Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Física e Química A – 11.º Ano Atividade Prático-Laboratorial – AL 1.3 Física Assunto: Salto para a piscina Fundamento teórico da experiência Quando saltas para a piscina, descreves uma trajetória no referencial Oxy, que é um ramo de parábola [FIG. 1]. Começas por correr na prancha, à saída da qual se localiza a posição inicial, de modo que efetuas o salto com velocidade inicial diferente de zero ( v 0 0 ). Depois, atinges um determinado alcance na piscina, ou seja, atinges uma abcissa máxima (x) que se relaciona com a posição e velocidades iniciais. O movimento associado ao "salto para a piscina" pode explicar-se pela sobreposição de dois movimentos: um movimento retilíneo e uniforme, na direção horizontal, no qual o valor da velocidade inicial ( v 0 ) se mantém constante; um movimento retilíneo uniformemente acelerado, na direção vertical, cujo valor da aceleração ( g ) se mantém constante. O que acontece com o "salto para a piscina" também ocorre no movimento de qualquer objeto ou projétil, quando é lançado horizontalmente nas proximidades da superfície da Terra. A [FIG. 2] ilustra a trajetória de um projétil que é lançado horizontalmente da altura h, com uma velocidade inicial v 0 0 atingindo o alcance x. As leis do movimento do projétil permitem relacionar o valor da velocidade de lançamento horizontal (v0) com o alcance (x). 1 2 h gt 2 x v 0 t (1) (2) sendo t o tempo de voo do projétil. Explicita-se o valor de t na equação (2): t x e substitui-se na equação (1): v0 h 1 x2 g 2 v 02 Resolvendo a equação em ordem a x, obtém-se: x 2h .v 0 g 1 Durante a experiência, obtêm-se valores do alcance x e da velocidade de saída v0, poderá construirse um gráfico que traduz a relação entre as duas variáveis. O declive do segmento de reta (do gráfico) obtido é numericamente, igual ao valor da constante 2h . g Atividade prático-laboratorial Material e equipamento necessários: Esfera metálica para servir de projétil Folha de papel branco Célula fotoelétrica ligada ao computador Folha de papel químico Suporte Calha Fita métrica Craveira Montagem experimental: Sugerem-se as seguintes etapas: 1. Mede e regista o diâmetro da esfera: D = ________ 2. Mede a altura da queda: h = ________ 3. Determina a vertical no ponto de lançamento da esfera com um fio-de-prumo. Marca a posição da extremidade inferior do fio, com uma marca no chão. 4. Coloca algumas folhas de papel liso no chão presas com fita-cola, sobrepondo-as com outras de papel químico, com o objetivo de obter o ponto no qual a esfera embate no solo. 5. Coloca o sensor de passagem à saída da calha, no ponto de lançamento da esfera e na configuração do programa Data Studio introduz o comprimento do objeto. 6. Abandona a esfera do ponto A do plano inclinado. 7. Realiza pelo menos três ensaios (para minimizar erros experimentais) e faz variar a altura h’. 8. Regista os resultados na tabela seguinte. 2 Tabela de resultados Ensaio Altura do plano h’ (m) v0 -1 (m s ) < v0 > -1 (m s ) Alcance xmáx (m) < xmáx > (m) 1 2 0,25 3 1 2 0,30 3 1 2 0,35 3 1 2 0,40 3 1. Exploração de resultados (apenas para o lançamento com altura h’ = 0,25 m) 1.1. Determina a velocidade de lançamento horizontal da esfera com base na conservação da energia mecânica durante o seu percurso na calha. 1.2. Com o valor da altura, h e o valor médio do alcance, determina analiticamente o valor da velocidade inicial, v 0 , de lançamento horizontal da esfera. 1.3. Compara os valores das velocidades de lançamento obtidas em 1.1. e 1.2., com o valor dado pelo sensor e aponta razões válidas para a diferença. 1.4. Calcula analiticamente o intervalo de tempo que a esfera demora a ir de C até ao solo. 2. Continuação da exploração de resultados 2.1. Obtém na calculadora ou no programa Excel, o gráfico de dispersão do alcance em função da velocidade. Partindo da opção de estatística determina a equação da linha que melhor se ajusta ao conjunto de pontos experimentais. Que conclusões retiras? 2.2. Calcula a incerteza relativa do valor previsto e o valor experimental de 2h . A diferença entre g esses valores como pode ser interpretada? 2.3. Qual seria a velocidade de saída da esfera se o alcance fosse 0,80 m? E de que altura teria sido abandonada a esfera? 2.4. Face aos resultados obtidos, que considerações devemos ter em conta na construção dum escorrega e nas dimensões duma piscina para existirem condições de segurança? Prof. Luís Perna 3