II ENCONTRO DE PROJETOS DE PROXIMIDADE OFICINAS DE PARTILHA Conclusões da Oficina de Animação de Voluntários Depois de apresentados os objetivos da Oficina, isto é partilhar experiências e conhecimento relativamente às atividades desenvolvidas pelos técnicos, destinada exclusivamente ao grupo de voluntários, com o objetivo de contribuir diretamente para o Bem-estar e para a motivação do voluntário e, indiretamente, para a sua fidelização, deu-se início a uma atividade de icebreaker, que teve como objetivo criar na sala um ambiente acolhedor para a aprendizagem e a partilha de experiências relativas à temática. Estando presentes na oficina tanto voluntários como técnicos responsáveis pela animação dos voluntários nas respetivas organizações, foram trazidas para a discussão dois tipos de perguntas distintas, uma dirigidas aos voluntários e outras dirigidas aos técnicos. No que diz respeito aos voluntários, quisemos saber sobre as atividades de animação de voluntários, desenvolvidas pelas organizações onde fazem voluntariado, em que se viram envolvidos e que tenham sido importantes para o seu bem-estar e para a sua motivação. Pedimos, ainda, aos voluntários que nos identificassem atividades que gostariam que as equipas técnicas desenvolvessem e onde gostariam de se ver envolvidos. Quanto aos técnicos foi-lhes solicitada partilha / identificação de atividades já desenvolvidas para os voluntários; a identificação de atividades planeadas mas não implementadas para animação do grupo de voluntários e, ainda, a importância das redes na animação do grupo de voluntários. Do contributo dos voluntários destaca-se a importância da sua participação nas atividades do projeto como contributo para o desenvolvimento, planeamento e melhoria das atividades dos próprios projetos de voluntariado. A importância e a necessidade de articulação entre técnicos e voluntários no desenho da proposta de intervenção e no desenvolvimento de atividades com as quais os voluntários se revejam e identifiquem a utilidade. A diversidade de redes de voluntariado, constituídas por voluntários, que estiveram presentes na oficina indicou a presença de redes muito sólidas e de redes muito frágeis que começam agora a ser constituídas. Os participantes evidenciaram alguns constrangimentos dos projetos que levam à dificuldade da constituição das redes de voluntários nomeadamente: • A dificuldade no recrutamento de voluntários, que não seja para atividades pontais. • Dificuldade em manter voluntários que assumam um verdadeiro “compromisso” com os projetos. • A desistência dos voluntários dos projetos por motivos pessoais ou profissionais independentemente do género, idade ou grupo. Todos consideraram extremamente importante que a organização trabalhe para a promoção e criação da rede de voluntários, através de métodos ativos e dinâmicas de grupo, considerados como ferramentas essenciais na constituição de grupos e do trabalho voluntário em equipa. Alguns projetos exemplificaram boas práticas tais como: • Organização de encontros informais – para aferição de desejos e problemas e discussão em conjunto de soluções para os problemas que se colocam ao grupo. Exemplo: o Mapa do Tesouro – encontro organizado através de dinâmica de recortes em cartolinas, com frases e imagens representativos de atividades que os voluntários queiram, desejem realizar esse ano. Os recortes ficam expostos durante esse ano (para doar a imagem de conjunto).Encontro de ¾ hora de trabalho conjunto/convívio/partilha para definição e partilha de objetivos. o Desafios do Voluntariado – encontros de voluntários para construção de soluções para problemas identificados. Por vezes são apresentadas temáticas, com a colaboração de profissionais especialistas, para trabalhar necessidades específicas de formação dos voluntários. o Conhecer para Atuar - encontros de voluntários, promotores do interconhecimento com o objetivo de os voluntários conhecerem as organizações do 3º setor, existentes na comunidade. • Comemoração de datas festivas - Dia Internacional dos Voluntários. • Sensibilização por áreas específicas – com os voluntários que trabalham ou pretendem vir a trabalhar, por exemplo, com a deficiência visual, foram promovidas um conjunto de atividades tais como: fazer um percurso às cegas, participar num lanche às cegas, participar numa sessão sobre a temática dos recursos utilizados pelas pessoas cegas e o tipo de “trabalho” que se pretende que os voluntários façam. Os participantes da mesa referiram que é importante a promoção de atividades para a constituição da rede, mas também para a fidelização dos voluntários, tendo alguns projetos indicado as suas estratégias tais como: • • • Criação de 1 passaporte - quando o voluntário se inscreve no projeto recebe um passaporte, e um carimbo nesse passaporte, sempre que faz uma nova atividade de voluntariado. Criação do Kit do Voluntário, composto por um livro infantil sobre voluntariado, 1 t-shirt e uma ficha de inscrição. Materiais utilizados para as ações de sensibilização nas escolas, por forma a fazer chegar a informação aos pais através das crianças. Apresentação da entidade promotora do projeto de voluntariado proporcionar aos voluntários o conhecimento da organização, a sua história e visão da cultura organizacional é importante para manter fidelizados os voluntários.