Incidência de Hepatite B aumentou bastante no Brasil
nos últimos anos
A Hepatite infecciosa é uma doença causada por vírus. Existem cinco tipos: A, B, C, D (delta) e
E. O vírus inflama o fígado e pode destruí-lo.
Veja como se contrai e quais os sintomas das hepatites mais frequentes.
Hepatite A - É a mais comum no país e afeta em especial crianças. Contrai-se o vírus ao se
ingerir líquidos e alimentos contaminados por fezes de indivíduos infectados. A maioria dos
portadores não apresenta sintomas,
ou tem sintomas pouco específicos, como febre e diarréia; assim, muitas vezes a doença passa
despercebida. Na criança, a hepatite A é considerada benigna, pois em geral danifica pouco o
fígado. Já no adulto pode ser mais grave. Os sintomas iniciais são febre, mal-estar e icterícia.
Portadores podem apresentar também urina escura, fezes esbranquiçadas, fadiga, náuseas e
vômitos. Parte deles pode ter a chamada hepatite fulminante, que destrói o fígado em poucos
dias, às vezes levando o doente à morte. A doença é prevenível por vacina, mas esta não é
fornecida gratuitamente pelo governo.
Hepatite B. O vírus é adquirido ao se ter contato com fluidos corpóreos do doente. Ele é
contraído sobretudo nas relações sexuais, mas também quando usuários de droga compartilham
seringas. No passado adquiria-se hepatite B no país, ainda, nas transfusões de sangue. Hoje,
com o controle mais rigoroso das transfusões, isso raramente ocorre. Mas o vírus pode ser
contraído ao se ter contato com sangue de doentes em dentistas, manicures e tatuadores que não
usam equipamento esterilizado. A mãe, enfim, pode passá-lo o filho no parto.
Felizmente, o organismo da maioria dos infectados neutraliza a ação viral e não desenvolve a
doença. Mas 10% podem se tornar portadores crônicos, com o risco de desenvolver cirrose e
câncer do fígado, às vezes fatal. É prevenível por vacina.
Hepatite C. Contrai-se o vírus ao se ter contato com fluidos corpóreos de doentes, sobretudo
sangue. A doença é freqüente em usuários de drogas injetáveis e inalatórias. Muitos dos
portadores contraíram o vírus em transfusões de sangue antes de 1989, quando foi descoberto.
Quem realizou transfusão antes desse ano deve fazer exame de sangue para detectar o vírus. A
hepatite C praticamente não produz sintomas e 15% dos infectados se curam espontaneamente.
Os restantes se tornam doentes crônicos. Não tem vacina.
O ideal, claro, é cuidar para não contrair tais vírus. Quem suspeita que possa ter a doença deve
consultar logo um médico. Boas opções na capital paulista são o Instituto de Infectologia Emílio
Ribas e o novo serviço na área criado pelo Hospital e Maternidade São Luiz - Unidade Itaim.
O diagnóstico das hepatites é feito com exame de sangue. O tratamento é diferente para cada
tipo da doença. Na hepatite A, a maioria dos casos se cura espontaneamente. Controlam-se só os
sintomas com remédios. No caso das hepatites B e C, o doente é tratado com antivirais.
Crianças que nascem de mãe portadora da hepatite B podem curar-se tomando vacina e o
remédio imunoglobulina. A transmissão do vírus da hepatite C da mãe para o recém-nascido
pode ocorrer, mas é incomum.
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