1I 1 FACULDADE LOURENÇO FILHO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS LIANA SILVA ARAÚJO GECON ( GESTÃO ECONÔMICA )COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A CONTROLADORIA DAS EMPRESAS FORTALEZA 2010 II2 LIANA SILVA ARAÚJO GECON ( GESTÃO ECONÔMICA )COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A CONTROLADORIA DAS EMPRESAS Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Lourenço Filho, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Pereira Vilela FORTALEZA 2010 Ms. Rafael Heliton 3 III LIANA SILVA ARAÚJO GECON ( GESTÃO ECONÔMICA )COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A CONTROLADORIA DAS EMPRESAS Monografia apresentada á Faculdade Lourenço Filho, como requisito parcial necessário à obtenção de grau de Bacharel em Ciências Contábeis Apresentada em 18 de Junho de 2010. BANCA EXAMINADORA Prof. Ms. Rafael Heliton Pereira Vilela- Orientador (ORIENTADOR) Profa. Ms. Suelene Silva Oliveira – 1ª Examinadora Profa. Esp. Christiane Sousa Ramos – 2ª Examinadora 4 IV Dedico este trabalho à Deus e aos meus pais. Eles são a razão da minha existência. 5V AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, à Deus, que é o grande incentivador em todas as etapas da nossa vida, e ele está sempre orando por nós e nos ajudando quando estamos angustiado para assim obtermos a paz com a sua palavra. Aos meus pais, que foram os principais incentivadores nessa grande batalha, me apoiando em todos os momentos ,sendo meu porto seguro nessa hora que mais precisei, mostrando compreensão nesses quatro anos de curso de bacharel em ciências contábeis. À minha irmã que sempre se mostrou muito prestativa e me apoiou com seus conhecimentos me dando força nos momentos mais importantes. À minha amiga Amaurícia e sua mãe Fátima que me abrigaram em sua casa, quando meu computador teve problema e tive que concluir minha monografia na casa dela, demostraram muita compreensão, apoio e força para a conclusão desse trabalho. Ao meu professor e orientador, professor Rafael Vilela, que participou comigo da escolha dessa tema tão fascinante, dispensou cuidado especial, analisando e sugerindo modificações no material produzido, o que contribui para o aperfeiçoamento desse trabalho. À professora Suelene Oliveira que sempre com sua simpatia me orientou com suas correções, análise de textos e formatação, buscando sempre a melhoria nesse trabalho.e tambem pela sua participação na banca axaminadora com valiosa contribuição nesse estudo. À professora Christiane Sousa Ramos, pelas suas aulas de planejamento tributário, que me ensinaram muito na forma de tributação tributária, e por sua participação na banca examinadora com valiosas contribuições de melhoria no presente estudo. À todos os meus professores, que me ensinaram muito no decorrer desses quatros anos, mostrando todo seus conhecimentos e me incentivando a uma nova conquista e profissão. À todos os meus amigos, que estiveram sempre comigo,quando mais precisei e no decorrer desses quatro anos.me dando força,incentivos e me aconselhando nessa longa trajetoria de curso. Por último, a minha gratidão à Faculdade Lourenço Filho que foi onde construi dia a dia a minha historia do curso de ciências contabeis, e tambem por ser uma das melhores entidades de ensino da capital. Por disponibilizar sem esforços do que o aluno precisa para se tornar um grande profissional, permitindo que eu possa competir num mercado de trabalho tão exigente. 6VI RESUMO O objetivo desse trabalho é analisar como o Gecon pode contribuir como instrumento de gestão para a controladoria das empresas. A controladoria podemos cindi-la em dois vertices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual e o segundo como orgão administrativo, disseminação, modelagem e implantação de sistemas de informações. O Gecon estrutura-se com base em um entedimento da missão da empresa, do conjunto de crenças e valores da organização, da estrutura organizacional, da realidade operacional e das caracteristicas dos gestores empresariais. A metodologia utilizada no estudo compreendeu pesquisa bibliográfica e exploratória. Após análise dos resultados por meio da pesquisa bibliográfica, os gestores são os donos de seus negocios, devendo atingir a eficácia desejada por meio do alcance dos resultados econômicos planejados, tendo em vista que a maximização dos resultados setoriais não conduz necessariamente ao resultado global ótimo. O modelo de mesuração do Gecon-Gestão Econômica, contribui para o reporte de resultados setoriais de forma lógica e precisa, direcionando aos gestores das áreas do siastema de empresa e com informações úteis ao processo de gestão. Palavras- chave: Controladoria, GECON e Modelo de Mensuração. 7VII ABSTRACT The aim of this study is to analyze how the GECON can contribute as a management tool for controlling the companies. The comptroller can has split it into two vertices: the first as a branch of knowledge responsible for the establishment of the whole conceptual basis and the second as administrative body, dissemination, modeling and deployment of information systems. GECON structure is based pm understandings of a company’s mission, set of beliefes and values of the organization, organizational structure, operational reality and characteristicts of business manageres. The methodology of the study consisted of bibliographic research and exploratory. After analyzing the results through the literature search, the managers are owners of their businesses, and achieve the desired effectiveness through the achievement of planned financial results, with a view to maximizing the sectoral results do not necessarily lead to optimal overall result. The model of mesuração GECON-Economic Management, in our view, the challenging problem, namely, the existence of a measurement model grounded in the "double entry, results reporting that sector in a logical and precise targeting to areas managers siastema of business and information management process. Keywords: Controlling, GECON Model and Measurement. 8 VIII LISTA DE FIGURAS E QUADROS Figura 1- Gráfico da localização da controladoria ................................ 19 Figura 2 – Gráfico como orgão de staff da controladoria ..................... 19 Figura 3 – Estrutura da controladoria ................................................... 20 Figura 4 – sistema de informações ...................................................... 33 Figura 5 – Resultado da área de compras ........................................... 39 Quadro 1 – Ação e instrumento disponibilizado ................................... 16 Quadro 2 – Requisitos para otmização do resultado e objetivos ......... 16 Quadro 3 – Sistema de informação para gestão econômica ................ 32 Quadro 4 – Modelo de decisão para o Gecon ...................................... 37 9 IX SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10 1 CONTROLADORIA ................................................................................ 1.1 Conceitos .............................................................................................. 1.2 Missão da controladoria ...................................................................... 1.3 Responsabilidade e Autoridade .......................................................... 1.4 Funções da controladoria .................................................................... 1.5 Localização da controladoria no Organograma Empresarial........... 1.6 Estrutura da controladoria .................................................................. 1.7 Instrumento de atuação ....................................................................... 1.7.1 Controle Interno ................................................................................... 1.7.2 Sistema de Informação Gerencial........................................................ 1.7.3 Gestão de Imposto............................................................................... 1.7.4 Orçamentos.......................................................................................... 1.7.5 Contabilidade de Custos...................................................................... 1.7.6 Contabilidade por Responsabilidade.................................................... 1.7.7 Acompanhamento do Negócio............................................................. 12 12 14 15 17 19 21 23 23 24 24 25 25 26 26 2. GECON – GESTÃO ECONÔMICA........................................................... 2.1 Considerações Iniciais.......................................................................... 2.2 Resultado econômico como decorrência das ações dos Gestores 2.3 Otimização do resultado econômico................................................... 2.3.1 Planejamento Estratégico..................................................................... 2.3.2 Pré-planejamento operacional.............................................................. 2.3.3 Planejamento operacional.................................................................... 2.3.4 Execusão.............................................................................................. 2.3.5 Controle................................................................................................ 2.4 Efetivação do resultado econômico.................................................... 2.4.1 Subsistema de informações sobre ambiente externo e interno........... 2.4.2 Subsistema de informações – GECON: módulo de simulação............ 2.4.3 Subsistema de informações – GECON: módulo de planejamento....... 2.4.4 Subsistema de informações – GECON: módulo realizado................... 2.4.5.1 Modelo de mensuração..................................................................... 2.4.5.2 Modelo de decisão............................................................................ 2.4.5.3 Modelo de informação....................................................................... 2.4.5 Modelo de avaliação de resultados e desempenhos........................... 27 27 29 30 30 31 31 32 32 33 35 35 35 36 36 37 39 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 45 10 X INTRODUÇÃO As constantes mudanças ocorridas no ambiente empresarial têm feito com que os gestores busquem, cada vez mais, informações que possibilitem o controle, planejamento e auxílio no processo decisório. Para que as informações sejam produzidas de forma rápida e precisa, as organizações passaram a utilizar sistemas voltados para a geração de informações, esses sistemas de informações têm o objetivo de produzir informações relevantes e de fácil utilização que fundamentem a tomada de decisão dos gestores, contribuindo para que a empresa possa alcançar prosperidade. A controladoria é o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementaçao e manuntenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade,com ou sem finalidades lucrativas,sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da contabilidade. O sistema de gestão no modelo Gecon diz respeito ao processo de planejamento, execução e controle operacional das atividades e é estruturado com base na missão da empresa, em suas crenças e valores , em sua filosofia administrativa e em um processo de planejamento estratégico que busca em última instância a excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico da empresa. Com a realização desse trabalho, espera-se responder ao seguinte questionamento: Como o GECON – Gestão Econômica pode contribuir como instrumento de gestão para a controladoria das empresas? O objetivo geral desse estudo é analisar as possíveis contribuições do Gecon como instrumento para a controladoria das empresas. 11 Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos os seguintes objetivos específicos: Descrever o arcabouço teórico sobre Controladoria Apresentar as características, princípios e mensuração do GECON Identificar as possíveis contribuições do GECON para a Controladoria nas organizações No intuito de responder ao objetivo da pesquisa, parte-se do seguinte pressuposto: o GECON contribui como ferramenta de gestão para a Controladoria mensurar a otimização dos resultados e aumentar a eficiência operacional das empresas. . Para a metodologia da pesquisa adotou-se a tipologia de Vergara (2004) que classifica a pesquisa quanto aos fins e quanto aos meios. Para os fins adotamos a pesquisa bibliografia através dos estudos de Padoveze (2003), que aborda os conceitos de controladoria e Catelli (2007) que explora os conceitos do Gecon. E para os meios utilizamos a pesquisa exploratória. Esse trabalho foi estruturado da seguinte forma: a sessão 1 consta dessa introdução; a sessão 2 trará uma abordagem sobre a controladoria, seus conceitos, missão, estruturação, funcões e como ela age dentro das organizações; a sessão 3 fará uma abordagem sobre o Gecon, mostrando conceitos, resultados, otimizaçao, efetivação de resultados economicos, e por fim, as considerações finais demonstram o alcance dos objetivos propostos, destacando-se a abrangência, as limitações e as sugestões, seguindo-lhe a relação de obras e autores que assinarão empírica e teoricamente o estudo. 12 1 CONTROLADORIA Neste capitulo abrangeremos sobre alguns aspectos da controladoria, seus conceitos, missão, responsabilidade e autoridade, funções, localização da controladoria no organograma empresarial, estrutura e instrumento de atuação. A fim de termos uma melhor compreensão sobre o assunto pesquisado. 1.1 Conceitos Com base nos conceitos de Catelli (2007, p. 344), esse define a controladoria como: A controladoria enquanto ramo do conhecimento,apoiada na teoria da contabilidade e numa visão multidisciplinar,é responsável pelo o estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem,construção e manuntenção de sistemas de informações e modelo de gestão econômica ,que supram adequadamente as necessidades informativas dos gestores e os induzam durante o processo de gestão, quando requerido,a tomarem decisões ótimas. De acordo com Oliveira (2008), pode-se entender que a controladoria é um departamento responsável pelo o projeto, elaboração, implementação e manuntenção do sistema integrado de informações operacionais,financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas,sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da contabilidade. Para poder contribuir com sucesso nessa missão, a controladoria deve exercer um papel prepoderante, apoiando e fornecendo subsidios para os diversos gestores no planejamento e controle da atividades operacionais, comerciais, financeiras, administrativas, tributárias, etc. por meio de manuntenção de um sistema de informações que permita integrar as várias funções e especialidades. Pode-se entender que o objeto principal da controladoria é o estudo e a prática das funções de planejamento,controle, registro e a divulgação dos fenômenos da administração econômica e financeira das empresas em geral. 13 É atribuição da controladoria dar suporte informacional em todas as etapas do processo de gestão ,com vista em assegurar o conjunto de interesses da empresa, na visão de Beuren (2000, p.15) apud Oliveira (2008). Outra importante atribuição da controladoria é exercer o controle das atividades de uma entidade. Só é possível afimar que há um efetivo controle se as respostas forem afirmativas. Almeida, Parisi e Pereira (1999, p.370) apud Siqueira e Soltelinho (2001), dividem o conceito de controladoria em dois vertices, sendo que em um deles a conceitua como orgão administrativo que responde “pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informações”. Kanitz (1976, p.5-6) apud Siqueira e Soltelinho (2001), propõe seis funções da area de controladoria, são elas: informação, motivação, coordenação, avaliação, planejamento e acompanhamento. Heckert e Wilson (1963, p.13-14) apud Siqueira e Soltelinho (2001), fazem menção a cinco, sendo elas: função de planejamento, função de controle, função de relatar, função contabil e outras funções. Se ambas descrições forem comparadas com detalhe se verificará que não há grandes diferenças entre uma e outra. Segundo Figueredo (2009, p.10): A controladoria consiste no aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de interferência governamental por meio de politicas fiscais, a diferenciação das fontes de financiamentos das atividades, a percepção das necessidades de consideração dos padrões éticos na condução dos negócios e, principalmente, a demanda por melhores práticas de gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle gerencial mais efetivo, têm sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade com o gerenciamento das finanças das empresas tenha aumentado de importância dentro do processo de condução dos negócios. Segundo Mossiman, Alves e Fisch (1993, p.10) apud Figueiredo (2009) “A controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica”. Pode ser visualizada sob dois enfoques: a) como um orgão administrativo com uma missão, função e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa; b) como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, principios e metodos oriundos de outras ciências. 14 Conforme Nascimento, Reginato e da Veiga (2007), a área de Controladoria tem atuado nas empresas exercendo as funções de integrar as informações das diversas áreas, de assessorar os executivos na definição das estratégias e a de apoiar o processo de gestão, a fim de suprir as necessidades de maior controle e monitoramento das operações e dos processos internos. Para Mossimann e Fisch (1999) apud Vilela (2009, p.15), a Controladoria pode ser conceituada como o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a obtenção de sua eficácia. 1.2 Missão da Controladoria De acordo com Catelli (2007), a controladoria por ser uma única área ampla e possuidora de instrumentos adequados a promoção da otimização do todo, a responsabilidade pelo o cumprimento de uma missão muito especial. A missão da controladoria é assegurar a otimização do resultado economico da organização. Para que a missão da Controladoria possa ser cumprida, Catelli (2007) afirma que objetivos claros e viáveis sejam estabelecidos, tais como: promoção da eficácia organizacional; viabilização da gestão econômica; promoção da integração das áreas de responsabilidade. Catelli (2007) complementa que esta ferramenta da contabilidade deverá ter como filosofia de atuação: coordenação de esforços visando à sinergia das ações; participação ativa do processo de planejamento; interação e apoio às áreas operacionais; indução as melhores decisões para empresa como um todo; credibilidade, persuasão e motivação. Toda empresa bem organizada possui uma missão a ser cumprida, entedemos como missão, a imagem que a empresa passa de seus serviços a seus usuarios em geral,atraves de suas crenças e valores,com a intenção de atingir a excelencia. 15 Segundo Catelli (2007), é necessário que todas que nela trabalham, conheçam sua missão, para que em conjunto possa alcança-lá. Cabe, então, à controladoria tomar parte da empresa,e torná-la realidade. Para Figueredo (2009), A missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa,assegurando a otimização do resultado global.Dessa forma sgundo Figueredo (2009), o orgão administrativo de controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficacia gerencial. Para Padoveze (2003), a Controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa que, por meio da Ciência Contábil e do Sistema de Informação de Controladoria, é responsável pela coordenação da gestão econômica da empresa. Segundo Relvas (1998) a missão, ou seja, o objetivo maior da área de Controladoria é “otimizar os resultados econômicos da empresa, para garantir a sua continuidade, através da integração dos esforços das diversas áreas”. 1.3 Responsabilidade e Autoridade Conforme Catelli (2007), a controladoria, em decorrência da missão e objetivos estabelecidos e para seu efetivo desempenho, terá responsabilidade e autoridade. Como qualquer área de responsabilidade de uma organização, tem sua responsabilidade definida claramente, respodendo pelas gestões operacional, financeira,econômica e patrimonial de suas atividades. A responsabilidade da controladoria se diferencia da responsabilidade das áreas operacionais e de apoio.Esta diferença se caracteriza no processo desenvolvido para assegurar a otimização de resultado. Nesse sentido, é responsabilidade da Controladoria ser a indutora dos gestores, no que diz respeito à melhoria das decisões, pois sua atuação envolve implementar um conjunto de ações cujos produtos materializam-se em instrumentos disponibilizados aos gestores, conforme Quadro 1 a seguir: 16 Ação Instrumento Disponibilizado Clarificar como as decisões são ou deveriam ser tomadas Modelo de decisão Mensurar corretamente o resultado dos eventos, produtos, Modelo de mensuração atividades e áreas Informar adequadamente os gestores Modelo de informação Quadro 1 – Ação e instrumento disponibilizado Fonte: Catelli (2007, p. 348). Para Catelli (2007), a quota parte da contribuição da área de Controladoria caracteriza-se por buscar a otimização do resultado econômico da empresa, numa atuação sinérgica junto às demais áreas de responsabilidade, promovendo toda a base conceitual e operacional relativa aos sistemas de informações. Dessa forma, a otimização é viabilizada ao estabelecer um conjunto de requisitos e respectivos objetivos, conforme Quadro 2 a seguir: Requisitos para otimização do resultado Objetivos (Obtenção de) Começa no planejamento Resultado Objetivado Requer integração das áreas e visão de longo de prazo Resultado assegurado Decorre da otimização do resultado de cada evento/transação Resultado efetivado Requer mensuração adequada Resultado correto Quadro 2 – Requisitos para otimização do resultado e objetivos Fonte: Catelli (2007, p. 348). A autoridade devido as areas de responsabilidade, entre outras caracteristicas nessa questão, todo o desenho que dará forma a todos os demais subsistemas será em obediência ao estabelecido no modelo de gestão. Indepedentemente das caracteristicas das empresas, o grau de autoridade pode ser dividido em dois níveis-autoridade formal e autoridade informal. Segundo Guerreiro, Catelli e Dornelles (1997, p.11) apud Catelli (2007) a autoridade formal é quando a matéria envolver a instituição de normas, procedimentos e padrões relacionados com suas atividades e funções. Autoridade informal é a medida que os assuntos se refiram a aspectos técnicos e conceituais inerentes ao grau de especialização envolvido nas funções de controladoria, esta passará a adquirir um grau de autoridade informal,consequente 17 do dominio dos conceitos e técnicas funcionais de suas atividades. Este tipo de autoridade se efetiva através da execução de atividade tipicamente de consultoria e assessoria, como orgão de staff (Catelli, 2007). 1.4 Funções da Controladoria Para Oliveira (2009), a controladoria serve como orgão de observação e controle da cúpula administrativa, preocupando-se com a constante avaliação da eficácia e eficiência dos vários departamentos no exercício de suas atividades. Dessa forma, é ela que fornece os dados e as informações,que planeja e pesquisa, visando sempre mostrar a essa mesma cúpula os pontos de estrangulamento presentes e futuros que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. Ainda segundo Oliveira (2008), as principais atribuições da controladoria compreendem: estabelecer, coordenar e manter um plano integrado para o controle das operações; medir a perfomance entre os planos operacionais aprovados e os padrões, reportar e interpretar os resultados das operações dos diversos níveis gerenciais; medir e reportar a eficiência dos objetivos do negócio e a efetividade das políticas, estrutura organizacional e procedimentos para o atingimento desses objetivos; prover proteção para os ativos da empresa. Nesse sentido a Controladoria, de acordo com o autor, necessita para desempenhar com eficiência e eficácia suas funções de adequados controles internos e cobertura de seguros; analisar a eficiência dos sistemas operacionais; sugerir melhorias para a redução de custos; verificar sistematicamente o cumprimento dos planos e objetivos traçados pela a organização; analisar causas de desvios e sugerir correção as desses planos ou dos instrumentos e sistemas de controle; analisar a adequação na utilização dos recursos materiais e humanos da organização; em suma, revisar e analisar os objetivos e metódos de todas as áreas da organização,sem exceção. Kanitz (1977) apud Oliveira (2008) por sua vez, entende que as funções da controladoria podem ser resumidas como: informação – compreende os sistemas contábil-financeiro gerenciais; motivação - refere-se aos efeitos dos sistemas de 18 controle sobre o comportamento; coordenação – visa centralizar informações com vista na aceitação de planos. O controller toma conhecimento de eventuais inconsistências dentro da empresa e assessora direção, sugerindo soluções; avaliação – interpreta fatos, informações e relatórios, avaliando os resultados por área de responsabilidade, por processos, por atividades etc; planejamento – assesora a direção da empresa na determinação e mensuração dos planos e objetivos; acompanhamento – verifica e controla a evolução e o desempenho dos planos traçados a fim de corrigir falhas ou de revisar tais planos. Segundo Catelli (2007), as empresas têm uma divisão funcional do trabalho, no caso da controladoria, estas funções estão ligadas a um conjunto de objetivos e, quando desempenhadas, viabilizam um processo de gestão econômica . Figueredo (2009) salienta que, embora o deliamento da função, do orgão e da posição do executivo possa variar de uma empresa para a outra, existe um conceito que é comumente observado quanto ao executivo: o controller é o chefe da contabilidade, aquele que supervisiona e mantém os arquivos financeiros formais da empresa, embora suas funções não tenham que se restrigir apenas ás funções contábeis e o que mais se espera é que ele amplie sua atuação ao desenvolvimento da contabilidade em aplicações gerenciais. Podem ser caracterizadas da seguinte forma: Planejamento: estabelece e manter um plano integrado para as operações consistentes com os objetivos e as metas da companhia. Controle: desenvolver e revisar constantemente os padrões da avaliação de desempenho para que sirvam como guias de orientação aos outros gestores no desempenho de suas funções. Informação: preparar,analisar e interpretar os resultados financeiros para serem utilizados pelos os gestores na tomada de decisão. Contabilidade: delinear,estabelecer e manter o sistema de contabilidade geral e de custos em todos os níveis da empresa. 19 Outras funções: administrar e supervisionar cada uma das atividades que impactam o desempenho empresarial, como impostos federais, estaduais e municipais. 1.5 Localização da Controladoria no Organograma Empresarial Para Padoveze (2003) dependendo do porte da empresa e, de sua estrutura, todas as empresas possuem em seu organograma o departamento controladoria,orgão dentro da companhia, que detém todas as informações necessárias para a tomada de decisões, e por esse motivo está localizada bem próximo da diretoria da empresa. Segundo Padoveze (2003), “...o controller é uma posição de apoio incluida na alta administração da empresa. O controller é responsável por todo o processamento da informação contábil da organização”. Padoveze (2003), continua salientando que “...o controller deve responder ao diretor ou vice presidente administrativo e financeiro, e tem suas funções diferenciadas do responsável pela a aplicação e captação de recursos, que denomina de tesoureiro”. De acordo com Padoveze (2003), teremos a localização da controladoria dentro da empresa como orgão de staff (assessoria) e como setor, conforme Figuras 1 e 2 a seguir: Presidente Controladoria Diretor Administrativo Financeiro Diretor Produção Financeiro Recursos Humanos Tecnologia da Informação Diretor Comercial Compras Figura 1 - Localização da Controladoria – Orgão de Staff Fonte: Padoveze (2003, p.34). Logística 20 Presidente Diretor Administrativo Financeiro Diretor Produção Controladoria Financeiro Recursos Humanos Diretor Comercial Tecnologia da Informação Compras Logística Figura 2 - Localização da Controladoria – Setor Fonte: Padoveze (2003, p.35) Mosimann e Fisch (1999, p. 89) apresentam, também, alguns argumentos para essa dicotomia staff versus linha: Vários autores qualificam a Controladoria como um órgão de staff, já que cada gestor tem autoridade para controlar sua área e se responsabiliza por seus resultados. A Controladoria, portanto, não poderia controlar as demais áreas, mas presta assessoria no controle, informando a cúpula administrativa sobre os resultados das áreas. Contrapondo a esse ponto de vista, Catelli ensina que o controller é um gestor que ocupa um cargo na estrutura de linha porque toma decisões quanto à aceitação de planos, sob o ponto de vista da gestão econômica. Dessa maneira, encontra-se no mesmo nível dos demais gestores, na linha da diretoria ou da cúpula administrativa, embora também desempenhe funções de assessoria para as demais áreas. Na opinião de Borinelli (2006), a Controladoria não só assessora, mas participa do processo decisório, haja vista a relevância de suas atividades, uma vez que o gestor de Controladoria deve participar do processo de tomada de decisões. Nesse sentido, o autor entende que a unidade organizacional Controladoria deve funcionar como órgão de linha, fazendo acontecer o processo de gestão e de tomada de decisão juntamente com os demais órgãos e funções da organização. Para tanto, deve estar subordinada diretamente à Presidência. Nas empresas que não possuem controladoria, as tarefas inerentes a ela, ficam a cargo da area financeira, pois essa área também possui uma grande visão da empresa, e de suas necessidades. 21 Entende-se na localização da controladoria foram inicialmente recrutados entre os individuos das areas de contabilidade ou de finanças da empresa, por possuirem, em função do cargo que ocupam, uma visão ampla da empresa que os habilita a enxergar as dificuldades como um todo e propor soluções gerais. 1.6 Estrutura da Controladoria Para Oliveira (2008), a controladoria deve estar estruturada para tanto atender a necessidades de controles sobre as atividades rotineiras como servir de ferramenta para o monitoramento permanente sobre todas as etapas do processo de gerenciamento da empresa.em outras palavras, a estruturação da controladoria deve estar ligada aos sistemas de informações necessários á gestão, tanto dos aspectos rotineiros como dos gerenciais e estrátegicos. Assim, segundo Padoveze (2003), teremos a seguir a estrutura da Controladoria da seguinte maneira: Controladoria Planejamento e Controle - Orçamentos e Projeções - Contabilidade Gerencial - Contabilidade por responsabilidades - Acompanhamento do negócio e estudos especiais - Planejamento Tributário Estruturação Contábil e Fiscal - Contabilidade Societária - Controle Patrimonial - Contabilidade Tributária SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Figura 3 – Estrutura da Controladoria Fonte: Oliveira, Perez Jr. e Santos Silva (2007, p. 16). 22 Dessa maneira, conforme Oliveira (2008), pode-se visualizar a controladoria estruturada em dois grandes segmentos: Contábil e fiscal: nesse segmento, são exercidas as funções e atividade da contabilidade tradicional, representadas pela escrituração contábil e fiscal, com a geração das informações e relatórios para fins societários, fiscais, publicações, atendimento da fiscalização e auditoria etc. Também se enquadrariam as outras funções corriqueiras, tais como controle patrimonial dos bens e direitos da empresa, conciliações das contas contábeis, apuração e controle dos custos para fins contábeis e fiscais, controle fisíco dos itens de estoques e imobilizado, apuração e gestão dos impostos etc. Planejamento e controle: caracteriza o aspecto moderno das funções e atividades da controladoria. Nesse segmento devem estar incorporadas as atribuições concernentes á gestão de negócios, o que compreende as questões orçamentárias, projeções e simulações, aspecto estratégicos da apuração e análise de custos, contabilidade e análise de desempenho por centros de responsabilidades, planejamento tributário. Para Vilela (2009), a Controladoria realiza uma avaliação de desempenho organizacional final para ser apresentado à alta administração da empresa, com a finalidade de se tomar a decisão correta de acordo comas informações obtidas e, antecipadamente, ela realiza um grande trabalho, seja na parte orçamentária, fiscal, analisando o mercado, fazendo simulações quanto a empréstimos, estudando os impactos ambientais, enfim, apoiando a tomada de decisões com a certeza de que todas as variáveis foram estudas até aquele momento. Entende-se assim que as estruturas da controladoria, são atividades exercidas pela a controladoria de monitoriamento dos controles gerenciais implica, em uma primeira fase, a melhoria dos sistemas de controle. Como consequência, haverá um aumento da performance dos gestores e da eficácia das unidades, devido ao fato de as possíveis deficiências tornarem mais transparentes, permitindo a adoção de medidas corretivas. 23 1.7 Instrumento de Atuação Alguns instrumentos são necessários para que a controladoria desempenhe de uma maneira mais eficaz o seu papel dentro de uma empresa, tais como, o controle interno, sistema de informação gerencial, gestão de impostos, orçamentos, contabilidade de custos, contabilidade por responsabildiade e acompanhamento do negócio, nos quais serão apresentados a seguir. 1.7.1 Controle Interno Para Peleias apud Jeronymo (2003), o controle interno é um conjunto de normas, procedimentos, instrumentos e ações adotados de forma sistemática pelas as empresas,que devem estar em constante evolução,assegurando o atingimento dos resultados confome objetivos preestabelecidos, protegendo o patrimônio e garantindo transparências as operações.Esse conjunto deve garantir a eficiência operacional e permitir a melhoria dos processos operacionais e seus resultados. Conforme Oliveira (2008), o conceito de controle interno, para ser totalmente compreendido , deve ser devidamente analisado pelo conjunto de sua natural aplicação no contexto das rotinas empresariais,de acordo com as necessidades da empresa, seu tamanho e cultura própria, diversidade de negócios, dispersão geográfica, bem como nas areas operacionais. De acordo com Oliveira ( 2008), o controle interno é definido como: O controle interno é composto pelos planos de organizaçao e pela a coordenação dos métodos e medidas implantadas pela empresa para proteger o patrimônio, seus recursos líquidos e operacionais, por meio de atividades de fiscalização e verificação da fidedignidade dos administradores e da exatidão dos processos de manipulação de dados contábeis, promovendo,desta forma,a eficiência operacional e a adesão às políticas e estratégias traçadas pela alta gestão. Vilela (2009), afirma que o controle interno pode ser considerado como uma vigilância constante nos trabalhos realizados, tendo o apoio de quem os realiza, e tendo a oportunidade de corrigir possíveis falhas, implementando novos 24 procedimentos para facilitar a rotina operacional da empresa, objetivando minimizar seus custos. Entende-se por controle interno, uma vigilância constante nos trabalhos realizados; tendo o apoio de quem os realiza ; e tendo a oportunidade de corrigir possíveis falhas ; implementando novos procedimentos para facilitar a rotina operacional da empresa ; objetivando minimizar seus custos. 1.7.2 Sistema de Informação Gerencial Classificamos o sistema de informação gerencial , como um dos mais importantes dentro da organização, e também sendo um dos mais essencial para os controller,pois é atravez dele que gera as maiores informações ao controller (JERONYMO, 2003). Segundo Mosimann e Fisch (1999) apud Vilela (2009) conceitua sistema de informação como uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de decisões, não apenas na empresa como um todo, mas também de cada área de responsabilidade. O conjunto de recursos humanos, físicos e tecnológicos que o compõe transforma os dados captados em informações, com a observância dos limites impostos pelos usuários quando o tipo de informação necessária a suas decisões, condicionando, portanto, a relação dos dados de entrada. Tais limites evidenciam a intenção dos usuários quanto à determinação dos sacrifícios que devem ser feitos para se obter um retorno esperado de suas decisões, tomadas em condições de incertezas. 1.7.3 Gestão de Impostos Existe uma grande quantidade de impostos existentes no Brasil, a gestão de impostos é uma atividade extensa dentro das organizações.e a controladoria gerenciar mais essa atividade,que está ligada diretamente aos serviços contábeis (JERONYMO, 2003). 25 O fator juridico e o desenvolvimento dessa atividade pela a controladoria impõem-se pela a tendência natural da contabilidade dispor a utilizar informações necessárias aos impostos. Como função importante da controladoria e o apoio dos principais gestores , a uma tendência natural que as questões tributárias, assim envolvendo as operações que tenham assessoria e monitoramento da controladoria. 1.7.4 Orçamentos Orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo exercício. Para Padoveze (2003), cabe à Controladoria a administração do sistema orçamentário, que recebe esta delegação do sistema orçamentário, que recebe esta delegação da cúpula da empresa, seja dos proprietários, seja da diretoria administrativo-financeira. 1.7.5 Contabilidade de Custos Segundo Padoveze (2003), a Contabilidade de Custos é praticada dentro da empresa, para separar o custo e a receita que cada área produz para a empresa em sua totalidade. Com a Contabilidade de Custos sabe-se exatamente os lucros e os custos de cada departamento. Em sendo gerencial, a contabilidade de custos, sempre esteve em constante evolução e não está pressa a nenhuma regra contábil especifica.para fins gerenciais,é importante que cada empresa elabore seus modelos de decisão segundo sua própria visão conceitual (JERONYMO, 2003). 26 1.7.6 Contabilidade por Responsabilidade De acordo com Jeronymo (2003), entende-se que a controladoria tem resultados que suas premissas básicas com os gestores pelo o lucro das atividades sob sua responsabilidade. Para Padoveze (2003), denomina-se contabilidade divisional ou contabilidade por responsabilidade o conjunto de conceitos contábeis gerenciais, que permitem a identificação, mensuração, acumulação, decisão e informação dos eventos econômicos, e atividades específicas para cada um dos gestores dentro da empresa. 1.7.7 Acompanhamento do Negócio O mais importante para que uma empresa consista em seus negocios,necessita fazer um acompanhamento de negócios.buscando acompanhar o cenário econômico atual interno e externo, comparar seus produtos e serviços com a concorrência,fazer um planejamento obrigatório da empresa,evoluir tecnologicamente,entre outras necessidades (PADOVEZE, 2003). Dessa forma, acompanhar o negócio significa a necessidade que a empresa tem de se situar no mercado de seus produtos, bem como de se situar na conjuntura econômica do país e do exterior. O acompanhamento do negócio reúne informações para o planejamento estratégico da empresa, para análise das oportunidades e ameaças do ambiente, bem como para a ênfase dos pontos fortes e pontos fracos da companhia (VILELA, 2009, p.33). Constata-se que a controladoria é uma ferramenta básica na contabilidade e indispensável nas empresas. No capítulo seguinte, continuaremos a tratar desse assunto com a utilização do Gecon nas empresas. Para isso, abordaremos seus conceitos e suas funcionalidades dentro das organizações. 27 2 GECON – GESTÃO ECONÔMICA Nessa seção iremos discorrer sobre o Gecon, seus resultados econômicos como decorrêcia das ações dos gestores, otimização, diversas formas de planejamento, execusão, controle, como ele é efetivado em relação ao resultado econômico, as formas dos subsistemas de Informações e os modelos de mensuração. 2.1 Considerações iniciais Segundo Fernandes (2004), não temos dúvidas de que um dos desafios da efetiva implantação e conseqüente operacionalização da área de controladoria é a existência de sistema de informação gerencial que alicerce o processo de gestão em todas as fases, desde o planejamento criterioso das atividades, passando pela execução, tendo como ponto culminante o controle. O Modelo de Mensuração do GECON – Gestão Econômica – responde, sob nossa ótica, ao desafiador problema, qual seja: a existência de um modelo de mensuração alicerçado nas “partidas dobradas” que reporte resultados setoriais de forma lógica e precisa, direcionado aos gestores das áreas do sistema de empresa e com informações úteis ao processo de gestão. O sistema de gestão econômica - GECON - refere-se ao processo de planejamento, execução e controle operacional das atividades. É estruturado com base na missão da empresa, em suas crenças e valores, em sua filosofia administrativa e em um processo de planejamento estratégico que busca em última instância a excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico da empresa (CATELLI et all, 2001). Para Catelli (1999), GECON significa administrar por resultado, objetivando a otimização do mesmo por meio da melhoria da produtividade e da eficiência operacionais. O modelo GECON é voltado para a eficácia empresarial, cuja concretização se verifica pela otimização do resultado econômico, compreendendo um sistema de gestão e um sistema de informações. Segundo Catelli (1999,p.03): 28 O sistema de gestão no modelo GECON diz respeito ao processo de planejamento, execução e controle operacional das atividades e é estruturado com base na missão da empresa, em suas crenças e valores, em sua filosofia administrativa e em um processo de planejamento estratégico que busca em última instância a excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico da empresa. No sistema de informações, o sistema GECON utiliza fundamentalmente conceitos e critérios que atendem às necessidades informativas dos diversos gestores da empresa para seu processo de tomada de decisão específico e que impulsionam as diversas áreas a implementar ações quem otimizam o resultado global da companhia. Catelli, Guerreiro e Pereira (1997) explicam que o GECON abrange alguns requisitos, quais sejam: o modelo de gestão, o processo de gestão e o sistema de informação. Os conceitos que dão suporte ao GECON representam premissas fundamentais do modelo em relação aos aspectos de avaliação de desempenho e resultados: a) Eficácia empresarial e resultado econômico: A eficácia é considerada como o alcance de objetivos da organização no cumprimento de sua missão, o que determina as condições de sobrevivência e continuidade do empreendimento. Nesse sentido, a medida da eficácia da empresa é o resultado econômico, ou seja, a variação patrimonial do valor adicionado ao patrimônio pelas atividades empresariais em um determinado período. b) Formação do resultado econômico: decorre do resultado econômico das diversas áreas que compõem a empresa, cujas atividades funcionam sob a responsabilidade de um gestor. Tais atividades consomem recursos e geram produtos (bens ou serviços) e desse modo executam transações que podem alterar o patrimônio da empresa. c) O papel dos gestores: a eficácia da organização deve ser alcançada de forma eficiente, ou seja, com o maior aproveitamento dos recursos. Através das suas decisões, os gestores devem buscar a otimização do seu desempenho e das atividades sob seu controle e responsabilidade, contribuindo de forma eficiente e eficaz para o resultado global da organização; d) Preços de transferência com base no custo de oportunidade: os preços de transferência referem-se ao valor pelo qual são transferidos os produtos - bens ou serviços – entre atividades e centros de resultado, em uma organização, realizando a precificação com base no custo de oportunidade, o que para a gestão econômica permite mensurar e avaliar os resultados. 29 Segundo Bonacim et alI (2006), o Gecon é um modelo conceitual de gestão baseada em resultados econômicos, tendo como um de seus principais processos a formulação de alternativas para apoio à tomada de decisões. Assim, para o GECON, o resultado econômico demonstra, de forma quantitativa, os esforços realizados por uma entidade na busca pela eficácia. De acordo com o modelo do Gecon, preconiza que a eficácia da empresa é obtida com a obtenção da eficácia em cada transação realizada. O modelo requer a apuração do resultado econômico no menor nível possível, no caso a transação. Então, a partir de conceitos da teoria econômica, os pesquisadores do GECON têm procurado apurar e atribuir o resultado econômico a transações, atividades e áreas internas da entidade, favorecendo o processo de gestão voltado para a eficácia do negócio, que é refletida nesses resultados. Catelli (2007), no que diz respeito as informações, o sistema Gecon objetiva, essencialmente, sua consistência, a confiabilidade e a oportunidade, proporcionando maior nível de delegação de autoridade sem perda de controle. 2.2 Resultado econômico como decorrência das ações dos gestores Segundo Catelli (2007), a empresa é formada pelos resultados analíticos das diversas transações que correspodem à materialização das ações dos gestores. Os gestores devem ser impulsionados ou motivados a tomar as melhores decisões para a empresa.Para isso em crenças,valores e definições, que alavanque a potencialidade do corpo gerencial (competência, criatividade,cooperação etc). No que diz respeito a motivação dos gestores, deve-se destacar o aspecto da controladoria,ou seja, o gestor deve ser avaliado pelas as decisões que implementa e pelas as variaveis sob sua administração. Os gestores são os donos de seus negocios ,devendo atingir a eficácia desejada por meio do alcance dos resultados econômicos planejados, tendo em vista que a maximização dos resultados setoriais não conduz necessariamente ao resultado global ótimo. De acordo com Catelli (2007), a área da controladoria, em primeiro momento, efetua a coordenação do processo de planejamento das diversas areas e atividades, objetivando o melhor desempenho econômico da empresa em sua 30 totalidade.Finalmente, efetua o controle dos desempenhos, nos sentido de assegurar que o resultado econômico global planejado seja efetivamente atingido. 2.3 Otimização do resultado econômico O sistema Gecon considera que é de fundamental importância, para a otimização do resultado, a identificação dos modelos de decisão compartilhados com a apuração dos impactos patrimoniais, aplicados a cada natureza de evento, que favoreçam a atuação competitiva da empresa (BONACIM et alI, 2006). Catelli (2007), o modelo de decisão deve ser especifico para cada natureza de evento e corresponder ao processo decisório logico utilizado pelo gestor, o qual norteia a escolha de alternativas. As decisões são tomadas em diversas fases do processo de gestão,o sitema Gecon estabelece uma sequência de etapas fundamentais que veremos nos proximos tópicos. 2.3.1 Planejamento Estratégico Figueiredo e Caggiano (2004), afirmam que planejamento estratégico é um processo de reflexão que precede a ação futura. O planejamento é dirigido para a tomada de decisão, definindo-se o comportamento da organização em relação ao meio ambiente. O planejamento estratégico, segundo Santos (2005), tem as seguintes fases: variáveis ambientais; análise ambiental, projetar cenário futuro; identificar oportunidades e ameaças; identificar pontos fortes e fracos; estabelecer as diretrizes estratégicas. Para Catelli (2007), o planejamento estratégico tem como premissa fundamental assegurar o cumprimento da missão da empresa.Evidentemente, o processo de planejamento estratégico contempla a analise das variáveis do ambiente externo (identificação das oportunidades e ameaças) e do ambiente interno da empresa (identificação de seus pontos fortes e fracos). O objetivo é evitar as ameaças, aproveitar as oportunidades, utilizar os pontos fortes e superar as deficiências dos pontos fracos. 31 2.3.2 Pré-planejamento operacional Segundo Catelli (2001), o pré-planejamento operacional é a fase de escolha das melhores alternativas, estabelecidas através de objetivos e metas operacionais, que viabilizem as diretrizes estratégicas. A fase de pré-planejamento corresponde á fixação de objetivos, á identificação das alternativas de ação e a escolha das melhores alternativas que viabilizem as diretrizes estratégicas (CATELLI, 2007). O papel dessa etapa é assegurar a escolha das melhores alternativas que viabilizem as diretrizes estratégicas. 2.3.3 Planejamento operacional De acordo com Peleias (2002) é no planejamento operacional que ocorre o levantamento de recursos, produtos, volumes, preços e outras variáveis, compreendendo um horizonte de tempo (curto, médio e longo prazos). Ainda segundo o autor, apresenta o módulo do sistema de informação que suporta a fase do planejamento operacional, de acordo com o quadro 3: o orçamento original – que é o pré-orçamento; o orçamento corrigido – que é o ajuste de valores aos preços correntes específicos; e o orçamento ajustado – que é a inclusão de novos programas, considerando as alternativas no plano original. De acordo com Catelli (2007), O papel do planejamento operacional de médio e longo prazos o detalhamento das alternativas operacionais aprovadas de forma a aperfeiçoar o desempenho nos períodos considerados. O produto obtido é um plano operacional aprovado. O processo utilizado envolve a definição do horizonte de planejamento, dos módulos temporais de planejamento, a determinação dos recursos necessários ao atingimento dos objetivos e metas e para que estas sejam cumpridas, o estabelecimento das etapas e prazos. 32 2.3.4 Execusão Santos (2005), diz que, na fase de execução, as ações de importar recursos, processá-los e exportar os produtos das atividades, devem estar em coerência com o planejado. De acordo com Peleias (2002), na fase de execução, o módulo do sistema de informação que a suporta, de acordo com o quadro 3, é o seguinte: permissão de gastos ou padrão – são índices-padrão ajustados, utilizados em termos de volume alcançado versus volume esperado de produção; e realizado do mês – é o registro da atuação dos gestores e das áreas de responsabilidade ocorrida no período de execução, ou seja, em valores reais. Catelli (2007), é exatamente na fase de execução que as ações são implementadas e surgem as transações realizadas. O papel da execução é cumprir os objetivos estabelecidos no planejamento operacional de curto prazo, de forma a aperfeiçoar cada negócio ou evento. 2.3.5 Controle Conforme a visão de Catelli (2001), o processo de controle ocorre através de ações corretivas, da comparação entre os resultados realizados e os planejados, identificando-se desvios e suas respectivas causas e a decisão das ações a serem implementadas. Segundo Peleias (2002), o controle é exercido por todos os gestores da empresa, com o apoio da controladoria, e é suportado por relatórios obtidos do sistema de informação, conforme demonstração no quadro 3, voltados para a avaliação de resultados e de desempenhos. 33 Etapa do processo de gestão Módulo do sistema que a suporta Planejamento estratégico Variáveis ambientais Planejamento pré-operacional Simulações Planejamento operacional Orçamento original Orçamento corrigido Orçamento ajustado Execução a valores-padrão Execução a valores reais Permissão de gastos ou padrão Realizado do mês Controle Avaliação de resultados e desempenhos Quadro 3- Sistema de informação para gestão econômica. Fonte: PELEIAS (2002). O papel da etapa controle é assegurar, por meio da correção de “rumos”, que os resultados planejados sejam efetivamente realizados. O produto obtido consiste em ações corretivas, por meio de um processo de indentificação das transações realizadas, de comparação dos resultados realizados com os planejados, de identificação das causas dos desvios e de decisão quanto ás ações a serem implementadas. São pré-requisitos estar apoiado por um sistema de apuração de resultados realizados e contar com o envolvimento e participação de gestores (CATELLI, 2007). 2.4 Efetivação do resultado econômico A base conceitual aplicada na mensuração dos eventos econômicos no modelo GECON reveste-se de fundamental importância para que se espelhe o verdadeiro valor econômico do patrimônio, dos resultados das atividades e do resultado global da empresa, indo ao encontro dos reclamos e exigências informativas da área de controladoria. Assim este modelo reconhece (CATELLI, 2007): a) A riqueza da empresa aumenta pela agregação de valor proporcionado pelo processo de transformação de insumos em produtos e serviços nas diversas atividades; b) Ao identificar, mensurar e reportar resultados das atividades das diversas unidades administrativas transforma o tradicional “centro de custos” em “centro de resultados” ou em área de responsabilidade; 34 c) Reconhece em cada atividade o aspecto operacional, o aspecto econômico e o aspecto financeiro, apurando margens de contribuição e resultados econômicos através da mensuração dos produtos e recursos pelos seus valores à vista; d) Apura margens de contribuição e resultados financeiros das atividades, através da mensuração do custo do dinheiro no tempo, relativo aos prazos de recebimento, de pagamento, de estocagem e das imobilizações dos recursos; e) Reconhece, ainda, o aspecto econômico de que a riqueza de uma empresa aumenta ou diminui à medida que o mercado atribui maior ou menor valor para os ativos que ela possui. É necessário o desenvolvimento de sistemas gerencial de informações gerenciais que garantam o suporte requerido à atuação gerencial preconizada. Sistema de informações sobre os ambientes externos e internos Sistema de informações operacionais Planejamento e controle Sistema de informações Gecon (Planejamento estratégico) Módulo de simulaçõe s Módulo de Planejamento Módulo realizado Modelo de mensuração, acumulaçao e informação Figura 4 - Sistemas de informações. Fonte : Catelli (2007) De acordo com a figura anterior podemos compreender como funciona os sistemas de informações gerenciais, nesse sentido, é necessário o desenvolvimento de sistemas de informações gerenciais que garantam o suporte requerido á atuação gerencial preconizada.Assim para cada fase do processo de gestão, é estruturado um subsistema de informação, para assim atender as características específicas da tomada de decisão. 35 2.4.1 Subsistema de informações sobre ambiente externo e interno Segundo Catelli (2007), o papel do subsistema é subsidiar os gestores durante a fase de planejamento estratégico com informações sobre os ambientes externo e interno. As características dizem respeito à utilização de banco de dados,onde são armazenados as informações de diversas naturezas sobre o ambiente externo, que por sua própria natureza é altamente flexível, e, pouco estruturado quanto as fontes (jornais, vídeos e pesquisa de mercado). 2.4.2 Subsistema de informações – GECON: módulo de simulação De acordo com Catelli (2007), o papel desse subsistema é subsidiar os gestores durante a fase de pré-planejamento, gerando informações sobre os resultados econômicos das alternativas simuladas, buscando a otimização dos mesmos. São caracteristicas ser: descentralizado, viabilizar a mensuração de receitas, custos e resultados. 2.4.3 Subsistema de informações – GECON: módulo de planejamento Segundo Catelli (2007) O papel desse subsistema subsidiar os gestores durante a fase de planejamento operacional de curto, médio e longo prazos, gerando informações detalhadas sobre os eventos econômicos planejados. São caracteristicas : centralizado, detalhamento mesmo nível das informações do realizado, contempla as variaveis analiticas econômicos, altamente estruturado (sistema no dos eventos de contabilidade de eventos planejados), compatibilidade com a base conceitual do realizado e obdiência aos modelos de mensuração, acumulação e informação da controladoria. 36 2.4.4 Subsistema de informações – GECON: módulo realizado Segundo Catelli (2007), o papel desse subsistema é subsidiar os gestores durante a fase de controle, gerando informações detalhadas sobre os eventos ecônomicos realizados. As características são: ser centralizado, permitir o detalhamento das informações no mesmo nível do orçado, contemplar as variáveis analíticas dos eventos econômicos, ser estruturado – sistema de contabilidade de eventos realizados – ser compatível com a base conceitual do orçado e manter a obediência aos modelos de mensuração, acumulação e informação da controladoria. 2.4.5.1 Modelo de mensuração Peleias (2002) define modelo de mensuração como um conjunto de regras, com o objetivo de embasar-se conceitualmente; e em termos de procedimentos, o processo de se atribuir valores, ponderando as variáveis econômicas relevantes numa dada decisão e o resultado econômico gerado através dessa decisão. Para Santos (2005), o modelo de mensuração identifica, mensura e reporta os resultados das atividades (receitas menos custos), por áreas de responsabilidade, diferenciando os resultados operacionais dos financeiros, apurando as margens de contribuição e reconhecendo que o valor econômico de uma entidade aumenta ou diminui, dependendo do valor que o mercado atribui para seus ativos. De acordo com a visão de Guerreiro (1991) apud Santos (2005, p. 72-73), as premissas utilizadas pelo modelo de mensuração do GECON para obtenção de um conceito de lucro e de patrimônio, segundo critérios econômicos, são: O mercado é quem avalia o potencial de serviços dos ativos: Considerar o valor do dinheiro no tempo; A empresa tem de operar no sentido de continuidade; Na hipótese de descontinuidade, a empresa deve avaliar os seus ativos a valores realização; 37 Do ponto de vista econômico, potencial de serviços, serviços futuros, benefícios futuros dizem respeito ao montante de riqueza que o ativo pode gerar para a empresa; Na continuidade de suas operações, o potencial de serviço de cada natureza de ativo deve ser analisado por sua função dentro da empresa; O potencial de serviços do ativo não depende da forma como ele é financiado; Um determinado ativo pode possuir um potencial de serviços diferente, dependendo da empresa que o possui; Um ativo cuja função é totalmente dissociada das operações da empresa, em sua continuidade normal deve ser avaliado por valor de venda; A riqueza de uma empresa aumenta ou diminui à medida que o mercado avalia os bens e serviços que ela possui; A riqueza de uma empresa aumenta pela agregação de valor proporcionado pelo seu processo de transformação de insumos em produtos e serviços. Dessa forma, entre os diversos conceitos de mensuração que o sistema Gecon utiliza, destacam-se: competência de periodos, reconhecimento de receitas das atividades pela a produção dos bens e serviços e não apenas no momento da venda, preços de transferências departamentais, custo de oportunidades do recursos operacionais ativados, método de custeio variavel, margem de contribuição, resultados operacionais segregados dos resultados inflacionários e dos resultados e dos resultados financeiros, resultados dos produtos e resultados dos centros de resultados, custos correntes de reposição, valores a vista, valor do dinheiro no tempo, custos e receitas controláveis, sistemas de padrões e análise de variações orçamentárias, variação total, variação de ajuste de plano, variação de volume e variação de eficiência. 2.4.5.2 Modelo de decisão Catelli (2001), diz que, o modelo de decisão tem de facilitar o entendimento da realidade, ser único para todas as atividades da empresa, propiciando aos gestores, antecipar e mensurar as alternativas de ação. 38 Peleias (2002) salienta que, o modelo de decisão, conforme Quadro 4, é composto de receitas, custos das operações e resultados proporcionados. Os valores resultantes surgem da interação entre os componentes dos volumes de operação determinados pelos planos da empresa, influenciados pelas demandas que o ambiente exerce. Preços de aquisição de insumos, condições de financiamento de operações, taxas de aplicação e captação são fatores que, dependendo de gestores eficazes, contribuem para a determinação do resultado das decisões tomadas. + receita operacional - custo variável operacional = margem operacional + receita financeira - custo financeiro = margem financeira - custo fixo = resultado econômico Quadro 4 – Modelo de decisão para o GECON Fonte: SANTOS (2005). Santos (2005) complementa a análise do modelo de decisão, conforme quadro 4, com a dimensão operacional, a dimensão econômica e a dimensão financeira. No ponto de vista operacional, conta a atuação do gestor em sua área de responsabilidade, tais como: volumes de vendas, produção, produtividade, qualidade, prazo de atendimento etc. A dimensão econômica avalia os recursos consumidos e os produtos gerados na dimensão operacional, onde, o gestor pode otimizar o resultado, com produtos de valor econômico superior ao valor econômico dos recursos consumidos. Já, na dimensão financeira, a análise envolve prazos de pagamento e recebimento, resultando em juros pela aplicação ou captação dos recursos, por meio do custo de oportunidade de uma transação ou evento, caso seja vista ou a prazo. Catelli (2007), o sistema Gecon ao modelo de decisão que orienta a lógica da geração das informações. O sistema Gecon tem como premissa que as informações devem ser geradas sob medidas para os gestores, a fim de subsidiar o processo de tomada de decisão. 39 2.4.5.3 Modelo de informação O modelo de informação, ou seja, a determinação caracteristicas da informação que a tornam um elemento indutor e facilitador das ações dos gestores para para a otimização do resultado. O sistema Gecon pressupõe a utilização de um sistema de processamento eletrônico de dados com as seguintes caracteristicas: permita que as informações sejam distribuidas aos gestores e acessadas diretamente por eles, conforme suas necessidades; permita facilidade de interação do usuario ; seja um banco de dados unificado e estruturado pelo conceito de engenharia de informações; forneça informações com oportunidades para ações gerenciais no momento da ocorrência dos eventos; e que espelhe o que realmente ocorre em nível operacional (CATELLI; 2007). 2.4.5 Modelo de avaliação de resultados e desempenhos Catelli (2001), afirma que a avaliação de resultados é a mensuração das contribuições econômicas dos produtos e serviços gerados pelas atividades ao resultado global da empresa. Quanto à avaliação de desempenho, Catelli (2001), diz que é a mensuração dos resultados gerados pelas atividades sob responsabilidade dos gestores, sendo assim, as contribuições geradas pelas áreas organizacionais ao resultado global da empresa. Segundo Santos (2005), na avaliação de desempenho e de resultado surge a definição do papel de accountability de cada gestor que é a prestação de contas pela autoridade delegada de sua área de responsabilidade. A base do processo de avaliação de desempenho no sistema GECON é o modelo orçamentário e de apuração de variações. O mesmo pode ser feito para apurar resultados das diversas áreas da empresa, tais como compras, estocagem, produção, vendas, manutenção, finanças, transporte e outras. Posteriormente, neste estudo, na análise de comparação e de resultado, será apresentado um exemplo de aplicação desse modelo. 40 Compra a prazo Material: Quantidade: Prazo: Preço unitário no prazo: Matéria-prima X 1 000 2 meses 12,10 Outras informações Preço do fornecedor à vista: Preço de mercado à vista: % de aplicação do mercado: Gecon Ativo Estoque: 8 000 Total: 8 000 9,00 8,00 10 a.m. Ortodoxo Passivo + PL Fornecedores: [-] Ajuste a V.P: 12 100 (2 100) Patrimônio líquido: Resultado: Total: 10 000 (2 000) 8 000 Resultado Margem de contribuição de compras: Margem de contribuição operacional: Receita de compras: [-] Custo de compras: Margem de contribuição finaceira Receita financeira: [-] Custo financeiro: Custos fixos da área: Contribuição da área: Ativo Passivo + PL Estoque: 12 100 Fornecedores: Total: 12 100 Patrimônio líquido: Resultado: Total: 12 100 0 12 100 Resultado (2 000) (1 000) 8 000 (9 000) (1 000) 2 100 (3 100) ( 500) (2 500) Figura 5 - Resultado da área de compras Fonte: Catelli (2007) No exemplo apresentado na figura 5, verifica-se que não é apurado nenhum resultado,ocorrendo somente um débito na conta de estoques por R$ 12.100 , cuja contrapartida é registrada na conta de fornecedores.sob a ótica da gestão econômica, o patrimônio da empresa está mensurado de forma errada por que o valor de seu ativo não é R$ 12.100 e o valor de seu passivo não é R$ 12.100. Analisando as demonstrações contábeis pelo modelo Gecon, observa-se que o verdadeiro valor do estoque é R$ 8.000 , ou seja , o valor de mercado a vista da matéria-prima. Por outro lado, o valor do passivo na data é R$ 10.000, que corresponde ao verdadeiro valor econômico do passivo, ou seja, o valor presente da divida com fornecedores de R$ 12.100 , que vence dentro de dois meses, descontada a taxa de 10% ao mês. No que diz respeito ao aspecto financeiro da compra, a área de compras perdeu mais de R$ 1.000 ,por que foi debitada pelo custo financeiro efetivo da 41 compra de R$ 3.100 (R$ 12.100 – R$ 9.000), recebendo , no entanto,uma receita financeira de R$ 2.100, que corresponde ao beneficio trazido pela a área de compras para a empresa, por comprar a prazo e não a vista, liberando os recursos para a aplicação no mercado financeiro. Como pode ser observado , o valor da receita financeira da área de compras corresponde á contrapartida do ajuste a valor presente de fornecedores. Catelli (2001) complementa o modelo anterior mencionado, destacando os elementos que o compõe: Orçamento original: é o orçamento derivado na fase de planejamento operacional. Corresponde a quantidades planejadas valorizadas a preços planejados; Orçamento corrigido: É elaborado no mês da ocorrência, ou seja, na fase de execução. Corresponde às mesmas quantidades do orçamento original corrigindo-se a preços vigentes; Orçamento ajustado: Na fase de execução, deriva do ajuste da quantificação dos planos da fase de planejamento operacional de curto prazo, correspondendo aos mesmos preços utilizados no orçamento corrigido. Realizado ao padrão: corresponde aos volumes das transações realizadas, valorizados pelos preços correntes vigentes nos orçamentos, corrigido e ajustado, considerando em termos dos insumos os índices técnicos de consumo. Efetivamente realizado: corresponde aos volumes das transações realizadas, valorizados pelos preços correntes vigentes nos orçamentos, corrigido e ajustado, considerando em termos dos insumos as quantidades reais efetivamente consumidas. Variação de preço: É calculada pela diferença entre os valores do orçamento original e do corrigido. Corresponde ao erro de estimativa dos preços orçados. Variação de ajuste de plano: Essa variação é calculada pela diferença entre os valores do orçamento ajustado e do corrigido. Espelha as diferenças entre o planejamento de curto prazo e os planejamentos de médio e longo prazo. 42 Variação de volume: É a diferença entre os valores do realizado ao padrão e o orçamento ajustado. Expressa a diferença entre o volume real de atividade e o volume planejado. Variação de eficiência: Essa variação é calculada pela diferença entre os valores efetivamente realizados e o realizado ao padrão. Expressa a variação de quantidade entre os recursos utilizados e os recursos que deveriam se consumidos de acordo com o padrão. Variação total: É calculada pela diferença entre os valores efetivamente realizados e o orçamento original. No estudo anterior sobre o Gecon percebermos como ele é importante e os benefícios que ele nos traz e na controladoria, principalmente pela consistência, confiabilidade e oportunidades das informações, que permitem maior nível na delegação de autoridade sem perda de controle. Assim compreendemos que o Gecon- Gestão econômica, promovem ,uma transparência maior e um envolvimento efetivo dos gestores , que se sentem donos de suas áreas , e uma monitoração eficaz dos processos de gestão com a consequente minimização dos riscos. Elimina “ áreas cinzentas “ da organização e envolve todas as áreas nos objetivos maiores da empresa,articulando e estimulando os gestores a buscar o melhor. Os gestores passam a ser avaliados por sua contribuição efetiva para a empresa e por parâmetros lógicos obtidos das variáveis que estão sob sua esfera de ação. 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificou-se que a controladoria para a compreensão do todo, devemos cindi-la em dois vértices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informações. Assim, a problemática que dimensiona esta pesquisa propôs verificar como o GECON pode contribuir como instrumento de gestão para a controladoria das empresas. O sistema Gecon utiliza fundamentalmente conceitos e critérios que atendam ás necessidades informativas dos diversos gestores da empresa para o seu processo de tomada de decisão especifico e que impulsionam as diversas areas a implementar ações que otimizam o resultado global da companhia. Pressupôs-se que o GECON contribui como ferramenta de gestão para a Controladoria mensurar a otimização dos resultados e aumentar a eficiência operacional das empresas. Avaliando os resultados obtidos, por meio da pesquisa bibliográfica, verificou-se que os gestores são os donos de seus negocios, devendo atingir a eficacia desejada por meio do alcance dos resultados econômicos planejados, tendo em vista que a maximização dos resultados setoriais não conduz necessariamente ao resultado global ótimo. Com base nisso, o sistema de Gestão Econômica pode ser aplicado em organizações que não tenham as metas definidas. E, principalmente naquelas em que necessitam de reestruturação devido às mudanças que estão sujeitas a cada dia, impostas naturalmente pelas leis do mercado e concorrência acirrada. O modelo de mensuração do Gecon- Gestão econômica- responde, sob essa ótica, ao desafiador problema, qual seja: a existência de um modelo de mensuração alicerçado nas “partidas dobradas“ que reporte resultados setoriais de forma lógica e precisa, direcionado aos gestores das áreas do sistema de empresa 44 e com informações úteis ao processo de gestão, conforme demonstrado na análise do modelo de mensuração da Figura 5 (Cf.p.38). Dessa forma, também se atingiu ao pressuposto da pesquisa de acordo com os teóricos referenciados no presente estudo que incentivam a adoção dessa ferramenta para atuação de um setor de contraladoria. Observando-se o alcance do objetivo geral desse estudo que é o Gecon contribui como ferramenta de gestão para a Controladoria mensurar a otimização dos resultados e aumentar a eficiência operacional das empresas , constatou-se por meio da pesquisa bibliográfica a aplicabilidade do Gecon como ferramenta de gestão e modelo de mensuração a controladoria nas empresas. Quanto aos objetivos específicos, foi realizada uma pesquisa de cunho bibliográfico sobre a controladoria e as características, princípios e mensuração do GECON, como esta ferramenta pode contribuir como instrumento de gestão para a controladoria das empresas. Dentre as limitações do presente estudo, constata-se uma pesquisa apenas de cunho teórico na qual não houve a análise da aplicabilidade do instrumento GECON para Controladoria por meio de estudo de caso e entrevistas com gestores de empresas que utilizam a gestão econômica como ferramenta de suporte ao referido setor. Por fim, recomenda-se como sugestão de trabalhos futuros uma pesquisa de campo por meio de um estudo caso para se avaliar as vantagens e desvantagens da utilização do GECON no setor de Controladoria , por meio da percepção de seus gestores. 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENEVIDES, Antônio Noberto Predosa. Controladoria nas cooperartivas Agropecuarias: proposição de um modelo de atuação. Fortaleza, monografia, Faculdade Lourenço Filho, 2010. BONACIM, Carlos Alberto Grespan ; AMBROZINI, M. A. ; VELLANI, C. L. ; BONIZIO, R. C. . Mensuração do Resultado Econômico: um estudo comparativo entre as metodologias do GECON e do EVA.. In: 6º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 2006, São Paulo. Anais do 6º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 2006. BORINELLI, Márcio Luiz. Estrutura básica de Controladoria: sistematização a luz da teoria e da práxis. 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