INFÂNCIA
O que podemos aprender com as crianças
O cotidiano cansativo dos adultos limita nossa capacidade de se encantar com as
diversas descobertas da existência, porém é possível atenuarmos isso
Texto Raphaela de C. Mello
A infância é possível em qualquer idade, basta o estado de espírito
Você já parou para pensar no papel que a infância exerce no seu dia a dia? Para algumas
de nós, essa fase da existência permanece enclausurada nos álbuns de fotografia.
Atestado de que a aurora da vida ficou para trás, como um fato irrevogável. Nem tanto. A
leveza, a curiosidade e a alegria infantis podem e devem nos acompanhar até o último
suspiro.Viva!
"Infelizmente, muitos adultos perderam a vez na magia da existência e, com ela, seu poder
de transformação. Eles se fecham no sofrimento e dentro do medo de viver", escreve a
psicóloga e arte-terapeuta canadense Alexandra Duchastel no livro O Caminho do
Imaginário
O
Processo
de
Arte-Terapia
(Paulus).
Em algum momento de nossa trajetória, trocamos o andar ereto e comportado pelas
cambalhotas; a lente colorida do caleidoscópio pela ótica cinzenta das preocupações e das
responsabilidades. Transição necessária para se alcançar a maturidade. Não há dúvida.
No entanto, o radicalismo dessa virada é totalmente dispensável, uma vez que nada nos
proíbe de carregar nossa criança interior para todo canto.
Carregando o mundo nas costas
Se por um lado inexistem leis cerceando o direito à galhofa, por outro, há um pelotão de
urgências nos convocando aos embates. Quem carrega o mundo nas costas conhece bem
o peso da armadura. "As obrigações diárias decorrentes do estilo de vida moderno,
somadas à acirrada competitividade entre as pessoas e à necessidade de galgar postos
no âmbito do trabalho, nos afasta das dimensões do simbólico e da imaginação", afirma a
arte-terapeuta Mary Porto, autora de O Ciclo das Mandalas - Uma Metamorfose em Sete
Passos (Antroposófica). Some-se a isso uma dose extra de autocensura. Afinal,
carregamos dentro de nós uma cartilha implacável, cheia de normas do que é ou não
socialmente aceito. E, liberar o lado infantil, com certeza, não está entre o que se espera
de nós na vida adulta.
Propostas indecorosas
Acontece que, quando abandonamos nossa porção inquieta e sedenta por descobertas,
nós nos entristecemos de muitas maneiras. Seja por que recusamos propostas
indecorosas, como devorar um doce sem nos preocuparmos com a dieta, fazer uma
viagem de última hora, com a roupa do corpo, seja por que deixamos de notar as
mensagens escondidas em gestos e situações corriqueiras.
Quando a Severidade da o tom
Se por um lado inexistem leis cerceando o direito à galhofa, por outro, há um pelotão de
urgências nos convocando aos embates. Quem carrega o mundo nas costas conhece bem
o peso da armadura. "As obrigações diárias decorrentes do estilo de vida moderno,
somadas à acirrada competitividade entre as pessoas e à necessidade de galgar postos
no âmbito do trabalho, nos afasta das dimensões do simbólico e da imaginação", afirma a
arte-terapeuta Mary Porto, autora de O Ciclo das Mandalas - Uma Metamorfose em Sete
Passos (Antroposófica). Some-se a isso uma dose extra de autocensura. Afinal,
carregamos dentro de nós uma cartilha implacável, cheia de normas do que é ou não
socialmente aceito. E, liberar o lado infantil, com certeza, não está entre o que se espera
de nós na vida adulta.
Site: WWW.educarparacrescer.com.br
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