Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida <> <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR PROCESSOS NO AMBIENTE ESCOLAR, PARA A ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CORPO DE LIDERANÇA, MELHORA DA EFICIÊNCIA PROFISSIONAL E DA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS DA FORÇA DE TRABALHO. <> <> <> Por: Wellington Eloy Ramalho da Silva <> <> <> Orientador Prof. JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO 2 Rio de Janeiro 2011 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR PROCESSOS NO AMBIENTE ESCOLAR, PARA A ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CORPO DE LIDERANÇA, MELHORA DA EFICIÊNCIA PROFISSIONAL E DA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS DA FORÇA DE TRABALHO<> <> <> <> <> Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Estratégica. Por: Wellington Eloy Ramalho da Silva. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço aos Especialização verdadeiros pelos Professores que atuaram facilitadores conhecimentos na da como busca que fundamentam minha atuação enquanto Gestor Empresarial, bem como, a ETERJ (empresa em que trabalho) por me permitir colocar em prática este conhecimentos na busca da melhora do desempenho das Equipes e Força de Trabalho. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha esposa Sra. Fabíola Lima Eloy da Silva, pela persistência com que me incentivou a não desistir, mesmo nas horas mais difíceis em que os deveres profissionais e acadêmicos afastavam-me do convívio familiar. Obrigado também aos meus Pais Antônio e Irene, aos meus filhos Gabriella e Pedro e aos poucos amigos que torcem por mim a cada desafio que enfrento. 5 RESUMO Esta dissertação foi construída a partir da aplicação prática do conhecimento e informações adquiridas no curso de especialização Gestão Estratégica. Diferente de muitos trabalhos acadêmicos, a solução para a situação problema abordada aqui tem sido testada em ambiente real. A situação problema analisada é a redução da eficiência profissional de pessoas e equipes, em ambientes de trabalho desprovidos de uma cultura de planejamento das ações e de controle destas. Esta situação é enfrentada com mais intensidade em ambientes escolares, onde a administração da instituição/empresa é, em boa parte destas, conduzida por pessoas que desconhecem as técnicas e ferramentas da gestão empresarial. Neste contexto, o Corpo de Liderança da ETERJ (nosso objeto de estudo) tem sentido a necessidade de uma mudança que potencialize suas virtudes e combata maus como retrabalho, falta de tempo, desgaste físico e mental, sobrecarga de trabalho etc. Esta dissertação propõe como uma das possíveis soluções para o problema enfrentado, uma mudança no modelo de gestão adotando a gestão por processos, como uma forma de melhorar o entendimento das pessoas e setores sobre o papel que desempenham e sobre o papel das outras pessoas/setores, além de planejar as atividades do ano letivo, dando visibilidade aos inúmeros processos e tarefas que são executados rotineiramente e as cargas de trabalho. Espera-se que esta dissertação enquanto trabalho acadêmico que nasce no calor da real necessidade desta empresa, possa nortear outras instituições na busca da melhora de seus serviços e/ou produtos. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a escrita deste trabalho foi a observação do objeto de estudo, sendo este o Corpo de Liderança da ETERJ – Escola Técnica do Rio de Janeiro, do qual o autor participa como membro e interlocutor dos interesses da Equipe junto a Direção, condição dada por ser o responsável direto pela condução de reuniões e por fazer parte do Comitê Executivo da Instituição, uma função ligada diretamente a Diretoria. Sobre o objeto de estudo foram observados aspectos que influenciavam direta ou indiretamente o desempenho profissional das pessoas, processos e Equipes. As informações que fundamentaram o entendimento do problema e a proposta de solução apresentada, foram coletadas através da observação sobre relatos informais que eram feitos nos momentos de reuniões, diante de crises, de situações de insucesso ou mesmo formalmente em reclamações e/ou críticas feitas a Direção. Percebeu-se a dificuldade decorrentes da falta de uso das técnicas, ferramentas administrativas e mecanismos para uma melhor gestão dos processos de negócio. Importante ressaltar que um número significativo de Escolas enquanto empresas, principalmente as de médio e pequeno porte, são administradas em seus processos de forma empírica, desconsiderando na maioria das vezes a ciência existente para Gestão Empresarial. A produção da monografia foi realizada gradativamente se entrelaçando ao cotidiano prático da criação e implementação de técnicas, conceitos e ferramentas administrativas que vem ajudando a Liderança da ETERJ aprimorar suas práticas de gestão. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A Gestão por Processos 11 CAPÍTULO II - O Ambiente de Trabalho 14 CAPÍTULO III – Problemas a serem Enfrentados 24 CAPÍTULO IV – Gestão por Processos no Ambiente Escolar 28 CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 ÍNDICE 41 FOLHA DE AVALIAÇÃO 42 8 INTRODUÇÃO “Estamos vivendo, como de outras vezes, um grande momento de transformação: dos velhos paradigmas para os novos, a Lei dos Ciclos da Vida. Isto só é possível acontecer mediante consciência para evolucional, porque mudança outro o mais SER de um elevado HUMANO estado na de escala busca, em essência, o auto-conhecimento,a POTENCIALIZAÇÃO” (DIRCEU MOREIRA, 1999). O tema ´A importância da Gestão por Processos no ambiente escolar, para organização das ações do Corpo de Liderança, melhora da eficiência profissional e da qualidade de vida das pessoas da Força de Trabalho´ foi elaborado a partir da observação e vivência do autor em situações reais que demonstravam a necessidade premente de uma solução estratégica. Todas as pessoas que convivem no ambiente empresarial da ETERJ, em nenhum momento questionam a fidelidade e dedicação da Liderança para com a mesma. Contudo, é comum encontrar estes profissionais, cansados, desmotivados para inovar e criar novos processos, ´apagando incêndios´ e envolvidos em conflitos, normalmente velados, por conta da sensação de sobrecarga e má distribuição do trabalho. Achar o ponto de ruptura entre o desempenho e o desejo de uma prática mais eficaz, com frutos para a qualidade de vida das pessoas, é o grande desafio para a Gestão desta Empresa. O Corpo de Liderança é o objeto de estudo deste trabalho, tendo sido observado o desgaste físico e mental provocados nas pessoas deste grupo, 9 pela combinação de fatores como: comprometimento, vontade de fazer o seu melhor, grandes responsabilidades e o dinamismo da Instituição em sua vontade de crescer na diversidade de seus processos de negócios. Mas, o pano de fundo que realmente transforma estes fatores em nitroglicerina pura é a falta de uma gestão mais justa sobre a execução dos processos, uma gestão que permita aos Gestores responderem quantos são os processos sob sua gerência, quais são eles, quem é co-responsável pela execução das tarefas que os compõem, em que momento esses processos são executados e de que maneira. Respostas simples, mas que ao não serem respondidas geram verdadeiros obstáculos à produtividade e melhora dos serviços. Um real de obstáculo à produtividade, causado pela falta de informações gerenciais sobre os processos é a sensação observada em cada líder sobre sua percepção quanto a grande carga de trabalho que lhes é atribuída, entretanto, quando questionados sobre quais são essas atividades (processos, responsabilidades) e como elas estão organizadas no tempo normalmente não há respostas muito claras. Resumindo a pergunta seria: O que você tem feito ou fará que tem gerado essa sobrecarga e porque as outras pessoas nem sempre tem a mesma percepção que você? Se não há resposta objetiva, falta uma melhor gestão sobre os processos. Este trabalho objetiva identificar os problemas que minimizam a eficácia do Corpo de Liderança e as consequências da má gestão dos processos de negócio sobre o desempenho desta, para então. propor solução aplicável ao ambiente Escolar a partir da adoção de mecanismos de gerência dos processos e tarefas, implementação de agendas de trabalho, cronogramas e calendários Institucionais, possibilitando uma visão holística dos processos e suas interdependências, além de organizá-los no tempo e pelas pessoas. Após a conclusão do Curso de Gestão Estratégica, o autor deste trabalho teve a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos, ao participar do Comitê Executivo da Instituição que é campo do objeto de estudo deste, neste ambiente surgi também a oportunidade de 10 ajudar a seus colegas e a própria Instituição, propondo adotar no ambiente escolar um novo Modelo de Gestão, baseado nos Processos e em instrumentos de planejamento do tempo e das ações (cronogramas, calendários e agendas de trabalho), o qual seria assistido pelos recursos da informática. Nasce então a tão buscada temática, um verdadeiro laboratório prático fundamentado em antigos conceitos e técnicas da administração empresarial, com uma roupa personalizada de tecnologia da informação. Espera-se que esta monografia possa auxiliar outros Administradores Escolares na melhora da eficiência profissional de suas equipes. 11 CAPÍTULO I A GESTÃO POR PROCESSOS “A atividade a ser gerenciada hoje pode amanhã não mais existir. A função gerencial se reveste de maior complexidade e adaptabilidade às mudanças. Em contra partida, decresce a tolerância para os erros, omissões e falhas em qualquer processo produtivo”. (ANTOMAR MARINS, 1997, p.57). Processo é um conjunto estruturado de atividades seqüenciais que apresentam relação lógica entre si, com a finalidade de atender as necessidades e as expectativas dos clientes externos e internos. A Gestão por Processos é recomendada em duas situações: • Quando se buscam melhorias para consolidar vantagem competitiva real. • Quando se busca o desenvolvimento de novos produtos, serviços e negócios para perpetuar a posição da empresa no mercado. Neste cenário de constante mutação ambiental e empresarial, a administração deve ser constantemente repensada para quebrar os paradigmas e consolidar nova forma administrativa. Essa mudança se baseia em duas premissas básicas: • A mudança evolutiva do pensamento administrativo dos executivos e profissionais da empresa; 12 • O desenvolvimento de metodologias e técnicas administrativas que proporcionem sustentação para esse processo de mudança evolutiva. Tomar a decisão de mudar seu modelo de Gestão e iniciar um árduo trabalho de identificação, detalhamento e projeção dos Processos de uma empresa é uma habilidade de executivos visionários, tendo em vista que poderão obter para sua empresa melhorias sensíveis de produtividade sem fazer grandes e pesados investimentos em infra-estrutura e demais recursos. Implementar a Gestão por Processos pode ser mais simples e menos custosa do que outras soluções para melhora de desempenho profissional. A empresa que decide por adotar o modelo de gestão por processos, inicia o trabalho pela identificação dos processos existentes, retratando a realidade dos processos empresariais que constituem a alma do seu negócio. Com isto, a empresa terá consciência de onde estão os reais gargalos, bem como também visualizarão os pontos onde há retrabalho, os eventuais pontos fracos (problemas) passíveis de investimentos, além das fragilidades a que seu negócio está exposto. Com o resultado dessa auto-análise em mãos, a empresa pode iniciar uma segunda etapa, com o redesenho dos processos para torná-los mais enxutos, inteligentes e, por conseqüência, eficazes, adotando medidas para a eliminação e correção dos problemas identificados, bem como provendo o volume ideal de recursos e capacitação para que a Força de Trabalho possa executar os Processos de sua responsabilidade. Para que seja implementado um modelo de Gestão por Processos, o essencial é contar com a capacidade criativa dos colaboradores, principalmente do Corpo de Liderança, os quais poderão mergulhar de corpo e alma, mais e melhor do que qualquer consultor, numa iniciativa de otimização de processos objetivando produzir ganhos de altíssima relevância para a 13 empresa. Esta iniciativa lança a pedra fundamental da melhoria contínua dos processos da empresa, como algo rotineiro. O que pode parecer um trabalho de Hércules, em um momento de dificuldades, pode se traduzir em solução para o crescimento sustentável do negócio. É preciso sim tomar atitudes, conhecendo, documentando, acompanhando e resolvendo eventuais problemas existentes em cada fração de trabalho, no decorrer da realização da atividade empresarial, ao mesmo tempo em que se usa, preserva e fomenta o desenvolvimento do capital intelectual envolvido, traduzido pelas pessoas que realizam os processos. 14 CAPÍTULO II O AMBIENTE DE TRABALHO OBSERVADO ...Deus é maior que todos os obstáculos. “... O homem é um SER ORGANIZACIONAL por natureza e tudo que se organiza e se reorganiza evolui porque, ao tomar contato com a desordem, acaba descobrindo novos caminhos, obrigando-o a potencializar-se, se não quiser ser devorado pela bagunça (DESORGANIZAÇÃO).” (DIRCEU MOREIRA, 1999). O termo mão de obra, tradicionalmente empregado em fábricas e processos de produção, refere-se ao trabalho manual. Sem o uso das técnicas e ferramentas administrativas o trabalho do Gestor torna-se braçal, dando margens para o retrabalho, para o desperdício de tempo, para a divisão injusta dos processos, minando a força criativa e inovadora necessária para rejuvenescer e perpetuar o negócio, além das conseqüências para lado humano destes Profissionais, que constantemente encontram-se cansados, desmotivados para empreender novos processos e com a disposição mental e/ou física afetada. I. Campo para o estudo - A ETERJ A ETERJ – Escola Técnica do Rio de Janeiro – campo de atuação de nosso objeto de estudo, é uma Instituição privada de sociedade limitada, uma empresa familiar, que começou sua história em 1692 quando ainda era um internato para crianças carentes. Como a grande maioria das escolas foi 15 crescendo de modalidade em modalidade de ensino, assim, em 1968 iniciou o Colégio Novo Rio ofertando o atual ensino fundamente, em 1975 diante do crescimento industrial é fundada a ETERJ – Escola Técnica do Rio de Janeiro – que mantém hoje os cursos Técnicos em Mecânica, Eletrônica, Eletrotécnica e Informática. A ETERJ com mais de 2.800 alunos, duas unidades de ensino (Santíssimo, Rio de Janeiro/RJ e Centro, Itaguaí/RJ) e centenas de funcionários, sempre foi reconhecida pela seriedade e dinamismo com que desenvolve seu produto. Uma Escola rica em processos administrativos, financeiros e pedagógicos, que vem buscando nestes mais de 35 anos formas de profissionalizar suas práticas de Gestão, seu processo decisório e a capacitação de sua Força de Trabalho, permitindo se destacar da forma artesanal com que boa parte das Escolas de seu porte são geridas, sendo considerada uma verdadeira empresa de formação humana e mão de obra tecnológica. A ETERJ assume como missão, “Assegurar o Desenvolvimento do Ser Humano através da Educação Básica e Profissional, permitindo-lhe transformar a sociedade pelo trabalho”. Esta missão, escrita durante a participação no Programa de Qualidade do Estado do Rio de Janeiro – PQRio – tem norteado as ações dos gestores e fundamentado as decisões tomadas sobre o produto ofertado nesta, demonstra preocupação com a formação humana, encarada como pilar de sustentação da formação profissional. A ETERJ é administrada por Diretores Executivos e por um Corpo de Liderança comprometido, mas que nos últimos anos tem encontrado grandes dificuldades em administrar o tempo e as inúmeras atividades que caracterizam o dinamismo da ETERJ. Dinamismos impulsionado pela necessidade de crescer e atender as exigências dos clientes, além de executar os inúmeros processos tocados pelos gestores onde boa parte destes envolvem profissionais de outras áreas, como por exemplo os processos para: • Captação de clientes. • Controle da evasão. 16 • Realização de eventos pedagógicos. • Manutenção e investimento das instalações físicas. • Financeiros. • Recursos humanos. • Outros. II. Como está organizada a Força de Trabalho “Muita gente ainda não entendeu que treinar é ensinar as pessoas suas tarefas para que as executem da maneira certa da primeira vez. E o pior é não compreender que, no mundo atual, as pessoas são responsáveis pelo seu desenvolvimento e co-responsáveis pelo desenvolvimento de sua equipe.” (ANTOMAR MARINS, 1997, p.46). A Força de Trabalho da ETERJ está organizada em níveis hierárquicos e em áreas de atuação. As áreas de atuação definem a natureza do negócio daquele Profissional e consequentemente a competência que será necessária para o exercício de sua função. Cada área é um negócio próprio com termos, formas de se trabalhar, características próprias, prazos e metas distintos, formam verdadeiras subempresas, que ao executarem seus processos funcionam como pequenas engrenagens que fazem a grande engrenagem ETERJ rodar. Desta forma, existem as seguintes áreas de negócio dentro desta empresa: • Administrativa. • Financeira. • Patrimonial. • Pedagógica. • Recursos Humanos. 17 A Liderança é responsável pela entrega do Produto ao Cliente e por todo processo de construção deste, sendo o Produto a Formação Humana e Profissional, ofertada através da prestação de serviços educacionais de Ensino Médio, Técnico e Pós-médio Técnico. A Liderança da ETERJ está organizada em três níveis: Estratégico, Tático e Operacional, com subdivisões em diversos cargos e funções, conforme descrito abaixo. As estratégias são desdobradas pelo nível tático através de ações executadas pelo nível operacional. 1. Nível Estratégico: Este nível é formado pelos Diretores Executivos da Instituição, os quais podem ser assessorados por outras pessoas da própria Instituição ou de empresas parceiras contratadas para atuarem diretamente sobre a profissionalização do processo decisório. Na ETERJ este nível organizacional é responsável por decisões de aproveitamento de oportunidades, de análise das ameaças, de acompanhamento do desempenho do Corpo de Liderança, de traçar metas e tomar decisões que impactam na imagem e resultados da empresa. Seguem abaixo os cargos e algumas de suas funções: 1.1. Direção Geral Administrativa / Financeira. 1.1.1. Traçar metas e prazos para a Instituição. 1.1.2. Estabelecer a Visão Institucional para o futuro da empresa. 1.1.3. Gerenciar processos administrativos e financeiros. 1.1.4. Zelar pela saúde e imagem da empresa. 1.1.5. Acompanhar os resultados macros das áreas, através dos indicadores. 1.2. Direção Pedagógica 1.2.1. Estabelece metas e prazos. 1.2.2. Autorizar projetos pedagógicos. 18 1.2.3. Gerenciar a área pedagógica, em todos os seus aspectos. 1.2.4. Articular as competências humanas da equipe para interesses Institucionais. 1.2.5. Zelar pela atualização constante das técnicas e práticas pedagógicas, visando ofertar sempre um produto de qualidade. 2. Nível Tático: O Nível Tático é formado pelo Corpo de Liderança, pessoas ligadas diretamente ao Diretor Executivo que em sua totalidade são Profissionais promovidos de cargos operacionais aos cargos de chefia. O Corpo de Liderança é composto por pessoas capacitadas para o exercício da liderança e das tarefas pertinentes a sua área. Este nível organizacional é responsável pelo desdobramento das estratégias macros em ações setorizadas que converjam para o sucesso das estratégias traçadas pelos Diretores Executivos no nível Estratégico. São responsáveis também pela manutenção do funcionamento no nível operacional, provendo os setores e seus profissionais das condições necessárias para a execução de seus papeis. Seguem abaixo os cargos e algumas de suas funções: 2.1. Supervisões de Área 2.1.1. Responsáveis pelos cursos Técnicos. 2.1.2. Formar equipe de docentes e de apoio pedagógico. 2.1.3. Zelar por condições de infraestrutura e recursos humanos (satisfação do docente) necessários para a execução do trabalho. 2.1.4. Manter atualizados os currículos, objetivos e ambientes de ensino, de acordo com a necessidade do mercado e a realidade de seus clientes. 2.1.5. Acompanhar os indicadores da qualidade do trabalho docente, atuando constantemente no aprimoramento e uniformização das práticas e estratégicas didáticas de seu pessoal. 19 2.2. Coordenações de Turno 2.2.1. Responsáveis pela gerência do turno (manhã, tarde e noite). 2.2.2. Controlar a freqüência de docentes e discentes, encaminhando soluções quando necessário. 2.2.3. Garantir as condições físicas para o trabalho docente. 2.2.4. Atendimento aos Clientes para tratar de assuntos que digam respeito ao funcionamento de seu turno ou fatos ocorridos neste. 2.2.5. Estabelecer a logística para o funcionamento do turno em dias normais (rotineiro) e atípicos (eventos). 2.3. Orientação Educacional 2.3.1. Responsável pelo acompanhamento da aprendizagem dos alunos. 2.3.2. Atuar sobre alunos com dificuldades de aprendizagem e de adequação as normas, acompanhando-os após orientação. 2.3.3. Atuar junto aos Supervisores de Área, Docentes e Familiares, buscando adequar estratégias de ensino/estudo para potencializar a aprendizagem. 2.3.4. Encaminhar para especialistas de outras áreas (exemplo: saúde) alunos com necessidades psicológicas ou biológicas. 2.3.5. Conduzir estudos de informações relevantes (conhecimentos) sobre o processo ensino-aprendizagem. 2.4. Coordenação de Estágio 2.4.1. Responsável pelas parcerias Empresa-Escola, necessárias para inserção dos alunos no mercado através do estágio técnico. 2.4.2. Divulgar e/ou selecionar alunos para os processos seletivos demandados pelas empresas. 20 2.4.3. Acompanhar os resultados dos alunos, quanto ao comportamental destes e as competências profissionais. 2.4.4. Zelar pelo cumprimento da legislação de estágio, dentro da escola e na empresa. 2.4.5. Divulgar internamente os indicadores do setor, sinalizando para os demais Profissionais sobre a eficácia das estratégias adotadas. 2.5. Gerência de Patrimônio 2.5.1. Gerenciar as obras e melhorias técnicas, materiais e físicas. 2.5.2. Zelar pela manutenção e conservação das instalações. 2.5.3. Administrar os estoques. 2.5.4. Coordenar portarias e reprografia. 2.5.5. Gerenciar desempenho dos fornecedores de produtos e serviços. 2.6. Gerência Financeira 2.6.1. Gerenciar o Contas a Pagar e o Contas a Receber. 2.6.2. Efetuar pagamento a fornecedores internos e externos. 2.7. Secretária de Registros Escolares 2.7.1. Zelar por todo o arquivo dos registros escolares. 2.7.2. Emitir e solicitar documentos. 2.8. Gerência de Departamento de Pessoal 2.8.1. Gerenciar comunicação com o contador. 2.8.2. Manter sob guarda os documentos da força de trabalho. 2.8.3. Gerenciar fornecedores que interagem prestem serviços para a força de trabalho. 2.8.4. Oficializar ordens de pagamentos às pessoas. 21 2.8.5. Gerenciar os processos de contratação e demissão. 2.9. Gerência de T.I. 2.9.1. Propor investimentos e implementar melhorias na área de T.I. 2.9.2. Gerenciar as demandas do sistema de Administração Escolar junto ao fornecedor. 2.9.3. Manter software e hardware atualizados e funcionais. 2.9.4. Gerenciar o suporte técnico aos usuários. 2.9.5. Capacitar usuários para o uso de recursos. 2.10. Coordenação de Esportes 2.10.1. Organizar eventos esportivos. 2.10.2. Captar atletas para o quadro de equipes. 2.10.3. Integrar o esporte a formação educacional ofertada. 2.11. Gerência de Cobranças 2.11.1. Combater a inadimplência. 2.11.2. Realizar acordos com clientes quanto ao financeiro. 2.12. Bibliotecária 2.12.1. Realizar a guarda e empréstimo de livros e periódicos. 2.12.2. Promover a atualização de informações do site. 2.12.3. Enviar clipes de notícias 3. Nível Operacional Este nível é formado pelos Profissionais que realmente executam os processos de criação dos produtos da empresa, neste caso a prestação de serviços administrativos e pedagógicos decorrentes da formação educacional 22 ofertada a seus clientes. Aqui encontra-se um grande absorvedor da força do Corpo de Liderança, pois em se tratando de uma empresa cujo o produto é essencialmente humano, considerando as características humanas quando em uma ambiente desprovido de controle, o Corpo de Liderança destina parte significante de seu tempo e de seus recursos para que o nível operacional tenha condições para exercer seu papel de forma digna e esperada. O correto funcionamento deste nível garante maiores chances de sucesso para as estratégias traçadas pelos Executivos. Seguem abaixo os cargos e algumas de suas funções: 3.1. Professores de Ensino Médio. 3.1.1. Ministrar conteúdos do Ensino Médio. 3.2. Professores de Cursos Técnicos. 3.2.1. Ministrar conteúdos dos Cursos Técnicos. 3.3. Técnicos Auxiliares. 3.3.1. Manter o funcionamento dos laboratórios. 3.3.2. Supervisionar a atuação de estagiários. 3.3.3. Auxiliar os Professores em aulas práticas. 3.3.4. Auxiliar os Supervisores de Área. 3.4. Estagiários Técnicos. 3.4.1. Ajudar na manutenção do funcionamento dos laboratórios. 3.4.2. Ajudar aos alunos nas dificuldades durante as aulas. 3.5. Inspetores Escolares. 3.5.1. Zelar pela ordem no ambiente escolar. 3.5.2. Auxiliar a Coordenação de Turno. 3.6. Porteiros. 3.6.1. Controlar o acesso ao ambiente escolar e aos setores. 3.7. Pessoal de Conservação. 3.7.1. Zelar pela limpeza e conservação do patrimônio físico. 3.8. Pessoal de Manutenção. 3.8.1. Realizar a manutenção corretiva e preventiva de equipamentos e bens materiais. 23 3.9. Auxiliares de Secretaria. 3.9.1. Executar os registros escolares e emissão de documentos. 3.10. Auxiliares de Tesouraria. 3.10.1. Realizar pagamentos e recebimentos de clientes e fornecedores. 3.11. Auxiliares de DP. 3.11.1. Auxílio nos processos administrativos do departamento de pessoal e de recursos humanos. 3.12. Auxiliares de Cobrança. 3.12.1. Realizar o combate a inadimplência. 3.12.2. Viabilizar condições financeiras para o ingresso e permanência dos clientes. 3.13. Auxiliar de Biblioteca. 3.13.1. Zelar pelo patrimônio intelectual e pela atualização do conhecimento interno. 3.14. Auxiliar de Cozinha. 3.14.1. Produzir as Fazer refeições consumidas diariamente. 3.15. Auxiliar de Almoxarifado. 3.15.1. Controlar o estoque. 3.15.2. Prestar serviços de reprografia. 24 CAPÍTULO III PROBLEMAS A SEREM ENFRENTADOS “A principal vantagem de utilizar sua equipe para solucionar problemas e tomar decisões é que você reúne diferentes recursos para interagir e desenvolver um maior número de opções de que seria capaz se cada membro estivesse agindo sozinho. Não há qualquer dúvida de que a sinergia em uma equipe eficaz produz mais do que a soma de suas partes.” (THOMAS L. QUICK, 1995, p.91). I. Principais problemas. A ETERJ é caracteriza por ser uma Instituição de Ensino extremamente dinâmica. Seu Corpo de Liderança, composto por ex-alunos e profissionais promovidos a cargos de confiança, foi forjado no calor da necessidade de inovar, no desafio de fazer diferente, de ser competitivo no mercado e de retomar um crescimento na base de clientes estagnado durante 05 anos (de 2000 a 2005). Nesse contexto, a Instituição buscou profissionalizar seu Corpo de Liderança, criar novos processos, novas metodologias de trabalho, melhorar o ambiente de trabalho, suas práticas de gestão administrativa e, criar novos produtos como o Pós-Médio Técnico – curso técnico ofertado separadamente do Ensino Médio – estas ações permitiram retomar o crescimento da Instituição e dar fôlego financeiro, inclusive a abertura de uma nova unidade fundada em 2008. O Corpo de Liderança é responsável pelo Produto e pelo processo de construção do Produto da ETERJ, sendo este a Formação Profissional e a prestação de serviços nesta área. 25 Em paralelo ao crescimento da base de alunos, cresciam também os processos em todas as áreas/setores, fruto da inovação e profissionalização implementadas para reversão do quadro negativo em que a Instituição se encontrava. Outrossim, temos que considerar também, a mudança significativa de comportamento da sociedade em relação à Escola, quando atribui a esta o papel que é da família e até do Estado, esperando além do Ensinar outras ações como Educar Valores, Controlar e Fiscalizar fora da Escola, Repreender e, ainda, Compensar a ausência da família. Neste contexto, diante de uma rotina repleta de compromissos e trabalhos, o Corpo de Liderança tende a soluções de implementação mais simples, mesmo quando estas não são as de melhores resultados, como por exemplo: • Diante de uma falha do sistema os boletins dos alunos foram impressos com erros. Em avaliação pós-ocorrência, o sistema foi o único ponto falho encontrado. Contudo, se houvesse um planejamento desta atividade com previsão em cronograma para teste e tempo de margem de segurança, os prejuízos do erro do sistema seriam minimizados. • Quando a aplicação das provas foi prejudicada pela falta de provas, não entregues pelo professor, gerou uma carga de trabalho extra para a Coordenação de Turno (responsável pela aplicação) e alguns desgastes com alunos que reclamavam da organização e do direito à prova. A solução pensada inicialmente foi a de não mais aplicar as provas em calendário, deixando a tarefa para o Professor durante seu horário de aula. Esta decisão aumentaria significativamente o trabalho operacional de diversos profissionais (supervisão das provas, elaboração das provas e reprodução das provas), desviando o foco da causa principal do problema, que foi a falta de uma definição mais detalhada sobre o Gestor deste processo, das tarefas e executores do mesmo, de uma programação em cronograma que permita identificar falhas e corrigi-las com antecedência, além da necessidade de um mecanismo que permita 26 à Direção enxergar as etapas do processo e quem ou o que comprometem sua execução. A liderança diante deste contexto expressa por atos e falas, alguns sentimentos consequentes deste cenário. São eles: 1. Desmotivação para criar e melhorar Processos. Apesar do comprometimento do Corpo de Liderança, é comum ouvir dos dessas pessoas, afirmações de que estão cansadas e sobrecarregadas para fazer algo diferente ou para inovar no que já fazem. A desmotivação de Profissionais deste nível acarreta inúmeras dificuldades para o negócio, pois contagiará as pessoas dos níveis mais baixos e com isso, a Instituição se tornará menos competitiva destruindo valor de credibilidade da empresa/escola no mercado. 2. Sensação de sobrecarga pela percepção de ociosidade no outro. A sobrecarga de trabalho é outro sentimento comum entre o Corpo de Liderança, algumas pessoas acham que trabalham mais do que outras e em alguns casos a chefia não enxerga que o setor tenha tanto trabalho assim. No primeiro caso podemos decorrer para um conflito dentro do Corpo de liderança ou para apatia por se achar injustiçado. No último caso percebemos a nítida incapacidade do Corpo de Liderança de apresentar para a chefia imediata as tarefas e processos executados, dando-lhe a oportunidade de conhecer e avaliar possível sobrecarga ou má distribuição do tempo. 3. Prática de “apagar incêndios” – tudo pra cima da hora. A má distribuição do tempo e das responsabilidades (papel de cada), bem como, a falta de um instrumento que ajude a visualizar os 27 compromissos futuros (cronograma), leva os líderes ao acúmulo de tarefas/processos e a inexistência de margem de segurança, desta forma, em determinado momento às tarefas se sobrepõe e o desespero para dar conta de tudo, toma conta do Profissional não lhe permitindo focar na qualidade da execução das tarefas/processos. 4. Falta de Condições do Gestor de enxergar os processos de forma macro. Quanto maior a Empresa, mais difícil será para o Executivo (número 01) visualizar a execução dos processos de diversas áreas (vide item II), desta forma, o Gestor encontra grandes dificuldades para identificar as pessoas ou motivadores do “gargalo” do processo (onde ele para/demora) e de identificar melhores formas de executar a(s) atividade(s). 5. Desgaste físico e mental. A sensação de sobrecarga e de estar sempre apagando incêndios, a má distribuição das atividades entre pessoas e no tempo (ano letivo) e falta de um mecanismo que permita gerenciar os processos e ter informações sobre seu andamento levam o Profissional Comprometido a um desgaste físico e mental interno e até com os colegas de profissão. Profissionais Comprometidos como ao Corpo de Liderança, sofrem por não poder inovar e criar mais. 28 CAPÍTULO IV IMPLEMENTANDO O MODELO DE GESTÃO POR PROCESSOS NO AMBIENTE ESCOLAR “A responsabilidade básica da área de Sistemas, Organização e Métodos é a de executar as atividades de levantamento, análise, elaboração e implementação de sistemas administrativos na empresa. O objetivo é o de criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução das atividades, eliminar atividades em duplicidade, padronizar, melhorar gerenciamento problemas, o controle, fazer o dos processos e solucionar também chamados de patologias organizacionais”. (OLIVEIRA, 2005, p.478) I. Plano de ação para implementar solução 1. Fase I – Conscientização. Diante dos sintomas diagnosticados junto ao Corpo de Liderança, o primeiro passo foi conscientizar as pessoas sobre a importância do planejamento global de toda a Instituição, o que permitiria uma melhor gestão do tempo e das atividades do dia-a-dia. Eram perceptíveis nas pessoas, a insatisfação com a situação atual, bem como, a incredulidade com propostas de solução que exigissem a dedicação ou destinação de mais tempo e esforço para encontrar uma forma de melhorar os problemas. 29 A Conscientização definitiva aconteceu em uma reunião de fechamento do ano letivo, quando o Corpo de Liderança avaliou algumas ações que foram extremamente desgastantes para serem executadas e que os resultados não corresponderam às expectativas. Neste momento, foi percebido que os problemas seriam minimizados se houvesse um planejamento global, com cronograma e calendário macro, definindo etapas, prazos e responsáveis, permitindo uma melhor gestão sobre os processos e suas atividades e a antecipação de problemas através de uma postura preventiva e proativa. Diante das evidências de que a falta de um plano, de uma organização do tempo e das atividades de cada pessoas e a falta de mecanismos que permitam uma melhor Gestão da Instituição, seus setores e seus processos, o Corpo de Liderança decide por agendar dois dias no início do ano letivo, destinados ao início dos trabalhos de planejamento e construção de um calendário intersetorial, a partir de cronogramas. 2. Fase II – Planejamento. “Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-adia, são as ações e verificações diárias conduzidas para que cada pessoa possa assumir responsabilidades no cumprimento das obrigações conferidas a cada indivíduo e a cada organização”. (FALCONI 2004) O planejamento foi iniciado com uma reunião, realizada fora da Instituição, durante dois dias, contou com a participação de representantes da Direção e de todo o Corpo de Liderança (Administrativo, Pedagógico, Financeiro, Patrimônio etc). A reunião foi dividida em duas etapas, a primeira destinada ao estudo dos conceitos administrativos necessário para a construção das ferramentas e a segunda etapa destinada à construção 30 setorial e ao compartilhamento de informações entre os grupos. Na primeira etapa, foram estudados conceitos como: Processos de negócio; clientes interno e externo; fornecedor interno e externo; insumos e resultados; PDCA; brainstorming; check list; cronograma; gestor, tarefa e executor. Na segunda fase, foram criadas oficinas setoriais para identificação e escrita dos processos de negócio e para o desdobramento dos processos em tarefas. Para a escrita dos Processos de Negócio, foram criadas planilhas eletrônicas, personalizadas para o uso adequado às características e necessidades da ETERJ. Cada setor teve que discutir seus processos de negócio, escrevendo-os nestas planilhas, juntamente com as respectivas tarefas, executores e prazos. O fato de utilizar planilhas eletrônicas para a digitação destas informações faz parte do plano de uso da informática como ferramenta que auxiliará no controle das atividades e funcionamento dos planos. Havia sido dado o primeiro passo de uma longa jornada, que deveria ser continuada no dia-a-dia em encontros semanais para a continuidade progressiva do trabalho de escrita setorial dos processos de negócio e suas respectivas tarefas. O Corpo de Liderança encerrava esta etapa confiante de que apesar de trabalhoso o planejamento global das atividades traria no futuro uma condição de trabalho melhor, minimizando os males causadores das insatisfações diagnosticadas até aquele momento. 3. Fase III – Ferramentas Utilizadas. A proposta era criar um calendário Institucional e intersetorial, que permitiria a visualização das cargas de trabalho (através da definição dos executores de tarefas e gestores de processos) e uma melhor organização do tempo (através do cronograma dos processos), desta forma o cronograma dos processos alimentaria o calendário Institucional. Contudo, 31 para que os cronogramas fossem criados e a partir destes surgisse o calendário, era necessário que cada setor escrevesse a forma com que executa seus processos, que tarefas formam os processos, quem são os executores, qual o prazo para que as tarefas sejam iniciadas e concluídas etc. A simples escrita de cronogramas não traria o benefício esperado, pois o tamanho e a dinâmica da Instituição potencializariam a possibilidade de uma falha humana, tendo em vista que os modelos convencionais de calendário e de cronograma dependem exclusivamente da disciplina da pessoa que utiliza estes para sua organização e gestão. Sendo assim, foi apresentada a proposta da escrita dos processos com suas tarefas, prazos e executores em uma planilha eletrônica, que permitirá no futuro a importação dos dados para um sistema que está sendo desenvolvido de forma personalizada para a ETERJ. O sistema permitirá o cadastro das informações lançadas inicialmente na planilha, fazendo o processamento destas e interagindo com os usuários (gestores e executores) no sentido de alertá-los sobre prazos de início, término e atrasos em suas responsabilidades ou de colegas de trabalhos que estejam ligados a atividades que são pré-requisito para a outra. O sistema será uma ferramenta de T.I. destinada a Gestão dos Processos de Negócio, ofertando ao usuário uma gama de relatórios que viabilize a análise das cargas de trabalho e do desempenho profissional de cada. Nos ANEXOS 1 e 2, seguem modelos das planilhas criadas para a escrita dos processos e seus planos de ação. 4. Fase IV – Capacitação. Apesar da popularização da informática, é comum encontrar profissionais que assumem cargos de liderança, com dificuldades para utilizar os recursos da informática a seu favor, uma característica das gerações que estão a frente da maioria das empresas que não são de tecnologia. Não é diferente na ETERJ, onde, apesar de todos os membros 32 do Corpo de Liderança terem acesso a micros e seus programas, a grande maioria limita-se a utilizar recursos básicos que lhes foram ensinados ou que foram aprendidos no dia-a-dia. Neste contexto, lançar a ferramenta sem o devido acompanhamento seria promover o retrabalho e o desperdício de tempo. Assim, foi destinado a um funcionário formado em Administração de Empresas e com facilidade no uso da informática, a função de acompanhar semanalmente o líder de cada setor, ajudando-os na escrita dos processos e no uso da planilha eletrônica e outros recursos da informática, bem como, garantir um mínimo de padronização para a importação futura dos dados pelo sistema. Assim a Instituição garante o treinamento e capacitação continuamente para as pessoas, sobre conceitos e conhecimentos administrativos e de informática. 5. Fase V – Escrita de Processos. “Princípio da evidência - Dizendo para não aceitar nada como verdadeiro, enquanto não for reconhecido como tal, de modo a procurar evitar a precipitação e prevenção contra determinados atos e fatos. Princípio da análise – Fracionar as dificuldades em tantas partes quantas forem necessárias, de modo a facilitar a sua compreensão e entendimento. Princípio da síntese – Pensar ordenadamente, a partir dos fatores ou objetos mais simples até chegar aos mais complexos, admitindo existir entre eles uma certa ordem de execução. 33 Princípio da enumeração – Fazer enumerações tão completas e revisões detalhadas, de modo a se ter certeza que nada foi omitido ou esquecido.” (RENÉ DESCARTES, Discurso sobre Método) Os princípios citados por RENÉ DESCARTE, ilustram o perfil psicológico necessário para o Profissional que conduzirá esta fase. Esta talvez seja a mais importante de todas as fases, pois aqui o Corpo de Liderança está sendo conduzido a escrever os processos de negócio de seu setor/área procurando refletir sobre a melhor seqüência de tarefas para executar ou fazer rodar o processo, sobre sua periodicidade, sobre a importância de parar e quando parar para avaliar o processo (PDCA), sobre os executores das tarefas e os prazos para que os mesmos possam concluir o que lhes cabem. Esta etapa está sendo realizada sob a gerência direta da Direção Geral e conduzida por dois profissionais. Semanalmente em agenda prédeterminada os líderes são visitados para reunião de no máximo 01 hora de duração, onde os processos são revisados, corrigidos ou construídos. Este é o fórum de esclarecimento das dúvidas e de alinhamento das percepções e metodologias de trabalho. A escrita dos processos está dividida em dois momentos. No primeiro os líderes escrevem os processos, sua seqüência de tarefas e determinam quem serão os executores. No segundo momento desta fase, os líderes estabelecerão datas e periodicidades para a execução das tarefas e conseqüentemente para que o processo rode, neste momento, intrinsecamente inicia-se a construção de um calendário Institucional (macro; intersetorial), pois todos os setores contribuem com seus inúmeros processos e respectivas atividades, datando-as e fazendo-as existirem no tempo (chromos) de forma organizada e sistemática. 34 A escrita dos processos permite uma visão holística do funcionamento da Instituição e da necessidade de ajustar os recursos humanos necessários para tocar a empresa, além de fundamentar possível reestruturação de setores, cargos e funções. 6. Fase VI – A importância da Informática na Gestão dos Processos. O dinamismo da ETERJ, a quantidade de setores, processos e tarefas, o número de profissionais envolvidos com a gestão do negócio, exige o uso dos recursos da informática e tecnológicos a favor da produtividade e eficiência profissional. Usar cronogramas impressos ou manuscritos ajudam na organização pessoal/setorial, contudo, a proposta implementada na ETERJ trata de algo maior, que é a Gestão por Processos, neste contexto precisamos da informática como aliada no controle dos processos e para processamento das informações e resultados. Inicialmente os processos serão arquivados em planilhas eletrônicas, devido a facilidade de manipular as informações nesta ferramenta. A informática através de sistema desenvolvido especialmente para as necessidades deste projeto (Gestão de Processos na ETERJ), permitirá o registro e proteção do capital intelectual da Instituição, no que diz respeito ao armazenamento dos processos. Terá vital importância no controle dos processos e suas tarefas, pois avisará aos gestores e executores sobre prazos a vencer e vencidos, tarefas concluídas e pendentes. Permitirá emissão de relatórios necessários para a visão sobre as cargas de trabalho de um setor/profissional, bem como, a visão sobre o calendário Institucional (macro). 7. Fase VII – Análise e redistribuição das cargas de trabalho. Estando os processos arquivados na base de dados do sistema, com a identificação dos gestores, dos executores e suas tarefas e dos prazos, o sistema permitirá a emissão de relatórios que apresentem a agenda de 35 trabalho de cada setor/profissional, construída a partir das informações dos processos, permitindo ao Administrador Executivo analisar as cargas de trabalho e, se necessário, redistribuí-las. Essa ação trás retorno imediato para a Força de Trabalho, pois permite ao profissional desempenhar melhor seu papel e ameniza a sensação de injustiça percebida quando existe maior cobrança feita sobre uns do que outros. Outrossim, a visão holística sobre os processos permite um melhor planejamento sobre o melhor momento para se lançar novas idéias e novos desafios à Força de Trabalho. 8. Fase VIII – Resultados esperados após o novo modelo de Gestão. A ETERJ ao adotar a Gestão por Processos espera resultados a curto e médio prazo, refletidos na qualidade de vida e dos serviços prestados por seus colaboradores, no aumento da criatividade e inovação de seu Corpo de Liderança, além de um grande passo para a implementação da cultura de melhora contínua de seus processos. Tão importante quanto é para a Instituição, a Força de Trabalho acredita estar diante de uma oportunidade ímpar de apresentar oficialmente as atividades que executam e com isso, abrir um debate sobre as condições de trabalho para conseguirem dar conta destas e de outras responsabilidades que certamente virão com o crescimento da empresa, consequência natural da melhora do negócio. “A empresa é uma coleção de processos. Se todos os processos estão idealmente monitorados e em evolução, pode se garantir que o negócio como um todo está igualmente saudável e acima de tudo preparado para o futuro”. (PROF. ESP. ROBSOBN SANCHES) 36 37 CONCLUSÃO O ambiente escolar é caracterizado por ser predominantemente humano e, enquanto empresa da área educacional é tratada como qualquer empresa, com suas responsabilidades trabalhistas, com suas legislações regulamentadoras, seus órgãos de fiscalização, impostos e responsabilidades sociais. Uma empresa que internamente e administrada, em sua grande maioria, de forma empírica e até artesanal. Conceitos adotados há décadas pela administração empresarial são negligenciados na Formação Acadêmica de Administradores Escolares (cursos de Pedagogia) e pela maioria dos empresários e diretores de escolas. O resultado que salta aos nossos olhos é o de uma gigantesca dicotomia entre a prática da gestão escolar e a gestão empresarial, como formar administradores, engenheiros, médicos, advogados, professores se a grande maioria das Escolas de nosso país são administradas como se estivessem a séculos atrás do presente. Como melhorar continuamente o jeito de fazer as tarefas de tocar o negócio, de gerir os processos? Esta pergunta nos remete a aos próprios resultados da Educação de Nosso País. A necessidade de evoluir e de melhorar obriga a escola a quebrar paradigmas e parar de reinventar a roda sem agregar valor a esta. Exige de seus gestores competência para administrar os recursos, normalmente escassos, e principalmente técnicas e sensibilidade para administrar os recursos humanos, sua Força de Trabalho, seus colaboradores, seus líderes, tirando destes o máximo de seu potencial criativo, mas dando-lhes condições para potencializar suas virtudes sem criar um ambiente desumano como o encenado por Charlie Chaplin no filme Tempos Modernos. Utilizar-se de ferramentas comprovadamente testadas no mercado de trabalho, com incontáveis casos de sucesso, é uma das primeiras decisões que os Executivos de Escolas devem tomar para agregar valor ao seu produto e ao seu negócio, tornando sua empresa mais competitiva. Empresas 38 administradas artesanalmente ou empiricamente perdem tempo e forças reinventando técnicas, fórmulas e mecanismos de controle que estão disponíveis a poucos clicks de qualquer pessoa interessada. Este é o caso da Gestão por Processos, uma junção de técnicas e ferramentas que permitem a melhora contínua do seu jeito de ser e de fazer negócio. A Gestão por Processos Assistida por Sistemas de Informática é uma estratégia para a implementação de uma nova cultura nas Escolas, a cultura do controle inteligente e do planejamento sobre as atividades, da visão holística sobre o negócio e sobre o desempenho profissional da Força de Trabalho. Este modelo de Gestão permitirá as escolas melhorarem continuamente a forma como tocam a rotina, possibilitando verdadeiros debates, reflexões e tomadas de decisão sobre os caminhos a serem percorridos e os recursos disponíveis para novas jornadas, principalmente os recursos humanos, principais insumos para uma empresa em que o ser humano é o principal agende do processo produtivo. Esse trabalho traduz as expectativas trazidas pela proposta de implementação do modelo de Gestão por Processos em ambientes escolares. 39 ANEXO 1 PLANILHA MODELO PARA PROCESSOS 40 ANEXO 2 PLANILHA MODELO PARA PLANOS DE AÇÃO 41 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia. ed. Belo Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004; MOREIRA, Dirceu. A Potencialização do Capital Humano. ed. São Paulo: Makron Books, 1999; OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de Administração de Processos 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007; OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas e operacionais. 10.ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2005; QUICK, Thomas L. Como Desenvolver Equipes bem Sucedidas. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995; ROCHA, Luiz Oswaldo Leal da. Organização e métodos: uma abordagem prática. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1995. SILVA, Antomar Marins e. Gestão Estratégica de Negócios: pensamentos e reflexões. ed. Rio de Janeiro: Grifo, 1997; 42 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I A GESTÃO POR PROCESSOS 11 CAPÍTULO II O AMBIENTE DE TRABALHO 14 I. Campo para o estudo - A ETERJ II. Como está organizada a Força de Trabalho CAPÍTULO III PROBLEMAS A SEREM ENFRENTADOS 24 I. Principais Problemas CAPÍTULO IV GESTÃO POR PROCESSOS NO AMBIENTE ESCOLAR 28 I. Plano de ação para implementar solução CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 ÍNDICE 41 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Título da Monografia: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR PROCESSOS NO AMBIENTE ESCOLAR, PARA A ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CORPO DE LIDERANÇA, MELHORA DA EFICIÊNCIA PROFISSIONAL E DA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS DA FORÇA DE TRABALHO. Autor: Wellington Eloy Ramalho da Silva Data da entrega: 11 de abril de 2011 Avaliado por: JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO Conceito: