Propriedade e administração:
Centro Lusitano de Zurique
Birmensdorferstrasse 48
8004 Zürich
| Directora: Sandra Ferreira | Ano: XX | N.º: 199 | Novembro 2014 | Mensal | Distribuição gratuita |
Tel.: 044 241 52 60
Fax: 044 241 53 59
Web: www.cldz.ch
E-mail: [email protected]
Gala da Revista do Centro Lusitano de Zurich
Vinte anos
Uma Gala inesquecível para comemorar duas décadas de existência da revista do Centro Lusitano de Zurique... - Pág. 8 - 9
Economia
Contas bancárias a nu...
- pág. 17
Direito
Necessidades educativas
especiais”
pág. 14
Saúde
Ébola - O surto da doença é
considerado uma emergência
de saúde pública. - pág. 15
2 – Lusitano de Zurique
Publicidade
Novembro 2014
Edição anterior
Centro Lusitano de Zurique
Birmensdorferstr, 48
8004 Zürich
www.cldz.ch - [email protected]
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55
Cursos de alemão 076 332 08 34
Direcção Futebol
044 241 52 60 / [email protected]
_________________________________ InCentro Publicidade Rancho folclórico [email protected]
076 379 67 27 / [email protected]
076 344 15 40 / [email protected]
Vamos contar uma história
079 647 01 46
Consulado Geral de Portugal em Zurique
Zeltweg 13 - 8032 Zurique
Tel. Geral: 044 200 30 40
Serviços de ensino: 044 200 30 55
Serviços sociais: 044 261 33 32
Abertura de segunda a sexta-feira das
08:30 às 14:30 horas
Embaixada de Portugal
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15
Secção consular: 031 351 17 73
Serviçoa sociais: 031 351 17 42
Serviços de ensino: 031 352 73 49
Serviços municipais de informação para
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique
Tel.: 044 412 37 37
Polícia 117
Bombeiros 118
Ambulância 144
Intoxicações 145
Rega1414
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: [email protected]
Horário de atendimento:
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h
Esta publicação não adopta
o (des)Acordo Ortográfico
www.ilcao.cedilha.net
Editorial
Novembro 2014
Lusitano de Zurique–
3
Parabéns!
Em Outubro de 1994 saía pela primeira vez à
rua da cidade de Zurique o Boletim “Lusitano
de Zurique”. Um boletim com poucas páginas,
mas com a intenção bem clara: chegar mais
perto da comunidade portuguesa de Zurique.
Ideia e criação do falecido senhor Macedo assim como de Augusto Almeida que num acto de
loucura, como o mesmo o chama, lançaram-se
a esta aventura. Desde então vinte anos passaram e muitas foram as alterações pelas quais o
“Lusitano” passou.
Sandra Ferreira
[email protected]
Só de directores, que também passaram por
este editorial, conta-se uma mão cheia. E todos
eles tiveram a sua importância na continuação desta revista.
Numa vida agitada que entre trabalho e família pouco tempo resta, ter a iniciativa e
a vontade de criar e continuar um projecto destes para a comunidade portuguesa,
não é fácil. Apenas é possível com uma boa dose de boa vontade e solidariedade.
Isto não só apenas da parte de que quem dirige, assim como de quem escreve todos
os meses para esta revista, como dos sponsors, que permitem que este projecto se
mantenha vivo, e do Centro Lusitano de Zurique que tem lutado e continua a lutar por
estar sempre próximo da sua comunidade em Zurique.
Já me encontro neste projecto há cerca de 3 anos e é com prazer que o faço. Mas
tenho que ressaltar: não o conseguiria fazer sem as pessoas espectaculares que me
dão uma mão de apoio e estão sempre prontas a ajudar. Neste caso a direcção do
CLZ, mas principalmente do Sr. Araújo, que apesar de estar a 2 mil km de distância,
tem sempre uma mão estendida pronta para o que der e vier. Sem ele tudo isto não
seria possível!
Obrigada a todos e vamos continuar por mais vinte!
Publicidade
Ficha técnica
Propriedade
Centro Lusitano de Zurique
8004 Zürich
Email: [email protected]
Administração
Centro Lusitano de Zurique
Directora
Sandra Ferreira
[email protected]
Sub-director
Armindo Alves
[email protected]
Redacção e Colaboração
Armindo Alves, Pedro Silva, Maria José Silva, Joana Araújo, Daniel
Bohren, Zuila Messmer, Domingos
Pereira, Marta Pérez, Mónica Carvalhais, Emília Farinha, Mendes
Serafim, Manuel Beja, Euclides Cavaco, Marília Mendes, Carmindo de
Carvalho, Carlos Ademar, Amadeu
Homem
Publicidade:
[email protected]
Tel.: 076 379 67 27
Edição, composição e paginação
Manuel Araújo -Jornalista. 4365
Braga – Portugal
[email protected]
Tel.:(+351) 912 410 333
Nota:
Impressão: DM Braga
Tiragem: 2000 exemplares
Periodicidade: Mensal
Distribuição gratuita
Outras fontes:
Esta publicação não adopta
o (des)Acordo Ortográfico
www.ilcao.cedilha.net
Os textos publicados, são da exclusiva
responsabilidade dos seus autores e não representam necessariamente as opiniões do Lusitano
de Zurique.
4 – Lusitano de Zurique
Comunidades
Novembro 2014
A voz feminina do Rancho do CLZ
Rosa Peixoto, casada, mãe
de três filhos, natural de
Guimarães, cidade de berço, onde nasceu Portugal,
País de Folclore.
Rancho do Centro Lusitano Zurique — Há quantos anos pertence a este Rancho e qual e a sua
função?
Rosa Peixoto— Não posso dizer
ao certo mas nos anos 90, aquele
que era na altura o Presidente do
C.L.Z. veio falar comigo para fazer
parte do coro, depois por motivos
pessoais tive que fazer algumas
pausas e mais tarde regressei, e
exerço a função de Cantadeira há
cerca de 9 ou 10 anos.
RCLZ — No Folclore todos os
trajes tem um significado, Qual e
o significado do seu traje?
RP — A informação que me foi
dada e um traje de campo Domingueiro.
RCLZ — De todo o repertório
Musical deste Rancho, quais são
aqueles que mais gosta de cantar?
RP — Gosto de cantar as mais
novinhas, o Malhão Vaidoso,
Cantares da nossa Aldeia.
RCLZ — O que tem a dizer sobre
todo o Grupo que pertence a este
Rancho?
RP — Na minha opinião é um
bom grupo para fazer um bom
trabalho, acho que deve de haver
compreensão, humildade, aceitar
as opiniões, acima de tudo que
haja respeito para um futuro brilhante e bem-sucedido.
RCLZ — Este Rancho tem muitas saídas em Festivais e outras
festas, o que tem a dizer sobre a
sua prestação?
RP — Sobre isso digo que os
gostos são relativos não se discutem, para mim é um bom grupo um bom rancho, tem coisas
a melhorar e a aprender como
qualquer outro rancho.
RCLZ — Durante o tempo que
se dedicou a este rancho, alguma vez pensou em desistir?
RP — Talvez, por vezes e complicado de conciliar o tempo que
temos para a família, trabalho,
rancho. Mas nunca pensei em
sair deste rancho para representar outro, como disse antes ja
tive algumas pausas e quando
regressei foi sempre para este
rancho.
RCLZ — Este Rancho tem 25
anos de existência, é um dos
Ranchos Portugueses mais antigos aqui na Suíça, na sua opinião o que poderia estar melhor?
RP — É complicado de dizer, em
25 anos passaram várias musicas, várias danças, várias pessoas que foram formadas e que
aprenderam muito, e várias pessoas que por motivos pessoais
tiveram que abandonar, e outras
pessoas entraram e temos de
ensinar tudo de novo, e os 25
Anos não quer dizer que se saiba
tudo, ou que podia estar melhor
ou pior, há sempre algo de novo
para aprender e aperfeiçoar.
RCLZ — Quando canta neste
Rancho qual é o sentimento da
sua voz?
RP — Carinho
RCLZ — Sra. Rosa Peixoto
obrigado pela disponibilidade,
por estas palavras, e que a sua
vontade seja como diz o Fado de
Amália Rodrigues ”Cantarei até
que a voz me doa”.
Novembro 2014
Lusitano de Zurique–
5
Magusto
Magusto dos Sócios do
Centro Lusitano de Zurique
O Centro Lusitano de Zurique convida todos os
sócios para festejar o S. Martinho.
Dia 29.11.2014 nas nossas instalações.
Como é habitual iremos assar as castanhas das 15:00
às 18:00 horas e no final teremos o tradicional caldo
verde.
Junte-se a nós para festejar esta linda tradição!
6 – Lusitano de Zurique
Comunidades
Novembro 2014
Federação de Folclore visita Roma
A Federação Portuguesa de Folclore e
Etnografia na Suíça,
em conjunto, com o
Consulado Geral de
Portugal em Zurique,
passaram dias inesquecíveis em Roma. que prendeu a alma e o coração ao grupo. Seríamos
capazes de ficar ali a ouvi-lo horas sem fim.
A fonte de Trevi deixou um
sabor amargo… está a ser
restaurada e não podemos
vê-la no seu máximo esplendor. Mas podemos
apreciar a força histórica
e compreender as lendas
que se ouvem, pois a sua
beleza é grandiosa.
Maria Dos Santos
Dia 8 de Outubro, às 00:00
horas, em Wetzikon, cidade escolhida para o arranque da comitiva, iniciava-se
aquela viagem que todos
devem fazer uma vez na
vida: visitar Roma e o Vaticano, incluindo se possível,
uma homilia com sua Excelência o Papa, que nesta altura se chama por vontade
própria, o Papa Francisco..
dos seus habitantes. No entanto a sua história artística e cultural, está
patente em inúmeras ruas
desta bela cidade, que foi
inclusive declarada “património da humanidade” pela Unesco. É a cida-
seu, ali está altivo e só de
olhar, o nosso imaginário
desencadeia toda a história deste Santo, cuja aparição diz a narração, coincidiu com o fim da doença da
peste, que na altura matou
milhares de pessoas.
Após 10 horas de viagem chegamos ao destino. À nossa espera estava
o Sr. Padre Daniel Afonso,
um português que ali se
encontra a estudar e que
foi uma mais-valia para o
nosso grupo. Pernoitamos no instituto
Laurentina, uma escola sediada em Roma e que se
ocupa não só da formação
de líderes, mas também de
fazer com que as crianças
de hoje sejam os homens
de amanhã, com orientação espiritual, intelectual e
humana.
A visita guiada foi feita em
tempo record, mas muito
intensa. Não podemos esquecer que Roma é a cidade mais extensa e povoada
da Itália, trazendo com isto
alguma desordem, seja
a nível da circulação, ou
O Coliseu, esse anfiteatro
com 48 metros de altura, é
o maior construído durante
o Império Romano… é lindo, potente e quantos segredos escondidos dentro
daquelas muralhas…
O momento esperado estava prestes a acontecer.
A Missa, celebrada por sua
Santidade o Papa Francisco. O Cônsul Licínio Amaral recolheu as entradas em
Roma, que o Embaixador,
ali residente, tinha reservado para o nosso grupo.
Sentimo-nos orgulhosos,
não só da F.P.F.E.S, mas
também por ter o Cônsul a
acompanhar-nos e a interessar-se pela comunidade
Portuguesa.
Passámos também pelo
Panteão construído na
época greco-romana e
que se mantém intacto; a
sua cúpula aberta confere-lhe uma beleza singular.
Dentro deste local a nossa
mente voa até ao infinito.
Muitas ruínas ali estão à
mercê de quem tem a paixão de render homenagem,
parando, olhando e respeitando o que os nossos antepassados romanos fizeram. De todas as ruínas
tocou-me profundamente
aquela onde S. Pedro e S.
João estiveram presos e
torturados.
O castelo de Santo Ângelo
Gabriel, que hoje é um mu-
Daniel Afonso narrou neste mesmo local, a história,
de do Vaticano, das artes, e
da política da Cristandade.
Chegamos por fim à Basílica de S. Pedro. Os
membros da Federação
rigorosamente trajados e
os amigos acompanhantes, ocupávamos o lugar
lateral, ao espaço físico,
onde o Santo Papa iria estar e a dirigir as suas tão
desejadas palavras aos peregrinos.
A atmosfera era calma…
sentíamos as nossas almas
abertas, mais do que nunca, para um futuro de paz,
Novembro 2014
harmonia, alegria e sobretudo a necessidade de perdoar e compreender.
Quis a data escolhida que coincidisse
com um aniversário, digno de uma salva de palmas colectivo.
O nosso líder Cristão, o nosso Papa
Francisco fez, dia 8 de Outubro 2014,
70 anos daquele que foi o dia mais
importante da sua infância, a Primeira
Comunhão.
As suas palavras calmas e carregadas
de sentimentos foram proferidas num
tom, próprio de quem tem o dever moral de fazer passar a mensagem como
podemos mesmo assim, nós fieis, fazermos tantas asneiras e continuar
envolvidos em guerras verbais e mortíferas? Como podem estes peregrinos,
deslocarem-se dos pontos mais varia-
Comunidades
Lusitano de Zurique–
7
dos do mundo, estarem em presença
do Papa, ouvi-lo e nada mudar na forma de pensar e ser? Ou será o próprio
Vaticano que tem de mudar? Todos sabemos que existe uma política religiosa, que tem de apostar em
alternativas. Será, que unidos seremos capazes de mudar os princípios
do catolicismo?
Seja como for quem passa por Roma
e presencia uma Missa com o Papa
Francisco, algo, por muito pouco ou
pequeno que seja, fica diferente. A F.P.F.E.S deixa um profundo agradecimento ao Cônsul de Portugal em
Zurique, por ter ajudado a chegar onde
chegamos.
Cônsul Licínio Amaral
Exposição sobre a vida dos saisonniers
Marília Mendes
ciativa contra a imigração em massa a 9 de Fevereiro
deste ano - uma das exigências desta é a reintrodução
de contingentes e do estatuto de saisonnier. O sindicato
Unia vai fazer uma campanha contra a reintrodução de
qualquer estatuto que limite os direitos dos migrantes.
Porque era um estatuto desumano, que negava os mais
básicos direitos humanos a quem vinha nessas condições e por isso não serve como modelo para o futuro.
Nesse sentido, realizar-se-a uma jornada e exposição
sobre o tempo e a vida dos saisonniers, que terão lugar em Berna, no dia 7 de Novembro, no Stiftung Progr,
Waisenhausplatz 30. Imagino que há pessoas que ainda
se lembram desses tempos e que gostarão de participar. Esperamos que muitas pessoas venham!
Muitos portugueses experimentaram na pele a vida de
saisonnier. Vieram de comboio para a Suíça, sujeitaram-se ao exame sanitário na fronteira, viveram nas
precárias barracas por vezes em difíceis condições.
Não tinham o direito de trazer as famílias, por isso os
filhos ficavam com os familiares em Portugal ou viviam
escondidos na Suíça. Os saisonniers vinham para trabalhar e realizavam sobretudo os trabalhos que os suíços não queriam fazer.
Mas os seus direitos eram limitados, a sua vida na Suíça dependente de patrões e da polícia de estrangeiros.
Todos pensavam que esses tempos tinham acabado com a assinatura do acordo de livre circulação de
pessoas em 2002. Até que se deu a votação da Ini-
SEGUROS
Doença ( krakenkasse )
196.65 Chf ( adultos / +25 anos )
194.05 Chf ( adultos / 19-25 anos )
47.05 Chf ( menores / 0-18 anos )
VIDA
VIAGEM
AUTOMÓVEL
PERDA DE SALÁRIO, etc...
CRÉDITOS DESDE 8,9%
“permissos” L, B, C
8 – Lusitano de Zurique
Comunidade
Novembro 2014
Gala dos vinte anos da Rev
Foi numa noite inesquecível que colaboradores, sponsors e amigos d
Sandra Ferreira
Amigos, colaboradores e sponsors juntaram-se no
passado dia 11 de Outubro, para a comemoração dos
vinte anos do Boletim/Revista Lusitano de Zurique.
Uma gala inesquecível que serviu para recordar histórias e vivências que fazem parte destas duas décadas
de existência da revista do Centro Lusitano de Zurique.
A noite iniciou-se bastante calma e num ambiente bem
familiar, em que em conversas paralelas se ia relembrando estes vinte anos da revista. Para tal foi colocada uma Exposição com as revistas mais relevantes de
cada um dos anos, onde ficou bem visível a evolução
que a revista sofreu na última década. De um papel
de jornal a preto e branco rapidamente chegou a um
papel onde brilham as cores e sobressai a imagem.
Durante o jantar alguns dos principais responsáveis
pela criação e seguimento da Revista quiseram contar
as suas aventuras com a revista.
Augusto Almeida, um dos pais da revista, que voou de
propósito de Portugal para estar presente neste aniversário, contou que a criação do boletim “foi um acto
de coragem, loucura e paixão“ e que sem estes três
ingredientes não seria possível a sua criação.
Novembro 2014
Comunidade
Lusitano de Zurique–
9
vista Lusitano de Zurique
da Revista Lusitano de Zurique festejaram o seu vigésimo aniversário
Pedro Nogueira, que esteve vários anos na direcção
da revista, foi o principal responsável pelas primeiras
alterações no Boletim, transformando-o mais em Revista: “Se o Augusto criou-a a preto e branco, eu fui
aquele que lhe deu cor”, conta. Ressaltou também a
extrema importância dos sponsors na criação e continuação da revista. “Sem os sponsors com certeza não
estaríamos aqui a comemorar este aniversário, por
isso acho importante agradecer a todos aqueles que
durante anos se mantiveram fiéis à Revista.”
Um desses primeiros sponsors foi Luís Carlos Gonçalves, que também subiu ao palco para recordar esses
tempos.
Por fim Armindo Alves, director do CLZ, assim como
Sandra Ferreira, actual directora da revista, agradeceram a todos os presentes, mas também aqueles que
não puderam estar presentes e que tem um papel importante na edição mensal da revista, como é o caso
de Manuel Araújo, que “monta” e manda imprimir a revista a partir de Portugal. “Sem ele a revista também
não seria possível.”
Por fim, e ao som do fado de Nina Simonet, que esteve
presente para cantar e encantar a noite, foi entregue a
cada presente uma pequena lembrança, como agradecimento por fazer parte desta família.
Fotos: Pedro Silva e Maria dos Santos
Mais no Facebook: https://www.facebook.com/groups/lusitanozurique
10 – Lusitano de Zurique
Comunidade
Novembro 2014
“Eu queria um Boletim mais virado para todos
os leitores, independentemente da cor política
ou religião” Pedro Nogueira
Pedro Nogueira é representante do Banco Santander Totta na Suíça Alemã foi um ex-presidente do
CLZ e conta-nos como foi o nascimento da Revista do Centro Lusitano de Zurique há vinte anos.
Passadas duas décadas a Revista continua a ser distribuída gratuitamente por toda a Suíça, Missões
católicas portuguesas e associações portuguesas em geral.
Pedro Nogueira — Antes de responder às suas
perguntas quero agradecer à actual Direcção do
Centro Lusitano de Zurique pelo convite que me
foi endereçado para estar
presente no aniversário
dos vinte anos da Revista.
continuar o legado deixado pelo Augusto e pelo
Dr. de Macedo.
Sandra Ferreira — Então tem liberdade total
para divagar sobre o
nascimento do Boletim,
sobre as dificuldades, as
pessoas etc. Como começou?
PN — A Revista nasce
de uma ideia dois amigos
do CLZ (Augusto e o Dr.
Fernando de Macedo) a
ideia foi logo aceite pela
Direcção do CLZ. Se não
fossem eles a dar o primeiro passo duvido se
estaríamos aqui hoje a
falar da revista. É preciso
não esquecer que ainda
não estávamos na era da
internet.
O Boletim informativo arrancou muito timidamente com 4 ou 8 páginas,
já não me recordo muito
bem, lembro que era todo
financiado pela Direcção
do CLZ, todos acredita-
ram no projecto, tudo era
feito de uma forma muito
artesanal, mas com muita
dedicação, as fotografias
eram cortadas e ajustadas aos espaços e coladas nas folhas e os textos
a mesma coisa, a impressão era a preto e branco
e muitas vezes de fraca
qualidade. O Augusto era
o homem da fotografia,
o saudoso Dr. de Macedo profissional da comu-
nicação já aposentado
na época, esta aventura
termina seis anos depois
com a morte do Dr. de
Macedo.
Estávamos no ano 2000
o Augusto já tinha regressado a Portugal e eu era
o Presidente do CLZ, falei com diversas pessoas
para tomarem conta do
Boletim mas não havia
ninguém que quisesse
Lembrei-me de falar com
o padre Peixoto que era
na altura um dos padres
da missão católica portuguesa em Zurich, também ele com o curso de
jornalismo, expliquei-lhe
que gostava que o Boletim continuasse a tiragem
e que ele era a pessoa
indicada para dar continuidade ao trabalho interrompido devido á morte
do Dr. Macedo. Transmiti-lhe que a minha vontade
era melhorar a qualidade
do Boletim/Revista introduzindo a cor e aumentar
a tiragem para o triplo. Eu
sabia que esta transformação ia custar por mês
cerca de 1.200Fr + transporte, como não queria
sobrecarregar as despesas da tesouraria do
CLZ arregacei as mangas
e fui procurar patrocinadores, nunca desisto,
virar a cara aos desafios
não está nos meus princípios. Bati à porta dos
Bancos, Agencias de
Viagens,
Mercearias
portuguesas,
restaurantes entre outros. Na
Novembro 2014
Comunidade
Lusitano de Zurique–
primeira edição do Boletim a cores, o lucro foi de 47%. A primeira
batalha estava ganha mas eu queria muito mais...
A colaboração do padre Peixoto com
a Revista durou apenas algumas edições. A linha editorial do padre Peixoto era muito diferente da minha
linha de pensamento, coisa que eu
compreendia, pois somos de gerações diferentes e de formação académica também distintas. Mesmo
sendo diferentes, estou muito agradecido ao padre Peixoto. Eu queria
aumentar os leitores para poder argumentar junto dos patrocinadores
que a revista estava a expandir, mas
os textos eram muito à imagem da
Igreja e eu queria uma revista virada
para todos os leitores, independentemente da cor política ou religião.
Quando fiquei com a responsabilidade total da redacção, reúno à minha
volta pessoas com um pensamento
aberto para colaborarem comigo.
Sem querer tirar importância a todos
aqueles que ao longo dos anos colaboram comigo, os meus primeiros
agradecimentos vão para os patrocinadores, se eles não tivessem
acreditado em mim, não estávamos
aqui hoje a falar do Boletim/Revista
20 anos depois.
Destaco ainda colaboradores de peso
que estiveram sempre a meu lado. O
Presidente das missões católicas
portuguesas na Suíça padre Bártolo Pereira, o jornalista Orlando
Dias Agudo (RTP) e guardo para
último uma pessoa que foi sempre
o meu grande pilar nesta Odisseia, o
Araújo também ele um homem com
muita experiência na comunicação, é
ainda hoje o grande responsável pela
montagem e paginação.
Dr. Macedo
Pedro Nogueira
Padre Bártolo
Sr. Augusto
Orlando Dias Agudo
Sandra Ferreira — Obrigado e desejos de imensos êxitos a todos os
níveis.
Pedro Nogueira —A todos vós, fico
também eternamente grato.
Manuel Araújo
11
12 – Lusitano de Zurique
Opinião
Novembro 2014
Agradar a gregos e troianos é impossível...
tico com o qual colaborei
durante alguns anos. Foi o
terceiro jornal portugês a
ter uma página na internet,
a seguir ao Jornal Público
e ao Jornal de Notícias.
Saí devido a divergências
de opinião e censura. Seguidamente criei o Gazeta
Lusófona juntamente com
o actual director e proprietário. Foi um sucesso, mas
alguns anos mais tarde,
em desacordo com a linha
editorial imposta, optei por
vender a minha parte.
Manuel Araújo
Recordando...
Há mais de 35 anos quando cheguei à Suíça, a informação que tínhamos sobre
Portugal era praticamente
nula. Como não havia ainda televisão portuguesa,
escutava-se
dificilmente
a rádio em onda-curta. A
fome informativa era tanta,
que havia portugueses entre os quais me incluo, que
ao fim-de-semana visitavam o aeroporto na esperança que algum passageiro vindo de Portugal lhes
deixasse o jornal do dia,
que era distribuído durante
a viagem.
Mais tarde no quiosque da
Bahnhof havia já alguns semanários à venda. Foi só
durante o final da década
90 é que apareceu RTPi
que emitia apenas durante algumas horas por dia
e poucos portugueses tinham acesso a ela pois era
distribuída por cabo em
poucas operadoras.
Nessa altura, jornais das
comunidades e para as
comunidades, de âmbito
nacional na Suíça não existiam. Um dos primeiros que
apareceu foi o Luso Helvé-
Havia nesse tempo realmente uma manifesta falta
de informação. Convém
referir que não existia outrora a oferta de informação dos dias de hoje, pois
a internet só começou a
democratizar-se no final da
década de 80. Lembro-me
das enormes filas de pessoas nos correios e nas cabines de telefone nas ruas,
a aguardar a vez para poderem telefonar para casa.
Hoje é mais simples, basta-nos o Skype, um Tablet
ou Smartphone e temos o
Mundo da informação na
palma da mão.
O “Boletim/
Revista”
A informação aos associados das associações, era
normalmente feita através
de “boletins”, que não eram
mais que folhas A3 com recortes de jornais colados,
fotocopiadas e dobradas.
O Centro Lusitano de Zurique também tinha um. A
semente do que é hoje a
Revista do CLZ, foi lançada
em 1994 pelo sr. Augusto
Almeida que teve como director o senhor Sr. Macedo
já falecido. O “Boletim” era
composto e paginado pelo
Pe. Bártolo.
Em Março de 2005 já depois da morte do Sr. Macedo, quando eu já estava em
Portugal, recebi a visita dos
meus amigos António Matos e Pedro Nogueira. Vieram perguntar-me se eu os
podia ajudar na feitura do
“Boletim do CLZ”. Incondicionalmente aceitei. Parece
que foi ontem mas já passaram quase 10 anos…
dos, por vezes até injustamente e de forma violenta,
grosseira e primitiva. Mas
houve também palavras de
carinho e incentivo. Ao longo dos anos tentamos dar
o nosso melhor e temos a
humildade de reconhecer
que por vezes também erramos, mas só não erra
quem não tenta e quem
nada faz…
Durante estes 10 anos o
Centro Lusitano de Zurique teve dois presidentes;
o Pedro Nogueira e o Armindo Alves. Com estilos
diferentes, ambos tentaram desinteressadamente
dar o seu melhor em prol
da comunidade, que nem
sempre reconheceu o árduo trabalho, o tempo despendido e roubado à vida
privada e à família.
Sabemos que agradar a
gregos e troianos é impossível e por muito que nos
custe, temos de admitir que
o emigrante português durante décadas, salvo raras
excepções, não teve hábito
de leitura. Os jornais eram
escassos e o que por vezes liam, eram os desportivos (eles) e (elas) a “Maria”.
Falar-lhes de Camões, de
Gil Vicente, Saramago, de
Fernando Pessoa ou mesmo do nosso compatriota
Carmindo de Carvalho, era
uma tarefa difícil ou mesmo impossível e ingrata, a
não ser que essa informação fosse dada em doses
pequenas disfarçada entre
“faits divers”, curiosidades,
humor, desporto e tudo
que directamente lhes diga
respeito. Mesmo não sendo esta a publicação ideal,
a revista vai cumprindo o
seu objectivo que é ser lida.
Estes dois homens cada
um no seu mandato, sempre bem acompanhados
por grandes equipas de colaboradores, são o exemplo do que de bom se faz
no associativismo na Suíça em todos os aspectos,
desde a Integração, à Cultura nas mais variadas vertentes; Literatura, História,
Arte, Etnografia, Tradições,
Apoio Social e Desporto.
O Boletim/Revista do CLZ
desde 2005 teve quatro directores que pacientemente me aturaram; o sempre
disponível Pedro Nogueira,
a verde “in extremis” Sónia
Abelha, a complicada Elizabete Jacinto e a actual
paciente e ponderada Sandra Ferreira. Acredito que
todos estes responsáveis
deram o melhor de si, e todos têm a consciência que
dado às limitações de vária
ordem que existiam e que
ainda existem, a revista não
é a ideal, mas é a revista
possível. Houve altos e baixos. Todos fomos critica-
Àqueles que nos nos lêm,
aos patrocinadores e colaboradores, que mensalmente enriquecem esta
publicação, em especial
aos que mês-após-mês
bato à porta a pedir mais
um texto, a todos, o nosso agradecimento público.
Obrigado.
Novembro 2014
Actualidade
5º Aniversário do
Made in Portugal
Maria Jose Silva
O Made in Portugal assinalou o seu 5°
Aniversario com um mega concerto.
Foi na Stadthalle de Dietikon no passado
dia 11 de Outubro com um elenco de luxo
O publico encheu mais uma vez este pavilhão para ouvir e ver estes artistas .
Parabéns ao Made in Portugal e a toda a
sua equipa que tenham muitos sucessos
são os desejos de toda a equipa do Lusitano de Zurique.
Lusitano de Zurique–
13
14 – Lusitano de Zurique
Direito
Novembro 2014
Necessidades
educativas
especiais (NEE)
Na edição de Setembro
apresentei de um modo
geral o direito escolar no
cantão de Zurique. Neste artigo quero expor as
condições legais básicas,
quando uma criança tem
necessidades pedagógicas especiais e precisa
por isso de medidas de
aprendizagem especiais,
como, por exemplo, a frequência de uma escola
para necessidades educativas especiais (Sonderschule).
As crianças devem basicamente ser ensinadas na
classe normal, quer dizer,
na classe do seu ano na
localidade da sua morada
ou do local da sua residência regular. Se uma criança
necessita de um acompanhamento especial ou de
um apoio, por exemplo, por
causa de uma deficiência,
singularidades de comportamento ou défice de linguagem, então é prestado
um apoio adicional, primariamente por uma pessoa
ensinadora de apoio na
classe normal. Fala-se então de “apoio integrativo”,
podendo a criança com o
apoio integrativo também
receber aulas fora da classe normal. Se esta medida
não chega para incentivar de modo sustentado a
criança, também podem
ser oferecidas terapias, tratando-se aqui sobretudo de
terapias logopédicas e psicomotoras, psicoterapias,
mas também de ofertas
áudio-pedagógicas.
Para crianças que apresentam défices de linguagem,
são oferecidas classes de
integração (Aufnahmeklassen) e ensino de integração
(Aufnahmeunterricht).
O
ensino de integração consiste em aulas suplementares ao ensino normal, onde
os défices de linguagem
devem ser superados, durando o ensino de integração normalmente 2 anos.
Há comunas que também
oferecem classes pequenas (Kleinklassen), isto é,
classes com 8 a 12 alunos,
para crianças que precisam
de acompanhamento especial, não sendo, no entanto,
este acompanhamento oferecido em todas as comunas.
Se as crianças não podem
ser suficientemente apoiadas e acompanhadas na
classe normal com as ofertas de apoio acima descritas, podem frequentar uma
escola para necessidades
educativas especiais (NEE).
Os pais têm com frequência a noção errada, de que
estas escolas são apenas
para crianças deficientes e
ficam indignados quando
a escola lhes sugere para
os seus filhos uma escola
NEE. Existem todavia diferentes escolas NEE para
diferentes necessidades.
Por exemplo, crianças que
têm um comportamento
irrequieto e com isso perturbam massivamente o
ensino, podem numa escola NEE com classes pequenas e pessoal com formação especial, por exemplo,
ser mais bem apoiadas do
que numa classe normal.
Se necessário até existe o
direito a aulas individuais.
Que medida pedagógica
(apoio integrativo, terapia,
escola NEE, etc…) é escolhida e por que escola
NEE se opta, depende por
um lado das necessidades
e do bem-estar da criança, por outro também dos
custos. Não há direito a um
apoio ótimo, mas apenas a
um apoio suficiente. Se na
localidade da morada da
criança não houver nenhuma escola NEE adequada,
também pode ser frequentada uma escola NEE numa
outra comunidade.
Os pais, os professores e
os diretores escolares devem basicamente determinar conjuntamente a medida pedagógica apropriada.
Para tal têm de determinar
conjuntamente a necessidade de apoio e o objetivo
do apoio e examinar a medida a tomar. Se a criança
deve frequentar uma escola NEE, então deve previamente ser feito um Esclarecimento Psicológico-escolar. A efetuação de
um tal esclarecimento também é necessária, quando
os pais, os professores e
os diretores escolares não
conseguem chegar a consenso sobre a medida a tomar. Excecionalmente, por
exemplo, quando são necessários conhecimentos
especiais (médicos, etc…),
o esclarecimento pode ser
efetuado noutro lado. Se os
participantes não chegam a
consenso, então é a autoridade escolar (Schulpflege)
que decide sobre a medida
necessária. Contra a decisão pode ser contestado
no prazo de 10 dias. A medida determinada tem de
ser examinada anualmente.
Os custos para as medidas
pedagógicas especiais são
suportados pelo Cantão,
assim como os custos para
o transporte no caminho
para a escola, o acompanhamento diário, etc…, se
tal for necessário para a
frequência da escola NEE.
Para a comida são os pais
que têm de prestar uma
contribuição. Também os
custos de uma escola NEE
particular são suportados
pelo Cantão, se a escola for
reconhecida pelo mesmo.
Se no entanto os pais enviarem por iniciativa própria
a criança para uma escola
NEE, portanto não devido
a um consenso obtido com
a escola, então não há necessariamente uma obrigação da parte do Cantão a
arcar com os custos.
Para as entrevistas com o
professor e o diretor da escola e eventualmente com a
autoridade escolar é importante, que os pais se tenha
informado com exatidão,
em especial tenham lido e
compreendido o relatório
sobre o esclarecimento do
Serviço
Psicológico-escolar e se informem sobre
a escola NEE proposta e
todas as alternativas a ela.
Se os pais não tiverem confiança no esclarecimento
do Serviço Psicológico-escolar, então deverão a custos próprios mandar efetuar um segundo esclarecimento, que apresentarão
à escola se os resultados
divergirem. Só quem está
informado, pode alcançar
algo nas entrevistas com a
escola e as autoridades escolares.
Novembro 2014
O Vírus
da Ebola
15
Saúde
Lusitano de Zurique–
Tratamento
apresentam os sintomas
devem ser isolados e os
profissionais de saúde
pública notificados. Para
a realizaçào da terapia de
apoio é necessário que
se utilize as vestimentas
de proteção apropriadas.
disse Manuel Fontaine,
diretor regional do Unicef
para a África Ocidental,
em uma videoconferência a partir de Dacar, capital do Senegal.
Ele diz ainda que, um dos
principais problemas enfrentados por esses menores infectados é o receio por parte da família
em contaminar-se com a
doença.“Alguns familiares ou vizinhos lhes dão
de comer, mas poucos
querem acolhê-los e cuidá-los.
Zuila Messmer
O surto da doença
é considerado uma
emergência de saúde
pública.
Segundo a UNICEF –
Fundo das Nações Unidas para a Infância, Pelo
menos 3,7 mil crianças
da Guiné-Conacri, da
Libéria e de Serra Leoa
ficaram órfãs, tendo perdido pelo menos um dos
seus pais, devido ao vírus ebola. A estimativa foi
divulgada na terça-feira,
30.09.
O Unicef alertou que,
como a epidemia se intensificou nas últimas
semanas, o número de
órfãos por causa do vírus
pode duplicar até meados de outubro.
“Sabemos que os números que temos são apenas a ponta do iceberg”,
Diante da situação, o
Unicef está tentando
criar centros infantis para
acolher os órfãos. Uma
das possibilidades é que
os que sobreviveram ao
vírus fiquem encarregados das crianças.
De acordo com os dados
divulgados pelo Unicef,
dos mais de 3.100 mortos por causa do ebola,
15font% eram menores de 15 anos. Em seis
meses, o ebola infectou
6.553 pessoas, na maior
epidemia da doença registrada desde que o
vírus foi descoberto em
1976 no antigo Zaire, que
é atualmente a República
Democrática do Congo.
As Nações Unidas informaram que de um total
de US$ 987 milhões solicitados para a luta contra
o ebola, apenas US$ 254
milhões foram recebidos
até agora, o que corresponde a 26%.
Tem perguntas que digam respeito ao direito?
Envie a sua pergunta com a indicação “Lusitano” a:
Bohren Rechtsanwalt, Postfach 229, 8024 Zürich
ou para [email protected] ou grave a sua pergunta no
respondedor automático do Lusitano 044/241 52 60
Ainda não há tratamento ou vacina específicos
para o Ebola.
A terapia liimita-se em hidratar o paciente, manter
seus níveis de oxigênio,
pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções.
Apesar das dificuldades
para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais
da doença, aqueles que
O fim de um surto de
Ebola apenas é declarado oficialmente após o
término de 42 dias sem
nenhum novo caso confirmado
16 – Lusitano de Zurique
Actualidade
Novembro 2014
Carta aberta a António Costa
Carlos Ademar
Não te lembras de mim,
nem tal te é exigível. Mas já
percebeste: trato-te por tu.
Não somos camaradas do
mesmo partido, mas já fomos. Conhecemo-nos pelos
15, 16 anos. A democracia
dava os primeiros passos e
nós também fora da órbita
familiar. Já nessa altura tinhas responsabilidades na
Juventude Socialista, para
onde entraste pela mão do
seu primeiro secretário-geral, Arons de Carvalho. Com
ele te deslocaste à sede do
Cacém, porque uma certa
“tendência de esquerda”,
resultante da cisão trotskista liderada por Carmelinda
Pereira e Aires Rodrigues,
ali ganhara muitos adeptos
e era preciso pôr a casa em
ordem.
Sentados à mesma mesa
foi o nosso único encontro.
Pouco depois eu afastei-me
e tu continuaste nas lides
políticas, granjeando apoios
e simpatias, certamente
merecidos uns e outras. Da
tua carreira política não me
interessa a subida de burro
da Calçada de Carriche, em
competição com um carrão,
não obstante a vitória do
burro. Quero sim, fazer referência às boas memórias
que deixaste na passagem
pelo Ministério da Justiça, onde trabalho há mais
de um quarto de século.
Quero também dizer-te o
quanto lamentei que não
tivesses avançado no lugar de José Sócrates para
o cargo de secretário-geral, e nem sabes os nomes
que te chamei quando não
te bateste contra António
José Seguro (AJS) quando
este assumiu a liderança
do PS.
Hoje, os analistas políticos dizem que tudo não
passou de pura estratégia,
por teres sabido esperar
pelo tempo certo – acertam sempre no resultado
dos jogos nas manhãs de
segunda-feira. Não tenho
elementos que possam
conduzir o meu pensamento para um ou outro
lado. Mas há uma coisa
em que não acredito, na
traição de que foste acusado. Tenho para mim que
só avançaste – e fiquei feliz
quando o fizeste -, porque
percebeste a sabedoria
do eleitorado português
nas últimas eleições europeias. O povo português quis castigar com
um resultado humilhante
(o mais baixo de sempre,
considerando a soma dos
dois partidos) a coligação
governamental mais reacionária que a história da
democracia
conheceu.
Com ela, Portugal não só
quebrou um ciclo de desenvolvimento civilizacional, que jamais conhecera
ao longo da sua já longa
história, como recuou vários anos com a regres-
são económica imposta
e a perda de algumas
conquistas só possíveis
com o 25 de Abril, e até
outras que já vinham do
tempo do marcelismo, na
sua então busca de apoio
popular. O eleitorado português brindou o PSD e
o CDS com uns míseros
27%, mas ao dar a vitória
ao PS, fê-lo atribuindo-lhe
30% dos votos: a vitória
mais baixa que um partido
português conseguiu, se
excluirmos as legislativas
de 1985, quando surgiu o
terramoto chamado PRD,
levando a que Cavaco Silva formasse governo com
menos de 30%.
Com estes resultados, o
eleitorado quis significar
que aquele PS não era alternativa. Na verdade, ao
longo de três anos, António José Seguro pautou a
sua actuação por deixar
correr o marfim, sem fazer muitas ondas, certo de
que a política que estava
a ser seguida pelo Governo seria suficiente para
o levar a S. Bento como
primeiro-ministro. Bastava
ficar quieto, não dizer nada
ou muito pouco. Acima de
tudo não arriscar. O tempo
se encarregaria do resto.
Acontece que os resultados das europeias fizeram soar todos os sinais
de alerta do lado de uma
esquerda que ambiciona
a mudança, que aspira,
essencialmente, varrer da
liderança do País quem
fez questão de afirmar que
queria ir mais longe do
que a Troika exigia. E foi!
Para mal de todos nós. É
absolutamente vital para
o povo português enviar
esta gente para longe de
todos nós. E na verdade,
os três por cento que o PS
levou de vantagem sobre
a coligação, não davam,
de forma alguma, garantia
de que essa mudança se
daria. Bem pelo contrário.
Quaisquer medidas eleitoralistas – como as que já
se vão sentindo -, tomadas pelo Governo em ano
de eleições, seriam suficientes para que em 2015,
a coligação renovasse a
maioria parlamentar. António José Seguro mostrou
não ser o homem certo
para apresentar alternativas credíveis de forma a
motivar os portugueses,
dizendo-lhes, claramente, que a política que tem
vindo a ser seguida, não é
inevitável. É possível fazer
muito melhor em prol dos
portugueses, não obstante as condições adversas.
Avançaste e fizeste muito
bem. Não vou analisar os
resultados das primárias,
que, de resto, não se revelaram surpreendentes para
mim. Confesso até que esperava uma diferença ainda maior e ela só não foi
conseguida, porque AJS
usou e abusou, ilegitimamente, como já dei conta,
do termo “traição”, fez-se
de vítima e a vitimização
continua a ser um bom argumento eleitoral. Quero é
realçar a mobilização que
estas eleições geraram (tal
a vontade de mudar), certo, contudo, de que esta
mobilização foi apenas o
nascimento de uma onda
que vai crescer entre os
muitos descrentes na política, para no dia das próximas eleições cair sobre as
Actualidade
Novembro 2014
cabeças de quem arrastou
Portugal para o estado em
que se encontra: triste, pobre, envergonhado e sem
esperança.
Atenção à factura, António.
Não te podes dar ao luxo
de desbaratar a mobilização que conseguiste, e
mais ainda a que vais conseguir, transformando esta
esperança que geraste em
mais uma desilusão, quiçá,
para muitos a derradeira.
Não o podes fazer. A responsabilidade está do teu
lado. Não te vou dizer o que
deves fazer, tu saberás.
Ainda assim, como alguém
que se encontra fora dos
meandros políticos, digo-te
o que é voz corrente cá por
baixo, e me parece essencial que tenhas em conta.
Acredito na tua sabedoria.
Ela te levará a não marginalizar a gente boa que
apoiou AJS. O poder que
vais constituir precisa de
muita dessa gente. Saberás separar o trigo do joio
dos que à tua volta se concentraram antes e depois
da tua vitória; vi muitas caras bem conhecidas, que,
por diversas razões, não
deixaram saudades quando passaram pelo poder.
A tua sabedoria levar-te-á
a recuperar algumas ideias
que Seguro deu a conhecer – quando começou a
falar. Não me refiro à redução do número de deputados, pura demagogia sem
uma nova lei eleitoral, mas
de uma absoluta necessidade de estreitar a ligação
entre eleitos e eleitores. Os
eleitos não podem, como
sempre fizeram, lembrar-se dos eleitores apenas
quando precisam dos seus
votos. É preciso aproximar
Lusitano de Zurique–
os portugueses da política, António. A participação
dos portugueses não se
pode resumir ao papel de
mero votante. Faz lá como
entenderes, mas não o esqueças – é vital para a democracia. Muito cuidado
com a ligação dos eleitos
políticos aos negócios. A
carne é fraca, bem o sabemos, e não vale a pena
arriscar, mas muito menos
vale pôr a cabeça na areia.
Interdição completa a esse
tipo de ligações. Às comissões parlamentares não
pode pertencer gente com
interesses negociais aos
assuntos que estão em discussão. Jamais! Não basta
ser é preciso parecer. Têm
sido muitos os casos em
que a classe política aparece chamuscada. Basta!
A descrença alastra também por via disso. Os po-
17
líticos não podem ficar-se
por um altamente suspeito: «Provem!». Além de ser
é preciso parecer. Por fim,
o Estado não pode cobrar
dívidas aos privados quando lhe faltam meios para
cobrar as suas. É preciso
mais Estado, António. Os
portugueses têm de voltar
a acreditar. Dá ouvidos aos
anseios de esquerda dos
que te elegeram.
Não gosto de fantasiar, vais
ser rodeado de muitos tubarões que pensam em
tudo menos no interesse
público. Está atento aos sinais e que não te falte a coragem de os afastar. Tu, e
só tu, és o responsável por
esta onda de esperança
que vai crescer, não desbarates a confiança que
em ti depositamos.
Um abraço
Contas bancárias a nu
Os Estados-membros vão trocar
automaticamente, a partir de 2017,
informações entre si para combater a fraude fiscal de cidadãos que
têm rendimentos fora do país em
que residem, numa medida que inclui acesso às contas bancárias.
Segundo as novas regras, as autoridades fiscais terão o poder de recolher informações das contas bancárias e de, automaticamente, as trocar
com os outros países participantes.
Com isto, as autoridades fiscais do
país em que o cidadão reside passam
mais facilmente a poderem cobrar os
impostos que são devidos pelos seus
residentes que têm rendimentos no
exterior.
Inicialmente, Luxemburgo e Áustria
resistiram a esta legislação, preocupados com o facto de as regras mais
duras os colocarem em desvantagem
face a outros países como a Suíça e
o Liechtenstein, mas acabaram por
concordar.
outros tipos similares de rendimento),
mas também saldos de contas e receitas da venda de activos financeiros.
O acordo sobre a troca automática
de informações foi tomado esta semana no Conselho de Ministros das
Finanças dos 28 Estados-membros
(o chamado Ecofin).
As regras que estão, actualmente,
em vigor já abrangem o intercâmbio
automático de informações sobre
emprego, honorários, seguros de
vida, pensões e bens imóveis, mas
desde que essas informações estivessem disponíveis. Esta legislação
irá mais longe, uma vez que além de
acrescentar novas categorias não faz
depender do facto de a informação
estar acessível.
“O sigilo bancário está morto e automática troca de informações será
aplicado na sua forma mais ampla”,
disse Algirdas Semeta, comissário
europeu dos Assuntos Fiscais.
Segundo o comunicado do Conselho, as autoridades fiscais da UE
passarão a ter a obrigação de trocar
automaticamente as informações sobre todos os rendimentos considerados importantes (juros, dividendos e
Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia continua a negociar acordos fiscais mais fortes com Suíça, San Marino, Andorra, Mónaco e Liechtenstein.
in Agências
18 – Lusitano de Zurique
Novembro 2014
Troco Apartamento T4
por casa individual
Apartamento em zona central de Braga, com 4
quartos, 3 WC, 2 despensas, sala, cozinha equipada, garagem colectiva, ar condicionado.
Troco por casa habitável com bons acessos em
Portugal ou eventualmente em país de expressão
portuguesa.- Contacto: [email protected]
Acordar para viver
Nova Homeopatia
Sintomas
- Dependências
(Fumar, Álcool, Drogas, etc.)
Terapias integrativas
Hipnose / Regressão
- Obesidade e excesso de peso
Perca peso
diminua medidas
e cuide da sua saúde
com acompanhamento
Ligue 076/ 304 13 15
- Traumas e vivências menos
felizes na infância
Terapia focada nas Soluções
e Psicopatologias em
Transpessoal
- Depressão
Terapia Holística
- Dores, alergias, medos, e fobias
EFT - Técnica de desbloqueio
Energético
Praxis für Lösungsorientierte Therapie e Hypnose
Graça Baião
Hintere Hauptgasse 6
4800 Zofingen
Tel.: 078 641 26 77
Email: [email protected]
www.aufwachen-zum-leben.ch
Faço a Terapia em português, espanhol e alemão.
Dübendorfstrasse 2
CH-8051 Zürich
044 340 10 70
[email protected]
Escola Suiça profissional de Beleza e Business oferecemos cursos em
português de excelente nível de qualidade na área de:
Cabeleireiro Estética e
Depilação
Personal
Styling
Make-up
Visagista make-
Permanente
up artistico
Unha
Consultora
Cursos de
Nutricional e Dietética
administração
Massagens
-As qualificações dos nossos professores são internacionais
-O conteudo da materia Teorica ou Prática é lecionado no seu idioma
materno. Todos nossos cursos são com diploma e certificado
-Aula-teste gratuita para a comprovação da nossa qualidade
-Esperamos seu contato. Ele é muito importante para nós
-Novidade: Curso de Consultora Nutricional / Informática /
Liderança / Gestão de Marketing
swiss-beauty-academy.ch
Facebook: SwissBeautyAcademy
swiss-business-university.ch
Orkut: Swiss Beauty Academy
Novembro 2014
Opinião
Lusitano de Zurique–
Somos lá o que fomos aqui.
Mendes Serafim
Andamos tão preocupados que
raramente nos interessa o que
vamos ser após a nossa morte.
O catolicismo ensina que vamos para o céu ou para o inferno, havendo uma espera entre
eles chamada „Pregatório“. O
que quer dizer, somos no além o
que fomos aqui. Cuidado! Deus
enviou-nos aqui para fazermos o
bem. Para nos aperfeiçoarmos,
para sermos exemplo da sua
bondade e caridade. Todos os
dias temos essa oportunidade
de acomularmos essa bênção.
O nosso bem-estar na eternidade depende desta oportunidade.
Impossível ter-se um bom lugar
lá, se aqui na terra, somos egoístas, gananciosos, violentos, sem
fé em Deus. A forma como vivemos determina o nosso lugar
no além desta vida. E olha que
já somos muitos que apesar de
se ter muito valor material, bons
estudos o nosso lugar aqui está
muito ameaçado. Sem paz, sem
harmonia, sem amor, „ao abandono „.
Que pensas que será lá? A não
ser que comeces hoje a mudar.
Existe sempre esta oportunidade de mudança.
grande experiência para avaliar
as nossas ações praticadas aqui
na terra. Ou seja: O que nós somos e para onde vamos! Então
um certo dia esse porteiro ficou doente e teve que ser o seu
aprendiz a receber e a destinar a
chegada das almas. Então chegou uma alma de uma mulher
que tinha sido juíza. O praticante
porteiro lhe perguntou: Como se
chama? Maria Amélia. Olhou a
sua referência e lhe disse. Toma
esta chave e entra na porta da
justiça. Atendendo outra alma.
Como se chama? António. Que
fez na terra? Era médico. Tudo
bem, tome esta chave e entre na
porta da Saúde. Chegando outra
alma, lhe perguntou. O que fez na
terra? Respondeu rápido e muito
claro. Fazia Striptice ! Olhando-a e não sabendo que chave era
para ela. Disse. Tome a chave do
meu quarto, á noite venha ter comigo.
Conclusão: somos lá o que so-
Já agora para concluir fica mos aqui.
com esta história.
Lá em cima na porta da eternidade existe um porteiro com
19
Qual será a chave que te vão
dar? Para teres uma ideia analisa
o teu modo de viver!
Acompanha a minha escrita em :
www.parte-oposta.blogspot.com
26 –– Lusitano
Lusitano de
de Zurique
Zurique
20
Comunidade
- França
Beleza
as cutículas para que esta fique nos
fios”.
Diagnóstico
Reconstrução deve ser feita
a cada 15 dias para nutrir fois
A solução para fios elásticos está na reposição
de
proteínas,
aminoácidos e minerais perdidos
Para evitar que os fios fiquem elásticos, aposte em
reconstrução com proteínas
Na hora de investir em tratamentos para manutenção da
beleza e saúde do cabelo, não
basta fazer hidratação, que é
basicamente a reposição de
água. Os fios são compostos
por outros elementos, que
assim como a água, também
são perdidos e precisam ser
repostos. A reconstrução devolve nutrientes como proteínas, aminoácidos e minerais
ao cabelo.
O uso da prancha e do secador às
máscaras de queratina, potencializam o efeito da queratina e selam
Especialistas ensinam a identificar se
seu cabelo precisa de reconstrução:
“Veja se os fios se quebram com facilidade, estão porosos e com a elasticidade comprometida. Com o cabelo
Novembro 2014
2014
Novembro
clete”.
Nutrição
exige
reposição
caseira após tratamento no salão
Queratina repõe massa dos fios, mas
em excesso pode ressecar
No caso do efeito chiclete, é possível
tratamento com produtos reconstrutores, mas a situação pode pedir uma
medida mais radical. “Outro estágio
mais avançado das desnutrição é
o famoso corte químico dos fios: os
fios perdem totalmente seus nutrientes ao ponto de se partirem e esfarelam ao toque ou ao pentear. Neste
caso, a única alternativa é o corte”.
Tratamento
molhado, separe uma mecha, puxe-a e observe se ela volta a sua forma
original. Você irá perceber se houve
perda da elasticidade se ao puxar a
mecha encolher como um efeito chi-
Para reconstruir os fios em casa,
aposte em produtos ricos em óleos,
aminoácidos de colágeno ou ceramidas. “Evite usar queratina diariamente, pois o aminoácido em excesso
pode quebrar ainda mais os fios e
os endurece. Ao escolher a máscara,
prefira a queratina natural hidrolisada
extraída do broto da soja. Esta contém uma absorção mais eficaz e deixa os fios macios sem enrijecê-los”.
Os tratamentos no salão também
devem ser priorizados, a cauterização pode ser feita a cada 15 dias. “A
máscara nutritiva, pode ser utilizada
em casa uma a duas vezes por semana, alternando com a de queratina.
Lave os cabelos em dias alteranados
com shampoos e condicionadores
nutritivos e utilize um leave-in finalizador para proteger os fios contra as
ações climáticas.
Marta Perez/BrasilOnline
Novembro 2014
Comunidades
Lusitano de Zurique–
21
Duas Culturas e uma Festa
Maria M.
No passado dia 18 de Outubro, o grupo Aires de España, sediado em Lenzburg, realizou a sua já tradicional festa
na Igreja Católica desta cidade.
As portas abriam-se no início da tarde, depois de uma tarde plena de sol e
amena temperatura.
A apresentação da festa esteve a cargo das simpáticas meninas Barbara
Ramon e Lourdes Robledo Sciacca.
Duas primas que tudo têm dado para
que o grupo consiga atingir os seus
objectivos. Devo acrescentar que enalteço o trabalho desta Familia em fazer com que
as mais pequeninas não percam a motivação de subirem ao palco e manterem os laços culturais.
O grupo de bailarinas Aires de España
dançam e encantam em festa, aniversários, casamentos, e desde 1985 que
o grupo, constituído por 10 elementos,
tem vindo a assumir-se com um projecto cultural em prol da Comunidade
Espanhola.
O salão depressa ficou repleto de gente, onde o convívio foi muito amimado
e bem recheado de alegria.
Sem dúvida que um dos momentos
que mais aplausos revelou foi a actuação do grupo da casa, que com
as suas típicas danças sevilhanas e o
tradicional tango, puseram o público
a vibrar.
Nesta festa esteve presente o grupo
do Rancho Folclórico de Wetzikon, a
representar a cultura portuguesa. Com
um palco recheado de dançarinas e
dançadores, o público
presente mostrou a solidariedade e a
apreciação que têm para com a cultura
além fronteiras. Neste caso a Cultura
Portuguesa.
Em nome do Rancho de Wetzikon,
quero agradecer o acolhimento que
nos foi dado e o carinho que demonstram pelo grupo.
É muito saudável ver duas culturas
abraçadas num projecto, com muito
respeito e simpatia.
A gastronomia, não podia faltar e dois
dos bem conhecidos pratos fizeram as
delicias dos convidados. A Paella e o
bacalhau. De tão bons que estavam, foram muitos os que não resistiram e degustaram ambos pratos.
O grupo Aires de España está de parabéns pela organização, acolhimento,
dedicação e respeito para com ambas
culturas.
22 – Lusitano de Zurique
Tradições
valores da sociedade.
2. Só vê quem quer,
são gostos e temos
que respeitar.
Por Falar Noutra Coisa (*)
1. A tourada é tradição e cultura.
É uma actividade que
remonta ao século XII,
altura em que a maioria
das pessoas não sabia
ler nem escrever, em
que a consciência humana e social era quase
nula e ainda se cagava
em penicos. Por si só
este argumento é parvo,
já que os coliseus romanos, queimar bruxas na
fogueira e a escravatura
também eram tradições
culturais de tempos antigos. Felizmente vamos
evoluindo enquanto espécie, alguns pelo menos, e vamos adaptando
as nossas tradições aos
Sim, a liberdade de opinião é sempre de valorizar. Tem que existir toda
a liberdade para se ser
parvo é um facto, que
é o que este argumento
é. Comentaram uma vez
aqui no blogue a dizer
“Eu também não gosto
de boxe, quando está a
dar na TV mudo”. Comparar boxe com tourada
é o mesmo que comparar violação com sado-masoquismo. Ambos
fazem dói dói mas num
estão lá os dois por livre
vontade. Quando se fala
de direitos e civismo, o
gosto e a liberdade não
são para aqui chamados,
muitos padres também
gostam de criancinhas e
não é por aí que se vai
legalizar a pedofilia.
3. Não comes carne?
O argumento mais parvo
de todos que infelizmen-
te é utilizado por muitos vegans para atacar
quem não o é, em vez
de apoiarem quem está
a tentar acabar com a
tourada. Comer carne
só seria comparável à
tourada se começassem
a cobrar bilhete para ir
ao matadouro assistir ao
break dance que as vacas e os porcos fazem
quando estão a ser electrocutados. Com direito
a transmissão televisiva
e a desfile de homens
de calças vermelhas,
mulheres
oxigenadas
com filhos de cabelo à
playmobil pela mão a dizer “Veja Martim, veja a
vaca a contorcer-se, se
não fosse tradição e cultura era horrendo, agora
assim é uma caturreira.”
E eu até sou vegan não
praticante como já aqui
escrevi.
4. Os touros bravos
estariam
extintos
sem as touradas.
E então? 99% das espé-
cies que já existiram estão extintas. Não fomos
Novembro 2014
nós que as matámos
todas, é o curso da natureza. Se for de forma
natural é deixá-las ir, não
faz muito sentido, a meu
ver, manter uma espécie
viva para lhe causar sofrimento. Esse argumento seria o que os apoiantes da escravatura utilizariam se a raça negra
se estivesse a extinguir.
Antes extintos do que
escravos, digo eu que
nunca fui escravizado
mas pelo que li não devia ser agradável.
5. O touro não sofre.
Este argumento é parvo.
Já viram que há um padrão nos argumentos?
Não digo que sofra mais
que em muitos matadouros, provavelmente sofre
menos, mas não é isso
que está em causa. É o
espetáculo deprimente
que se monta à volta de
um animal que está ser
espicaçado e sangrado.
Mesmo que as bandarilhas não lhe doam assim tanto, não justifica a
ritual medieval que hoje
em dia é mais para agra-
Novembro 2014
Lusitano de Zurique–
dar à direita “chique” do
que ao povo. Ver pessoas na plateia a tapar a
cara de horror, mas que
vão na mesma porque
está na moda... era um
par de chapadas à padrasto para aprenderem.
espremedor de laranjas,
também continuavam a
ser obras de arte, mas
os meios não justificavam os fins. Cá para
mim a arte que os aficionados se referem é ver a
tomatada dos toureiros
ali toda pronunciada no
6. Os touros são ani- meio dos collants e lanmais agressivos e tejolas, normalmente de
nasceram para a lide. tons rosas e amarelos.
Sim, é realmente uma
Os touros são animais arte conseguirem arruterritoriais e selvagens e mar aquilo para um lado
como tal, quem lhes in- e ainda conseguirem anvada o território sujeita- dar como deve ser.
-se a levar com um chifre nas nalgas. Fora isso 8. Atrai turismo.
são animais normais colocados entre a bandarilha e parede, onde se
vêem forçados a marrar
nos forcados. Nunca vi
um touro a andar a vaguear à noite, escondido
em esquinas e becos à
espera de uma rapariga perdida para a violar.
Nunca vi gangues de
touros com lenços na
cabeça a arranjar confusão no bairro alto. No entanto os humanos fazem
isso e nós, infelizmente, Acredito que sim, mas
não os pomos numa are- sabem o que também
na a serem espetados atrai turismo? Prosticom bandarilhas no lom- tuição e drogas. Há até
bo. Agressivo e parvo é quem vá a certos países
o ser humano, uns mais de 3º mundo para comer
criancinhas. É esses o
que outros.
turismo que queremos
7. É uma arte bonita ter? Eu cá passo bem
sem os estrangeiros que
de se ver.
querem ver um animal a
Também é bonito ver sofrer, prefiro mil vezes
mulheres nuas na rua (al- um grupo de 10 ingleses
gumas) e não é por isso bêbedos a vomitar.
que é legal. Infelizmente.
A definição de arte e a
beleza são subjectivas,
se o Da Vinci para a tinta
dos seus quadros tivesse utilizado bebés e um
9. Dá emprego a muita gente.
O desemprego é na sua
maioria mau, mas há
muita gente que está
desempregada porque
ou não quer trabalhar
ou não tem capacidades para fazer nada. Se
a tauromaquia é a única coisa que se sabe
fazer na vida então se
calhar o desemprego
é justo. Sem subsídio
neste caso se faz favor.
Mais uma vez, a droga
e a prostituição também
dão emprego a muita
gente, a diferença é que
no caso da droga e da
prostituição a legalização iria diminuir o número de pessoas que estão
nessa vida contra a sua
própria vontade.
23
mal com o qual conviveu
e devia ter criado laços,
para o deixar a sofrer algures na beira de uma
estrada ou numa mata,
devia morrer. Quem faz
isso é impossível ser
uma pessoa decente e
devia esta numa arena a
ser sodomizado por uma
manada de touros com
elefantíase do pénis. O
touro sempre tirava algum prazer assim. Por
falar na nova lei que criminaliza os maus tratos
a animais, como sabem
só se aplica aos de companhia. Será que se eu
tiver um touro amestrado
lhe posso espetar ferros
no lombo para o ensinar
a sentar e dar a pata? E
os circos a mesma coisa, aliás os circos com
animais e as touradas
têm um ponto em comum, ambos maltratam
e exploram seres vivos
contra a sua vontade e
ambos têm palhaços, no
caso das touradas costumam estar também
nas bancadas.
Posto isto, quero ape-
10.
Preocupem-se nas terminar dizendo
antes com os cães que respeito muito mais
quem gosta de tourada
abandonados.
As coisas não são mutuamente
exclusivas.
A questão é que uma
acontece às escondidas (e agora já é crime),
a outra passa na RTP. É
normal que chame mais
à atenção. Não acho que
quem goste de tourada
seja automaticamente
atrasado mental e má
pessoa como acho de
quem abandona um cão.
Quem faz isso a um ani-
e diz que gosta porque
sim, porque cresceu com
isso e não está preocupado com o touro. Que
o sofrimento do animal
não o preocupa. Respeito muito mais quem
tem essa honestidade
do que quem tenta dar
um destes argumentos
parvos que fazem tanto
sentido como a tourada
ainda existir. Nenhum.
(*)
http://goo.gl/CHMcSW
24 – Lusitano de Zurique
Publicidade
Novembro 2014
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
Novembro 2014
Opinião
Lusitano de Zurique–
25
NEM PENSEM !!!!!
Amadeu Homem
Bom ! Eu estou convencido que o
mote que melhor convém ao “portuga” encartado é este : “Deus é bom,
mas o Diabo também não é mau”.
Há no fundo do exemplar português
uma labilidade, uma cedência, uma
prostituição que parece definir-nos
enquanto povo. Estamos sempre
prontos a protestar. E, logo a seguir,
estaremos sempre prontos a ceder.
O português faz, em público, as vezes da menina puritana que tem sonhos eróticos e quereria pertencer
a um serralho. Perante o nepotismo
do Poder, o proteccionismo dos apadrinhamentos, a sujidade da nitreira
nacional, o português médio tem,
a uma só voz, uma dupla reacção :
«Oh, que porcaria !». E, logo a seguir
: «Quem me dera fazer parte “daquilo” !!! ». Porque, o “portuga”, quer,
dentro de uma mesma clave, salvar
a Consciência e não comprometer a
Carteira. Isto nos permite entender
os últimos três anos da existência
pátria. No café, ao tomar o bagaço,
o bom portuguesinho é capaz de se
“empinar” todo e dizer : “Esta matilha
é um bando de pulhas! Se me passarem à porta, ferro-lhes dois tiros”.
Mas, logo a seguir, cai em si. Diz,
para os seus botões, que anda tudo
a tentar salvar o coirão. E cicia que
ele não é menos do que os outros.
Ou seja : ele julga-se portador do especial talento requerido ao salvatério
do coirão. Por isso, logo a seguir à
catilinária, virá o abraço identificativo
, assim traduzido: «É verdade ! Andàmos a viver todos, todos, acima
das nossas posses ! Há que pagar
o preço. Eu , pecador me confesso.
Eu tenho de pagar este preço ».
E é
então que, por uma noite de insónia,
a sua imaginação lhe oferece uma dicotomia : ou pegar numa espingarda
e “ferrar” um tiro, entre os olhos, a
quem o codilhou, ... ou ENFORCAR-SE !.
O nosso bom “portuga”, porque
o é, OPTA pela corda do enforcado.
Mas ... é por “isto” que querem que
eu lute ????? NEM PENSEM !!!
26 – Lusitano de Zurique
Comunidade - França
Novembro 2014
Vivemos dentro dum poço profundo
António Dias
Jornalista, fotógrafo ,
cinegrafista e radialista
Tudo nos faz pensar que
vivemos numa época fantástica … cheia de tecnologia … de informação, ao
ponto que certas pessoas
pensam que com toda
esta tecnologia e esta
época tão fantástica, a
humanidade
avançaria
neste século XXI.
Muitos dizem e eu concordo que o século XX foi
um século de barbaridade.
A primeira, e a segunda guerra mundial, tipo
massacre nunca se tinha
visto antes . Depois veio
a guerra no Vietname. As
guerras de libertação e
de auto determinação de
povos que viviam debaixo
do jugo do colonialismo.
Havia os ditadores e as
ditaduras [ainda hoje],
aquelas que foram impostas pela CIA, em alguns
países da América Central.
Que viram democracias e
povos assassinados em
nome dos Estados Unidos dessa América do
Norte poderosa e intransigente, que dá lições de
democracia ao mundo,
mas que em cada canto
das suas “monstruosas
cidades de betão e de
aço” é fecunda da mais
profunda miséria e destreza humana.
E de repente alguns descobre, que para além dos
ditadores, outros ditadores
ainda mais cruéis surgem
em cada canto do mundo,
em cada esse canto onde a
ignorância, a falta escolas
e de educação, a pobreza e
a miséria criada pelos seus
dirigentes, conduzem centenas de milhares de pessoas inocentes diretamente
para os cemitérios.
Em certos países da África
do Norte, no Próximo e Médio Oriente, em nome duma
religião “dita” islâmica [e
não a da crença e da religião muçulmana], loucos
de todas as espécies se fazem a guerra e assassinam
os seus próprios povos e
países.
Esta loucura de guerra,
tem as suas raízes e a sua
existência nas profundezas
dessa falta de educação,
da ignorância, da miséria
e da pobreza ao qual durante séculos foram e são
submetidos esses povos
em parte uns pelos colonizadores.
Outros pelos ditadores e
ditaduras que se implantaram. Pela corrupção que
alastrou. E, o roubo permanente sem vergonha das
suas próprias riquezas.
E tem sido assim que em
nome talvez desse inimigo
comum que existiu e que
existe, que roubou e rouba,
continua a pilhar as riquezas desses povos, obriga
e conduzem estes últimos,
a procurarem subsistência
em outras partes do globo.
À causa dessa monstruosa
miséria. Das ditaduras ainda existentes. Dos conflitos
armados.
Das guerras “ditas” santas
em nome de Ala, eles fogem e batem às portas do
Continente europeu.
Mas as portas têm tendência a não se abrirem. E de
repente aqueles que esperavam encontrar um refúgio de paz e de liberdade
encontram-se diante das
portas abertas de um novo
inferno (racismo, exclusão
social, miséria, pobreza ... )
Esta época fantástica …
cheia de tecnologia … de
informação, não passa de
areia que sopra com um
vento forte e cega toda a
gente, os avisados e os não
avisados politicamente e
socialmente.
Deste lado do continente
europeu, já ninguém sabe
se vive numa sociedade
social democrata ou num
neoliberalismo, onde o
egoísmo é agora superior a
aquela luz de humanidade,
da fraternidade, e de justiça
que existia nesse século de
barbaridade que foi o XX°
século.
Dum lado como do outro
da Terra, os ditadores não
desapareceram.
A corrupção continua a
existir.
Continuam-se a fomentar
golpes de Estado
As novas ditaduras e ditadores e o neoliberalismo continua a se impor e
impõem-se, mas desta vez
em empobrecendo os países, os cidadãos e instalam
a sua democracia social
que é essa política calculada do neoliberalismo que
fazem passar aos olhos da
opinião por da social democracia.
Hoje poder da democracia universal não está nas
mãos do cidadão mas nas
mãos das monstruosas
oficinas financeiras internacionais, que ditam aos
governos aquilo que eles
devem ou não fazer.
E foi assim que em assassinando as democracias.
Eles conseguem vergar a
espinha aos cidadãos.
Vão lhes retirando os direitos obtidos pelas suas
lutas, cortam os salários,
destroem a educação.
Matam e destroem o direito
universal à saúde. Provocam a miséria e a pobreza.
Condenam nações e povos
inteiros a se expatriarem
para não morrerem de fome
eles e as suas famílias.
E nós cidadãos olhamos
para o que se passa.
Acusamos com facilidade
este e aquele partido de
não cumprir as suas promessas.
E ao final acabamos por
condenar e dizer que todos são iguais, mas não
olhamos para nós que escondemos a nossa miséria
dentro de nós e não fomos
capazes de pensar no momento oportuno que havia
décadas que nos tinham
enterrados todos num poço
profundo.
Desse poço profundo podíamos ver a luz do sol e
respirar, mas não podíamos dizer nada porque não
nos ouviam.
Porque à décadas que estávamos e fomos todos
enterrados nesse poço
profundo e vivemos dessa
mentira universal do neoliberalismo, sem o saber
em razão da nossa própria
ignorância e talvez da nossa estupidez de pensar que
devíamos fazer confiança
naqueles que nos governavam e governam !
Desporto
Novembro 2014
DESPORTO MÊS DE OUTUBRO
Pedro Silva
Quando no Centro Lusitano se decidiu começar a organizar as
equipes de Juniores, o
Vítor Fonseca e o José
Ricardo ofereceram-se logo também para
ajudar, sabendo logo
que isso iria implicar
um pouco de sacrifício nas suas vidas familiares. Pois teriam
que treinar e jogar
na equipe do Centro
onde eles estavam inseridos, teriam que
treinar e acompanhar
os Juniores nos jogos,
e teriam só a segunda
– feira livre, mas para
eles esta situação não
foi obstáculo e lançaram-se de alma e coração às suas crianças.
Desde esse dia já se
passaram 5 anos,
quem os acompanha
verifica uma evolução
da equipe a olhos vistos de tal forma que
esta equipa já se sagrou campeã a época passada, o que se
tornou um incentivo
ainda mais forte para
estas crianças e para
os seus treinadores.
O Vítor disse-nos que
“muitas crianças que
aqui estão quando
aqui chegaram a esta
equipa, mal sabiam
dar um pontapé na
bola e hoje vemos do
que eles são capazes,
sinto orgulho neles e
no trabalho que está
a ser feito, penso que
desta equipa o Centro
poderá aproveitar no
futuro jogadores para
a equipe principal e
que alguns se trabalharem bem poderão
ainda ir mais longe.”
Classificações das equipas
do Centro Lusitano de Zurique
Lusitano de Zurique–
27
28 – Lusitano de Zurique
Opinião
Novembro 2014
O Senhor Presidente da República é
INCOMPETENTE!
Carlos Paz (*)
Antes de me acusarem de
ser demasiado contundente, recordo:
Compete ao Presidente da
República ASSEGURAR o
regular funcionamento das
instituições.
Em Portugal, as chamadas INSTITUIÇÕES estão
TODAS em elevado estado
de degradação. Neste momento NÃO ESTÃO ASSEGURADAS as condições
mínimas de regular funcionamento do Estado.
Se o Senhor Presidente da
República não faz o que lhe
compete (Assegurar o Regular Funcionamento das
Instituições), então é INCOMPETENTE.
E, para que não se pense
que é um exagero, aqui vão
alguns exemplos (do lado
do Governo):
- A JUSTIÇA está um CAOS
absoluto (Tribunais parados, descontrolo absoluto
sobre a informação em segredo de justiça, corrupção
generalizada para obter
prescrição de processos,
etc…);
- A EDUCAÇÃO está entregue a um grupo de gestores INCOMPETENTES, co-
mandado por um CRÁPULA mal formado e, como
consequência, estamos a
atravessar o PIOR arranque
de SEMPRE de um Ano
Letivo (alunos sem professores, escolas encerradas,
professores em bolandas
pelo País fora sem qualquer
respeito pela dignidade humana, etc…);
- As FINANÇAS PÚBLICAS estão completamente
descontroladas (deficit a
PIORAR, dívida a ser MANOBRADA com fins eleitoralistas, despesa pública
em CRESCIMENTO, Segurança Social a colapsar financeiramente, etc…);
Outros exemplos (do lado
do Parlamento):
- NENHUMA Comissão
Parlamentar INVESTIGA e
denuncia os verdadeiros
CRIMES de CORRUPÇÃO
e de INCÚRIA LEGISLATIVA ou EXECUTIVA (Submarinos, Blindados, Estaleiros
de Viana, BES, etc…);
Mais exemplos (de outras
instituições):
- O Banco de Portugal não
supervisiona convenientemente o sistema financeiro
e, como consequência, temos casos como o do BES
(e os outros que ainda faltam esclarecer: Montepio,
CCCA, BANIF, etc…);
- O Conselho de Estado
começa a parecer um órgão para assegurar IMUNIDADE aos amigos do
Senhor Presidente da República (já são dois casos
de CORRUPÇÃO: Manuel
Dias Loureiro – já demitido
e Luís Filipe Menezes – ain-
da em funções).
REPITO:
Compete ao Senhor Presidente da República ASSEGURAR o REGULAR FUNCIONAMENTO das Instituições;
NADA está a funcionar regularmente, logo: O Senhor
Presidente da República é
INCOMPETENTE!
**********
Para os interessados:
Artigo 10º da CRP:
O Presidente da República representa a República
Portuguesa, garante a independência nacional, a
unidade do Estado e o regular funcionamento das
instituições democráticas
e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças
Armadas.
Artigo 133º da CRP:
Compete ao Presidente da
República, relativamente a
outros órgãos:
g) Demitir o Governo, nos
termos do n.º 2 do artigo
195.º, e exonerar o Primeiro-Ministro, nos termos do
n.º 4 do artigo 186.º;
Artigo 195º da CRP:
2. O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne
necessário para assegurar
o regular funcionamento
das instituições democráticas, ouvido o Conselho de
Estado.
(*)
é professor do
Instituto Superior de
Gestão
O CLZ procura
Colaboradora
Contacto:
Rosa Pereira
077 403 72 55
Novembro 2014
2014
Novembro
Cultura
Cultura
Lusitano
Lusitano de
de Zurique
Zurique––
29
29
A nova Língua portuguesa
Helena Sacadura
Cabral
Desde que os americanos
se lembraram de começar
a chamar aos pretos ‘afro-americanos’,com vista a
acabar com as raças por
via gramatical, isto tem
sido um fartote pegado! As
criadas dos anos 70 passaram a ‘empregadas domésticas’ e preparam-se
agora para receber a menção de ‘auxiliares de apoio
doméstico’ .
cial das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis
necessidades
de tesouraria continuam a
cobrar-se preços distintos
nas classes ‘Conforto’ e
‘Turística’.
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou
mãe solteira...» ; agora, se
quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a
já se não vêem por aí aos
pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se
modernamente que têm
um ‘comportamento disfuncional hiperactivo’ Do
mesmo modo, e para felicidade dos ‘encarregados de
educação’ , os brilhantes
programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão,
quando muito, ‘crianças de
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os
‘contínuos’ que passaram
todos a ‘auxiliares da acção educativa’ e agora são
‘assistentes operacionais’.
Os vendedores de medicamentos, com alguma
prosápia, tratam-se por
‘delegados de informação
médica’.
E pelo mesmo processo
transmudaram-se os caixeiros-viajantes em ‘técnicos de vendas’.
letra da pungente melodia:
«Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser
fazer jus à modernidade
impante.
Aquietadas pela televisão,
desenvolvimento instável’.
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante,
quem não vê é considerado
‘invisual’. (O termo é gra-
maticalmente
impróprio,
como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos
- mas o ‘politicamente correcto’ marimba-se para as
regras gramaticais...)
As p.... passaram a ser ‘senhoras de alterne’.
Para compor o ramalhete
e se darem ares, as gentes
cultas da praça desbocam-se em ‘implementações’,
‘posturas pró-activas’, ‘políticas fracturantes’ e outros
barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção
política» e o novo-riquismo
linguístico.
Estamos “tramados” com
este ‘novo português’; não
admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se
diz o que se pensa, tem de
se pensar o que se diz de
forma ‘politicamente correcta’.
O aborto eufemizou-se em
‘interrupção voluntária da
gravidez’;
Os gangs étnicos são ‘grupos de jovens’
Os operários fizeram-se de
repente ‘colaboradores’;
As fábricas, essas, vistas
de dentro são ‘unidades
produtivas’ e vistas da estranja são ‘centros de decisão nacionais’.
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa,
cedendo o passo à ‘iliteracia’ galopante. Desapareceram dos comboios as
1.ª e 2.ª classes, para não
ferir a susceptibilidade so-
CRÉDITOS JFA
Provavelmente o mais rápido da suíça
Apenas falando português não se resolvem as coisas...
É necessário perceber e a JFA percebe
O contacto directo é muito importante.
0900 25 04 74 (86Rp./min)
(86Rp./min)
Badenerstrasse 406
8004 Zürich
071 222 44 72
Kornhausstrasse 3
9000 St. Gallen
061
061 363
363 06
06 85
85
Dornacherstrasse
Dornacherstrasse 119
119
4053
4053 Basel
Basel
30 – Lusitano de Zurique
Tecnologia
Novembro 2014
iPad Air 2 e iPad mini 3 com Touch ID
Joana Araújo
A Apple anunciou o iPad Air 2, que agora tem apenas 6,1 mm de espessura, menos de 450 g de peso
e o sensor Touch ID, e o iPad mini 3, cuja única novidade é o Touch ID. O novo iPad Air 2 mantém o chassis monobloco em alumínio anodizado, mas é agora
mais fino, inclui um ecrã Retina melhorado, o novo
processador A8X desenhado pela própria Apple, o
coprocessador M8, que reúne as informações sobre
o movimento a partir do acelerómetro, giroscópio,
bússola e do barómetro, e ainda o sensor Touch ID
que permite desbloquear o dispositivo através das
impressões digitais e que, anteriormente, apenas estava disponível nos iPhones. A câmara traseira tem
agora 8 MP. A Apple afirma que o Air 2 mantém a autonomia de até 10 horas. Quanto
ao iPad mini 3, a única novidade é a inclusão do sensor Touch ID. Os novos brinquedos custam €509 (iPad Air 2 16 GB Wi-Fi) e €409 (iPad mini 3 16 GB Wi-Fi). in Apple
Dispositivos móveis da Sony já podem ser usados
para jogar PlayStation 4
Para já só a linha de equipamentos Xperia Z3 é compatível com a
funcionalidade Remote Play, mas
a tecnológica japonesa já anunciou que também a gama Xperia
Z2 vai poder executar títulos da
consola PS4.
Depois da actulização Masamune
para a PlayStation 4, que trouxe
várias novidades ao sistema de
jogo de nova geração, a Sony
anunciou também a chegada do
serviço Remote Play aos smartphones Xperia Z3 e Z3 Compact,
bem como ao tablet Z3 Compact.
Com o Remote Play os utilizadores
podem jogar títulos da PlayStation
4 nos dispositivos móveis, através
de tecnologia Wi-Fi. Esta é uma
funcionalidade que já existe na
PlayStation Vita, a consola portátil
da Sony.
Os utilizadores apenas terão
que descarregar a aplicação do
Google Play, de forma gratuita. A
Sony garante assim uma funcionalidade única que outros fabricantes de smartphones não disponibilizam até ao momento. Em
Portugal já foram vendidas mais
de 45 mil consolas PS4, enquanto
em todo o mundo o valor ascende
a 10 milhões de unidades. - in Tek
in TEK
Coordenação: Joana Araújo/agências
Novembro 2014
Tenerife
Turismo
Lusitano de Zurique–
31
A nossa viagem pelas ilhas Canárias irá levar-nos nesta edição do Jornal Lusitano a conhecer Tenerife, a maior ilha do arquipélago das Canárias, com o seu
ponto mais alto, O monte El Teide, situado a mais de 3000 metros acima do nível
do mar.
o sitio ideal para quem quer fugir Costa Adeje - é a zona mais turísdo turismo de massas de Costa tica de Tenerife, situada na costa
Adeje. O Loro Parque oferece um sul da ilha, com hotéis de grande
dia de grandes emoções aos seus qualidade, muito entretenimento
Emília Farinha
visitantes. Os vários espectáculos e sobretudo muito sol. Para além
com golfinhos, leões marinhos, da praia há ainda dois parques
Santa Cruz De Tenerife - capital orcas e papagaios fazem as delí- aquáticos fantásticos e cheios de
da ilha, é uma cidade cosmopolita cias de grandes e pequenos. Este diversões - o Siam Park, um dos
com inúmeros locais para visitar, parque com cerca de 135.000 me- maiores e mais conhecidos da Eucomo o Auditório de Tenerife, o tros quadrados e com uma diver- ropa, e o Aqualand, com imensos
Parlamento das Ilhas Canárias e a sidade enorme de animais é visita escorregas e um fabuloso especzona comercial da Plaza de Espa- obrigatória para quem vai de fé- táculo com golfinhos.
nha, assim como diversas lojas e rias a Tenerife.
Playa de las Américas - situada
restaurantes de qualidade. O porto de Santa Cruz é um dos mais O Parque Nacional do Teide - um pouco a sul de Costa Adeje,
importantes do Oceano Atlântico declarado parque nacional em esta é uma zona frequentada soe paragem obrigatória para os na- 1954, inclui uma enorme crate- bretudo por jovens. As suas famovios de cruzeiro que seguem para ra vulcânica de onde se ergue o sas praias e esplanadas enchemMonte Teide, o ponto mais alto -se de animação e festa até de
as Caraíbas.
de toda a Espanha com cerca de madrugada. Esta é também uma
Puerto de la Cruz - situado no 3700 metros. O ideal é fazer a via- zona muito conhecida pelas acnorte da ilha, num oásis de vege- gem de carro ao longo do percur- tividades aquáticas que oferecer
tação luxuriante e plantações de so entre Costa Adeje e Santa Cruz (jet-ski, mergulho, windsurf, etc).
frutos tropicais - a região do Vale de Tenerife e apreciar a paisagem
de Orotova -, Puerto de la Cruz é deslumbrante da ilha.
32 – Lusitano de Zurique
C ulinária
Culinária
Novembro 2014
Lombo com
castanhas
Chefe António Silva
ingredientes:
1 lombo de porco com cerca de 1kg
800 gr de castanhas congeladas
500 gr de batatinhas para
assar
azeite
1 copo de vinho branco
sal
1 colher de sopa de massa
de pimentão
1 caldo de carne
alecrim
1 dente de alho
1 cebola
preparação:
- Com umas horas de antecedência( ou no dia anterior) faça uma marinada
para o lombo de porco.
- Junte a massa de pimentão com o vinho branco e o
alecrim e regue o lombo de
porco.
- No altura de fazer o lombo, coloque-o num tabuleiro de forno e regue com
a marinada. Se necessário
acrescente um pouco de
água.
- Tempere de sal, regue
com um fio de azeite e junte o caldo knorr aos pedacinhos por todo o lombo e
pelo tabuleiro.
- Pique finamente o dente
de alho e a cebola e espalhe pelo lombo e pelo tabuleiro também.
- Leve o lombo a assar e vá
regando com o molho.
- Uns 15 minutos depois
junte as batatinhas à volta do lombo e 10 minutos
depois junte as castanhas.
Regue bem com o molho
ao longo da cozedura e deixe a carne, as batatas e as
castanhas assarem bem.
Brigadeiros
ingredientes:
60 g chocolate em pó
1 lata leite condensado
2 c. sopa leite
30 g manteiga
chocolate granulado
óleo
preparação:
1. Num tacho, misture o leite com o chocolate em pó
e o leite condensado.
2. Junte a manteiga e leve
a lume muito brando, mexendo sempre até o preparado se despegar do fundo
do tacho.
3. Deite amassa dos brigadeiros numa prato untado com umpouco de óleo,
para evitar que se agarre e
deixe arrefecer.
4. Quando a temperatura
da massa o permitir, molde bolinhas com as mãos,
previamente untadas com
óleo e passe-as em seguida pelo chocolate granulado.
5. Coloque em forminhas
de papel frisado e sirva
frios.
Coordenação: Joana Araújo
Novembro 2014
Comunidade Júnior
Lusitano de Zurique–
33
Para colorir
Os esquilos danilos no castelo dos
fantasmas medrosos
António Torrado escreveu
Estes dois esquilos, Danilo Pai e
Danilo Filho, andam sempre em viagem.
Desta vez, foram ter a um castelo,
um velho castelo abandonado. Como
era quase noite, resolveram abrigarse no meio das ruínas.
– Havia de ser engraçado, se houvesse fantasmas – disse o Danilo
Filho.
– Convinha, convinha – aprovou o
Danilo Pai. – Sempre era mais uma
boa história para contar, quando voltássemos.
– Mas nós vamos voltar? – quis saber
o Danilo Filho.
– Por agora, estamos a ir – explicou
o Danilo Pai. – Mas sempre ouvi dizer
que há ir e voltar. A Terra é redonda.
Estavam eles nesta conversa, quando ouviram o pio de uma coruja.
– Ouviste? É a coruja a anunciar a
chegada de algum fantasma... – avisou o Danilo Filho.
– Muito interessante – disse o Danilo
Pai. – E achas que, daqui, a gente vê
bem?
O Danilo Filho esclareceu que os fantasmas, quando aparecem, exibemse para todo o público, esteja onde
estiver, e fazem muito barulho para
chamar a atenção – batem com os
pés, empurram cadeiras, arrastam
correntes...
Nisto, as asas silenciosas de um
morcego passaram rente aos dois
esquilos. O relógio de uma torre,
longe, bateu as doze badaladas da
meia-noite.
– Está na hora – bichanou o Danilo
Filho ao ouvido do pai.
– Tens a certeza? – perguntou este,
também em voz baixa. – E porque é
que estamos a falar assim, como se
estivéssemos a contar segredos um
ao outro?
– Para não assustar os fantasmas –
esclareceu o filho.
O pai Danilo impacientou-se:
– Não me convidem para festas com
fantasmas
medrosos. Desinteresso-me e vou
dormir.
Dito e feito. Enrolou a cauda e adormeceu.
Em compensação, o filho continuou
acordado, na
esperança de que aparecessem os
tais fantasmas das correntes a arrastar. A meio da noite, bateu nos ombros do pai, numa grande excitação.
– Olhe, pai, olhe que lá vem um.
– Um quê? – perguntou o Danilo Pai,
muito ensonado. – Um fantasma de
olhos brilhantes, repare, pai.
Danilo Pai fixou as luminárias:
– Ou o teu fantasma tem os olhos tortos ou são dois
pirilampos a jogar às escondidas...
 Eram mesmo. Danilo Filho, desanimado, encostou a cabeça a uma
pedra. Daí a nada estava a dormir e a
sonhar com fantasmas.
No dia seguinte, enquanto arrumavam as bagagens, o pai disse para o
filho:
– Não fiques amuado. Afinal, mais
coisa menos coisa, já temos uma
história de fantasmas para contar.
E os dois esquilos Danilos prosseguiram viagem.
FIM

Coordenação: Joana Araújo
34 – Lusitano de Zurique
34 – Lusitano de Zurique
Humor/Passatempo
Novembro 2014
Passatempo
Novembro 2014
INTERNET E O JORNAL
LÍNGUAS
Um Suíço, à procura de orientação
Um Suíço, à procura de orientação nas direções a tomar, encosta o carro, junto ao acostamento onde dois portugueses
(alentejanos) estão à espera.
- Entschuldigung, koennen Sie
Deutsch sprechen? - perguntou.
Os dois portugueses ficaram a
olhar para ele...
- Excusez-moi, parlez-vous
Français? - tentou ele.
Os dois continuaram a olhar
para ele impávidos e serenos.
- Parlare Italiano?
Continuaram calados.
- Hablan ustedes Español?
Nenhuma resposta
- Do you speak English?
Ainda nada.
Angustiado, o Suíço desiste e
vai-se embora!!
O primeiro alentejano vira-se
para o segundo e diz:
- Sabis, talvez devéssemos
aprender uma língua estrangêra.
- Para queí? - pergunta o outro
- Aquele sabia cinco línguas e
nã le serviu de nada...
MOMENTO POÉTICO
Bate leve, levemente, como
quem chama
Bate leve, levemente, como
quem chama por mim,
Será vodka ou aguardente?
Absinto não é certamente,
e a ganza não bate assim....
Fui ver... Eram os Jeovás!
Como é um
Usos comerciais:
alentejano?
O jornal impresso, como sem- Alargar o sapato.
Como Rechear
é um português?
bolsas para conservar
pre o conhecemos, realmente não poderá ser substituído a forma.
Embrulhar peixes.
pela internet.
Embrulhar pregos na loja de
produtos para
A seguir alguns dos importanUm português
nãoconstrução.
tem cores. Um
Fazer éum
chapeuzinho
para
o
tes usos do jornal:
português
português
pela
identipintor ou para o pedreiro.
dade. Cortar
Demonstrando
ao mundo
moldes para
o alfaiateque
Uso doméstico:
ou para a costureira.
tem dignidade.
Embrulhar quadros.
Recolher lixo.
Embrulhar
flores.
Limpar vidros.
Da mistura
de que
fala isso tem exDobradinho, serve para alinhar
plicação.
Só
no
Alentejo
existe o bom
Uso festivo:
os pés da mesa.
azeite e pão. Dos amarelos concordo.
Embrulhar louças na mudança.
churrasqueira.
Recolher a porcaria do cão.E não Acender
me vou achatear.
Eu só lhe gaRechear
a caixa de
presenteForrar a gaiola do passarinho.
ranto que
aos chineses
não
vou comCobrir os móveis e o piso antes -surpresa.
prar.
Os
pretos,
árabes
e
ciganos
é
de pintar a casa.
Outros
Usos: Eu como não sou
Evitar que entre água por baixo
território
nacional.
da porta.
racista, para mim é tudo igual.
Proteger o piso da garagem Fazer bolinhas para jogar aos
quando o carro está a derra- colegas de classe.
Tem razão e não é fácil fazer um bom
Fazer uma capinha para o mamar óleo.
isso tem que desou foice.
Matar moscas, baratas e alentejano
de- chadopara
os bandidos
mais insectos.
cenderNos
do filmes,
sanguepara
Lusitano.
Por isso
Em época de crise económica,
somosesconderem
tão poucoso erevólver.
por isso que eu
Para esconder-se atrás dele
usá-lo como papel higiénico.
invejo quando
sermos não
tão quiser
poucos
e fazer
que
te ve-tão
Uso educativo:
grandejam.
o Alentejo.
Ah!!!!!!
E por
último:
Para lerdeBater no focinho do cão quanImagino
o que
seria
o Alentejo
as notícias.
do faz xixi dentro de casa.
sonra do
se tivesse no poder alguém
Fazer barquinhos de papel.
Arrancar um pedacinho que
em tanto a Portugal tem roubado.
branco para anotar número de
José Navarro
telefone.
Efemérides
Efemérides
Dia 1 (1755) - Um violento sismo
destrói, parcialmente, Lisboa,
causando cerca de 60 mil mortos.
Dia 8 (1917) - Na sequência da
revolução bolchevique, Lenine é
eleito Presidente do Conselho dos
Comissários do Povo da União
Soviética e Leon Trotsky Primeiro-Ministro.
Dia 19 (1807) - Tropas francesas
invadem Portugal (1ª Invasão Napoleónicas).
Dia 30 (1939) - Os soviéticos bom
bardeiam Helsínquia e avançam
para o interior da Finlândia, facto
que leva a Sociedade das Nações
a expulsar a URSS do seu seio,
em 14 de Dezembro desse ano.
1997 - Mário Soares e Álvaro
Cunhal discutem o futuro da União
Europeia num programa de televisão, reeditando o debate de 1975.
Datas Comemorativas
01 - Dia de Todos os Santos
02 - Dia de Finados ou de Fiéis
Defuntos
06 - Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio
Ambiente em Tempos de Guerra e
Conflito Armado
10 - Dia Mundial da Ciência ao
Serviço da Paz e do Desenvolvimento
14 - Dia Mundial de Luta contra os
Diabetes
16 - Dia Internacional para a Tolerância
Dia Nacional do Mar
Dia do Comerciante
17 - Dia Mundial do Cancro do
Pulmão
Dia Nacional do Não Fumador
18 - Dia Europeu do Antibiótico
Novembro 2014
Novembro 2014
Horóscopo
Horóscopo
CARNEIRO - Novembro será
para você um mês gerador de
energias profundas. Na verdade, o quadrante de Marte em
seu signo apoia o quadrante de
Plutão e vai gerar circunstâncias
que levam você a agir de maneira radical e até mesmo cortante.
Sua emotividade parecerá reduzida, ao passo que você irá simplesmente escutá-la menos. Os
influxos de Vénus em quincôncio com seu signo fazem com
que você se distancie de seus
sentimentos. É preciso ficar de
olho para não favorecer sua vida
profissional em detrimento da
vida a dois ou em família, pois
isso pode levar você a sabotar
os esforços produzidos no último mês de Agosto.
BALANÇA - Sua vida vai assumir um desenrolar positivo neste mês se você aceitar avançar
rumo ao desconhecido, ao inédito e ao estrangeiro, no sentido
amplo do termo. Os influxos de
Marte em quadrante com seu
signo vão aprimorar suas fantasias, o que permitirá a você se
destacar, sair da casinha, especialmente no âmbito social.
Apesar disso, evite ser muito
zeloso, principalmente com
seus chefes, o que lhe aguarda
é o inesperado se você se deixar levar por gracejos que incomodam autoridades externas.
Atenção também em família
para manter seu senso de tacto
e compromisso para evitar discórdias, avance com calma! .
TOURO - O trânsito do Sol em
oposição a seu signo permite
que você se afaste um pouco de
seus projectos, reduza a dedicação do quotidiano a detalhes
e se lance com mais facilidade
rumo às alturas que permitem
uma verdadeira reflexão de
base. Mas o trânsito de Vénus
em sua constelação vai dar um
gás positivo em sua vida afectiva e trazer emoções fortes! A
oposição de Saturno, no entanto, pode levar você a cometer
excessos que não devem ser
confundidos com paixão. Sua
vida financeira vai passar por
uma onda de sorte que se traduzirá na facilidade de conseguir bons contactos, desvendar
bons negócios.
GÉMEOS - A oposição do Sol
este mês fará com que você
encontre pessoas realmente
diferentes das que você convive normalmente, o que vai abrir
seus horizontes de maneira
radical. Essas influências vão
despertar em você novas ideias
que vão arejar seu quotidiano
e também impulsionar a construção de novos projectos. A
partir do dia 17, os aspectos de
Mercúrio suscitam a vontade de
partir e se desvincular de alguns
hábitos, às vezes até de maneira
espectacular. Tenha tacto com
os seus familiares próximos, a
embriaguez de sua vida social
não será do agrado de todos do
seu clã. .
SAGITÁRIO - Novembro será
para você sinónimo de facilidade nas percepções, de introspecção e de balanços que irão
clarear sua visão de futuro. Os
influxos de Marte na sua Casa
dois simbólica vão estimular
suas ambições e proporcionar
ousadias férteis para assentar
sua situação material e financeira de maneira mais sólida. Você
terá a resiliência de utilizar seus
recursos interiores para transformá-los em dinheiro vivo ou
para realizar economias substanciais. Sua vida sentimental
estará agitada durante as duas
primeiras semanas. Em seguida,
você corre o risco de estar um
pouco dominador com seu parceiro, exigindo muito.
CARANGUEJO - Neste mês,
você deverá ajudar e acompanhar alguns conhecidos em mudanças necessárias para a evolução deles. Isso talvez tenha
o impacto de lhe fazer apreciar
ainda mais a estabilidade de sua
vida, mesmo que, no momento,
ela seja só relativa. Os influxos
de Marte em quincôncio com
seu signo a partir de 17 de Novembro lhe colocam totalmente
disponível para aproveitar os
prazeres da vida em todos os
aspectos, com alguma imprudência. Uma tendência a faltar
com o rigor se anuncia, mas
desde que você continue a seguir suas prioridades, seu bem-estar fundamental pode ser
cumprido com facilidade.
AQUÁRIO - O mês de Novembro levará você a acções radicais, sobretudo durante as três
primeiras semanas. Os influxos
do Sol em quadrante com sua
constelação reforçam o quadrante de Saturno, o que provoca riscos de tensões. Sua
maneira de se expressar geralmente parece não ter apelo, o
que pode ser a fonte de reacções enérgicas com seus interlocutores. Sua vida profissional
lhe parecerá arrastada no dia-a-dia. Você irá se interessar por
novos projectos e, neste mês,
sua curiosidade será a fonte do
sucesso para o próximo outono.
Proteja-se de tormentas emocionais que relembram as limitações do passado, e aproveite
esse vento de liberdade que a
favorece
VIRGEM - Os influxos de Marte
em sextil com seu signo durante
as duas primeiras semanas do
mês vão electrizar suas energias
e fortalecer sua perseverança
psíquica. O reforço de Mercúrio em sextil, ligado a Saturno,
põe você em confronto com situações que permitirão colocar
seus talentos em prática e estabilizar sua vida profissional. Sua
criatividade será positivamente
abastecida por sua curiosidade
intelectual, mas tome cuidado
para não se jogar sem amarras
em envolvimentos ou decisões
muito precipitados para isso.
Sua vida sentimental vai ganhar
em intensidade, ao passo que
suas necessidades e exigências
irão aumentar.
LEÃO - Este Novembro será feito de sucesso e de vitórias que,
pequenas ou grandes, vão-lhe
ajudar a estabilizar seus projectos. Etapas anteriores serão
concluídas e lhe mostrarão seus
objectivos mais de perto. O optimismo aumenta e abre todas
as grandes portas em sua vida
social para novas relações, extremamente férteis em possibilidades de futuro. É especialmente a partir do dia 17 que você irá
viver uma renovação de trocas
que mudarão suas actividades
habituais de maneira agradável.
Sua vida familiar se mostra serena, sem grandes mudanças, diferente da sua vida social e com
amigos, que vai inevitavelmente
ficar apimentada.
35
Lusitano de Zurique– 35
Lusitano de Zurique–
ESCORPIÃO - Este mês de Novembro irá trazer-lhe uma onda
de sorte importante no domínio
das finanças e, por extensão
disso, também na sua vida íntima. Você saberá aproveitar as
oportunidades com rapidez e se
cercar de pessoas com quem
tem profunda complementaridade, para com elas talvez florescer projectos até mesmo de
grande envergadura. O Sol em
conjunção com seu signo reaquece seus ideais e afasta a
austeridade de Saturno, o que
traz a leveza psíquica e ainda
ajuda a restaurar de maneira
saudável o seu optimismo. Em
termos de relações, neste mês
sua vida será ainda mais marcada por pessoas mais jovens do
que você.
CAPRICÓRNIO - Os influxos
planetários deste mês de Novembro vão impulsionar seu
senso filosófico. Na verdade, os
influxos de Saturno, seu planeta
regente, em conjunção com o
Sol, vão permitir a identificação
de todas as falhas, no sentido
mais amplo, para ter um melhor avanço na direcção de seus
projectos. Vénus em trânsito
na sua Casa doze lhe confere o
prazer de doar-se na área afectiva. Será fundamental canalizar
essa tendência com algumas
precauções, e principalmente
vivê-las com pessoas dignas de
confiança.
PEIXES - Este mês de Novembro será efervescente, rico em
novas possibilidades de vida.
Não hesite em lançar um projecto novo ou se candidatar
caso haja uma possibilidade de
promoção, pois você tem todas as chances de se dar bem
e encontrar pessoas receptivas.
Você estará com uma tendência
a se irritar com facilidade devido
às influências de Marte em sextil com seu signo, o que reaviva
Neptuno em trânsito na mesma
constelação. Você precisará
de temperança para não tomar
seus desejos por realidade ou
não sacudir os processos naturais de maturação dos vínculos afectivos, mas também dos
vínculos sociais que reclamam
com virtuosidade, apesar de
tudo.
Coordenação: Joana Araújo
36 – Lusitano de Zurique
Literatura
Novembro 2014
Ah pois claro!
Na estrada que sobe e desce ( há ruas que são rectas
como réguas e nos esticam
e como garganta funda de
anaconda nos sugam e engolem...), passam carros a
assapar. Carros comandados por cérebros de galinha
que não têm a noção das diferenças entre uma rua, estrada, e auto-estrada. E ali
é mais grave porque existe
um hospital e que aos utentes lhes assiste a regra do
silêncio.
Carmindo
Ouço um som composto
de Carvalho
por um iiiiii repetitivo. Conto
por uma dúzia de segundos
o intervalo de cada série.
Calou-se. Devem ter-se-lhe
acabado as pilhas ...
Está decidido. Então se O primeiro vizinho _ porque
a água gera ferrugem e está mais perto, por isso os
calcário, eu vou come- outros são os seguintes_
çar a regar os cozidos geme, diz coisas sem nexo,
e os bacalhaus com ál- talvez esteja a delirar.
cool puro. Dispenso o Um dorme serenamente
coro do coaxar das rãs sem um esgar.
na minha barriga a goza- Um outro semeia uns repetirem com a minha secu- tivos ais-ais.
ra. E assim evitarei outro Um outro fala ao telefone e
entupir da canalização, numa conversa de um quarcomo este que momen- to de hora repetiu o ja-ja
taneamente me aprisio- uma boa vintena de vezes.
na a esta cama estranha Tem o telefone em som
aberto. Ouço o seu interlo***
cutor a dizer-lhe:
“ Só dizes ja-ja, não sabes
É de madrugada. Mais dizer mais nada ? “
um novo dia se aproxima. “ Sim, ja-ja ”
Dia que ainda não sei O telefonema acabou ali.
como vai ser, se chuvoso, Talvez o outro tenha pensase ensolarado, se com do que estava a ser gozado.
nevoeiro ou com chuva Entra uma que traz algo, ouenfarruscado.
tra que sai e algo leva, outra
Para saber tenho que es- limpa, outra mexe num apaperar que acabe a noite. relho.
Esta longa noite!
Uma voz pergunta-me como
Espero que consigo leve estou.
as nuvens de um negro “ Sim estou melhor. Obrigacarregado que enegrece- do ”, respondi.
ram o dia de ontem.
“ Mas o que eu queria mesAqui fechado só vejo o mo e muito, era uma cama
que o negrume da noite e de hotel. Não precisa ter esos ramos das árvores do trelas, basta que seja num
jardim me permitem ver.
hotel de um deserto qual-
quer ”, pensei.
Já é fora de horas para ter
um jantar normal de hospital. Tenho que me contentar
com a sopita que me trouxeram.
Na Tv. da grua sobreposta à
minha cama, a R.T.P. internacional passa a xaropada
dos programas do costume!
...
Aproveito esse vazio e ponho-me a ler o livro que escolhi para me acompanhar
na digestão daquela forçada aventura.
Embrenhado na leitura, fui,
fui até bem longe. De repente reparei que era o único
que mantinha a luz acesa.
Apesar de ser da minha
grua, e estar concentrada em mim, pensei que na
penumbra de um quarto
sempre deve incomodar os
restantes. Então desliguei-a
e tentei fundear no mar dos
lençóis. Mas nada, nada de
sono.
“ Que raio! Lá vem mais uma
sessão de insónia ”, pensei.
estação. ”
Do rádio saem as quatro
estações. Que maravilha!
Nunca me tinha acontecido
jantar sozinho num quarto
de hospital ao som desta
maravilha! Obrigado amigo
Antonio Vivaldi.
Não sinto dores. As pastilhas estão fazendo o seu
trabalho e regalam-me este
momento de sossego. O
jantar sabe-me bem! Para
jejum bastaram as cerca de
trinta e cinco horas. Horas
de antes de ontem e horas
de ontem. A sobremesa é
iogurte, doce, mas não consegue anular as saudades
dos meus habituais dois
decilitros de tinto. Isso sim
seria a cereja no bolo.
Lá em baixo há pernas e
cabeças cabeludas e carecas a passearem e alguns
estão sentados a tomarem
banhos de sol que por aqui
passa as prestações.
As carecas, vistas daqui de
cima são mais lindas! ...
***
***
É sexta-feira. Há festa na
cidade. Pessoas que passam talvez bêbedas, talvez
drogadas e passam a corta
mato, por dentro do espaço
hospitalar.
Ouço tiros.
Não ouço gritos por isso
deduzo que talvez tenha
sido alguém da segurança a
espantá-los.
Cátia, lembraste daquele
segurança que vimos lá em
baixo e tu disseste que não
costumam andar armados e
eu disse:
“ Sim , olha ali de lado_
aquilo é uma pistola.”
E tu disseste: “ Pois, mas se
calhar é de alarme.”
“ Possivelmente foi essa
mesma que eu ouvi troar.”
Chove uma chuva miudinha
daquela conhecida por: mo-
É outro dia. O quarto onde
estou agora também é outro. Está cheio, mas cheio
de ar mais as cinco camas
que estão vazias.
O inquilino que me antecedeu acabou de ir embora.
Entretanto passou algum
tempo. A dor aumenta. A
galope chegou e se manifestou.
Tum, tum. Um rosto sorridente e um tabuleiro entraram no quarto.
“ Oi,oi, oi! ”
“ Porquê esse oi, oi, oi ? “
“ Porque já me traz aí o jantar e eu normalmente como
entre as oito e as oito e meia
e ainda só são cinco e meia!
”
“ Olhe que foi aqui a última
Literatura
Novembro 2014
lha tolos. Não a sinto, mas
da janela do quarto vejo-a
a cair certinha de mansinho.
Um corpo de alguém que
me parece ser mulher está
sentado num banco portátil à porta do outro bloco.
Parece-me uma daquelas
pessoas que às vezes se
vêem a vaguear transportando a sua casa e os seus
parcos haveres. Como
caracol que anda sempre com a casa às costas,
pronto para acampar …
Solta ao vento uns sons
idênticos aos que soltava
uma catatua que durante
muitos anos marcou presença na parte de baixo do
centro comercial Rheinpark de St. Margrethen.
De repente a chuva miudinha transformou-se numa
chuva torrencial de parte
ossos.
O corpo, refugiou-se no
espaço coberto destinado
a estacionar velocípedes.
Certamente está numa
fase delirante, mas ainda
conserva o instinto de sobrevivência que a levou a
proteger-se da intempérie.
Lembro-me de que em
Rorschach já vi várias vezes uma mulher que anda
na mesma onda. Berra por
tudo e por nada, com tudo
e todos. Ou por algo que só
ela sente e vê. Se calhar incomodada com a sua pró-
pria sombra ...
Numa outra vez em Goldach, um homem ainda
jovem, loiro, barbudo, ora
de braços abertos, ora de
mãos postas, num delírio
místico_falava com o seu
Deus.
***
É sábado da parte da tarde. Estou sozinho neste
quarto de hospital como
se estivesse num quarto de
hotel. Tenho Tv. Com 70 canais, Rádio, Internet, iPad,
Tablet, Telemóvel, Livros, o
meu Xadrez.
Sim, sozinho! Mas tenho
tudo para me entreter e me
sentir bem acompanhado.
***
Hoje é segunda-feira. Entraram outros utentes e de
repente isto deixou de ser
como um quarto de hotel
para ser igual a uma camarata de tropa!
Visitas que ficam em grupos a tagarelarem, de tanta
coisa como se estivessem
numa esplanada.
A primeira sessão de tratamento para tentar desfragmentar a pedra deixou-me
muito cansado numa enorme bebedeira.
***
É de noite. No quarto acon-
tece um reboliço. É um que
vomita agora, outro que
vomitou antes e lembrei-me dos meus vómitos secos de domingo da outra
semana. Secos porque tinha o estômago vazio. Só
uma aguadilha que nem
daria para demolhar uma
pevide. É uma funcionária
que entra, ajeita o pingar
do soro e despeja os sacos
da urina, outra que sai e
consigo leva algo enrolado.
Uma que mexe, outra que
remexe nisto e naquilo, afazeres que se impõem.
Um velho tem problemas
de respiração. Insistentemente toca no botão de
emergência. Um outro dorme como um santinho e
ressona. Um outro também
faz soar a emergência e diz
que, e onde lhe dói. Um outro não sei se a dormir ou
se acordado solta uns flatos bem sonoros. Um outro
abre a janela ( se calhar incomodado com o cheiro).
Por essa janela entra um
vento frio que me incomoda e ao cortinado que se
agita também, mas ambos
calamos, ambos sabemos
que é difícil viver em comunidade.
“ Que raio! Ainda me provocam alguma pneumonia!
”, pensei.
As luzes do bloco que está
mesmo de frente à nossa
janela incomodam. Acen-
Lusitano de Zurique–
37
dem e apagam parecem
fogo de artifício de um arraial.
Pelas três horas levaram
o velhote para outro sítio.
Ouvi dizerem-lhe que iam
levá-lo para onde ia poder
receber inalações. Que alívio! Enfim! Por fim ouve-se
o som do silêncio ...
***
É de manhã. Um corvo instalou-se mesmo na crista
da árvore mais alta aqui do
sítio, tudo dominando! Imponente! Como estrela em
árvore de Natal!
Esta última noite entrou um
que parece que é músico.
Juntou o seu instrumento
ao de um outro residente
e fizeram um dueto sensacional! Era um a fazer pum!
O outro pum-pum!
Para tal espectáculo, eu
não tinha pagado bilhete,
mas se tivesse, certamente de boa vontade o teria
dado a um qualquer coitado que o quisesse aceitar e
se pudesse, de pronto dali
fugiria a sete pés …
Mas eis que: como autêntica tábua de salvação _ veio
o médico, deu-me alta, saí,
fiz-me ao caminho e fui à
minha vida.
Setembro de 2014
38 – Lusitano de Zurique
Diversos
Novembro 2014
www.goutec.com
Televisão e Informática em Português
global online technologies
Ligue já!
044 271 69 79
by GOUTEC
desde
9.90 €
(mês)
desde
Televisão
49.90SFr.
(mês)
Digital
INSTALAMOS EM TODOS
OS COMPUTADORES
SISTEMA OPERATIVO
Terrestre
EM PORTUGUÊS
desde
39.90SFr.
(mês)
desde
69.90SFr.
(mês)
Escolhaososcanais
canaisque
quequer
quer ver
ver
Escolha
deixeooresto
restoconnosco!
connosco!
e edeixe
TVCABO
ASSISTÊNCIA
TÉCNICA
Informática . Televisão
GOUTEC
Geibelstrasse 47, 8037 Zürich
Mob: 076 388 19 95 / 079 402 51 09
[email protected]
Sabia que...
O DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN)
A origem do Halloween vem das tradições dos antigos povos que habitavam a Gália e as ilhas britânicas, entre
os anos 600 a.C e 800 d.C. Originalmente, o Halloween não tinha qualquer relação com bruxas. Tratava-se simplesmente de um grande festival do calendário celta, na Irlanda – o Festival de Samhain, que ocorria entre os
dias 30 de Outubro e 2 de Novembro e que marcava o fim do Verão e homenageava os mortos. “Samhain” significa exactamente “fim do Verão”, na língua celta. É interessante notar que o Dia de Finados cristão é celebrado
precisamente no dia 2 de Novembro.
Publicid
Agora com
fornos
próprios.
Reserve já!
Novembro 2014
Publicidade
Lusitano de Zurique–
39
A pensar em si!
VIAGENS
Reserva de voos para todos os destinos • Pacotes de férias
Excursões • Viagens de lua de mel • Viagens de grupo
Transferes • Escapadela de fim de semana • Reserva de hotéis
Aluguer de viaturas em Portugal e outros países
SEGUROS
Krankenkasse • Casa/recheio • Proteção jurídica • Vida
Responsabilidade civil privada • Proteção jurídica • Viaturas
CRÉDITOS
CRÉDITOS
PRIVADOS 7,9
%
Tax
a par as
tir de
Precisa de dinheiro?
Venha falar connosco.
Nome:
Apelido:
Endereço:
Créditos privados com taxas a partir de 7,9%
Abertura de contas (em Portugal) • Hipotecas
SERVIÇOS
Preenchimento de formulários diversos (fundo desemprego, etc)
Preenchimento de Steuer • Elaboração de cartas de
despedimento • Elaboração de currículos • Traduções
Data de nascimento:
Telefone:
Estado civil
Permisso:
B
agência de viagens félix
Kalkbreitestr. 40
CH-8003 Zürich
Tel. 044 450 82 22
[email protected]
facebook.com/reiseburofelix
C
L
Montante pretendido:
Para mais informações, preencha e envie,
juntamente com a copia do permisso, passaporte
e as três últimas folhas de salário. (dos dois caso
seja casal).
A concessão de um crédito é proibida se levar a um endividamento
excessivo. (art. 3 LCD9
Download

Gala da Revista do Centro Lusitano de Zurich