 mostra um segmento da Rodovia em condições pós-privatização, onde é possível notar a atual praça de pedágio. 21 Figura 1.9: Antigo Traçado da Rodovia Castelo Branco (DER, 2005) Figura 1.10: Rodovia Castelo Branco Atual (DER, 2005) 1.1.7 Rodo-anel Mário Covas – SP 021 (Trecho Oeste) Faz a interligação entre as Rodovias Regis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes. 22 Sua construção, segundo a DERSA (2005), teve início em outubro de 1998, e a rodovia foi liberada para o tráfego em outubro de 2002. Possui 32 Km de extensão e atende os municípios de Taboão da Serra, Embu, Cotia, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Santana do Parnaíba. A Figura 1.11 ilustra um segmento do trecho Oeste do complexo viário Rodoanel Mário Covas. Figura 1.11: Trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas (DERSA, 2005) 1.1.8 Rodovia Ayrton Senna – SP 070 A rodovia Ayrton Senna segue paralelamente a Dutra, segundo a DERSA (2005) a sua concepção foi obtida através de construção ainda mais moderna que as rodovias Bandeirantes e Imigrantes. 23 Nos primeiros quilômetros, ainda nos limites de São Paulo e Guarulhos, cruza o Parque Ecológico do Tietê, onde foram necessárias obras especiais para que a rodovia não causasse danos ao meio ambiente e para que pudesse transpor o mangue natural criado por uma série de canais do rio Tietê, segundo informações da DERSA (2005). A figura 1.12 ilustra um segmento da Rodovia Ayrton Senna. Figura 1.12: Rodovia Ayrton Senna (DERSA, 2005) 24 2 OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo principal mostrar a necessidade de desenvolvimento da Gestão Ambiental no setor rodoviário, o qual se mostra em grande crescimento e desenvolvimento. 2.1 Objetivo Geral Abranger o funcionamento do programa de concessões de rodovias no estado de São Paulo e mostrar a importância da Gestão Ambiental que visa garantir a manutenção dos padrões de qualidade ambiental, para que o desenvolvimento dessas rodovias não venha a causar grandes impactos ambientais, sem o determinado estudo. 2.2 Objetivo Específico Mostrar a importância de um planejamento que corresponde à estruturação organizacional e metodológica, ou seja, define-se pelas metas e etapas para a implementação das ações, apoiadas na análise dos benefícios e problemas ambientais envolvidos nas etapas de implantação, e operação da rodovia. O Gerenciamento constitui a instância operacional e executiva, desenvolvida na fase de implantação e operação, mediante a supervisão e controle das ações exercidas sobre o meio ambiente visando minimizar os impactos negativos sobre o quadro ambiental vigente e futuro. 25 3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado através de pesquisas em informes periódicos como revistas, reportagens encontradas em sites das empresas envolvidas e informações retiradas de Relatórios, Roteiros e Manuais da Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria dos Transportes e Departamento Nacional e Estadual de Estradas e Rodagem. 26 4 JUSTIFICATIVA Segundo a REVISTA ENGENHARIA (2004), na época em que foi lançado o Programa de Concessões, as rodovias brasileiras enfrentavam sérios problemas de manutenção, além de não conseguirem acompanhar o desenvolvimento internacional do setor. Assim começou o processo de privatização. Mas a preocupação com a área ambiental tem estado cada vez mais presente no desenvolvimento de estruturas urbanas, tornando-se mais importante a preservação do meio ambiente. Mas para que toda essa preocupação realmente fosse levada a sério, foram criadas leis, normas e procedimentos, necessitando alterações em projetos, construções e forma de se planejar uma obra. A segunda pista da Rodovia dos Imigrantes foi um grande exemplo de como tudo isso atuou em seu projeto, onde todo o método construtivo foi alterado com o objetivo de diminuir o impacto ambiental causado na região, atendendo as legislações que visam proteger o sistema ambiental. 27 5 PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DAS RODOVIAS De acordo com Brasil (2005a), o processo de privatização das rodovias federais, começou em 1993, com a constituição do Programa de Concessão de Rodovias Federais (PROCROFE). Até 1997, já haviam sido concedidos cinco trechos rodoviários para o setor privado, perfazendo um total de 856 km. O PROCROFE estipulou que os critérios para selecionar os vencedores das licitações seriam: a cobrança mais baixa de taxas de pedágio e o cumprimento das metas estipuladas nos editais. Segundo Brasil (2005a), as concessões rodoviárias são definidas por trechos, nos quais cada concessionário assume metas de investimentos para recuperação da pista e ampliação e melhoria dos serviços ao usuário durante prazos definidos, que podem alcançar até 30 anos onde os consórcios que adquiriram as concessões rodoviárias são formados, na sua maioria, por empresas nacionais do setor da construção civil, transportes gerais e operadores logísticos. Até o presente momento foram efetuadas as seguintes concessões: • Rodovias federais: seis trechos de rodovias, somando 1.480 km. As transferências mais importantes foram: um trecho da BR-116, a Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro - uma das mais movimentadas vias de transporte do país - e a ponte Rio-Niterói, que possibilita a ligação das regiões Sul e Sudeste ao Nordeste do Brasil. 28 • Rodovias estaduais: 8.675 km concedidos até início de 2002. O estado de São Paulo concedeu os maiores trechos, foram 12 áreas que somaram 3.517 km. Nos demais estados envolvidos, foram feitas concessões no Espírito Santo, Bahia, duas no Rio de Janeiro e Santa Catarina, seis no Paraná e oito no Rio Grande do Sul. E apenas a cidade do Rio de Janeiro (RJ) realizou concessão em Rodovias Municipais, transferindo 25km contra investimentos da ordem de US 92 milhões. 5.1 Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo De acordo com a AUTOBAN (2005), concessão é a transferência à iniciativa privada da administração de um serviço prestado tradicionalmente pelo Estado. É o caso dos programas de concessão de rodovias atualmente em desenvolvimento no País. Durante um período pré-estabelecido em contrato, a iniciativa privada deve cumprir rigorosamente um extenso cronograma de investimentos, com fiscalização e monitoração do Poder Concedente, ou seja, do Estado. Ao final da gestão privada, a rodovia volta ao Poder Público com todos os benefícios realizados, como a ampliação, renovação e modernização da malha rodoviária a custo zero para o Estado. Um dos objetivos dos programas de concessão de rodovias do País é contribuir para que sejam recriadas as condições de alavancagem do processo de desenvolvimento das regiões região por onde passam as rodovias sob concessão. Segundo a ARTESP (2005), no estado de São Paulo, o regime escolhido para as concessões, foi o de concessão por prazo de 20 anos, ao final do qual a malha 29 rodoviária concedida retornará ao poder do Estado com todos os investimentos feitos pelo particular. Durante esse período, as concessionárias se responsabilizam, por sua conta e risco, pela totalidade dos investimentos e recursos necessários ao cumprimento dos contratos, remunerando-se apenas através da cobrança de pedágios. Os objetivos das concessões rodoviárias são: • Aumentar a segurança e a confiabilidade nas estradas reduzindo os custos totais de transporte; • Uso racional da infra-estrutura rodoviária (Matriz de Transportes); e • Adaptar a capacidade das rodovias de acordo com a demanda. ARTESP (2005). As razões definidas para se fazer o programa foram: • Necessidade de investimento na infra-estrutura de transporte; • Incapacidade financeira do Estado de investir em curto prazo; • Oportunidade para a criação de novo negócio, gerando desenvolvimento econômico e novos empregos; e • Facilitar a introdução de novas tecnologias no setor. ARTESP (2005) Com as concessões, surgiu a exigência de criação dos SAU (Serviço de Auxílio ao Usuário) que devem servir para: 30 • Apoio na ocorrência de falhas mecânica; • Assistência na ocorrência de acidentes; • Prestação de socorro às vítimas; e • Informações aos usuários - 0800 e Call Box. ARTESP (2005) Os principais benefícios do programa foram: • Economia em combustível; • Redução do tempo de percurso de viagem; • Conservação do veículo; e • Segurança para o motorista. ARTESP (2005) Para a fiscalização dos contratos foi criada a Comissão de Acompanhamento e Fiscalização - CAFs A Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões de Serviço Público criada em dezembro/1998, pela resolução ST-25 no âmbito da Secretaria de Estado dos Transportes, fiscaliza os contratos firmados entre as empresas concessionárias e o Governo do Estado, por meio das CAFs . Participam das CAFs, 9 representantes, sendo três do Poder Legislativo, três da Comissão de Concessões e três da sociedade civil organizada. Estão em 31 funcionamento 12 CAfs, uma para cada lote concedido, que elaboram relatórios de avaliação das rodovias. 5.1.1 DERSA A DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S.A. empresa mista no âmbito da Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, foi fundada em 1969 para projetar e implantar uma nova estrada entre o Planalto e o Litoral Paulista, a Rodovia dos Imigrantes. De acordo com a própria empresa. Segundo a DERSA (2005b), a empresa, durante muito tempo também foi responsável pela administração e operação de uma rede de 800 quilômetros de estradas, entre essas as rodovias Santos Dumont, Hélio Schmidt, Contorno de Campinas e Caminho do Mar. Para tanto, empregou novas técnicas, gerou inovações tecnológicas e forjou uma nova e competente geração de especialistas rodoviários. Hoje a DERSA é responsável pela administração dos pedágios da Rodovia Ayrton Senna. De forma pioneira, a DERSA criou, em 1976, o primeiro Sistema de Ajuda ao Usuário (SAU) na malha rodoviária brasileira e cujo desempenho atingiu níveis notáveis de eficiência, salvando milhares de vidas. DERSA (2005a) Incumbida pelo Governo do Estado de São Paulo, a DERSA assumiu a administração de todas as travessias litorâneas por balsas, como as de 32 Santos/Guarujá, Iguape/Ilha São Comprida, Sebastião/Ilhabela, Cananéia/Ilha Guarujá/Bertioga, Comprida, Iguape/Juréia, Cananéia/Continente e Cananéia/Ariri e a partir de 1989, passou a administrar o porto de São Sebastião. Agora, a DERSA enfrenta um novo desafio: a construção do Rodoanel Mário Covas. Será uma obra decisiva para o futuro da Grande São Paulo e para o desenvolvimento econômico do país. Segundo a própria DERSA (2005a). 5.1.2 DER O DER – Departamento de Estradas e Rodagem, segundo a REVISTA ENGENHARIA (2004), foi fundado em 2 de Julho de 1934, por meio de decreto estadual, e está vinculado à Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo. Por decreto estadual, cabe ao DER, colaborar com as prefeituras na solução de problemas rodoviários. Segundo REVISTA ENGENHARIA (2004), o DER é responsável por cerca de 18.000 km da malha rodoviária pavimentada do estado de São Paulo. Dentro do Programa de Recuperação de Rodovias, 700km está sob jurisdição do DER. 5.1.3 Concessionárias Privadas O Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo conta com doze lotes contratados pela iniciativa privada, estes lotes foram concedidos as seguintes concessionárias: Tebe, Vianorte, Viaoeste, Renovias, AutoBan, Ecovias, Triângulo do Sol, Centrovias, Autovias, SPvias, Intervias e Rodovias das Colinas. 33 A figura 5.1 ilustra as principais concessões de rodovias do Estado de São Paulo Figura 5.1: Mapa das principais Concessionárias do Estado de São Paulo (ARTESP, 2005) 5.2 A Gestão Ambiental de Empreendimentos Rodoviários De acordo com DNER (1996a), o Sistema de Gestão Ambiental visa a melhoria contínua e o aprimoramento da operacionalização do setor em consonância com a Política Ambiental instituída no s planos, Nacional e Estadual. 34 O desenvolvimento do Sistema de Gestão Ambiental pauta-se na Política Ambiental do setor rodoviário, que objetiva garantir a manutenção de padrões de qualidade ambiental e influir nas tendências econômicas e sociais, passíveis de serem geradas no meio ambiente pela implementação de empreendimentos, ou pela alteração do uso do solo por eles induzidos, contribuindo para o atendimento dos princípios do Desenvolvimento Sustentável. Segundo DNER (1996a) De acordo com DNER (1996a), o Sistema de Gestão Ambiental apóia-se num conjunto de diretrizes e orientações necessário para assegurar a aplicação dos dispositivos legais e institucionais vigentes para a proteção do meio ambiente. O processo de implementação da Gestão Ambiental fundamenta-se em atividades de Planejamento e de Gerenciamento Ambiental. As primeiras incorporam a estruturação organizacional e metodológica enquanto que as outras constituem a instância operacional e executiva, de cuja atuação integrada resulta o aperfeiçoamento e a adequação constantes do processo de gestão instituído. Segundo DNER (1996a) A implementação e o desempenho do processo de Gestão Ambiental requer uma eficiente estrutura técnica – administrativa para a sustentação e desenvolvimento das atividades de Planejamento e Gerenciamento, em função das necessidades (demandas) exigidas pela natureza dos empreendimentos, objeto da gestão e, da complexidade ambiental das áreas de influência passíveis de serem afetadas com sua implantação. DNER (1996a) 35 Nesse sentido, a infra-estrutura técnico-administrativa de apoio responde pelos recursos humanos e materiais adequados à demanda, o Planejamento Ambiental define as metas e etapas para a implementação das ações, apoiadas na análise dos benefícios e problemas ambientais envolvidos no planejamento, projeto, implantação e operação dos empreendimentos e, o Gerenciamento Ambiental, desenvolvido durante as fases de implantação (obras) e operação dos empreendimentos rodoviários, mediante supervisão e controle das ações exercidas sobre o meio ambiente, visa minorar as interferências negativas sobre o quadro ambiental vigente e futuro, garantindo os objetivos do Planejamento efetuado. DNER (1996a) Segundo DNER (1996a) os empreendimentos rodoviários podem envolver ações potencialmente impactantes ao meio ambiente, sendo classificadas em seis grupos: • Grupo I – Obras de Conservação Especial • Grupo II – Restauração Limitada a Recapeamento • Grupo III – Restauração e/ou melhoramento sem alteração de traçado • Grupo IV – Melhoramentos com alterações de traçado, com ou sem restauração • Grupo V - Duplicação adjacente, com ou sem restauração • Grupo VI – Implantação 36 5.3 Abrangência Institucional do Processo de Gestão Ambiental Segundo o DER (1999a), a regularização ambiental de obras e empreendimentos rodoviários dá-se por meio de licenciamentos e autorizações, concedidos pelos órgãos competentes na condução do processo de licenciamento, assim como pelos órgãos responsáveis pelo controle dos padrões de qualidade ambiental, no âmbito federal, estadual e municipal, ficando, da mesma forma, sujeitos à fiscalização desses mesmos órgãos, nas respectivas áreas de atuação, que constatam a prática de infrações e impõem as penalidades previstas na legislação pertinente. Nesse contexto, o presente item visa fornecer informações e delinear os aspectos relacionados às competências dos órgãos públicos envolvidos no processo de Gestão Ambiental, bem como esclarecer quanto a jurisdição e campo de atuação de cada órgão. Destaca-se que os órgãos responsáveis pelas atribuições relativas ao licenciamento e às autorizações ambientais integram os Sistemas de Gestão Ambiental nacional e estadual, responsáveis pela condução da Política Ambiental nessas instâncias institucionais. 5.3.1 Sistema Nacional de Gestão Ambiental 37 A Lei 6.938/81, dispondo sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, instituiu o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente – como o grande arcabouço institucional da gestão ambiental no Brasil. Vinculado ao órgão central representado pelo Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, o SISNAMA consiste no conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e de fundações, instituídas pelo Poder Público responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. Em sua estruturação o SISNAMA tem com órgão superior o Conselho de Governo, que tem a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais. O SISNAMA é constituído por órgãos como: • CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão maior do SISNAMA, presidido pelo Ministro responsável pela pasta, constituindo o órgão consultivo e deliberativo, responsável por assessorar, estudar e propor, ao Conselho de Governo, as diretrizes de política governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e, deliberar sobre as normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à qualidade de vida, no âmbito da Política Nacional de Meio Ambiente. 38 • IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, que constitui a Secretaria Executiva do CONAMA e o principal responsável pelo cumprimento das suas deliberações. É o órgão executor ou executivo da gestão ambiental no país, tendo como finalidade a formulação, coordenação e execução da Política Nacional do Meio Ambiente e da preservação, conservação e uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos naturais renováveis. • Órgãos setoriais representados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta ou indireta, bem como Fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades, estejam, total ou parcialmente, associadas às de preservação da qualidade ambiental ou de disciplina do uso de recursos ambientais. • Órgãos seccionais são constituídos pelos órgãos estaduais ou entidades estaduais, constituídos na forma da lei e por ela incumbidos de preservar o meio ambiente, resguardar a qualidade ambiental e fiscalizar as ações lesivas ao meio ambiente. Em razão da impossibilidade concreta dos órgãos federais incumbirem-se da gestão ambiental em todo o território nacional, os órgãos seccionais, representados pelos órgãos ambientais estaduais, configuram a base do SISNAMA, cabendo aos mesmos a regionalização das medidas emanadas do SISMANA, elaborando normas e padrões supletivos e complementares. • Órgãos locais são os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas respectivas áreas de jurisdição, desde que institucional e tecnicamente capacitados para o exercício de tais funções e atribuições. 39 5.4 Licenciamento Ambiental De acordo com a DER (1999b), para o licenciamento ambiental de projetos, é necessário o desenvolvimento de análises e da identificação dos principais impactos que poderão ocorrer em função das diversas ações previstas para a implantação e operação do empreendimento, tais como: interferência com infra-estrutura existente, conflitos de uso do solo, desapropriações e re-locação da população, remoção da cobertura vegetal, bem como as ações modificadoras da dinâmica superficial. E necessário levar em consideração as condições atuais dos meios físicos, biológicos e sócio-econômicos e as conseqüências que o mesmo pode gerar nas áreas diretamente afetadas pelo empreendimento através da elaboração de relatórios. É necessária a apresentação de medidas mitigadoras, compensatórias e/ou de controle ambiental considerando os impactos ambientais. Indicar os responsáveis pela implementação das mesmas e o respectivo cronograma de execução. 5.4.1 Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Segundo a SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (1991), o EIA deve ser composto de objetivos e justificativas do empreendimento, compatibilidade do empreendimento com planos, programas e projetos, legislação ambiental, alternativas tecnológicas e locacionais, caracterização do empreendimento e delimitação da área de influência 40 direta e indireta do empreendimento e diagnóstico ambiental, que envolve os seguintes parâmetros: • Meio Físico; • Geologia; • Geomorfologia; • Solos; • Recursos Hídricos; • Meio Biótico; • Meio Antrópico; • Uso e Ocupação dos Solos e • Aspecto Sócio-Demográfico. 5.4.2 Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) O RIMA compreende os objetivos, justificativas do projeto, síntese do diagnóstico ambiental e da área de influência do projeto, descrição dos impactos ambientais, caracterização da qualidade ambiental futura das áreas de influência, descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras, programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos e recomendações quanto à alternativa mais favorável. Segundo a SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (1991). 5.4.3 Relatório Ambiental Preliminar (RAP) De acordo com a SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (1998), o RAP deve conter a apresentação do empreendimento e do empreendedor, a justificativa da execução e 41 a caracterização do mesmo, o diagnóstico ambiental preliminar de sua área de influência, a identificação dos impactos ambientais e as medidas mitigadoras propostas, a equipe técnica e a documentação do responsável técnico do empreendedor. 5.4.4 Licenças Concedidas Após a emissão de análise dos relatórios acima citados, o DAIA (Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais) por meio da diretoria DATR (Diretoria de Avaliação de Sistemas de Transportes e Estruturas Lineares) é concedido a LP (Licença Prévia). O DAIA fica responsável pela análise dos projetos Básicos Ambientais, ou seja, do detalhamento em nível executivo das medidas mitigadoras expostas nos relatórios de Programas Ambientais, para permitir a liberação das frentes de obra através da LI (Licença de instalação). As licenças ambientais previstas na legislação segundo a SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (1998) são: • LP – Licença Prévia, requerida com base na elaboração do EIA/RIMA. • LI – Licença de Instalação, requerida previamente à etapa de implantação do empreendimento e possibilitando a liberação das frentes de obras. • LO – Licença de Operação, correspondente à etapa de operação do empreendimento, que atesta a regularidade legal do mesmo mediante a comprovação da implementação das medidas ambientais compromissadas no processo de licenciamento ambiental. 42 6 CONSTRUÇÃO DA SEGUNDA PISTA DA RODOVIA DOS IMIGRANTES Segundo o PORTAL DO MEIO AMBIENTE (2005), o sistema Anchieta-Imigrantes foi ampliado em 65% com a construção da nova pista da Rodovia dos Imigrantes. De acordo com REVISTA ENGENHARIA (2005b), a nova pista possui 20,23 km de extensão com pavimentação rígida de concreto, três túneis e doze viadutos. Esta obra é considerada como o mais complexo projeto de engenharia rodoviária da América do Sul, gastou um volume de concreto correspondente a nove estádios do Morumbi e uma quantidade de aço proporcional a quatro torres Eiffel. Segundo PERSPECTIVA (2005), a nova pista conta com um desnível de 730 metros entre a cidade de São Paulo e a Baixada. A estrada possui 21 quilômetros de extensão, sendo 5 quilômetros no trecho de Planalto, 11,5 na Serra do Mar e 4,5 quilômetros na Baixada Santista contando com a utilização de equipamentos de alta tecnologia, que contaram com investimentos de R$ 800 milhões. Composto por três túneis com comprimento total de 8,2 quilômetros. O processo de escavação dos túneis foi finalizado no final de maio de 2002. As Figuras 6.2 e 6.3 ilustram respectivamente a escavação e a execução de um dos túneis projetados para a Rodovia. 43 Figura 6.2: Escavação do Túnel (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Figura 6.3: Execução do Túnel (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 44 De acordo com a ECOVIAS (2005), a construção da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes foi o principal item do contrato firmado pela concessionária com o Departamento de Estradas e Rodagem do Estado de São Paulo. Rodovia que em maior parte do seu trajeto ocupava área de preservação ambiental do Parque Estadual da Serra do Mar, transformando-se em um grande desafio ecológico para a concessionária. A Figura 6.4 ilustra a interferência que um pilar exerce sobre o meio ambiente local. Figura 6.4: Interferência do pilar sobre o meio ambiente local (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Segundo declarou o governador Geraldo Alckmin em entrevista ao PORTAL DO MEIO AMBIENTE (2005), esta obra é um marco do desenvolvimento econômico, 45 para a baixada Santista e para o Estado de São Paulo, na medida que é uma ligação importante com o Porto de Santos, na questão das exportações e na geração de emprego no setor de serviços e na construção civil. 6.1 Os Impactos Ambientais causados com a construção da Rodovia dos Imigrantes – 1ª e 2ª pista De acordo com a FIGUEIREDO FERRAZ (2005), a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes encontra-se inserido entre o parque estadual da Serra do Mar e a reserva da biosfera da Mata Atlântica, estabelecida pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Segundo a ECOVIAS (2005), a construção da Segunda Pista da Rodovia dos Imigrantes, não chegou a afetar 40 hectares da mata, e cada árvore derrubada, foi substituída por outras dez, enquanto que na construção da primeira pista dos Imigrantes, quase 1,6 mil hectares foram atingidos. Na época não havia consciência da preservação do Meio Ambiente e nenhuma legislação específica para esse fim. O projeto original da segunda pista havia sido elaborado em 1986, e mesmo agregando as mais modernas tecnologias de engenharia rodoviária, ficou defasado em relação à evolução da legislação ambiental. A ECOVIAS encomendou um novo projeto, preparado por um consórcio de projetistas, entre elas, a brasileira Figueiredo Ferraz, que havia elaborado o traçado original, e as italianas In. Co e a Geodata, especializadas em viadutos e túneis respectivamente. A figura 6.5 ilustra um segmento da segunda pista em fase de execução. 46 Figura 6.5: Segunda pista da Imigrantes em Fase de Execução (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Segundo a ECOVIAS (2005), para se adaptar às novas exigências da legislação ambiental. Foi necessária a utilização de tecnologia de ponta e métodos construtivos mais atualizados, reduzindo em 40 vezes o impacto ambiental causado à Mata Atlântica, em relação à construção da primeira pista na década de 70. De acordo com ECOVIAS (2005) por toda a extensão da Rodovia foi utilizado o pavimento rígido de concreto, que possui maior resistência ao desgaste em relação ao pavimento flexível asfáltico, reduzindo assim a necessidade de manutenção e, conseqüentemente, de obras de conservação que prejudicam o tráfego. 47 Segundo o PORTAL DO MEIO AMBIENTE (2005), os três túneis construídos totalizaram 8,23 quilômetros, e dentre estes, encontra-se o maior túnel rodoviário do Brasil (TD1), com 3.146 metros de comprimento, assim foi possível reduzir a apenas sete pontos a interferência com a floresta nativa (as três entradas e saídas dos túneis e uma “janela” utilizada para agilizar a construção do TD1, servirão como saída operacional, em caso de emergência). A Figura 6.6 a seguir ilustra um dos túneis construídos para a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes. Figura 6.6: Ilustração parcial de um dos túneis construídos (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 48 6.2 As alterações construtivas feitas para atender a Gestão Ambiental De acordo com VALORONLINE (2005), as modificações introduzidas no projeto básico favoreceram a extensão dos trechos em túneis, que não implicam em impactos de supressão de vegetação e instabilização das encostas da Serra do Mar, exceto no local dos emboques. A extensão dos túneis passou de 5.570m para 8.231m, reduzindo à metade a extensão dos trechos em viadutos, que são significativamente impactantes. Reduzindo conseqüentemente o número de emboques de 10 para 6. Na crista da Serra do Mar próximo ao planalto, local de maior dificuldade técnica, o viaduto inicialmente previsto com 1.490m e alguns pilares com mais de 90m de altura, foram substituídos por 3 viadutos menores e pilares com as fundações mais próximas, em função do ajuste do eixo do traçado, ampliando assim o vão padrão de 45m para 90m, reduzindo os impactos necessários de abertura de clareiras e escavações para as fundações. (VALORONLINE,2005). A Figura 6.7 ilustra o vão do projeto original, com 45m de comprimento já a Figura 6.8 ilustra o vão do novo projeto, com o dobro do comprimento do projeto original, visando diminuir os impactos locais. A Figura 6.9 Ilustra o pilar, com 70m de altura. 49 Figura 6.7: Vão do projeto original (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Figura 6.8: Vão do projeto final (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 50 Figura 6.9: Pilar com 70m de altura (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) De acordo com FIGUEIREDO FERRAZ (2005), um dos dois viadutos planejados foi eliminado para minimizar a interferência a montante da captação de água. Uma grande racionalização de instalações de apoio também foi efetivada, onde anteriormente contava com 16 canteiros, passou a contar com apenas dois integralmente inseridos em áreas degradas aproveitadas da construção da primeira pista. Segundo VALORONLINE (2005), durante a fase de execução, os cuidados referiamse às atividades de desmatamento e limpeza, onde todas as áreas de supressão vegetal foram delimitadas e vistoriadas, procedendo-se o resgate de orquídeas, bromélias e outras espécies de interesse. 51 Ainda de acordo com VALORONLINE (2005), o controle de erosão realiza-se permanentemente com o disciplinamento do escoamento de água pluvial sobre as áreas de solo exposto, assim, foram implantados dispositivos de drenagem definitiva, incluindo caixas de retenção de sedimentos a jusante de todas as frentes de trabalho. A Figura 6.10 ilustra a execução do projeto de drenagem interna dos túneis. A Figura 6.11 ilustra a tubulação de condução da captação de drenagem do túnel. E a Figura 6.12 ilustra a caixa de coleta da captação do túnel, onde o material coletado fica armazenado, aguardando que uma empresa especializada faça a retirada, evitando o lançamento no meio ambiente. Figura 6.10: Drenagem interna dos túneis (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 52 Figura 6.11: Tubulação da drenagem interna (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Figura 6.12: Caixa coletora (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 53 Os impactos na fauna foram monitorados de forma contínua, desde o início da obra, onde eventuais espécies capturadas nas frentes de obras ou nos canteiros foram soltas posteriormente em locais mais afastados. (VALORONLINE,2005). De acordo com VALORONLINE (2005), a água de infiltração dos túneis que saiam por emboques contaminada com pó de pedra das atividades de perfuração, e concreto, foram tratadas por 5 estações especialmente projetadas, com aplicação de floculantes químicos e procedimentos de correção do pH. Após o tratamento as águas eram lançadas com características similares às verificadas nos cursos d`água receptores. As Figuras 6.13 e 6.14 ilustram algumas das estações de tratamento de água construídas. Figura 6.13: Estação de Tratamento (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) 54 Figura 6.14: Estação de Tratamento (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) A qualidade das águas foi garantida não só através do controle do assoreamento, mas também mediante utilização de diversas tecnologias de tratamento. Toda a lavagem de betoneiras tratada para decantação de sedimentos e correção de pH foi reaproveitada em circuito fechado, sem qualquer lançamento de efluentes, ou alternativamente, infiltrada no solo. Os efluentes sanitários do canteiro principal foram tratados em nível terciário, com remoção de mais de 95% da carga poluidora. Até mesmo as sobras das refeições servidas diariamente no canteiro foram acondicionadas em câmaras frigoríficas até o seu recolhimento por veículos especiais. (VALORONLINE,2005). 55 A Figura 6.15 ilustra a lavagem de uma betoneira com a utilização da água em circuito fechado. Figura 6.15: Lavagem de Betoneira (FIGUEIREDO FERRAZ, 2005) Segundo VALORONLINE (2005), todas as áreas desmatadas e não ocupadas efetivamente foram reflorestadas. E os lodos sedimentados passaram por processos de adensamento e foram transportados ao bota-fora licenciado mais próximo. 6.3 Os Resultados da Gestão Ambiental Segundo FIGUEIREDO FERRAZ (2005), as obras de duplicação da Rodovia dos Imigrantes, um dos projetos tecnicamente mais complexos, e obteve o licenciamento ambiental com muito sucesso. 56 Viabilizou a redução significativa dos impactos com relação aos que ocorreriam em decorrência do projeto inicial no início do contrato, resultando na redução em 40 vezes do desmatamento da Mata Atlântica, em relação às obras de implantação da primeira pista. Alguns fatores como a adequação ambiental dos procedimentos executivos da obra, viabilizando a efetiva minimização dos problemas de erosão, assoreamento, alteração da qualidade da água, interferências antrópicas e perturbação da fauna, a implantação de procedimentos de monitoramento e documentação de obras que disponibilizam informações técnicas a agentes fiscalizadores e a sociedade civil, a recuperação de parte significativa dos passivos ambientais pré existentes ao longo do sistema, incluindo mais de 80% daqueles localizados no interior do parque estadual da Serra do Mar, e a operacionalização de uma estrutura de gerenciamento de riscos ambientais preparadas para atender situações emergenciais com eficácia e de forma a minimizar também os impactos no caso de acidentes no transporte de cargas perigosas, fizeram com que a ECOVIAS estivesse plenamente enquadrada nas exigências legais de Licenciamento Ambiental, rendendo à concessionária ECOVIAS o prêmio valor social na categoria Respeito ao Meio Ambiente. Servindo de exemplo de respeito e admiração no Brasil e no exterior, de acordo com o VALORONLINE (2005). 57 CONCLUSÕES Foi constatado com esse trabalho que, independente de qualquer obra, sempre haverá impactos, sejam eles sociais, culturais ou ambientais, positivos ou negativos. Vivemos em um mundo em constante evolução, onde tudo à nossa volta evolui a cada dia, tecnologia, saúde, educação, comunicação, transportes, e claro, as estradas e rodovias devem evoluir também, e acompanhar a evolução e a necessidade dos meios de transportes lado a lado, sejam transportes de cargas, pessoas, animais ou alimentos. As rodovias possuem uma grande importância no cenário sócio-econômico do Estado, tornando assim imprescindível a necessidade de pavimentação e recuperação das vias pavimentadas. Visando preservar o investimento e atendimento a todas as demandas e necessidades, é essencial um planejamento adequado, considerando todos os requisitos técnicos e eficiência na aplicação dos recursos. Todos os aspectos são levados em consideração quando se trata de licenciamentos, mas cada vez mais a preocupação com o meio ambiente, vem se tornando mais importante e presente no dia-a-dia e na consciência dos seres humanos. A criação de programas como o de gestão ambiental é um grande aliado da sociedade em geral, pois todas as conseqüências dos impactos atingem diretamente a sociedade, se não a de hoje, a futura. Com a gestão ambiental é possível acompanhar e fiscalizar o cumprimento de leis e normas, criadas para atender e 58 respeitar o meio ambiente, tentando minimizar ao máximo os impactos criados ao meio ambiente. Talvez os benefícios não possam ser visto de imediato, porque a minimização dos impactos ambientais surgirão a longo prazo, se traduzindo em melhoria de qualidade de vida e sustentabilidade ambiental regional. 59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTESP – Agencia de Transportes do Estado de São Paulo. Rodovias Concedidas. 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