Somos a maior cervejaria da América Latina e a maior indústria privada de bens de consumo do Brasil. Estamos presente em 14 países da América, em operações que envolvem a produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas não-alcóolicas, malte e subprodutos. Temos orgulho por quatro de nossas marcas de cerveja estarem entre as 20 mais consumidas do mundo: Skol, Brahma, Stella Artois e Antarctica. Fazemos parte da maior plataforma mundial de produção e comercialização de cerveja desde a aliança global que firmamos com a Interbrew, em 2004, para a criação da InBev. Nosso modelo de negócios é baseado na visão de que os consumidores são a razão de tudo o que fazemos e devem receber toda a nossa atenção. Construímos marcas fortes para conquistar a preferência por nossos produtos. Temos o maior portfólio de bebidas no Brasil, com marcas consagradas nos segmentos de cerveja (como Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia), refrigerantes (em que se destacam Guaraná Antarctica, PepsiCola e H2OH!), isotônicos (Gatorade), chás (Lipton) e água (Fratelli Vita). Somos também líderes de mercado na Argentina, com a Quilmes Cristal, na Bolívia (Paceña), no Paraguai (Brahma) e no Uruguai (Pilsen). Na construção de nossos resultados, damos ênfase também a outras alavancas, como crescimento de receitas, disciplina financeira, execução nos pontos-de-venda, gente e cultura. Em 2007, nosso volume de vendas chegou a 142,9 milhões de hectolitros, com receita líquida de R$ 19,6 bilhões, crescimento orgânico de 5,8% e 10,4%, respectivamente, em relação ao ano anterior, sem considerar o impacto de aquisições e vendas de ativos e conversão de moedas. Nosso EBITDA, chegou a R$ 8,7 bilhões, 16,0% acima de 2006. O valor de mercado da Companhia atingiu R$ 79 bilhões em 31 de dezembro de 2007. Índice 2 / Destaques financeiros 4 / Mensagem aos acionistas 6 / Mapa das operações 8 / Criando valor com as nossas marcas 14 / Cerveja Brasil 18 / RefrigeNanc Brasil 20 / Quinsa 22 / América Latina Hispânica excluindo Quinsa (HILA-Ex) 24 / América do Norte 28 / Nosso modelo de negócios 32 / Gente e Cultura AmBev 36 / Responsabilidade social 38 / Responsabilidade ambiental 42 / Governança corporativa 44 / Ações como Investimento 46 / Prêmios 47 / Nosso time 49 / Demonstrações financeiras Destaques Financeiros 8.667 2.816 2007 EBITDA e margem Composição da Receita Líquida (%) Cerveja Brasil 52% RefrigeNanc 11% Malte e Subprodutos América do norte HILA-ex 19% 3% Quinsa 14% 2 1% 44,1% 2007 42,3% 2006 2005 2004 37,8% 3.072 35,4% 2003 2005 2004 2003 2007 2006 2005 2004 2003 EBITDA 39,5% 4.537 1.546 1.162 1.412 8.684 6.305 7.445 2.806 2006 17.614 19.648 Lucro Líquido (R$milhões) 12.007 15.959 Receita Líquida (R$ milhões) MARGEM PRINCIPAIS INDICADORES Valores expressos em milhões de reais 2003 2004 2005 2006 2007 (exceto quando indicado) Variação (%) 07/06 (**) Demonstração de Resultados Receita Líquida 8.684 12.007 15.959 17.614 19.648 10,4% Lucro Bruto 4.640 7.226 10.216 11.665 13.102 11,4% Despesas Gerais e Administrativas 2.334 3.611 5.174 5.409 5.859 3,3% EBIT 2.306 3.615 5.043 6.256 7.243 18,5% Lucro Líquido 1.412 1.162 1.546 2.806 2.816 0,4% 14.830 33.017 33.493 35.561 35.476 (0,2%) 2.534 1.505 1.096 1.539 2.308 50,0% Balanço Patrimonial Ativo Total Caixa e Equivalentes Dívida Total 5.980 7.811 7.204 9.567 9.852 3,0% Patrimônio Líquido 4.363 16.995 19.867 19.268 17.420 (9,6%) Fluxo de Caixa e Rentabilidade EBITDA 3.072 4.537 6.305 7.445 8.667 16,0% 35,4% 37,8% 39,5% 42,3% 44,1% 2,1 p.p. 862 1.274 1.370 1.425 1.631 14,5% 32,4% 6,8% 7,8% 14,6% 16,2% 1,6 p.p. Valor Patrimonial (*) 9,59 25,93 30,40 30,24 28,30 (6,4%) Lucro por Ação (*) 3,10 1,77 2,37 4,40 4,57 4,1% Dividendos (ON) – R$/ação 2,09 1,93 1,90 2,80 3,00 7,1% Margem EBITDA Investimentos de Capital Retorno sobre o Patrimônio Dados por Ação (R$/ mil ações) Dividendos (PN) – R$/ação 2,30 2,13 2,09 3,08 3,30 7,1% Payout Dividendos 71% 114% 84% 66% 68% 2,0 p.p. 26.392 40.424 53.646 64.109 79.071 23,3% 3.447 6.305 6.107 7.802 7.369 (5,5%) Capitalização Capitalização de Mercado Dívida Líquida Participações Minoritárias 196 213 123 223 187 (16,1%) Ações em Circulação (milhões) (*) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 (3,4%) ADRs Equivalentes (milhões) (*) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 (3,4%) (*) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005 e, em 2006 e 2007, pelo grupamento de ações (na proporção de 100 existentes para 1 nova ação). (**) As variações das contas de resultado estão sendo apresentadas sempre em bases orgânicas, isto é, excluindo os impactos de aquisições ou vendas de ativos e o impacto de conversão de moedas no processo de consolidação. Relatório Anual 2007 3 Mensagem aos acionistas A atenção que damos ao nosso relacionamento com os consumidores permitiu mais uma vez, em 2007, mantermos e ampliarmos nossa liderança de mercado nos países em que operamos. A cada ano aperfeiçoamos nossas estratégias de construção de marcas, entregando ao consumidor produtos alinhados aos seus valores e às suas expectativas, em um processo permanente de inovação que nos diferencia e agrega valor às nossas marcas e aos nossos resultados. Esse comportamento é apoiado também por importantes alavancas estratégicas: gente e cultura, disciplina financeira e eficiência na execução e no gerenciamento de custos. Além dos investimentos em nossas marcas, iniciativas de crescimento orgânico e aquisições estratégicas permitiram apresentarmos mais um resultado recorde. O volume de vendas consolidado cresceu 5,8%, para 142,9 milhões de hectolitros, e a receita líquida atingiu R$ 19,6 milhões, ou 10,4% acima do ano anterior. O EBITDA cresceu 16,0%, para R$ 8,7 bilhões, com margem de 44,1% – a maior registrada mundialmente na indústria de bebidas. O lucro líquido, de R$ 2,8 bilhões, ficou em linha com o resultado 2006, refletindo o aumento de amortização de ágio e perdas com conversão de moeda em investimentos que realizamos fora do Brasil. Durante 2007, adquirimos duas empresas: a Cintra, no Brasil, e a Lakeport, no Canadá, o que ajudou a ampliar nosso mercado, especialmente na região de Ontário. No início de 2008, concluímos ainda a aquisição dos minoritários de Quinsa, e passamos a deter 99,56% do capital votante da empresa. No ano, investimos R$ 1.630,9 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada em 2008. Crescemos em todas as operações, lideradas pelo Brasil, com contribuição de 69,4% do EBITDA e crescimento de 16,8% na geração de caixa. Os volumes aumentaram de forma consistente: 5,5% em cervejas e 10,6% em refrigerantes. Quinsa registrou um EBITDA 22,3% acima do ano anterior, mesmo com o impacto negativo da inflação nos custos, de maiores salários e da crise energética. O desempenho reflete crescimento sólido de volume, de 9,7% no ano. HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$ 20,1 milhões, o que representa melhora de R$ 41,8 milhões com relação ao ano anterior. Esse avanço se deve especialmente ao reposicionamento de nossas marcas, para enfrentar melhor as condições do mercado local. Na América do Norte, a evolução do EBITDA foi de 6,4%, fruto principalmente das melhorias de eficiência no processo produtivo e adoção de diversas iniciativas buscando a redução dos nossos custos. Em ambiente marcado por forte competição de preços, a aquisição da Lakeport fortaleceu nosso posicionamento para competir no mercado local. 4 Mantemos a nossa estratégia de distribuir o excesso de caixa gerado pelas nossas operações, reflexo do foco no gerenciamento do caixa e do capital empregado. No ano, devolvemos aos acionistas R$ 3,1 bilhões em recompra de ações e R$ 2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (representando 70,9% do lucro líquido). O payout total somou R$ 5,1 bilhões, 42% acima do montante distribuído em 2006. Os resultados de 2007 são, acima de tudo, resultado do trabalho da nossa gente, que é movida por uma permanente insatisfação, pela paixão por aquilo que fazemos e por sonharmos grande, perseguindo sempre a superação no desempenho. Por trás dos números, temos uma equipe fantástica, que trabalha duro para que aconteça esse sonho que pode parecer impossível. Nossa gente é determinada, atua com foco e sabe o quê e como executar. Cresce com metas desafiadoras e nunca desiste. Mesmo quando as tendências são desfavoráveis ou o mercado está se movendo contra nós, a nossa gente tem a capacidade de se superar. Esse é o nosso jeito de ser e representa a nossa maior força. Carlos Brito Co-presidente do Conselho de Administração Victorio Carlos De Marchi Co-presidente do Conselho de Administração Relatório Anual 2007 5 Mapa das operações América do Norte – representa as operações da canadense Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”) Receita Líquida (R$ mm): 3.826 EBITDA (R$ mm): 1.538 Margem EBITDA (%): CANADÁ 40,2% Mercado de cerveja (mm HL): 22,88 Consumo per capita (litros): 69,7 Total vendido de cerveja (mm HL) - Doméstico: 9,7 Total vendido de cerveja (mm HL) - Exportação: 1,8 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 14,9 GUATEMALA EL SALVADOR REPUBLICA DOMINICANA VENEZUELA NICARAGUA EQUADOR PERU Brasil – compreende (i) Cerveja Brasil, (ii) Refrigerantes e Nanc (Não-Alcóolicos e Não-Carbonatados) e (iii) vendas de Malte e Subprodutos Receita Líquida (R$ mm): BOLÍVIA 12.455 EBITDA (R$ mm): 6.014 Margem EBITDA: 48,3% Mercado de cerveja (mm HL): 56,0 Total vendido de cerveja (mm HL): 70,1 Total vendido de refrigerantes (mm HL): 24,5 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 118,1 6 PARAGUAI 103,8 Consumo per capita (litros): Capacidade instalada de refrig. (mm HL): BRASIL 66,5 URUGUAI CHILE ARGENTINA America Latina Hispânica – compreende a participação da AmBev em (i) Quilmes Industrial, Quinsa, S.A. (“Quinsa”), e (ii) Operações na América Latina Hispânica, excluindo Quinsa (HILA-Ex) (i) QUINSA Receita Líquida (R$ mm): 2,687 Bolívia EBITDA (R$ mm): 1,135 Mercado de cerveja (mm HL): Margem EBITDA (%): 42,3% Mercado cerveja (mm HL) 27.8 Total vendido de cerveja (mm HL): 18,3 Total vendido de refrigerantes (mm HL): 12,2 3,2 Consumo per capita (litros): 32,4 Capacidade instalada de cerveja (m HL): Paraguai Mercado de cerveja (mm HL): Argentina 2,3 Consumo per capita (litros): 37,1 Mercado de cerveja (mm HL): 15,9 Consumo per capita (litros): 41,4 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 15,7 Chile Capacidade instalada de refrig.(mm HL): 18,8 Mercado de cerveja (mm HL): Capacidade instalada de cerveja (mm HL): Mercado de cerveja (mm HL): Consumo per capita (litros): (ii) HILA-Ex Capacidade instalada de cerveja (m HL): 1,3 0,7 Peru El Salvador Mercado de cerveja (mm HL): Consumo per capita (litros): EBITDA (R$ mm): (20) Capacidade instalada (mm HL): Margem EBITDA (%): -3% Mercado de cerveja (mm HL): 45,6 0,8 13,0 - 3,0 Mercado de cerveja (mm HL): Total vendido de refrigerantes (mm HL): 3,2 Consumo per capita (litros): Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,3 18,0 1,4 Equador Consumo per capita (litros): Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 2,7 28,0 1,0 Mercado de cerveja (mm HL): 10,4 Consumo per capita (litros): 38,0 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0 Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 4,9 Guatemala Total vendido de cerveja (mm HL): Mercado de cerveja (mm HL): 1,1 24,3 Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 681 33,7 0,8 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): Receita Líquida (mm HL): 3,2 5,6 Consumo per capita (litros): Uruguai 4,1 Nicarágua Mercado de cerveja (mm HL): Consumo per capita (litros): Capacidade instalada (m HL): República Dominicana Mercado de cerveja (mm HL): 3,6 Consumo per capita (litros): 36,3 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0 Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 3,2 0,8 13,0 - Venezuela Mercado de cerveja (mm HL): 26,0 Consumo per capita (litros): 93,0 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 2,8 Fonte: AmBev Relatório Anual 2007 7 Criando valor com as nossas marcas Aliamos tradição e modernidade no portfólio de pessoas, conhecer seus valores, suas prioridades, produtos, em uma estratégia clara e direcionada suas ocasiões de consumo e assim, em conjunto de criação de valor e inserção de nossas marcas com outras áreas da Companhia, desenvolver na vida do consumidor. Para nós, o consumidor produtos que atendam às expectativas dos públicos é o chefe, é a razão do nosso negócio, e precisamos que queremos atingir. Mais do que isso, sabemos entendê-lo, estar próximos e construir uma relação da importância de identificar aspirações, antecipar duradoura de longo prazo. tendências e apontar novos rumos. Sem perder características e valores centenários que acompanham algumas de nossas principais Valores marcas – como as cervejas Bohemia, Antarctica, Brahma, Original e Quilmes –, atuamos de forma Em uma sociedade cada vez mais informatizada a garantir o crescimento contínuo dos negócios. e globalizada, procuramos identificar os valores Esse trabalho envolve um estruturado sistema que movem os consumidores, sem deixar de lado de inteligência de mercado e o uso de técnicas as influências de características regionais e faixas de marketing e comunicação que permitem etárias. Nosso dia-a-dia envolve uma série de a nossas marcas tornarem-se referências – pesquisas sobre modos de vida, hábitos de consumo, até mesmo ícones – e avançarem na preferência aspirações e valores em todas as nossas regiões dos consumidores. de atuação. Só no Brasil, são mais de 2,5 mil pessoas entrevistadas mensalmente. Essas informações, Essas ações abrangem não apenas novos aliadas à troca de experiências nos diferentes produtos, sabores, extensões de linhas, embalagens, países, servem de base para aperfeiçoar nossos campanhas e promoções. Nossas pesquisas produtos e desenvolver as marcas que nos de mercado vão além de identificar hábitos de colocam entre as principais indústrias de bebidas consumo, expectativas de consumidores e novas do mundo. oportunidades de crescimento de volumes. Buscamos que nossas marcas espelhem esses Cumprimos o papel de líder no mercado de vários valores, traduzidos em atributos identificados países, comprometidos com a constante busca pelos diferentes consumidores. Elas enfatizam pela inovação, sintonizados com a realidade conceitos como juventude, leveza e irreverência e as complexidades do mundo moderno. Nossa (Skol), amizade, progresso e celebração (Brahma), política de marketing tem como missão entender degustação e conhecimento cervejeiro (Bohemia), as necessidades do consumidor e as diferentes qualidade (Antarctica), busca da perfeição (Stella realidades nas quais ele está inserido. Buscamos Artois), garra e amizade (Quilmes), entre outras. conhecer as experiências para entrar na vida das 8 Inovação Esses conceitos das marcas inspiram todas as nossas inovações. Por meio delas buscamos surpreender sempre nossos consumidores, seja em nossa comunicação – na TV, em novas mídias ou no ponto-de-venda –, seja em novos produtos, com líquidos ou em embalagem inovadoras. Um exemplo de empenho para entender e satisfazer cada vez mais o consumidor foi o lançamento da cerveja Brahma Fresh exclusivamente para estados da Região Nordeste do Brasil. É uma cerveja pilsen refrescante, mais suave e de cor mais clara e brilhante do que a Brahma tradicional, desenvolvida para atender ao gosto regional. Além disso, tornamos a Bohemia Confraria, cerveja tipo abadia, um produto de linha; criamos novos sabores da H2OH! e de Gatorade; inovamos com o Guaraná Antarctica Ice; e introduzimos Quilmes Bock e Sout, na Argentina, e Alexander Keith’s Red Amber Ale, no Canadá. A inovação inerente à nossa atuação também pode ser percebida: (i) nas nossas embalagens, como no pacote com 18 latas de cerveja Skol, lançado em 2007, ou no lançamento da Bohemia Escura em garrafa long neck (355 ml) e também em lata (350 ml), sempre buscando melhor atender aos desejos dos nossos consumidores; (ii) nas mídias e tecnologias utilizadas na comunicação, como, por exemplo, a ação do Mistério do Código Redondo, com uma estratégia de mídia diferenciada, com intervenções na programação, que convidou os consumidores de Skol a participarem do desenrolar da campanha, ou a promoção do Dia do Amigo da Quilmes, que motivou a postagem de mais de 1,5 milhão de vídeos pela Internet, feitos pelos consumidores em interação com os amigos; (iii) nos diversos eventos proprietários das nossas marcas, como, por exemplo, o Skol Beats, o Quilmes Rock e o Boteco Bohemia, que estão a cada ano mais presentes na vida de nossos consumidores, trazendo novas experiências; (iv) no desenvolvimento de novas ocasiões de consumo, como demonstra o sucesso crescente dos nossos quiosques do chopp e chopp express; e (v) nas ações de trading nos pontos-de-venda, a exemplo da Real Academia do Chopp, que treinou durante 2007 mais de 2 mil bares e restaurantes em todo o Brasil. 10 Nossas Principais Marcas Cervejas Refrigerantes Skol – Líder do mercado brasileiro, tem a inovação Caracu – Cerveja preta, do tipo stout, com sabor Guaraná Antarctica – Segundo refrigerante mais como um de seus principais atributos. Foi a primeira encorpado. É produzida desde 1899. Como não vendido no Brasil, tem um sabor único do fruto cerveja em lata do País, introduziu o conceito long é filtrada, é mais nutritiva, contém levedura do guaraná cultivado na Amazônia. neck e novidades no mercado brasileiro, como a Skol e proteínas. Geladona (embalagem que conserva o líquido Pepsi-Cola – Somos o segundo maior engarrafador gelado por mais tempo) e embalagem com rótulo Quilmes – Cerveja mais vendida na Argentina. da PepsiCo no mundo, com produção e distribuição termosensível. É produzida em mais de 15 versões, com destaque em vários países da América do Sul e Central, em para a Quilmes Cristal. Lançada em 1888, em 2007 uma linha que inclui a tradicional Pepsi-Cola, ganhou versões stout e bock. a Pepsi-Twist, de sabor cola com limão, a Pepsi X, Brahma – Marca que é sinônimo de reunião de primeiro refrigerante energético do mundo, amigos e de diversão, é produzida desde 1888. Além do Brasil, está presente também no Paraguai, Pilsen e Patrícia – Referências de cerveja no mercado como a principal marca, e em mais de 30 países uruguaio, são encorpadas, fortes e de sabor das Américas e da Europa. Em 2007 ganhou uma levemente amargo. versão especial para a Região Nordeste, a Brahma Fresh, mais clara e leve que a tradicional. H2OH! – Bebida levemente gaseificada e sem açúcar. Foi desenvolvida em parceria com a PepsiCo, Brahva – Comercializada nos países da América inicialmente no sabor limão. Em 2007 passou Central, mantém as mesmas características de sabor, a ser produzida também no sabor tangerina Antarctica – Clássica cerveja pilsen, fabricada brilho, transparência e pureza da Brahma. Em 2007 desde 1885, combina tradição e qualidade. ganhou a versão Extra. Consolidou sua posição no mercado brasileiro com a campanha e o Bar da Boa. e a Pepsi Max, com máximo sabor e sem açúcar. Ainda produzimos a Sukita, de sabor laranja, a Soda Limonada e a Tônica Antarctica. Labatt Blue – Cerveja canadense mais vendida no mundo. Lançada em 1951 com Labatt Pilsener, Bohemia – Primeira cerveja do Brasil, produzida foi batizada como Blue pelos fãs do time de futebol desde 1853, é líder no segmento premium. Além Winnipeg Blue Bombers. do tipo pilsen, tem outras versões de trigo Isotônicos Gatorade – Bebida isotônica esportiva mais (Bohemia Weiss) e dos tipos schwarzbier (Bohemia Kokanee – Marca com forte presença na Columbia vendida do mundo, também é resultado da aliança Escura) e abadia (Bohemia Confraria). Britânica (Canadá), é produzida na região das com a PepsiCo. montanhas Kootenays. Tem sabor suave, limpo Original – Bebida premium, de sabor marcante, e com ligeiro gosto de lúpulo. Chás destinada a quem sabe apreciar e valorizar uma cerveja tradicional e de qualidade superior. Criada Alexander Keith’s – A mais popular cerveja em 1906, conserva até hoje sua fórmula e o rótulo da Nova Escócia (Canadá), com singular sabor Lipton Iced Tea – Líder mundial do segmento em papel monolúcido originais. de malte e de lúpulo ligeiramente floral e adocicado. de chás prontos para beber, é produzido sob Em 2007, ganhou uma extensão de linha, com franquia no Brasil. Serramalte – Cerveja encorpada, com maior o lançamento da Red Amber Ale. adição de malte em sua composição e processo de fabricação mais longo. É produzida desde Lakeport – Marca canadense agregada ao nosso 1953. portfólio em 2007. É apresentada em várias versões, como pilsen, lager, ale, ice e red. Fratelli Vita – A leveza é uma de suas principais características, devido ao baixo teor de sais dissolvidos. Polar – Cerveja de aroma, sabor e amargor suaves, com distribuição concentrada no Sul do Brasil. Água Stella Artois – Marca internacional da InBev, cerveja superpremium, lançada na Bélgica em 1366, Liber e Kronenbier – Não-alcóolicas, ampliam tem sabor balanceado e marcante. É fabricada as ocasiões de consumo. A Liber é produzida com também no Brasil e na Argentina, com ingredientes tecnologia inédita na América Latina, que inclui de primeiríssima qualidade, amparada em conceitos o uso de equipamentos especiais para a retirada como valor inestimável e busca da perfeição. total do álcool da bebida. Relatório Anual 2007 13 Cerveja Brasil Mainstream O cenário macroeconômico positivo, com crescimento da renda disponível dos consumidores, ajudou a impulsionar os volumes de cerveja no Brasil. O crescimento foi de 5,5% no ano, com 70,1 milhões de hectolitros, e a participação de mercado atingiu 68,6%, de acordo com dados da Nielsen. A receita líquida totalizou R$ 10,2 bilhões, evolução de 11,7%. O EBITDA somou R$ 5,2 bilhões, incremento de 15,4%. Nossa política de hedge continua sendo importante para mantermos os custos sob controle e nos proteger contra a pressão no preço das commodities. Além disso, um plano comercial bem-administrado nos permitiu otimizar investimentos e maximizar a rentabilidade. Adquirimos durante o ano as instalações da cervejaria Cintra, com o principal objetivo de expandir nossa capacidade de produção e assim endereçar a demanda crescente nos mercados de cerveja e refrigerantes. A operação não incluiu a marca nem os ativos de distribuição da empresa. Nosso crescimento é fruto, especialmente, do nosso trabalho direcionado ao consumidor e de construção de marcas. A esse conceito se alinha o lançamento da cerveja Brahma Fresh, desenvolvida especialmente para a Região Nordeste, com uma bebida mais clara e leve do que a original. A Brahma, por sua vez, conquistou o público em 2007 com a campanha nacional que transforma a quarta-feira em “Zeca-feira”. Estrelada pelo músico Zeca Pagodinho, reforça a identificação do brasileiro com o futebol e a importância de encontrar os amigos durante a semana. Outra campanha bem-sucedida do ano foi a “Código Redondo” da Skol. Em meio a um clima de mistério, suspense e bom humor, o público foi convidado a tentar descobrir qual é o segredo da qualidade da cerveja, reconhecida como inovadora, irreverente e de espírito jovem. Para a marca, desenvolvemos um pacote com 18 latas e em janeiro de 2008, lançamos no mercado carioca a lata termo-sensível Skol, a primeira comercializada no Brasil que avisa quando a cerveja está em boa temperatura para o consumo. 14 6bZhbVZmXZacX^V YZhYZ&-*(# 7d]Zb^V# 6eg^bZ^gVXZgkZ_V DM9 É DDB Yd7gVh^a# 6egZX^ZXdbbdYZgVd# Premium Em nossas operações no Brasil, estamos ampliando a participação de cervejas premium e superpremium. Em 2007, por exemplo, transformamos a Bohemia Confraria, anteriormente disponível apenas por curto período de tempo, em um produto de linha. Também lançamos a Bohemia Escura em garrafa long neck (355 ml) e em lata (350 ml). E com a Stella Artois destacamos o valor inestimável e a sofisticação da marca. 16 Importadas Ainda criamos oportunidades de degustação para o consumidor. No ano, inauguramos uma Central de Importação, responsável por trazer para o País diferentes cervejas do mundo, a exemplo das alemãs Spaten, Löwenbräu, Franziskaner Weissbier e Beck’s; das belgas Leffe, Hoegaarden e Belle-Vue; da argentina Quilmes e das uruguaias Norteña, Patrícia e Pilsen. Relatório Anual 2007 17 Refrigerantes e Nanc Brasil Atingimos no final do ano a maior participação histórica no mercado brasileiro de refrigerantes, com 17,5%, de acordo com dados da Nielsen, 0,4 ponto percentual acima de dezembro de 2006. Os volumes cresceram 10,6%, totalizando 24,5 milhões de hectolitros. A receita líquida cresceu 16,6%, para R$ 2,1 bilhões, e o EBITDA atingiu R$ 782,6 milhões, uma evolução de 28,8%,alinhado a uma margem de 37,1%. Esse desempenho é explicado pelo forte crescimento e desenvolvimento da indústria e pelo ganho de participação de mercado, impulsionado por inovações que fizemos durante o ano. Reflete ainda a redução do custo por hectolitro produzido, efeito dos ganhos obtidos com hedge de matéria-prima (açúcar) e da valorização do real em relação ao dólar. Mais novidades foram introduzidas nas linhas Em um mercado que cresce apoiado principalmente na inovação, as marcas fortes são o grande pilar de chá Lipton, que foram acrescidas do sabor chá de sustentabilidade do nosso negócio, em um portfólio que combina refrigerantes e bebidas verde, e do isotônico Gatorade, que ganhou não-carbonatadas para diferentes situações de consumo. o sabor Açaí-Guaraná, homenageando os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, e a versão O grande destaque de 2007 foi o desempenho H2OH!, levemente gaseificada com toque de frutas e zero Red como extensão de linha Cool, para amantes açúcar, lançada em 2006 na versão limão apenas em algumas regiões. Além de ampliar a distribuição para de esportes radicais. todo o País, introduzimos o sabor tangerina. A H2OH! é um sucesso de mercado, com crescimento de dez pontos em participação, por incorporar o conceito de saudabilidade e a vocação de produto natural, Outras inovações foram introduzidas em embalagens. associado ao bem-estar. As versões de 1,5 e 2,5 litros passaram a ser distribuídas em todo Brasil. Lançamos ainda Outro grande sucesso em 2007 foi o lançamento do Guaraná Antarctica Ice, calcado em um dos principais uma garrafa PET de 3,3 litros. É a maior do atributos do refrigerante que é líder absoluto nesse segmento de sabor: a refrescância de um produto mercado e foi desenvolvida sob medida para genuinamente brasileiro com seu sabor único e autêntico. Inicialmente concebido como um lançamento grandes famílias ou para ocasiões de muito in-out, mantido no mercado por tempo limitado e apenas no verão, passou a integrar a linha e foi apoiado movimento. por campanha jovem e irreverente, que explora a expressão gela-goela. E em parceria com a Kibon, criamos o Picolé Guaraná Antarctica, também uma bem-sucedida extensão de linha. Também intensificamos ações em supermercados de vizinhança, estreitando programas de relacionamento com esse canal. As ações envolvem investimento em infra-estrutura e treinamento, buscando desenvolver de forma mais integrada a categoria refrigerante e ampliar espaços nas gôndolas. Relatório Anual 2007 19 Quinsa Nosso terceiro maior mercado compreende as operações na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia e no Chile. A região da Quinsa cresceu em 2007 impulsionada por ganhos de participação de mercado e bom desempenho das marcas premium. O volume total expandiu-se 6,8% para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc. A receita líquida atingiu R$ 2,7 bilhões, apresentando crescimento maior que os volumes (21,5%), reflexo do aumento de preços aplicados ao longo do ano e também do mix mais nobre de produtos. O desempenho recorde foi obtido mesmo com a venda de três marcas de cerveja na Argentina, em dezembro de 2006, como parte do compromisso assumido pela AmBev no processo de aquisição da Quinsa. Nosso desempenho na região é amparado especialmente pela marca Quilmes, que isoladamente detém cerca de 50% do mercado argentino. Consideramos esse desempenho excepcional, refletindo todo o trabalho que envolve essa marca centenária, identificada com valores de sociabilidade, jovialidade, humor e garra, direcionada a diferentes perfis sociais e etários dos consumidores. No ano, expandimos a linha com cervejas escuras, nas versões stout e bock, posicionadas no segmento premium, com o objetivo de acompanhar a evolução de nossos consumidores e estar presente em diferentes ocasiões de consumo. O total do crescimento da cerveja premium no 2007 chegou a 62% (sendo que o crescimento das cervejas escuras foi de 85%, e da Stella Artois foi 77% em comparação com o 2006). A plataforma de Quilmes assegura seu posicionamento em várias frentes. No ano, promovemos o Quilmes Rock, um dos maiores festivais de rock da América Latina, que reuniu 200 mil pessoas, em uma linha de comunicação direcionada ao consumidor jovem, apreciador desse ritmo. Simultaneamente, patrocinamos o campeonato e a seleção nacional de rúgbi, além da seleção argentina de futebol, como indicativo da capacidade de Quilmes estar presente na vida de todos os argentinos. Outro destaque do ano foi o comportamento da premium Stella Artois, que alcançou na Argentina o quinto maior volume de vendas do mundo dessa marca. No mesmo segmento lançamos a Patagônia, uma cerveja red de produção limitada e distribuição seletiva, que leva em sua composição lúpulo dessa região do extremo sul do país. E no isotônico Gatorade inovamos com a linha Propel Fitness Water, sem adição de açúcar. A identificação dos consumidores com nossas marcas também acontece na Bolívia, com a Paceña, uma referência nacional; no Uruguai, com Pilsen, e no Paraguai, com Brahma – que detém a maior participação de mercado da marca no mundo. 20 HILA-Ex A HILA-Ex (América Latina Hispânica excluindo Quinsa) abrange Venezuela, Peru, Equador, Guatemala, República Dominicana, Nicarágua e El Salvador. Em 2007, o ambiente de grande competitividade e a retração na Venezuela, com amplo crescimento do mercado informal influenciaram o desempenho de vendas da divisão, em que registramos recuo de 4,6% em cervejas e 12,6% em refrigerantes. A partir do terceiro trimestre foram observados avanços significativos nas operações na República Dominicana e na América Central, além de recuperação de participação de mercado no Peru. Os volumes da unidade de RefrigeNanc reduziram-se principalmente devido ao reposicionamento de marcas em alguns mercados. Esse impacto foi em parte compensado por economias de custo, devido a uma mudança favorável no mix de embalagem. No planejamento para 2008, continuamos a buscar o melhor posicionamento e opções de embalagem para as nossas marcas na região. Em cerveja, nossa marca Brahma manteve participação relevante nos mercados do Peru, do Equador e da República Dominicana, posicionada com forte apelo popular, como produto democrático. Inovamos nesses mercados introduzindo nos pontos-de-venda equipamentos de refrigeração (coolers) e materiais diferenciados, além de lançarmos embalagens com schrink e selo da marca. Também passamos a oferecer a Brahma Light, a Budweiser e a Budweiser Light na República Dominicana. Na Guatemala, onde atuamos com a marca Brahva, lançamos a versão Extra. Campanhas marcantes, destacando o caráter inovador e a inteligência da escolha, tornaram-se assunto em conversas de mesa de bar nesses países. Aumentamos também a cobertura de pontos-de-venda, nos preparando para um crescimento que já foi perceptível na República Dominicana, pode exemplo, onde avançamos dez pontos de participação de mercado. A melhora no EBITDA, que passou de R$ 63,9 milhões negativos para R$ 20,1 milhões negativos, reflete a disciplina financeira e economias em gastos administrativos, resultantes de reestruturação operacional. Começamos a atuar na região em 2003 – exceto na Venezuela, onde as operações foram iniciadas em 1994. Continuamos construindo nossos negócios na região. Os volumes de cerveja estão crescendo, estamos reduzindo custos fixos e chegando próximos a EBITDA e fluxo de caixa equilibrados. Para atingir nossos objetivos de longo prazo, continuaremos a consolidar nossas alavancas de crescimento, com construção de marcas, gerenciamento de receitas e custos e disciplina financeira. Relatório Anual 2007 23 América do Norte Nossas operações no Canadá representam o segundo maior mercado da AmBev. Esse é um mercado maduro, com o permanente desafio de crescimento em market share. Em 2007, apesar do bom desempenho da economia – especialmente no Oeste, em decorrência dos altos preços do petróleo –, as vendas de cervejas apresentaram evolução tímida, em um ambiente de acirrada competição. Nossas vendas, sob esse aspecto, foram muito boas, com volume reportado 5% mais elevado do que ano anterior. O desempenho reflete dois motivos: o leve crescimento do mercado e o avanço de nossas três principais marcas no Canadá: Budweiser, Stela Artois e Alexander Keith’s. O volume sofreu uma redução orgânica de 0,8% em relação a 2006. O EBITDA totalizou R$ 1,5 bilhão, 6,4% acima de 2006, com margem de 40,2% (38,6% no ano anterior). O desempenho reflete especialmente a introdução de nossa cultura de gerenciamento de despesas e disciplina na gestão de custos. Além disso, a Lakeport foi plenamente integrada à Labatt durante o ano. Nessa aquisição investimos CAD$ 208,5 milhões, agregando linhas de produtos e marcas que têm destacada presença no segmento de valor na região de Ontário (Grandes Lagos). 24 O ano foi marcado por várias iniciativas de marketing e inovações. Duas ações bem-sucedidas envolveram a própria Lakeport: uma embalagem sazonal de 28 garrafas para a Lakeport Pilsener, Honey Lager e Ligh, possibilitando o incremento de 1,8 ponto percentual na participação de mercado; e o lançamento da Lakeport Red, uma cerveja mais encorpada. Na mesma linha, introduzimos a Alexander Keith’s Red Amber Ale, que superou em 73% o volume de vendas em Ontário e 71% em Alberta, em relação ao planejamento inicial. As ações com Kokanee envolveram o reforço da marca, destacando-se o lançamento da Kokanee Kube, uma mochila térmica que associa a bebida ao frio canadense e à sensação de refrescância, tornando-se o acompanhamento perfeito para atividades ao ar livre. Com Stella Artois promovemos a experimentação da marca, mostrando o ritual de nove passos para servir um copo da cerveja com perfeição e conquistando os consumidores com essa iniciativa. Fizemos ainda várias promoções com Labatt Blue, a exemplo de patrocínio a eventos durante todo o verão, lançamento de uma embalagem com 18 unidades e uma campanha intitulada “A coisa boa” (The Good Stuff) tendo como foco a ligação com consumidores fiéis e o varejo. Dessa forma, buscamos reforçar o posicionamento de cerveja sob medida para comemorar diariamente as tradições. E com Bud Light, que fabricamos no Canadá sob licença da Anheuser-Bush, aumentamos nossa ligação com os consumidores por meio de patrocínio ao esporte, a exemplo da Liga Nacional de Hóquei. A marca tem crescido a uma taxa média de 42% nos últimos três anos. Relatório Anual 2007 27 Nosso modelo de negócio Nossos negócios crescem de forma constante Outro elemento importante da nossa cultura são e sustentável porque mantemos um processo as habilidades gerenciais. Elas são pautadas por: estruturado de trabalho. Temos três focos muito ética; avaliações de desempenho baseadas claros: Gente, Marcas e Gestão. Esses aspectos exclusivamente em resultados; incentivo para garantem a oferta de produtos inovadores para pensar e agir como donos do negócio; liderança atender os consumidores, a nossa eficiência, pelo e a capacidade de criar valor e entregar resultados. experiências de campo. Construimos Marcas Fortes Crescimento de Receitas Investimos no desenvolvimento de longo prazo Buscamos de forma permanente o crescimento da das nossas marcas para mantê-las em destaque receita líquida. Para isso, temos como prioridade no mercado. Para isso, entramos na vida de aproveitar oportunidades nos seguintes aspectos: exemplo pessoal; e valorização por consumidores, procuramos conhecer seus valores, suas preferências, suas expectativas. Investimos • Gestão de marcas: construímos marcas fortes, também em campanhas criativas, para mantê-las a partir de um profundo conhecimento dos nossos sempre presentes na lembrança dos consumidores. consumidores, buscando crescimento de longo prazo; Buscamos consistentemente estreitar os vínculos com os consumidores e fortalecer o valor de • Participação de mercado: nosso compromisso nossas marcas. é manter e fortalecer a liderança nos mercados onde atuamos, bem como avaliar oportunidades para ingressar em novos mercados nas Américas Gente e Cultura onde não operamos atualmente; Pessoas altamente qualificadas, motivadas • Consumo per capita: com base em extensas e comprometidas são um dos nossos principais pesquisas e no constante acompanhamento diferenciais. Administramos a contratação e o do mercado, com foco no comportamento treinamento de nossa gente, pois queremos do consumidor e em ocasiões de consumo, contar com excelentes profissionais. Criamos, por visamos aumentar o consumo per capita nos meio do programa de remuneração variável, nossos mercados; e participação acionária, incentivos financeiros para um desempenho e resultados mais elevados. • Participação dos gastos do consumidor: procuramos maximizar a participação dos gastos do consumidor em nossos produtos. 28 Fluxo de caixa operacional (R$ milhões) A distribuição de marcas nacionais de cerveja em centenas de milhares de pontos-de-venda 7.445 6.305 de distribuição terceirizada. 4.150 3.419 revendedores, estabelecendo padrões de desempenho e estimulando a troca de informações sobre 4.357 No Brasil, mantemos uma rede multimarca, com a distribuição comprometida com o resultado de todo 5.985 operações na distribuição direta nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que fortalecemos o sistema o portfólio. Com o Programa de Excelência AmBev, estimulamos o constante aperfeiçoamento de nossos 7.919 é a característica mais complexa do nosso negócio. Nos últimos anos, temos centralizado nossas 8.667 Execução da distribuição as melhores práticas. A execução no ponto-de-venda, para nós, é fundamental para o sucesso do negócio. Ajudamos nossos clientes a expor os produtos da melhor forma, a programar estoques, a decorar o estabelecimento, 2007 2006 na temperatura ideal. Eles são ao mesmo tempo eficazes ferramentas de marketing, pois são decorados 2005 de equipamentos de refrigeração (coolers) no ponto-de-venda, para que a bebida chegue ao consumidor 2004 a gerenciar receitas e despesas. Em vários de nossos mercados fomos pioneiros na introdução com imagens relacionadas às nossas principais marcas. Fluxo de caixa EBITDA Eficiência em custos Pay-out (R$ bilhões) 3,1 Adotamos modelo de Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula o comprometimento com o controle de despesas e custos, sem manter qualquer relação com o ano anterior. Estabelecemos metas desafiadoras, e cada equipe é responsável pelo próprio orçamento. Cada centro de custos tem um dono, 1,8 sendo o alcance das metas recompensado com o sistema de remuneração variável. As áreas que 0,4 1,6 ultrapassarem os valores orçados perdem direito ao bônus. Disciplina financeira 2,3 1,8 2,0 2006 2007 Por conta desse modelo, registramos em 2007 mais um ano de geração de caixa recorde, de R$ 8,6 bilhões. 2005 devolver aos acionistas o fluxo de caixa gerado pelas operações. 1,3 operacionais e planos de investimento, combinamos distribuição de dividendos e recompras de ações para 2004 Adotamos como política não reter caixa desnecessário. Após alocar recursos para as necessidades E devolvemos aos acionistas R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 2,0 bilhões em dividendos e R$ 3,1 bilhões em recompra de ações. Recompra de ações Dividendos Relatório Anual 2007 31 Gente AmBev 32 Investimos continuamente em nossa gente por acreditarmos em seu talento e sua capacidade de assimilar e disseminar a cultura AmBev e superar desafios. Incentivamos as equipes a pensarem – e agirem – como donos do negócio, e oferecemos a elas oportunidades de crescimento profissional e pessoal como reconhecimento ao empenho, à garra e ao espírito empreendedor. Ao final de 2007, formávamos um time de 37.299 pessoas – das quais cerca de 80% tinham menos de 35 anos –, conduzidas por um modelo de meritocracia que contempla a oferta de salários fixos, remuneração variável, programas de capacitação e qualidade de vida e uma série de benefícios. Nas contratações, privilegiamos pessoas das comunidades próximas às nossas unidades, especialmente nas funções operacionais. Para os demais cargos, buscamos o preenchimento das vagas por meio de promoções internas. Mantemos três programas estratégicos de atração de talentos: o Programa Trainee, que em 2007 selecionou 35 jovens para iniciarem a formação em 2008; o Programa Talentos, que encaminha a áreas específicas da Companhia os candidatos com alto potencial de desenvolvimento e sólida formação e selecionou 66 pessoas no ano; e o Programa Estágio, que permite ao estudante universitário, com até um ano e meio da formatura, ter os primeiros contatos com a vida profissional. Em 2007, mais de 300 estagiários participaram do Programa e muitos deles já fazem parte do nosso time. Gente AmBev Brasil 21.085 Quinsa 7.077 HILA-ex 4.209 América do Norte Total 3.222 35.593 Relatório Anual 2007 33 Faz parte da nossa cultura a crença de que Prática de Liderar – Promove o alinhamento Orientação para o Mercado – Promove o aprendizado é um processo contínuo. Assim, e define o perfil do líder AmBev. Nesse sentido, o relacionamento e a sintonia com o mercado, adotamos o ciclo anual de gente, que inclui seis programas foram ministrados a 217 profissionais, os distribuidores, as revendas, as comunidades definição e desdobramentos de metas, avaliação e somaram 773 horas em 2007. e os clientes finais. Excelência Operacional – Garante a dinâmica Além de todos esses treinamentos, ministrados de competências e processo de orientação e desenvolvimento de nossas equipes. de treinamentos para o desenvolvimento do a mais de 18 mil pessoas em 2007, em 75 mil A Universidade AmBev (UA), com base nesse ciclo, conhecimento técnico necessário a todas as funções. horas, a Universidade AmBev é responsável pelo elabora programas de capacitação e formação Em 2007, com 37 programas disponíveis, somou gerenciamento e a disseminação das melhores para garantir o aprimoramento permanente de 18.357 pessoas e 68.773 horas. práticas adotadas em todas as unidades da Companhia. Para isso, promove encontro anual nossa gente. Sistema de Gestão – Dissemina e pereniza em que são expostos os projetos selecionados. As atividades da UA se estendem a todas as práticas e ferramentas gerenciais que compõem Em 2007, o programa Melhores Práticas recebeu as unidades e níveis organizacionais, por meio a cadeia de negócio e a abordagem sistêmica. 318 inscrições de regionais no Brasil e na América decursos e treinamentos externos e in company. O eixo é responsável pelos programas Green Belts Latina (Hila-ex), e premiou seis iniciativas. Esses cursos são presenciais ou baseados em e Black Belts (Seis Sigma), que envolveram 59 modernas ferramentas como e-learning (UA pessoas e totalizaram 554 horas em 2007. on-line) e televisão corporativa (TV AmBev). Sob essa estrutura, a entidade possui 51 Cultura AmBev – Amplia as referências do jeito programas, divididos em 251 cursos, em cinco de ser e agir da Companhia. Em 2007, os seis eixos temáticos que atendem a todas as funções programas ministrados sob esse eixo somaram e níveis hierárquicos. 2.490 horas. 34 Remuneração e benefícios Nossa política de remuneração e benefícios inclui o pagamento de salários fixos, cujos valores são baseados em pesquisas anuais de mercado, e remuneração variável, que se dá em dois níveis. Os colaboradores operacionais participam do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e os demais, a partir do cargo de supervisores, são envolvidos em programa de remuneração variável, em que o valor do bônus está vinculado ao alcance de metas individuais e coletivas de cada operação. Contamos ainda com o Programa de Stock Options (opções de ações), direcionado a níveis de alta gerência e superiores. Nossa política de benefícios também está sintonizada à valorização do empenho das equipes. Ela inclui planos médico e odontológico sob medida e extensivo aos dependentes, plano optativo de previdência privada, reembolso das despesas com a aquisição de material escolar para os funcionários e filhos de funcionários estudantes, cesta de Natal e brinquedos para os filhos dos funcionários, reembolso de até 70% do custo mensal de cursos de graduação e pós-graduação, sem teto definido, entre outros. Qualidade de vida, saúde e segurança Zelamos pela saúde e segurança de nossa gente. Por meio do programa Vida Legal, patrocinado pela Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ), todos os empregados têm acesso a programas preventivos de doenças e auxílio para a aquisição de materiais escolares, cestas de Natal e brinquedos. Algumas unidades realizam ginástica laboral durante o expediente para prevenir doenças ocupacionais. Na área de segurança, mantemos um Plano Diretor de Segurança para que as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), a área de Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e os gerentes e supervisores estejam constantemente envolvidos no tema. As unidades fabris e os centros de distribuição são regidos pelas Diretrizes de Segurança e Saúde Ocupacional, que trata, entre outros itens, de permissão para trabalhos de risco, inspeções de rota, bloqueio de energia, e exigências mínimas de segurança para prestadores de serviço. Nas áreas de Vendas e Distribuição também é realizado o Paz no Trânsito, programa que busca garantir a integridade física dos profissionais, gerenciar os índices de segurança e reduzir os acidentes de trânsito. Desde que foi criado no Brasil, em agosto de 2003, o Programa foi fundamental para o alcance de cerca de 70% de redução do número de acidentes com afastamento na Companhia. Há ainda o programa Safety First e o Plano Diretor de Segurança, aplicado em todas as unidades fabris da Companhia na América Latina, criado para promover a disseminação e o desdobramento de assuntos de segurança já predefinidos e remetidos pela InBev bimestralmente. Todas as unidades realizam a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), que ocorre uma vez ao ano. A partir de 2007, nos CDDs, a SIPAT passou a incluir, entre os temas, a questão do meio ambiente e consumo responsável. Com todas essas ações, a Companhia registrou 234 acidentes com afastamento em 2007, 18% menos do que no ano anterior. A Taxa de Gravidade (TG) ficou em 168 em 2007 ( 314 no ano anterior), o que representa 44% de redução do número de dias perdidos e 100% do número de dias debitados por acidentes de trabalho. Devido ao nosso histórico de redução de acidentes desde 2004, conseguimos uma diminuição na alíquota de seguro acidente de 3% para 2%. Relatório Anual 2007 35 Responsabilidade Social Entendemos que para crescer de forma sustentável Consumo responsável é necessário não apenas obter lucros e pagar Realizamos em 2007 a segunda edição do Gente do Bem, em que todas as nossas unidades no Brasil dividendos aos acionistas, mas também criar Exercemos nosso papel de empresa cidadã ao realizar, abriram suas portas para colaboradores e convidados valores para toda a sociedade. Esse comportamento desde 2001, ações de orientação à população debaterem o consumo responsável e assistirem ao norteia nossas relações com os diversos públicos sobre os riscos associados ao uso indevido do vídeo educativo “Bebida ou direção: faça a escolha relacionados ao nosso negócio – consumidores, álcool. Elas integram o Programa AmBev de Consumo certa”, desenvolvido pelo Centro de Informações clientes, fornecedores, revendedores, comunidades, Responsável, pioneiro no Brasil, norteado pelas sobre Saúde e Álcool (Cisa). A ação mobilizou governo e sociedade. premissas da Organização Mundial da Saúde cerca de 45 mil pessoas em nossas unidades. Elas (OMS), que possui dois pilares: conscientização fizeram blitze em universidades, com a distribuição Buscamos agregar as três dimensões da sustentabilidade sobre os riscos de beber e dirigir e estímulo de adesivos do bumerangue – símbolo do programa – – econômica, ambiental e social – em toda a nossa ao cumprimento da lei que proíbe a venda de bebida e a mensagem “É mais divertido ir e voltar”. Esses cadeia de negócios, do incremento da produção alcoólica a menores de idade. adesivos também foram fixados em todos os veículos de insumos fornecidos pelos produtores no campo de nossa frota. ao pós-consumo, representado por programas de consumo responsável de bebidas alcoólicas Lançamos ainda a campanha Bar de Responsa, e de reciclagem. com a distribuição de cartazes e material informativo com dicas para os donos de bares multiplicarem a mensagem “Bebida alcoólica somente para maiores de idade e para quem não vai dirigir”. A ação envolveu bares de São Paulo (SP), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS). Doamos, no ano, 19,2 mil bafômetros para órgãos de trânsito e entidades governamentais federais, estaduais e municipais, entre eles a Polícia Rodoviária Federal (Ministério da Justiça) e o DENATRAN (Ministério das Cidades). Ao todo, desde o início do Programa, doamos cerca de 50 mil bafômetros. 36 Comunidade e jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro por meio de programas e projetos que visam à sustentação Nosso investimento externo também é pautado e Novas Mídias, que contribui para a inserção de jovens de baixa renda do município de São Paulo pela capacidade de agregação de valor às comunidades ao mundo do trabalho, por meio de programa de formação técnica e sociocultural; e o programa Esporte com as quais nos relacionamos. Em 2007, Clube Cidadão, desenvolvido pela Associação Cristã de Moços (ACM) de Porto Alegre e pelo Instituto atualizamos nossos processos internos e programas Dunga de Desenvolvimento do Cidadão, para promover a cidadania por meio do esporte coletivo. Além de excelência para intensificar a responsabilidade disso, a Fundação Antônio e Helena Zerrenner (FAHZ), um de nossos acionistas controladores, mantém sócio-ambiental de nossa gente nas unidades a Escola Técnica Walter Belian e o Hospital Santa Helena. de uma nova pedagogia provedora de conhecimento, cultura e cidadania; o Instituto Criar de TV, Cinema fabris, nos Centros de Distribuição Direta e nas revendas, exercendo, no dia-a-dia, a proximidade com as pessoas que residem no nosso entorno. Reciclagem Na Região Amazônica, em parceria com o governo Apoiamos iniciativas de incentivo à reciclagem nas comunidades em que estamos presentes, nas ações estadual, fomentamos a renovação e ampliação e eventos de marketing, e patrocinamos o Programa Reciclagem Solidária - Cooperativas. Em 2007 demos dos guaranazais, fornecemos mudas aos agricultores seqüência e aperfeiçoamos esse programa, que comemorou cinco anos de existência. Desenvolvida em e apoiamos o desenvolvimento de fontes alternativas parceria com a ONG Recicloteca – mantida pela AmBev –, e, desde 2007, também com o Compromisso de renda. A cada ano promovemos o do Dia do Empresarial para a Reciclagem (Cempre) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Guaraná e, desde 2006, em parceria com a GTZ a iniciativa tem o objetivo de desenvolver e valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis (Agência Técnica), organizados em grupos e minimizar os impactos ambientais da deposição de resíduos sólidos. No ano, realizamos ciclos de capacitação. Durante o Dia do reforçamos nossa atuação com atividades de apoio à gestão das atividades dos catadores. Ao todo, Guaraná ocorrem palestras técnicas e os agricultores já participaram do Programa 36 grupos de nove Estados brasileiros. Os grupos que ingressaram no visitam a Fazenda Santa Helena, de propriedade Programa em 2007 arrecadaram cerca de mil toneladas de materiais recicláveis. Alemã de Cooperação da AmBev, para que conheçam técnicas e equipamentos de aperfeiçoamento do cultivo da fruta. Na Região Sul do País, promovemos Dias de Campo, em que nossos colaboradores, produtores, cooperativas e técnicos da Embrapa se reúnem para aprofundar os conhecimentos sobre os processos de cultivo de malte e novas tecnologias disponíveis. Nossa política de estímulo ao desenvolvimento das comunidades inclui a doação de recursos para a manutenção de projetos sociais externos. Em 2007, apoiamos, por meio de lei de incentivos fiscais, várias entidades não-governamentais que atuam na capacitação de jovens, entre elas a Fundação Gol de Letra, que atende crianças, adolescentes Relatório Anual 2007 37 Responsabilidade Ambiental a Companhia na redução dos impactos ambientais Megajoules por hectolitro (MJ/hl) (SGA), e com procedimentos documentados, 104,68 107,8 Mantemos um Sistema de Gestão Ambiental 109,1 em todas as atividades, produtos e serviços. padronizados treinamento de Energia Em 2007, utilizamos 104,68 megajoules de energia direta por hectolitro produzido, volume 2,86% 108,7 das operações e no alcance de maior ecoeficiência 113,8 Ambiental determina o empenho de toda Consumo de Energia por Hectolitro Produzido Alinhada às diretrizes da InBev, nossa Política menor do que no ano anterior, quando foi de 107,79. Esse resultado decorre, entre outros fatores, pessoal da aplicação de diversos projetos de eficiência e controle operacional, que nos possibilita atuar energética, entre eles instalação de redutores preventivamente em relação aos potenciais riscos de gás natural, caldeiras de alto desempenho ambientais. e redutores de energia para liquefação de gás carbônico. Comissões Internas de Meio Ambiente (Cima) foi constituída por 52% de gás natural, 22% e reaproveitamento de subprodutos. de óleo combustível e 26% de biomassa. 2007 (GO) –, nossa matriz energética calorífica no ano de água, utilização de fontes renováveis de energia 2006 unidades de biomassa – Juatuba (MG) e Cebrasa indicadores de ecoeficiência, como consumo 2005 de treinar nossa gente e monitorar os principais 2004 Com o início da operação das duas novas 2003 atuam em todas as unidades com a função Os combustíveis alternativos já são adotados em sete unidades da Companhia no Brasil, e foram Materiais Consumo de energia (Kwh/HI) responsáveis por uma economia de 48.171 8,80 2006 8,54 9,10 2005 ambientais e, ao mesmo tempo, a manutenção 8,76 Nosso compromisso com a redução dos impactos 9,13 toneladas de óleo em 2007. da competitividade, está expresso também na busca de eficiência na utilização de matériasprimas, como malte, milho, trigo, arroz e lúpulo. Buscamos adotar os melhores processos, tecnologias e materiais, e treinamos nossas equipes para o desenvolvimento de embalagens que atendam às expectativas dos consumidores e, ao mesmo tempo, minimizem o impacto ao meio ambiente. Como resultado desse trabalho, nos últimos três anos conseguimos reduzir em mais 38 2007 5,88% o consumo de embalagens celulósicas. 2004 o consumo de alguns tipos de plásticos e em 2003 de 12% o consumo de vidro, em 11,37% Relatório Anual 2007 39 40 Emissões atmosféricas 4,18 anaeróbico de efluentes, e, quando possível, a substituição de combustível fóssil por biomassa. 4,30 e de redução do consumo de energia, entre eles o uso de biogás decorrente do processo de tratamento 4,21 Para minimizar as emissões, desenvolvemos projetos de utilização de combustíveis alternativos 4,37 produzido foi de 6,38 quilos, redução de 29,3% em relação a 2002. Consumo de água (litro / litro de cerveja)) 4,88 As emissões de gases de efeito estufa são inerentes às nossas atividades. Em 2007, o total por hectolitro A AmBev é a primeira empresa do setor de bebidas do país a receber o registro oficial da ONU para o MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, por projeto realizado na fábrica de Viamão (RS). A empresa, que tinha recebido a aprovação do Governo Federal em julho de 2007, cumpre a última etapa com o registro da ONU e já pode comercializar créditos de carbono válidos, alinhada ao Protocolo de Kyoto. Outros dois projetos, das fábricas de Teresina (PI) e de Agudos (SP), também já foram aprovados pelo Governo Federal. 2007 2006 2005 e na reutilização do recurso. Sintonizados a esses propósitos, nos destacamos mundialmente pela 2004 Fazemos uso sustentável de água, com foco na redução contínua do consumo, na reciclagem 2003 Água produção de bebida com baixa utilização relativa de água. O benchmark global é de 3,25 litros de água para a produção de um litro de cerveja. Algumas de nossas unidades são referência, como as de Brasília (DF) e Curitiba (PR), que atingiram, respectivamente, o índice 3,26 e 3,33. Nossa média ficou próxima 98,1% 98,2% 2007 96,8% 2005 2006 96,5% 2004 Efluentes e resíduos Reaproveitamento de resíduos industriais 95,8% e HILA-ex. 2003 desse índice global em 2007: foi de 4,19 litros de água por litro de bebida, incluindo as unidades do Brasil Tratamos 100% dos nossos efluentes industriais. As Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI) estão instaladas em 95% de nossas unidades – as exceções, as unidades de Curitiba (PR) e Camaçari (BA), encaminham o material para tratamento em estações externas. No gerenciamento de resíduos sólidos, além de buscarmos continuamente reduzir a quantidade produzida, promovemos a recuperação, o reuso e a reciclagem. Em 2007 reaproveitamos 98,2% dos resíduos industriais, que são comercializados, de forma a incrementar a receita da Companhia e reduzir o impacto ambiental. Os resíduos de papel e a polpa dos rótulos são usados na fabricação de papel e papelão; bagaço de malte, fermento úmido e seco e lúpulo compõem alimentação animal; e o lodo proveniente do tratamento de efluentes é utilizado como fertilizante orgânico e adubo. Relatório Anual 2007 41 Governança Corporativa Nosso Conselho de Administração encoraja a Diretoria Executiva a promover e manter uma cultura ética. Isso estimula a conduta de negócio responsável por toda a gente AmBev. A experiência dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva assegura a manutenção da competitividade e o alcance dos objetivos de longo prazo. Nossos padrões de governança se caracterizam ainda pelo alinhamento de objetivos entre acionistas e executivos – garantido, entre outros meios, pelo sistema de remuneração variável vinculado ao alcance de metas desafiadoras – e pelo acordo de acionistas. O bloco controlador é formado por duas entidades que, juntas, detêm 89% do capital votante e 70,1% do capital total da Companhia: a InBev e a FAHZ. O acordo de acionistas, válido até 2019, confere à FAHZ direito de veto em questões relacionadas a dividendos, investimentos, aquisições e emissões de novas dívidas, entre outras. Composição acionária (*) InBev ON % Circ PN % Circ Total % Circ 253.527.737 73,7% 122.065.577 44,9% 375.593.314 61,0% FAHZ 55.964.558 16,3% - 0,0% 55.964.558 9,1% Mercado 34.371.321 10,0% 149.629.191 55,1% 184.000.512 29,9% 343.863.616 100,0% 271.694.768 100,0% 615.558.384 100,0% Em circulação Tesouraria TOTAL Circulação Bovespa Circulação NYSE (*) Em 31 de dezembro de 2007 42 1.191.112 7.667.740 8.858.852 345.054.728 279.362.508 624.417.236 30.522.738 8,9% 97.503.309 35,9% 128.026.047 20,8% 3.848.583 1,1% 52.125.882 19,2% 55.974.465 9,1% Conselho de Administração • Analisar e monitorar a posição da Companhia Conselho Fiscal por meio de análises de seus resultados, É integrado por nove membros efetivos e dois desenvolvimento de mercado e permanente Tem como principais atribuições supervisionar suplentes, que determinam o direcionamento benckmarking interno e externo; a administração, analisar e dar parecer sobre geral estratégico da Companhia. São responsáveis as demonstrações financeiras da Companhia. pela nomeação dos diretores executivos e por • Analisar, monitorar e propor a uniformização Nenhum de seus membros integra o Conselho de garantir que os valores, a ética e a cultura da de boas práticas; Administração ou a Diretoria Executiva, sendo um AmBev sejam praticados e disseminados entre deles representante dos acionistas minoritários. a gente AmBev. Todos são acionistas da Companhia • Analisar e monitorar a performance das marcas O órgão também executa as funções de Comitê e nenhum exerce cargo executivo, de forma da Companhia e estratégias de inovação; e de Auditoria relacionadas na Lei Sarbanes-Oxley, a garantir maior independência e autonomia até a extensão permitida pela legislação brasileira, dos dois principais órgãos de governança. • Analisar, monitorar e propor ao Conselho e sua isenção é garantida pela eleição de membros Os conselheiros são eleitos nas assembléias gerais sugestões sobre assuntos jurídicos, tributários independentes, com mandato de um ano, permitida de acionistas para um mandato de três anos, e regulatórios relevantes. a reeleição. Diretoria Executiva Código de Conduta sendo permitida a reeleição. A atuação do Conselho tem o apoio dos seguintes comitês: É responsável por apresentar, ao Conselho Somos regidos pelo Código de Conduta dos Comitê de Finanças – Apóia no acompanhamento de Administração, propostas de planejamento Negócios, com o qual nos comprometemos por do plano anual de investimentos, análise de de médio e longo prazo e pela gestão dos meio de assinatura de termo. Qualquer violação oportunidades de crescimento, estrutura de capital, negócios da Companhia. É integrada por 13 diretores, ao documento pode ser relatada ao Comitê fluxo de caixa, gestão de risco financeiro e política que têm mandato de três anos, com possibilidade de Ética, formado pelo diretor-geral da América de tesouraria. de reeleição. Nossos diretores são profissionais Latina, pelos diretores Financeiro, de Gente e Gestão, experientes, que conhecem os mercados de cervejas Jurídico e de Relações Corporativas e pelo gerente Comitê de Operações, Gente e Gestão – Tem e refrigerantes e atuam na Companhia, em média, de Comunicação Interna. por finalidade assistir o Conselho de Administração há aproximadamente dez anos. em relação às seguintes matérias: Os contatos com o Comitê podem ser feitos por e-mail e pelo terminal de auto-atendimento • Apresentar ao Conselho de Administração aGente AmBev, disponível em todas as unidades, propostas de planejamentos de médio e longo prazos; e, a partir de 2007, também por telefone, em ligações gratuitas 0800. Os canais podem ser • Analisar, propor e monitorar os objetivos anuais acessados por todos os funcionários, clientes, de performance da Companhia, bem como os revendedores fornecedores, e as denúncias orçamentos necessários para atingir tais objetivos; encaminhadas têm de ser apuradas em prazo máximo de oito semanas. Relatório Anual 2007 43 Ações como investimento Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (códigos AMBV3 e AMBV4) e na New York Stock Exchange – NYSE, como American Depositary Receipts (ADRs), com os códigos ABV e ABVc. Na Bovespa, as ações encerraram o ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00 (AMBV3), respectivamente 22,1% e 32,6% acima de 2006, já com os devidos ajustes referentes ao grupamento de ações realizado em agosto de 2007. Os negócios com as ações preferenciais (PN) movimentaram cerca de R$ 12,6 bilhões, e as ordinárias (ON), R$ 1,8 bilhão. Na NYSE, nossos ADRs valorizaram 45,6% para as ações preferenciais (ABV) e 54,9% para as ordinárias (ABVc) em 2007, e o volume negociado atingiu US$ 151,8 milhões e US$ 5,0 milhões respectivamente, no mesmo período. Na bolsa brasileira, fomos homenageados na comemoração dos 40 anos do Índice Bovespa (IBOVESPA) por nossos papéis estarem presentes em todas as carteiras teóricas do índice, desde sua criação, em 1968. Além da AmBev, apenas mais duas empresas mantêm desde o início seus papéis no principal indicador do mercado de capitais brasileiro. Grupamento de ações Em 2 de agosto de 2007, realizamos um grupamento de ações de emissão da Companhia, na proporção de 100 ações existentes para 1 nova ação. As ações, já agrupadas, passaram a ser negociadas em cotação unitária e não mais em lote de 1.000 ações. O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007. Remuneração dos acionistas Nosso Estatuto Social prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da Companhia, conforme estabelecido nas normas contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano de 2007, foram distribuídos aproximadamente R$ 2,0 bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio. O montante representa 70,9% do lucro líquido reportado no exercício. Além disso, devolvemos aos acionistas R$ 3,1 bilhões em recompra de ações, totalizando um pay-out de R$ 5,1 bilhões. 44 -50% jan.03 mar.03 mai.03 jul.03 set.03 nov.03 jan.04 mar.04 mai.04 jul.04 set.04 nov.04 jan.05 mar.05 mai.05 jul.05 set.05 nov.05 jan.06 mar.06 mai.06 jul.06 set.06 nov.06 jan.07 mar.07 mai.07 jul.07 set.07 nov.07 -50% jan.03 mar.03 mai.03 jul.03 set.03 nov.03 jan.04 mar.04 mai.04 jul.04 set.04 nov.04 jan.05 mar.05 mai.05 jul.05 set.05 nov.05 jan.06 mar.06 mai.06 jul.06 set.06 nov.06 jan.07 mar.07 mai.07 jul.07 set.07 nov.07 AMBV x IBOVESPA - 5 anos 500% 450% 467% 400% 200% 150% 650% 600% 550% 450% 100% 528% AMBV4 AMBV3 IBOV 350% 300% 250% 214% 180% 100% 50% 0% ABV x Dow Jones - 5 anos ABV ABV/C S&P 500 500% 400% 428% 350% 300% 250% 200% 150% 50% 67% 0% Relatório Anual 2007 45 Reconhecimentos e premiações Valor Social – Concedido pelo jornal Valor Econômico, na categoria Respeito ao Meio Ambiente, como um reconhecimento às empresas que consideram o compromisso com a sociedade e o desenvolvimento sustentável critérios de excelência e de gestão. Melhores e Maiores – Organizada pela revista Exame, a relação aponta as 500 maiores empresas do País, além das maiores e melhores de cada um dos setores mais representativos da economia nacional. Melhores Empresas para se Trabalhar – A classificação, promovida pelas revistas Você S.A. e Exame, evidencia as 500 maiores empresas em atividade no País, além das maiores e melhores companhias de cada um dos setores mais representativos da economia brasileira. Great Place to Work – Realização da revista Época premia as empresas que mais se destacam Nosso desempenho em 2007 resultou na conquista de vários reconhecimentos e premiações, destacando-se: no gerenciamento de pessoas. Meritocracia e transparência no ambiente de trabalho foram os atributos que nos levaram às primeiras posições no ranking. Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho – Destaca as companhias que contribuem para o desenvolvimento social e melhoria da qualidade de vida de seus funcionários, além da racionalização de recursos naturais em suas unidades. Participaram da edição 2007 do Prêmio cerca de 2.500 empresas de todo o País. Empresas Mais Admiradas – Destaque nas categorias Indústria de Bebidas Alcoólicas e não-alcoólicas em virtude do trabalho nas áreas de responsabilidade social, ética e compromisso com recursos humanos. O ranking, organizado pela revista Carta Capital, é baseado em pesquisa realizada com os principais executivos das empresas do setor. Certificado de Mérito Ambiental – Concedido durante o simpósio Experiências em Gestão de Recursos Hídricos por Bacia Hidrográfica, realizado em dezembro pelo Comitê Intermunicipal da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Prêmio Ambiental Fiec – Outorgado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, na categoria Produção Mais Limpa e Reuso de Água. Prêmio Gestão Ambiental do Estado de Goiás – Segundo lugar na categoria Atividade industrial e terceiro lugar na categoria Atividades alimentícias. Prêmio Ecologia e Ambientalismo – Concedido pela Câmara Municipal da Prefeitura de Curitiba (PR). 46 Nosso time 1/ 2/ 3/ 4/ 5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10/ 11/ 12/ 13/ 14/ 15/ 16/ Conselho de Administração Co-presidentes e Conselheiros 1/ Victório Carlos De Marchi 2/ Carlos Alves de Brito Membros do Conselho Marcel Herrmann Telles Carlos Alberto da Veiga Sicupira José Heitor Attilio Gracioso Roberto Herbster Gusmão Vicente Falconi Campos Diretoria Luis Felipe Pedreira Dutra Leite Johan M.J.J. Van Biesbroeck 3/ Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond 10/ Nicolás Ernesto Bamberg Diretor Geral para a América Latina Diretor Industrial Jorge Paulo Lemann 4/ Bernardo Paiva 11/ Michel Dimitrios Doukeris Roberto Moses Thompson Motta Diretor Geral para a América do Norte Diretor de Refrigerantes Conselho Fiscal 5/ João Maurício Giffoni de Castro Neves 12/ Milton Seligman Diretor Geral para Quinsa Diretor para Assuntos Corporativos Alcides Lopes Tápias 6/ Graham David Staley 13/ Pedro de Abreu Mariani Álvaro Antônio Cardoso de Souza Diretor Financeiro e de Relações Diretor Jurídico Aloisio Macário Ferreira de Souza com Investidores Conselheiros suplentes 7/ Ricardo Tadeu Almeida Cabral de Soares Ary Waddington Diretor de Vendas Conselheiros suplentes Membros do Conselho 14/ Olivier Lambrecht 15/ Jean-Yves Rotte-Geoffroy Emmanuel Sotelino Schifferle Ernesto Rubens Gelbcke Diretor de Gente e Gestão 8/ Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira Diretor de TI e Serviços Compartilhados Diretor para a América Latina Hispânica 16/ Rodrigo Figueiredo de Souza 9/ Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa Diretor de Logística e Suprimentos Diretor de Marketing Relatório Anual 2007 47 Demonstrações Financeiras 50 / Relatório da Administração 62 / Parecer dos Auditores Independentes 63 / Parecer do Conselho Fiscal 64 / Balanços Patrimoniais 66 / Demonstrações de Resultados 67 / Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido 68 / Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 70 / Demonstrações Consolidadas de Fluxo de Caixa 72 / Notas Explicativas 110 / Informações aos Investidores Relatório da Administração Mensagem aos Acionistas VISÃO GERAL DA COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV Nossa estratégia contínua de excelência na execução, HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o construção de marcas fortes, eficiência de custos e que representa um ganho orgânico de R$41,8 milhões com disciplina financeira mais uma vez rendeu resultados relação ao ano passado. Luiz Fernando Edmond, Diretor Geral sólidos e consistentes para 2007. O EBITDA consolidado para América Latina, comenta: “Estamos construindo um cresceu 16% organicamente, alcançando R$8.666,9 negócio sólido, com a disciplina necessária para tanto. Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev milhões, com um crescimento orgânico de 210 pontos Estamos caminhando para atingir o breakeven do EBITDA e é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado base na margem EBITDA. do caixa, o que faz parte da nossa estratégia de longo prazo”. latino americano. As operações da Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, O cenário macroeconômico positivo ajudou a alavancar O EBITDA para as operações na América do Norte chegaram outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três os volumes de cerveja e de refrigerantes no Brasil, que a R$1.537,5 milhões, 6,4% acima de 2006 em termos unidades de negócio: entregaram crescimento orgânico de 5,5% e 10,6%, orgânicos, com um crescimento de 270 pontos base em respectivamente. O aumento de receita líquida se manteve margem EBITDA. Bernardo Paiva, Diretor Geral para a • Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) acima da inflação, enquanto o custo cresceu abaixo, América do Norte, comenta: “2007 foi um ano difícil, com cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas assegurando incremento na margem bruta. Nossas despesas tímido crescimento do mercado canadense e acirrada não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”); com vendas, gerais e administrativas, cresceram 7,9%, competição. Porém, nossa excelência em gerenciar custos, excluindo depreciação e amortização, devido principalmente assim como a aquisição da Lakeport foram muito • América Latina Hispânica (HILA), dividida em duas à inflação do período, ao aumento dos volumes e da nossa importantes para gerar um bom resultado, com ganhos de operações: (i) Quinsa, composta por operações na distribuição direta no período. Como conseqüência, o EBITDA e expansão de margens. Nós continuamos focados Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e (ii) HILA EBITDA consolidado mostrou um crescimento orgânico de em excluindo Quinsa (denominada HILA-Ex), composta 15,4% para cerveja e 28,8% para RefrigeNanc. “Nossa comprometidos com a rentabilidade a longo prazo”. fortalecer nossas marcas e permanecemos e (iii) malte e sub-produtos; pelas operações da Companhia em El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República política de hedge fo importante para mantermos os custos Dominicana e Venezuela; e sob controle e nos proteger contra a pressão no preço das Nossa estratégia de payout permanece a mesma, reforçando commodities. Além disso, um plano comercial bem o nosso compromisso em distribuir o excesso de caixa aos • América do Norte, representada pelas operações administrado nos permitiu otimizar investimentos e nossos acionistas. Em 2007, nós distribuímos, R$2,0 bilhões da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), maximizar rentabilidade”, diz Luiz Fernando Edmond, em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio, e R$3,1 incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá Diretor Geral para a América Latina. bilhões por meio de recompra de ações. e exportações para os Estados Unidos (“EUA”). Quinsa continua crescendo, apesar do ambiente desafiador. “Estamos muito satisfeitos com os resultados de 2007 As A unidade de cerveja apresentou crescimento orgânico de e bastante confiantes que 2008 será mais um bom ano para (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, 6,8% em volumes, 20,2% em EBITDA e 90 pontos base em a AmBev. Mais uma vez, eu atribuo esse sucesso à nossa Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, margem EBITDA. O resultado orgânico para RefrigeNanc foi Gente, que cultiva e pratica a cultura de dono, que Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a um aumento de 14,3% em volumes, 40,3% no EBITDA, trabalha duro, é ousada, disciplinada e consciente que é maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através alcançando 130 pontos base de expansão de margem. o trabalho em equipe que nos garante tão boa de um acordo de "franchising", a Companhia produz, A margem EBITDA consolidada de Quinsa ficou em 42.3%. performance”, completa Luiz Fernando Edmond, Diretor vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros Geral para a América Latina. países da América Latina, incluindo Pepsi, H2OH!, Lipton “O forte crescimento de volume e o excelente desempenho principais marcas da AmBev incluem Skol Ice Tea e o isotônico Gatorade. de nossas marcas premium compensaram pressões de custo devido a maiores gastos com salários, custos de energia O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em elétrica e aumento de preços de commodities, o que nos moeda nacional e estrangeira detém a classificação de levou a mais um ano de bons resultados”, diz João Castro grau de investimento segundo a Standard and Poor’s e a Neves, Diretor Geral para a Quinsa. Fitch Ratings. 50 CONJUNTURA ECONÔMICA Em Março de 2007, a Labatt Brewing Company Limited Patrocinamos um dos maiores centros de Reciclagem A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos (“Labatt”), subsidiária da AmBev, adquiriu as Units da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da da Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”), nos resíduos industriais na forma de subprodutos, o que AmBev. Este crescimento é um dos fatores que contribuiu termos da oferta realizada pela Labatt. O valor total gerou, em 2007, uma receita de R$ 66,7 milhões*. para o crescimento orgânico de volumes em Cerveja da operação foi de CAD$208,5 milhões. Brasil (+5,5%) e RefrigeNanc (+10,6%). Como resultado deste trabalho, a Companhia recebeu MEIO AMBIENTE o prêmio “Valor Social” na categoria Respeito ao Meio No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev, A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira Ambiente. O prêmio “Valor Social” é uma homenagem a economia também vem apresentando bom desempenho, ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e às empresas que consideram o compromisso com especialmente no Oeste, onde os altos preços do petróleo minimizando o impacto sobre a natureza de modo a a sociedade e o desenvolvimento sustentável de excelência vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em e de gestão. O trabalho em gestão de subprodutos, iniciativa mercado local. que busca uma maior competitividade na produção de integrada ao Sistema de Gestão Ambiental adotado por bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos todas as unidades da AmBev, destacou a Companhia entre os Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece concorrentes do prêmio. o crescimento forte do mercado ajudou a alavancar indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente nossas vendas. O volume da Quinsa, cuja principal monitorados. Somos referência no uso racional de água. operação é na Argentina, cresceu organicamente 6,8% Destacaram-se em 2007 as unidades de Curitiba (PR), para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc em 2007. Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram, * Este número é referente somente às operações no Brasil e Hila-ex. para a produção de um litro de cerveja, 3,37, 3,26, 3,44 e RECURSOS HUMANOS INVESTIMENTOS 3,61 litros de água, respectivamente. A redução do índice de A AmBev chegou ao final de 2007 com aproximadamente No ano de 2007 a AmBev investiu R$ 1.630,9 milhões em consumo de água obtida no último ano representa uma 37,2 mil funcionários: 22,8 mil no Brasil; 2,9 mil no Canadá; ampliação das linhas de produção, compra de ativos de economia de água suficiente para abastecer, por um mês, 6,9 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na HILA-Ex. giro e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada uma população de 210 mil habitantes. A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de no início de 2008. Devido a projetos de desenvolvimento de fontes alternativas seus recursos humanos. Em 2007, a Universidade AmBev INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS de energia, 37% da matriz energética da AmBev para (UA) Em 2007, a AmBev comprou a totalidade das quotas da geração de energia calorífica é composta de combustíveis comportamentais, idiomas etc.) para mais de 18.000 sociedade Goldensand Comércio e Serviços realizou treinamentos específicos (técnicos, Lda. provenientes de fontes renováveis. O projeto CDM (Clean funcionários e distribuidores, totalizando mais de 75.000 (“Goldensand”), controladora da Cervejarias Cintra Indústria Development Mechanism) da fábrica de Viamão, aprovado horas de treinamento. Os funcionários ainda contam com os e Comércio Ltda (“Cintra”). O valor total da operação foi de pela ONU - UNFCC (United Nations Framework Climate investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrenner aproximadamente US$150 milhões, não incluindo a aquisição Change), foi o primeiro projeto da indústria de bebidas no (FAHZ) em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação. das marcas e dos ativos de distribuição da Cintra, os quais Brasil a receber esta certificação. Outros 2 projetos CDM foram incluídos no negócio posteriormente, em 2008. O desenvolvidos em unidades da Companhia já estão A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que objetivo principal desta operação foi expandir nossa aprovados pelo governo brasileiro. estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde capacidade de produção por meio da aquisição das fábricas e tratamento de doenças crônicas. da Cintra, para endereçar a demanda crescente nos mercados de cerveja e refrigerantes. AmBev Relatório Anual 2007 51 DESTAQUES FINANCEIROS 2007 DIVIDENDOS E AÇÕES O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em da Companhia, conforme estabelecido nas normas base consolidada e em milhões de Reais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; as comparações contábeis da legislação societária brasileira, incluindo referem-se ao ano de 2006. as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de 2007, foram distribuídos R$2,0 Nosso relatório segrega o impacto do resultado orgânico das mudanças de escopo e diferenças de câmbio. As mudanças bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital de escopo representam o impacto de aquisições ou vendas de ativos, assim como o início ou término de atividades. próprio. O montante representa 70,9% do lucro líquido • O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$8.666,9 milhões em 2007, crescendo 16,0% organicamente. reportado no exercício. • A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2007, segundo a ACNielsen, foi de 67,8% Além disso, a AmBev devolveu aos acionistas R$3,1 bilhões em Recompra de Ações, totalizando um pay-out (2006: 68,8%). O volume do segmento Cerveja Brasil cresceu 5,5%, em termos orgânicos, e a receita por hectolitro atingiu R$144,9 (Média Anual). • A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 37,1%, crescendo 350 pontos base e mantendo a AmBev de R$5,1 bilhões. como um benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$782,6 milhões, 28,8% acima Com efeito em 2 de agosto de 2007, a AmBev realizou um grupamento de ações de emissão da Companhia na proporção de 100 ações existentes para 1 nova ação. As ações, já grupadas, passaram a ser negociadas em de 2006 (Orgânico). • As operações na Quinsa registraram EBITDA de R$1.135,3 milhões, refletindo o forte crescimento das unidades de cerveja e refrigerantes. • HILA-Ex entregou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o que representou um crescimento orgânico de cotação unitária e não mais em lote de 1.000 ações. R$ 41,8 milhões no período ante os R$63,9 milhões negativos em 2006, chegando mais próximo ao break-even. O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral • A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.537,5 milhões em 2007, com um crescimento de 270 pontos Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007. Em 2007, foram negociados aproximadamente base de margem. Destaques Financeiros - Consolidado 2006 2007 % Reportado % Orgânico 128.148,0 142.916,1 11,5% 5,8% 4,6% R$ 12,6 bilhões em ações preferenciais (PN), R$1,8 Volume ('000 hl) bilhões em ações ordinárias (ON). As ações fecharam o Cerveja 93.974,0 102.990,3 9,6% ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00 RefrigeNanc 34.174,0 39.925,9 16,8% 9,0% (AMBV3), respectivamente 22,1% e 32,6% acima de Receita líquida 17.613,7 19.648,2 11,6% 10,4% 2006, Lucro Bruto 11.665,0 13.102,2 12,3% 11,4% 66,2% 66,7% 50 bps 60 bps 7.444,6 8.666,9 16,4% 16,0% 210 bps já com os devidos ajustes ao grupamento de ações realizado em 2007. referentes Margem bruta EBITDA Margem EBITDA 42,3% 44,1% 180 bps 2.806,3 2.816,4 0,4% - 637,2 615,6 -3,4% - LPA (R$/ação) 4,40 4,58 3,9% - LPA excl.amortização de ágios (R$/ação) 6,42 7,41 15,5% - Lucro líquido No. de ações em circulação (milhões) Nota: O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria). 52 DESTAQUES FINANCEIROS POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006. AmBev Brasil Consolidado R$ milhões Conversão % % Orgânico 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Volume ('000 hl) 87.726,7 931,3 - 5.949,6 94.607,6 7,8% 6,8% Receita Líquida 10.963,1 63,2 - 1.428,3 12.454,5 13,6% 13,0% CPV (3.492,2) (32,9) - (377,4) (3.902,5) 11,7% 10,8% 7.470,9 30,3 - 1.050,9 8.552,0 14,5% 14,1% 68,1% - - - 68.7% 50 bps 60 bps (3.038,3) (228,3) - (191,8) (3.458,5) 13,8% 6,3% 4.432,5 (198,0) - 859,0 5.093,6 14,9% 19,4% 230 bps Lucro Bruto Margem Bruta SG&A Total EBIT Margem EBIT 40,4% - - - 40,9% 50 bps 5.153,7 (3,5) - 864,0 6.014,2 16,7% 16,8% 47,0% - - - 48,3% 130 bps 160 bps % % 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico 22.566,0 5.833,0 - 2.125,2 30.524,2 35,3% 9,7% 2.004,3 564,8 (301,3) 419,1 2.686,8 34,1% 21,5% CPV (808,8) (238,0) 122,2 (163,6) (1.088,2) 34,5% 20,8% Lucro Bruto 1.195,5 326,8 (179,1) 255,4 1.598,6 33,7% 21,9% Margem Bruta 59,6% - - - 59,5% -10 bps 20 bps SG&A Total (485,0) (152,0) 75,8 (99,2) (660,3) 36,2% 20,8% 22,7% EBITDA Margem EBITDA Quinsa Consolidado R$ milhões Volume ('000 hl) Receita Líquida EBIT Margem EBIT EBITDA Margem EBITDA Conversão 710,5 174,8 (103,3) 156,2 938,2 32,1% 35,4% - - - 34,9% -50 bps 30 bps 855,1 222,3 (127,4) 185,4 1.135,3 32,8% 22,3% 42,7% - - - 42,3% -40 bps 30 bps % % 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico 6.891,7 - - (613,9) 6.277,8 -8,9% -8,9% Hila-ex Consolidado R$ milhões Volume ('000 hl) Receita Líquida Conversão 758,1 - (72,4) (5,1) 680,6 -10,2% -0,7% (457,4) - 39,3 22,9 (395,2) -13,6% -5,0% 300,7 - (33,2) 17,9 285,4 -5,1% 5,9% 39,7% - - - 41,9% 230 bps 260 bps SG&A Total (470,6) - 42,7 25,1 (402,8) -14,4% -5,3% EBIT (169,9) - 9,5 43,0 (117,4) ns ns Margem EBIT -22,4% - - - -17,2% 520 bps 560 bps EBITDA (63,9) - 1,9 41,8 (20,1) ns ns Margem EBITDA -8,4% - - - -3,0% 550 bps 550 bps CPV Lucro Bruto Margem Bruta AmBev Relatório Anual 2007 53 América do Norte R$ milhões Volume ('000 hl) Receita líquida CPV Lucro Bruto Margem Bruta SG&A Total EBIT Margem EBIT EBITDA Margem EBITDA % % 2006 Escopo Conversão de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico 10.963,7 632,8 - (89,9) 11.506,6 5,0% -0,8% 3.888,2 186,6 (229,4) (19,2) 3.826,2 -1,6% -0,5% (1.190,2) (66,3) 69,4 27,1 (1.160,1) -2,5% -2,3% 2.697,9 120,3 (160,0) 7,9 2.666,1 -1,2% 0,3% 69,4% - - - 69,7% 30 bps 50 bps (1.414,8) (90,7) 79,1 88,7 (1.337,7) -5,5% -6,3% 1.283,1 29,7 (80,9) 96,6 1.328,5 3,5% 7,5% 33,0% - - - 34,7% 170 bps 270 bps 1.499,6 35,8 (93,1) 95,2 1.537,5 2,5% 6,4% 38,6% - - - 40,2% 160 bps 270 bps % % Orgânico OPERAÇÕES BRASIL AmBev Brasil - Cerveja R$ milhões Volume ('000 hl) Receita Líquida CPV Lucro Bruto Margem Bruta SG&A Total EBIT Margem EBIT EBITDA Margem EBITDA Conversão 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado 65.654,7 858,5 - 3.611,3 70.124,5 6,8% 5,5% 9.045,0 58,3 - 1.054,8 10.158,1 12,3% 11,7% (2.573,6) (30,4) - (205,8) (2.809,8) 9,2% 8,0% 6.471,5 27,9 - 849,0 7.348,4 13,6% 13,1% 71,5% - - 72,3% 80 bps 90 bps (2.549,7) (176,9) - (155,0) (2.881,6) 13,0% 6,1% 3.921,8 (149,0) - 694,0 4.466,7 13,9% 17,7% 230 bps 43,4% - - - 44,0% 60 bps 4.478,6 (3,3) - 690,7 5.166,0 15,3% 15,4% 49,5% - - - 50,9% 130 bps 170 bps % % 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico AmBev Brasil - RefrigeNanc R$ milhões Volume ('000 hl) Conversão 22.072,0 72,8 - 2.338,3 24.483,1 10,9% 10,6% Receita Líquida 1.806,4 4,8 - 299,7 2.110,9 16,9% 16,6% CPV (877,8) (2,4) - (96,2) (976,5) 11,2% 11,0% 928,5 2,4 - 203,5 1.134,4 22,2% 21,9% Margem Bruta 51,4% - - - 53,7% 230 bps 230 bps SG&A Total (485,2) (51,4) - (36,6) (573,2) 18,1% 7,5% Lucro Bruto EBIT Margem EBIT EBITDA Margem EBITDA 54 443,3 (49,0) - 166,9 561,2 26,6% 37,6% 24,5% - - - 26,6% 200 bps 440 bps 607,7 (0,2) - 175,1 782,6 28,8% 28,8% 33,6% - - - 37,1% 340 bps 350 bps Malte e outros subprodutos R$ milhões Volume ('000 hl) Conversão 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 % % Reportado Orgânico - - - - - - - Receita Líquida 111,6 - - 73,9 185,5 66,1% 66,1% CPV (40,8) - - (75,5) (116,2) 185,0% 185,0% 70,9 - - (1,6) 69,3 -2,3% -2,3% 63,5% - - - 37,3% ns ns (3,4) - - (0,2) (3,6) 5,8% 5,8% -2,7% Lucro Bruto Margem Bruta SG&A Total EBIT Margem EBIT EBITDA Margem EBITDA 67,4 - - (1,8) 65,6 -2,7% 60,4% - - - 35,4% ns ns 67,4 - - (1,8) 65,6 -2,7% -2,7% 60,4% - - - 35,4% ns ns ANÁLISE DO DESEMPENHO FINANCEIRO EM 2007 RefrigeNanc • Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc 6,8% e 14,3% respectivamente; o volume consolidado em 2007 cresceu 16,6%, atingindo R$2.110,9 milhões. cresceu 9,7%. RECEITA LÍQUIDA Os principais elementos que contribuíram para esse A receita líquida aumentou 10,4% em 2007, atingindo crescimento foram: R$19.648,2 milhões. • Crescimento orgânico de 10,6% no volume de vendas, • Um crescimento orgânico de 8,3% em receita por hectolitro, alcançando R$88,0. refletindo (i) leve aumento na participação da AmBev HILA-Ex Operações no mercado de refrigerantes (2007: 17,1%; 2006: As operações da AmBev no norte da América Latina A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios 17,0%), suportado por nossas inovações no período; apresentaram uma redução da receita em 2007 de 0,7%, e (ii) o crescimento desse mercado. acumulando R$680,6 milhões. Os principais elementos que da AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantes e bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu • Aumento orgânico de 5,4% da receita por hectolitro, contribuíram para a redução da receita foram (i) uma perda 13,0%, chegando a R$12.454,5 milhões. O desempenho de que chegou a R$86,2. Esse aumento foi impactado de 8,9% em volume, principalmente em refrigerantes e (ii) cada operação é apresentado a seguir. positivamente (i) pelo reposicionamento de preços queda de 9,0% da receita por hectolitro. implementados ao longo de 2007; e (ii) por uma Cerveja mudança favorável no mix de produto. América do Norte As operações Labatt na América do Norte contribuíram A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em 2007 subiu 11,7%, acumulando R$10.158,1 milhões. Malte e Sub-produtos com R$3.826,2 milhões para a receita consolidada da Os principais elementos que contribuíram para esse A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou AmBev, uma redução orgânica de 0,5% em relação ao crescimento foram: um ganho de receita de 66,1%, acumulando R$185,5 ano • Crescimento orgânico de 5,5% no volume de vendas, milhões em 2007. Esse resultado é explicado por: • Decréscimo do volume de vendas da Labatt no refletindo a forte execução e crescimento de mercado. • Crescimento orgânico de 5,8% da receita por hectolitro, que anterior. Quinsa mercado canadense de 0,8%. chegou a R$144,9. Esse aumento foi conseqüência (i) do As operações na Quinsa contribuíram R$2.686,8 milhões • Redução na exportação da Labatt para os EUA de 0,9%. aumento de preço em janeiro de 2007; (ii) contínuo para a receita consolidada da Companhia, representando • Crescimento orgânico de 0,8% na receita por crescimento do segmento premium; e (iii) da expansão das um crescimento orgânico de 21,5%. Os principais elementos vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev. que contribuíram para o aumento da receita foram: hectolitro das vendas domésticas. • Queda orgânica de 8,4% na receita por hectolitro nas vendas para exportação. AmBev Relatório Anual 2007 55 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Quinsa Brasil O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2007 cresceu A consolidação em AmBev do custo dos produtos As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no 8,3%, acumulando R$6.546,0 milhões. vendidos da Quinsa acumulou em 2007 R$1.088,2 Brasil milhões, representando um crescimento de 20,8%. aumentando 6,3% organicamente. Brasil somaram R$3.458,5 milhões em 2007, Os principais efeitos que explicam esse aumento são: O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$3.902,5 milhões, crescendo 10,8% Cerveja • Aumento orgânico de 9,7% no volume vendido, sendo 6,8% em cerveja e 14,3% em RefrigeNanc. organicamente. As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$2.881,6 milhões, apresentando um crescimento orgânico • Aumento orgânico de 7,8% no CPV por hectolitro, Cerveja sendo 6,5% em cerveja e 8,7% em RefrigeNanc. O custo dos produtos vendidos da operação de venda de As principais razões para esse aumento foram (i) cerveja no Brasil cresceu 8,0% organicamente, chegando maiores preços nas commodities, (ii) impactos da crise a R$2.809,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por energética principalmente na Argentina e (iii) maiores hectolitro apresentou um crescimento orgânico de 2,4%, gastos com salários. de 6,1%. Os principais elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram: • O crescimento da estrutura de distribuição direta da AmBev. • O crescimento de despesas fixas em linha com a inflação. somando R$40,1. Os principais fatores que contribuíram para este aumento foram (i) perdas com uma mudança HILA-Ex desfavorável no mix de embalagens; (ii) maiores gastos O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev o que gera um aumento em despesas como frete, com matéria-prima, como, por exemplo, o milho; (iii) no por exemplo. maiores gastos com embalagem e (iv) impacto da inflação organicamente, nos salários, o que foi parcialmente compensado por (v) O principal efeito que explica essa diminuição é o RefrigeNanc ganhos com uma menor taxa de câmbio através de nossa declínio de 8,9% no volume vendido. Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para norte • O crescimento orgânico de 5,5% em volumes, da América Latina chegando a decresceu R$395,2 5,0% milhões. RefrigeNanc acumularam R$573,2 milhões, aumentando política de hedge e (vi) menores gastos com logística. América do Norte 7,5% organicamente. Os principais elementos que geraram RefrigeNanc O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2007 o crescimento de tais despesas operacionais foram: O custo dos produtos vendidos da operação de contabilizou R$ 1.160,1 milhões, uma queda orgânica de RefrigeNanc no Brasil subiu 11,0%, chegando a R$976,5 2,3%. Esta redução foi uma combinação de volumes 0,8% milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro menores e a queda de 1,5% nos custos unitários de produção. cresceu 0,3%, contabilizando R$39,9, • O crescimento da estrutura de distribuição direta da AmBev. • O crescimento de despesas fixas em linha com impactado positivamente por (i) ganhos através de nossos contratos LUCRO BRUTO de hedge e (ii) diluição de custos fixos; e negativamente A AmBev alcançou em 2007 um lucro bruto de por (iii) perdas com uma mudança desfavorável no mix de R$13.102,2 milhões, representando um crescimento gera embalagem; (iv) maiores gastos logísticos e com salários. orgânico de 11,4%. por exemplo. Malte e Sub-produtos DESPESAS COM VENDAS, GERAIS E ADMINISTRATIVAS Malte e Sub-produtos O custos dos produtos vendidos de malte e subprodutos no Brasil apresentou um crescimento orgânico As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,6 milhões de 185.0%, acumulando R$116,2 milhões. da AmBev totalizaram R$5.859,3 milhões em 2007, em 2007, crescendo 5,8%. crescendo 3,3% organicamente. A análise da evolução dessas despesas em cada unidade de negócios é exposta a seguir. 56 a inflação. • O crescimento orgânico de 10,6% em volumes, o que um aumento em despesas como frete, A venda de malte e sub-produtos gerou despesas CONTINGÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, TRABALHISTAS E OUTRAS Quinsa As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas na Quinsa Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram uma despesa líquida de R$25,1 milhões, comparado com uma acumularam receita líquida de R$111,8 em 2006. O montante verificado em 2006 foi impactado por reversões de R$314,9 milhões referentes R$660,3 milhões, crescendo 20,8% organicamente. Esse aumento é explicado em sua maior a processos tributários de PIS e COFINS que foram transitados e julgados em favor da Companhia. parte por maiores gastos com transporte e salários, além de maiores despesas com marketing para suportar inovações. OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em 2007 representou uma perda de R$1.483,1 milhões, 55,3% HILA-Ex acima da perda registrada em 2006. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir. As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das • Ganho de R$226,5 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos a controladas operações da AmBev no norte da América Latina somaram R$402,8 milhões, caindo 5,3%, um resultado principalmente de menores despesas devido a menores volumes e ganhos com iniciativas de Orçamento Base Zero (OBZ). da AmBev no Brasil, comparado a um ganho de R$165.4 milhões em 2006. • Despesa de R$227,5 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior, comparada a uma receita de R$79,4 milhões em 2006. • Despesa de R$1.560,3 milhões relativa amortização de ágio, comparada a uma despesa de R$1.283,0 milhões em 2006. O aumento da despesa é resultado das aquisições de Lakeport e Cintra, e aumento da amortização do ágio da Labatt em 2007. América do Norte Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt e despesas financeiras, provisões e contingências, e outras receitas e despesas operacionais. somaram R$1.337,7 milhões, uma queda orgânica de 6,3%. Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT somado Essa diminuição é resultado de ganhos com iniciativas no OBZ, às despesas com depreciação e amortização. além de algumas iniciativas de custo na The Beer Store (TBS). RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, PROVISÕES E CONTINGÊNCIAS, E OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS A Companhia apresentou forte desempenho operacional em 2007, evidenciando não somente o expressivo crescimento orgânico de suas vendas mas também ganhos adicionais de eficiência que se traduziram em expansão de margens para além dos níveis já exemplares da Companhia. O resultado financeiro da Companhia em 2007 foi negativo em R$1.253,0 milhões, comparado a uma perda em 2006 de R$1.078,3 milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da Companhia: Detalhamento do Resultado Financeiro R$ milhões Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa Variação cambial sobre aplicações financeiras Juros sobre Plano de Ações Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais Outras Total Em 2007 a AmBev registrou um crescimento de EBIT Encargos financeiros sobre dívidas em reais a receita líquida atingiu 36,9%, 260 pontos base maior do Juros e variação cambial sobre mútuos que em 2006. Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira Variação cambial sobre financiamentos aumento de 16%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi de 44,1%, 210 pontos base maior do que em 2006. 2006 95,3 111,1 (52,3) (15,5) 7,7 10,0 48,0 29,8 23,1 33,0 121,8 168,4 340,9 191,5 Despesa Financeira de 18,5% para R$7.242,9 milhões. A margem de EBIT sobre O EBITDA da Companhia alcançou R$8.666,9 milhões, um 2007 Receita Financeira (0,0) 1,8 624,7 523,8 (475,6) (204,6) Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos 653,4 496,3 Impostos sobre transações financeiras 121,2 131,8 Encargos financeiros sobre contingências e outros 64,1 59,9 Outras 46,2 46,3 1.374,8 1.246,7 (1.253,0) (1.078,3) Total Resultado Financeiro, Líquido AmBev Relatório Anual 2007 57 A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps e derivativos devem ser contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada. O endividamento total da Companhia aumentou R$285,6 milhões em comparação a 2006, enquanto seu montante de caixa e equivalentes aumentou R$769,3 milhões, demonstrando a forte geração de caixa da Companhia no exercício. Conseqüentemente, houve uma redução de R$432,4 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entre sua dívida líquida e o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 0,85x. A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev: Detalhamento da Dívida R$ milhões Moeda Local 2007 Curto Prazo 2007 Longo Prazo 2007 Total 2006 Curto Prazo 2006 Longo Prazo 2006 Total 378,5 4.411,0 4.789,5 400,4 3.178,2 3.578,7 Moeda Estrangeira 2.097,8 2.964,9 5.062,7 1.704,2 4.283,7 5.987,9 Dívida Consolidada 2.476,3 7.375,9 9.852,2 2.104,6 7.461,9 9.566,6 1.538,9 Caixa e Equivalentes - - 2.308,2 - - Aplicações Financeiras - - 174,8 - - 226,1 Dívida Líquida - - 7.369,1 - - 7.801,5 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em 2007 em um ganho de R$40,4 milhões, comparado a uma perda em 2006 de R$28,8 milhões. Essa diferença é explicada principalmente por: • Ganho com venda de ativos no valor de R$38,9 milhões, comparado a um ganho de R$4,4 milhões em 2006. • Provisões para perdas com ativo imobilizado no valor de R$0,4 milhões, comparadas a provisões de R$18,0 milhões em 2006. 58 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em 2007 foi uma despesa de R$1.592,8 milhões. À alíquota nominal de 34%, a provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de R$1.515,2 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota nominal é apresentada no quadro a seguir: Imposto de Renda R$ milhões Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social Participações estatutárias e contribuições Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) 2007 2006 4.526,0 4.307,3 (69,4) (194,4) 4.456,6 4.112,8 (1.515,2) (1.398,4) Ajustes para obtenção da alíquota efetiva: Juros sobre capital próprio 368,6 500,9 Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação 25,3 42,4 Ganhos patrimoniais em controladas 78,1 58,5 (485,7) (395,4) (81,0) (33,8) Amortização de ágio - parcela não dedutível Variação cambial sobre investimentos no exterior Adições e exclusões permanentes e outros Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro Alíquota efetiva de IR e contribuição social 17,1 (89,5) (1.592,8) (1.315,3) 35,7% 32,0% Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal 350,8 350,8 (1.242,1) (964,5) 30,3% 25,6% PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS E ADMINISTRADORES A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$69,4 milhões em 2007. Este valor faz parte da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao cumprimento de agressivas metas de performance. Em 2006 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$194,4 milhões. PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS As despesas com participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2007 R$ 47,3 milhões, principalmente em função dos minoritários de Quinsa. AmBev Relatório Anual 2007 59 LUCRO LÍQUIDO O lucro líquido alcançado pela AmBev em 2007 foi de R$ 2.816,4 milhões, um aumento de 0,4% comparado ao de 2006. O lucro por ação foi de R$4,58, representando um crescimento de 3,9%. Excluindo amortização de ágio, esse número sobe para R$7.41, um crescimento de 15,5%. RECONCILIAÇÃO LUCRO LÍQUIDO AO EBITDA O EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia. O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social; (ii) Provisão para Participação de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas (despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas (despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA subtraído das depreciações e amortizações. O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição de EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias. Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA 2007 2006 Lucro Líquido 2.816,4 2.806,3 Provisão IR/Contribuição Social 1.592,8 1.315,3 Provisão Part. de Empr. e Administradores 69,4 194,4 Participações Minoritárias 47,3 (8,7) 4.526,0 4.307,2 Lucro Antes de Impostos Receitas (Despesas) Não Operacionais Resultado Financeiro Líquido Equivalência Patrimonial Outras Receitas (Despesas) Operacionais Provisões, Líquidas (40,4) 28,8 1.253,0 1.078,3 (3,9) (1,4) 1.483,1 955,1 25,1 (111,8) EBIT 7.242,9 6.256,3 Depreciações e Amortizações 1.424,0 1.188,4 EBITDA 8.666,9 7.444,6 60 RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos princípios que preservam a independência do auditor. Estes princípios compreendem: a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho; b) o auditor não deve exercer funções gerenciais; e c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestados por auditores externos contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado “pré-aprovado”. Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso dos serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentados nessa Lista Básica requerem uma opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho de Administração. Nossa política contém também uma lista de serviços que não podem ser prestados por nossos auditores externos. AmBev Relatório Anual 2007 61 Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e o balanço patrimonial consolidado dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2007, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2007, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Nosso exame foi efetuado com o objetivo de formarmos uma opinião sobre as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. A demonstração consolidada do fluxo de caixa representa informação complementar àquelas demonstrações, a qual não é requerida pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e é apresentada para possibilitar uma análise adicional. Essa informação complementar foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria aplicados às demonstrações contábeis e, em nossa opinião, está apresentada, em todos os aspectos relevantes, adequadamente em relação às demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, tomadas em conjunto. 5. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006, apresentadas para fins comparativos, foram auditadas por outros auditores independentes, cujo parecer foi emitido sem ressalvas, datado de 26 de fevereiro de 2007. 22 de fevereiro de 2008 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Pedro Augusto de Melo Guilherme Nunes Contador CRC 1SP113939/O-8 Contador CRC 1SP195631/O-1 62 Parecer do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do artigo 163 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas pela KPMG AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado por sua Administração. Com base nos documentos examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do Relatório Anual da Administração e das Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2007. São Paulo, 22 de fevereiro de 2008. Alcides Lopes Tápias Aloisio Macário Ferreira de Souza Álvaro Cardoso de Sousa Ernesto Gelbke (Suplente) Ary Waddington (Suplente) Emanuel Sotelino Schifferle (Suplente) AmBev Relatório Anual 2007 63 Balanços patrimoniais levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Expressos em milhões de reais) Ativo Controladora Consolidado CIRCULANTE 2007 2006 2007 2006 Caixa e equivalentes 920,8 601,7 2.308,2 1.538,9 Títulos e valores mobiliários Contas a receber de clientes Estoques : - - 174,8 226,1 952,8 848,6 1.623,1 1.542,7 604,9 589,9 1.457,8 1.363,9 158,1 143,6 362,6 319,2 56,4 45,6 87,2 69,6 Matérias-primas 214,1 235,9 660,8 618,7 Materiais de produção 110,6 110,4 236,6 235,6 Almoxarifado e outros 66,8 63,9 138,3 136,6 Produtos acabados Produtos em elaboração (1,1) (9,5) (27,7) (15,8) Impostos a recuperar (nota 3-a) Provisão para perdas 514,1 419,2 739,3 687,7 Dividendos e/ou Juros sobre Capital Próprio 106,4 27,6 - 2,7 Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 535,9 550,5 649,7 610,0 Despesas antecipadas 316,8 273,8 270,3 331,6 Resultado diferido de instrumentos financeiros 96,4 37,3 126,4 66,9 Outros 96,1 123,5 469,5 461,9 4.101,2 3.468,6 7.880,4 6.817,6 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4) 940,3 864,6 0,7 - Depósitos compulsórios e judiciais 281,7 249,8 405,6 353,0 41,3 72,6 41,6 72,8 - - 240,6 - 2.335,3 2.851,1 3.036,8 3.566,7 68,2 82,9 103,0 86,0 121,6 132,9 123,3 134,3 Venda financiada de ações Aplicações financeiras Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) Imóveis, Maqs.e Equip. destinados à venda (nota 6-a) Despesas antecipadas Superávit de ativos - Instituto AmBev Impostos a recuperar (nota 3-a) Resultado diferido de instrumentos financeiros 18,5 17,0 18,5 17,0 184,6 140,0 207,3 158,9 - - 145,2 44,4 4,3 18,8 24,8 131,3 3.995,8 4.429,7 4.347,4 4.564,4 17.336,1 21.203,7 15.002,5 17.990,4 15,9 11,4 40,4 35,6 17.352,0 21.215,1 15.042,9 18.026,0 2.606,9 2.265,1 5.593,3 5.338,9 328,5 346,5 388,2 385,0 2.177,1 353,4 2.223,6 429,0 TOTAL DO ATIVO PERMANENTE 22.464,5 24.180,1 23.248,0 24.178,9 TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 26.460,3 28.609,8 27.595,4 28.743,3 TOTAL DO ATIVO 30.561,5 32.078,4 35.475,8 35.560,9 Outros TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE Investimentos Participação em sociedades controladas diretas e coligadas, incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 5-a) Outros investimentos Imobilizado (nota 6) Intangível (nota 6) Diferido (nota 7) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 64 Passivo e Patrimônio Líquido Controladora Consolidado CIRCULANTE 2007 2006 2007 2006 Fornecedores 1.083,6 620,4 2.129,1 1.384,1 Financiamentos (nota 8) 1.201,2 1.239,8 2.420,8 2.038,7 55,5 65,9 55,5 65,9 199,3 261,0 402,4 480,3 109,0 Debêntures (nota 8) Salários, participações e encargos sociais a pagar Dividendos a pagar 33,6 106,8 36,4 Imposto de renda e contribuição social a pagar 303,9 113,8 720,9 366,3 Demais tributos e contribuições a recolher 751,4 704,2 1.261,0 1.239,0 Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4) 1.212,5 2.424,5 8,5 3,3 Perda sobre derivativos não realizados 546,7 379,6 709,3 405,3 Contas a pagar de marketing 170,2 194,2 181,2 204,1 - - 25,4 41,0 153,9 163,7 535,7 507,4 5.711,8 6.273,9 8.486,1 6.844,4 Provisão para reestruturação Outros TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos (nota 8) 2.633,5 2.675,5 5.310,8 5.396,9 Debêntures (nota 8) 2.065,1 2.065,1 2.065,1 2.065,1 450,2 405,7 617,4 405,7 579,1 Diferimento de impostos sobre vendas (nota 8-c) Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências (nota 9) Contas a pagar partes relacionadas (nota 4) Provisão de benefícios de assistência médica e outros (nota 10) Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) Passivo a descoberto de empresas controladas Resultado líquido diferido das operações de swap de dívida Outros TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Resultado de Exercícios Futuros TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE Participação dos acionistas minoritários 386,6 421,7 808,4 1.375,6 705,5 - - 97,4 87,4 224,2 326,6 131,4 18,6 22,8 131,5 244,0 - - - - - - 88,4 0,5 0,4 68,6 82,6 7.271,5 6.384,1 9.226,0 9.075,8 158,3 152,3 156,5 149,9 7.429,8 6.536,4 9.382,5 9.225,7 - - 187,3 222,7 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social realizado (nota 11-a) 6.105,2 5.716,1 6.105,2 5.716,1 Reserva de capital 9.952,6 12.870,6 9.952,6 12.870,6 Reservas de lucro Legal 208,8 208,8 208,8 208,8 2.312,2 1.413,3 2.312,2 1.413,3 Ações em tesouraria (nota 11-g) (1.158,9) (940,7) (1.158,9) (940,7) TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 17.419,9 19.268,1 17.419,9 19.268,1 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 30.561,5 32.078,4 35.475,8 35.560,9 Reserva estatutária As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. AmBev Relatório Anual 2007 65 Demonstrações dos resultados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social) Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 25,433.9 22,452.1 37,016.2 32,487.8 (13,722.9) (12,072.8) (17,368.0) (14,874.1) RECEITA BRUTA Vendas de produtos DEDUÇÕES DE VENDAS Impostos sobre vendas, descontos e devoluções RECEITA LÍQUIDA 11,711.0 10,379.3 19,648.2 17,613.7 Custo dos produtos vendidos (4,213.7) (3,848.9) (6,546.0) (5,948.7) 7,497.3 6,530.4 13,102.2 11,665.0 (1,985.7) (1,775.1) (4,109.0) (3,866.7) (438.8) (459.0) (787.9) (775.5) 3.2 92.0 (25.1) 111.8 (13.5) 4.2 (13.5) 4.3 (727.2) (549.5) (948.8) (770.8) LUCRO BRUTO (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas Administrativas Contingências tributárias, trabalhistas e outras Honorários da diretoria e do conselho de administração Depreciação e amortização Receitas financeiras (nota 13-d) 281,3 189,5 121,8 168,4 (1.058,1) (953,5) (1.374,8) (1.246,7) (139,2) 143,3 3,9 1,4 34,2 98,2 (1.483,2) (955,1) (4.043,8) (3.209,9) (8.616,6) (7.328,9) 3.453,5 3.320,5 4.485,6 4.336,1 8,7 6,8 40,4 (28,8) 3.462,2 3.327,3 4.526,0 4.307,3 (94,7) 63,6 (963,6) (688,8) Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (520,2) (460,4) (629,3) (626,5) LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 2.847,3 2.930,5 2.933,1 2.992,0 Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (30,9) (124,2) (69,4) (194,4) 2.816,4 2.806,3 2.863,7 2.797,6 - - (47,3) 8,7 2.816,4 2.806,3 2.816,4 2.806,3 624,4 64.458,2 - - 4.510,57 43,54 - - 4.592,09 44,04 - - Despesas financeiras (nota 13-d) Equivalência patrimonial (nota 5-a) Outras operacionais, líquidas (nota 16) LUCRO OPERACIONAL Receitas (despesas) não operacionais, líquidas (nota 17) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (nota 14) Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre o lucro líquido LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS Participação dos acionistas minoritários LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício, em reais - R$ Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 66 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido da controladora para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social) Capital social subscrito e Reservas Ações em Lucros integralizado de Capital Estatutária Legal tesouraria acumulados Total 5.691,4 13.889,5 471,0 208,8 (393,4) - 19.867,3 EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Exercício de opções do plano de ações Aumento de capital por captalização de reservas Reservas de lucro 3,4 (3,4) - - - - - 21,3 (21,3) - - - - - Adiantamento para futuro aumento de capital relacionado com o plano - 3,4 - - - - 3,4 - - - - (1.762,3) - (1.762,3) Cancelamento de ações em tesouraria - (1.046,2) - - 1.046,2 - - Transferência de reservas para plano acionistas - (67,2) - - 168,8 - 101,6 Subvenção para investimentos e incentivos fiscais - 115,8 - - - - 115,8 Lucro líquido do exercício - - - - - 2.806,3 2.806,3 Recompra de ações Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: Reserva estatutária - - 1.333,2 - - (1.333,2) - Antecipação de dividendos na forma de JCP - - - - - (1.473,1) (1.473,1) Dividendos complementares 2005 - - (390,9) - - - (390,9) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) - 19.268,1 Aumento do capital social 128,3 - - - - - 128,3 Aumento de capital por captalização de reservas 260,8 (260,8) - - - - - Recompra de ações - - - - (3.082,6) - (3.082,6) Ágio na subscrição de ações plano - (8,1) - - - - (8,1) Cancelamento de ações em tesouraria - (2.760,4) - - 2.760,4 - - Transferência de reservas para plano acionistas - (38,2) - - 104,0 - 65,8 Subvenção para investimentos e incentivos fiscais - 149,5 - - - - 149,5 Lucro líquido do exercício - - - - - 2.816,4 2.816,4 Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: Reserva estatutária - - 898,9 - - (898,9) - Antecipação de dividendos na forma de JCP - - - - - (1.084,0) (1.084,0) Dividendos antecipados - - - - - (841,8) (841,8) Dividendos e JCP prescritos - - - - - 8,3 8,3 6.105,2 9.952,6 2.312,2 208,8 (1.158,9) - 17.419,9 EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. AmBev Relatório Anual 2007 67 Demonstrações das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Expressas em milhões de reais) Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 2.816,4 2.806,3 2.816,4 2.806,3 Equivalência patrimonial 139,2 (143,3) (3,9) (1,4) Imposto de renda e contribuição social diferidos 520,2 460,4 629,3 626,5 Deságio na liquidação de incentivos fiscais (34,4) (39,9) (34,4) (39,9) Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 158,7 107,5 1.560,3 1.283,0 Depreciação e amortização ORIGENS DOS RECURSOS DAS OPERAÇÕES SOCIAIS Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante 876,3 685,6 1.424,0 1.188,4 Contingências tributárias, trabalhistas e outras (3,2) (92,0) 25,1 (111,8) Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 70,6 31,7 39,6 36,7 (14,6) (6,3) 14,6 8,7 (7,7) (9,8) (7,8) (10,0) (334,4) (341,3) (484,0) (470,3) (1,7) 0,7 (3,2) (6,1) - - 47,3 (8,7) (79,4) Provisão para perdas sobre ativos permanentes Encargos financeiros e variações sobre plano de ações Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo Perda (ganho) de participação em controladas Participação dos acionistas minoritários Variação cambial sobre controladas no exterior Subvenção investimentos de controlada Valor residual do imobilizado e investimentos alienados Restituição de capital pela controlada Dividendos recebidos e a receber 88,5 17,8 227,6 (212,9) (160,0) - - 952,8 127,6 187,0 288,6 - - 297,8 - 963,4 1.060,9 - - 5.977,2 4.803,7 6.437,9 5.510,6 DOS ACIONISTAS Aumento de Capital 128,3 - 128,3 - Incentivos fiscais 149,5 115,5 149,5 268,4 Venda financiada de ações Alienação de ações em tesouraria Dividendos e JCP prescritos 96,6 51,3 38,9 78,5 - 105,3 65,8 105,3 8,3 - 8,3 - 11,3 - 11,1 - - 62,4 - 66,6 670,1 - 233,1 - De terceiros Variações no realizável a longo prazo Despesas antecipadas Outros impostos e taxas a recuperar Contas a receber de soc.ligadas Contingências, tribut., trabalh. E outros Demais contas a receber e outros 146,5 - - 2.065,1 Variações no exigível a longo prazo Debêntures - 2.065,1 - Financiamentos 371,2 - 644,0 - Demais contas a pagar 251,5 3,2 - 4,3 7.897,1 7.206,5 7.630,3 8.098,8 TOTAL DAS ORIGENS As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 68 Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 13,4 46,8 34,4 61,4 - 0,7 - 44,5 31,8 147,7 - Despesas antecipadas - 20,9 - 20,9 Outros - 10,6 629,8 36,9 Financiamentos - 667,9 - 185,9 Diferimento de impostos - - - - 75,7 6,7 - - - - 245,5 176,6 121,1 215,9 - 264,3 APLICAÇÃO DE RECURSOS Variações no realizável a longo prazo Depósitos compulsórios e judiciais Contas a receber de sociedades ligadas Outros impostos e taxas a recuperar Variações no exigível a longo prazo Contas a pagar sociedades ligadas Demais contas a pagar Contingências tributárias, trabalhistas e outras No ativo permanente Investimentos, inclusive ágios e deságios Imobilizado Diferido 421,1 2.742,3 453,0 2.731,0 1.005,0 812,9 1.630,9 1.425,7 13,2 11,9 15,5 18,7 Em transações de capital Recompra de ações 3.082,6 1.762,3 3.090,6 1.762,3 Dividendos propostos e pagos 1.925,8 1.864,0 1.925,8 1.864,0 CCL de controlada incorporada - - - - CCL de controladora incorporada - - - - Variação no capital de minoritários - - 35,3 0,5 TOTAL DAS APLICAÇÕES 6.702,4 8.194,0 8.209,2 8.548,2 AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.194,7 (987,5) (578,9) (449,4) VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE Ativo circulante No fim do exercício 4.101,2 3.468,6 7.880,4 6.817,6 No início do exercício 3.468,6 2.760,8 6.817,6 5.474,7 632,6 707,8 1.062,8 1.342,9 No fim do exercício 5.711,8 6.273,9 8.486,1 6.844,4 No início do exercício 6.273,9 4.578,6 6.844,4 5.052,1 (562,1) 1.695,3 1.641,7 1.792,3 1.194,7 (987,5) (578,9) (449,4) Passivo circulante AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. AmBev Relatório Anual 2007 69 Demonstrações consolidadas de fluxo de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Expressas em milhões de reais) 2007 2006 2.816,4 2.806,3 1.424,0 25,1 82,9 (34,4) (10,2) 5,6 (3,2) 8,0 83,0 (7,7) 343,2 629,3 227,5 1.560,3 47,3 (3,9) 119,8 (32,1) (3,2) 17,4 1.188,4 (111,8) 36,7 (39,9) 11,8 18,8 (22,0) 1,4 163,4 (10,0) 424,2 626,5 (79,4) 1.283,0 (8,7) (1,4) 260,5 (24,0) (5,5) - Redução (aumento) nas contas do ativo Contas a receber de clientes Impostos a recuperar Demais contas a receber e outros Estoques Depósitos judiciais (165,2) (49,8) (40,3) (148,9) (16,1) (166,2) (14,5) (232,1) (142,8) (63,2) Aumento (redução) nas contas do passivo Fornecedores Salários, participações e encargos sociais Imposto de renda, contribuição social e demais impostos Desembolsos vinculados à provisão contingencial Demais tributos e contribuições a recolher Outros 843,4 (62,1) 253,9 (170,7) 52,8 126,5 286,8 20,7 36,9 (268,2) 93,7 (84,2) 7.918,6 5.985,2 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias Títulos e depósitos em garantia Alienação de investimentos Aquisição de investimentos Alienação de bens do imobilizado Aquisição de bens do imobilizado Caixa inicial - Consolidação de nova empresa Aumento de capital em subsidiária Dispêndios na formação do diferido (224,2) (430,1) 107,5 (1.630,9) 3,5 (12,7) (15,5) 180,6 0,1 (2.639,2) 117,6 (1.425,7) (18,7) UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2.202,4) (3.785,3) ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes Depreciação e amortização Contingências tributárias, trabalhistas e outras Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais Ganho na liquidação de incentivos fiscais Provisão (reversão) para perdas em estoques e ativos permanentes Provisão para reestruturação Reversão de provisão para perdas sobre investimentos Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições Perda na alienação de bens do permanente Juros e variações sobre plano de ações Variação cambial e encargos sobre financiamentos Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa Ágio amortizado, líquido de deságio realizado Participação de acionistas minoritários Equivalência patrimonial Perdas não realizadas sobre derivativos Recuperação de crédito extemporâneo Perda de participação em controladas Baixa de IPI / ICMS irrecuperável GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 70 2007 2006 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Financiamentos Captação Amortização Variação no capital de minoritários Aumento de capital Venda financiada de ações Recompra de ações Pagamento de dividendos 9.428,5 (9.384,7) (4,9) 128,3 54,5 (3.094,3) (1.952,6) 9.344,8 (7.386,3) 53,0 3,4 72,5 (1.765,1) (1.790,8) UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (4.825,2) (1.468,5) (121,7) (29,8) 769,3 701,6 1.538,9 2.308,2 837,3 1.538,9 AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 769,3 701,6 Informação adicional sobre o fluxo de caixa: Pagamento de juros sobre empréstimos Pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 816,0 631,8 603,1 585,3 EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES Saldo inicial de caixa e equivalentes Saldo final de caixa e equivalentes As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. AmBev Relatório Anual 2007 71 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 1. CONTEXTO OPERACIONAL consultores legais. Como a BAH era 100% controlada pela resultaram na redução dos valores dos ágios iniciais nos AmBev, não houve emissão de ações na incorporação. montantes de R$185,6 em Goldensand e R$8,0 em Cintra. a) Considerações gerais A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com Segue abaixo o balanço patrimonial consolidado ajustado de (ii) Aquisição Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”) abertura da Goldensand: 17.04.07 pela Labatt Canadá sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou Em 30 de março de 2007, a Labatt Canadá adquiriu 91,43% Ativo circulante mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em das Units da Lakeport, e pagou pelas mesmas o montante Realizável a longo prazo 141,3 outros países nas Américas, produzir e comercializar cervejas, de CAD$208,5 (equivalentes a R$376,4 em 31 de dezembro Imobilizado 154,5 chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte. de 2007), apurando um ágio de CAD$205,9 (equivalentes a Passivo circulante A Companhia mantém contrato de “franchising” com a R$371,8 em 31 de dezembro de 2007), que está sendo Exigível a longo prazo 345,7 PepsiCo International Inc. ("PepsiCo") para engarrafar, amortizado linearmente em 10 anos. Após a aquisição Provisões contingenciais 251,1 vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em outros compulsória das Units não depositadas, a Lakeport se tornará Participação dos acionistas minoritários (*) países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea, o subsidiária integral da Labatt Canadá, que então realizará os Patrimônio Líquido isotônico Gatorade e H2OH!. procedimentos necessários para assegurar que as Units serão (*) Participação indireta de Monthiers, subsidiária integral A Companhia mantém contrato de licenciamento com delistadas da Toronto Stock Exchange e assegurará os da AmBev. a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt requisitos necessários para notificar e obter a autorização Brewing Company Limited (“Labatt Canadá”), para produzir, para cessarem as obrigações de divulgação de informações engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser no da legislação canadense. Brasil, Canadá, Argentina e outros países e, por meio de 58,4 (6,6) (319,9) (iv) Aquisição de 20% de ações ordinárias da subsidiária Compañia Cervecera AmBev Ecuador S.A. (“AmBevEcuador”) Canadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella Artois sob licença da Interbrew International B.V. (“InBev”) no 32,7 (iii) Contrato de compra e venda relativo à Cervejaria Cintra Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”) Em 05 de março de 2007, a Companhia por meio de sua controlada Monthiers S.A. (“Monthiers”) adquiriu de Freeville licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados Em 28 de março de 2007, a Companhia anunciou a Management Unidos e em determinados países da Europa, Ásia e África. assinatura de contrato de compra e venda da totalidade das AmBevEcuador pelo montante de US$1,3, representando um Ltd., 120.500 ações ordinárias de A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores quotas da sociedade Goldensand Comércio e Serviços Lda. aumento de participação de 20% no capital social. Com esta de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova ("Goldensand"), controladora da Cintra com 95,89% das transação, a Companhia aumentou sua participação no Iorque – NYSE, na forma de Recibos de Depósitos ações. O valor da compra foi de R$43,2 e resultou em um capital de AmBevEcuador de 80% para 100% e apurou um Americanos – ADRs. ágio inicialmente calculado no montante de R$548,7, que ágio no montante de R$0,8. está sendo amortizado em 10 anos. b) Principais eventos ocorridos no período de 2007 e de 2006 (i) Incorporação da subsidiária Beverage Associates Adicionalmente, a Companhia, através de uma controlada, adquiriu também 4,11% das ações da Cintra, pelo preço (v) Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”) de aquisição de R$6,5, resultando em um ágio de R$21,0, Em 8 de agosto de 2006, a Companhia finalizou a operação que está sendo amortizado em 10 anos. Essas transações com a Beverage Associates Corp. (“BAC”), os outros Em 29 de junho de 2007, a subsidiária BAH foi incorporada não incluíram a aquisição das marcas e dos ativos de controladores em conjunto de Quinsa, anunciada em 13 de pela AmBev, com o objetivo de simplificar a estrutura distribuição da Cintra. abril de 2006, adquirindo a totalidade das ações da Beverage Holding Ltd (“BAH”) societária e reduzir custos das duas empresas envolvidas. A Associates Holding Ltd. (“BAH”), pelo montante total de amortização do ágio registrado pela AmBev, fundamentado Em 30 de setembro de 2007, a Companhia efetuou uma R$2.738,8, resultando em um ágio no montante de com base em rentabilidade futura, está sendo, após a analise detalhada dos ativos e passivos adquiridos dessas R$2.331,1. Com o fechamento da operação, a participação incorporação, considerado dedutível para fins fiscais, nos empresas e procedeu ajustes, principalmente relacionados a da AmBev no capital social da Quinsa passou de 56,83% termos da legislação tributária vigente, e na opinião de seus provisão para contingências e imposto de renda diferido, que para 91,36%. 72 (vi) Aliança com o Grupo Romero a) Estimativas contábeis Em 9 de março de 2006, a Companhia anunciou aliança com • Aplicações financeiras As aplicações financeiras, substancialmente representadas o grupo empresarial Romero, firmada por meio de acordo de Na elaboração das demonstrações contábeis, é necessário por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e alienação de 25% do capital social de sua controlada indireta utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos certificados de depósito bancário, inclusive denominados em Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”) e outras transações. Sendo assim, nas demonstrações moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo, para a Ransa Comercial S.A., empresa integrante do Grupo contábeis são incluídas várias estimativas referentes à vida adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos Romero. Em 14 de julho de 2006, a Companhia fechou a útil do ativo imobilizado, às provisões necessárias para "pro rata temporis"; quando necessário, é constituída transação pelo montante de R$8,2. O acordo de acionistas passivos contingentes, para calcular projeções para provisão previa opção adicional de compra em favor do Grupo determinar a recuperação de saldos do imobilizado, Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são Romero referente a 5% do capital social. intangível, diferido e imposto de renda diferido ativo, bem avaliadas a valor de mercado, e quando aplicável, constituída Em 22 de setembro de 2006 a opção de compra de 5% como à determinação de provisão para imposto de renda, provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não do capital social foi exercida pelo montante de R$1,7, as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível realizados de natureza variável. passando a participação do Grupo Romero no capital por parte da administração da Companhia, podem social da AmBev Perú de 25% para 30%. apresentar variações em relação aos valores reais. O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 A administração da Companhia revisa trimestralmente de dezembro de 2007, inclui depósitos em conta-corrente e essas estimativas e é de opinião que não existem aplicações financeiras, concedidos a título de garantia diferenças significativas. vinculada com a emissão de títulos da dívida externa 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E PRINCIPAIS PRÁTICAS ADOTADAS para redução aos valores de mercado. de controladas, no montante de R$19,3 (R$34,6 em 31 b) Apuração do resultado de dezembro de 2006). s receitas e despesas são reconhecidas pelo regime • Contas a receber de clientes As demonstrações contábeis individuais e consolidadas de competência de exercícios. As contas a receber de clientes são registradas pelo valor foram elaboradas com base nas práticas contábeis As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados faturado incluindo os respetivos impostos. emanadas da Legislação Societária e com as normas quando todos os riscos e benefícios relacionados aos expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. produtos vendidos são transferidos para o comprador. Uma Essas demonstrações contábeis não refletem as alterações receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na introduzidas pela Lei 11.638/07, conforme mencionado sua realização. na Nota 20 (a). A Companhia está apresentando como informações c) Ativos circulante e não-circulante complementares, a Demonstração dos Fluxos de Caixa preparada de acordo com a NPC 20 – Demonstração dos • Caixa e equivalentes Fluxos de Caixa, emitida pelo IBRACON – Instituto de O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de Auditores Independentes do Brasil. liquidez imediata e com vencimento original de até 90 dias, está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos incorridos até a data do balanço, e ajustados, quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado. AmBev Relatório Anual 2007 73 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos, conforme apresentado na tabela abaixo: na Nota 6, dentro dos limites de prazo estabelecidos na legislação. Controladora Saldo inicial Constituição Reversão/utilização O ativo diferido é composto, principalmente, por gastos 2006 2007 2006 incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na 134,1 125,9 185,6 169,7 aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e 75,1 51,2 100,5 78,6 gastos com implantação e ampliação (vide Nota 7). A (70,5) (43,0) (94,6) (61,5) amortização do diferido é calculada pelo método linear, no Variação cambial (*) Saldo final Consolidado 2007 - - (5,4) (1,2) prazo máximo de dez anos, a partir do início das atividades 138,7 134,1 186,1 185,6 operacionais, quando relacionado a gastos na fase pré- (*) Variação cambial relativa a provisão para devedores duvidosos das empresas internacionais. operacional e a partir do mês seguinte ao da incorporação, quando referente a ágio. • Estoques Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida para redução aos valores de realização. útil do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio e) Conversão das demonstrações contábeis das controladas sediadas no exterior (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, amortizado no prazo máximo de dez anos e registrado na têm como moeda funcional o dólar norte-americano, pois transporte e armazenagem dos estoques. No caso de rubrica "Outras despesas operacionais". O deságio em suas receitas e seus fluxos de caixa estão atrelados estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui investimento, atribuído a razões econômicas diversas, substancialmente a essa moeda. As demonstrações contábeis as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade somente será realizado na eventual alienação ou baixa das controladas sediadas no exterior são elaboradas com normal de operação. do investimento. base tanto na moeda local como na funcional. O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e inclui Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas • Demais ativos os juros incorridos no financiamento durante a fase de no exterior são convertidos para reais às taxas de câmbio Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com vigentes na data das demonstrações contábeis. Já as contas são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas aplicável, os rendimentos auferidos até a data do em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas médias de câmbio de cada mês. encerramento do exercício. Se necessário, é constituída e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas provisão para redução aos valores de mercado. produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo de câmbio vigentes na data das demonstrações contábeis imobilizado e aquele apurado às taxas médias de câmbio do período d) Permanente são tempestivamente avaliadas pela administração da Companhia e, quando aplicável, uma é registrada na conta "Outras receitas operacionais". provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A Para conversão das demonstrações contábeis das controladas Os investimentos em controladas e em controladas em depreciação é calculada pelo método linear, considerando a no exterior, foi utilizada a paridade entre a moeda local e o conjunto são avaliados pelo método da equivalência vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas dólar patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas na Nota 6. apresentadas. A taxa de conversão do dólar americano para contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela O intangível é demonstrado ao custo de aquisição e é reais (“R$”) utilizada em 31 de dezembro de 2007 foi de Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui composto, principalmente, pelas áreas de distribuição de R$1,7713 (R$2,138 em 31 de dezembro de 2006). desdobramento dos custos de aquisição em valor ex-revendedores adquiridas pela Companhia, com intuito patrimonial, ágio ou deságio. de efetuar a venda e distribuição direta. A amortização é 74 americano (“US$”), conforme taxas abaixo Moeda Denominação País DOP Peso dominicano República Dominicana GTQ Quetzal Guatemala PEN Sol peruano Perú VEB Bolívar Venezuela Taxa inicial Taxa final 33,7751 34,1666 7,5962 7,6310 3,1970 2,9940 2.150,00 2.150,00 i) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados monetariamente, referentes a questões ARS Peso Argentina 3,07 3,15 trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas BOB Boliviano Bolívia 8,03 7,67 instâncias administrativas e judiciais, com base nas PYG Guarani Paraguay 5.173,04 4.849,90 estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores 24,47 21,55 jurídicos internos e externos da Companhia e suas 534,43 495,82 controladas, para os casos em que essas perdas são UYU Peso uruguaio Uruguay CLP Peso chileno Chile Para a conversão das demonstrações contábeis da Labatt Canadá, foi utilizada a paridade do dólar canadense consideradas prováveis. (“CAD”) para reais de R$1,80561 em 31 de dezembro de 2007 (R$1,83582 em 31 de dezembro de 2006). As reduções de impostos, obtidas com base em decisões f) Passivos circulante e não-circulante judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas controladas contra as autoridades tributárias, são objeto de São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em e variações monetárias incorridos até a data de encerramento das demonstrações contábeis. última instância em favor da Companhia e suas controladas. g) Operações com derivativos de moedas e juros – Itens financeiros j) Subvenção para investimentos A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge da sua exposição consolidada de riscos A Companhia e suas controladas têm determinados de moedas e juros. Em atendimento às normas da CVM, as operações "não designadas contabilmente" são mensuradas programas de incentivos fiscais estaduais na forma de ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições contratuais entre a Companhia e terceiros diferimento do pagamento de impostos, com reduções ("curva do papel"), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente nas contas "Ganho sobre derivativos não parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de realizado" ou "Perda sobre derivativos não realizada". Para as operações designadas como hedge, a contabilização é carência e as reduções não são condicionais. efetuada com base no custo amortizado. Os valores nominais das operações de forward e swap de moedas e juros não Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos são registrados no balanço patrimonial. sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é tratado como reserva para h) Operações com derivativos de moedas e commodities – Itens operacionais subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido da Companhia e das suas controladas, com base no A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge de sua exposição consolidada de custos regime de competência de registro desses impostos, ou no de matérias-primas a serem adquiridas e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de momento em que as empresas cumprem com as principais moedas e commodities. obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como hedge, são mensurados ao valor benefício concedido. de mercado, diferidos e contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em "Outros ativos e passivos", e reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido no resultado. No caso de matérias-primas, o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto, na conta "Custo dos produtos vendidos". No caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida no resultado, na conta de “Despesas operacionais”. AmBev Relatório Anual 2007 75 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) Nas demonstrações contábeis da Companhia o benefício m) Demonstrações contábeis consolidadas n) Transações com partes relacionadas operacionais" e totalizou R$212,9 na controladora e R$226,5 As demonstrações contábeis consolidadas incluem as As transações com partes relacionadas são realizadas em no consolidado (R$160,0 e R$165,4, respectivamente, em demonstrações da Companhia e suas controladas diretas condições usuais de mercado e envolvem, entre outras 31 de dezembro de 2006). e indiretas, conforme mencionado na Nota 5 (c) e (d). operações, a compra e a venda de matérias-primas como As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em malte, concentrados, rótulos, rolhas, garafas e produtos todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas acabados diversos. utilizadas no exercício anterior. Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da referente às controladas é classificado em “Outras receitas k)Imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro líquido consolidava Companhia no Brasil têm prazo de vencimento O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro Até proporcionalmente as demonstrações financeiras da Quinsa, indeterminado e incidência de encargos financeiros de líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação que a partir de setembro de 2006 passaram a ser mercado, exceto por alguns contratos com controladas aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e a consolidadas integralmente. onde a Companhia detém a totalidade do capital, sobre contribuição social é registrado em regime de competência Adicionalmente, a Companhia consolida os passivos líquidos os quais não incidem encargos. de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido e resultados das empresas Agrega Inteligência em Compras Os contratos envolvendo as controladas da Companhia calculado sobre as diferenças temporárias entre as bases Ltda (“Agrega”) e Ice Tea do Brasil Ltda (“ITB”), sediadas no exterior são geralmente atualizados contábeis e tributáveis de ativos e passivos. proporcionalmente à sua participação nas demonstrações monetariamente pela variação do dólar norte- Registra-se também o imposto de renda diferido ativo contábeis dessas empresas. americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano. correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos Em 31 de dezembro de 2007, o total de passivos líquidos fiscais e bases negativas de cálculo de contribuição social registrados na AmBev relativo a essas empresas somam caso haja expectativa de realização desses benefícios, no (R$2,1) e os resultados líquidos totalizam R$3,7 ((R$5,8) prazo máximo de dez anos, com base em projeções de e (R$3,4), respectivamente, em 31 de dezembro de 2006). Com resultados futuros. A Companhia também procedeu a consolidação das de demonstrações contábeis do fundo Taurus Investment SPC demonstrações (“Taurus”), um fundo de investimentos controlado direta a comparabilidade entre os períodos, a Companhia e integralmente através das controladas da Companhia. procedeu Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006, as transações do de dezembro de 2006: (i) de Resultado de equivalência A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e fundo correspondiam, basicamente, à aplicações financeiras patrimonial passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados e operações com instrumentos derivativos para mitigar a no montante de R$ 160,0 na Controladora, a parcela de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM exposição da Companhia às flutuações dos preços de relativa aos ganhos e acréscimos patrimoniais com o n° 371, de 13 de dezembro de 2000. commodities, das taxas de juros e de moedas. objetivo de alinhar o tratamento dado no Consolidado; l) Ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados agosto de 2006, a Companhia o) Reclassificações o objetivo determinados às de melhorar valores contábeis, seguintes para Outras e a apresentação transações bem como reclassificações, receitas em suas manter em 31 operacionais, Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos como (ii) complemento de reclassificação dos Depósitos judiciais receita ou despesa, tendo como base o valor dos ganhos do ativo para o passivo, como redutor da conta Provisão e perdas não reconhecidos que exceder, em cada período, para contingências nos montantes de R$ 72,9 na ao maior dos seguintes limites: (a) 10% do valor presente Controladora e R$ 84,3 no Consolidado; e (iii) de da obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos Fornecedores para Dívidas com pessoas ligadas, relativo a do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro contas a pagar com a FAHZ e InBev, nos montantes de estimado para os participantes do plano. R$1,4 e R$3,3, respectivamente. 76 3. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A PAGAR a) Composição dos impostos a recuperar - curto prazo e longo prazo: Controladora Curto Prazo IPI ICMS Consolidado Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 16,1 31,9 - - 26,3 43,5 - - 122,5 116,1 130,8 107,8 132,7 127,6 137,4 111,5 PIS / COFINS 48,5 49,5 29,8 8,5 57,9 55,5 30,8 9,0 IRRF 17,7 10,7 - - 35,1 27,8 - - 294,9 197,5 6,3 6,1 372,3 328,3 14,7 14,2 14,4 13,5 17,7 17,6 14,7 14,0 24,4 24,2 IRPJ / CSLL Outros impostos Impostos unidades exterior TOTAL - - - - 100,3 91,0 - - 514,1 419,2 184,6 140,0 739,3 687,7 207,3 158,9 b) Composição dos impostos a pagar - curto prazo: Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 Abreviaturas utilizadas: 73,2 77,3 77,0 79,5 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 622,5 561,7 643,0 577,3 16,1 26,4 18,8 27,0 7,6 2,6 8,6 3,1 Outros impostos nacionais 32,0 36,2 55,5 58,6 Impostos unidades exterior - - 458,1 493,5 751,4 704,2 1.261,0 1.239,0 IPI ICMS PIS / COFINS IRRF TOTAL ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços PIS – Programa de Integração Social COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido AmBev Relatório Anual 2007 77 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Empresas AmBev (*) AmBev International Arosuco Aspen Brahmaco Brahma Venezuela Cintra CRBS S.A. Cympay Dunvegan S.A. Eagle Fratelli Vita Goldensand Jalua Spain S.L. Labatt Canadá Malteria Uruguai S.A. Malteria Pampa S.A. Monthiers Quinsa Skol Taurus Investments Outras nacionais Outras internacionais TOTAL Saldos em 31 de dezembro de 2007 Créditos Contratos com Contas de mútuos Controladas a pagar a receber 880,8 (1.602,4) 59,5 261,3 0,1 (73,7) 87,7 0,9 (0,9) 218,4 1,2 (22,6) 70,9 0,5 (1,2) 122,7 0,2 68,5 (32,7) 1,4 108,7 (0,9) 360,8 (868,0) 0,2 3,7 (2,4) 266,2 430,2 1,1 (5,0) 104,1 (79,1) 71,5 (40,4) 0,5 546,6 1.459,0 (3,9) 0,2 588,3 (19,8) 80,0 5,4 (15,9) 2.765,4 (2.768,9) 3.035,2 Transações Contratos de mútuos a pagar (985,7) (220,2) (211,1) (2,7) (24,9) (719,0) (2,6) (90,0) (86,2) (544,3) (0,3) (18,5) (104,7) (21,0) (3.031,2) ocorridas em 2007 Resultado Vendas financeiro líquidas líquido 454,1 (202,2) 1,5 652,6 (11,8) 0,7 (4,1) 31,2 102,6 1,9 (28,8) 54,5 (15,4) (7,4) 27,1 13,0 302,4 (8,2) 142,6 313,2 17,6 (74,6) 9,4 5,7 1,7 1.780,0 (0,7) Empresas AmBev (*) Arosuco Aspen Brahmaco Brahma Venezuela CRBS S.A. Cympay Dunvegan S.A. Eagle Fratelli Vita Jalua Spain S.L. Labatt Canadá Malteria Uruguai S.A. Malteria Pampa S.A. Monthiers Quinsa Skol Taurus Investments Outras nacionais Outras internacionais TOTAL Saldos em 31 de dezembro de 2006 Créditos Contratos com Contas de mútuos Controladas a pagar a receber 791,5 (1.678,2) 73,1 8,6 (0,3) 471,0 327,7 1,1 (1,1) 252,7 0,3 (14,5) 81,0 122,7 0,2 76,8 1,5 131,2 (1,1) 643,7 (868,1) 0,2 4,0 (6,0) 230,2 529,6 1,1 (10,0) 33,3 (34,2) 12,0 (0,1) 0,4 698,8 1.495,3 3,0 (1,3) 738,3 6,9 (5,6) 72,3 1,4 (6,4) 2.631,0 (2.626,9) 4.178,9 Transações Contratos de mútuos a pagar (1.451,8) (0,4) (471,1) (244,6) (22,6) (1.065,7) (2,0) (80,3) (616,9) (18,6) (176,7) (24,2) (4.174,9) ocorridas em 2006 Resultado Vendas financeiro líquidas líquido 398,3 (76,6) 549,1 0,3 0,7 (0,1) 74,6 (1,7) 98,1 0,2 88,6 21,6 (17,1) 46,1 135,3 118,7 (27,0) 14,8 (9,7) 1,5 (1,6) (1,0) 1.412,0 1,1 (*) A AmBev possui valores em “Contas a receber e a pagar” com suas acionistas FAHZ e InBev, cujas demonstrações contábeis não integram as informações consolidadas da Companhia, portanto, os saldos não foram eliminados. Denominações utilizadas: AmBev International Finance Co. Ltd. (“AmBev International”) Arosuco Aromas e Sucos Ltda (“Arosuco”) Aspen Equities Corporation (“Aspen”) Brahmaco International Limited (“Brahmaco”) 78 Cerveceria y Maltería Paysandú (“Cympay”) Cervejarias Reunidas Skol-Caracu S.A. (“Skol”) Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”) Compañia Brahma Venezuela S.A (“Brahma Venezuela”) Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. (“Eagle”) Fratelli Vita Bebidas S/A (“Fratelli Vita”) InBev NV/SA (“InBev”) Fundação Antônio e Helena Zerrenner – Instituição Nacional de Beneficência (“FAHZ”) 5. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETAS a) Movimentação da participação em controladas diretas, incluindo ágio e deságio Saldo em 31 de dezembro de 2005 Participação em controladas Ágio Total 19.619,4 14,6 19.634,0 143,3 - 143,3 Equivalência patrimonial (i) Reversão de provisão para perdas sobre investimento Amortização do ágio Perda de participação em controlada 12,4 - 12,4 - (107,5) (107,5) (0,7) - (0,7) (1.060,9) - (1.060,9) Variação cambial em controlada no exterior (17,9) - (17,9) Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas 160,0 Dividendos recebidos e a receber 160,0 - Aporte de capital Agrega 2,2 - 2,2 Redução de capital Anep (300,0) - (300,0) Aquisição de investimentos (Nota 1 (b)(v)) Saldo em 31 de dezembro de 2006 407,7 2.331,1 2.738,8 18.965,5 2.238,2 21.203,7 (139,2) - (139,2) 3,4 - 3,4 - (2.136,8) (2.136,8) Equivalência patrimonial (i) Reversão de provisão para perdas sobre investimento Transferência de ágio por incorporação da BAH para o Ativo Diferido Aquisição Goldensand Amortização do ágio Recálculo ágio s/aquisição Goldensand (Nota 1 (b)(iii)) Dividendos recebidos e a receber Variação cambial em controlada no exterior Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas Alienação de Investimentos ( v ) Incorporação Miranda Correa Transferência de ágio por incorporação da Miranda Correa para o Ativo Diferido Aporte de capital (iii) Redução de capital (ii) Ganho de participação em controladas (iv) Saldo em 31 de dezembro de 2007 (505,5) 548,7 43,2 - (122,8) (122,8) 185,6 (185,6) - (963,4) - (963,4) (88,3) - (88,3) 212,9 - 212,9 (790,0) - (790,0) (46,3) - (46,3) (2,5) - (2,5) 73,1 - 73,1 (156,5) - (156,5) 1,7 - 1,7 16.753,0 339,1 17.092,1 Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Participações em controladas inclui o saldo de Provisão para passivo a descoberto na Goldensand no valor de R$ 244,0 registrado, na Controladora, no Exigível a longo prazo. (i) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$1.129,4 (R$969,8, em 31 de dezembro de 2006); (ii) Redução de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Fratelli Vita. (iii) Aporte de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Goldensand. (iv) Ganho decorrente da variação de percentual nas controladas CRBS e Fratelli Vita. (v) Alienação dos investimentos Miranda Correa, CRBS e Skol. AmBev Relatório Anual 2007 79 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) b) Ágio e deságio - Consolidado Amortização 2007 2006 Custo Acumulada Valor residual Valor residual 16.383,3 (3.134,2) 13.249,1 14.378,6 Ágio Labatt Canadá Lakeport (iii) Quinsa QIB BAH (i) Goldensand (ii) Cintra (ii) Cympay Embodom Malteria Pampa Indústrias Del Atlântico Miranda Correa (i) AmBev Ecuador Subsidiárias Labatt Canadá Subsidiárias da Quinsa 371,8 (27,9) 343,9 - 1.029,9 (521,5) 508,4 635,4 93,4 (43,4) 50,0 59,8 - - - 2.233,9 363,1 (24,2) 338,9 - 13,1 (0,9) 12,2 - 26,6 (18,7) 7,9 10,3 224,1 (82,7) 141,4 163,5 28,1 (26,1) 2,0 4,8 5,0 (2,0) 3,0 3,6 - - - 3,1 0,8 - 0,8 - 2.983,3 (2.955,5) 27,8 29,8 783,4 (475,4) 308,0 475,7 22.305,9 (7.312,5) 14.993,3 17.998,5 Deságio AmBev Ecuador (18,6) 8,2 (10,3) (12,3) 22.287,3 (7.304,3) 14.983,0 17.986,2 (i) Com a incorporação das controladas BAH e Miranda Correa, o saldo residual do ágio, fundamentado na expectativa de resultados futuros, foi reclassificado para o grupo de diferido (vide Nota 7). (ii) Vide Nota 1 (b) (iii). (iii) Vide Nota 1 (b) (ii). Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia apresenta no seu balanço (Controladora) o saldo residual de ágio no montante de R$339,1 (R$2.238,2 em 31 de dezembro de 2006), nas seguintes controladas: R$338,9 e R$0,2, na Goldensand e Malteria Pampa, respectivamente. 80 c) Informações sobre controladas diretas Em 31 de dezembro de 2007 Resultado Controlada Participação % Resultado de Patrimônio do período Investimento Equivalência Líquido ajustado (i) Patrimonial (i) Agrega 50,00 7,1 7,0 3,6 3,5 AmBev Bebidas (ii) 99,50 253,9 13,6 252,6 13,6 AmBev International 100 1,3 1,3 1,3 1,3 Anep 100 102,2 31,0 102,2 31,0 Arosuco 99,70 624,3 356,1 585,0 349,1 BAH (iii) - - 56,6 - 56,6 100 10,3 - 10,3 - - - - - 2,1 BSA Bebidas CRBS (v) Dahlen 100 38,3 (1,9) 38,3 (1,9) Eagle 99,96 1.835,6 (380,7) 1.835,1 (380,6) Fazenda do Poço 91,41 0,6 - 0,6 - Fratelli Vita 77,97 428,6 86,6 331,8 65,1 Goldensand 100,0 (244,0) 3,4 - - Hohneck 50,69 983,9 (101,4) 498,8 (51,3) Labatt ApS 99,99 12.447,6 (363,2) 12.447,4 (363,1) Lambic Holding 87,10 353,6 48,0 308,0 41,8 Malteria Pampa 60,00 181,4 59,7 103,4 39,3 17,9 Miranda Correa (iv) - - - - Quinsa 34,53 1.386,1 394,8 478,6 80,3 Skol (v) - - - - (43,9) 16.997,0 (139,2) Em 31 de dezembro de 2006 Resultado Controlada Participação % Resultado de Patrimônio do período Investimento Equivalência Líquido ajustado (i) Patrimonial (i) Agrega 50,00 0,1 (4,5) - (2,2) AmBev Bebidas (ii) 99,50 240,2 (2,5) 239,0 (2,4) 100 115,3 19,8 115,3 19,7 99,70 457,4 294,9 424,5 291,0 BAH (iii) 100 448,6 48,0 448,6 48,0 BSA Bebidas 100 10,3 - 10,3 - 99,65 179,2 1,9 178,5 1,9 Anep Arosuco CRBS (v) Dahlen Eagle 100 40,2 8,6 40,3 8,6 99,96 2.216,3 (159,8) 2.215,7 (159,0) (2,9) Fazenda do Poço 91,41 0,6 (3,2) 0,6 Fratelli Vita 77,84 491,4 64,0 382,5 49,8 Honeck 50,69 1.085,3 (80,1) 550,2 (40,6) Labatt ApS 99,99 13.279,1 (142,1) 13.278,9 (142,0) Lambic Holding 87,10 305,6 55,6 266,2 48,4 Malteria Pampa 60,00 196,5 43,6 117,9 26,1 Miranda Correa (iv) Skol (v) 100 43,5 32,1 43,5 32,1 99,96 653,8 (33,2) 653,5 (33,2) 18.965,5 143,3 (i) Alguns valores podem não corresponder diretamente aos percentuais de participação devido aos lucros não realizados entre empresas do grupo. (ii) Nova denominação social da empresa Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda. (iii) Empresa incorporada pela AmBev em 29 de junho de 2007. (iv) Empresa incorporada pela AmBev Bebidas em 30 de novembro de 2007. (v) Vide Nota 5 (a) (v). AmBev Relatório Anual 2007 81 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) d) Principais participações indiretas relevantes em controladas: Total de participação indireta - % Denominação 2007 2006 Exterior 91,36 91,36 Jalua Spain S.L. Quinsa 100,00 100,00 Monthiers 100,00 100,00 Aspen 100,00 100,00 6. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL a) Composição Controladora 2007 Custo 2006 Depreciação Valor Valor Taxas anuais de acumulada residual residual depreciação (i) Imobilizado Terrenos 94,4 - 94,5 92,0 - 1.440,8 (747,3) 693,5 589,8 4,0% Máquinas e equipamentos 4.112,1 (3.158,8) 953,3 577,2 10,0% Bens/equipamentos de uso externo 1.368,4 (727,1) 641,3 619,4 20,0% Prédios e construções Outros imobilizados Imobilizado em andamento Intangível 53,3 (38,0) 15,2 15,0 19,84%(ii) 209,1 - 209,1 371,7 - 7.278,1 (4.671,2) 2.606,9 2.265,1 - 1.209,1 (880,6) 328,5 346,5 20,0% Consolidado 2007 2006 Depreciação Valor Valor Taxas anuais de Custo acumulada residual Residual depreciação (i) 284,7 - 284,7 324,8 - Imobilizado Terrenos Prédios e construções 2.814,5 (1.348,6) 1.465,9 1.424,5 4,0% Máquinas e equipamentos 8.841,1 (6.528,9) 2.312,2 2.052,9 10,0% 2.298,1 (1.285,3) 1.012,8 1.012,8 20,0% Bens/equipamentos de uso externo Outros imobilizados Imobilizado em andamento Intangível 82 309,9 (220,0) 89,9 45,2 19,98%(ii) 427,8 - 427,8 478,7 - 14.976,1 (9.382,8) 5.593,3 5.338,9 - 1.342,0 (953,8) 388,2 385,0 20,0% (i) As taxas podem ter acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado (ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2007 e 2006. A Companhia e suas controladas mantêm bens do ativo imobilizado destinados à venda, em 31 de dezembro de 2007, no valor residual de R$68,2 na Controladora e R$103,0 no Consolidado (R$82,9 e R$86,0 na Controladora e no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006), que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda potencial na realização, no montante de R$36,2 na Controladora e R$37,4 no Consolidado (R$48,2 na Controladora e R$50,4 no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006). b) Bens dados em garantia Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2007, existem bens móveis e imóveis, cujo saldo líquido contábil, no montante de R$608,8 (R$454,3 em 31 de dezembro de 2006), foram conferidos como garantias de empréstimos bancários. Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia. 7. DIFERIDO Controladora 2007 2006 Amortização Valor Valor Custo acumulada residual residual 204,0 (146,6) 57,4 39,4 48,3 (45,6) 2,7 3,8 2.331,1 (416,4) 1.914,8 - CBB 702,8 (595,0) 107,8 178,0 Astra 109,1 (54,5) 54,6 67,0 Gastos pré-operacionais Gastos com implantação e ampliação Ágios – rentabilidade futura (i): BAH Miranda Correa Outros ágios Outras despesas diferidas 5,5 (3,0) 2,5 - 44,0 (31,6) 12,4 20,2 123,3 (98,4) 24,9 45,0 3.568,1 (1.391,0) 2.177,1 353,4 Consolidado 2007 2006 Amortização Valor Valor Custo 286,9 acumulada (195,7) residual 91,2 residual 92,0 53,7 (49,0) 4,7 5,8 BAH 2.331,1 (416,4) 1.914,7 - CBB 702,8 (595,0) 107,8 178,0 Astra 109,1 (54,5) 54,6 67,0 Gastos pré-operacionais Gastos com implantação e ampliação Ágios – rentabilidade futura (i): Miranda Correa Outros ágios Outras despesas diferidas 5,5 (3,0) 2,5 - 44,0 (31,6) 12,4 20,5 162,5 (126,8) 35,7 65,7 3.695,6 (1.472,0) 2.223,6 429,0 (i) Os ágios reclassificados para o diferido (decorrentes de controladas incorporadas) são fundamentados nas projeções de resultados futuros das operações que sustentaram sua geração. AmBev Relatório Anual 2007 83 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 8. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES Taxa Vencimento Modalidade e finalidade final Controladora Média Circulante Ponderada Moeda Longo prazo 2007 2006 2007 2006 Em reais Incentivos fiscais de ICMS Dez/2017 3,34% R$ 45,4 102,4 169,6 160,5 Investimentos no permanente Dez/2011 TJLP + 3,86% R$ 163,4 167,1 194,8 331,7 Capital de Giro Jan/2008 103,50% CDI R$ 46,8 - - - Credito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ - - 85,3 - Credito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ - - 391,4 - Capital de giro Jan/2008 6,47% USD 24,8 - - - Capital de giro Jan/2008 5,26% EUR 438,8 - - - Capital de giro Mar/2008 2,18% YEN 379,0 901,0 - - Financiamento de importação Mar/2008 5,80% USD 50,7 - - - Bond 2011 Dez/ 2011 10,50% USD 4,6 5,5 885,6 1.069,0 Bond 2013 Set/ 2013 8,75% USD 26,8 32,4 885,6 1.069,0 Investimentos no permanente Jan/ 2011 9,89% UMBNDES Em moeda estrangeira Total empréstimos e financiamentos 20,9 31,4 21,2 45,3 1.201,2 1.239,8 2.633,5 2.675,5 Debêntures 2009 (Nota 8 (f)) Jul/ 2009 101,75% CDI R$ 21,9 25,9 817,0 817,0 Debêntures 2012 (Nota 8 (f)) Jul/ 2012 102,50% CDI R$ 33,6 40,0 1.248,1 1.248,1 55,5 65,9 2.065,1 2.065,1 1.256,7 1.305,7 4.698,6 4.740,6 Total debêntures Total Taxa Vencimento Modalidade e finalidade final Consolidado Média Circulante Ponderada Moeda Longo prazo 2007 2006 2007 2006 Em reais Incentivos fiscais de ICMS Dez/2017 3,34% R$ 45,5 103,6 174,1 161,9 Investimentos no permanente Dez/2011 TJLP + 3,86% R$ 190,6 167,1 204,3 331,7 Capital de Giro Jan/2012 14,28% R$ 74,6 63,8 1.190,9 619,5 Crédito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ - - 85,3 - Crédito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ - - 391,3 - Bond 2017 (Nota 8 (g)) Jul/2017 9,50% R$ 12,3 - 300,0 - 84 Taxa Vencimento Modalidade e finalidade Consolidado Média final Circulante Ponderada Moeda Longo prazo 2007 2006 2007 2006 Em moeda estrangeira Capital de giro Set/2011 6,34% USD 84,6 118,2 46,5 94,1 Capital de giro Jan/2008 5,26% EUR 438,8 - - - Capital de giro Mar/2008 2,18% YEN 379,1 901,0 - - Capital de giro Out/2012 BA + 0,35% CAD - 16,0 325,0 605,8 Capital de giro Jan/2008 12,60% ARS 36,3 37,8 - - Capital de giro Fev/2008 8,34% UYU 4,6 10,9 - - Capital de giro Set/2008 12,02% VEB 117,6 57,9 - 87,4 Capital de giro Dez/2008 7,69% DOP 103,4 80,6 - 10,0 Capital de giro Ago/2011 7,59% GTQ 16,0 19,4 35,9 44,8 Capital de giro Out/2010 6,60% PEN 85,3 49,3 114,5 183,9 Capital de giro Nov/2008 6,88% BOB 28,7 22,7 - - Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 4,6 5,5 885,6 1.069,0 Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 26,8 32,4 885,6 1.069,0 Financiamento de importação Out/2011 5,49% USD 101,4 41,9 3,5 8,1 Investimento no permanente Mar/2012 7,28% USD 68,8 149,6 227,6 379,4 Investimento no permanente Jun/2012 10,25% DOP 9,6 - 36,3 62,0 Investimento no permanente Nov/2008 12,10% ARS 132,9 106,3 - 19,4 Investimento no permanente Jan/2011 9,89% UMBNDES 20,9 31,3 21,1 45,4 Notes – Série A (Nota 8 (d) ii) Jul/ 2008 6,56% USD 287,1 - - 345,1 Notes – Série B (Nota 8 (d) ii) Jul/ 2008 6,07% CAD 90,3 - - 91,8 Sênior Notes – BRI (Nota 8 (d)) Dez/ 2011 7,50% CAD - - 160,3 163,0 Outros Mar/2012 12,17% ARS 8,9 4,5 12,0 5,3 Outros Jun/2008 5,19% PYG 49,2 - - - Outros Dez/2016 5,88% USD 2,9 18,9 211,0 0,3 5.396,9 Total empréstimos e financiamentos 2.420,8 2.038,7 5.310,8 Debêntures 2009 (Nota 8 (f)) Jul/2009 101,75% CDI R$ 21,9 25,9 817,1 817,1 Debêntures 2012 (Nota 8 (f)) Jul/2012 102,50% CDI R$ 33,6 40,0 1.248,0 1.248,0 Total debêntures Total 55,5 65,9 2.065,1 2.065,1 2.476,3 2.104,6 7.375,9 7.462,0 Abreviaturas utilizadas: • EUR – Euro Com. Européia • YEN – Iêne Japonês • ARS – Peso Argentino • BOB – Peso Boliviano • UYU – Peso Uruguaio • PYG – Guaranis Paraguaios • BA – Bankers Acceptance – Correspondente a 4,786 % a.a. em 31.12.07 • TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo – correspondente 6,25% a.a. em 31.12.07 • CDI – Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 11,12% a.a em 31.12.07 • UMBNDES – Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de Moedas AmBev Relatório Anual 2007 85 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) a) Garantias Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Vide Nota explicativa 6 (b). As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações da Labatt e Quinsa, possuem contratos de dívidas e compras de matérias primas garantidas por avais ou fianças da AmBev. b) Vencimentos Em 31 de dezembro de 2007, os empréstimos, os financiamentos e debêntures a longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir: Controladora Consolidado 2009 1.403,1 1.495,8 2010 105,4 248,9 2011 896,7 1.803,3 2012 1.248,0 2.271,7 2013 em diante 1.045,3 1.556,2 4.698,5 7.375,9 c) Incentivos fiscais de ICMS Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 Financiamentos 45,4 Diferimento de impostos sobre vendas 22,4 102,4 45,5 103,6 16,5 24,1 16,5 Financiamentos 169,6 160,5 174,1 161,9 Diferimento de impostos sobre vendas 450,2 405,7 617,4 405,7 Passivo circulante Passivo não circulante Os saldos classificados em financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média, por um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICMS. Os demais saldos referem-se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no passivo circulante, na rubrica "Demais tributos e contribuições a recolher". 86 d) Labatt Canadá (i) Capital de giro Em 26 de junho de 2006, foi contratado um empréstimo de R$717,2 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 15,88% ao ano e data de vencimento do principal em 20 de junho de 2011. Em 14 de janeiro de 2007, foi contratado um empréstimo de R$473,7 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 12,13% ao ano e data de vencimento do principal em 18 de janeiro de 2012. (ii) Senior notes Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$162 milhões, representado por Notas Bancárias da Série A (Notes – Serie A), e de CAD$50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (Notes – Serie B), contratados de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão sujeitas às seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares canadenses. Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou um contrato para empréstimo de CAD$200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um grupo de investidores institucionais. e) Cláusulas contratuais Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas atendem os compromissos contratuais de suas operações significativas de empréstimos e financiamentos, ou possuem uma concordância da contra-parte em relação a eventual desenquadramento. f) Debêntures Em 1º julho de 2006, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações, sendo a primeira série (“Debênture 2009”) no montante equivalente a R$817,0, com incidência de juros de 101,75% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2009, e a segunda série (“Debênture 2012”) no montante equivalente a R$1.248,0, com incidência de juros de 102,50% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2012. Os recursos obtidos com a emissão das debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BAC de emissão da Quinsa. g) Bond 2017 Em 24 de julho de 2007, a AmBev através de sua subsidiária integral AmBev International Finance Co. Ltd (“AmBev International”), emitiu R$300,0 (“Bond 2017”) em títulos denominados em reais com juros fixos de 9,50% ao ano amortizados semestralmente e vencimento em 24 de julho de 2017. Estes títulos serão total e incondicionalmente garantidos pela AmBev. Os pagamentos de juros e principal serão em dólares norte-americanos, de acordo com a taxa de câmbio da data do respectivo pagamento. AmBev Relatório Anual 2007 87 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 9. CONTINGÊNCIAS Controladora 2007 Provisões PIS e COFINS ICMS e IPI 2006 Depósito Provisões Provisões Líquidas Judicial Líquidas 40,4 (40,4) - - 168,5 (1,6) 166,9 158,3 IRPJ e CSLL 56,4 (0,4) 56,0 46,9 Trabalhistas 208,7 (129,6) 79,1 85,9 90,9 (6,3) 84,6 130,6 564,9 (178,3) 386,6 421,7 Depósito Provisões Provisões Líquidas Outros Total Consolidado 2007 Provisões PIS e COFINS ICMS e IPI 2006 Judicial Líquidas 70,6 (53,9) 16,7 14,4 430,9 (1,5) 429,4 177,5 IRPJ e CSLL 80,4 (0,4) 80,0 67,1 Trabalhistas 273,2 (135,3) 137,9 135,1 Outros Total 152,6 (8,2) 144,4 184,8 1.007,7 (199,3) 808,4 579,1 Controladora Atualização Saldo em monetária Saldo em 2006 Adições Reversões Pagamentos e cambial 2007 72,9 - (35,1) - 2,6 40,4 ICMS e IPI 168,9 28,5 (54,2) (6,5) 31,8 168,5 IRPJ e CSLL 47,2 0,6 (1,5) (0,1) 10,2 56,4 Trabalhistas 187,8 103,9 (31,8) (51,1) - 208,7 PIS e COFINS Outros 141,2 26,5 (17,7) (63,4) 4,2 90,9 Total contingências 618,0 159,5 (140,3) (121,1) 48,8 564,9 (196,3) (56,8) 71,9 13,1 (10,2) (178,3) 421,7 102,7 (68,4) (108,0) 38,6 386,6 (-) Depósitos judiciais Total contingências, líquido 88 Consolidado Atualização Saldo em 2006 PIS e COFINS monetária Adições Reversões Pagamentos Saldo em e cambial 2007 98,6 7,2 0,6 (41,2) - 5,3 70,5 ICMS e IPI 188,2 239,7 41,7 (63,4) (12,3) 37,0 430,9 IRPJ e CSLL 67,5 - 6,6 (7,9) (0,2) 14,4 80,4 Trabalhistas 245,5 0,7 149,5 (59,5) (61,7) (1,2) 273,3 Outros 196,8 3,4 75,8 (44,1) (77,0) (2,3) 152,6 Total contingências 796,6 251,0 274,2 (216,0) (151,2) 53,2 1.007,7 (-) Depósitos judiciais (217,5) (1,0) (58,0) 77,2 13,6 (13,6) (199,3) 579,1 250,0 216,2 (138,9) (137,6) 39,6 808,4 Total contingências, líquido Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências: a) PIS e COFINS A Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS e COFINS sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei 9718/98. Com o advento e promulgação da Lei nº 10.637/02 e Lei no 10.833/03, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuição nos moldes previstos na legislação em vigor. Algumas ações foram julgadas de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processos já solucionados foram revertidas quando do trânsito em julgado. b) ICMS e IPI A Companhia possui diversos processos administrativos e judiciais referentes aos tributos de ICMS e IPI. Estes processos apresentam vários motivos, dentre os quais compensações, cumprimento de liminares judiciais para não recolhimento de imposto, creditamentos, entre outros. Os valores de contingências referentes a ICMS e IPI tiveram um sensível aumento após a aquisição de Cintra. c) Trabalhistas A Companhia e suas controladas estão envolvidas em aproximadamente 4.100 processos trabalhistas, considerados como prováveis de perda, com ex-empregados, relacionados, principalmente, com horas extras, demissões, verbas rescisórias e benefícios, entre outros. d) Outros processos A Companhia e suas controladas receberam autos de infração e/ou NFLDs movidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Estes processos questionam, entre outros assuntos, a incidência da contribuição sobre os pagamentos de PLR, bem como a retenção desta sobre pagamentos à fornecedores de serviços. AmBev Relatório Anual 2007 89 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) A Companhia e suas controladas estão envolvidas em alguns processos impetrados por ex-distribuidores cujos contratos foram rescindidos. A maior parte destas ações está sendo julgada em primeira instância e apenas algumas estão nas cortes superiores. A Companhia e suas controladas mantém ainda em andamento outros processos cuja materialização, na avaliação dos seus consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável. Para estes processos abaixo demonstrados, a administração da Companhia entende não ser necessária a constituição de provisão para eventual perda: Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 PIS e Cofins 236,1 224,7 289,8 277,0 ICMS e IPI 644,3 823,4 768,3 973,3 IRPJ e CSLL 524,9 421,4 3.319,0 3.051,3 Trabalhistas 84,9 105,6 95,7 118,9 Cíveis 192,0 944,1 239,3 998,5 Outros 234,6 396,6 317,8 457,5 1.916,8 2.915,8 5.029,9 5.876,5 Total Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade de ganho seja provável para serem divulgadas. a) Lucros auferidos no exterior Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país. Baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com base em uma análise equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no período referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos valores supostamente devidos. A Companhia, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, as quais totalizam R$4.443,7 em 31 de dezembro de 2007. Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto de apreciação em última instância por parte do Poder Judiciário, a Companhia, baseada na opinião de seus consultores juridicos, considerou que o montante de R$3.014,9 envolve uma probabilidade de perda possível, enquanto que o montante de R$1.428,8 representa probabilidade remota de perda. b) Labatt Canadá Alguns produtores de cerveja e bebidas alcoólicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas de perdas e danos impetradas sob a alegação de marketing de bebidas alcoólicas para consumidores menores de idade. A Labatt Canadá foi envolvida em três dessas ações, e para duas dessas ações foi excluída do pólo passivo. A Labatt Canadá continuará vigorosamente defendendo essas ações, sendo que nesse momento não é possível estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante. 90 Adicionalmente, a Labatt Canadá foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros, débitos, honorários e outras transações com partes relacionadas que foram praticadas no passado. O valor da exposição pode chegar a CAD$ 230,0, equivalente a R$415,3 em 31 de dezembro de 2007 (CAD$200,0, equivalente a R$367,2 em 31 de dezembro de 2006). Caso a Labatt Canadá seja obrigada a pagar esse montante, CAD$120,0 será reembolsado pela InBev, equivalente a R$216,7, sendo que o restante, totalizando CAD$110,0, equivalente a R$198,6, encontra-se provisionado na Labatt Canadá na rubrica "Outros passivos circulantes". c) Bônus de subscrição de ações Determinados detentores do bônus de subscrição da Companhia emitidos em 1996 para exercício em 2003, propuseram ações judiciais para subscrever as ações correspondentes por valor inferior ao que a Companhia entende como estabelecido no momento da emissão do bônus, e ainda receber os dividendos correspondentes a estas ações desde o exercício de 2003 (hoje em valor aproximado de R$92,5), além de custas e honorários advocatícios. Caso a Companhia venha a perder a totalidade das referidas ações judiciais, seria necessária a emissão de 5.536.919 ações preferenciais e 1.376.344 ações ordinárias, recebendo em contra-partida recursos substancialmente inferiores ao valor de mercado das ações. 10. PROGRAMAS SOCIAIS a) Instituto AmBev de Previdência Privada (“IAPP”) A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas contribuíram com R$6,1 (R$5,7 em 31 de dezembro de 2006) ao IAPP. Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte: Valor justo dos ativos Valor presente da obrigação atuarial Superávit de ativos – IAPP 2007 2006 982,3 857,7 (602,9) (555,3) 379,4 302,4 O superávit de ativos do IAPP está reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2007, no montante de R$18,5 (R$17,0, em 31 de dezembro de 2006), na conta "Outros ativos", valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando também as restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, e para o qual não houve o uso por meio do pagamento de benefícios previdenciários. AmBev Relatório Anual 2007 91 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) b) Benefícios de assistência médica e outros providos diretamente pela Companhia e controladas A Companhia e suas controladas provém, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados, não sendo concedidos tais benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de 2007, os saldos de R$97,4 e R$224,2, respectivamente, da Controladora e Consolidado (R$87,4 e R$326,6 da Controladora e Consolidado respectivamente, em 31 de dezembro de 2006), estão reconhecidos nas demonstrações contábeis da Companhia na conta "Outros", no Exigível a longo prazo, nos seguintes montantes: Plano Benefício Pós- de Pensão Valor presente da obrigação atuarial Valor justo dos ativos Aposentadoria Labatt Labatt AmBev Total 1.859,9 279,6 163,8 2.303,4 (1.640,6) - - (1.640,6) 219,3 279,6 163,8 662,8 Ajustes atuariais não amortizados (346,8) (70,2) (66,4) (483,5) Sub-total (127,5) 209,4 97,4 179,3 - - - 44,9 (127,5) 209,4 97,4 224,2 Déficit do plano Plano de distribuidores (i) Total (i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão custeados pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas. A movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte: AmBev Saldo em 31 de dezembro de 2006 Encargos financeiros/despesas incorridas Variação cambial Ajuste atuarial Pagamento de benefícios Saldo em 31 de dezembro de 2007 92 Labatt Total 87,4 239,2 326,6 17,4 159,9 177,3 - (3,8) (3,8) - (90,6) (90,6) (7,4) (177,9) (185,3) 97,4 126,8 224,2 c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência – FAHZ Entre as principais finalidades da FAHZ está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades. A movimentação do passivo atuarial da FAHZ, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte: Saldo em 31 de dezembro de 2006 Encargos financeiros incorridos 215,8 36,8 Pagamento de benefícios (27,7) Saldo em 31 de dezembro de 2007 224,9 O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela FAHZ foi integralmente compensado por seus ativos em 31 de dezembro de 2007 na mesma data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis em virtude da possibilidade de destinação de seu uso para outros fins que não exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios. d) Premissas atuariais As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes: Percentual anual (em termos nominais) AmBev 2007 Taxa de desconto Labatt 2006 2007 2006 10,8 10,8 5,3 5,0 Taxa de retorno esperado dos ativos 9,6 13,9 7,4 7,4 Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,1 3,0 3,0 Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,1 6,5 8,5 2,5 AmBev Relatório Anual 2007 93 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social subscrito e integralizado Em 31 de dezembro de 2007, o capital social da Companhia, no montante de R$6.105,2, estava representado por 624.417 mil ações, sendo 345.055 mil ações ordinárias e 279.362 mil ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Em AGE, realizada em 29 de junho de 2007, os acionistas da Companhia aprovaram o grupamento de ações representativas do capital social da AmBev na proporção de 100 ações existentes para 1 ação do capital após o grupamento, sem modificação do capital social. Tendo em vista os ADRs da Companhia também representarem 100 ações, os mesmos serão negociados sem alteração, passando apenas, cada 1 ADR, a representar 1 ação preferencial ou ordinária, conforme for o caso. Em RCA de 26 de junho de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$128,3, mediante a emissão de 43.427 mil ações ordinárias e 79.944 mil ações preferenciais, em decorrência das deliberações da AGO/E de 27 de abril de 2007. Em 8 de maio de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$12,0, sem emissão de ações, mediante capitalização da reserva de Incentivo Fiscal – Reinvestimento de Imposto de Renda. Em AGO/E de 27 de abril de 2007, a Companhia efetuou os seguintes aumentos no seu capital: (i) R$74,6, sem emissão de ações, mediante a capitalização de 30% do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da reserva especial de ágio; e (ii) R$174,2, mediante a emissão de 118.857 mil ações ordinárias e 55.148 mil ações preferenciais, integralizadas com a capitalização parcial do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da Reserva Especial de Ágio. b) Movimentações de ações do capital subscrito ocorridas durante o exercício de 2007: Quantidade de ações - lotes de mil Descrição Preferenciais Ordinárias Total 29.957.173 34.501.039 64.458.212 AGE de 27.04.07 55.148 118.857 174.005 RCA de 26.06.07 79.944 43.427 123.371 Em 31 de dezembro de 2006 Aumentos: Cancelamentos: AGE de 09.04.07 (1.192.508) (65.367) (1.257.875) AGE de 29.06.07 (963.506) (92.484) (1.055.990) Saldo em 31 de julho de 2007 Grupamento de ações (*) Em 31 de dezembro de 2007 27.936.251 34.505.472 62.441.723 (27.656.889) (34.160.417) (61.817.306) 279.362 345.055 624.417 (*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a) 94 c) Capital autorizado A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de 700.000 mil ações, independentemente de reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração, que deliberará sobre as condições de integralização, as características das ações a serem emitidas e o preço de emissão, bem como estabelecerá se o aumento se dará por subscrição pública ou particular. d) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutárias O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas em lei: i. Percentual de 35% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior às ações ordinárias. ii. Montante não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o objetivo de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar 80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição aos acionistas ou ao aumento de capital. iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos administradores é atribuída a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício. e) Dividendos propostos Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro: 2007 2006 2.816,4 2.806,3 - - Base de cálculo dos dividendos 2.816,4 2.806,3 Dividendos/juros sobre o capital próprio pagos 1.925,8 1.473,1 Lucro líquido do exercício Reserva legal (5%) (i) (-) Imposto de renda na fonte (316,2) (173,6) Total de dividendos distribuídos 1.609,6 1.299,5 57,15 46,31 Ordinárias 1.867,36 17,77 Preferenciais 2.054,10 19,54 Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % Dividendos líquidos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) – R$ (i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída quando, somada às reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia. AmBev Relatório Anual 2007 95 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) f) Juros sobre o capital próprio As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins tributários, podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, e despesa financeira, por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas, esses juros são reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos para fazer refletir a essência da transação, portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado. Consequentemente, nas demonstrações contábeis, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre o capital recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros acumulados. Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos a favor da Companhia (Lei n° 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a). g) Ações em tesouraria Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia adquiriu no mercado 21.884 mil ações preferenciais, ao custo médio ponderado de R$122,00, sendo o custo máximo de R$145,00, o custo mínimo de R$102,00 e 2.267 mil ações ordinárias, ao custo médio ponderado de R$114,44, sendo o custo máximo de R$137,00 e o custo mínimo de R$92,10. A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte: Quantidade de ações - lotes de mil Descrição Em 31 de dezembro de 2006 Grupamento de ações (*) Preferenciais Ordinárias Total Milhões R$ 704.125 34.694 738.819 940,7 (697.084) (34.347) (731.431) - Movimentação ocorrida durante o período: Recompra de ações do Plano Aquisições de ações - Mercado Cancelamentos de ações Transferência ações para acionistas do Plano de ações Em 31 de dezembro de 2007 917 278 1.195 117,3 21.884 2.267 24.151 2.955,8 (21.560) (1.578) (23.138) (2.760,4) (614) (123) (737) (94,5) 7.668 1.191 8.859 1.158,9 (*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a) Em 12 de dezembro de 2007, foi aprovado o encerramento do programa de recompra de ações lançado em 20 de agosto de 2007. Nesta mesma data, a Companhia lançou novo programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, até o montante de R$500,0 com vencimento em 06 de dezembro de 2008, em conformidade com a Instrução CVM n° 10/80 e suas alterações posteriores. 96 12. PLANO DE COMPRA DE AÇÕES (“PLANO”) A AmBev tem um plano para aquisição de ações por funcionários, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano é administrado pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração cria, periodicamente, programas de compra de ações, definindo seus termos e os funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão adquiridas. As opções concedidas a partir de 2006 tem prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após a sua concessão. Na hipótese de término da relação de emprego, os direitos às opções de compra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las com base nas premissas estabelecidas no Plano. Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em 31 de dezembro de 2007, o saldo em aberto dos financiamentos refere-se aos planos concedidos anteriormente a 2003 e totaliza R$41,6 no consolidado (R$72,7 em 31 de dezembro de 2006). Os financiamentos são garantidos pelas ações financiadas. A movimentação das opções de compra de ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte: Opção de compra – lotes de mil ações 2007 Descrição 2006 Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias 237.478 33.825 365.101 73.020 (235.103) (33.487) - - Exercidas (614) (123) (155.553) (31.110) Canceladas (350) (60) (41.576) (8.085) Concedidas 583 - 69.506 - 1.994 155 Saldo de opções de compra de ações exercíveis no ínicio do exercício Grupamento de ações (*) Movimentação ocorrida durante o período: Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício 33.825 (*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a) AmBev Relatório Anual 2007 97 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 13. TESOURARIA a) Considerações gerais A Companhia e suas controladas mantém determinados valores de caixa e equivalentes em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de swap de moedas e juros e operações de commodities e forward de moeda, com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas, principalmente alumínio, açúcar e trigo. Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de proteção, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida. b) Derivativos A Companhia, com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações de mercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata operações de derivativos. Em 31 de dezembro de 2007, os montantes contratados de instrumentos financeiros de derivativos são como segue na tabela abaixo: Descrição 2007 2006 Reais/US$ 2.412,6 3.086,5 Reais/Iêne 339,4 622,0 Reais/Euros 494,7 - 55,1 78,3 159,6 249,1 1.485,3 825,4 700,8 (137,5) 751,3 508,4 314,2 314,2 Hedge de moedas (i) Soles Peruanos/US$ Dólar canadense/US$ Dólar canadense/R$ Hedge de juros (i) CDI x Pre Juros Pré / Bankers Acceptance Canadense Hedge de commodities (i) Alumínio Açúcar Trigo Milho 94,0 126,6 (23,9) (76,8) - 2,2 6.783,1 5.598,4 (i) As operações acima foram apuradas com base no valor de mercado de instrumentos financeiros de hedge de moedas, taxa de juros e commodities. 98 Em 31 de dezembro de 2007, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela legislação societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a "curva" dos instrumentos e o respectivo valor de mercado. Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 um ganho adicional no montante de R$164,8 (R$141,7 em 31 de dezembro de 2006), conforme demonstrado na tabela a seguir: Ganhos não Realizados de Natureza Instrumentos financeiros Contábil Títulos públicos Swaps / forwards Forward R$ x CAD Labatt Canadá Cross Currency Swap Labatt Canadá (*) Mercado variável 67,7 80,5 12,8 (322,5) (316,8) 5,7 142,9 145,1 288,0 (139,2) (135,8) 3,4 (248,9) (84,1) 164,8 (*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses (ii) Hedge de commodities e moedas Essas operações tem como propósito específico minimizar a exposição da Companhia à flutuação de preços de matérias-primas denominadas em moeda estrangeira a serem adquiridas. Os resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado), dessas operações são diferidos e reconhecidos no resultado quando houver a venda do produto correspondente. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações hedge de moedas e commodities, na conta "Custos dos produtos vendidos": Diminuição (Aumento) líquido no custo Descrição Hedge de moedas Hedge de alumínio Hedge de açúcar Hedge de trigo dos produtos vendidos (195,9) 12,5 (53,9) (4,4) (241,7) Em 31 de dezembro de 2007, perdas não realizadas no montante de R$126,4 foram diferidas em outros ativos. Esta perda será reconhecida a débito do resultado da Companhia, sendo o montante de R$119,5 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado correspondente e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de hedge de despesa. AmBev Relatório Anual 2007 99 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) c) Passivos financeiros Os passivos financeiros da Companhia, representados, principalmente, pelas operações de emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para importação, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento de cada período. Caso a Companhia tivesse adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional, antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro de aproximadamente R$466,5, em 31 de dezembro de 2007 (R$580,9 em 31 de dezembro de 2006), conforme demonstrado na tabela a seguir: Passivos financeiros Contábil Mercado Notas Série A (i) 287,1 289,6 (2,5) Notas Série B (ii) 90,3 90,7 (0,4) (11,4) Senior Notes - BRI (iii) Diferença 160,3 171,7 Financiamentos internacionais (outras moedas) (iv) 1.828,9 1.828,9 - Financiamentos em Reais 1.485,1 1.599,2 (114,1) Crédito Agroindustrial (iv) 476,7 476,7 - BNDES/FINEP/EGF (iv) 394,9 394,9 - Resolução 63 / Compror 63 (iv) 893,3 893,3 - Bond 2017 312,4 273,3 39,1 Bond 2011 e Bond 2013 1.802,7 2.179,9 (377,2) Debêntures 2.120,5 2.120,5 - 9.852,2 10.318,7 (466,5) (i) Notas Bancárias da Série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos (ii) Notas Bancárias da Série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses (iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc.(BRI) e consolidadas proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses (iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi com base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos bancos que prestam serviços à AmBev e à Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de 2007, sendo de aproximadamente 116,75% do valor de face para o Bond 2011, 116,67% para o Bond 2013 e 86,91% para o Bond 2017 (120,75% para o Bond 2011 e 117,13% para o Bond 2013, em 31 de dezembro de 2006); para as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas de mercado disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares. 100 d) Receitas e despesas financeiras Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 - - (52,3) (15,5) 25,0 56,1 95,3 111,1 16,0 24,9 48,0 29,9 10,0 Receitas financeiras Variação cambial sobre aplicações financeiras Juros sobre caixa e equivalentes Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais Resultado do plano de ações Juros e variação cambial sobre mútuos Outras 7,7 9,8 7,7 215,4 76,6 - - 17,2 22,1 23,1 32,9 281,3 189,5 121,8 168,4 Despesas financeiras Variação cambial sobre financiamentos 462,0 263,9 475,6 204,6 Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (726,7) (585,8) (653,4) (496,3) Juros sobre dívidas em moeda estrangeira (270,1) (267,8) (624,7) (523,8) Juros sobre dívidas em reais (191,5) (333,5) (190,5) (340,9) Juros e variação cambial sobre mútuo - - - (1,8) Impostos sobre transações financeiras (100,2) (99,2) (121,2) (131,8) Encargos financeiros sobre contingências e outros (49,2) (50,2) (64,1) (59,8) Outras (40,4) (23,9) (46,1) (46,3) Resultado financeiro, líquido (1.058,1) (953,5) (1.374,8) (1.246,7) (776,8) (764,0) (1.253,0) (1.078,3) e) Concentração de risco de crédito Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de crédito é reduzido em virtude da grande pulverização da carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia não registra perdas significativas em contas a receber de clientes. A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificado. Na Labatt Canadá são firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos em caso de inadimplência. AmBev Relatório Anual 2007 101 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Conciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro com seus valores nominais Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social Participações estatutárias e contribuições Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) 2007 2006 4.526,0 4.307,3 (69,4) (194,4) 4.456,6 4.112,9 (1.515,2) (1.398,4) (485,7) (395,4) Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanenes: Amortização de ágio – parcela não dedutível (i) Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação Juros sobre capital próprio (nota 11(f)) Ganhos patrimoniais em controladas Variação cambial sobre investimentos Adições e exclusões permanentes e outros Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro 25,3 42,4 368,6 500,9 78,1 58,5 (81,0) (33,8) 17,0 (89,5) (1.592,9) (1.315,3) (i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$1.129,4 no período findo em 31 de Dezembro de 2007 (R$969,8, em 31 de Dezembro de 2006), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no montante de R$384,0 (R$ 329,7 em Dezembro de 2006). b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido Controladora 2007 Consolidado 2006 2007 2006 Corrente (94,7) 63,6 (963,6) (688,8) Diferido (520,2) (460,4) (629,3) (626,5) Total (614,9) (396,8) (1.592,9) (1.315,3) c) Composição dos impostos diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil. De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia, fundamentada na expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, determinada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu também os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social de exercícios anteriores, que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros anuais tributáveis. O valor contábil do ativo fiscal diferido é revisado periodicamente e as projeções são revisadas anualmente, caso haja fatores relevantes que venham a modificar as projeções, estas são revisadas durante o exercício pela Companhia. 102 O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem: Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 60,0 69,1 157,0 98,3 350,8 350,8 350,8 350,8 Provisão para juros sobre capital próprio - 22,1 - 22,1 Provisão para reestruturação - - 11,5 26,8 Provisão para participação dos empregados 29,4 54,0 32,3 57,4 Provisão para despesas de marketing e vendas 57,9 54,5 57,9 54,6 Outros 37,8 - 40,2 - 535,9 550,5 649,7 610,0 107,9 232,0 624,7 771,0 174,2 248,9 277,3 307,0 3,1 3,1 7,6 7,6 1.822,5 2.115,7 1.822,5 2.115,7 33,1 29,7 68,8 82,2 No ativo circulante Prejuízos fiscais a compensar Diferenças temporárias: Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações No realizável a longo prazo Prejuízos fiscais a compensar Diferenças temporárias: Provisões não dedutíveis Prov. para perdas sobre incentivos fiscal Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações Provisão para benefícios à empregados Provisão para perdas imóveis destinados à venda Provisão para perdas de “Hedge” Provisão para perdas no recebimento de créditos Outros 12,3 16,5 12,7 17,2 159,9 130,9 159,9 130,9 9,0 10,3 10,5 11,2 13,3 64,0 52,8 123,9 2.335,3 2.851,1 3.036,8 3.566,7 - - 34,3 47,8 18,6 22,8 97,2 83,6 18,6 22,8 131,5 131,4 No exigível a longo prazo Diferenças temporárias Depreciação acelerada Outras A administração considera que os ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias serão realizados na proporção da solução final das contingências e eventos que as originaram. Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371, a Companhia estima recuperar o crédito tributário decorrente de prejuízos acumulados da controladora e controladas localizadas no Brasil e no exterior, nos seguintes exercícios: AmBev Relatório Anual 2007 103 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) Valores expressos em milhões de reais 2009 2010 2011 2012 Total 297 243 24 61 625 O saldo de imposto de renda diferido ativo em 31 de dezembro de 2007 inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, inclusive os saldos oriundos da aquisição da empresa Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda., ocorrida em maio de 2007, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como ativo, uma vez que a administração não está segura de que sua realização seja provável. Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária da Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma correlação relevante entre o lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto, recomendamos que a evolução da utilização do imposto de renda e contribuição social diferidos não seja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia. 15. COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM FORNECEDORES A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes para os processos de produção e embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado. A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2008, 2009, 2010 e 2011, já contratados em 31 de dezembro de 2007, nos montantes de R$1.777,3, R$884,2, R$898,2 e R$7,3, respectivamente (R$457,9 para 2008 e R$229,3 para 2009, em 31 de dezembro de 2006). 104 16. RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 212,9 160,0 226,5 165,3 - - - 79,4 Recuperação de impostos 26,2 24,0 32,1 24,0 Deságio pela liquidação antecipada incentivo fiscal 34,4 39,9 34,4 39,9 3,4 12,3 3,2 21,9 28,3 - 42,5 12,7 305,2 236,2 338,7 343,2 (1.283,0) Receitas operacionais Subvenção para investimentos de controlada Variação cambial s/ investimentos no exterior Reversão provisão p/perda de investimentos Outras receitas operacionais Despesas operacionais Amortização de ágio (122,8) (107,5) (1.500,6) Complemento amortização ágio (i) (35,8) - (59,6) - Variação cambial s/ investimentos no exterior (88,3) (17,9) (227,5) - Baixa de IPI / ICMS irrecuperável (13,9) - (17,4) - (3,3) (4,4) (3,3) (4,4) (6,9) (8,2) (13,5) (10,9) (271,0) (138,0) (1.821,9) (1.298,3) 34,2 98,2 (1.483,2) (955,1) Impostos s/outras receitas Outras despesas operacionais Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (i) A Companhia revisou, com base na projeção de resultados futuros da Quinsa, o prazo de amortização dos ágios relacionados a este investimento, alterando o prazo de amortização de 10 para 7 anos. AmBev Relatório Anual 2007 105 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) 17. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 Ganho na alienação de investimentos - Ganho de participação em investidas 1,7 - - 10,2 - 3,2 - 5,6 - 31,3 4,8 - Receitas não operacionais Ganho na alienação de bens do imobilizado Ganho na alienação de imóveis destinados à venda 8,4 - 7,6 Reversão provisão para perda em outros investimentos - 12,3 3,2 - Outras receitas não operacionais - 0,5 3,6 6,1 10,1 12,8 48,9 26,7 Despesas não operacionais Perda de participação em investida - (0,7) - - Provisão para perda sobre ativos permanentes (0,3) - (0,4) (17,9) Perda na alienação de bens do imobilizado (1,0) (4,6) - - Perda na alienação de imóveis destinados à venda - (0,3) - (0,3) Provisão para reestruturação - - (5,6) (18,9) (0,1) (0,4) (2,5) (18,4) (1,4) (6,0) (8,5) (55,5) 8,7 6,8 40,4 (28,8) Outras despesas não operacionais Receitas (despesas) não operacionais, líquidas 18. SEGUROS A Companhia e suas controladas mantém programas padrão de segurança, treinamento, meio-ambiente e qualidade em todas as unidades, que visam, entre outras coisas, reduzir também os riscos de acidentes. Além disso, mantém contratos de seguros com coberturas determinadas por orientação de especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas significativas sobre seus ativos e responsabilidades. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. 106 19. MEIO AMBIENTE No exercício de 2007, a Companhia e suas controladas realizaram investimentos em construções e equipamentos relacionados ao meio ambiente no montante de R$32,4 e R$ 48,4 com tratamento de águas, efluentes e disposição de resíduos (R$ 43,4 e R$50,6 no exercício de 2006, respectivamente). 20. EVENTOS SUBSEQUENTES a) Lei nº 11.638 – alteração da Lei das Sociedades Anônimas A Lei nº. 11.638 publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007 alterou diversos dispositivos da Lei nº.6.404 (Sociedades por Ações). Estas alterações entram em vigor em 01 de janeiro de 2008. Dentre as principais alterações introduzidas, destacamos os seguintes assuntos que na avaliação de nossa Administração poderão modificar a forma de apresentação de nossas demonstrações contábeis e os critérios de apuração de nossa posição patrimonial e financeira e do nosso resultado a partir do exercício a findar-se em 2008: • Foi extinta a obrigatoriedade da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR, sendo substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC, já apresentada pela Companhia como informação complementar. Adicionalmente, a Companhia passará a divulgar a Demonstração do Valor Adicionado – DVA. • Bens e direitos intangíveis foram segregados dos tangíveis, ficando o ativo permanente classificado em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. Essa alteração na apresentação do ativo permanente já foi introduzida nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007. • Foi criada a rubrica “ajustes de avaliação patrimonial” no Patrimônio Líquido. Serão considerados ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computados no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. • As despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional serão classificadas no Ativo Diferido. • Os incentivos fiscais não serão mais classificados como reserva de capital, passando a fazer parte do resultado do exercício. Por determinação dos órgãos da administração, a Assembléia Geral poderá destinar a parcela do lucro correspondente a estes incentivos para a formação da Reserva de Incentivos Fiscais, criada como parte das reservas de lucros e podendo ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. AmBev Relatório Anual 2007 107 Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo) • Adicionalmente foram alterados os critérios de avaliação do ativo e do passivo, com destaque para os seguintes pontos: · Itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações relevantes de curto prazo, serão ajustados a valor presente, de acordo com as normas internacionais de contabilidade; · O valor de recuperação dos bens e direitos do imobilizado, intangível e diferido deverá ser periodicamente avaliado para que se possa efetuar o registro de perdas potenciais ou uma revisão dos critérios e taxas de depreciação, amortização e exaustão; · Os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; · Instrumentos financeiros “disponíveis para venda” ou “destinados à negociação” passam a ser avaliados a valor de mercado; · Todos os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo seu custo atualizado ou ajustado de acordo com o provável valor de realização, se este for inferior. • Nas operações de Transformação, Incorporação, Fusão ou Cisão, entre partes independentes e em que ocorra a efetiva transferência de controle, a avaliação a valor de mercado dos ativos e passivos será obrigatoriamente a valor de mercado. • As participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa, deverão ser incluídas na demonstração do resultado do exercício. • Eliminação da possibilidade de registro de reservas de reavaliação para as sociedades por ações. A nova Lei deu opção às companhias para manterem os saldos existentes e realizarem esses saldos dentro das regras atuais ou estornarem esses saldos até o final do exercício de 2008. A Administração da Companhia está em processo de avaliação dos efeitos que as alterações acima mencionadas irão produzir em seu patrimônio líquido e resultado do exercício de 2008, bem como levará em consideração as orientações e definições a serem emitidas pelos órgãos reguladores. Neste momento, a Administração entende não ser possível determinar os efeitos destas alterações no resultado e no patrimônio líquido para o exercício findo em 31 de dezembro de 2007. 108 b) Aquisição de participação – Lambic Holding S.A. Em 24 de janeiro de 2008, a Companhia por intermédio de sua controlada Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A., pagou a empresa Lince Netherlands BV, o valor de US$46,0 (equivalente a R$82,3), relativo a aquisição de 12,901% das ações da sociedade argentina Lambic Holding S.A. c) Resultado da oferta pública para aquisição de ações da Quinsa A Companhia anunciou em 12 de fevereiro de 2008, o encerramento da oferta pública voluntária para a aquisição de até 5.483.950 ações Classe A e até 8.800.060 ações Classe B (incluindo ações Classe B detidas na forma de American Depositary Shares ("ADS") de emissão da sua subsidiária Quilmes Industrial (Quinsa), Société Anonyme ("Quinsa"), que representam as ações Classe A e Classe B em circulação (incluindo ações Classe B detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de suas subsidiárias. A AmBev aceitou a compra de 3.136.001 ações Classe A e 8.239.536,867 ações Classe B (incluindo 7.236.336,867 ações Classe B detidas na forma de ADS) de emissão da Quinsa, representando 57% das ações Classe A e 94% das ações Classe B da Quinsa que não são de propriedade da AmBev ou de suas subsidiárias, e que foram, com sucesso, depositadas e não resgatadas. Com a liquidação da oferta, que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2008, a participação votante de AmBev em Quinsa será de 99,56% e a participação econômica de 99,26%. AmBev Relatório Anual 2007 109 Informações aos investidores Ações em Circulação (31/12/07) 615.558.384 de ações Dividendos declarados Lucros gerados Data do primeiro pagamento R$/ação Tipo de ação Segundo semestre 2003 13-Out-03 1,87 (preferencial) 1,70 (ordinária) Primeiro semestre 2004 25-Mar-04 Bolsa de Valores Segundo semestre 2004 8-Out-04 Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) Primeiro semestre 2005 15-Fev-05 Segundo semestre 2005 30-Set-05 Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN) Principais índices dos quais as ações da AmBev 29-Dez-05 participam: IBX e IBOVESPA Primeiro semestre 2006 Segundo semestre 2006 31-Mar-06 30-Jun-06 Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) 30-Out-06 Códigos: ABVc (ON); ABV (PN) 28-Dez-06 Política de dividendos Primeiro semestre 2007 31-Mar-07 29-Jun-07 O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido ajustado anual da companhia, conforme Segundo semestre 2007 10-Out-07 estabelecido na Legislação Societária Brasileira. 31-Dez-07 O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. As ações preferenciais terão direito à percepção Desempenho do preço das ações de dividendos em dinheiro 10% maiores do que Preço Ações aqueles pagos às ações ordinárias. (preferencial) (ordinária) 0,58 (preferencial) 0,53 (ordinária) 1,72 (preferencial) 1,56 (ordinária) 1,07 (preferencial) 0,97 (ordinária) 0,84 (preferencial) 0,76 (ordinária) 0,63 (preferencial) 0,58 (ordinária) 0,61 (preferencial) 0,55 (ordinária) 0,61 (preferencial) 0,55 (ordinária) 0,74 (preferencial) 0,67 (ordinária) 0,73 (preferencial) 0,66 (ordinária) 0,30 (preferencial) 0,28 (ordinária) 1,59 (preferencial) 1,45 (ordinária) 0,45 (preferencial) 0,41 (ordinária) 31-Dez-05 31-Dez-06 31-Dez-07 06x05 07x06 AMBV4 (PN) – R$ 89,76 105,35 128,65 17,4% 22,1% AMBV3 (ON) – R$ 75,14 94,22 125,00 25,4% 32,7% IBOVESPA – R$ 33.455,94 44.473,71 63.886,10 32,9% 43,6% ABV (PN) – US$ 38,05 48,80 71,03 28,3% 45,6% ABVc (ON) – US$ 32,70 43,90 68,00 34,3% 54,9% 1.248,29 1.418,30 1.468,36 13,6% 3,5% S&P 500 – US$ 110 0,68 0,61 Website para investidores Classificação de risco Agência Rating Moeda Rating Moeda Local Estrangeira Baa1 Baa3 Fitch BBB S&P BBB Moody´s Perspectiva Última atualização Nosso site para investidores contém informações Positiva 14/04/2008 financeiras e operacionais adicionais sobre a BBB Estável 05/09/2007 companhia, BBB Positiva 02/08/2006 teleconferências. Investidores também podem bem como transcrições de se cadastrar para receber automaticamente por email comunicados, fatos relevantes e notificações Atendimento aos acionistas Auditores independentes em 2007 sobre eventos e apresentações da Companhia. Para encaminhar mudanças de endereço, cheques KPMG www.ambev-ir.com de dividendos, consolidações de contas, depósito Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 direto de dividendos, mudanças de registro, São Paulo, SP 04530-904 certificados de ações perdidos, participações Brasil acionárias e plano de Investimento, dividendos e Tel.: +55 (11) 2183-3000 capital, entre em contato com: Fax.: +55 (11) 2183-3001 Publicações O Relatório Anual da companhia, a Declaração de Fatos Relevantes e o Formulário 20-F estão Acionistas de varejo no Brasil disponíveis gratuitamente no Departamento de AmBev – Administração Central Relações com Investidores acima mencionado. Se você está recebendo cópias duplicadas ou não Nilson Casemiro Tel.: + 55 (11) 2122-1402 Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar solicitadas do nosso Relatório Anual, por favor E-mail: [email protected] São Paulo, SP 04530-000 entre em contato conosco. Brasil Tel.: +55 (11) 2122-1200 Banco depositário no Brasil Fax: +55 (11) 2122-1526 Banco Itaú Tel.: + 55 (11) 5029-7780 Envie-nos seus comentários Sua opinião sobre este Relatório Anual é muito Informações adicionais importante para nós. Por favor envie seus comentários para [email protected]. 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