FORUM ENERGIA E AMBIENTE
ECODESIGN
15 de Setembro de 2004 – UNICAMP – Campinas-SP
USO DE LODO DE ESTAÇÃO
DE TRATAMENTO DE ÁGUA
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Prof. Dr. Ricardo de Lima Isaac
Profª Drª. Dione Mari Morita
Gerenciamento de Resíduos de
Estações de Tratamento de Água
Disposição
Uso Benéfico
Tratamento
Fonte: AWWARF, 1996
Disposição final x Uso benéfico do Lodo
 Lançamento Direto em Cursos D’água
 Descarte no Sistema Público de Esgoto
 Aterro Sanitário/Exclusivo
 Solo: Áreas agrícolas/Reflorestamento
 Outros usos (Indústria cerâmica, aço,
cimento, construção civil)
Lançamento em corpos d’água
 Praticado pela maioria das ETAs
 Aumento de Sólidos em Suspensão
 Assoreamento indesejável
 Prejuízo à qualidade da água a jusante
 Aumento na concentração de Alumínio
Projeto BETA: Campinas
Campinas, São Paulo, Brasil
 Economia diversificada e próspera
 População ~1.000.000 habitantes
 98.34% pop. na área urbana
 Problemas de infraestrutura,
particularmente na periferia
 Falta de moradia, desemprego, pobreza,
favelização, violência urbana e poluição
ETA 3 – ETA 4/Sanasa
Produção de Resíduos nas ETAs 3-4
Água de lavagem de filtros
3 % Vol.; 0.01-0.05% TS
DECANTADORES
FILTROS
RÁPIDOS
LODO
1 % Vol.; 0.3-0.8% TS
Estação de Tratamento de Lodo
das ETAs 3-4
 Projeto (2001), Construção (2002-2004),
Start-up (2004)
 Única forma de disposição/destino final
considerada no licenciamento: aterro
sanitário de Paulínia (Estre) (a 35 km das
ETAs)
 Produção de lodo: 54 ton/dia (~ 35% TS)
 Custos de transporte + disposição final:
 US$ 1-1,5 x 10^6 /ano
Disposição em Aterro Sanitário
 Falta de área para implantação de aterros
em regiões densamente povoadas (em que
se gera a maior quantidade de lodo)
 Maioria dos municípios - 197 de 645 – do
Estado de São Paulo não dispõe nem
mesmo de aterros sanitários para
disposição dos resíduos sólidos urbanos
(CETESB, 2000)
 Alto custo de disposição: 17 a 32 US$/ton
Lançamento em Sistema de Esgoto
 Em 2000 apenas 11% dos 645
municípios de São Paulo tratavam
mais de 70% do seu esgoto (Fundação
SEADE, 2001)
 Desidratação é a etapa limitante para a
maioria das ETEs de São Paulo
 Adição do lodo de ETA representa
quantidade extra de sólidos a serem
tratados
 Não é uma solução de disposição final
Indústria da Construção Civil
 O segundo setor do PIB do Brasil
(14.8%)
 Emprega 13,5 x 10^6 pessoas
 Exporta 3 vezes mais que importa
 2% PIB brasileiro: componentes da
construção civil, especialmente
produtos cerâmicos
Setor Cêramico no Brasil
 11.000 indústrias cerâmica vermelha
 62% (tijolos); 37% (telhas)
 US$ 2,8 bilhões/ano
 Empregos diretos: 650 mil
 Empregos indiretos: 2 milhões
 Consumo de Argila: 10.500.000
ton/mês (tijolos) e 4,500,000 ton/mês
(telhas)
Mapa do Setor Cerâmico
Clay
Coke
Diagrammatic Representation
of the Manufacturing Process
Crushing
and
Mixing
Pulverizing
Cooling
Storage and shipping
Screening
Cutting
Residues
Firing
Drying
Blocos Cerâmicos
Vantagens da incorporação de Lodo
 Para a indústria cerâmica
– Aumento na vida útil da jazida de argila;
– Redução do custo de reposição de
vegetação;
 Para a indústria de Saneamento:
– Forma de disposição final mais barata e
adequada para o lodo das ETAs.
 Para o ambiente:
– Redução na destruição de vegetação e
utilização de matéria prima “virgem”
– diminuição na poluição dos cursos d’água.
 A incorporação de lodo à massa cerâmica
não interferiu no processo de fabricação
 Obtiveram-se blocos com qualidade
equivalente à daqueles em que não se
utilizou resíduo
 Resistência à compressão, absorção de
água, planeza das faces, etc: OK
 10% v/v foi a melhor relação lodo/argila
(Projeto BETA).
Componentes Não cerâmicos
 “tipo solo-cimento”
 Utilização de entulho (agregado
reciclado) de Campinas: 600 ton/dia
 Cooperativas de trabalhadores para
fabricação dos blocos
lodo+agregado+cimento
Próxima Fase…
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Uso de lodo de ETA na construção civil