GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 1 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira 1. Sinonímia Pesquisa de Vírus Respiratórios, Triagem e Identificação de Vírus Respiratórios, MIPAS. 2. Aplicabilidade Aos bioquímicos, auxiliares técnicos e estagiários do setor de imunologia. 3. Aplicação clínica Os vírus respiratórios são responsáveis por uma série de doenças na população humana. Até os dois anos de idade, a maioria das crianças já teve contato com o vírus respiratório sincicial (RSV), principal causa das infecções sazonais do trato respiratório inferior. O vírus Influenza causa doença respiratória altamente contagiosa associada com surtos e epidemias. A infecção no adulto resulta em traqueobronquite e no desenvolvimento de rinite e/ou faringite e pneumonia. Os tipos A e B causam o mesmo espectro de doença, sendo que o A resulta mais em hospitalização e o B resulta mais em miosite e envolvimento gastrointestinal. O tipo C causa esporadicamente doença do trato respiratório superior. O vírus Parainfluenza, juntamente com o RSV, representa o patógeno mais significativo de infecção no trato respiratório superior em crianças e recém-nascidos. Os tipos 1 e 2 são a causa mais freqüente de laringotraqueobronquite (croup). O tipo 3 pode levar a croup, mas também causa pneumonia e bronqueolite. O Adenovírus está associado a um grande número de doenças (esporádicas ou surtos) incluindo infecções do trato respiratório, ocular, e gastrointestinal. São comuns em crianças e jovens causando principalmente bronquite/bronquiolite além de pneumonia. 4. Princípio do teste A Imunofluorescência Indireta é um teste para triagem de um painel com 7 tipos de vírus respiratórios em amostras nasofaríngeas (aspirados ou lavados) fixadas em lâminas de imunofluorescência as quais são incubadas com um pool de anticorpos monoclonais produzidos em rato contra adenovírus, influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3 e RSV. Após a incubação com os respectivos anticorpos monoclonais a lâmina é lavada para remoção do material não reagente e incubada com anticorpos anti-IgG de rato conjugados com isocianato de fluorsceína. A presença de vírus é detectada pela visualização da fluorescência nas células infectadas. Sempre que a triagem for positiva, repete-se o teste usando anticorpos específicos contra cada um dos vírus para a sua identificação. 5. Amostra CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 2 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira 5.1 Preparo do paciente Não necessário. 5.2 Tipo de amostra Aspirado de nasofaringe. Lavado de nasofaringe. 5.3 Colheita Realizada pela enfermagem, em tubo estéril com 5mL de tampão PBS ou salina gelados. 5.4 Preservação e transporte As amostras são estáveis por até 72 horas refrigeradas a 2-8 0C. Para o transporte observar as normas de segurança legais. 5.5 Identificação da amostra Etiqueta com código de barras gerado pelo sistema de gerenciamento de dados do LAC Armazenamento Enviar as amostras, imediatamente, para a Imunologia. Se não for possível, manter entre 28ºC por até 72 horas. 5.6 Amostras inadequadas Amostras mal identificadas e amostras entreguem fora do prazo de recebimento estipulado. 6. Reagentes e materiais Reagentes do kit Anticorpo para Adenovírus Anticorpo para Influenza A Anticorpo para Influenza B Anticorpo para Parainfluenza 1 Anticorpo para Parainfluenza 2 Anticorpo para Parainfluenza 3 Anticorpo para RSV Pool de anticorpos para triagem (reagente screen) Controle Negativo Conjugado anti IgG de rato Lâminas controle Fluido de Montagem PBS 6.1 Preparo PBS: diluir o envelope em 1 litro de água destilada. 6.2 Estabilidade Os reagentes do kit são estáveis até o vencimento. O PBS para uso é estável por 2 semanas. 6.3 Armazenamento CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 3 de 7 PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira A acetona deve ser conservada a 4ºC (2-8ºC). Todos os reagentes do kit devem ser mantidos entre 2-8ºC. 7. Equipamentos Vórtex, centrífuga, estufa 37ºC, câmara úmida, jarra de Couplin, microscópio para IFI. 8. Calibração Não se aplica. 9. Procedimento (passo a passo) Preparação da amostra Obs: A preparação deve ser feita na cabine de fluxo laminar. Ligar a lâmpada germicida por no mínimo 10 minutos. Desligar. Ligar a lâmpada fluorescente e a operação. Após o uso desligar estes botões e ligar a lâmpada germicida por no mínimo 10 minutos. a) Homogeneizar a amostra no vórtex e completar o volume até 10 ml com PBS. b) Centrifugar a 1800 rpm por 10 minutos. c) Desprezar o sobrenadante em recipiente contendo hipoclorito 0,5 %. d) Ressuspender o precipitado no vórtex e completar o volume até 10 ml com PBS. e) Repetir as etapas b, c e d de 2 a 3 vezes, ou mais se o material tiver muito muco. f) Após a última lavagem ressuspender o material precipitado com PBS (volume depende da quantidade de material obtido no precipitado) uma suspensão levemente turva e homogênea. Preparação das lâminas a) Selecionar 2 lâminas de IFI e limpar com álcool. b) Identificar com o n. º do paciente. c) Colocar as lâminas sobre um suporte rígido (papelão ou plástico). d) Pipetar 10 uL da suspensão de células em 3 círculos da 1ª lâmina (Triagem) e em 8 círculos da 2ª lâmina (Identificação) conforme esquema abaixo: O O Ø Ø O Ø Triagem Ø Ø Ø Ø O O O O Ø Identificação Ø O O O O e) Deixar secar em estufa a 37ºC por 1 hora ou com secador de cabelos na velocidade fraca por 10 a 15 minutos. O secador deve estar a uma distância de aproximadamente 50 cm das lâminas. e) Fixar em acetona gelada por 10 minutos. CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 4 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira f) Se as lâminas não forem testadas no mesmo dia, enrolá-las em papel manteiga e envolver em papel laminado ou em campo escuro. g) Congelar a –20º C quando o armazenamento for maior que 24 horas ou a 2-8º C quando for inferior. Triagem Utilizar a lâmina contendo 3 círculos da amostra. Deixar que ela atinja a temperatura ambiente. a) Colocar a lâmina na câmara úmida. b) Adicionar 10uL do reagente Screen (Pool) nos 2 primeiros círculos da lâmina e 10uL do Controle Negativo no terceiro círculo. c) Incubar na estufa a 37ºC por 30 minutos. d) Lavar a lâmina com jato leve de PBS. Mergulhar a lâmina em cuba contendo PBS por 10 minutos. Aplicar leve jato de água destilada. Bater levemente a lâmina para retirar o excesso de líquido. Secar em estufa 37ºC ou TA. e) Adicionar 10uL do conjugado nos três círculos da lâmina e repetir os passos de c e d. f) Montar a lâmina para leitura usando glicerina alcalina preparada no laboratório ou o líquido de montagem do kit. g) Fazer a leitura no microscópio. Identificação Utilizar a lâmina contendo 8 círculos da amostra. Deixar que ela atinja a temperatura ambiente. a) Colocar a lâmina na câmara úmida b) Colocar 10uL de cada anticorpo específico sobre as amostras: RSV ADN IFA IFB Ø Identificação Ø PI1 PI2 PI3 Pool c) Incubar a 37ºC por 30 minutos. d) Lavar a lâmina com jato leve de PBS. Mergulhar a lâmina em cuba contendo PBS por 10 minutos. Aplicar leve jato de água destilada. e) Bater levemente a lâmina para retirar o excesso de líquido. Secar em estufa 37ºC ou TA. f) Adicionar 10uL do conjugado sobre os 8 círculos da lâmina e repetir os passos de c e d. g) Montar a lâmina para leitura usando glicerina alcalina preparada no laboratório ou o líquido de montagem do kit. h) Fazer a leitura no microscópio. 10. Controle de qualidade 10.1 Interno CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 5 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira Lâminas Controle do kit - testar ao abrir um kit novo e quando houver discrepância entre resultados da triagem e da identificação. Testam os anticorpos monoclonais para cada vírus. Lâminas preparadas e armazenadas no setor de Imunologia. Freqüência: a cada rotina. Estabilidade: 1 ano a -20ºC. 10.2 Externo Vide Tabela PCIQ/PAEQ. 11. Resultados 11.1 Unidades Não se aplica. 11.2 Cálculos Não se aplica. 11.3 Critérios de aceitação Os controles positivo e negativo devem apresentar padrão satisfatório para liberação dos resultados do ensaio. 12. Valores de referência Se a lâmina for Negativa o resultado será reportado como “Não foram observados vírus”. 13. Valores críticos Não se aplica. 14. Especificações de desempenho Segundo informações do fabricante, quando realizada a comparação clínica da confirmação por cultura celular os seguintes resultados foram obtidos em 646 amostras do trato respiratório. Anticorpo Adeno RSV IA IB ParaI 1 ParaI 2 ParaI 3 Monoclonal Sensibilidade 97,7 100 100 100 100 100 100 Especificidade 100 100 100 100 100 100 100 Total Positivo 43 66 11 4 11 5 28 15. Fontes Potenciais de Variabilidade Degradação e/ou contaminação de reagentes e amostras. CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 6 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Aprovado por: Mara Rieck Silveira Meio de transporte para vírus não pode ser inibidor das células de cultura de tecidos, adenovírus, influenza A e B, parainfluenza 1,2 e 3 e RSV. Acetona contaminada com água pode provocar uma aparência turva do substrato nos testes de fluorescência. Muitos vírus são instáveis e sensíveis a repetidos congelamentos e descongelamentos. 16. Linearidade Não se aplica. 17. Limitações do método Um resultado negativo não exclui infecção por vírus respiratório. Os resultados devem ser cuidadosamente interpretados juntamente com avaliação do quadro clínico do paciente. Amostras contaminadas por Staphylococcus aureus podem apresentar fluorescência amareloesverdeado devido à presença de grandes quantidades de Proteína A que se ligam aos fragmentos Fc dos Anticorpos. Os anticorpos monoclonais neste kit são grupo específicos para adenovírus e RSV, portanto, não podem ser usados para diferenciar tipos. 18. Interpretação dos resultados Positivo: presença de pelo menos 3 células com fluorescência. Negativo: Ausência de células fluorescentes. RSV: fluorescência verde brilhante no citoplasma associada com sincício - com pequenas inclusões. Adenovírus, Influenza A e Influenza B: fluorescência no núcleo, citoplasma ou ambos. O padrão nuclear é uniformemente brilhante com pouca definição. O padrão citoplasmático é freqüentemente pontilhado com grandes inclusões. Parainfluenza tipos 1, 2 e 3: fluorescência no citoplasma com padrão pontilhado apresentando inclusões irregulares. 19. Biossegurança A preparação do material e lâminas deve ser feita na cabine de fluxo laminar. Obedecer às normas de segurança vigentes no laboratório e usar equipamentos de proteção individual 20. Anexos CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VÍRUS RESPIRATÓRIO ASPIRADO DE NASO-FARINGE Imunofluorescência indireta PVR Elaborado por: Rosemeri Lugoch Procedimento Operacional Padrão Data da 1ª versão: 26/02/07 Versão 2.0 Data da efetivação: 26/05/14 POP n.º: I 44 Página 7 de 7 Revisado por: Tatiana Baccin Planilhas de controle interno (Anexo 14). 21. Bibliografia Bula do teste. CÓPIA IMPRESSA NÃO CONTROLADA Aprovado por: Mara Rieck Silveira