ANO VI | NÚMERO 103 | 05 de Dezembro de 2011 Saudade até que é bom, não é? T em palavra mais bonita do que saudade? Quanta emoção, quanto sentimento, quanta memória é remexida ao ouvirmos ou lermos qualquer coisa sobre saudade. É bom sentir saudade? É ruim? Não se pode afirmar. Cada um sabe da sua saudade, cada um sabe o que ela dói, ou lateja, ou cutuca, ou silencia, ou grita, ou consola, ou extasia. Tem saudade que é boa de abraçar e ficar sentindo, porque faz companhia. Tem saudade que dá vontade de enterrar num buraco bem fundo pra nunca mais sentir. Nunca mais. Mas tem saudade que é parte entranhada da gente, de coisas que a gente nem sabe nem viu, de pessoas que a gente quer conhecer, de amores e aventuras e sonhos que a gente vai realizar. Final de ano sempre chega com esse sentimento de saudade que mal sabemos explicar. Provas, artigos, TCCs, dissertações, teses, notas, defesas, formaturas. Festas, despedidas, colegas, último dia de aula, de grupo, de estágio. Uma vontade de ficar mais um pouco misturada a uma vontade de recomeçar logo, diferente, novo. Será que é de nós mesmos que estamos com saudade? Pode ser, porque no fim do ano a gente para e pensa no que fizemos até aqui, no que aproveitamos ou não, no que nos tornamos, no que será do nosso futuro. Daí vem aquele aperto no peito — saudade de tanta coisa que foi e de FALE em notícias Chegando ao fim tanta coisa que poderia ter sido. Mas não se deixem abater, queridos leitores do NF. Tudo o que acaba é a base para o que vem pela frente. Aperto no peito, angústia, saudade, é tudo sinal de que a vida está sendo vivida. E está valendo a pena. Como diz a letra daquela música do Peninha, “saudade até que é bom; melhor que caminhar vazio”. Este Notícias FALE é o último do ano e já começa assim: cheio de saudade de vocês. Divulgação E você continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que antes eu nem sentia falta. (Caio Fernando Abreu) pela “quase mestre” Joseane Camargo Dois anos. Esse já é o tempo passado. Depois de ver o nome na lista da seleção de mestrado, difíceis foram os dois meses de expectativa pelo primeiro dia de aula. Março, enfim. A primeira aula era da única disciplina obrigatória, todos os que haviam entrado naquele ano se encontrariam pela vez primeira. Alguns rostos já eram conhecidos, dois no máximo. A diferença entre análise e interpretação, esse foi o tema da primeira aula no mestrado. Um conto de Hemingway. Após três horas, pensei: esperei minha vida toda por esta aula. Acho que é dessa maneira que me despeço do mestrado, com uma vontade que permanece de que ainda há muito o que aprender. Muito o que conhecer, muito o que estudar. No entanto, olhar para os últimos dois anos (seja no Lattes ou nas fotos do Facebook), me faz perceber o meu crescimento e as oportunidades que o PPGL da PUCRS me proporcionou, além de ter encontrado “ma merveilleuse directrice”, professora Marie-Hélène. Há dois anos, quando eu estava escrevendo meu TCC, eu li artigos e livros dos fundadores da Crítica Genética, autores que movimentam a pesquisa no mundo e no Brasil. Um ano depois, no X Congresso da APCG, sediado na PUCRS, eu os estava recepcionando, conversando com alguns daqueles autores cujas palavras inspiram a minha pesquisa. Acho que esse é apenas um pequeno exemplo, mas muito significativo para quem se apaixona pelo que faz. Infelizmente, é preciso fechar um ciclo e torcer pelo recomeço de novos. E como diria Guimarães Rosa, “Despedir dá febre”! Arquivo Pessoal Joseane descreve as sensações do final do mestrado Natal da PUCRS Todos os finais de ano a PUCRS comemora o Natal com eventos que buscam integrar a comunidade numa grande confraternização. Confira a programação de 2011 e participe: 7 de dezembro (quarta-feira) 16h – Montagem da Árvore de Natal — Largo da Solidariedade 17h - Mundo da Criança PUCRS — CEPUC – prédio 41 -com a narração de história pelos alunos da FALE (CELIN) 19h - Espetáculo Coral e Orquestra — Entre os prédios 41 e 11 8 e 9 de dezembro (quinta e sexta-feira) 9h às 19h - Entrega dos Presentes de Natal aos Técnicos Administrativos e Professores — Teatro – prédio 40 Natal da FALE A tradicional festa de Natal da FALE, realizada entre professores e funcionários, ocorrerá no dia 20 de dezembro, às 16h, na sala 305. 8 de dezembro (quinta-feira) 8h às 21h – Entrega dos presentes ao Amigo Secreto 11h30min e 18h – Jornada em Preparação ao Natal — Igreja Cristo Mestre 16 de dezembro (sexta-feira) 19h – GRENAL Solidário (AFPUCRS) — Estádio Universitário Se você ficar sozinho, pega a solidão e dança. (Marcelo Camelo) 3º Aniversário do Delfos No dia 5 de dezembro, às 17h, o Espaço de Documentação e Memória Cultural convida para a solenidade de comemoração de seu 3º aniversário, no saguão da Biblioteca Central Irmão José Otão. O Notícias FALE parabeniza o Delfos pela seriedade e relevância do trabalho que realiza, fundamental para a manutenção e propagação da cultura do nosso estado. Conheça o Delfos através do site ou visitando pessoalmente o espaço (http://www.pucrs.br/delfos/) É visível a relevância do DELFOS no cenário das letras nacionais; em pouco tempo, constituiu-se em referência obrigatória nos assuntos genéticos e de acervos. Isso foi conseguido com inteligência e, em especial com intenso e minucioso trabalho. Longa vida ao DELFOS, e que ele siga nesse caminho vitorioso. (Coordenador-Geral: Prof. Dr. Luiz Antonio de Assis Brasil) Procuro uma alegria uma mala vazia do final de ano e eis que tenho na mão - flor do cotidiano é voo de um pássaro é uma canção. (Carlos Drummond de Andrade) No dia 4 de dezembro, o DELFOS– Espaço de Documentação e Memória Cultural completou três anos de atividades em prol da preservação e divulgação da cultura sulina. Dos 21 acervos institucionalizados pela PUCRS e reunidos no sétimo andar da Biblioteca Central Irmão José Otão, em 2008, hoje somam 39, o que demonstra a confiança da comunidade nessa iniciativa da PUCRS e no trabalho que vem sendo realizado pelo DELFOS. Para comemorar a data, estão expostos cartazes e materiais alusivos a 10 acervos recebidos pelo DELFOS, os quais permanecerão no saguão da Biblioteca Central do dia 5 ao dia 20 de dezembro. (Coordenadora Executiva: Prof.ª Dr. Alice T. Campos Moreira) Posso dizer que o DELFOs completa três anos de funcionamento e eu completo dois anos de pós-doc no DELFOS. Foram dois anos intensos em realizações e é simplesmente um “luxo intelectual” conviver diariamente com os acervos. (Professora Marie-Hélène Paret Passos) Alunos da FALE participam do ENADE Bolsas para os primeiros colocados No dia 6 de novembro, os alunos da Faculdade de Letras participaram do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, ENADE, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Esta prova é realizada a cada três anos e tem como objetivo avaliar o desempenho dos estudantes acerca dos conteúdos programáticos específicos de seu curso, assim como temas de conhecimentos gerais. A PUCRS desenvolve uma campanha para incentivar os alunos a participarem: “ENADE – Respeito pelo seu diploma”, bem como disponibiliza no site (http://www. pucrs.br/autoavaliacao/enade/) informações sobre quem deve fazer a prova, dúvidas e perguntas frequentes, um simulado on-line, edições anteriores do exame, além do Blog e do Twitter com as últimas notícias, ferramentas para auxiliar os estudantes. Outra novidade é a Bolsa Mérito ENADE criada com a finalidade de premiar o mérito acadêmico dos estudantes concluintes dos cursos de graduação da instituição que obtiveram as melhores notas no Avaliação Institucional exame. O aluno beneficiado terá desconto integral na matrícula e nas mensalidades de um curso de especialização promovido e indicado pela universidade. De acordo com a professora Silvana Silveira, a bolsa de especialização, oferecida ao primeiro colocado na prova, é, sem dúvida nenhuma, uma forma de estimular a participação e reconhecer o esforço dos acadêmicos. A professora ressalta que durante todo o ano letivo, a FALE desenvolveu ações com vistas a sensibilizar os alunos sobre a relevância do ENADE. Foram realizadas reuniões esclarecedoras, destacando que o resultado do exame serve para identificar a qualidade dos cursos que estão sendo oferecidos pela universidade. “Sabemos que ninguém gosta de fazer provas e tampouco ser avaliado, mas quando a instituição de ensino recebe uma boa nota, os alunos que nela estudaram, como consequência direta, serão beneficiados, pois o nome da instituição fica associado à sua formação e ao seu diploma”, afirma Recentemente começou na PUCRS a avaliação institucional. Essa avaliação se divide em duas partes: a externa e a interna. A externa consiste numa avaliação da biblioteca, da infraestrutura como um todo, dos cursos de graduação e da aplicação do ENADE. Por outro lado, a interna atém-se a avaliações das disciplinas de graduação, pesquisas qualitativas e quantitativas Saudades, só portugueses Conseguem senti-las bem Porque têm essa palavra Para dizer que as têm. (Fernando Pessoa) Silvana Silveira. Para o formando em Língua Espanhola e Literaturas, William Bitencourt Noal, a importância do ENADE está dividida entre a avaliação institucional, que garante uma leitura global dos cursos em relação a todo o país, e a possibilidade do acadêmico de se auto-avaliar, mostrando os pontos que devem ser revistos em sua formação. Conforme o estudante, a possibilidade de auto-avaliação é um exercício fundamental para quem deseja ser um bom professor e a oportunidade da bolsa de especialização também é uma “oferta tentadora” como forma de incentivo. A respeito da prova, William Noal explicou: “A prova exige concentração e uma leitura atenta. As questões, na maioria das vezes, contextualizam os conhecimentos e aproximam as áreas. Ao contrário do que muitos dizem, é uma avaliação bem tranquila e de tamanho razoável, se pensarmos no nível que se espera de um concluinte de curso superior”. e avaliações específicas. A avaliação institucional se constrói como um grande instrumento para medir o desempenho das faculdades. Sua importância reside no interesse de se levantar os pontos onde se necessita uma melhoria de desempenho, e, também, na exaltação de aspectos que traduzem a excelência da universidade. FALE em revista Talita Gonçalves I Seminário Internacional de Aquisição da Linguagem – I SIAL Entre os dias 16 e 18 de novembro aconteceu no auditório do prédio 9 o I Seminário Internacional de Aquisição da Linguagem — I SIAL, coordenado pelas professoras Lilian C. Scherer e Cristina L. Perna. O evento trouxe grandes pesquisadores nacionais e internacionais envolvidos em questões relacionadas ao bilinguismo, linguagem, cognição, aquisição de L1 e L2, incluindo LIBRAS e Português como Língua Adicional. Os participantes vieram de vários locais do Brasil e do exterior. Durante o seminário, houve espaço para as comunicações dos participantes, que puderam expor seus trabalhos na modalidade de pôster eletrônico. O I SIAL proporcionou a todos envolvidos momentos de reflexão sobre as investigações que estão sendo realizadas na área e, pelo sucesso de público já na primeira edição, o evento tende a tornar-se um encontro tradicional da Faculdade de Letras da PUCRS. (Colaboração da mestranda em Linguística Talita Gonçalves) LIBRAS na FALE ERRATA O Notícias FALE lamenta que a matéria LIBRAS na FALE tenha sido veiculada com alguns erros na edição do dia 14 de novembro. Como forma de repararmos os enganos, republicamos a reportagem — gentilmente construída e oferecida pela professora Janaína Pereira Cláudio — na presente edição. Diagnosticada surda aos dois meses de idade, Janaína é professora universitária na Faculdade de Letras - FALE. Na disciplina de Libras - Língua Brasileira de Sinais (obrigatória e eletiva), já ministrou para mais de 900 pessoas, entre surdos, deficientes auditivos, cegos, cadeirantes, ouvintes e outros. Janaína vê nessa oportunidade uma forma de mostrar o valor da pessoa surda, a importância da comunicação e o respeito dentro dela, buscando a integração entre os surdos e os ouvintes e mostrando o costume, a história, a cultura, a identidade e outros aspectos. Além da docência, realizou uma orientação de trabalho de conclusão, intitulado “Diferença da concordância verbal entre Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinais”. Janaína é Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o tema “Proficiência em Língua Brasileira de Sinais - Prolibras: representações sobre uso e ensino da Libras”. Janaína relembra sobre a oficialização da Libras, conforme consta na Lei Federal 10.436 (24/04/2002), Comissão organizadora e executiva do I SIAL Talita Gonçalves Imagem parcial do público presente no I SIAL O que erramos? -> A foto do aluno Pedro Moreno não é dele; foi trocada pela imagem do aluno Pedro Linhares, que nesta edição é o entrevistado da seção “FALE, aluno!” -> O número do decreto que oficializa a Libras é 5.626, e não 5.262, como foi publicado. Confira a reportagem sobre esse excelente trabalho realizado na FALE, agora na versão corrigida. mais tarde o Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, foram duas importâncias mudanças significativas nas legislações e no pensamento do movimento surdo. O Decreto trata diversos temas importantes, como: Da inclusão da Libras como disciplina curricular; Da formação do professor de Libras e do instrutor de Libras; Do uso e da difusão da Libras e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação; Da formação do tradutor e intérprete de Libraslíngua portuguesa; Da garantia do direito à educação das pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Portanto, essa Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio legal de comunicação e expressão de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, de uso das comunidades de pessoas surdas; e reza que os sistemas educacionais federal, estadual e municipal e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino de Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, conforme legislação vigente. Como docente me sinto feliz quando percebo que os alunos da disciplina de Libras estão realmente aprendendo e quando eles repetem corretamente os sinais é um avanço da inclusão das línguas e nos dois mundos, Libras/Língua Portuguesa. Depoimento da aluna Daiane Boz, que tem deficiência auditiva: Janaína: O que você achou como aluna durante a disciplina de Libras e sobre a importância do uso em Libras? Daiane: A disciplina foi uma oportunidade imensa de entrar em contato com essa nova Língua (Língua de Sinais) e de conhecer melhor essa cultura surda pelos próprios sujeitos surdos. Cursando a disciplina fui descobrindo que a Libras é uma maneira interessante e diferente de comunicação, interessante porque é divertida e dinâmica por natureza e diferente porque requer o uso de habilidades pouco exploradas pela Língua oral. A descoberta dessa complexidade que envolve a comunicação em sinais despertou em mim a vontade de continuar explorando e conhecendo essa outra forma de entender e expressar o mundo. Outro aspecto bastante importante na disciplina foi também a oportunidade de refletir e opinar sobre assuntos de grande importância hoje como a inclusão, educação e as realidades dos sujeitos surdos, fundamental para quem deseja ser professora e para quem quer fazer algo para construir um mundo melhor. A Língua de Sinais é muito importante para a inclusão verdadeira do sujeito surdo tanto na sociedade e como na educação, principalmente nas relações humanas em que a comunicação é fundamental. Ao se oportunizar o contato e a difusão da Língua de Sinais, principalmente nos ambiente escolares, colaboraria para formar/ conscientizar as pessoas sobre a idéia da igualdade na diferença, em que os valores como respeito e coletividade seriam mais fortes do que o preconceito e a indiferença. Acredito não existir melhor forma de se alcançar esse objetivo se não pela educação, em que as diversas experiências e a construção constante de relacionamentos, demonstrariam que a diferença é necessária para que possamos aprender uns com os outros. Depoimento do monitor da disciplina de Libras neste semestre, Pedro Moreno: Janaína: O que você achou como monitor e aluno durante a disciplina de Libras? Pedro: A Língua Brasileira de Sinais na PUCRS vem abrangendo um espaço muito significativo em minha vida. Eu, Pedro como estudante de Educação Física e monitor desta disciplina, me sinto muito grato a professora Janaina Claudio a cada dia que passa por ter a oportunidade de adquirir novos conhecimentos na função exercida, podendo assim repassar mais informações para os meus colegas. Vejo que é de extrema importância o aperfeiçoamento em libras, não somente para minha pessoa, mas para uma inclusão social no Brasil, tendo em vista uma maior abrangência do círculo de alunos e amigos que poderei ter, ajudando-os a superar qualquer adversidade que possam ter. Curso “The neurobiology of bilingualism” Nos dias 21 e 22 de novembro, dentro das atividades do I Seminário Internacional de Aquisição da Linguagem (I SIAL), organizado pelas professoras Lilian C. Scherer e Cristina L. Perna, ocorreu na sala 305 do prédio 8 o curso “The neurobiology of bilingualism”, ministrado pelo professor Jubin Abutalebi, da Università Vita-Salute San Raffaele de Milão/Itália. O curso foi oferecido para alunos de pós-graduação da PUCRS e de outras universidades, os quais na ocasião puderam fortalecer seus conhecimentos sobre bilinguismo, fundamentos em Neurolinguística, além de aprender um pouco mais sobre afasia, cognição e pesquisas com neuroimagem, tópicos ilustrados com pesquisas que vêm sido desenvolvidas pelo Dr. Abutalebi. O encontro originou-se através do convite da professora Lilian Scherer ao palestrante, que foi um dos grandes nomes do I SIAL. (Colaboração da mestranda em Linguística Talita Gonçalves) Talita Gonçalves A turma do curso com o professor Jubin Abutalebi FALE por aí Aluno de Charles Kiefer vence o prêmio Luiz Vilela 2011 O Notícias FALE tem a alegria de parabenizar Guilherme Azambuja Castro, aluno das oficinas do professor Charles Kiefer, pelo primeiro lugar no 21° Concurso Luiz Vilela, com o conto “Às margens do arroio”. O vencedor foi o único representante do Rio Grande do Sul no concurso; sua conquista mostra a força dos novos escritores gaúchos, e como essa nova geração é capaz de dar continuidade ao legado deixado por grandes mestres escritores do passado. No dia 12 de dezembro a professora da FALE Marie-Hèléne Paret Passos participará de um colóquio intitulado “Tradução, processos de criação e mídias”, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento está sendo organizado pela professora Sílvia Anastácio, vice-presidente da Associação de Pesquisadores em Crítica Genética (APCG). Sílvia esteve na PUCRS durante o X Congresso Internacional de Pesquisadores em Crítica Genética, realizado no ano passado. Professora Marie-Hélène na UFBA Lançamento dos livros “Da Crítica Genética à tradução literária: uma interdisciplinaridade” e “Materialidade e virtualidade no processo criativo” No dia 26 de novembro ocorreu, na Livraria Passos, em Porto Alegre, o lançamento do livro “Da Crítica Genética à tradução literária: uma interdisciplinaridade”, que apresenta uma abordagem genética de um manuscrito inédito de um conto de Caio Fernando Abreu, resultado da tese de doutorado da professora Marie-Hèléne Paret Passos. No mesmo dia, a autora também lançou “Materialidade e virtualidade no processo criativo”, obra organizada por ela e pelo professor Doutor José Cirilo, que reúne as conferências proferidas durante o X Congresso da APCG, sediado pela PUCRS em novembro do ano passado. No evento, a professora Marie, que atualmente desenvolve uma pesquisa de pós-doutorado na PUCRS, recebeu os amigos, colegas e familiares que comemoraram com ela o lançamento das duas importantes obras. (Colaboração da doutoranda Cibeli Freitas) 8 Feira do Livro do Hospital São Lucas da PUCRS No dia 1 de dezembro ocorreu, na pediatria do Hospital São Lucas da PUCRS, a 8° Feira do Livro. O evento reuniu algumas das figuras mais importantes da Universidade, tais como o irmão reitor Joaquim Clotet, a Pró-Reitora de Graduação Solange Medina Ketzer e a diretora da FALE, professora Maria Eunice Moreira. A Feira teve como grande objetivo entreter as crianças internadas no setor pediátrico do hospital e estimular a leitura de boa literatura infantojuvenil através de contações de histórias e de doações de livros. Para tanto, a feira contou com a participação da patrona da 57° Feira do Livro de Porto Alegre, Jane Tutikian (patrona também da feirinha), e a escritora Luciane Raupp, aluna de doutorado da FALE. As duas convidadas narraram histórias de sua autoria e autografaram seus livros para as crianças. Além dessas atividades, é claro, a feira contou com uma narração encenada, preparada pelos bolsistas do projeto do hospital, e, ainda, a participação especial do símbolo desse magnífico projeto: o Bocão, um boneco personagem criado pela doutoranda da FALE, Paloma Laitano. A relevância desse acontecimento se dá pela grandeza de sua intenção; sem pedir nada em troca, oferece às crianças internadas na pediatria momentos de alegria, lazer e aprendizado, os quais certamente se perpetuarão por muitos anos, por meio dos inesquecíveis prazeres que a leitura e a contação de histórias trazem. Maurício Amaro 8ª Feira do Livro do HSL foi um sucesso FALE em livros PARA LER NAS FÉRIAS Nesta última edição do ano, o Notícias FALE reuniu dicas especiais para você correr à biblioteca ou à livraria e preparar o estoque das férias. Divirta-se! Eu indico “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen, pois é um livro que te prende e a leitura é engraçada, os personagens são sarcásticos, tem muita ironia na história. É a segunda vez que estou lendo; a primeira vez não gostei e parei de ler. Agora percebi essa ironia e como ela trata de assuntos pesados, mas de maneira leve. É bom para ler nas férias. Aline Corte – 7º semestre, Licenciatura em Português. A minha dica de livro para as férias é “História abreviada da literatura portátil”, do Enrique VilaMatas. O livro brinca com uma série de autores conhecidos, e outros não tanto assim. É um livro que dialoga com uma quantidade enorme de outros autores. A história é sobre as vanguardas do século XX, uma trajetória enlouquecida de alguns expoentes de uma sociedade ultrassecreta: os shandy ou os portáteis. A leitura é fácil e divertida, o difícil é saber diferenciar a verdade histórica da ficção, mas isso pouco importa. Gabriella Machado – 5º semestre, Licenciatura Dupla Inglês e Português. A minha sugestão é um livro que estou lendo por indicação do professor Ricardo Timm, que é “Vertigem”, de W. G. Sebald. A tradução é muito boa e estou gostando da narrativa, a forma com que o autor utiliza as imagens em conjunto com o texto. Assim, essas imagens não servem apenas como meras ilustrações, mas estão acrescentando ao texto. É bastante interessante, recomendo. Camila Gonzatto – Doutoranda em Teoria da Literatura. Eu sugiro um livro que foi trabalhado na disciplina de Autores Modernos, com o professor Ricardo Barberena, que é “Zazie no Metrô”, do autor Raymond Queneau. É um livro leve, engraçado, bom para relaxar e tranquilo para as férias. Ao mesmo tempo em que a história é divertida, faz a gente pensar na situação da criança, pois a personagem é sapeca e respondona, mas também age como um adulto. Ficamos esperando ela entrar no metrô e no final... surpresa. É uma boa dica. Aline Schneider – 4º semestre, Licenciatura em Português. Eu indico aos alunos que não tiveram tempo para ler durante o ano que aproveitem o período das férias para buscar nos clássicos da literatura ocidental, um acréscimo indispensável à formação. Nomes como Flaubert, Balzac, Tolstói, Dostoiévski, Proust e tantos outros que são os cânones da literatura, devem fazer parte da formação de todo o professor da área de Letras, eles foram fundamentais na minha formação. Vera Wanmacher Pereira – professora de Linguística e Coordenadora do Celin (Centro de Referência para o Desenvolvimento da Linguagem). Canção do dia de sempre Tão bom viver dia a dia... A vida assim, jamais cansa... Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu... E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança... E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu. Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas... (Mário Quintana) FALE e escreva! Quem nos enviou um texto de ficção de sua própria autoria nesta quinzena foi o Tiago Correa, graduando de Letras/ Português do primeiro semestre. O Andrógino e o Adorador de Presunto Tiago S. Correa Sentado no banco à janela do ônibus, se aproxima a mulher com seu vestido verde e uma sacola de supermercado. Com uma das mãos apoiando-se no ferro ela olha com espanto para ele e suas mãos, suas unhas e seu penteado estranho. Fez menção de se sentar ao seu lado, mas devido a um engasgo e soluço por ter interrompido sua gargalhada, postergou a companhia do rapaz e sentou-se mais ao fundo onde sua visão era categoricamente privilegiada. Acomodou sua sacola no banco ao lado e, desenrolando seu fone de ouvido, escapava o olhar clínico para ele que coçava suas bochechas com unhas maiores que as suas. A mulher ria tímida com as duas mãos sobre os lábios e imaginava, — creio eu, como um homem daqueles satisfaria suas necessidades como mulher. Emprestaria seu esmalte azul calcinha para ir à festa do pijama com a irmã? Experimentaria os vestidos dela para conferir se ficaria delineado no corpo menos volumoso da amada? Colocando os fones dentro do canal auditivo ela ainda gargalhava silenciosa e internamente ao balançar negando com a cabeça o que seus olhos viam. Era um olhar no movimento das ruas e outro em direção ao homem de unhas longas e lustrosas. O convívio com a criatura foi ficando menos evidente para a moça sorridente. Não se importando tanto agora, ela pega a sacola de compras e coloca sobre suas pernas e desliza suas nádegas para o banco da janela. Escora sua cabeça no encosto e deixa a música que atingia seus tímpanos auxiliarem no descanso mental. Mas nunca deixava de dar aquela esticada no olhar para o rapaz. O ônibus diminuía de velocidade para outros passageiros entrarem. Dois homens beirando seus trinta anos e uma senhora de bengala cumprimentaram o motorista. Ela nem pensa em passar pela catraca, se senta nos primeiros bancos e tira de sua bolsa um pacote de bolacha Maria, enfiando-as de duas a duas na bocarra com dentes artificiais. O motorista vira-se para ela e reclama dos farelos espirrando pelo chão. A velhota pedia desculpas em tom brando, mas os pedaços de bolacha não queriam parar dentro da boca, formando uma nuvem amarela clara, ela dizia: “Vesculpe, mofo”. Com ar de indignação o motorista continua o trajeto. Os outros dois caras tinham passado pela roleta após ter pagado a cobradora. Um se sentou ao lado de uma loira, mais a frente, e o outro ao lado da moça sorridente que nem percebera sua chegada. Assim que o homem resolveu se sentar ao lado dela, a moça havia tirado a sacola do banco para ele se sentar, e apoiou as sacolas em suas pernas, sobre seu vestido, as coxas volumosas estavam aparentes pelo peso das sacolas e o homem reparou na exuberância toda da sua companheira de ônibus. Depois de alguns minutos o homem pergunta se ela gostaria que segurasse suas sacolas. A moça aceita fazendo um ar de alívio. Pegando pelas alças, o homem abre as pernas e coloca as sacolas no meio. Passados pouquíssimos segundos, ele pergunta: “Sinto cheiro de presunto, vem daqui?” a moça balança a cabeça que sim e responde que havia comprado porque estava na promoção. “Sou fascinado por presunto”. O homem fecha rapidamente os olhos e suga pelo nariz o odor dos frios que lhe perturba as emoções. “Posso pegar uma fatia?” A moça sem entender muito bem, acaba cedendo o pedido. O homem então, com um brilho feroz em seus olhos, abre cada sacola para procurar seu objeto de desejo. A respiração, — percebo daqui, do último banco do ônibus —, que o homem suspirava e lambia os lábios cada vez que o odor agradável lhe atingia. Achando o pacote, ele agarra com as duas mãos e ergue para o alto, contemplando-o maravilhado. A moça cada vez mais espantada com o acúmulo de ações do homem, nem ligava mais para o andrógino e suas unhas do outro lado do corredor. Seu foco era o maníaco, o tarado, o degustador, o adorador de presunto que tratava aquelas fatias como filho, como mulher ou como sua profissão: com ferocidade absurdamente amável. O homem desenrola o pacote e tira a pilha de presuntos, sacode de um lado para o outro fazendo espirrar um pouco de líquido na saia da moça. Ela nem percebe. Estava focada nos atos de um homem perturbado por presuntos. A dentada foi precisa, calculada. A marca perfeitamente circular dos dentes no restante do apresuntado obrigou a moça a não levá-lo mais para casa, deu de presente ao homem maluco. Nessa altura do trajeto, o andrógino já percebera a movimentação do adorador de presunto e resolveu chamá-lo. “Ei, cara. Me arranja um pedaço?” Com as bochechas estufadas o homem para a mastigação, olha com fúria para o andrógino e, tirando uma fatia, lança-o pelos ares que cai na mão afeminada do andrógino. Ele enrola o presunto como um canudo e enfia goela adentro. Outras pessoas entravam e saíam do ônibus, rápidas e compromissadas com horários, afoitas e desligadas, tanto, que nem prestavam atenção nos comedores de presunto. O local de desembarque da moça chegou. Ela pediu permissão para o homem que limpava a boca e acabara de soltar um arroto. O homem cede a passagem e ela desce pela porta traseira levando suas sacolas, seus momentos de pasma loucura, suas angústias, suas interpretações de que o mundo só existe, se existir esse seres diferentes dela. A porta se fecha e não vejo mais a moça. — Venha se sentar aqui, cara — o andrógino chama o adorador de presunto. Ele vai. Os dois se olham, se idolatram e começam a conversar coisas que não presto a mínima atenção. Minha descida era na próxima parada. Vejo o adorador de presunto passar a mão nos FALE no mundo cabelos do andrógino, e ele ria com a mão na boca que quase nem aparecia por causa de suas unhas longas. Me levanto do banco e espero o ônibus parar diante da porta que se abria. Na rua, sentia o ar fresco das árvores. Tiro um cigarro do bolso e começo a pensar na moça que levava suas sacolas de supermercado. Sei onde ela desceu agora pouco. Ao invés de seguir para minha casa, entro na primeira padaria que ainda está aberta e compro um quilo de presunto magro, pago e coloco na sacola. Vou atrás da moça, a esmo, sem rumo. Minha única certeza é que ela precisará desse presunto e eu precisarei dela como gratidão. Minha passagem pela terra de Lovecraft por Sabrina Schneider, doutoranda em Teoria da Literatura Há quase três meses, troquei o gorjeio harmonioso do sabiá pelo grasnado um tanto sinistro do corvo: deixei Porto Alegre no dia 2 de setembro para buscar, na Nova Inglaterra, região que inspirou a literatura de Edgar Allan Poe, respostas a algumas das questões que levanto na minha tese de doutorado, “As novas narrativas de jornalistas-escritores: romance-reportagem?”, ela própria, como mostra o título, uma grande interrogação. Para minha surpresa, apesar do clima um tanto “gótico” de Providence — não por acaso, terra natal do escritor H. P. Lovecraft, famoso por suas histórias de horror e fantasia —, o que encontrei na Brown University e, especialmente, no Department of Portuguese and Brazilian Studies, foi uma recepção pra lá de calorosa. Imaginem chegar a uma das mais tradicionais instituições de ensino superior dos Estados Unidos — fundada em 1764, e integrante da famosa Ivy League, que inclui, entre outras, Harvard, Yale e Princeton — e encontrar alunos de mestrado e doutorado norteamericanos falando um português absolutamente perfeito? E defendendo dissertações e teses sobre cultura brasileira? Isso, mais a simpatia do meu orientador por aqui, Luiz Fernando Valente, um carioca, fez com que eu me sentisse em casa logo nos primeiros Arquivo Pessoal Sabrina Schneider na biblioteca da Brown University dias. Até festinha em comemoração ao 7 de Setembro nós tivemos... Aliás, cheguei em um bom momento: 2011 é o ano em que o departamento comemora seus 20 anos de independência — antes disso, existia como um centro de pesquisa ligado a outro departamento. Vários eventos estão sendo realizados, de jantares a palestras e simpósios. Em uma dessas ocasiões, tive a oportunidade de conhecer a atriz brasileira Giulia Gam, que — pasmem! — é namorada de um doutorando daqui... Mas não pensem que estou aqui apenas a passeio! O semestre tem sido de muito trabalho. Estou seguindo, como ouvinte, a disciplina — ou “seminar”, como eles dizem — Nation and Narration, ministrada pelo professor Luiz. É bem puxado: um romance por semana, além de vários textos teóricos. Além disso, tem a tese... Com a qual, diga-se de passagem, estou em crise! Não achei exatamente o que eu pensei que fosse encontrar aqui, mas passei a enxergar outras possibilidades, as quais fico ruminando durante minhas tardes na Rockefeller Library. Paciência... É a sina de todo pesquisador. Aproveito para perguntar para minha orientadora, professora Maria Luíza Ritzel Remédios: faltando um ano para a entrega e tendo 130 páginas já escritas, será que dá pra começar tudo de novo? Arquivo Pessoal Campus Brown University e suas belezas FALE aluno! Aluno: Pedro Linhares Júnior Cidade natal: Porto Alegre / RS Ano de ingresso no curso: 2008 Previsão de Formatura: 2012/02 NF: Por que optou pelo curso de Letras? PL: Abrangência do currículo, ampliar conhecimentos sobre língua e literatura. O curso como um todo propicia um leque cultural capaz de levá-lo além da sala de aula (uma vez que falamos em curso de Licenciatura). Além disso, a PUCRS é muito bem aceita nas corporações. NF: Qual a sua área(s) preferida(s)? Por quê? PL: Linguística, por vários motivos desde a compreensão do uso da língua, no processo reflexivo e crítico que seu estudo nos incita, até conviver minha mestre Jane Rita Caetano da Silva (não sei se posso, mas impossível eu falar sobre Pedro – Letras – PUCRS e não incluí-la...) NF: Quais as suas expectativas em relação ao seu futuro como profissional de Letras? PL: Hoje sou franco em dizer que o magistério não é meu foco, mas fico feliz em saber que o mercado está bem aberto para o profissional de nossa atuação, como em áreas de treinamento e assessoria linguística. Isto é animador. NF: Comente alguma consequência dos seus estudos na sua vida pessoal. PL: O curso de Letras abre o mundo mágico da interpretação. Isto resume a série de consequências positivas das aulas ministradas: habilidades comunicativas, uso consciente das palavras, funções e impactos, capacidade de hipotetizar e argumentar, bagagem cultural, enfim. Saber que a língua é a base de um povo é bastante, não é? Arquivo Pessoal Pedro é o nosso entrevistado da edição A Sua Eu só quero que você saiba Que estou pensando em você Agora e sempre mais Eu só quero que você ouça A canção que eu fiz pra dizer Que eu te adoro cada vez mais E que eu te quero sempre em paz Tô com sintomas de saudade Tô pensando em você E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você caiba No meu colo Porque eu te adoro cada vez mais Eu só quero que você siga Para onde quiser Que eu não vou ficar muito atrás Tô com sintomas de saudade Tô pensando em você E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você saiba Que estou pensando em você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem E que eu te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem (Marisa Monte) Chega de Saudade Vai, minha tristeza, e diz a ela Que sem ela não pode ser Diz-lhe, numa prece, que ela regresse Porque eu não posso mais sofrer Chega de saudade, a realidade é que sem ela Não há paz, não há beleza É só tristeza e a melancolia Que não sai de mim, não sai de mim, não sai Mas, se ela voltar, se ela voltar Que coisa linda, que coisa louca Pois há menos peixinhos a nadar no mar Do que os beijinhos que eu darei na sua boca Dentro dos meus braços Os abraços hão de ser milhões de abraços Apertado assim, colado assim, calado assim Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim Não quero mais esse negócio de você viver assim Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim (Vinícius de Moraes) Encerramento Notícias FALE Este é o último Notícias FALE de um ano intenso para todo mundo. Nós, da equipe, desejamos a todos boas festas, uma pausa produtiva — e divertida — neste verão, e um ano novo inteiro para realizar desejos, alcançar objetivos, perpetuar as coisas boas e mudar, finalmente, as ruins. Agradecemos a companhia até aqui. Nos vemos em 2012! ERRATA: A matéria sobre o minicurso “Memória e Aprendizagem”, publicada na edição de 18 de novembro, foi uma colaboração da mestranda Talita dos Santos Gonçalves. Talita, agradecemos a sua participação e pedimos desculpa pela falta do devido crédito ao texto. FALE em programas Fique atento à programação de Cursos Sequenciais de Verão oferecidos pela FALE: Público Alvo: Graduandos da PUCRS e público externo Carga Horária: 60 horas-aula Período de aulas: 03 a 26/01/2012 Matrículas abertas (informações na secretaria da FALE) OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA II – LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO Número de vagas: 30 Horário: 8h-11h30min Professora: Ana Márcia Martins da Silva LÍNGUA BRASILEIRA DOS SINAIS Número de vagas: 30 Horário: 19h-22h Professores: Augusto Schallenberger e Evanise Luz Pinto OFICINA DE LÍNGUA ALEMÃ I Número de vagas: 27 Horário: 8h-11h30min Professora: Maria de Lourdes Spohr OFICINA DE LÍNGUA ALEMÃ II Número de vagas: 27 Horário: 8h-11h30min Professor: Pedro Theobald OFICINA DE LÍNGUA FRANCESA I Número de vagas: 27 Horário: 19h-22h Professor: Didier René Dominique Martin OFICINA DE LÍNGUA INGLESA I Número de vagas: 27 Horário: 8h-11h30min Professor: Carlos Ricardo Pires Rossa OFICINA DE LÍNGUA INGLESA II – 1254V-04 Número de vagas: 27 Horário: 14h-17h30min Professora: Silvana Souza Silveira OFICINA DE LÍNGUA ESPANHOLA I Número de vagas: 27 Horário: 8h-11h30min Professora: Vera Regina Silva da Silva OFICINA DE LÍNGUA ESPANHOLA II Número de vagas: 27 Horário: 19h-22h Professora: Vera Regina Silva da Silva Comunique, divulgue, participe: [email protected] Coordenação: Maria Tereza Amodeo Edição e redação: Camila Doval e Juliana Grünhäuser Redação: Christiê Linhares, Maurício Pacheco Amaro, Mônica R. de Rodrigues e Natasha Centenaro Diagramação: Murillo de Souza Rodrigues Moço: toda saudade é uma espécie de velhice. (Guimarães Rosa)