ANO VI
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NÚMERO 103
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05 de Dezembro de 2011
Saudade até que é bom, não é?
T
em palavra mais bonita do que saudade? Quanta
emoção, quanto sentimento, quanta memória é
remexida ao ouvirmos ou lermos qualquer coisa sobre
saudade. É bom sentir saudade? É ruim? Não se pode afirmar.
Cada um sabe da sua saudade, cada um sabe o que ela dói, ou
lateja, ou cutuca, ou silencia, ou grita, ou consola, ou extasia.
Tem saudade que é boa de abraçar e ficar sentindo, porque
faz companhia. Tem saudade que dá vontade de enterrar num
buraco bem fundo pra nunca mais sentir. Nunca mais. Mas
tem saudade que é parte entranhada da gente, de coisas que a
gente nem sabe nem viu, de pessoas que a gente quer conhecer,
de amores e aventuras e sonhos que a gente vai realizar.
Final de ano sempre chega com esse sentimento de
saudade que mal sabemos explicar. Provas, artigos, TCCs,
dissertações, teses, notas, defesas, formaturas. Festas,
despedidas, colegas, último dia de aula, de grupo, de
estágio. Uma vontade de ficar mais um pouco misturada
a uma vontade de recomeçar logo, diferente, novo. Será
que é de nós mesmos que estamos com saudade? Pode
ser, porque no fim do ano a gente para e pensa no que
fizemos até aqui, no que aproveitamos ou não, no que nos
tornamos, no que será do nosso futuro. Daí vem aquele
aperto no peito — saudade de tanta coisa que foi e de
FALE em notícias
Chegando ao fim
tanta coisa que poderia ter sido. Mas não se deixem abater,
queridos leitores do NF. Tudo o que acaba é a base para o
que vem pela frente. Aperto no peito, angústia, saudade, é
tudo sinal de que a vida está sendo vivida. E está valendo
a pena. Como diz a letra daquela música do Peninha,
“saudade até que é bom; melhor que caminhar vazio”.
Este Notícias FALE é o último do ano e
já começa assim: cheio de saudade de vocês.
Divulgação
E você continua indo embora, e eu continuo
ficando, vendo você levar partes de mim que antes
eu nem sentia falta.
(Caio Fernando Abreu)
pela “quase mestre” Joseane Camargo
Dois anos. Esse já é o tempo
passado. Depois de ver o nome na
lista da seleção de mestrado, difíceis
foram os dois meses de expectativa
pelo primeiro dia de aula. Março,
enfim. A primeira aula era da única
disciplina obrigatória, todos os
que haviam entrado naquele ano
se encontrariam pela vez primeira.
Alguns rostos já eram conhecidos,
dois no máximo. A diferença entre
análise e interpretação, esse foi o
tema da primeira aula no mestrado.
Um conto de Hemingway. Após
três horas, pensei: esperei minha
vida toda por esta aula. Acho que é
dessa maneira que me despeço do
mestrado, com uma vontade que
permanece de que ainda há muito o
que aprender. Muito o que conhecer,
muito o que estudar. No entanto,
olhar para os últimos dois anos (seja
no Lattes ou nas fotos do Facebook),
me faz perceber o meu crescimento
e as oportunidades que o PPGL da
PUCRS me proporcionou, além de
ter encontrado “ma merveilleuse
directrice”, professora Marie-Hélène.
Há dois anos, quando eu estava
escrevendo meu TCC, eu li artigos
e livros dos fundadores da Crítica
Genética, autores que movimentam
a pesquisa no mundo e no Brasil.
Um ano depois, no X Congresso
da APCG, sediado na PUCRS, eu os
estava recepcionando, conversando
com alguns daqueles autores cujas
palavras inspiram a minha pesquisa.
Acho que esse é apenas um pequeno
exemplo, mas muito significativo
para quem se apaixona pelo que
faz. Infelizmente, é preciso fechar
um ciclo e torcer pelo recomeço
de novos. E como diria Guimarães
Rosa,
“Despedir
dá
febre”!
Arquivo Pessoal
Joseane descreve as sensações do final do mestrado
Natal da PUCRS
Todos os finais de ano a PUCRS comemora
o Natal com eventos que buscam integrar a
comunidade
numa
grande
confraternização.
Confira a programação de 2011 e participe:
7 de dezembro (quarta-feira)
16h – Montagem da Árvore de Natal — Largo da
Solidariedade
17h - Mundo da Criança PUCRS — CEPUC –
prédio 41 -com a narração de história pelos alunos
da FALE (CELIN)
19h - Espetáculo Coral e Orquestra — Entre os
prédios 41 e 11
8 e 9 de dezembro (quinta e sexta-feira)
9h às 19h - Entrega dos Presentes de Natal aos
Técnicos Administrativos e Professores — Teatro
– prédio 40
Natal da FALE
A tradicional festa de Natal da FALE,
realizada entre professores e funcionários,
ocorrerá no dia 20 de dezembro, às 16h, na sala
305.
8 de dezembro (quinta-feira)
8h às 21h – Entrega dos presentes ao Amigo
Secreto
11h30min e 18h – Jornada em Preparação ao Natal
— Igreja Cristo Mestre
16 de dezembro (sexta-feira)
19h – GRENAL Solidário (AFPUCRS) — Estádio
Universitário
Se você ficar sozinho, pega a
solidão e dança.
(Marcelo Camelo)
3º Aniversário do Delfos
No dia 5 de dezembro, às 17h, o Espaço de
Documentação e Memória Cultural convida para a
solenidade de comemoração de seu 3º aniversário,
no saguão da Biblioteca Central Irmão José Otão. O
Notícias FALE parabeniza o Delfos pela seriedade
e relevância do trabalho que realiza, fundamental
para a manutenção e propagação da cultura do nosso
estado. Conheça o Delfos através do site ou visitando
pessoalmente o espaço (http://www.pucrs.br/delfos/)
É visível a relevância do DELFOS no cenário das
letras nacionais; em pouco tempo, constituiu-se
em referência obrigatória nos assuntos genéticos
e de acervos. Isso foi conseguido com inteligência
e, em especial com intenso e minucioso trabalho.
Longa vida ao DELFOS, e que ele siga nesse
caminho vitorioso. (Coordenador-Geral: Prof. Dr.
Luiz Antonio de Assis Brasil)
Procuro uma alegria
uma mala vazia
do final de ano
e eis que tenho na mão
- flor do cotidiano é voo de um pássaro
é uma canção.
(Carlos Drummond de Andrade)
No dia 4 de dezembro, o DELFOS– Espaço de
Documentação e Memória Cultural completou
três anos de atividades em prol da preservação
e divulgação da cultura sulina. Dos 21 acervos
institucionalizados pela PUCRS e reunidos no
sétimo andar da Biblioteca Central Irmão José
Otão, em 2008, hoje somam 39, o que demonstra
a confiança da comunidade nessa iniciativa da
PUCRS e no trabalho que vem sendo realizado
pelo DELFOS. Para comemorar a data, estão
expostos cartazes e materiais alusivos a 10 acervos
recebidos pelo DELFOS, os quais permanecerão
no saguão da Biblioteca Central do dia 5 ao dia 20
de dezembro. (Coordenadora Executiva: Prof.ª Dr.
Alice T. Campos Moreira)
Posso dizer que o DELFOs completa três anos
de funcionamento e eu completo dois anos de
pós-doc no DELFOS. Foram dois anos intensos
em realizações e é simplesmente um “luxo
intelectual” conviver diariamente com os acervos.
(Professora Marie-Hélène Paret Passos)
Alunos da FALE participam do ENADE
Bolsas para os primeiros colocados
No dia 6 de novembro, os alunos
da Faculdade de Letras participaram
do Exame Nacional de Desempenho
de Estudantes, ENADE, que integra
o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior (SINAES).
Esta prova é realizada a cada três
anos e tem como objetivo avaliar o
desempenho dos estudantes acerca
dos
conteúdos
programáticos
específicos de seu curso, assim
como temas de conhecimentos
gerais. A PUCRS desenvolve uma
campanha para incentivar os alunos
a participarem: “ENADE – Respeito
pelo seu diploma”, bem como
disponibiliza no site (http://www.
pucrs.br/autoavaliacao/enade/)
informações sobre quem deve
fazer a prova, dúvidas e perguntas
frequentes, um simulado on-line,
edições anteriores do exame,
além do Blog e do Twitter com
as últimas notícias, ferramentas
para auxiliar os estudantes.
Outra novidade é a Bolsa Mérito
ENADE criada com a finalidade de
premiar o mérito acadêmico dos
estudantes concluintes dos cursos
de graduação da instituição que
obtiveram as melhores notas no
Avaliação Institucional
exame. O aluno beneficiado terá
desconto integral na matrícula e
nas mensalidades de um curso
de especialização promovido e
indicado pela universidade. De
acordo com a professora Silvana
Silveira, a bolsa de especialização,
oferecida ao primeiro colocado na
prova, é, sem dúvida nenhuma, uma
forma de estimular a participação
e reconhecer o esforço dos
acadêmicos.
A professora ressalta que
durante todo o ano letivo, a FALE
desenvolveu ações com vistas
a sensibilizar os alunos sobre
a relevância do ENADE. Foram
realizadas reuniões esclarecedoras,
destacando que o resultado do
exame serve para identificar a
qualidade dos cursos que estão
sendo oferecidos pela universidade.
“Sabemos que ninguém gosta
de fazer provas e tampouco ser
avaliado, mas quando a instituição
de ensino recebe uma boa nota,
os alunos que nela estudaram,
como consequência direta, serão
beneficiados, pois o nome da
instituição fica associado à sua
formação e ao seu diploma”, afirma
Recentemente começou na PUCRS a avaliação
institucional. Essa avaliação se divide em duas partes: a
externa e a interna. A externa consiste numa avaliação
da biblioteca, da infraestrutura como um todo, dos
cursos de graduação e da aplicação do ENADE. Por outro
lado, a interna atém-se a avaliações das disciplinas
de graduação, pesquisas qualitativas e quantitativas
Saudades, só portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm.
(Fernando Pessoa)
Silvana Silveira.
Para o formando em Língua
Espanhola e Literaturas, William
Bitencourt Noal, a importância
do ENADE está dividida entre
a avaliação institucional, que
garante uma leitura global dos
cursos em relação a todo o país, e
a possibilidade do acadêmico de se
auto-avaliar, mostrando os pontos
que devem ser revistos em sua
formação. Conforme o estudante,
a possibilidade de auto-avaliação
é um exercício fundamental
para quem deseja ser um bom
professor e a oportunidade da
bolsa de especialização também
é uma “oferta tentadora” como
forma de incentivo. A respeito da
prova, William Noal explicou: “A
prova exige concentração e uma
leitura atenta. As questões, na
maioria das vezes, contextualizam
os conhecimentos e aproximam
as áreas. Ao contrário do que
muitos dizem, é uma avaliação bem
tranquila e de tamanho razoável, se
pensarmos no nível que se espera de
um concluinte de curso superior”.
e avaliações específicas. A avaliação institucional se
constrói como um grande instrumento para medir o
desempenho das faculdades. Sua importância reside
no interesse de se levantar os pontos onde se necessita
uma melhoria de desempenho, e, também, na exaltação
de aspectos que traduzem a excelência da universidade.
FALE em revista
Talita Gonçalves
I Seminário Internacional de
Aquisição da Linguagem – I SIAL
Entre os dias 16 e 18 de novembro aconteceu
no auditório do prédio 9 o I Seminário Internacional
de Aquisição da Linguagem — I SIAL, coordenado
pelas professoras Lilian C. Scherer e Cristina L. Perna.
O evento trouxe grandes pesquisadores nacionais e
internacionais envolvidos em questões relacionadas
ao bilinguismo, linguagem, cognição, aquisição de
L1 e L2, incluindo LIBRAS e Português como Língua
Adicional. Os participantes vieram de vários locais
do Brasil e do exterior. Durante o seminário, houve
espaço para as comunicações dos participantes,
que puderam expor seus trabalhos na modalidade
de pôster eletrônico. O I SIAL proporcionou a
todos envolvidos momentos de reflexão sobre as
investigações que estão sendo realizadas na área
e, pelo sucesso de público já na primeira edição, o
evento tende a tornar-se um encontro tradicional
da Faculdade de Letras da PUCRS. (Colaboração
da mestranda em Linguística Talita Gonçalves)
LIBRAS na FALE
ERRATA
O Notícias FALE lamenta que a matéria LIBRAS
na FALE tenha sido veiculada com alguns erros
na edição do dia 14 de novembro. Como forma de
repararmos os enganos, republicamos a reportagem
— gentilmente construída e oferecida pela
professora Janaína Pereira Cláudio — na presente
edição.
Diagnosticada surda aos dois meses de idade,
Janaína é professora universitária na Faculdade de
Letras - FALE. Na disciplina de Libras - Língua Brasileira
de Sinais (obrigatória e eletiva), já ministrou para mais
de 900 pessoas, entre surdos, deficientes auditivos,
cegos, cadeirantes, ouvintes e outros. Janaína vê nessa
oportunidade uma forma de mostrar o valor da pessoa
surda, a importância da comunicação e o respeito
dentro dela, buscando a integração entre os surdos e os
ouvintes e mostrando o costume, a história, a cultura,
a identidade e outros aspectos. Além da docência,
realizou uma orientação de trabalho de conclusão,
intitulado “Diferença da concordância verbal entre
Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinais”.
Janaína é Mestre em Educação pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o tema
“Proficiência em Língua Brasileira de Sinais - Prolibras:
representações sobre uso e ensino da Libras”.
Janaína relembra sobre a oficialização da Libras,
conforme consta na Lei Federal 10.436 (24/04/2002),
Comissão organizadora e executiva do I SIAL
Talita Gonçalves
Imagem parcial do público presente no I SIAL
O que erramos?
-> A foto do aluno Pedro Moreno não é dele;
foi trocada pela imagem do aluno Pedro Linhares,
que nesta edição é o entrevistado da seção “FALE,
aluno!”
-> O número do decreto que oficializa a Libras é
5.626, e não 5.262, como foi publicado.
Confira a reportagem sobre esse excelente
trabalho realizado na FALE, agora na versão
corrigida.
mais tarde o Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de
2005, foram duas importâncias mudanças significativas
nas legislações e no pensamento do movimento surdo.
O Decreto trata diversos temas importantes, como:
Da inclusão da Libras como disciplina curricular;
Da formação do professor de Libras e do instrutor
de Libras;
Do uso e da difusão da Libras e da língua portuguesa
para o acesso das pessoas surdas à educação;
Da formação do tradutor e intérprete de Libraslíngua portuguesa;
Da garantia do direito à educação das pessoas
surdas ou com deficiência auditiva.
Portanto, essa Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002
reconhece a Língua Brasileira de Sinais - Libras como
meio legal de comunicação e expressão de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria, de
uso das comunidades de pessoas surdas; e reza que
os sistemas educacionais federal, estadual e municipal
e do Distrito Federal devem garantir a inclusão
nos cursos de formação de Educação Especial, de
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis
médio e superior, do ensino de Libras, como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, conforme legislação vigente.
Como docente me sinto feliz quando percebo
que os alunos da disciplina de Libras estão realmente
aprendendo e quando eles repetem corretamente
os sinais é um avanço da inclusão das línguas
e nos dois mundos, Libras/Língua Portuguesa.
Depoimento da aluna Daiane Boz, que tem deficiência auditiva:
Janaína: O que você achou como aluna durante
a disciplina de Libras e sobre a importância do uso
em Libras?
Daiane: A disciplina foi uma oportunidade
imensa de entrar em contato com essa nova
Língua (Língua de Sinais) e de conhecer melhor
essa cultura surda pelos próprios sujeitos surdos.
Cursando a disciplina fui descobrindo que a
Libras é uma maneira interessante e diferente de
comunicação, interessante porque é divertida e
dinâmica por natureza e diferente porque requer o
uso de habilidades pouco exploradas pela Língua
oral. A descoberta dessa complexidade que envolve
a comunicação em sinais despertou em mim a
vontade de continuar explorando e conhecendo
essa outra forma de entender e expressar o mundo.
Outro aspecto bastante importante na disciplina
foi também a oportunidade de refletir e opinar
sobre assuntos de grande importância hoje
como a inclusão, educação e as realidades dos
sujeitos surdos, fundamental para quem deseja
ser professora e para quem quer fazer algo para
construir um mundo melhor.
A Língua de Sinais é muito importante para
a inclusão verdadeira do sujeito surdo tanto na
sociedade e como na educação, principalmente
nas relações humanas em que a comunicação
é fundamental. Ao se oportunizar o contato e
a difusão da Língua de Sinais, principalmente
nos ambiente escolares, colaboraria para formar/
conscientizar as pessoas sobre a idéia da igualdade
na diferença, em que os valores como respeito
e coletividade seriam mais fortes do que o
preconceito e a indiferença. Acredito não existir
melhor forma de se alcançar esse objetivo se não
pela educação, em que as diversas experiências
e a construção constante de relacionamentos,
demonstrariam que a diferença é necessária para
que possamos aprender uns com os outros.
Depoimento do monitor da disciplina de Libras neste semestre,
Pedro Moreno:
Janaína: O que você achou como monitor e aluno
durante a disciplina de Libras?
Pedro: A Língua Brasileira de Sinais na PUCRS
vem abrangendo um espaço muito significativo
em minha vida. Eu, Pedro como estudante de
Educação Física e monitor desta disciplina, me
sinto muito grato a professora Janaina Claudio
a cada dia que passa por ter a oportunidade de
adquirir novos conhecimentos na função exercida,
podendo assim repassar mais informações para os
meus colegas. Vejo que é de extrema importância o
aperfeiçoamento em libras, não somente para minha
pessoa, mas para uma inclusão social no Brasil,
tendo em vista uma maior abrangência do círculo
de alunos e amigos que poderei ter, ajudando-os a
superar qualquer adversidade que possam ter.
Curso “The neurobiology of bilingualism”
Nos dias 21 e 22 de novembro, dentro das atividades
do I Seminário Internacional de Aquisição da Linguagem
(I SIAL), organizado pelas professoras Lilian C. Scherer
e Cristina L. Perna, ocorreu na sala 305 do prédio 8 o
curso “The neurobiology of bilingualism”, ministrado pelo
professor Jubin Abutalebi, da Università Vita-Salute San
Raffaele de Milão/Itália. O curso foi oferecido para alunos de
pós-graduação da PUCRS e de outras universidades, os quais
na ocasião puderam fortalecer seus conhecimentos sobre
bilinguismo, fundamentos em Neurolinguística, além de
aprender um pouco mais sobre afasia, cognição e pesquisas
com neuroimagem, tópicos ilustrados com pesquisas que
vêm sido desenvolvidas pelo Dr. Abutalebi. O encontro
originou-se através do convite da professora Lilian Scherer
ao palestrante, que foi um dos grandes nomes do I SIAL.
(Colaboração da mestranda em Linguística Talita Gonçalves)
Talita Gonçalves
A turma do curso com o professor Jubin Abutalebi
FALE por aí
Aluno de Charles Kiefer vence o prêmio Luiz Vilela 2011
O Notícias FALE tem a alegria de parabenizar
Guilherme Azambuja Castro, aluno das oficinas do professor
Charles Kiefer, pelo primeiro lugar no 21° Concurso Luiz
Vilela, com o conto “Às margens do arroio”. O vencedor foi
o único representante do Rio Grande do Sul no concurso;
sua conquista mostra a força dos novos escritores gaúchos,
e como essa nova geração é capaz de dar continuidade ao
legado deixado por grandes mestres escritores do passado.
No dia 12 de dezembro a professora da FALE
Marie-Hèléne Paret Passos participará de um colóquio
intitulado “Tradução, processos de criação e mídias”,
na Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento
está sendo organizado pela professora Sílvia Anastácio,
vice-presidente da Associação de Pesquisadores
em Crítica Genética (APCG). Sílvia esteve na PUCRS
durante o X Congresso Internacional de Pesquisadores
em Crítica Genética, realizado no ano passado.
Professora Marie-Hélène na UFBA
Lançamento dos livros “Da Crítica Genética à tradução literária: uma
interdisciplinaridade” e “Materialidade e virtualidade no processo criativo”
No dia 26 de novembro ocorreu, na Livraria Passos,
em Porto Alegre, o lançamento do livro “Da Crítica Genética
à tradução literária: uma interdisciplinaridade”, que
apresenta uma abordagem genética de um manuscrito
inédito de um conto de Caio Fernando Abreu, resultado da
tese de doutorado da professora Marie-Hèléne Paret Passos.
No mesmo dia, a autora também lançou “Materialidade
e virtualidade no processo criativo”, obra organizada
por ela e pelo professor Doutor José Cirilo, que reúne
as conferências proferidas durante o X Congresso da
APCG, sediado pela PUCRS em novembro do ano passado.
No evento, a professora Marie, que atualmente
desenvolve uma pesquisa de pós-doutorado na PUCRS,
recebeu os amigos, colegas e familiares que comemoraram
com ela o lançamento das duas importantes obras.
(Colaboração da doutoranda Cibeli Freitas)
8 Feira do Livro do Hospital São Lucas da PUCRS
No dia 1 de dezembro ocorreu, na pediatria do Hospital
São Lucas da PUCRS, a 8° Feira do Livro. O evento reuniu
algumas das figuras mais importantes da Universidade,
tais como o irmão reitor Joaquim Clotet, a Pró-Reitora de
Graduação Solange Medina Ketzer e a diretora da FALE,
professora Maria Eunice Moreira. A Feira teve como grande
objetivo entreter as crianças internadas no setor pediátrico
do hospital e estimular a leitura de boa literatura infantojuvenil através de contações de histórias e de doações
de livros. Para tanto, a feira contou com a participação
da patrona da 57° Feira do Livro de Porto Alegre, Jane
Tutikian (patrona também da feirinha), e a escritora Luciane
Raupp, aluna de doutorado da FALE. As duas convidadas
narraram histórias de sua autoria e autografaram seus
livros para as crianças. Além dessas atividades, é claro, a
feira contou com uma narração encenada, preparada pelos
bolsistas do projeto do hospital, e, ainda, a participação
especial do símbolo desse magnífico projeto: o Bocão,
um boneco personagem criado pela doutoranda da FALE,
Paloma Laitano. A relevância desse acontecimento se dá
pela grandeza de sua intenção; sem pedir nada em troca,
oferece às crianças internadas na pediatria momentos
de alegria, lazer e aprendizado, os quais certamente se
perpetuarão por muitos anos, por meio dos inesquecíveis
prazeres que a leitura e a contação de histórias trazem.
Maurício Amaro
8ª Feira do Livro do HSL foi um sucesso
FALE em livros
PARA LER NAS FÉRIAS
Nesta última edição do ano, o Notícias FALE
reuniu dicas especiais para você correr à biblioteca ou
à livraria e preparar o estoque das férias. Divirta-se!
Eu indico “Orgulho e Preconceito”, da Jane
Austen, pois é um livro que te prende e a leitura
é engraçada, os personagens são sarcásticos, tem
muita ironia na história. É a segunda vez que
estou lendo; a primeira vez não gostei e parei de
ler. Agora percebi essa ironia e como ela trata de
assuntos pesados, mas de maneira leve. É bom
para ler nas férias. Aline Corte – 7º semestre,
Licenciatura em Português.
A minha dica de livro para as férias é “História
abreviada da literatura portátil”, do Enrique VilaMatas. O livro brinca com uma série de autores
conhecidos, e outros não tanto assim. É um livro
que dialoga com uma quantidade enorme de
outros autores. A história é sobre as vanguardas
do século XX, uma trajetória enlouquecida de
alguns expoentes de uma sociedade ultrassecreta:
os shandy ou os portáteis. A leitura é fácil e
divertida, o difícil é saber diferenciar a verdade
histórica da ficção, mas isso pouco importa.
Gabriella Machado – 5º semestre, Licenciatura
Dupla Inglês e Português.
A minha sugestão é um livro que estou lendo
por indicação do professor Ricardo Timm, que é
“Vertigem”, de W. G. Sebald. A tradução é muito
boa e estou gostando da narrativa, a forma com
que o autor utiliza as imagens em conjunto com
o texto. Assim, essas imagens não servem apenas
como meras ilustrações, mas estão acrescentando
ao texto. É bastante interessante, recomendo.
Camila Gonzatto – Doutoranda em Teoria da
Literatura.
Eu sugiro um livro que foi trabalhado na
disciplina de Autores Modernos, com o professor
Ricardo Barberena, que é “Zazie no Metrô”,
do autor Raymond Queneau. É um livro leve,
engraçado, bom para relaxar e tranquilo para
as férias. Ao mesmo tempo em que a história
é divertida, faz a gente pensar na situação
da criança, pois a personagem é sapeca e
respondona, mas também age como um adulto.
Ficamos esperando ela entrar no metrô e no
final... surpresa. É uma boa dica. Aline Schneider
– 4º semestre, Licenciatura em Português.
Eu indico aos alunos que não tiveram tempo
para ler durante o ano que aproveitem o
período das férias para buscar nos clássicos da
literatura ocidental, um acréscimo indispensável
à formação. Nomes como Flaubert, Balzac,
Tolstói, Dostoiévski, Proust e tantos outros
que são os cânones da literatura, devem fazer
parte da formação de todo o professor da área
de Letras, eles foram fundamentais na minha
formação. Vera Wanmacher Pereira – professora
de Linguística e Coordenadora do Celin (Centro
de Referência para o Desenvolvimento da
Linguagem).
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
(Mário Quintana)
FALE e escreva!
Quem nos enviou um texto de ficção
de sua própria autoria nesta quinzena
foi o Tiago Correa, graduando de Letras/
Português
do
primeiro
semestre.
O Andrógino e o Adorador de Presunto
Tiago S. Correa
Sentado no banco à janela do ônibus, se aproxima
a mulher com seu vestido verde e uma sacola de
supermercado. Com uma das mãos apoiando-se no
ferro ela olha com espanto para ele e suas mãos, suas
unhas e seu penteado estranho. Fez menção de se
sentar ao seu lado, mas devido a um engasgo e soluço
por ter interrompido sua gargalhada, postergou a
companhia do rapaz e sentou-se mais ao fundo onde
sua visão era categoricamente privilegiada. Acomodou
sua sacola no banco ao lado e, desenrolando seu fone
de ouvido, escapava o olhar clínico para ele que coçava
suas bochechas com unhas maiores que as suas. A
mulher ria tímida com as duas mãos sobre os lábios
e imaginava, — creio eu, como um homem daqueles
satisfaria suas necessidades como mulher. Emprestaria
seu esmalte azul calcinha para ir à festa do pijama com a
irmã? Experimentaria os vestidos dela para conferir se
ficaria delineado no corpo menos volumoso da amada?
Colocando os fones dentro do canal auditivo ela
ainda gargalhava silenciosa e internamente ao balançar
negando com a cabeça o que seus olhos viam. Era um
olhar no movimento das ruas e outro em direção ao
homem de unhas longas e lustrosas. O convívio com
a criatura foi ficando menos evidente para a moça
sorridente. Não se importando tanto agora, ela pega
a sacola de compras e coloca sobre suas pernas e
desliza suas nádegas para o banco da janela. Escora sua
cabeça no encosto e deixa a música que atingia seus
tímpanos auxiliarem no descanso mental. Mas nunca
deixava de dar aquela esticada no olhar para o rapaz.
O ônibus diminuía de velocidade para outros
passageiros entrarem. Dois homens beirando seus
trinta anos e uma senhora de bengala cumprimentaram
o motorista. Ela nem pensa em passar pela catraca,
se senta nos primeiros bancos e tira de sua bolsa um
pacote de bolacha Maria, enfiando-as de duas a duas na
bocarra com dentes artificiais. O motorista vira-se para
ela e reclama dos farelos espirrando pelo chão. A velhota
pedia desculpas em tom brando, mas os pedaços de
bolacha não queriam parar dentro da boca, formando
uma nuvem amarela clara, ela dizia: “Vesculpe, mofo”.
Com ar de indignação o motorista continua o trajeto.
Os outros dois caras tinham passado pela roleta
após ter pagado a cobradora. Um se sentou ao lado
de uma loira, mais a frente, e o outro ao lado da moça
sorridente que nem percebera sua chegada. Assim
que o homem resolveu se sentar ao lado dela, a moça
havia tirado a sacola do banco para ele se sentar, e
apoiou as sacolas em suas pernas, sobre seu vestido,
as coxas volumosas estavam aparentes pelo peso das
sacolas e o homem reparou na exuberância toda da
sua companheira de ônibus. Depois de alguns minutos
o homem pergunta se ela gostaria que segurasse
suas sacolas. A moça aceita fazendo um ar de alívio.
Pegando pelas alças, o homem abre as pernas e coloca
as sacolas no meio. Passados pouquíssimos segundos,
ele pergunta: “Sinto cheiro de presunto, vem daqui?”
a moça balança a cabeça que sim e responde que
havia comprado porque estava na promoção. “Sou
fascinado por presunto”. O homem fecha rapidamente
os olhos e suga pelo nariz o odor dos frios que lhe
perturba as emoções. “Posso pegar uma fatia?” A moça
sem entender muito bem, acaba cedendo o pedido.
O homem então, com um brilho feroz em seus olhos,
abre cada sacola para procurar seu objeto de desejo.
A respiração, — percebo daqui, do último banco do
ônibus —, que o homem suspirava e lambia os lábios
cada vez que o odor agradável lhe atingia. Achando o
pacote, ele agarra com as duas mãos e ergue para o alto,
contemplando-o maravilhado. A moça cada vez mais
espantada com o acúmulo de ações do homem, nem
ligava mais para o andrógino e suas unhas do outro
lado do corredor. Seu foco era o maníaco, o tarado, o
degustador, o adorador de presunto que tratava aquelas
fatias como filho, como mulher ou como sua profissão:
com ferocidade absurdamente amável. O homem
desenrola o pacote e tira a pilha de presuntos, sacode
de um lado para o outro fazendo espirrar um pouco de
líquido na saia da moça. Ela nem percebe. Estava focada
nos atos de um homem perturbado por presuntos.
A dentada foi precisa, calculada. A marca
perfeitamente circular dos dentes no restante do
apresuntado obrigou a moça a não levá-lo mais para
casa, deu de presente ao homem maluco. Nessa altura
do trajeto, o andrógino já percebera a movimentação
do adorador de presunto e resolveu chamá-lo. “Ei, cara.
Me arranja um pedaço?” Com as bochechas estufadas
o homem para a mastigação, olha com fúria para o
andrógino e, tirando uma fatia, lança-o pelos ares que cai
na mão afeminada do andrógino. Ele enrola o presunto
como um canudo e enfia goela adentro. Outras pessoas
entravam e saíam do ônibus, rápidas e compromissadas
com horários, afoitas e desligadas, tanto, que nem
prestavam atenção nos comedores de presunto.
O local de desembarque da moça chegou. Ela pediu
permissão para o homem que limpava a boca e acabara de
soltar um arroto. O homem cede a passagem e ela desce
pela porta traseira levando suas sacolas, seus momentos
de pasma loucura, suas angústias, suas interpretações
de que o mundo só existe, se existir esse seres
diferentes dela. A porta se fecha e não vejo mais a moça.
— Venha se sentar aqui, cara — o andrógino chama
o adorador de presunto. Ele vai. Os dois se olham,
se idolatram e começam a conversar coisas que não
presto a mínima atenção. Minha descida era na próxima
parada. Vejo o adorador de presunto passar a mão nos
FALE no mundo
cabelos do andrógino, e ele ria com a mão na boca que
quase nem aparecia por causa de suas unhas longas.
Me levanto do banco e espero o ônibus parar
diante da porta que se abria. Na rua, sentia o ar fresco
das árvores. Tiro um cigarro do bolso e começo a pensar
na moça que levava suas sacolas de supermercado.
Sei onde ela desceu agora pouco. Ao invés de seguir
para minha casa, entro na primeira padaria que ainda
está aberta e compro um quilo de presunto magro,
pago e coloco na sacola. Vou atrás da moça, a esmo,
sem rumo. Minha única certeza é que ela precisará
desse presunto e eu precisarei dela como gratidão.
Minha passagem pela terra de Lovecraft
por Sabrina Schneider, doutoranda em Teoria da Literatura
Há quase três meses, troquei o gorjeio harmonioso
do sabiá pelo grasnado um tanto sinistro do corvo:
deixei Porto Alegre no dia 2 de setembro para buscar,
na Nova Inglaterra, região que inspirou a literatura de
Edgar Allan Poe, respostas a algumas das questões que
levanto na minha tese de doutorado, “As novas narrativas
de jornalistas-escritores: romance-reportagem?”, ela
própria, como mostra o título, uma grande interrogação.
Para minha surpresa, apesar do clima um tanto “gótico”
de Providence — não por acaso, terra natal do escritor
H. P. Lovecraft, famoso por suas histórias de horror
e fantasia —, o que encontrei na Brown University
e, especialmente, no Department of Portuguese and
Brazilian Studies, foi uma recepção pra lá de calorosa.
Imaginem chegar a uma das mais tradicionais
instituições de ensino superior dos Estados Unidos —
fundada em 1764, e integrante da famosa Ivy League,
que inclui, entre outras, Harvard, Yale e Princeton —
e encontrar alunos de mestrado e doutorado norteamericanos falando um português absolutamente
perfeito? E defendendo dissertações e teses sobre
cultura brasileira? Isso, mais a simpatia do meu
orientador por aqui, Luiz Fernando Valente, um carioca,
fez com que eu me sentisse em casa logo nos primeiros
Arquivo Pessoal
Sabrina Schneider na biblioteca da Brown University
dias. Até festinha em comemoração ao 7 de Setembro
nós tivemos... Aliás, cheguei em um bom momento:
2011 é o ano em que o departamento comemora seus 20
anos de independência — antes disso, existia como um
centro de pesquisa ligado a outro departamento. Vários
eventos estão sendo realizados, de jantares a palestras e
simpósios. Em uma dessas ocasiões, tive a oportunidade
de conhecer a atriz brasileira Giulia Gam, que —
pasmem! — é namorada de um doutorando daqui...
Mas não pensem que estou aqui apenas a passeio!
O semestre tem sido de muito trabalho. Estou seguindo,
como ouvinte, a disciplina — ou “seminar”, como
eles dizem — Nation and Narration, ministrada pelo
professor Luiz. É bem puxado: um romance por semana,
além de vários textos teóricos. Além disso, tem a tese...
Com a qual, diga-se de passagem, estou em crise! Não
achei exatamente o que eu pensei que fosse encontrar
aqui, mas passei a enxergar outras possibilidades,
as quais fico ruminando durante minhas tardes
na Rockefeller Library. Paciência... É a sina de todo
pesquisador. Aproveito para perguntar para minha
orientadora, professora Maria Luíza Ritzel Remédios:
faltando um ano para a entrega e tendo 130 páginas
já escritas, será que dá pra começar tudo de novo?
Arquivo Pessoal
Campus Brown University e suas belezas
FALE aluno!
Aluno: Pedro Linhares Júnior
Cidade natal: Porto Alegre / RS
Ano de ingresso no curso: 2008
Previsão
de
Formatura:
2012/02
NF: Por que optou pelo curso
de Letras?
PL: Abrangência do currículo,
ampliar conhecimentos sobre
língua e literatura. O curso como
um todo propicia um leque cultural
capaz de levá-lo além da sala de aula
(uma vez que falamos em curso de
Licenciatura). Além disso, a PUCRS
é muito bem aceita nas corporações.
NF: Qual a sua área(s)
preferida(s)? Por quê?
PL: Linguística, por vários
motivos desde a compreensão do
uso da língua, no processo reflexivo
e crítico que seu estudo nos incita,
até conviver minha mestre Jane Rita
Caetano da Silva (não sei se posso,
mas impossível eu falar sobre Pedro
– Letras – PUCRS e não incluí-la...)
NF: Quais as suas expectativas
em relação ao seu futuro como
profissional de Letras?
PL: Hoje sou franco em dizer
que o magistério não é meu foco, mas
fico feliz em saber que o mercado
está bem aberto para o profissional
de nossa atuação, como em áreas
de treinamento e assessoria
linguística. Isto é animador.
NF:
Comente
alguma
consequência dos seus estudos na
sua vida pessoal.
PL: O curso de Letras abre o
mundo mágico da interpretação.
Isto resume a série de consequências
positivas das aulas ministradas:
habilidades comunicativas, uso
consciente das palavras, funções e
impactos, capacidade de hipotetizar
e argumentar, bagagem cultural,
enfim. Saber que a língua é a base
de um povo é bastante, não é?
Arquivo Pessoal
Pedro é o nosso entrevistado da edição
A Sua
Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
(Marisa Monte)
Chega de Saudade
Vai, minha tristeza, e diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe, numa prece, que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas, se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver
longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver
assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem
mim
(Vinícius de Moraes)
Encerramento Notícias FALE
Este é o último Notícias FALE de um ano intenso
para todo mundo. Nós, da equipe, desejamos a todos
boas festas, uma pausa produtiva — e divertida —
neste verão, e um ano novo inteiro para realizar
desejos, alcançar objetivos, perpetuar as coisas
boas e mudar, finalmente, as ruins. Agradecemos
a companhia até aqui. Nos vemos em 2012!
ERRATA:
A matéria sobre o minicurso “Memória e
Aprendizagem”, publicada na edição de 18 de
novembro, foi uma colaboração da mestranda
Talita dos Santos Gonçalves. Talita, agradecemos a
sua participação e pedimos desculpa pela falta do
devido crédito ao texto.
FALE em programas
Fique atento à programação de Cursos Sequenciais
de Verão oferecidos pela FALE:
Público Alvo: Graduandos da PUCRS e público
externo
Carga Horária: 60 horas-aula
Período de aulas: 03 a 26/01/2012
Matrículas abertas (informações na secretaria da
FALE)
OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA II –
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO
Número de vagas: 30
Horário: 8h-11h30min
Professora: Ana Márcia Martins da Silva
LÍNGUA BRASILEIRA DOS SINAIS
Número de vagas: 30
Horário: 19h-22h
Professores: Augusto Schallenberger e Evanise
Luz Pinto
OFICINA DE LÍNGUA ALEMÃ I
Número de vagas: 27
Horário: 8h-11h30min
Professora: Maria de Lourdes Spohr
OFICINA DE LÍNGUA ALEMÃ II
Número de vagas: 27
Horário: 8h-11h30min
Professor: Pedro Theobald
OFICINA DE LÍNGUA FRANCESA I
Número de vagas: 27
Horário: 19h-22h
Professor: Didier René Dominique Martin
OFICINA DE LÍNGUA INGLESA I
Número de vagas: 27
Horário: 8h-11h30min
Professor: Carlos Ricardo Pires Rossa
OFICINA DE LÍNGUA INGLESA II – 1254V-04
Número de vagas: 27
Horário: 14h-17h30min
Professora: Silvana Souza Silveira
OFICINA DE LÍNGUA ESPANHOLA I
Número de vagas: 27
Horário: 8h-11h30min
Professora: Vera Regina Silva da Silva
OFICINA DE LÍNGUA ESPANHOLA II
Número de vagas: 27
Horário: 19h-22h
Professora: Vera Regina Silva da Silva
Comunique, divulgue, participe: [email protected]
Coordenação: Maria Tereza Amodeo
Edição e redação: Camila Doval e Juliana Grünhäuser
Redação: Christiê Linhares, Maurício Pacheco Amaro, Mônica R. de Rodrigues e
Natasha Centenaro
Diagramação: Murillo de Souza Rodrigues
Moço: toda saudade é uma espécie de velhice.
(Guimarães Rosa)
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