Análise microestrutural e do acabamento superficial na soldagem autógena TIG DC para recuperação do aço VP100 Lucas Alberto Franco, Peterson Paz Pressato, Wyser José Yamakami, Campus de Ilha Solteira, Faculdade de Engenharia, Departamento de Engenharia Mecânica, [email protected] Palavras Chave: TIG DC, recuperação, microdureza, acabamento superficial. Figura 2. Gráfico Dureza Vickers 1.0 mm paralelamente Introdução O processo de remanufatura propicia vantagens ecológicas e econômicas entre 20 a 80%, com redução dos custos de produção de US$ 200 1 milhões aproximadamente . O estudo foi realizado no aço VP100, liga metálica que contém micro adições de elementos químicos (Ni-Cr-Mn), os quais conferem usinabilidade melhorada e utilizado em moldes e matrizes. A análise microestrutural de microdureza e imagens de microscopia óptica do cordão de solda, do metal de solda (MS), da zona termicamente afetada (ZTA) e do metal base (MB), visa verificar a soldabilidade do material a diferentes condições de soldagem e analisar o acabamento superficial da peça recuperada. abaixo da superfície soldada (variabilidade percentual média de 9,3%). Figura 3. Gráfico Dureza Vickers na região perpendicular ao cordão de solda embutido (variabilidade percentual média de 11,9%). Material e Métodos Corpo de prova de VP100 com dimensões 100x24x24 mm foi submetido à soldagem autógena TIG (Tungstênio Inert Gás) com velocidade controlada (100 e 200 mm/min) a único passe, corrente DC negativa (100 e 200 A) e com volume de gás argônio constante (15 l/min.). Manteve-se a velocidade de corte (Vc) e avanço (f) constantes para ensaio de usinagem (Vc=450m/min e f=0.1mm/dente) A caracterização microestrural do aço na condição "Como Recebido" (CR), antes da soldagem, e da seção transversal ao cordão de solda foram realizadas no microscópio óptico Neophot 21. O rugosímetro Mitutoyo modelo SJ201P foi utilizado para aferir acabamento superficial. Resultados e Discussão Figura 1. Procedimento das medições microdureza Vickers (65 gf) nas amostras. de Das figuras 2 e 3, observam-se as maiores durezas na C2. Verifica-se maior penetração e largura do cordão ao maior aporte térmico presente na C3. Tabela 2. Rugosidade superficial (Ra em µm) dos corpos de prova soldado em três C (Cutoff 0,8 mm x 5). C1 C2 C3 MB MS MB MS MB MS 0.20 0.27 0.21 0.32 0.26 0.34 ±0.04 ±0.07 ±0.05 ±0.04 ±0.04 ±0.05 Conclusões Não houve descontinuidades e influência significativa da variação do aporte térmico em relação ao acabamento superficial na região soldada. Observou-se dureza relativamente maior para as condições C2 e C1 devido, provavelmente, ao aporte térmico relativamente menor, gerando uma taxa de resfriamento maior e, consequentemente, a formação de uma microestrutura bainitica e martensitica. Agradecimentos Fonte: Próprio Autor Tabela 1. Energia de soldagem teórica, η de 60%. Aporte térmico [kJ/mm] C1 216 XXVI Congresso de Iniciação Científica C2 432 C3 864 Aos professores Hidekasu Matsumoto, Vicente Ventrela e Antônio de Pádua Lima Filho. ____________________ 1 ZHU et al. Evaluation of soldering, washout and thermal fatigue resistance of advanced metal materials for aluminum die-casting dies. Mater. Sci. Eng. a-Struct. 379, 420, 431.