Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro Disciplina de Pediatria Acadêmico 5º ano: Renato Saliba Donatelli Temperatura normal: inferior à 37.3°C Febre é o aumento da temperatura corpórea Centro Termo Regulador FSSL: febre de origem obscura e com duração <2 semanas Invasão macrófagos, monócitos citocinas Centro termoregulador Febre: 20 a 30% das consultas pediátricas 20% causa obscura Importante: crianças até 3 anos Febre sem foco Bom estado clínico Bacteremia oculta Agentes: pneumococo, hemófilo, meningococo, estreptococo grupo B, E.coli Complicações: septicemia, meningite, pneumonia Critérios de Yale: Item observado/ pontuação Normal (1) Alteração moderada (3) Alteração grave (6) Qualidade do choro Forte com timbre normal ou contente e não choroso Choraminga ou soluça Fraco ou lamúria ou tom alto Reação ao estímulo dos pais Chora levemente e logo para ou contente e não choroso Chora e para de chorar Choro contínuo ou responde mal Variação do estado Se acordado ou dormindo: desperta se estimulado Acorda somente com estímulo prolongado Sonolento ou não desperta Cor Rósea Palidez ou acrocianose Pálido ou cianótico Hidratação Pele, turgor, olhos e mucosa Pele e olhos normais e boca sedca Turgor pastoso, mucosas secas e olhos encovados Resposta à estímulos sociais (fala/sorriso) Sorriso ou alerta (se , <2 meses) Sorriso curto ou levemente alerta Face ansiosa, sem expressão ou não alerta Critérios de Rochester: definir baixo risco frente a um quadro febril Critérios de Rochester para crianças de 2 a 3 meses 1. Apresentar-se em bom aspecto geral 2. Ser previamente sadia, nascida a termo, não ter recebido ATB no período perinatal s/ hospitalização prévia, s/ doença de base ou crônica e não ter permanecido no berçário por tempo > que sua mãe 3. Sem evidência de infecção 4. Valores laboratoriais normais: leucócitos entre 500015000/mm³ e bastonetes<1500/mm³; urina com contagem de<10 leuc por campo; na criança com diarréia no esfregaço de fezes a presença de <5 leuc por campo Critérios de Filadélfia: lactentes entre 1 e 2 meses; identificar os de baixo risco Critério de Filadélfia p/ definir lactentes de baixo risco Características da clientela Crianças com idade entre 29 e 56 dias, temp≥38.2°C (retal) Roteiro de avaliação I. Exame físico completo II. Aplicação do sistema de pontuação do critério de Yale III. Avaliação laboratorial e de imagem (HMG, urina I, urocultura, líquor c/ bacterioscopia e cultura, RX tórax) Definição de resultados normais 1. Criança s/ evidência clínica de dça bacteriana 2. Leucócitos <15000céls/mm³ e ídice bastonetes/neutrófilos<0.2 3. Urina I: <10 leuc/campo e ausência de bactérias 4. Líquor: <8 leuc/mm³ e ausência de bactérias 5. RX tórax: ausência de infiltrados 6. Critério de Yale: ≤10 de pontuação Critérios de Boston: indica uso de ATB e observação evolutiva Critérios de Boston para definir lactentes de baixo risco Características da clientela Crianças com idade entre 28 a 89 dias, temperatura≥38°C (retal) Roteiro de avaliação e abordagem I. Exame físico completo II. Avaliação laboratorial e de imagem (HMG, urina I, urocultura, líquor c/ bacterioscopia e cultura, RX tórax III. Antimicrobiano: ceftriaxona 50 mg/kg IM Definição de resultados normais 1. Criança com boa condição clínica, sem evidência clínica de doença bacteriana 2. Leuc <20000 céls/mm³ 3. Urina I: <10 leuc/campo 4. Líquor: <10 leuc/mm³ 5. RX tórax: ausência de infiltrados Acompanhamento a) Avaliação inicial + 1ª dose de cefrtriaxona b) 12hs após: avaliação através de telefonema c) 24hs: nova avaliação clínica + 2ª dose de ceftriaxona d) 48hs: avaliação através de telefonema e) 72hs: avaliação através de telefonema ◦ Internação ◦ HMG, VHS e/ou PCR, urina I, urocultura, hemocultura, líquor, RX tórax ◦ Se estado geral preocupante: ATBterapia empírica ◦ Se suspeita de meningite: iniciar ATBs adequados ATB empírico: ◦ Estreptococo grupo B e gram – e E. coli ◦ Ampicilina + cefotaxima ◦ cefepima ◦ HMG, hemocultura, PCR, urina I e cultura, RX tórax, LCR ◦ Lactentes de baixo risco : bom estado geral, Tax <39°C, PCR <15mg/l ou VHS<30mm/Hg, leucograma 5000-15000/mm³, LCR, RX tórax e urina I normais ◦ Alto risco: internar ◦ Baixo risco: trat ambulatorial e retorno em 24hs ◦ ◦ Ceftriaxona: 50mg/kg IM, 1 dose ◦ Amoxacilina: 60 a 80, 2 ou 3 tomadas diárias ◦ Cloranfenicol: 50mg/kg/dia, 4 tomadas ◦ Toxemiada: internação, ceftriaxona 100mg/kg/dia (2 doses, EV); exames: HMG,PCR/VHS, HMC, urina I, urocultura, LCR, RX tórax ◦ Estado geral mantido: leuc 5000-15000/mm³, urina e radiografia normais – trat ambulatorial ◦ Toxemiada: internar, trat empíricoc penicilina cristalina 100.000 a 200.000 U/kg/dia (EV) ou ampicilina 200 mg/kg/dia (EV) ◦ Estado geral mantido: orientação dos pais, evitar exames complementares que são exames inespecíficos Períodos prodrômicos de doenças infecciosas agudas: intervalo entre o início da febre e o aparecimento de sinais específcos < 24 horas Até 3 dias > 3 dias • Epiglotite • Escarlatina • Faringoamigdalite • Gastroenterocolite • Gengivoestomatite herpética • Herpangina • OMA • Meningococcemia • Rubéola • Caxumba • Encefalite viral • Infecção por coxsackie • Infecção por ECHO • Leptospirose • Meningite • Mycoplasma • Sarampo • Toxoplasmose adquirida • Varicela • Angina de PlautVincent • CMV adquirido • Exantema súbito • Febre tifóide • Hepatite viral • Salmonelose FSSL : frequente Etiologia viral ou ITU Anamnese e exame físico detalhado Exames laboratoriais se necessário Tratamento empírico deve ser retardado crianças de 2 a 3 meses mais preocupantes 1. Sato HK, Marques RM: Atualidades em Doenças InfecciosasManejo e Prevenção; 2ª edição:Atheneu,2009; São Paulo.