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CONTROLE DE AGUA REAGENTE
Anderson Alvim
Vitor Almeida
03/09/2009
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1. OBJETIVO
Estabelecer procedimentos para produção e controle da água reagente.
2. DEFINIÇÃO E CONCEITOS
Água reagente: Água com pureza suficiente para não interferir em reações químicas e testes realizados no
laboratório. Pode ser do tipo I ou tipo II, a depender da metodologia empregada.
Água tipo III: É a água potável que vem direto do encanamento. É utilizada para limpeza de vidrarias mas
não para o enxágüe final, e como água de entrada para preparo de águas com maior grau de pureza.
Água tipo II: É o tipo de água utilizada para o preparo de meios de cultura, corantes histológicos,
reconstituição de controles e calibradores, lavagem de rotores e cubetas de reação, para equipamentos
automatizados em geral, diluição de amostras, enxágües finais, reagentes a serem esterilizados e reagentes
com preservativos, etc.
Água tipo I: É o tipo de água necessária às técnicas de PCR (Polimerase Chain Reactions), reagentes sem
preservativos, ensaios imunofluorescente quantitativos, preparo de soluções padrão, etc. Na rotina do nosso
laboratório este tipo de água não é imprescindível.
3. RESPONSABILIDADES / AUTORIDADES
Atividades
Responsabilidades
Troca dos filtros
Bioquímico / Técnico
Teste de condutividade
Técnico / Bioquímico
Teste de cloro
Técnico / Bioquímico
Teste de sílica
Técnico / Bioquímico
Teste de contagem de colônias (semeadura)
Bioquímico
4. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS
4.1 – Produção de água tipo I
A água tipo III (potável) entra no sistema Medica 30 – Elga e/ou AFS 16 - Millipore onde sofrerá os processos
de osmose reversa, deionização e filtração. São feitos os testes descritos abaixo para verificação da qualidade
da água e tomadas as ações corretivas aplicáveis (descontaminacão, troca de filtros e regeneração das
colunas dos deionizadores e osmose) em caso resultados fora dos limites aceitáveis.
4.2 - Análise da água
4.2.1 - Condutividade
É determinada em função da concentração de íons na solução. O dispositivo utilizado para medir a
condutividade é o condutivímetro ou resistivímetro. Condutividade que é o oposto da resistência específica: a
condutividade é medida em µS/cm a resistência elétrica medida em ohm. Para os equipamentos citados
usaremos a resistividade como um dos itens de avaliação da qualidade da água. O resultado aceitável para
água tipo I é > 0,5 Mohm (mega ohms) medido diretamente no visor de lcd dos equipamentos. Quando este
valor está indicando < 0,5 Mohm, significa que a coluna deionizadora está saturada e deve ser substituída. A
água produzida está sendo filtrada de partículas de até 0,2 microns (que retira as bactérias), sofrendo os
processos de adsorção e osmose reversa, o que confere grau de pureza Tipo II. Esta água ainda pode ser
utilizada para a análise se os outros filtros (de partículas, carvão ativado e osmose) estiverem no prazo de
utilização e os testes de contagem de colônias, sílica e cloro estiverem dentro dos limites aceitáveis.
IMPRESÃO PARA TREINAMENTO
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4.2.2 - Contagem de colônias
O conteúdo microbiológico da água é definido como Unidade Formadora de Colônia por ml de água (UFC/mL). A
presença de grande n.ºde bactérias pode inativar reagentes, anti-soros e substratos enzimáticos, devido a
presença de antígenos e enzimas de certas bactérias. Além disso, bactérias produzem piogênios e toxinas,
contribuindo para o conteúdo de matéria orgânica e, se chegarem a formar grupos, interfere na absorbância. A
contagem de unidades formadoras de colônias deve ser feita uma vez por semana da seguinte maneira: Colher
uma amostra da água em um frasco estéril e, usando uma alça calibrada a 0,01 mL inocular a amostra em meio
agar-sange, CLED e/ou Mc Conckey. Incubar a placa a 36º ± 1º C por 24 horas e depois a 25º C ±1º C por 48
horas. Expressar o resultado em UFC / mL.
O resultado aceitável é de até 50 UFC/mL para água do tipo II e até 10 UFC/mL para água do tipo I.
4.2.3 - Sílica solúvel
Os silicatos são partículas de areia dissolvidas na água. A resistividade detecta os íons silicatos. A sílica solúvel
é medida por uma reação química com íons molibidato, formando um complexo azul. A intensidade da cor é
proporcional à concentração de sílica solúvel. Semanalmente é coletada, uma alíquota de 2,5 mL da água
purificada e realizado procedimento para o Branco com kit de fósforo zerando o espectrofotômetro com água.
Neste caso é esperada a não detecção de sílica (abs < 0,100 p/ água tipo II e < 0,050 para água tipo I).
4.2.4 - Orgânicos
Os testes para determinar material orgânico solúvel envolvem equipamentos não encontráveis na rotina de
laboratórios clínicos, por isso o sistema de purificação da água deve conter filtro de carvão ativado para que a
água fique livre de material orgânico. É preciso que se faça o teste do cloro para ter certeza de que o filtro de
carvão ativado está em atividade. As análises de cloro devem ser feitas uma vez por semana utilizando o kit de
tiras para teste de cloro e o resultado deve ser negativo, verificando assim a eficácia do filtro de carvão.
4.3 Armazenamento
O equipamento Medica 30 – Elga produz a água tipo I e armazena em recipiente próprio com filtro para eliminar o
CO2 que entra o sistema ao vazar a água, o que a mantém em nas mesmas condições para usá-la como tipo I.
O equipamento AFS 16 – Millipore armazena a água deionizada em seu reservatório. No momento do uso faz a
deionização, de modo que a água tipo I não é estocada após ser produzida. Fora do recipiente, a água tipo I
preserva esta condição por até duas horas.
4.4 MANUTENÇÃO
4.4.1 Esvaziamento do sistema: seguir as orientações do manual do usuário de cada equipamento.
4.4.2 Troca da coluna deionizadora de leito misto: seguir as orientações do manual do usuário de cada
equipamento.
4.4.3 Desinfecção: seguir as orientações do manual do usuário de cada equipamento.
4.4.5 Troca do carvão ativado e membrana de osmose reversa: seguir as orientações do manual do usuário
de cada equipamento.
4.4.5 Troca do filtro de CO2: seguir as orientações do manual do usuário do Medica 30 – Elga (o Millipore não
tem este filtro).
5. REGISTROS
5.1 Registro de controle de água reagente
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6. DADOS
Manual de operação
7. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Manual de operação e manutenção dos equipamentos Medica 30 – Elga e AFS 16 Millipore
9 ANEXOS
9.1 Registro de controle de água reagente
HISTÓRICO DE REVISÕES
Pg.
1
2
2
2
3
2
1
2
NATUREZA DA ALTERAÇÃO
DATA REVISÃO
Em descrição das etapas, atualizado
10/02/2008
os equipamentos;
Em
contagem
de
colônias,
10/02/2008
acrescentado o meio Agar-sangue;
Em estocagem, alterado o texto para
10/02/2008
adequar ao novo equipamento
Medica 30
Em manutenção, atualizado texto
10/02/2008
seguir as orientações do manual do
usuário de cada equipamento.
Em documentos de referência,
10/02/2008
incluso manual do equipamento
Medca 30
Corrigido o número de colônias de
15/08/2008
bactérias por mL e periodoicidade de
realização do teste de cloro
Retirado do item 3 as atividaddes de
03/09/2009
produção da água e limpeza dos
barriletes.
Mudança do termo “estocagem” para
03/09/2009
“armazenamento”;
retirada
a
estocagem de água Tipo II
VERSÃO
02
RESPONSÁVEL
Anderson Alvim
02
Anderson Alvim
02
Anderson Alvim
02
Anderson Alvim
02
Anderson Alvim
03
Anderson Alvim
04
Ana Cristina
04
Ana Cristina
IMPRESÃO PARA TREINAMENTO
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ANEXO 1
CONTROLE DE ÁGUA REAGENTE
CONDUTIVIDADE
DATA
LUZ ACEZA: < 1,3 µS/cm
LUZ APAGADA= TROCAR
RESINA
N°° COL
(TipoII até 50
UFC/mL)
CLORO
SÍLICA
(Tipo II :
negativo)
(Tipo II: até 0,100
abs)
OBS, TROCA DE FILTROS, ETC
ASS:
CÓPIA CONTROLADA PELO SGI
IMPRESÃO PARA TREINAMENTO
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