Entrevista: Octavio Londoño Paraolimpíadas Escolares Brasil número 38 PARAOLÍMPICO revista do comitê paraolímpico brasileiro // outubro/Novembro 2011 // www.cpb.org.br EDIÇÃO ESPECIAL Brasil em busca do Bi Seleção está pronta para repetir o primeiro lugar de 2007 Editorial Caros leitores, Na última edição da nossa Brasil Paraolímpico, falei da dificuldade para escolher o que colocar nas páginas. Afinal, não faltam boas notícias e o espaço é limitado. Porém, desta vez, a escolha não poderia ser outra e decidimos fazer uma edição especial sobre os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, que acontecem de 12 a 20 de novembro. Andrew Parsons presidente do comitê paraolímpico brasileiro Para brilhar em solo mexicano, o Brasil se preparou com afinco nos últimos meses. Teremos em Guadalajara 223 atletas nas 13 modalidades e não queremos pouco. O nosso objetivo é repetir o resultado de 2007, no Rio de Janeiro, quando pela primeira vez conquistamos o primeiro lugar. A edição especial contou ainda com participações internacionais. Nosso colunista convidado foi o jornalista americano Tom Degun, do prestigioso site Inside The Games, que fala do sucesso do Brasil no esporte paraolímpico. Na entrevista desta edição, ouvimos Octavio Londoño, presidente do Comitê Paraolímpico das Américas. O colombiano não economizou elogios e disse que o Brasil é um exemplo a ser seguido. Trabalhamos muito em busca de bons resultados e para desenvolver o esporte paraolímpico no País e ficamos muito felizes com o reconhecimento. Nesta edição, vamos mostrar um pouco de cada uma destas modalidades, quase um guia dos Jogos Parapan-Americanos, inclusive com o calendário de provas. Também listamos todos os integrantes da Delegação Brasileira em Guadalajara. Por ser uma revista temática, esta edição não contou com as páginas fixas “Grandes Nomes do Esporte” e “Promessa 2016”, mas não deixamos de falar do futuro, reservando seis páginas para as Paraolimpíadas Escolares. Maior evento do mundo para atletas estudantes com deficiência, a competição reuniu mais de mil participantes em São Paulo. A competição no México é o primeiro grande teste para confirmar que estamos no caminho certo para conseguir brilhar em Londres 2012 e também na Rio 2016. Já tivemos ótimas indicações nos campeonatos Mundiais e vamos ter mais uma boa oportunidade de avaliar o trabalho em Guadalajara. Guardamos ainda um espaço para o Loterias caixa Brazilian Swimming Open Championship, maior competição aberta de natação do mundo, com o prêmio recorde de 40 mil Euros. Realizada no Parque Aquático Maria Lenk, o evento contou com a participação de grandes nomes internacionais, de dez países. Um grande abraço, Andrew Parsons sumário edição 38 // OUT/NOV 2011 // www.cpb.org.br 08 Parapan Modalidades Conheça todos os esportes em que o Brasil disputará medalhas no México e vagas para as Paraolimpíadas de Londres em 2012 15 20 23 Parapan Calendário Entrevista Escolar Veja os dias e locais de todas as provas dos Jogos ParapanAmericanos em Guadalajara Presidente do Comitê Paraolímpico das Américas, Octavio Londoño aponta Brasil como o exemplo a ser seguido Maior competição do mundo para estudantes com deficiência reúne cerca de mil atletas de todo o país em São Paulo 05 06 18 28 colunista convidado Open Parapan PARTICIPANTES Notícias Tom Degun Festa no Maria Lenk Nomes dos atletas que representarão o Brasil Colonista convidado 5 Tom Degun Revista Brasil Paraolímpico O Brasil é a força emergente no esporte Paraolímpico Na última década, Austrália, Grã-Bretanha, Estados Unidos e, mais recentemente, a China dominaram a cena do esporte paraolímpico. Mas, nos bastidores, o Brasil vem trabalhando em silêncio. Nas Paraolimpíadas de Sidney, em 2000, o Brasil terminou em 26º lugar no ranking de medalhas, com seis ouros. Foi uma marca respeitável, mas nada que tivesse remotamente preocupado nenhum dos países do topo. Quatro anos depois, nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, em 2004, o Brasil subiu para a 14ª posição na tabela, com 14 medalhas de ouro paraolímpicas, conquistadas na capital grega. Foi uma performance impressionante que causou surpresa. Entretanto, é somente quando você consegue ficar entre os dez primeiros na tabela de medalhas paraolímpicas que você pode ser considerado um participante importante. Isso ocorreu apenas quatro anos mais tarde, quando o Brasil irrompeu na nona posição nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008, com a fenomenal conquista de 16 medalhas de ouro. Foi uma performance impressionante que fez o resto do mundo parar e prestar atenção. Não foi só o fato de que o Brasil estava começando a vencer de forma convincente num dos maiores eventos do planeta, mas o fato de que do nada, três superestrelas emergiram do país sul-americano. Daniel Dias, o nadador S5, mostrou em Pequim que é um dos mais refinados expoentes de piscina do planeta, ao conquistar nove medalhas, quatro das quais de ouro, enquanto Terezinha Guilhermina, velocista T11, é agora uma das mais temidas atletas do meio, e é quase certo que acrescente outros ouros à sua medalha paraolímpica, conquistada nos 200 metros na capital chinesa, quando chegar a Londres no próximo ano. Porém, talvez o maior momento da história do esporte paraolímpico brasileiro tenha na verdade ocorrido um ano depois de Pequim. Isto porque em Copenhagen, na Dinamarca, dia 2 de outubro de 2009, o Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, abriu um envelope muito especial. Dentro do envelope, confirmou-se que o Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Uma Paraolimpíada em casa significa mais subsídios para os atletas paraolímpicos brasileiros, mais atletas trabalhando duro para competir e vencer no Rio em 2016 e uma oportunidade única para o Brasil mudar atitudes em relação à deficiência por toda a América do Sul. O Brasil está agora focado em chegar ao sétimo lugar em Londres, em 2012, e em quinto lugar no Rio, em 2016, e surpreenda-se de vê-los conquistar sua meta ambiciosa. É uma meta que pode até vê-los chegar à frente da Austrália; algo impensável há pouco tempo, quando a Austrália liderou o ranking de medalhas em Sidney, em 2000, 26 posições à frente do Brasil. Mas antes de Rio 2016, e mesmo antes de Londres 2012, o Brasil terá seu gosti- nho de glória nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara de 2011. Nos últimos Jogos Parapan-Americanos – que foram realizados no Rio, em 2007 – o Brasil terminou em primeiro lugar no ranking de medalhas, com Canadá em segundo e Estados Unidos em terceiro. O País tornou-se muito mais forte desde 2007 e vai ser difícil freá-lo no México. Parece só haver um caminho para o esporte paraolímpico brasileiro agora. E este caminho é para cima! O resto do mundo estará observando cuidadosamente, porque nesse momento o Brasil é a força emergente no esporte paraolímpico. Os brasileiros têm dinamismo, acreditam cada vez mais, principalmente depois do terceiro lugar no Campeonato Mundial de Atletismo 2011, do Comitê Paraolímpico Internacional (CPI), em Christchurch, na Nova Zelândia no início do ano. E com os Jogos Paraolímpicos em casa, em 2016, não há sinais de que as coisas vão se acalmar. Ao contrário, parece só haver um caminho para o esporte paraolímpico brasileiro agora. E este caminho é para cima! Tom Degun é jornalista do inside the games 6 Open Revista Brasil Paraolímpico Festa no Maria Lenk Natação mostra força antes do Parapan Daniel Dias e Edênia Garcia são os grandes vencedores do LOTERIAS CAIXA BRAZILIAN SWIMMING OPEN CHAMPIONSHIP, no Rio RESULTADOS ranking de medalhas 1º Brasil 53 ouro – 40 prata – 18 bronze 2º EUA 22 ouro – 7 prata – 3 bronze 3º Argentina 9 ouro – 5 prata – 3 bronze ximo na paranatação. Estou feliz demais por ter ficado em primeiro. Melhorei muito os meus tempos, agora estou bem mais perto do recorde mundial. O Parapan promete", empolga-se a brasileira. A americana Jessica Long, fera das piscinas, que já quebrou mais de quinze recordes mundiais, elogiou e aprovou o formato do Loterias CAIXA Swimming Open Championship. O Open de paranatação realizado no Rio de Janeiro, principal competição antes dos Jogos de Guadalajara, que terminou no sábado, dia 15 de outubro, foi uma prévia do que veremos no México, de 12 a 20 de novembro. Atletas brasileiros e estrangeiros, jovens, e mais experientes, brilharam na piscina do Maria Lenk, durante os quatro dias de competição. O evento contou com a participação de 10 países e mais de 200 atletas. Daniel Dias e Edênia Garcia foram os melhores atletas. A equipe técnica canarinha também levou a melhor. A Seleção Brasileira encerrou a participação em primeiro lugar com 111 medalhas, Estados Unidos terminaram em segundo, com 32, e Argentina fechou em terceiro, com 17. A premiação foi entregue para os dez melhores atletas, no feminino e no masculino, e para as cinco melhores comissões técnicas. O grande campeão foi o nadador Daniel Dias, que levou para casa 3.500 euros. Entre as mulheres, Edenia Garcia obteve o melhor índice técnico e conquistou o primeiro lugar no feminino. A nadadora falou sobre a emoção de receber a premiação. "Ainda não acredito que recebi esse prêmio. A americana Jessica Long é o má- "Esse evento foi incrível. Foi uma das competições escolhidas para minha preparação de Londres. A cidade é ótima. Tivemos oportunidade de competir com grandes atletas. Não existe premiação desse nível em outro lugar, nunca ganhei algo assim", comentou Jessica, segundo lugar no feminino. Para o coordenador técnico e chefe da missão do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos e em Londres-2012, Edilson Rocha Tubiba, o resultado do Open foi maravilhoso. "A premiação é um fato inédito. Acreditamos que eles possuem os mesmos potenciais e dificuldades que todos os atletas e modalidades. Queremos fazer uma competição de nível alto, criar uma referência para 2016". O coordenador técnico do Brasil, Murilo Barreto, fez uma analise otimista da seleção brasileira. "O Open foi um ensaio geral do que teremos no Parapan. A vitória da comissão técnica brasileira consolida o trabalho de técnicos, fisioterapeutas, enfermeiros. Mostra que temos uma equipe e um trabalho de alto nível." 4º África do Sul 7 ouro – 5 prata – 7 bronze 5º Colômbia 2 ouro – 3 prata – 3 bronze ranking melhores atletas Masculino 1º Daniel Dias - Brasil – 3.500 ¤ 2º Andre Brasil Esteves – Brasil – 2.500 ¤ 3º Kevin Paul – Africa do Sul – 1.500 ¤ 4º Justin Zook – EUA – 1.200 ¤ 5º Hendrik Herbst – Africa do Sul - 1.200 ¤ 6º Phelipe Andrews – Brasil – 1.000 ¤ 7º Tucker Dupree – EUA – 1.000 ¤ 8º Tadhg Slattery – África do Sul – 800 ¤ 9º Moises Fuertes – Colômbia – 800 ¤ 10º Carlos Farrenberg – Brasil – 800 ¤ Feminino 1º Edênia Garcia – Brasil – 3.500¤ 2º Jessica Long – EUA – 2.500 ¤ 3º Susan Beth Scott – EUA – 1.500¤ 4º Elisabeth Johnson – Grã-Bretanha – 1.200 ¤ 5º Joana Maria Silva – Brasil – 1.200 ¤ 6º Chantal Cavin – Suíça – 1.000 ¤ 7º Cheryl Angelelli – EUA – 1.000 ¤ 8º Daniela Gimenez – Argentina – 800 ¤ 9º Camille Cruz – Brasil – 800 ¤ 10º Cortney Jordan – Usa - 800 ¤ ranking equipe técnica 1º Brasil – 5.000 ¤ 2º EUA – 4.000 ¤ 3º Argentina – 3.000.¤ 4º África do Sul – 2.000 ¤ 5º Colômbia – 1.000 ¤ Países participantes Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, Malásia, África do Sul, Iraque e Irã Parapan 7 Hegemonia Revista Brasil Paraolímpico A hora de manter o Brasil NO TOPO Com a meta de repetir o primeiro lugar no quadro geral de medalhas conquistado nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007, o País leva seus melhores atletas nas 13 modalidades para a quarta edição da competição, em Guadalajara, no México O trabalho foi feito e tenho certeza de que nossa equipe está pronta para manter a hegemonia nas Américas Andrew Parsons, Presidente do CPB Em três edições dos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil conquistou mais de 570 medalhas e está pronto para aumentar este número. Primeiro no quadro geral do Rio 2007, o País levará seus principais nomes nas 13 modalidades para repetir o feito em Guadalajara, em novembro. COMO TUDO COMEÇOU Os Jogos Parapan-Americanos tiveram sua origem em 1967, em Winnipeg, no Canadá. Seis países se reuniram para disputar os Jogos Panamericanos para Paraplégicos, com modalidades disputadas em cadeiras de rodas. Até 1995 foram realizadas nove edições similares, para modalidades e classes específicas: Buenos Aires (Argentina), em 1969; Kingston (Jamaica), em 1971; Lima (Peru), em 1973; Cidade do México (México), em 1975; Rio de Janeiro (Brasil), em 1978; Halifax (Canadá), em 1982; Aguadillas (Porto Rico), em 1986; Caracas (Venezuela), em 1990 e Buenos Aires, em 1995. A partir de 1999, na Cidade do México, a competição ganhou o nome de Jogos Parapan-Americanos e reuniu diferentes tipos de deficiência e modalidades, sob a chancela do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC). Na primeira edição participaram aproximadamente mil atletas de 19 países, em quatro modalidades. Desde então a competição tem crescido a cada realização. Tanto que em 2003, em Mar del Plata, na Argentina, participaram 1.300 atletas de 22 países, em nove modalidades. Em sua terceira edição, no Rio 2007, os Jogos Parapan-Americanos foram coordenados pelo Comitê Organizador dos XV Jogos Panamericanos, em parceria com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), seguindo as regras estabelecidas pelo Comitê Paraolímpico das Américas (APC) e do IPC. Na ocasião, mais de 1.300 atletas de 25 países competiram em 10 modalidades. DESEMPENHO VERDE E AMARELO O Brasil conquistou ao todo 572 medalhas nas três edições dos Jogos Parapan-Americanos, sendo 255 ouros, 176 pratas e 141 bronzes. Após ficar por duas edições em segundo lugar no quadro geral de medalhas, o País garantiu a primeira posição no Rio 2007 e pretende repetir o sucesso em Guadalajara 2011. Acompanhe o crescimento do País na competição: Cidade do México 1999 – 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 92 de ouro; 55 de prata e 33 de bronze, total de 180 medalhas Mar del Plata 2003 – 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 80 de ouro; 53 de prata 31 de bronze, total de 164 medalhas Rio de Janeiro 2007 – 1º lugar no quadro geral de medalhas, com 83 de ouro; 68 de prata e 77 de bronze, um total de 228 medalhas 8 8 Parapan Revista Brasil Paraolímpico Modalidades Atletismo Modalidade em que o Brasil tem os melhores atletas cegos do mundo – Terezinha Guilhermina, Lucas Prado e Odair dos Santos –, o Atletismo tem como alguns de seus ingredientes a velocidade, a força, a resistência e a determinação. Itens que não faltam nos 40 brasileiros que estarão no México. medalhas (12 de ouro, 10 de prata e 8 de bronze), o que colocou o Brasil no terceiro lugar do quadro geral, uma posição inédita. Além disso, o Brasil já teve muitas conquistas na modalidade em Parapans e em Guadalajara a tendência é conquistar o primeiro lugar. Uma amostra do que poderá ser conferido no Parapan foi dada em janeiro deste ano, no Mundial, na Nova Zelândia. Foram 30 As provas são definidas de acordo com a deficiência dos competidores, divididas entre corridas (100m, 200m, 400m, 1.500m, 5.000m e maratona), saltos (altura, distância e triplo), lançamentos (dardo e disco) e arremesso (peso). Nas provas de pista, dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia, que corre ao seu lado ligado por uma cordinha. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Classificação F – Field (campo) Provas de campo (arremesso, lançamentos e saltos) - F11 a F13 – visuais - F20 – intelectuais - F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34 cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes) - F40 - anões - F41 a F46 – amputados les autres - F51 a F58 – Competem em cadeiras (sequelas de polimielite, lesões medulares e amputações) T – track (pista) Provas de pista (corridas de velocidade e fundo) - T11 a T13 –visuais - T20 – intelectuais - T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34 - cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes) - T41 a T46 – amputados e les autres - T51 a T54 – Competem em cadeiras (sequelas de polimielite, lesões medulares e amputações) O Brasil será representado por sete arqueiros, entre eles Diogo Souza de 18 anos. flecha fique no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma seta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda. Tiro com arco Em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos – desde Roma 1960 – o tiro com arco preservou a característica de contar com a participação tanto masculina quanto feminina. Hoje, competem arqueiros em cadeira de rodas, paralisados cerebrais, amputados e les autres. As provas são individuais e por equipe. Uma distância de 70m separa o atleta do alvo, que mede 1,22m de diâmetro. Quem acerta o centro recebe 10 pontos. Caso a No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco. Classificação Tiro com Arco em Pé (ARST/Standing): Possuem algum grau de perda de força muscular nas pernas, de coordenação ou mobilidade articular. Arqueiros nesta classe podem escolher por competir sentados numa cadeira normal com os pés no solo ou de pé. Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 1 (ARW1): Possuem deficiência nos braços e pernas (tetraplegia). Possuem alcance limitado dos movimentos, força e contro- le dos braços e pouco ou nenhum controle do tronco. As pernas não são consideradas funcionais, devido a amputações e/ou limitações semelhantes de movimento, força e controle. Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 2 (ARW2): Possuem paraplegia e mobilidade articular limitada nos membros inferiores. Estes atletas requerem uma cadeira de roda para uso diário. Parapan 9 Modalidades Revista Brasil Paraolímpico ciclismo O esporte começou a ser desenvolvido na década de 1980 por competidores com deficiência visual. A modalidade entrou para o programa oficial dos Jogos Paraolímpicos em Seul 1988, e a partir de Atlanta 1996 cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica, com a inclusão de provas de velódromo. No Parapan de Mar del Plata 2003, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro e uma prata. Competem nas provas de ciclismo atletas paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medula- res (cadeirantes), de ambos os sexos. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Ciclismo. Classificação C – cicilsmo (cycling) C1 a C5 – Atletas com grau avançado a leve de deficiência física Tandem - Para ciclistas com deficiência visual (B1, B2 e B3). A bicicleta tem dois assentos e ambos ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um atleta sem deficiência e no banco de trás o com deficiência visual. T – triciclo (tricycling) T1 e T2 – Atletas que usam bicicleta com três rodas (uma à frente e as demais nas laterais do assento) e se deslocam impulsionando as rodas com o toque das mãos. H – pedal nas mãos (handbike) H1 a H4 - Para atletas paraplégicos que utilizam bicicleta especial impulsionada com as mãos. 2008, o vôlei no Parapan leva o campeão a Londres 2012. Classificação Vôlei Sentado Criado em 1956, na Holanda, com a fusão do voleibol convencional e o sitzbal – esporte alemão que não tem a rede, praticado por pessoas com mobilidade limitada e que jogam sentadas – o Vôlei Sentado tem competidores amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora. Integrante das Paraolimpíadas desde Arnhem 1980, com o Brasil tendo participado pela primeira vez em Pequim Dividida em zonas de ataque e defesa, a quadra é menor em relação ao vôlei convencional (10x6m) e a altura da rede é 1,15m do solo no masculino e 1,05m no feminino. É permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os do outro, porém as mesmas não podem atrapalhar o jogo do adversário. O contato com o chão deve ser mantido em toda e qualquer ação, sendo permitido perdê-lo somente nos deslocamentos. Cada jogo é decidido em melhor de cinco sets, vencendo o time que marcar 25 pontos no set. Em caso de empate, ganha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie break de 15 pontos. No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Brasileira de Voleibol Paraolímpico (ABVP). O sistema de classificação funcional do vôlei sentado é dividido entre amputados e les autres. Para amputados, são nove classes básicas, considerados os seguintes critérios: AK - Acima ou através da articulação do joelho (above knee) BK - Abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcanear (below knee) AE - Acima ou através da articulação do cotovelo (above elbow) BE - Abaixo do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso (below elbow) A1: Duplo AK A2: AK Simples A3: Duplo BK A4: BK Simples A5: Duplo AE A6: AE Simples A7: Duplo BE A8: BE Simples A9: Amputações combinadas de membros inferiores e superiores Em les autres estão pessoas com alguma deficiência locomotora. Atletas das categorias amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal (paratetra-pólio) podem participar de eventos como les autres. 10 Promessa 2016 Revista Brasil Paraolímpico Vela Judô para cegos. Um esporte que, antes de a luta começar, já tem dois vencedores. Através do judô, deficientes visuais provam que o esporte tem poder de superação e que impossível é uma palavra que não deveria existir. Infraero. Patrocinadora oficial do Judô para Cegos Brasileiro. Parapan 11 Modalidades Revista Brasil Paraolímpico Halterofilismo Modalidade que se tornou paraolímpica a partir de 1964, em Tóquio, no Halterofilismo competem atletas amputados, les autres com limitações mínimas, atletas das classes de paralisia cerebral e atletas das classes de lesões na medula espinhal. O esporte passou a ter categoria feminina em Sydney 2000. Como no halterofilismo convencional, vence quem levantar o maior peso. Deitados num banco, os atletas executam o movimento conhecido como supino. A prova começa quando a barra de apoio é retirada (com ou sem ajuda do auxiliar central) deixando os braços totalmente estendidos. O atleta, então, deve flexionar os braços, descendo a barra até a altura do peito, e retornar à posição inicial. O campeão de cada categoria de peso garante vaga no Jogos Paraolímpicos de Londres. No Brasil, a modalidade é organizada pelo CPB. Classificação É a única modalidade em que os atletas são categorizados por peso corporal, como no halterofilismo convencional. Os competidores precisam ter a habilidade de estender completamente os braços com não mais de 20 graus de perda em ambos os cotovelos para realizar um movimento válido de acordo com as regras. Tênis em cadeira de rodas Judô Criado nos Estados Unidos na década de 1970, o Tênis em Cadeira de Rodas apareceu pela primeira vez nos Jogos Paraolímpicos de Barcelona 1992. Arte marcial originária do Japão, o Judô começou a ser praticado por deficientes visuais na década de 1970 e teve sua estreia nas Paraolimpíadas de Seul 1988. Somente em Atenas 2004 a modalidade passou a ter mulheres nos tatames paraolímpicos. A Seleção Brasileira em Guadalajara mescla a experiência com sangue novo. Pela primeira vez no Parapan, os jovens Natália Mayara, 17 anos, Daniel Rodrigues, 24, Rafael Gomes, 21, compõem o time que tem o medalhista paraolímpico Carlos dos Santos, o Jordan, Maurício Pomme e Rejane Cândida. O jogo segue as regras do tênis convencional e a única diferença é que a bola pode quicar duas vezes, a primeira tendo de ser nos limites da quadra. As competições se dividem em partidas individuais e de duplas, sendo vencedor aquele que vencer dois sets. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Dono da primeira medalha de ouro brasileira em Paraolimpíadas (Atlanta 1996) e tetracampeão paraolímpico, o judoca Antônio Tenório é um dos grandes nomes que representarão o Brasil no dojô (área de luta). As categorias são divididas por peso e o confronto, que dura até cinco minutos, segue a maioria das regras do judô convencional. Uma das diferenças é que os atletas têm contato entre si antes da luta começar e, caso o contato seja perdido, a luta é paralisada. No Brasil, a modalidade é administrada pela CBDV. Classificação Os atletas devem ter perda substancial ou total do movimento de uma ou duas pernas. Existe também a categoria QUAD, na qual os jogadores têm três ou mais membros afetados. Classificação B – Blind (cego): B1 Cego total – De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. B2 – Lutadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus. B3 – Os lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus. 12 Parapan Revista Brasil Paraolímpico Modalidades Bocha Modalidade que requer concentração, controle muscular e muita precisão, a Bocha paraolímpica é disputada por pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos que utilizem cadeira de rodas. A competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bola branca (jack, no Brasil conhecida como bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes. No Brasil, a bocha é organizada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes. Classificação Os jogadores podem ser divididos em quatro classes distintas: BC1: Atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido. BC2: Atletas não podem receber assistência. BC3: Para pessoas com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por um assistente, que deve permanecer na área de jogo do atleta, mas deve se manter de costas para os juízes e evitar olhar para o jogo. BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxílio. Futebol de 5 Paixão nacional, o futebol brasileiro é reconhecido e respeitado no mundo inteiro. Existem relatos de que na década de 1950, cegos jogavam futebol com latas. Entre títulos na Copa América e dois ouros em Paraolimpíadas (Atenas 2004 e Pequim 2008), o Brasil conquistou o ouro na terceira edição dos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007, primeira a incluir a modalidade. Mesmo com vaga garantida nos Jogos Paraolímpicos Londres 2012, o Brasil entrará em campo em Guadalajara na busca pelo bicampeonato. Exclusivo para cegos, os jogos ocorrem em quadra de futsal adaptada ou em campo de grama sintética. Cada time é formado por cinco jogadores – que são completamente vendados – e o goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Diferente dos estádios com a torcida gritando, as partidas de Futebol de 5 são silenciosas, em locais sem eco, para que os atletas ouçam os guizos da bola, e as orientações do chamador, que fica atrás do gol, indicando onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deportos de Deficientes Visuais (CBDV). Classificação Modalidade exclusivamente praticada por atletas da classe B1 (cegos totais) que não têm nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos; ou que têm percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. Parapan 13 Modalidades Revista Brasil Paraolímpico Natação Presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma 1960, a Natação brasileira começou a brilhar na edição de Stoke Mandeville 1984, quando conquistou sete medalhas (um ouro, cinco pratas e um bronze) e desde então não parou. Com alguns dos principais nadadores do mundo, como Daniel Dias, Andre Brasil, Edênia Garcia, Clodoaldo Silva, Adriano Lima, Joana Silva, Susana Ribeiro, Rildene Firmino, o Brasil tentará superar o resultado do Parapan Rio 2007, quando terminou em segundo lugar geral na modalidade, atrás do Canadá, mas à frente dos Estados Unidos. Foram 39 medalhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze. Na natação, competem atletas com diversos tipos de deficiência (física e vi- sual) em provas que vão dos 50m aos 400m no estilo livre, e de 50m e 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas nas categorias masculino e feminino e as baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo CPB. Classificação As classes sempre começam com a letra S (de swimming, natação em inglês) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB, breakstroke) e o medley (SM): S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 - nadadores com limitações físico-motoras S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 - nadadores com deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco) S14, SB14, SM14 - nadadores com deficiência intelectual Goalball Exclusivo do paradesporto, o Goalball foi criado em 1946, pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, com o objetivo de reabilitar veteranos da 2ª Guerra Mundial que perderam a visão e pessoas com deficiência visual. O jogo consiste em lançar a bola pelo chão com a mão, na direção do gol adversário, enquanto o oponente tenta bloqueá-la com seu corpo. A quadra tem a mesma dimensão de uma quadra de voleibol e o gol abrange toda linha de fundo (9mx1,30m). Cada equipe fica do seu lado do campo, com três jogadores cada e, no máximo, três suplentes no banco. Vendados, os jogadores são orientados através de um guizo instalado dentro da bola e, portanto, o silêncio do público durante as disputas é imprescindível. A equipe campeã no México carimba o passaporte para Londres 2012. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes Visuais (CBDV). Classificação B – Blind (cego): B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. B2 – Jogadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus. B3 – Os jogadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus. 14 14 Revista Brasil Paraolímpico Parapan Modalidades Tênis de mesa Um dos mais tradicionais esportes paraolímpicos, o Tênis de Mesa integra as Paraolimpíadas desde Roma 1960, tanto no masculino quanto no feminino. A história da modalidade no Brasil se confunde com a do CPB, pois começou com sua fundação, em 1995. No Parapan Rio 2007, o Brasil foi campeão geral da modalidade com 26 medalhas (11 de ouro, sete de prata e oito de bronze) e não quer fazer feio em Guadalajara. Serão 30 atletas que pegarão suas raquetes para defender o País, no México. O campeão de cada categoria garante vaga em Londres 2012. Participam do Tênis de Mesa atletas de ambos os sexos com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes, divididos entre atletas andantes e cadeirantes. Os jogos são individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem numa melhor de cinco sets, cada um deles disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Classificação É feita a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete. 1 a 5 – jogadores em cadeira de rodas 6 a 10 – jogadores que podem ficar em pé 11 – deficiência intelectual Basquete em cadeira de rodas Adaptado para ex-soldados do exército norte-americano feridos durante a 2ª Guerra Mundial, o Basquete em Cadeira de Rodas surgiu em 1945, nos Estados Unidos, e tornou-se um dos principais esportes paraolímpicos. O Brasil teve diversos momentos marcantes na modalidade. Um deles foi na segunda edição do Parapan, em Mar Del Plata 2003, quando a Seleção Brasileira masculina con- quistou uma vaga para as Paraolimpíadas de Atenas 2004, após 16 anos de ausência nos Jogos. No Rio, em 2007, o Brasil conquistou o 3º lugar no masculino e o 4º no feminino. O campeão garante vaga em Londres, sendo que Estados Unidos e Canadá já estão classificados. O Basquete em Cadeira de Rodas pode ser praticado por atletas de ambos os sexos que tenham alguma deficiência físico-motora, divididos em cinco classes. As cadeiras são adaptadas e padronizadas e a cada dois toques na cadeira o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete convencional. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC). Classificação Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor numa escala de 0,5 a 4,5. Para facilitar a classificação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes intermediárias: 1,5; 2,5 e 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe. Parapan 15 Calendário Revista Brasil Paraolímpico Disputas A cerimônia de abertura, que marca o início dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011, acontece no dia 12 de novembro, no Estádio Telmex de Atletismo. As competições começam no dia 13 e seguem até o dia 20. Confira o calendário de provas: JOgos Parapan-Americanos Guadalajara 2011 Programa Novembro No ESPORTE 1 LOCAL ABErtura da vila Vila Parapanamericana Inicio de CLASSIFICAÇÕES REFEITÓRIO de Atletas Ceremonia de Apertura Estádio Telmex de Atletismo Atletismo Estádio Telmex de Atletismo 2 Basquete em cadeira de rodas 3 Bocha Ginásio de Usos Múltiplos Unidad Revolución Velódromo Panamericano 5 Futebol de 5 Estádio de Hockey 6 Goalball Ginásio San Rafael 7 Judô Ginásio de Usos Múltiplos Unidad Revolución 8 Halterofilismo Foro de Halterofilia CODE Paradero 9 Natação Centro Aquático Scotiabank 10 Tênis de mesa Ginásio do CODE II 11 Tênis em cadeira de rodas Complexo Telcel de Tênis 12 Tiro com arco Estádio Panamericano de Tiro com Arco 13 Vôlei sentado Complexo Panamericano de Vôlei ÚltimO dia classificações REFEITÓRIO de Atletas encerramento Estádio Telmex de Atletismo FECHAMENTO dA Vila Vila Parapanamericana Finais Ceremônias de Abertura e Encerramento Classificação a 3 4 7 8 9 a 5 a 6 Sa Do 2a 3a 4a 5a 6a Sa Do 2a 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 22 a Estr. Domo CODE Alcalde 4 Ciclismo Competições 2 a C.R. Pista Pista Estr. SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios) Para pessoas com deficiência auditiva ou de fala: 0800 726 2492 Ouvidoria: 0800 725 7474 caixa.gov.br 16 anúncio Caixa Alan Fonteles Atleta patrocinado pelas Loterias CAIXA anúncio Caixa Quase metade do que é arrecadado pelas Loterias CAIXA é destinado a áreas sociais do nosso país, como o esporte. Em 2010, só o Comitê Paraolímpico Brasileiro recebeu mais de R$ 25 milhões. Para as Loterias CAIXA, apostar no nosso esporte é ver o Brasil inteiro tirar a sorte. 18 ParaPan Revista Brasil Paraolímpico Participantes BRASILEIROS EM GUADALAJARA Confira os nomes dos atletas que representarão o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011 Atletismo atletas Ádria Rocha dos Santos SC • Alan Fonteles Cardoso de Oliveira PA • Alex Cavalcante Mendonça SP • Ana Tércia Venâncio Soares SP • André Luíz de Oliveira SP • Andre Luiz Garcia de Andrade SP • Ariosvaldo Fernandes da Silva DF • Bruno Rodrigues Teixeira RS • Carlos José Barto da Silva MG • Claudiney Batista dos Santos SP • Cleiton Lima Pereira RN • Daniel Mendes da Silva ES • Diogo Ualisson Jeronimo da Silva RJ • Edson Cavalcante Pinheiro DF • Elizabeth Rodrigues Gomes SP • Emicarlo Elias de Souza DF • Felipe de Souza Gomes RJ • Francisco Daniel Coelho da Silva PE • Francisco Jefferson de Lima CE • Jenifer Martins dos Santos PE • Jerusa Geber dos Santos SP • Jhulia Karol dos Santos RJ • Joana Helena dos Santos Silva MG • Jonathan de Souza Santos RJ • Lucas André Ferrari SC • Lucas Prado SC • Marivana Oliveira da Nobrega RJ • Odair Ferreira dos Santos SP • Paulo Douglas Moreira de Souza SP • Paulo Flaviano Pereira DF • Roseane Ferreira dos Santos RJ • Sheila Finder SC • Shirlene Santos de Souza Coelho DF • Sirlene Aparecida Guilhemino SC • Terezinha Aparecida Guilhermina PR • Thiago Barbosa de Sousa DF • Thierb da Costa Siqueira SP • Viviane Ferreira Soares RJ • Yeltsin Francisco Ortega Jacques MS • Yohansson do Nascimento Ferreira AL • Atletismo atletas guias Carlos Antonio dos Santos SP • Cássio Henrique Damião MG • Fábio Dias de Oliveira Silva RJ • Guilherme Soares de Santana PR • Justino Barbosa dos Santos SC • Laércio Alves Martins SC • Leonardo Souza Lopes ES • Luiz Henrique Barboza da Silva SP • Luiz Rafael Krub SC • Rogério Meireles Franco SP • Samuel Souza do Nascimento SP • Atletismo comissão técnica Ciro Winckler de Oliveira Filho SP • Amaury Wagner Verissimo SC • Fabio Leandro Breda SP • João Paulo Alves Cunha SP • Raimundo Tadeu Martins Monteiro DF • Diego Henrique Gamero SP • Everaldo Braz Lucio SC • Natacha Manchado Pereira SP • Rodrigo Artese Barros SP • Rita de Cássia Montelli SP • Andressa da Silva de Mello SP • Ronnie Peterson Andrade de Sousa RN • Wellington José da Cruz RN • Jacy Castilho da Silva RJ BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS - FEMININO atletas Ana Aurélia Mendes Rosa GO • Andreia Cristina Santa Rosa Farias PA • Cíntia Mariana Lopes de Carvalho PA • Cleonete de Nazaré Santos Reis PA • Débora Cristina Guimarães da Costa PA • Lia Maria Soares Martins PA • Lucicléia da Costa e Costa PA • Mônica Fernanda Andrade Santos Silva SP • Naildes de Jesus Mafra PA • Paola Klokler SP • Rosália Ramos da Silva RJ • Vileide Brito de Almeida PA • BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS - FEMININO comissão técnica Ana Maria Fonseca Teixeira SP • Wilson Flávio da Silva Corrêa PA • Yara Helena Yule Jacobina PR • Marcelo Ferreira Romão SP • Valdir Soares de Moura Belém PA • BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS - MASCULINO atletas Anderson Carlos da Silva Ferreira SP • Erick Epaminondas da Silva SP • Heriberto Alves Roca SP • Írio Francisco Nunes RJ • José Marcos da Silva SP • José Soares da Silva PE • Leandro de Miranda SP • Luciano Felipe da Silva SP • Nilton Divino Alves Pessoa SP • Paulo César dos Santos SP • Rodrigo Arão de Carvalho SP • Wandemberg Nejaim Nascimento SP • BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS - MASCULINO comissão técnica Ana Maria Fonseca Teixeira SC • Maria de Fátima Fernandes Barbosa PE • Maria José dos Santos SP • Meire Marino SP • Fernando Claudio Lopes Sampaio PE • Pedro Dias da Costa PE Bocha atletas Clodoaldo Massardi MG • Deiverson Lenon de Oliveira SP • Eliseu dos Santos PR • Ercileide Laurina da Silva MG • Fabio Moraes Dornelles SP • José Carlos Chagas de Oliveira MG • Luiza Lisboa Reis SP • Roberta Nogueira Vilela SP • Vitor Rosa Henriques SP • Bocha calheiros Glenio Fernandes Leite MG • Ilma Nogueira de Oliveira SP • Vagner Lopes Lima SP • Bocha comissão técnica Marcia da Silva Campeão RJ • Ana Carolina Lemos Alves SP • Artur Cruz Gomes RJ • Darlan França Ciesielski PR • Janaína Pessato Jerônimo MG • Moisés Fabrício de Souza Cruz SP • Luiz Carlos de Araújo PE • Mateus dos Santos Silva SP • Nivaldo Batista Vital MG • Raquel Matias Gonzaga SP Ciclismo atletas Flaviano Eudóxio de Carvalho MG • Jady Martins Malavazzi PR • Jefferson Ricardo Spímpolo SP • João Alberto Schwindt Filho DF • Marleide Maria da Silva SP • Soelito Gohr SC • Ciclismo piloto Nelma Raizer SP • Ciclismo comissão técnica Romolo Lazzaretti DF • Claudio Villalva Civatti DF Futebol de 5 atletas Cássio Lopes dos Reis BA • Damião Robson de Souza Ramos PB • Gledson da Paixão Barros BA • Jefferson da Conceição Gonçalves BA • José Jhonson da Silva PB • Marcos José Alves Felipe PB • Marcos Rogério Pinheiro Barros MA • Ricardo Steinmetz Alves RS • Futebol de 5 goleiros Antônio Taffarel de Carvalho SP • Fábio Luis Ribeiro Vasconcelos PB • Futebol de 5 comissão técnica José Antônio Ferreira Freire PB • Ramon Pereira de Souzao RJ • Ricardo Robertes SP • Luis Felipe Castelli Correia de Campos SP • Lucas Leite Ribeiro SP • Gustavo de Castro SP Goalball - FEMININO atletas Ana Carolina Duarte Ruas Custódio RJ • Cláudia Paula Gonçalves de Amorim Oliveira MT • Gleyse Priscila Portioli de Souza PR • Jéssica de Fátima Rodrigues Alves PA • Márcia Bonfim Vieira dos Santos SP • Neusimar Clemente dos Santos ES • Goalball - FEMININO comissão técnica Artur José Squarisi de Carvalho SP • Paulo Sérgio de Miranda RJ • Diego Gonçalves Colletes SP • Goalball - MASCULINO atletas Alexsander Almeida Maciel Celente RS • Arestino Ferreira da Silva Filho RJ • Filippe Santos Silvestre RJ • José Roberto Ferreira de Oliveira PB • Leandro Moreno da Silva DF • Romário Diego Marques PB • Goalball - MASCULINO comissão técnica Artur José Squarisi de Carvalho SP • Alessandro Tosim SP • Diego Gonçalves Colletes SP • Luiz Carlos dos Santos SP HALTEROFILISMO atletas Alexandre Pereira Gouveia RJ • Alexsander Whitaker dos Santos SP • Bruno Pinheiro Carra SP • Claudemar Santin SP • Cristiano Aparecido Pacheco SP • Edilandia Rodrigues Araujo MG • José Maria Santana da Silva AM • Joseano dos Santos Felipe RN • Josenildo Alexandre da Silva RN • Josilene Alves Ferreira GO • Luiz Carlos Novaes SP • Márcia Cristina Menezes PR • Maria Luzineide Santos de Oliveira PB • Rodrigo Rosa de Carva- ParaPan 19 Participantes Revista Brasil Paraolímpico lho Marques MG • Terezinha Mulato dos Santos RN • HALTEROFILISMO comissão técnica Antônio Augusto Ferreira Junior SP • Carlos Williams Rodrigues da Silva RN • João Vieira Pereira Junior GO • Valdecir Lopes da Silva SP • Weverton Lima dos Santos MG Judô atletas Antônio Tenório da Silva SP • Arthur Cavalcante da Silva RN • Daniele Bernardes da Silva SP • Deanne Silva de Almeida MG • Giovana Pilla RS • Harlley Damião Pereira de Arruda SP • Karla Ferreira Cardoso RJ • Lúcia da Silva Teixeira SP • Magno Marques Gomes SP • Michele Aparecida Ferreira MS • Rayfran Mesquita Pontes PA • Roberto Julian Santos da Silva RJ • Wilians Silva de Araújo RJ • Judô comissão técnica Jaime Roberto Bragança SP • Alexandre de Almeida Garcia SP • Carlos Felipe Ferreira Menescal Conde RJ • Giovanna Ignácio Subirá Medina SP • Luiz Edmundo Costa MG Natação atletas Adriano Gomes de Lima RN • Alexandre da Silva Fernandes SP • Andre Brasil Esteves SP • Caio Amorim Muniz de Oliveira RJ • Camille Rodrigues Ferreira Cruz RJ • Carlos Alberto Lopes Maciel CE • Carlos Alonso Farrenberg SP • Clodoaldo Francisco da Silva RJ • Daniel de Faria Dias SP • Edênia Nogueira Garcia RN • Francisco de Assis Avelino RN • Gabriel Feiten RS • Gabriela Cantagallo SP • Genezi Alves de Andrade RN • Gutemberg de Souza Ferraz RJ • Ivanildo Alves de Vasconcelos PE • Jeferson da Silva Amaro PR • Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio RN • João Luís de Castro Almeida RJ • Letícia Lucas Ferreira MG • Maria Dayanne da Silva RN • Matheus Henrique da Silva SP • Matheus Rheine Corrêa de Sousa SC • Moisés Domingues Batista PR • Nélio Pereira de Almeida RN • Paloma Garcia Sampaio SP • Phelipe Andrews Melo Rodrigues RJ • Raquel Viel SP • Regiane Nunes Silva SP • Renato Nunes Silva SP • Roberto Alcalde Rodriguez SC • Romildo Ramos Santos GO • Ronaldo Souza Santos BA • Ronystony Cordeiro da Silva SP • Susana Schnarndorf Ribeiro RJ • Talisson Henrique Glock SC • Vanilton Antonio do Nascimento Filho GO • Verônica Mauadie de Almeida BA • William Roberto Sant’ana SP • Natação comissão técnica Murilo Moreira Barreto RJ • Marcos Rojo Prado SP • Rui Menslin PR • Carlos César da Paixão Aguiar RN • Felipe Vaz Domingues SP • José Murilo Simas Abi-Ramia RJ • Marcelo Hiroshi Sugimori SP • Maria Idalina Machado RJ • Guillermo Sanchis Gritsch CE • Paulo Adriano Schwingel PE • Renata Bezerra do Nascimento RN • Rodrigo Alberto Dispato Mendes Martins SP • Elson Batista da Silva BA • Dalila Victoria Ayala Talmasky SP • Ana Carolina Maia PR • Natacha Tássita Bomtorin de Azevedo SP TÊNIS de Mesa atletas Alexandre Lazarim Caldeira SP • Carlo Di Franco Michell BH • Carlos Alberto Carbinatti Junior SP • Chiang Ya Ming SP • Claudiomiro Segatto PR • David Andrade Freitas CE • Ecildo Lopes de Oliveira RN • Edimilson Matias Pinheiro MG • Ezequiel Babes PR • Flávio Alberto Conceição Seixas AL • Francisco Wellington Melo CE • Guilherme Marcião Costa DF • Guilherme Riggio Ifanger SP • Iranildo Conceição Espíndola Fernandes GO • Ivanildo Pessoa de Freitas SP • Jane Karla Rodrigues GO • João Fernando Martins do Nascimento Junior RO • Joyce Fernanda de Oliveira SP • Juliano Fiorentin Miranda PR • Luana Couto Silva RJ • Lucas Martins Maciel SP • Lucas Soares de Paula Gouveia SP • Luiz Henrique Medina SP • Maria Luiza Pereira Passos PR • Paulo Sergio Salmin Filho SP • Ronaldo Pinheiro Machado de Souza DF • Rosângela Azevedo Dalcin RS • Silvana Aparecida Rodrigues SC • Simone Cordeiro Vieira DF • Welder Camargo Knaf PR • Willian Gabriel Ricken Almeida PR • Iliane Faust PR • Geovani Jesus dos Santos SP • TÊNIS de Mesa comissão técnica Edir Domingos de Oliveira DF • Celso Toshimi Nakashima SC • Joachim Holger Goegel GO • José Ricardo Rizzone de Souza Vale MG • Robson Luiz Viana Barszcz PR • Paulo Ricardo Molitor CE • Luis Gustavo Claro de Amorim GO • Ana Maria Carvalho de Oliveira DF • Luciano dos Santos Possamai RS • Marco Antonio Alves de Lima SP TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS atletas Carlos Alberto Chaves dos Santos DF • Daniel Alves Rodrigues MG • Natália Mayara Azevedo da Costa DF • Maurício Pomme SP • Rejane Candida da Silva DF • TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS comissão técnica Wanderson Araujo Cavalcante DF • Josimário Ferreira de Souza GO • Leonardo Flavio de Oliveira MG TIRO COM ARCO atletas Andrey Muniz de Castro GO • Diogo Rodrigues de Souza DF • Fernado José de Oliveira Chagas ES • Francisco das Chagas Dantas RN • Julio Cesar de Oliveira SP • Luciano Reinaldo Rezende DF • Patricia Layolle RJ • TIRO COM ARCO comissão técnica Reginaldo Salles Miranda DF • Henrique Junqueira Campos GO • Reinaldo Augusto Nunes SP Vôlei Sentado atletas Carlos Augusto Barbosa RJ • Daniel Jorge da Silva PR • Deivisson Ladeira dos Santos SP • Diogo Rebouças RJ • Gilberto Lourenço da Silva SP • Giovani Eustáquio de Freitas MG • Guilherme Borrajo Faria Gomes RJ • Renato de Oliveira Leite SP • Rogério Silva Camargo dos Santos SP • Samuel Henrique Arantes MG • Wellington Platini Silva da Anunciação SP • Wescley Conceição de Oliveira RJ • Vôlei Sentado comissão técnica Rony Gorski Damaceno SP • Fernando Lajes Guimarães SP • Caio Namias SP • Pedro Henrique Alvarenga SP • Humberto Trevizani SP EQUIPE MÉDICA Adeilton Dantas Enfermeiro • Adriano Ferreira de Faria Fisioterapeuta • Agnaldo Bertucci Médico • Andrea Jucusiel Miranda Médico • Andressa da Silva de Mello Fisioterapeuta • Antonio Francisco de Araujo Médico • Djalma Carlos de Araujo Junior Médico • Elson Batista da Silva Massagista • Francisca Marques da Silva Enfermeiro • Francisco Alves Fernandes Enfermeiro • Gildson Guedes Josuá de Moura Enfermeiro • Giovanna Ignácio Subirá Medina Médico • Gustavdo de Castro Fisioterapeuta • Henrique Vital Neto Fisioterapeuta • Hesojy Gley Pereira Vital da Silva Médico • Jacy Castilho da Silva Massagista • Julio Cesar da Silva Vasquez Fisioterapeuta • Lucas Leite Ribeiro Médico • Luiz Carlos dos Santos Fisioterapeuta • Luiz Edmundo Costa Fisioterapeuta • Márcia Cristina Moura Fernandes Fisioterapeuta • Pedro Henrique Alvarenga Fisioterapeuta • Renata Bezerra do Nascimento Fisioterapeuta • Roberto Itiro Nishimura Médico • Roberto Vital Médico • Rodrigo Alberto Dispato Mendes Martins Fisioterapeuta • Rodrigo Bezerra Braga Médico • Ronnie Peterson Andrade de Sousa Fisioterapeuta • Vander Fagundes Fisioterapeuta • Wellington José da Cruz Massagista ESCRITÓRIO Antonio Fernando Partelli De Mello AO • Cristiani Maria Ribeiro Gomes AO • Edilson Alves da Rocha Chefe de Missão • Felipe Machado Costa Ernest Dias AO • Fernanda Vilas Boas Avila da Silva Atachê de Imprensa • Jonas Rodrigo Alves Ferreira Freire Sub Chefe de Missão • Luciana Scheid Atachê Paraolímpica • Manuela Bailão AO • Marcio Cleber Rufino Moreira AO • Marco Aurelio dos Santos Pereira AO • Mariana Simões Pimentel Gomes AO • Patrícia Silvestre de Freitas Classificadora Chefe • Ricardo José de Souza AO • Ricardo Silva Melo AO 20 ParaPan Revista Brasil Paraolímpico Entrevista Octavio Londoño, presidente do Comitê Paraolímpico das Américas desde 2009, aponta o Brasil como candidato ao topo do ranking no México Sucesso faz do Brasil o exemplo a ser seguido O colombiano Octavio Londoño assumiu a presidência do Comitê Paraolímpico das Américas em 2009, cargo que mantém até hoje. Antes disso foi presidente do Comitê Paraolímpico Colombiano de 2005 a 2009. Em 2007, foi eleito vice-presidente do Comitê Paraolímpico das Américas, na mesma gestão onde o atual presidente do CPB, Andrew Parsons, era presidente. Paraplégico desde 1986, quando sofreu um acidente após retornar de uma missão contra o tráfico de drogas, Octavio Londoño iniciou a sua luta em prol das pessoas com deficiência em 1990. Em Bogotá, a revista Brasil Paraolímpico conversou com Londoño, que considera o Brasil um exemplo a ser seguido e um dos potenciais candidatos ao topo do ranking dos Jogos de Guadalajara 2011. ParaPan 21 Entrevista Revista Brasil Paraolímpico O Rio de Janeiro foi um divisor de águas, até mesmo pelo fato de ter sido pioneiro na integração com o Pan. Agora espero que Guadalajara siga essa evolução, fazendo jogos tão bons ou ainda melhores. RBP // A principal competição paraolímpica das Américas reunirá 26 países do continente. Qual é a expectativa para os Jogos de Guadalajara? RBP // O Continente Americano vai sediar pela primeira vez uma Paraolimpíada, em 2016. Como avalia a escolha do Rio 2016? Octavio Londoño // Desde Octavio Londoño // Serão disputados 13 esportes, com a presença de várias Federações, Comitês e do IPC. Os critérios de classificação foram baseados em rankings, marcas mínimas e eventos classificatórios, por essa razão, naturalmente estarão presentes os melhores atletas do continente. Campeão da edição passada, o Brasil vem como um dos favoritos, ao lado de Estados Unidos, Canadá e do próprio México, anfitrião da vez. Essa evolução técnica é reflexo do próprio aprimoramento do Esporte Paraolímpico nas Américas? RBP // Octavio Londoño // Na última década o esporte evoluiu consideravelmente no continente, apesar de alguns países estarem mais desenvolvidos que outros. A América Central vai se firmando, enquanto Argentina, Canadá, México, Venezuela e Colômbia estão num processo de desenvolvimento importante. Brasil, Estados Unidos e Canadá têm mantido os bons resultados e evoluído mais. No geral, podemos ver que de 1999 a 2011 a participação de atletas nos Jogos mais que dobrou. O Rio de Janeiro foi um divisor de águas, até mesmo pelo fato de ter sido pioneiro na integração com o Pan. Agora espero que Guadalajara siga essa evolução, fazendo jogos tão bons ou ainda melhores. o início do processo de candidatura notamos um planejamento brasileiro sólido e forte. Faltam apenas cinco anos para os Jogos Rio 2016 e espero que essa edição traga mais qualificação, estabilidade, apoio dos governos e aumento no número de atletas e de medalhas para o nosso continente. Os Jogos Paraolímpicos integrados com os Olímpicos são um dos melhores legados dos últimos anos. Como disse o presidente Lula no momento da escolha: "essa é uma grande vitória não só do Brasil, mas de um país chamado América do Sul”. A escolha foi muito certa, sendo o Brasil um modelo a ser seguido por nós de toda América. O país hoje é exemplo de uma nação que está em desenvolvimento esportivo e social. tégico de desenvolvimento a curto, médio e longo prazos. Desejamos que a sociedade latinoamericana veja o esporte paraolímpico com legitimidade, admiração e respeito. RBP // Como o senhor analisa o trabalho desenvolvido no Brasil? O Brasil Paraolímpico é um país que ganha várias medalhas, mas também vai além, com atenção especial para o trabalho de base com jovens. Octavio Londoño // O O APC vem crescendo nos últimos anos. Quais os desafios futuros da entidade? RBP // Octavio Londoño // O Comitê Paraolímpico das Américas é uma organização jovem, criada em 1996. Agrupamos 26 nações e outros 16 países que ainda não tem Comitê próprio. Estamos trabalhando de maneira que esses 42 países tenham segurança, reconhecimento legal e institucional ante os governos, sociedade e comitês olímpicos. Nosso compromisso é para que os atletas tenham uma boa preparação, além de traçar um plano estra- Brasil é considerado um exemplo a ser seguido. Sou um grande admirador do CPB, que atualmente tem um grande reconhecimento não só aqui na América do Sul, mas no mundo todo por seu modelo político e administrativo eficaz. O Brasil Paraolímpico é um país que ganha várias medalhas, mas também vai além, com atenção especial para o trabalho educativo e de base com jovens, além de uma comunicação consolidada nas redes sociais e na imprensa. O Comitê tem se mostrado uma empresa forte, com um presidente líder no Movimento Internacional, que representa muito bem a América do Sul no IPC. 22 Escolar Revista Brasil Paraolímpico Paraolimpíadas De olho no Futuro Maior competição de estudantes com deficiência no mundo, Paraolimpíadas escolares reúnem cerca de mil atletas de 23 estados e do Distrito Federal em São Paulo Foram três dias de muito suor e demonstrações de força, coragem e determinação. As Paraolimpíadas Escolares 2011 reuniram entre os dias 28 e 30 de agosto, cerca de mil competidores de 23 estados mais o Distrito Federal, em quadras, piscina e tatame de São Paulo (SP), em sua terceira edição. Um show de novos talentos e muitas vitórias. O estado anfitrião foi o grande campeão, com 61 pontos (classificação final) e 160 medalhas, em seguida veio o Rio de Janeiro, com 60 pontos, e Minas Gerais em terceiro, com 45,5 pontos. Para o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, as Paraolimpíadas Escolares 2011 foram um sucesso. "Além da descoberta de novos talentos, com potencial para representarem o Brasil em grandes competições, como os Jogos Paraolímpicos Rio 2016, o evento au- mentou em número de atletas, estados participantes e nível técnico. Isso prova que estamos no caminho certo", ressaltou Parsons. Um dos momentos marcantes foi a cerimônia de abertura que sacudiu o Anhembi Parque ao som da Banda América – composta por músicos com deficiência visual. O Mestre de cerimônia foi o bicampeão mundial de paracanoagem e ex-BBB, Fernando Fernandes. Ele elogiou a estrutura da competição e afirmou ter ficado surpreso com o grande número de jovens atletas. "O esporte sempre esteve presente em minha vida, mesmo antes do acidente (2009). É muito motivador ver crianças e adolescentes engajados e animados para participar de uma competição tão grande", disse o canoísta, que ressaltou estar crescendo no esporte junto com a modalidade no Brasil, que ainda é nova e entrará no programa de provas dos Jogos Paraolímpicos a partir do Rio 2016. Além da presença de autoridades e de grandes nomes do paradesporto brasileiro, foi lançado no evento o selo personalizado e o carimbo comemorativo em celebração dos 30 anos do Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD), criados pelo cartunista Ricardo Ferraz. A pira Paraolímpica foi acesa pelos medalhistas paraolímpicos Clodoaldo Silva, da natação, e Antônio Tenório, do judô. Além deles, o nadador Andre Brasil e a velocista Terezinha Guilhermina marcaram presença. O fim da cerimônia de abertura foi marcado pela apresentação da nova mascote das Paraolimpíadas Escolares: um robô muito divertido dançou e interagiu com os atletas. Escolar 23 Paraolimpíadas Revista Brasil Paraolímpico Em disputa acirrada, São Paulo supera o Rio de Janeiro por apenas um ponto e fica com o título da competição As provas aconteceram em três locais diferentes: Clube Espéria (Futebol de 5, Goalball, Tênis em Cadeira de Rodas e Futebol de 7), Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa - COTP (Atletismo e Natação) e Anhembi Parque (Bocha, Vôlei Sentado e Tênis de Mesa). • São Paulo vence Rio de Janeiro no Goalball - O destaque no Goalball foi a seleção feminina da Paraíba, que terminou a competição invicta. No masculino, A torcida paulista compareceu em peso para dar força ao time de casa e deu certo. São Paulo venceu o Rio de Janeiro por 13x2. • Pará é bicampeão no Vôlei - A quadra de vôlei sentado do Parque Anhembi lotou de torcedores, que vibraram ponto a ponto acompanhando a finalíssima, entre Pará e São Paulo. As equipes disputaram o ouro em uma partida eletrizante. São Paulo até tentou impedir o Pará, mas a força física e a técnica dos paraenses garantiram o bicampeonato da competição, com o placar de 2x0 (25/23 e 25/18). Empolgados, os atletas gritavam “Bicampeão”, enquanto mergulhavam em quadra com o já tradicional “peixinho” da vitória. O bronze da modalidade ficou com o Rio de Janeiro, que venceu a equipe mista de Goiás e Alagoas, por 2 sets a 0. “A competição foi maravilhosa. Houve um crescimento de 50% no número total de estados participantes. Foram oito regiões que apresentaram o seu melhor voleibol em busca do título. O Pará mostrou sua força e conquistou o bicampeonato. A participação feminina quase dobrou, o que é fundamental para a evolução do esporte”, avaliou o coordenador da modalidade, Marcelo Micheletto. nas 15 anos, convocada para os Jogos Parapan Americanos de Guadalajara. “O nível técnico tem subido ano a ano. Muitos atletas que estiveram aqui estarão em 2016. O principal dessa competição é a construção de um legado, é a mudança de consciência. Queremos levar isso para o maior número de pessoas deficientes e criar, cada vez mais, uma cultura do esporte paraolímpico”, comentou Ciro. • Tênis em Cadeira de Rodas esquenta as quadras - Os tenistas deram prova de resistência e talento nas quadras do Clube Espéria. O calor e o sol forte não desanimaram os atletas. Na categoria A, o destaque foi o goiano Pedro Fernandes, e na B os mineiros dominaram: Glycon Gomes, seguido por Márcio Santos e Meirycoll Silva. • "O número de competidores aumentou neste ano e pudemos notar que os atletas que competiram no ano passado vieram com nível técnico melhor. As escolinhas de tênis pelo Brasil e os atletas estão mais motivados, graças à competição", ressaltou o coordenador técnico nacional da modalidade, Wanderson Cavalcante. • São Paulo vence na pista - O resultado no Atletismo foi apertado. São Paulo levou a melhor com uma diferença de apenas quatro pontos sobre o Rio de Janeiro. Santa Catarina fechou a participação em terceiro. Para o coordenador técnico nacional da modalidade, Ciro Winckler, o resultado foi bastante positivo. Destaque para Viviane Farias, carioca, de ape- • Força paulista no Tênis de Mesa - Os paulistas mostraram sua reconhecida eficiência no Tênis de Mesa. O estado conquistou seis medalhas de ouro, num total de 14 classes. Destaque para Mylena Cordeiro e Jennyfer Parino, campeãs de suas classes, com apresentação de jogadas técnicas e de velocidade. 24 Escolar Revista Brasil Paraolímpico Paraolimpíadas • Outro estado que mostrou ascensão foi Pernambuco. A estréia dos pernambucanos na modalidade foi marcada pela medalha de ouro de José (até 57kg), ambos de 15 anos, ganharam duas medalhas de ouro cada. Eles venceram os adversários de suas categorias e ainda levaram a melhor na disputa com a categoria acima. De quebra, os amigos de tatame ganharam o prêmio de melhor atleta. O mesmo aconteceu com o portiguar Abner de Oliveira, 16. Com apenas um ano e meio de treinos e competições, ele foi eleito o melhor no peso até 66kg. "Foi minha primeira Paraolimpíada. Estou muito animado com meu resultado. Agora quero treinar bastante e já sonho competir na Rio 2016", garantiu o jovem judoca, que venceu duas lutas por ippons, o golpe perfeito, um com apenas cinco segundos e outro, com 20. Souza e pelo bronze de Mayra Silva. “A competição cresceu em mais de 30% se considerarmos a edição passada. As partidas foram mais disputadas, resultado das seletivas feitas nos estados”, avaliou o coordenador da modalidade, Osmar Barbosa. Minas Gerais ficou na cola da delegação paulista e conquistou o 2º lugar no quadro geral. Rio de Janeiro fechou o pódio geral da modalidade. • Ídolo do judô visita garotada - O dojô (área de luta) ficou movimentado com a visita de Antonio Tenório, na manhã do dia 28. Os atletas se inspiraram com a presença do medalhista paraolímpico e chamaram a atenção dos mais experientes. A equipe do Mato Grosso do Sul fez bonito. Nathan Relíquias (até 81kg) e Pâmela Mathias encontro de talentos é essencial para a modalidade. A Bocha é muito inclusiva, exige raciocínio, e ver tantos atletas a descobrindo nos deixa satisfeitos”, avaliou coordenador da modalidade, Erinaldo das Chagas, o Piti. • Rio conquista o bicampeonato no Fut 7 – O Rio de Janeiro venceu Mato Grosso do Sul, na última partida do Futebol de 7, por 5x2 de virada. A equipe fluminense reagiu quando o placar estava 2x0 e fez cinco gols, conquistando o segundo título na competição. O Distrito Federal ficou com o bronze. • Minas Gerais conquista o segundo título no Fut 5 - Campeões no Futebol de 5, os mineiros vibraram com a conquista do bicampeonato. Após terem Enquanto alguns comemoram a primei ra medalha, outros de despedem das Paraolimpíadas Escolares. Matheus Ro dri gues, 18, fechou sua participação nos Jogos com o pódio. O atleta de Poá, uma das cidades mais pobres de São Paulo, voltará para casa com sensação de dever cumprido: medalha de ouro nas três edições que disputou. • Disputas na Bocha acirradas - O estado de Santa Catarina foi o grande campeão da Bocha Paraolímpica. Com quatro ouros e duas pratas, os catarinenses dominaram a modalidade. Mato Grosso do Sul ficou com a prata, após conquistar dois ouros e um bronze, seguido pelo Rio de Janeiro, que ganhou um ouro, duas pratas e dois bronzes. Um dos destaques da competição foi o capixaba Mateus Costa. Estreante na competição, o garoto, de apenas 15 anos, foi o responsável pelo único bronze da delegação do Espírito Santo. “É uma alegria imensa ver tantos atletas novos surgindo. Alguns deles estrearam e já conquistaram medalhas. Esse uma excelente trajetória na edição de 2011, Juliano Costa e Hawdrey Nobre se despediram das Paraolimpíadas Escolares, por conta da idade. Artilheiro da competição Juliano Costa, 19 anos, elogiou as Paraolimpíadas Escolares. "O Escolar está cada ano mais forte. Antes a competição era considerada fácil e hoje as equipes já treinam especificamente para ela. Foi uma competição muito especial para nós. Eu competi desde 2004, quando ainda nem era Paraolimpíada Escolar. Disputava no atletismo e em 2010 e neste ano no Fut 5, comentou o atleta. mento", comentou o coordenador técnico nacional da Natação, Murilo Barreto. Maior competição do planeta para atletas com deficiência em fase estudantil, as Paraolimpíadas Escolares foram or- Escolar 25 Paraolimpíadas Revista Brasil Paraolímpico ganizadas pelo CPB; o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência; e a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. • Paulistas dão show na piscina - São Paulo foi o grande campeão da Natação. O estado terminou em primeiro lugar com folga. Santa Catarina encerrou a participação em segundo, com o Rio de Janeiro ficando em terceiro lugar. A modalidade recebeu quase 180 nadadores de 21 estados. "O evento foi um sucesso e a competição tem crescido a cada ano. Temos acompanhado os atletas que participam do Escolar e alguns já integram a Seleção Brasileira. Aqui é o primeiro passo para quem busca o alto rendi- PÓDIO DAS MODALIDADES atletismo 1º São Paulo 2º Santa Catarina 3º Rio de Janeiro bocha 1º Santa Catarina 2º Mato Grosso do Sul 3º Rio de Janeiro judô 1º Rio de Janeiro 2º Mato Grosso do Sul 3º São Paulo 3º Pará futebol de 5 1º Minas Gerais 2º Rio de Janeiro 3º Maranhão futebol de 7 1º Rio de Janeiro 2º Mato Grosso do Sul 3º Distrito Federal goalball 1º São Paulo 2º Minas Gerais 3º Paraíba natação 1º São Paulo 2º Santa Catarina 3º Rio de Janeiro tênis de mesa 1º São Paulo 2º Minas Gerais 3º Rio de Janeiro tênis em cadeira de rodas 1º Minas Gerais 2º Goiás 3º Rio de Janeiro vôlei sentado 1º Pará 2º São Paulo 3º Rio de Janeiro CLASSIFICAÇÃO FINAL 1º são paulo - 61 pontos - 160 medalhas (96 ouros, 43 pratas e 21 bronzes) 2º rio de janeiro - 60 pontos - 121 medalhas (56 ouros, 44 pratas e 21 bronzes) 3º minas gerais - 45,5 pontos - 98 medalhas (46 ouros, 31 pratas e 21 bronzes) 4º santa catarina - 31 pontos - 107 medalhas (38 ouros, 34 pratas e 35 bronzes) 5º mato grosso do sul - 22 pontos - 33 medalhas (20 ouros, 7 pratas e 6 bronzes) 6º pará - 17 pontos - 62 medalhas (34 ouros, 16 pratas e 12 bronzes) 7º goiás - 8,5 pontos - 27 medalhas (15 ouros, 10 pratas e 2 bronzes) 8º distrito federal - 7 pontos - 28 medalhas (13 ouros, 10 pratas e 5 bronzes) 9º maranhão - 5 pontos - 13 medalhas (6 ouros, 3 pratas e 4 bronzes) 9º paraíba - 5 pontos - 18 medalhas (8 ouros, 6 pratas e 4 bronzes) 9º paraná - 5 pontos - 72 medalhas (34 ouros, 16 pratas e 22 bronzes) 12º rio grande do norte - 3 pontos - 26 medalhas (16 ouros, 6 pratas e 4bronzes) 12º rondônia - 3 pontos - 18 medalhas (6 ouros, 5 pratas e 7 bronzes) 14º bahia - 2 pontos - 7 medalhas (1 ouro, 2 pratas e 4 bronzes) 14º espírito santo - 2 pontos - 28 medalhas (10 ouros, 8 pratas e 10 bronzes) 16º alagoas - 1,5 ponto - 20 medalhas (9 ouros, 5 pratas e 6 bronzes) 16º rio grande do sul - 1,5 ponto - 27 medalhas (16 ouros, 8 pratas e 3 bronzes) 18º pernambuco - 1 ponto - 18 medalhas (8 ouros, 7 pratas e 3 bronzes) 18º sergipe - 1 ponto - 54 medalhas (7 ouros, 11 pratas e 36 bronzes) 20º acre - 0 ponto - 41 medalhas (14 ouros, 10 pratas e 7 bronzes) 20º amazonas - 0 ponto - 27 medalhas (21 ouros, 4 pratas e 2 bronzes) 20º ceará - 0 ponto - 32 medalhas (13 ouros, 11 pratas e 8 bronzes) 20º mato grosso - 0 ponto - 3 medalhas - (1 ouro e 2 pratas) 20º piauí - 0 ponto - 6 medalhas (1 prata e 5 bronzes) 26 Escolar Revista Brasil Paraolímpico Paraolimpíadas Escolar 27 Paraolimpíadas Revista Brasil Paraolímpico 28 Notícias Notícias Revista Brasil Paraolímpico BRASIL VOLTA DA ITÁLIA COM SETE MEDALHAS CONQUISTA INÉDITA NO VÕLEI FEMININO O Brasil voltou da 3ª edição dos Jogos Globais da INAS, a Federação Internacional de Esportes para Atletas com Deficiência Intelectual, com sete medalhas na bagagem: um ouro, três pratas e três bronzes. Além disso, a equipe de tênis de mesa teve participação histórica, chegando às quartas-de-final, pela primeira vez entre as oito melhores do mundo. Mais de 700 atletas de 35 países participaram dos Jogos entre 24 de setembro e 4 de outubro, em provas de atletismo, basquete, ciclismo, futsal, natação, remo, tênis e tênis de mesa. Apesar da derrota na final para os Estados Unidos, o Parapan-Americano Feminino de Vôlei Sentado teve sabor de conquista para o Brasil, com a inédita classificação para as Paraolimpíadas de Londres 2012. O feito histórico foi garantido na vitória de 3 a 0 sobre o Canadá, na semifinal. Na decisão do ouro, no ginásio do Clube de Campo de Mogi das Cruzes, em São Paulo, as americanas erraram muito pouco e foram superiores nos três sets, fazendo 25 a 13, 25 a 12 e 25 a 15. Na disputa pelo terceiro lugar, o Canadá ganhou da Colômbia, também por 3 a 0. OURO E RECORDE MUNDIAL NO LANÇAMENTO DE DARDO TRÊS CAVALEIROS OBTÊM VAGA nA QUALIFICATÓRIA PARaOLÍMPICA Com um arremesso de 56,98m, Rafael de Sena bateu o recorde mundial no lançamento de dardo e conquistou a única medalha de ouro do Brasil nos Jogos Globais da INAS. O atletismo trouxe mais duas medalhas: Wagner Pereira da Silva garantiu o bronze nos 400m e a equipe do revezamento 4x400m ganhou a prata. No basquete, o masculino perdeu a final para a Venezuela por 70 a 49, e o feminino ficou em terceiro lugar, mesma colocação do futsal. Na natação, Gutemberg Ferraz conquistou uma prata nos 50m livre. Davi Mesquita, Sérgio Oliva e Vera Mazzilli foram os grandes campeões da Copa Brasil de Adestramento Paraequestre, dias 15 e 16 de outubro, em Brasília. Além de conquistar o campeonato, o trio do Distrito Federal conseguiu percentual acima de 64% nas provas, garantindo vaga na Seleção Brasileira que disputará competição qualificatória para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012, em janeiro, em Saint Marti de Vell, Espanha. Notícias 29 Revista Brasil Paraolímpico Caira CAMPEão no FUTEBOL DE 7 SEMANA GUGA KUERTEN EM SC ICB É TRI NA COPA BRASIL O Caira (MS) conquistou o título da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 7 (para Paralisados Cerebrais), disputado em Valença, no Rio de Janeiro, ao vencer a Andef (RJ) por 3 a 2, após superar o Cemdef (MS) pelo mesmo placar na semifinal. Na divisão de acesso, o Botafogo/Superar (RJ) aplicou goleadas em Tradef (DF) e Socel (RJ), nos dois últimos jogos, para garantir o título e o ingresso na primeira divisão: 18 a 0 e 6 a 0. A Socel, apesar da derrota na final, também conseguiu o acesso para a elite nacional. O tricampeão de Roland Garros prestigiou as finais do torneio de cadeirantes da Semana Guga Kuerten 2011, parte da série de eventos realizados pelo tenista em Florianópolis (SC). Guga ressaltou a superação dos participantes e se disse emocionado com a lição de vida dos atletas. “Cada um carrega uma história bonita de superação de vida, isso é muito legal pra servir de exemplo para as crianças também”. O brasileiro Daniel Rodrigues, que estará no Parapan de Guadalajara (MEX), perdeu a final para o argentino Agustín Ledesma (6/7, 6/0, 6/2). A zaga do CEDEMAC (MA) bem que tentou frear o melhor jogador do mundo no Futebol de 5 para Cegos, mas Jeferson Gonçalves – o Jefinho – marcou os dois gols da vitória de 2 a 1 do ICB, que deu ao time baiano o tricampeonato na Copa Brasil Série A 2011. A competição reuniu 12 equipes de nove estados e do DF, entre 4 e 9 de outubro, em João Pessoa, na Paraíba. O terceiro lugar ficou com o time de Campina Grande APADEVI (PB), que suou para vencer a ADEVIBEL (MG) por 1 a 0. DIA NACIONAL DE LUTA SUCESSO DE PÚBLICO! bronze inédito para o rugby No dia 21 de setembro foi celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. No país, cerca de 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência e lutam por seus direitos. Este ano, o governo federal aproveitou a oportunidade e, por meio de seu quadro representativo, prestou homenagem ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), que não mede esforços para promover a conscientização e o desenvolvimento através do esporte. Mais de 116 mil pessoas se inscreveram na primeira etapa de compra dos ingressos para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012, que ocorreu de 9 a 26 de setembro. Na segunda fase, os eventos que tiveram mais inscrições do que o número disponível de tickets, caso das cerimônias de abertura e encerramento, terão sorteio para definir quem fica com os ingressos.“Estamos encantados com a grande procura e queremos agradecer ao público britânico. O amor do Reino Unido pelo esporte e o apoio ao Movimento Paraolímpico mostram como o povo britânico acolheu os Jogos”, disse o executivo-chefe dos Jogos, Paul Deighton. Após cinco partidas, os atletas do Rugby em Cadeira de Rodas do Brasil hastearam a bandeira do país no pódio do Panamericano da modalidade, disputado em Bogotá, na Colômbia. A Seleção conquistou o bronze em setembro, após derrotar o México por 69 a 31 em uma exibição irretocável. Somada às vitórias frente Argentina e Colômbia, o Brasil ficou atrás apenas das potências Estados Unidos e Canadá. Com o resultado, o Brasil assumiu o primeiro lugar do ranking sulamericano. 30 Revista Brasil Paraolímpico Presidente Andrew Parsons Coordenação Media Guide Comunicação Vice- Presidente Mizael Conrado Jornalista Responsável Diogo Mourão MTB 19142/RJ Vice-Presidente Administrativo Luiz Claudio Pereira Edição e Textos Ananda Rope Janaína Lazzaretti Fernanda villas Boas Superintendente Administrativo, Finanças , Contabilidade e Eventos Carlos José Vieira de Souza Diretoria Técnica Edilson Alves da Rocha Gerência de Marketing Frederico L. Motta Conselho Fiscal José Afonso da Costa Hélio dos Santos Roberto Carlos Emilio Picello Redação e Revisão Fernando Ewerton Estagiário Rodrigo Antonelli Imagens Exemplus Comunicação Projeto gráfico e diagramação Inventum design Impressão Gráfica Santa Marta Turma da Mônica Brasil Paraolímpico é uma publicação bimestral do Comitê Paraolímpico Brasileiro e esta edição teve 3.500 exemplares impressos em outubro de 2011. Endereço Sede CPB SBN Qd- 2- Bl. F- Lt. 12 Ed. Via Capital – 14º andar Brasília/DF – CEP: 70040-020 Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023 www.cpb.org.br www.twitter.com/cpboficial www.youtube.com/cpboficial www.facebook.com/comiteparaolimpico Painel do Leitor Compartilhe com a equipe de imprensa do CPB dúvidas, sugestões ou críticas. Este espaço é reservado para você, leitor. Contate-nos por meio de cartas pelo endereço: SBN, Quadra 02, Bloco F, ED. Via Capital, 14º andar. Brasília, DF, Brasil. Cep: 70.040-020. Se preferir, mande email: [email protected].