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O que você vai estudar
neste capítulo
A opinião que vem
da aldeia
Você se considera uma pessoa educada? E quanto às pessoas que
nunca frequentaram a escola: Você acha que elas podem ser consideradas educadas? O que é educar e ser educado, afinal? Alguma vez
você já parou para pensar sobre isso?
O conceito de educação não se restringe ao universo da escola
e nem precisa ser visto apenas de uma perspectiva. Neste capítulo,
como ponto de partida para pensar essas questões, você vai ler um
artigo de opinião do escritor Daniel Munduruku, que fala sobre o
modo de educar dos povos indígenas. Vamos ver o que esse modelo
de educação tem a nos ensinar!
Antes da leitura
Leia a seguir duas tiras. A primeira é da personagem Mafalda,
criada pelo quadrinista argentino Quino. A segunda é da personagem
Calvin e seu tigre de estimação, Haroldo, criados pelo estadunidense
Bill Watterson. Após ler as tiras, responda oralmente às perguntas.
Joaquín Salvador Lavado (QUINO) Toda Mafalda –
Martins Fontes 1993
Artigo de opinião
‚‚ Elementos‚que‚conferem‚
credibilidade‚ao‚autor
‚‚ Apresentação‚de‚argumento
Educação
‚‚ A‚importância‚da‚educação‚
para‚o‚ser‚humano‚
‚‚ Educação‚indígena‚ׂeducacão‚
para‚o‚índio
Reflexões gramaticais
‚‚ O‚uso‚de‚orações‚predicativas‚
para‚apresentar‚conceitos
‚‚ O‚uso‚da‚voz‚passiva‚e‚a‚
clareza
‚‚ Afirmações‚categóricas
Artigo de opinião
Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1988 Watterson/Dist. by
Universal Uclick
Mafalda, de Quino.
Calvin, de Bill Watterson.
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1.‚ As‚questões‚a‚seguir‚são‚sobre‚a‚tira‚de‚Mafalda.‚
a)‚ Observe‚a‚pergunta‚de‚Mafalda‚no‚primeiro‚quadrinho‚da‚tira.‚Alguma‚vez‚você‚já‚se‚perguntou‚a‚mesma‚coisa?‚Que‚resposta‚você‚daria‚a‚essa‚questão?
b)‚ Por‚que‚Mafalda,‚no‚último‚quadrinho,‚diz‚a‚sua‚mãe‚que‚ela‚tem‚senso‚de‚humor?‚
‚ Observe‚a‚reação‚de‚Mafalda‚no‚terceiro‚quadrinho.‚Caso‚você‚não‚conheça‚muito‚bem‚essa‚personagem,‚é‚importante‚saber‚que‚ela‚tem‚uma‚visão‚bastante‚crítica‚sobre‚o‚mundo.‚
2.‚ Agora,‚responda‚às‚questões‚sobre‚a‚tira‚de‚Calvin.
Airon/ID/BR
a)‚ Com‚o‚que‚Calvin‚está‚revoltado?
b)‚ Explique‚por‚que‚o‚comentário‚de‚Calvin‚no‚último‚quadrinho‚produz‚um‚efeito‚de‚humor.‚
c)‚ Alguma‚vez‚você‚já‚se‚sentiu‚como‚Calvin?‚Em‚caso‚positivo,‚fale‚sobre‚essa‚experiência‚para‚os‚colegas.‚
Durante a leitura
Neste capítulo, você vai ler um artigo de opinião escrito por Daniel Munduruku.
Durante a leitura, deve observar a maneira como ele desenvolve cada um dos aspectos relacionados ao tema do artigo. Fique atento para não perder o fio da meada!
O fio da meada
O texto “A milenar arte de educar dos povos indígenas”, de Daniel Munduruku,
foi dividido em cinco partes, de acordo com o aspecto do tema que é desenvolvido.
Sua tarefa, neste momento, é relacionar cada um desses aspectos, descritos a seguir
nos tópicos de A a E, à parte do texto em que ele é abordado. Assim, você vai perceber como o autor estruturou o texto e organizou os seus argumentos.
A.‚As‚ideias‚centrais‚que‚orientam‚a‚educação‚indígena.‚
B.‚Conclusão‚sobre‚a‚importância‚e‚a‚validade‚da‚educação‚tradicional‚indígena.‚
C.‚‚Observações‚gerais‚sobre‚a‚educação‚e‚sobre‚a‚sua‚importância‚para‚o‚ser‚humano.‚
D.‚‚Descrição‚do‚modo‚como‚se‚dá‚a‚transmissão‚dos‚conhecimentos‚nas‚sociedades‚
indígenas‚tradicionais.‚
E.‚‚Retomada‚ das‚ observações‚ gerais‚ sobre‚ a‚ educação,‚ com‚ base‚ nas‚ informações‚
sobre‚a‚educação‚tradicional‚indígena.‚
Daniel Monteiro Costa (Daniel Munduruku – Derpó Munduruku) nasceu
em Belém do Pará em 1964. É graduado em Filosofia, tem licenciatura em
História e é doutor em Educação. Já trabalhou com menores abandonados,
atuou como repórter e foi coordenador de um jornal de nome Guaypacaré.
Deu aulas de Filosofia e de Religião. Publicou 42 livros e recebeu diversos
prêmios no Brasil e no exterior. Visite o blog Mundurukando para saber
mais sobre seus projetos, seus livros, seus vídeos, suas fotos, suas entrevistas, as recentes discussões sobre os povos indígenas, etc. O texto que
você vai ler foi retirado desse blog. Disponível em: <http://danielmunduruku.
blogspot.com>. Acesso em: 30 mar. 2012.
Rogerio Albuquerque/Editora Abril
É importante saber
O escritor Daniel Munduruku.
Fotografia de 2001.
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Na web
Leitura
Os Munduruku são um
povo de tradição guerreira
que vive nos estados
do Amazonas, do Mato
Grosso e do Pará. Segundo
a Funasa, em 2010, a
população munduruku era
de 11 630 indivíduos. Eles
também são conhecidos
por dois outros nomes:
Maytapu e Cara preta.
Sua língua vem da família
linguística munduruku,
que vem do tronco Tupi.
Essas e muitas outras
informações sobre os
Munduruku podem ser
obtidas por meio do
verbete “Munduruku”, no
site Povos Indígenas no
Brasil. No menu lateral
direito, há links para
dados sobre o nome e
a língua desse povo,
localização e população,
organização social,
aspectos culturais,
fotografias e outros.
Disponível em: <http://
pib.socioambiental.org/pt/
povo/munduruku/796>.
Acesso em: 30 mar. 2012.
A milenar arte de educar dos povos indígenas
Parte 1
Educar é dar sentido. É dar sentido ao nosso estar no mundo. Nossos corpos precisam desse sentido para se realizar plenamente. Mas também nossos corpos são vazios de imagens e elas precisam fazer parte da nossa mente
para que possamos dar respostas ao que se nos apresenta diuturnamente
como desafios da existência. É por isso que não basta dar alimento apenas
ao corpo, é preciso também alimentar a alma, o espírito. Sem comida o corpo
enfraquece e sem sentido é a alma que se entrega ao vazio da existência.
Parte 2
A educação tradicional entre os povos indígenas se preocupa com esta
tríplice necessidade: do corpo, da mente e do espírito. É uma preocupação
que entende o corpo como algo prenhe de necessidades para poder se
manter vivo.
pib.socioambiental.org
Airon/ID/BR
Esta visão de educação é sustentada pela ideia de que cada ser humano
precisa viver intensamente seu momento. A criança indígena é, então, provocada para ser radicalmente criança. Não se pergunta nunca a ela o que
pretende ser quando crescer. Ela sabe que nada será se não viver plenamente
seu ser infantil. Nada será porque já é. Não precisará esperar crescer para
ser alguém. Para ela é apresentado o desafio de viver plenamente seu ser infantil para que depois, quando estiver vivendo outra fase da vida, não se sinta
vazia de infância. A ela são oferecidas atividades educativas para que aprenda
enquanto brinca e brinque enquanto aprende num processo contínuo que irá
fazê-la perceber que tudo faz parte de uma grande teia que se une ao infinito.
Reprodução da imagem
do verbete "Munduruku"
no site Povos Indígenas
no Brasil.
Parte 3
Num mesmo movimento ela vai sendo introduzida no universo espiritual.
Embalada pelas histórias contadas pelos velhos da aldeia, a criança e o jovem
passam a perceber que em seu corpo moram os sentidos da existência. Este
sentido é oferecido pela memória ancestral concentrada nos velhos contadores de histórias. São eles que atualizam o passado e o fazem se encontrar com
o presente mostrando à comunidade a presença do saber imemorial capaz de
dar sentido ao estar no mundo.
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Parte 4
Educar é, portanto, envolver. É revelar. É significar. É mostrar os sentidos
da existência. É dar presente. E não acaba quando a pessoa se “forma”. Não
existe formatura. Quem vive o presente está sempre em processo.
É por isso que a criança será sempre criança. Plenamente criança. Essa é
a garantia de que o jovem será jovem no seu momento. O homem adulto viverá sua fase de vida sem saudades da infância, pois ele a viveu plenamente.
O mesmo diga-se dos velhos. O que cada um traz dentro de si é a alegria e as
dores que viveram em cada momento. Isso não se apaga de dentro deles, mas
é o que os mantém ligados ao agora.
Parte 5
Resumo da ópera: A educação tradicional indígena tem dado certo. As
pessoas se sentem completas quando percebem que a completude só é possível num contexto social, coletivo. Cada fase por que passa um indígena
– desde a mais tenra idade – alimenta um olhar para o todo, pois o conhecimento que aprendem e vivem é um saber holístico que não se desdobra em
mil especialidades, mas compreende o humano como uma unidade integrada a um Todo maior e Único.
Olhar os povos indígenas brasileiros a partir de uma visão rasa de produção, de consumo, de riqueza e pobreza é, no mínimo, esvaziar os sentidos que
buscam para si.
Pense nisso.
Airon/ID/BR
Xipat Oboré (Tudo de Bom!)
Na estante
No livro Histórias de
índio (Companhia das
Letrinhas, 1996), Daniel
Munduruku contesta a
ideia de que o índígena
é preguiçoso. Ele
argumenta que essa
noção, na verdade,
foi construída pelo
colonizador europeu, que
tentou explorar o trabalho
dos povos indígenas. E
mostra, também, algumas
diferenças entre o modo
como esses povos veem
o trabalho e a concepção
mais comum entre as
chamadas sociedades
ocidentais: Entre os
indígenas não há grande
especialização no
trabalho, ao contrário do
que acontece entre os não
índígenas, e as atividades
visam sobretudo ao
sustento, não ao acúmulo
de riquezas.
Companhia das Letrinhas/ID/BR
Este processo todo é alimentado por rituais que lembram o passado para
significar o presente. São movimentos corpóreos embalados por cantos e
danças repetidos muitas vezes com o objetivo de “manter o céu suspenso”.
A dança lembra a necessidade de sermos gratos aos espíritos criadores; conta que precisamos de sentidos para viver dignamente; ordena a existência.
Cada grupo de idade ritualiza a seu modo. Cada um se sente responsável
pelo todo, pela unidade, pela continuidade social.
\12_f_0007_
UVP9_000_LA\
Iconografia: Capa
do livro Histórias
de índio, de Daniel
Munduruku. São
Paulo, Companhia das
Letrinhas, 1996. \
Capa do livro Histórias
de índio, de Daniel
Munduruku.
Daniel Munduruku. Disponível em: <http://danielmunduruku.blogspot.com/2010/04/milenar-arte-de-educar-dospovos.html>. Acesso em: 15 mar. 2012.
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Depois da leitura
Responda às atividades a seguir em seu caderno.
A reconstrução dos sentidos do texto
1.‚ Observe‚os‚trechos‚a‚seguir,‚retirados‚do‚texto.‚Para‚cada‚um,‚escreva‚no‚caderno‚a‚
alternativa‚que‚apresenta‚o‚sentido‚mais‚próximo‚ao‚do(s)‚termo(s)‚destacado(s).
I. “Mas também nossos corpos são vazios de imagens e elas precisam fazer parte da
nossa mente para que possamos dar respostas ao que se nos apresenta diuturnamente como desafios da existência.”
a)‚ De‚forma‚passageira‚
b)‚ Durante‚as‚manhãs
c)‚ De‚forma‚constante
II. “É uma preocupação que entende o corpo como algo prenhe de necessidades para
poder se manter vivo.”
a)‚ Pobre‚
b)‚ Repleto‚
c)‚ Suficiente
III. “São eles que atualizam o passado e o fazem se encontrar com o presente mostrando à comunidade a presença do saber imemorial capaz de dar sentido ao
estar no mundo.”
IV. “Cada fase por que passa um indígena – desde a
mais tenra idade – alimenta um olhar para o todo
[...].”
a)‚ Desde‚a‚adolescência‚
b)‚ Desde‚a‚infância‚
c)‚ Desde‚a‚maturidade
Airon/ID/BR
a)‚ De‚um‚saber‚muito‚desejado‚por‚todos‚em‚uma‚comunidade
b)‚ De‚um‚saber‚cuja‚origem‚não‚se‚conhece
c)‚ De‚um‚saber‚tão‚antigo‚que‚precisa‚ser‚retomado‚
V. “[...] o conhecimento que aprendem e
vivem é um saber holístico que não se
desdobra em mil especialidades [...].”
a)‚ Científico‚
b)‚ Especializado
c)‚ Integrado
2.‚ Para‚o‚autor,‚por‚que‚a‚educação‚é‚importante?‚
3.‚ Qual‚é‚a‚preocupação‚básica‚da‚educação‚indígena?
4.‚ Na‚educação‚indígena,‚qual‚é‚a‚relação‚entre‚o‚brincar‚e‚o‚aprender?
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5.‚ O‚autor‚afirma‚que‚não‚se‚pergunta‚a‚uma‚criança‚indígena‚o‚que‚ela‚“pretende‚ser‚
quando‚crescer”,‚diferentemente‚do‚que‚acontece‚em‚sociedades‚não‚indígenas.‚O‚
que‚explica‚essa‚diferença?
6.‚ Ao‚ defender‚ a‚ educação‚ tradicional‚ indígena,‚ Daniel‚ Munduruku‚ só‚ não‚ apresenta‚
como‚argumento:
a)‚ A‚educação‚indígena‚favorece‚que‚a‚pessoa‚viva‚plenamente‚cada‚fase‚da‚vida.‚
b)‚ A‚educação‚indígena‚faz‚com‚que‚as‚pessoas‚se‚sintam‚completas‚e‚como‚parte‚de‚
um‚todo‚maior.
c)‚ A‚educação‚indígena‚consiste‚basicamente‚no‚cumprimento‚de‚rituais.‚
7.‚ Releia‚o‚boxe‚É importante saber‚(página‚211).‚Em‚sua‚opinião,‚que‚informações‚do‚
boxe‚conferem‚credibilidade‚ao‚texto‚de‚Daniel‚Munduruku?
8.‚ Releia‚o‚título‚do‚artigo‚de‚Daniel‚Munduruku.
“A milenar arte de educar dos povos indígenas”
‚
A‚ s‚palavras‚milenar‚e‚arte‚ajudam‚a‚construir‚uma‚imagem‚positiva‚da‚educação‚
indígena.‚Por‚quê?
9.‚ Releia‚o‚penúltimo‚parágrafo.
“Olhar os povos indígenas brasileiros a partir de uma visão rasa de produção, de
consumo, de riqueza e pobreza é, no mínimo, esvaziar os sentidos que buscam para si.”
a)‚ A‚que‚o‚autor‚se‚refere‚quando‚menciona‚uma‚“visão‚rasa‚de‚produção,‚de‚consumo,‚
de‚riqueza‚e‚de‚pobreza”?
Airon/ID/BR
‚ Releia‚o‚boxe‚Na estante‚da‚página‚213‚para‚responder.
b)‚ Qual‚é‚a‚importância‚desse‚trecho‚para‚a‚compreensão‚global‚do‚texto?
c)‚ O‚texto‚se‚encerra‚com‚um‚convite‚aos‚leitores‚para‚que‚pensem‚sobre‚o‚que‚
foi‚dito‚no‚fragmento‚em‚destaque.‚Então,‚o‚que‚você‚pensa‚sobre‚isso?
10.‚Agora,‚leia‚o‚fragmento‚de‚um‚artigo‚científico‚da‚antropóloga‚Marina‚Kahn.
O fato é que não existe Educação Indígena que caiba num modelo de escola. O que se vem fazendo é, sim, uma Educação para o Índio,
pois todos os programas desenvolvidos no sentido de se implementar um
processo de ensino e aprendizagem entre grupos indígenas têm como
parâmetro – seja para reproduzir, seja para contestar – a escola formal.
Marina Kahn. Educação indígena versus educação para índios: sim, a discussão deve continuar... Disponível em:
<http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/954/859>. Acesso em: 15 mar. 2012.
Neste‚fragmento,‚Marina‚Kahn‚contrapõe‚“educação‚indígena”‚a‚“educação‚para‚o‚
índio”.‚Qual‚dos‚dois‚modelos‚Daniel‚Munduruku‚defende‚em‚seu‚texto?‚Explique.
11.‚Volte‚às‚tiras‚da‚seção‚Antes da leitura‚da‚página‚210.
a)‚ Relacione‚a‚tira‚de‚Mafalda‚e‚o‚texto‚de‚Daniel‚Munduruku.
b)‚ Se‚ Calvin‚ vivesse‚ em‚ uma‚ comunidade‚ indígena,‚ ele‚ teria‚ os‚ mesmos‚ motivos‚
para‚se‚chatear?‚Explique.‚
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A gramática na reconstrução dos sentidos do texto
1.‚ Releia.
I. “Educar é dar sentido. É dar sentido ao nosso estar no mundo.”
II. “Educar é, portanto, envolver. É revelar. É significar. É mostrar os
sentidos da existência. É dar presente.”
Airon/ID/BR
ID/BR
a)‚ Todas‚ as‚ orações,‚ nos‚ dois‚ trechos,‚ apresentam‚ como‚ sujeito‚ o‚
verbo‚educar.‚Qual‚das‚palavras‚a‚seguir‚poderia‚substituí-la‚sem‚
prejuízo‚de‚sentido?‚Copie‚a‚opção‚correta‚no‚caderno.
Opção 1
Educação
Opção 2
Educadamente
Opção 3
Educado
b)‚ Sua‚resposta‚à‚atividade‚anterior‚comprova‚que‚as‚formas‚nominais‚
do‚verbo‚desempenham,‚em‚um‚enunciado,‚função‚semelhante‚à‚
de‚um‚substantivo.‚Como‚é‚classificada‚a‚forma‚nominal‚dar?
c)‚ Em‚“Educar‚é‚dar sentido”,‚qual‚é‚o‚papel‚da‚oração‚destacada?
d)‚ Que‚função‚sintática‚ela‚desempenha?
e)‚ Como‚essa‚oração‚pode‚ser‚classificada?
‚ Em‚sua‚resposta,‚considere:‚a‚função‚sintática‚exercida‚pela‚oração;‚a‚classe‚de‚palavras‚que,‚em‚geral,‚exerce‚essa‚função;‚e‚o‚fato‚de‚que‚orações‚
subordinadas‚podem‚ser‚reduzidas.
f)‚ Identifique,‚ nos‚ dois‚ trechos,‚ outras‚ orações‚ que‚ podem‚ ser‚
classificadas‚da‚mesma‚forma.‚
ARQUIVO
As‚orações‚que‚exercem‚função‚sintática‚de‚predicativo‚são‚classificadas‚como‚orações subordinadas substantivas predicativas.‚Quando‚não‚apresentam‚a‚conjunção‚que‚
de‚forma‚explícita‚e‚se‚estruturam‚em‚torno‚da‚forma‚nominal‚do‚verbo‚no‚infinitivo,‚são‚
chamadas‚de‚orações subordinadas substantivas predicativas reduzidas de infinitivo.
2.‚ Como‚ você‚ observou‚ na‚ atividade‚ 1,‚ o‚ artigo‚ de‚ Daniel‚ Munduruku‚
Mais gramática
Ao longo do volume,
você aprendeu sobre
muitos tipos de orações
subordinadas, mas há
outras. Para conhecê-las,
faça as atividades das
páginas 263 e 265.
apresenta‚ um‚ número‚ significativo‚ de‚ orações‚ subordinadas‚ substantivas‚predicativas.
a)‚ Como‚ podemos‚ relacionar‚ a‚ presença‚ numerosa‚ dessas‚ orações‚à‚finalidade‚do‚artigo?
b)‚ Qual‚é‚o‚efeito‚de‚sentido‚decorrente‚da‚opção‚do‚autor‚pelas‚orações‚reduzidas?‚Explique.
3.‚ Releia‚os‚trechos‚da‚atividade‚1.
a)‚ Descreva‚a‚estrutura‚dos‚períodos‚que‚compõem‚os‚dois‚trechos.
b)‚ Que‚efeito‚de‚sentido‚se‚obtém‚com‚essa‚maneira‚de‚estruturar‚os‚
períodos?
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4.‚ Releia.
I. “Esta visão de educação é sustentada pela ideia de que cada ser
humano precisa viver intensamente seu momento.”
II. “Este sentido é oferecido pela memória ancestral concentrada nos velhos contadores de histórias.”
Airon/ID/BR
III. “Este processo todo é alimentado por rituais que lembram o
passado para significar o presente.”
a)‚ Copie‚os‚trechos‚no‚caderno‚e‚sublinhe‚o‚sujeito‚de‚cada‚uma‚das‚
locuções‚verbais‚destacadas.‚
b)‚ Os‚sujeitos‚identificados‚na‚atividade‚4a:‚
x‚ são‚agentes‚do‚processo‚verbal.
x‚ são‚objetos‚do‚processo‚verbal.‚‚
c)‚ As‚locuções‚verbais‚destacadas‚apresentam‚uma‚mesma‚estrutura‚sintática.‚Descreva-a.‚
d)‚ Observe‚uma‚possível‚reescrita‚do‚trecho‚I.‚
A‚ideia‚de‚que‚cada‚ser‚humano‚precisa‚viver‚intensamente‚seu‚
momento‚sustenta‚esta‚visão‚de‚educação.
Realize‚o‚mesmo‚procedimento‚com‚os‚trechos‚II‚e‚III.
e)‚ Identifique,‚na‚reescrita‚dos‚três‚trechos,‚os‚termos‚que‚funcionam‚como‚sujeito‚dos‚verbos‚sustenta,‚oferece‚e‚alimentam.
f)‚ Esses‚termos,‚nos‚trechos‚reescritos:
x‚ são‚agentes‚do‚processo‚verbal.
x‚ são‚objetos‚do‚processo‚verbal.
ARQUIVO
As‚orações‚podem‚apresentar‚diferentes‚vozes verbais.‚As‚orações‚estruturadas‚em‚
torno‚do‚verbo‚ser‚+‚verbo‚principal‚no‚particípio‚estão‚na‚voz passiva.‚Em‚geral,‚elas‚
indicam‚que‚o‚sujeito‚recebe‚o‚efeito‚do‚processo‚verbal.‚A‚voz‚passiva‚pode‚ser‚formada‚também‚pelos‚verbos‚estar‚e‚ficar.‚Orações‚que‚não‚apresentam‚essa‚estrutura‚
estão‚na‚voz ativa.‚Em‚geral,‚elas‚indicam‚que‚o‚sujeito‚é‚o‚agente‚do‚processo‚verbal.
Mais gramática
“Aluga-se casas” ou
“alugam-se casas”? O uso
da chamada voz passiva
sintética costuma induzir
ao erro de concordância.
Faça as atividades da
página 250 para aprender
a regra.
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5.‚ Retome‚os‚sujeitos‚identificados‚na‚atividade‚4a.
a)‚ Eles‚introduzem‚uma‚informação‚nova‚ou‚retomam‚algo‚já‚dito?
b)‚ Observe‚ os‚ trechos‚ analisados‚ na‚ atividade‚ 4,‚ escritos‚ em‚ voz‚
passiva,‚e‚compare-os‚às‚versões‚reescritas‚na‚voz‚ativa.
I. “Esta visão de educação é sustentada pela ideia de que cada
ser humano precisa viver intensamente seu momento.”
II. “Este sentido é oferecido pela memória ancestral concentrada
nos velhos contadores de histórias.”
III. “Este processo todo é alimentado por rituais que lembram o
passado para significar o presente.”
‚ I.‚ A‚ideia‚de‚que‚cada‚ser‚humano‚precisa‚viver‚intensamente‚seu‚
momento‚sustenta‚esta‚visão‚de‚educação.
‚ II.‚ A‚memória‚ancestral‚concentrada‚nos‚velhos‚contadores‚de‚histórias‚oferece‚este‚sentido.
‚III.‚ Os‚rituais‚que‚lembram‚o‚passado‚para‚significar‚o‚presente‚alimentam‚este‚processo‚todo.
Levante‚uma‚hipótese‚para‚explicar‚por‚que‚o‚autor‚optou‚pelo‚uso‚da‚
voz‚passiva.‚
‚ Releia‚os‚parágrafos‚3,‚4‚e‚5‚do‚texto,‚substituindo‚os‚trechos‚que‚estão‚na‚
voz‚passiva‚pelas‚versões‚reescritas‚acima.‚Veja‚que‚diferenças‚você‚observa‚
quanto‚ao‚grau‚de‚dificuldade‚de‚compreensão‚do‚texto‚em‚cada‚caso.
6.‚ Releia.
I. “Nossos corpos precisam desse sentido para se realizar plenamente.”
II. “Não se pergunta nunca a ela o que pretende ser quando crescer.
Ela sabe que nada será se não viver plenamente seu ser infantil.
Nada será porque já é.”
III. “Não existe formatura. Quem vive o presente está sempre em
processo.”
Airon/ID/BR
IV. “É por isso que a criança será sempre criança. Plenamente criança.”
a)‚‚Os‚trechos‚destacados‚apresentam‚uma‚linguagem:‚
x‚ cheia‚de‚certezas,‚com‚uso‚de‚afirmações‚categóricas.‚‚
x‚ cheia‚de‚dúvidas,‚com‚indicação‚de‚suposições‚e‚hipóteses.
b)‚‚Aponte‚algumas‚marcas‚linguísticas‚que‚comprovem‚sua‚resposta‚anterior.‚
c)‚‚Que‚efeito‚se‚produz‚com‚o‚uso‚dessa‚linguagem‚no‚artigo‚de‚Daniel‚Munduruku?‚
d)‚‚O‚que‚autoriza‚Daniel‚Munduruku‚a‚utilizar‚esse‚tipo‚de‚linguagem‚
em‚seu‚texto?‚
‚ Para‚responder‚à‚questão,‚leve‚em‚conta‚o‚que‚você‚já‚sabe‚sobre‚as‚origens‚e‚
a‚formação‚do‚autor.‚
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Avalie o que você aprendeu
Leia o texto do educador, escritor e psicanalista Rubem Alves
para fazer as atividades.
Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato,
foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito
o que estava acontecendo, ainda não haviam completado dez
anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era
culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora
sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os
dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada
um fazendo a infelicidade do outro.
Vocês dirão que felizmente esse costume nunca existiu entre nós: obrigar crianças
que nada sabem a entrar por caminhos nos quais terão de andar pelo resto da vida é
coisa muito cruel e... burra! [...]
Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior
do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita,
os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. “Tomar uma decisão para o resto da minha vida, meu pai!
Não posso agora!”, e o pai e a mãe perdem o sono, pensando que há algo errado com o
menino ou a menina, e invocam o auxílio de psicólogos para ajudar...
Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o
nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter.
Do mesmo jeito, não: a situação é muito mais grave. Porque casar e descasar são
coisas que se resolvem rápido. Às vezes, antes de se descasar de uma ou de um, a pessoa
já está com uma outra ou um outro. Mas com a profissão não tem jeito de fazer assim.
Para casar, basta amar.
Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo para crescer.
A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições
de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o
resto da vida, mesmo sem saber.
Saber que a gente gosta disso e gosta daquilo é fácil. O difícil é saber qual, dentre
todas, é aquela de que a gente gosta supremamente. Pois, por causa dela, todas as outras
terão de ser abandonadas. A isso se dá o nome de “vocação”; que vem do latim, vocare,
que quer dizer “chamar”. É um chamado, que vem de dentro da gente, o sentimento de
que existe alguma coisa bela, bonita e verdadeira à qual a gente deseja entregar a vida.
[...]
Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar
a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave.
Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de ideia. Eu mudei de ideia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo.
Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois?
[...]
Assim, não se aflija. A vida é uma ciranda com muitos começos.
Coloque lá a profissão que você julgar a mais de acordo com o seu coração, sabendo
que nada é definitivo. Nem o casamento. Nem a profissão. Nem a própria vida...
Marcos Guilherme/ID/BR
Muito cedo para decidir
Rubem Alves. Estórias de quem gosta de ensinar: o fim dos vestibulares. Campinas: Papirus, 2000. p. 35-40.
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Na web
1.‚ Que‚ideias‚são‚defendidas‚no‚texto?
Rubem Alves é doutor
em Teologia, foi professor
de Filosofia na Unicamp
e tem uma lista extensa
de livros publicados, com
artigos sobre educação
e teologia, crônicas e
literatura infantil. Em
seu site, organizado em
seções, os textos em geral
expressam um ponto
de vista contestador
em relação à educação
tradicional e a algumas
tendências da sociedade
de hoje, que privilegia o
crescimento econômico e
as inovações tecnológicas
em prejuízo das coisas
mais simples da vida
e de valores ligados à
reflexão e ao crescimento
espiritual. Para conhecer
mais sobre o escritor,
visite A casa de Rubem
Alves. Disponível em:
<http://www.rubemalves.
com.br>. Acesso em: 16
mar. 2012.
2.‚ Releia‚o‚terceiro‚e‚o‚nono‚parágrafos‚do‚artigo‚de‚Rubem‚Alves.‚
a)‚ Assim‚como‚o‚artigo‚de‚opinião‚de‚Daniel‚Munduruku,‚esses‚parágrafos‚ apresentam‚ uma‚ linguagem‚ cheia‚ de‚ certeza,‚ com‚ afirmações‚categóricas.‚Identifique,‚em‚cada‚parágrafo,‚uma‚marca‚
linguística‚que‚confirme‚isso.
b)‚ Relacione‚o‚uso‚dessa‚linguagem‚à‚finalidade‚do‚artigo‚de‚opinião‚
de‚Rubem‚Alves.
3.‚ O‚artigo‚de‚Rubem‚Alves‚não‚apresenta‚grande‚número‚de‚orações‚
subordinadas‚predicativas.‚Isso‚não‚significa,‚no‚entanto,‚que‚não‚há‚
apresentação‚de‚conceitos.‚Retire‚do‚texto‚um‚exemplo‚que‚comprove‚essa‚afirmação.
4.‚ Releia‚um‚trecho‚do‚artigo‚de‚Daniel‚Munduruku.
“Educar é, portanto, envolver. É revelar. É significar. É mostrar os
sentidos da existência. É dar presente. E não acaba quando a pessoa
se ‘forma’. Não existe formatura. Quem vive o presente está sempre
em processo.
É por isso que a criança será sempre criança. Plenamente criança. Essa é a garantia de que o jovem será jovem no seu momento. O
homem adulto viverá sua fase de vida sem saudades da infância,
pois ele a viveu plenamente. O mesmo diga-se dos velhos.”
As‚ideias‚de‚Munduruku‚presentes‚nesse‚trecho‚se‚aproximam‚ou‚se‚
distanciam‚das‚de‚Rubem‚Alves?‚Justifique.
PARA tIRAR cONcLUsões
www.rubemalves.com.br
Chegou o momento de sintetizar o aprendizado do capítulo.
Página inicial do site de
Rubem Alves.
1.‚ Escreva‚no‚caderno:‚“O‚que‚aprendemos‚no‚capítulo‚12”.
2.‚ Copie‚ no‚ caderno‚ as‚ alternativas‚ que‚ apresentam‚ informações‚
verdadeiras.‚Faça‚alterações‚nas‚falsas‚para‚que‚elas‚se‚tornem‚
corretas‚e‚copie-as‚também.
a)‚ Orações‚subordinadas‚substantivas‚predicativas‚são‚recorrentes‚em‚textos‚que‚apresentam‚conceitos‚e‚definições.
b)‚ As‚ orações‚ subordinadas‚ substantivas‚ predicativas‚ são‚ usadas‚para‚qualificar‚o‚sujeito‚da‚oração‚principal.
c)‚ O‚predicado‚nominal‚formado‚por‚oração‚subordinada‚substantiva‚
predicativa‚deve‚vir‚sempre‚separado‚de‚seu‚sujeito‚por‚ponto-final.
d)‚ O‚sujeito‚é‚sempre‚o‚agente‚do‚processo‚verbal.
e)‚ O‚uso‚da‚voz‚passiva‚deve‚ser‚evitado,‚porque‚torna‚a‚linguagem‚do‚artigo‚de‚opinião‚mais‚confusa.
f)‚ As‚afirmações‚categóricas‚têm‚mais‚chances‚de‚convencer‚o‚
leitor‚de‚um‚artigo‚de‚opinião‚quando‚o‚autor‚do‚texto‚é‚uma‚
autoridade‚no‚assunto‚tratado.
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Oficina de textos
Qual é o gênero?
Se você fosse convidado pela revista Viração a defender a ideia de que precisamos viver plenamente
cada fase da vida, você escreveria:
a) um artigo de opinião.
b) uma reportagem.
c) uma resenha.
d) uma notícia.
Apresentação da situação
Imagine se as nossas crianças pudessem viver plenamente sua infância, sem
ocupar boa parte do seu tempo com a preparação para a vida adulta? Se os nossos
idosos tivessem seus direitos garantidos e fossem, de fato, respeitados pelos mais
jovens? Imagine se a busca pela eterna juventude não fosse um valor da nossa sociedade e pudéssemos envelhecer de forma digna, contribuindo com a experiência
adquirida ao longo dos anos? Sua missão é tentar convencer as pessoas de que, se
adotássemos alguns dos ensinamentos da educação indígena defendidos por Daniel
Munduruku, nossa sociedade poderia ser melhor!
ID/BR
Definição do projeto de comunicação
Gênero
Tema
Objetivo da produção final
Leitores
Produção
Artigo‚de‚opinião
Defesa‚de‚que‚a‚criança,‚o‚jovem,‚o‚adulto‚e‚o‚idoso,‚na‚nossa‚sociedade,‚
devem‚ter‚o‚direito‚de‚viver‚plenamente‚a‚fase‚em‚que‚estão
Escrever‚um‚artigo‚de‚opinião‚para‚ser‚publicado‚na‚revista‚Viração
Leitores‚jovens‚interessados‚em‚propostas‚que‚possam‚transformar,‚de‚
modo‚positivo,‚nossa‚sociedade
Individual‚
Para começar a se preparar para produzir seu artigo de opinião, leia os textos a seguir. Identifique, em cada um deles, trechos que podem servir de argumentos favoráveis e argumentos contrários à sua tese. Faça a atividade tendo um objetivo
em mente: pensar como os princípios da educação indígena
poderiam ajudar a transformar, para melhor, alguns dos fatos
apresentados. Mas atenção, não vale copiar!
Airon/ID/BR
Preparação de conteúdos
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Leitura
Texto 1
Resgatar o respeito aos velhos
Olhar para os idosos não como um estorvo, mas como pessoas com quem nós podemos
aprender muitas coisas. Eis o desafio nesta época de alta tecnologia e grandes e rápidas mudanças.
Nos últimos 50 anos temos vivido uma fase de rápidas e importantes transformações na
nossa vida prática graças aos significativos avanços da ciência e da tecnologia. Ao menos em
seus aspectos externos, o mundo está muito diferente do que era até o início deste século. Esses progressos práticos trouxeram vários problemas para as pessoas mais velhas. O primeiro
é o surgimento mais claro de uma tendência conservadora que todos temos. Pessoas de mais
idade não veem com bons olhos as novidades: ou não se adaptam a elas, ou o fazem muito
lentamente. Afinal de contas, viveram tantas décadas sem um dado equipamento que não
o acham tão necessário. Eu mesmo, que ainda não estou tão velho, tenho grande resistência
aos novos equipamentos eletrônicos.
Mas a consequência mais grave desse avanço rápido foi a ideia de que as pessoas mais
velhas não podem acompanhá-lo, nem mesmo do ponto de vista intelectual. Há uns vinte
anos atendi uma senhora de idade. Ela me olhou e disse: “Que bom que o senhor é jovem.
Não gosto de médicos mais velhos porque estão desatualizados”. Ou seja, os próprios idosos
passaram a achar que a luz e sabedoria estavam todas com os jovens. Isso trouxe vários
desdobramentos, todos eles negativos, do meu ponto de vista. Os jovens passaram a se achar
muito sábios. Perderam a capacidade de ser “discípulos” porque não tinham mais condições de ver os mais
velhos como “mestres”. Não estavam – e não
estão – preparados para isso nem intelectualmente, nem emocionalmente. Um jovem deveria ter alguém mais velho com quem se
aconselhar, até para aliviar o peso da responsabilidade que recai sobre suas costas.
Airon/ID/BR
O subproduto mais grave disso foi a
tendência de relegarmos as pessoas mais
idosas para um papel menor, desprezível mesmo. Nossos velhos passaram a
ser vistos como um fardo a ser carregado, como pessoas inúteis e chatas. Afinal
de contas, não sabem nem mesmo como
é bom navegar na internet! Estão fora da
realidade. Não têm nada a nos ensinar. Assim, perderam o direito de ser tratados com
o respeito e a reverência que eram dedicados aos
idosos em outros tempos.
Naquela época, eles eram os detentores de um saber que todos os moços queriam ter.
Conheciam mais da vida, tinham experimentado e sofrido mais. Conheciam ofícios manuais e intelectuais que só se aprendiam convivendo com os que tinham mais experiência.
Eram respeitados, tratados por senhor e senhora; os filhos e netos lhes beijavam a mão e
pediam a bênção. Esse tratamento diferenciado e reverente dava sentido e importância
para este período dificílimo da vida. O velho tem que conviver com as doenças e suas dores. Tem que conviver com a ideia da morte se aproximando. Tem que assistir à própria
decadência física e, às vezes, intelectual. O respeito e a admiração dos mais novos eram um
pequeno alimento para a vaidade das pessoas nessa fase – vaidade abalada por todos esses
fatores inerentes à idade. A verdade é que a velhice sem essas pequenas honrarias se torna
bastante [...] triste e dolorosa.
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Acho que hoje já podemos fazer uma avaliação crítica dos tempos modernos. Já podemos
dar o devido peso ao progresso técnico e às vantagens que ele nos trouxe. Já sabemos que as
belas máquinas não resolvem nossas questões íntimas mais importantes. Já sabemos que
as vivências e a experiência acumuladas ao longo das décadas valem mais do que elas. Já
podemos, pois, voltar a olhar para as pessoas mais velhas não como um estorvo e sim como
criaturas com quem podemos aprender muitas coisas. Se isso acontecer, penso que os idosos
também tenderão a voltar a valorizar sua condição e sua experiência. Sim, porque, hoje, muitos velhos só pensam em como conseguir manter a aparência típica da mocidade. Vão atrás
de cirurgias plásticas de todo o tipo [...] para adiar o máximo possível a chegada dessa fase da
vida, que deveria ser rica em reflexões e filosofia e livre de disputas e competições.
Flávio Gikovate. Resgatar o respeito aos velhos. Disponível em: <http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=5658>. Acesso
em: 15 mar. 2012.
Texto 2
A procura quadruplicou em cinco anos, o que merece a atenção
para as motivações e as consequências da intervenção nessa fase
da vida
Airon/ID/BR
cirurgia plástica em adolescentes
O número de cirurgias plásticas vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos e, com isso, a presença do adolescente também
ficou mais constante nos consultórios médicos, sendo necessário dar
mais atenção às suas motivações, seus problemas e as consequências
das plásticas nessa pessoa. Em 2000, cinco entre 100 pacientes que
procuravam meu consultório tinham de 6 a 16 anos. Este ano o
número saltou para 22 entre 100 pacientes.
[...]
Todos nós, principalmente aqueles que têm filhos, sabemos
que o adolescente está em constante mudança, e que a sua vontade por uma plástica hoje pode não ser a mesma amanhã,
podendo não aceitar os resultados conseguidos.
Determinar os efeitos da plástica em um organismo em
desenvolvimento não é muito fácil, mas hoje essas condutas
estão mais padronizadas. Mesmo assim, o problema principal
é o aspecto psicológico do adolescente, que deve ser bem analisado para conseguir boa indicação para a cirurgia, de maneira que
seus anseios sejam atingidos e os resultados fiquem dentro de sua
expectativa.
Quando se chega à conclusão de que o problema em si está dificultando o relacionamento em seu grupo social e, se possível, apoiado por educadores e psicólogos, então a cirurgia é
realizada.
Se a cirurgia plástica normalmente influencia a vida de quem a procura, as alterações no
adolescente são muito mais perceptíveis, e, em geral, contribuem para o seu desenvolvimento
psicossocial. Normalmente no primeiro curativo são notadas sensíveis alterações como postura corporal e fala mais espontânea.
[...]
Ainda sim, com todos os benefícios, devemos lembrar que os riscos inerentes à cirurgia,
anestesia, internação em ambiente hospitalar, medicamentos e outros fatores sempre irão
existir, e se nossa geração, que passou pela adolescência há 20, 30 anos, resolveu suas “neuras” sem recorrer a cirurgias, por que os adolescentes de hoje também não podem resolvê-las
da mesma maneira? Essa questão fica em aberto.
Hans Arteaga. Cirurgia plástica em adolescentes. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoegente/320/saude/index.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012.
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Texto 3
Nascidas para se maquiar
Elas ainda não passaram da 1a série. Mas não vivem sem batom,
salto alto, roupa de grife e cabeleireiro
Airon/ID/BR
A carioca Bettina Maciel é fã de música estrangeira: aprecia as bandas
Black Eyed Peas e Rolling Stones e sabe letras e coreografias de Britney
Spears e Beyoncé. Usa vestido curtinho ou calça jeans (marca Diesel, de
preferência) com sandália de salto, intercalados com conjunto de moleton e tênis All Star, este um visual inspirado no filme americano High
School Musical, sobre adolescentes que querem se sair bem em um espetáculo musical da escola. Quando sai de casa, não deixa de pôr na bolsa
brilho para os lábios, óculos escuros e escova de cabelo. Antes de dormir,
Bettina toma mamadeira, compreensível para um adorável toquinho
de gente que ainda não fez 4 anos – o aniversário é em dezembro e ela
quer uma câmera digital ou um iPod. “A Bettina foi uma surpresa. Tenho um filho mais velho que eu sempre vesti do jeito que queria. Mas ela
mostrou opinião própria muito cedo”, conforma-se a mãe, a empresária
Daniela Maia, de quem, piscou o olho, a menina toma emprestados sapatos de salto e batom. Pois é: por mais que os pais fiquem de cabelo em
pé com a precocidade acelerada (embora mamãe seja, na maioria das vezes, a fonte inspiradora, e papai babe de orgulho de sua bonequinha), as
meninas estão exibindo traços de adolescente cada vez mais cedo, num
movimento incontrolável estimulado pela televisão e cultivado pela interação nos grupos que frequentam. Mesmo que estes ainda estejam
na esfera do jardim de infância ou do prezinho.
Nesse mundo de vaidades e interesses precoces, garotinhas que mal abandonaram a chupeta levam a mãe junto quando vão comprar roupas só porque não dirigem e não têm cartão
de crédito. No mais, sabem tudo sobre marcas, modelos e cores. “Não gosto quando vejo alguém
com a roupa ou o corte de cabelo igual ao meu. As meninas me copiam muito”, declara Nicole
Ayer, 7 anos, que, de tanto rodopiar na frente do espelho de sua loja preferida, foi convidada
a subir na passarela da marca. “Fiquei desfilando para a minha avó, para treinar”, diz Nicole,
que no recreio da escola costuma se transmutar em Nicole Kidman (“Minha amiga é Gisele
Bundchen, a outra é Ana Hickmann”) e vez por outra manifesta o desejo de fazer regime, porque “às vezes me acho uma baleia”. A mãe, Ana Júlia, não deixa, nem vê nenhuma necessidade.
“Eu é que fico falando que estou acima do peso, e ela repete”, diz. Insatisfação com a imagem
nessa idade, se for uma queixa constante, evidentemente pode virar problema sério, alerta a
psicóloga Isabel Kahn Marin, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. [...]
Cuidados com o visual requerem, evidentemente, idas frequentes ao salão de beleza,
onde menininhas que antes acompanhavam a mamãe e, se bem comportadas, ganhavam
uma leve camada de esmalte incolor agora têm hora marcada e conhecem as manicures
pelo nome. Quando precisa ir ao cabeleireiro com pressa, a bancária Cristine dos Santos, 41
anos, alega que vai ao supermercado. Senão, já sabe: tem de levar junto a filha Ana Luiza,
5, que costuma ir de quinze em quinze dias, mas acha pouco. Ocasionalmente, ela faz o pé,
hidratação, chapinha no cabelo; mas fixo mesmo só a mão e “uma escova básica”. “Eu não
sou de me maquiar muito. No dia a dia, uso só batom”, informa Ana Luiza, que no Natal
passado pediu e ganhou um estojo completo de maquiagem. Anseia por mais. “Eu queria já
ser adolescente para poder ver filmes de amor, fazer chapinha sempre e pintar meu cabelo
de vermelho, como o da Roberta”, suspira. Roberta, para quem não vive no planeta muito
jovem, é uma das integrantes do RBD, grupo musical que faz parte do enredo da novela mexicana Rebelde e acabou ganhando vida própria por causa do tremendo sucesso alcançado
entre o público infantil [...].
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[...] A pergunta inevitável de pais um pouco menos condescendentes
é se suas filhinhas não estão “perdendo a infância” com comportamentos
precoces. “A vaidade só é prejudicial se virar exagero, se a criança deixar de
brincar para não estragar a roupa ou a maquiagem”, diz a psicóloga Isabel
Kahn Marin. “Criança nessa idade tem de brincar – inclusive de ser mais
velha do que é.”
Laura Ming. Nascidas para se maquiar. Revista Veja, p.110-112, nov. 2006.
A primeira produção
Você aprendeu ao longo da coleção que, em um bom artigo de
opinião, não podem faltar: apresentação do tema; desenvolvimento
do tema com apresentação de argumentos favoráveis e refutação de
argumentos contrários; e um fechamento que instigue o leitor, persuadindo-o a adotar as ideias que você defendeu.
1.‚ O‚quadro‚a‚seguir‚o‚ajudará‚a‚organizar‚seu‚artigo‚de‚opinião.‚Repro-
ID/BR
duza-o‚em‚seu‚caderno‚e‚recheie-o‚com‚informações‚antes‚de‚produzir‚seu‚texto.‚Substitua‚os‚tópicos‚pelos‚conteúdos‚que‚eles‚indicam.
Apresentação do tema
Desenvolvimento do tema
Fechamento
•‚‚Apresente‚a‚tese‚a‚ser‚defendida.‚Releia‚o‚
quadro‚Definição do projeto de comunicação‚
para‚relembrar.
•‚‚Anote‚os‚problemas‚detectados‚na‚forma‚como‚
as‚crianças,‚os‚jovens,‚os‚adultos‚e‚os‚idosos‚
vivem‚na‚nossa‚sociedade.
•‚‚Use‚as‚partes‚que‚você‚selecionou‚dos‚textos‚
da‚seção‚Preparação de conteúdos‚como‚
argumentos‚favoráveis‚a‚seu‚ponto‚de‚vista.
•‚‚Use‚as‚partes‚que‚você‚selecionou‚dos‚textos‚
da‚seção‚Preparação de conteúdos‚como‚
argumentos‚contrários‚a‚seu‚ponto‚de‚vista‚e‚
refute-os.
•‚‚Relacione‚as‚características‚da‚educação‚
indígena‚com‚a‚proposta‚de‚melhorar‚a‚maneira‚
como‚vivemos‚cada‚fase.
•‚‚Retome‚a‚tese‚defendida‚e‚convide‚o‚leitor‚
a‚adotar‚o‚que‚você‚propôs‚para‚melhorar‚a‚
maneira‚como‚vivemos‚cada‚fase‚da‚vida.
item‚ do‚ quadro‚ podem‚ ser‚ organizadas‚ em‚ parágrafos‚no‚seu‚texto.‚Lembre-se‚de‚que‚cada‚parágrafo‚deve‚cumprir‚um‚objetivo‚na‚organização‚do‚
plano‚textual.‚Por‚exemplo,‚em‚um‚artigo‚de‚opinião,‚ o‚ parágrafo‚ introdutório‚ deve‚ apresentar‚ e‚
contextualizar‚a‚questão‚polêmica.‚Use‚o‚mesmo‚
critério‚ao‚produzir‚os‚parágrafos‚de‚desenvolvimento‚do‚tema‚e‚de‚fechamento.
Airon/ID/BR
2.‚‚ As‚informações‚que‚você‚usou‚para‚preencher‚cada‚
3.‚‚ Escreva‚seu‚texto‚de‚acordo‚com‚a‚variedade-padrão.‚
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criando soluções para os problemas
Seu artigo ainda está pouco convincente? Os módulos a seguir o
ajudarão a organizá-lo para que você seja considerado um verdadeiro
especialista. Afinal, o que você tem a dizer é importante, e muitas
pessoas podem mudar de atitude inspiradas por suas ideias.
Módulo I – construindo a frase-núcleo do parágrafo
1.‚ Analise‚este‚trecho‚do‚texto‚“A‚milenar‚arte‚de‚educar‚dos‚povos‚
indígenas”.
“Resumo da ópera: a educação tradicional indígena tem dado
certo. As pessoas se sentem completas quando percebem que a completude só é possível num contexto social, coletivo. Cada fase por que
passa um indígena – desde a mais tenra idade – alimenta um olhar
para o todo, pois o conhecimento que aprendem e vivem é um saber
holístico que não se desdobra em mil especialidades, mas compreende
o humano como uma unidade integrada a um Todo maior e Único.”
a)‚ Qual‚é‚o‚assunto‚do‚parágrafo?
b)‚ Como‚o‚autor‚desenvolve‚esse‚assunto‚no‚parágrafo?‚
c)‚ Explique‚de‚que‚maneira‚a‚primeira‚frase‚se‚relaciona‚ao‚desenvolvimento‚do‚parágrafo.
ARQUIVO
Frase-núcleo‚é‚a‚frase‚inicial‚de‚um‚parágrafo‚que‚serve‚para‚orientar‚a‚escrita‚dele,‚
já‚que‚indica‚uma‚direção‚para‚o‚desenvolvimento‚do‚assunto.‚A‚frase-núcleo‚é‚importante‚tanto‚para‚quem‚escreve‚–‚já‚que‚organiza‚o‚que‚deve‚ser‚dito‚–‚quanto‚para‚
quem‚lê‚–‚já‚que‚orienta‚a‚leitura.‚
2.‚ A‚seguir,‚vamos‚apresentar‚alguns‚parágrafos‚de‚um‚artigo‚de‚opinião‚
do‚teólogo,‚professor‚e‚escritor‚Leonardo‚Boff.‚Sua‚missão‚é‚escolher‚
a‚frase-núcleo‚mais‚adequada‚para‚iniciar‚cada‚parágrafo,‚copiando-a‚
em‚seu‚caderno.‚Uma‚dica:‚as‚frases-núcleos‚também‚podem‚ser‚
expressas‚em‚forma‚de‚perguntas.
Airon/ID/BR
I.
. O espaço terrestre praticamente o conquistamos. Mas o tempo
continua sendo o grande desafio: poderemos dominá-lo? A corrida
contra ele se dá em todas as esferas, a começar pelo esporte. Em
cada olimpíada busca-se superar todos os tempos anteriores, especialmente na clássica corrida dos cem metros. Os carros devem ser
cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superar a
velocidade da geração anterior. No agronegócio se utilizam promotores químicos de crescimento para encurtar o tempo e lucrar mais.
A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite. E a aceleração atingiu especialmente
as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um
mercado para outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode
ganhar. Como nunca antes “tempo é dinheiro”.
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‚‚ Opção 1:‚Uma‚das‚características‚principais‚do‚ser‚humano‚moderno‚é‚a‚conquista‚
do‚espaço‚terrestre.
‚‚Opção 2:‚Uma‚das‚características‚principais‚do‚atual‚momento‚é‚a‚aceleração‚
do‚tempo.‚
II.
. Em termos de trabalho, são ejetados do mercado pois suas habilidades ficaram obsoletas. Os que se resignam perdem o ritmo do tempo e são considerados precocemente envelhecidos ou simplesmente retardatários. Isso pode ocorrer
com países inteiros que não incorporam os avanços da tecnociência. Todos são
obrigados rapidamente a se modernizar e a ser emergentes.
‚‚ Opção 1:‚Ai‚daqueles‚que‚não‚se‚adaptam‚aos‚tempos.‚
‚‚ Opção 2:‚Ai‚daqueles‚que‚não‚se‚especializam‚em‚alguma‚área‚da‚informática.
III.
. Ele sempre nos ganha pois não podemos congelá-lo. Ele simplesmente passa
devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas.
IV.
. O tempo natural do crescimento de uma árvore gigante pode demorar
50 anos. O tempo tecnológico de sua derrubada com a motosserra pode
durar apenas 5 minutos. Quanto tempo precisamos para crescer em maturidade, sabedoria e conquistar o próprio coração? Às vezes uma vida
inteira de 80 anos é curta demais. O tempo interior não obedece ao tempo
do relógio. Precisamos de tempo para trabalhar nossos conflitos interiores
que às vezes nos obrigam a parar.
Airon/ID/BR
‚‚ Opção 1:‚Para‚onde‚nos‚levará‚o‚progresso‚da‚ciência?
‚‚ Opção 2:‚Para‚onde‚nos‚levará‚essa‚corrida‚contra‚o‚tempo?‚
Leonardo Boff. Para onde estamos fugindo? Disponível em: <http://www.ecoterrabrasil.com.br/home/index.php?pg=
temas&tipo=temas&cd=1744>. Acesso em: 17 mar. 2012.
‚‚ Opção 1:‚Mas‚importa‚considerar‚que‚há‚tempos‚e‚tempos.‚
‚‚ Opção 2:‚Mas‚importa‚considerar‚que‚somos‚velhos‚aos‚80‚anos.
3.‚ Retome‚seu‚artigo‚e‚reveja‚o‚objetivo‚de‚cada‚parágrafo.‚As‚frases-núcleos‚estão‚ade-
quadas‚a‚esses‚objetivos?‚E‚quanto‚ao‚que‚você‚desenvolveu‚em‚cada‚parágrafo,‚
está‚adequado‚aos‚objetivos‚e‚às‚frases-núcleos?‚Caso‚não‚esteja,‚reescreva‚o‚que‚
for‚preciso‚para‚orientar‚seu‚leitor‚de‚forma‚mais‚clara‚e‚objetiva.
Módulo II – Medindo as palavras
O médico Hans Arteaga demonstra cuidado ao expressar suas ideias sobre cirurgia
plástica em adolescentes. Para evitar imprecisões nos argumentos, ele às vezes evita
fazer afirmações categóricas. Tiramos do texto as palavras ou expressões que sinalizam
esse cuidado e indicamos essas supressões com o símbolo . Indique no caderno que
palavra ou expressão do quadro abaixo parece preencher melhor cada espaço criado.
normalmente‚‚•‚‚em‚geral‚‚•‚‚principalmente‚aqueles‚que‚têm‚filhos‚‚•‚‚se‚possível
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cirurgia plástica em adolescentes
A procura quadruplicou em cinco anos, o que merece a atenção para as
motivações e as consequências da intervenção nessa fase da vida
O número de cirurgias plásticas vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos e, com isso, a presença do adolescente também ficou mais constante nos consultórios
médicos, sendo necessário dar mais atenção às suas motivações, seus problemas e as consequências das plásticas nessa pessoa. Em 2000, cinco entre 100 pacientes que procuravam
meu consultório tinham de 6 a 16 anos. Este ano o número saltou para 22 entre 100 pacientes.
[...]
Todos nós, [...] , sabemos que o adolescente está em constante mudança, e que a sua
vontade por uma plástica hoje pode não ser a mesma amanhã, podendo não aceitar os resultados conseguidos.
Determinar os efeitos da plástica em um organismo em desenvolvimento não é muito
fácil, mas hoje essas condutas estão mais padronizadas. Mesmo assim, o problema principal
é o aspecto psicológico do adolescente, que deve ser bem analisado para conseguir boa indicação para a cirurgia, de maneira que seus anseios sejam atingidos e os resultados fiquem
dentro de sua expectativa.
Quando se chega à conclusão de que o problema em si está dificultando o relacionamento em seu grupo social e, [...], apoiado por educadores e psicólogos, então a cirurgia
é realizada.
Se a cirurgia plástica [...]  influencia a vida de quem a procura, as alterações no adolescente são muito mais perceptíveis, e, [...], contribuem para o seu desenvolvimento psicossocial. Normalmente no primeiro curativo são notadas sensíveis alterações como postura
corporal e fala mais espontânea.
[...]
Ainda sim, com todos os benefícios, devemos lembrar que os riscos inerentes à cirurgia,
anestesia, internação em ambiente hospitalar, medicamentos e outros fatores sempre irão
existir, e se nossa geração, que passou pela adolescência há 20, 30 anos, resolveu suas “neuras” sem recorrer a cirurgias, por que os adolescentes de hoje também não podem resolvê-las
da mesma maneira? Essa questão fica em aberto.
Air
on/
ID/
BR
Hans Arteaga. Cirurgia plástica em adolescentes. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoegente/320/saude/index.htm>.
Acesso em: 15 mar. 2012.
ƒ‚ Volte‚a‚seu‚texto‚e‚veja‚se‚você‚usou‚afirmações‚muito‚categóricas,‚que‚
dão‚ a‚ impressão‚ de‚ que‚ você‚ é‚ o‚ “dono‚ da‚ verdade”.‚ Em‚ caso‚ positivo,‚
reescreva‚essas‚partes‚medindo‚as‚palavras,‚ou‚seja,‚usando‚palavras‚e‚
expressões‚que‚tornem‚as‚afirmações‚mais‚suaves,‚que‚as‚relativizem.
Módulo III – Retomando informações com clareza
Você viu que a retomada de informação com o uso da voz passiva tornou o artigo
de Munduruku mais claro. Existem outras estratégias para se obter esse efeito. Uma
delas é usar expressões que façam referência ao que foi dito anteriormente.
1.‚ Para‚cada‚trecho‚a‚seguir,‚retirado‚de‚um‚dos‚textos‚que‚você‚leu‚no‚capítulo,‚escolha‚
o‚termo‚que‚poderia‚ser‚usado‚para‚retomar‚as‚informações‚destacadas.
I. “Nos últimos 50 anos temos vivido uma fase de rápidas e importantes transformações na nossa vida prática graças aos significativos avanços da ciência e da
tecnologia.”
‚‚ Opção 1:‚Essa‚ideia
‚‚ Opção 2: Esse‚momento
‚‚ Opção 3:‚Esse‚problema
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II. “O subproduto mais grave disso foi a tendência de relegarmos as pessoas mais
idosas para um papel menor, desprezível mesmo.”
‚‚ Opção 1:‚Esse‚comportamento
‚‚ Opção 2: Esse‚produto
‚‚ Opção 3:‚Essa‚dimensão
III. “[...] as meninas estão exibindo traços de adolescente cada vez mais cedo, num
movimento incontrolável estimulado pela televisão e cultivado pela interação
nos grupos que frequentam.”
‚‚ Opção 2: Esse‚processo
‚‚ Opção 3:‚Essa‚visão
IV. “‘No dia a dia, uso só batom’, informa Ana Luiza, que
no Natal passado pediu e ganhou um estojo completo
de maquiagem.”
‚‚ Opção 1:‚Esse‚kit
‚‚ Opção 2: Esse‚utensílio
Airon/ID/BR
‚‚ Opção 1:‚Esse‚procedimento
‚‚ Opção 3:‚Essa‚coisa
2.‚ Volte‚a‚seu‚texto‚e‚observe‚se,‚ao‚retomar‚informações,‚você‚usou‚termos‚que‚façam‚
referência,‚de‚forma‚adequada,‚ao‚que‚já‚foi‚dito.
Módulo IV – Ortografia
Artigo de opinião com erro de ortografia não pega bem. Faça as atividades a
seguir para testar seus conhecimentos ortográficos e usá-los na revisão do seu texto.
1.‚ Leia‚este‚grupo‚de‚palavras.
inevitável‚‚•‚‚desprezível‚‚•‚‚natal‚‚•‚‚prejudicial‚‚•‚‚psicossocial‚‚•‚‚possível‚‚•‚‚social‚‚
•‚intelectual‚‚•‚‚tradicional‚‚•‚‚infantil‚‚•‚‚incontrolável‚‚•‚‚musical‚‚•‚‚digital‚‚•‚‚igual‚‚•‚‚
compreensível‚‚•‚‚visual‚‚•‚‚espiritual‚‚•‚‚ancestral‚‚•‚‚imemorial‚‚•‚‚adorável‚‚•‚‚corporal
a)‚ O‚que‚há‚em‚comum‚entre‚todas‚elas?‚
b)‚ Que‚regra‚pode‚explicar‚o‚critério‚de‚acentuação‚ou‚não‚dessas‚palavras?
‚ Para‚responder,‚lembre-se‚da‚classificação‚das‚palavras‚quanto‚à‚sílaba‚tônica.
2.‚ Volte‚ao‚texto‚e‚observe‚se‚você‚usou‚a‚regra‚de‚acentuação‚que‚acaba‚de‚revisar!
A produção final
Escreva a versão final de seu artigo de opinião, considerando todos os aspectos
vistos nos módulos.
Fim de papo
Depois de toda essa conversa sobre educação indígena, sobre a possibilidade de viver plenamente cada
fase da vida, o que você responderia se alguém perguntasse: “o que você vai ser quando crescer?”
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Atividades integradas
Responda sempre no caderno.
Airon/ID/BR
1.‚ Leia‚um‚gráfico‚sobre‚o‚salário‚dos‚professores‚em‚início‚de‚carreira.
Fonte de pesquisa: O ensino médio e seus caminhos. Revista Educação, n. 169, p. 31, maio 2011.
A matéria a seguir foi publicada no site da revista espanhola Muy interesante. Leia-a para responder às atividades 2 e 3.
Gimnasio tecnológico para el cerebro
Brain Up es un dispositivo que modifica los ritmos cerebrales
con el objetivo de mejorar capacidades mentales tales como la
memoria, la fluidez verbal o la concentración. El aparato ha sido
diseñado por una empresa spin-off de la universidad de Zaragoza y pretende ser una especie de gimnasio para el cerebro.
Para ello, Brain Up mide y procesa la actividad mental de Jóvenes en la computadora.
cada persona utilizando un encefalograma, y le devuelve posteriormente información sobre el estado de los ritmos cerebrales relacionados con habilidades cognitivas. De esta forma, el usuario obtiene información sobre si está utilizando
adecuadamente su cerebro para la actividad mental que le ocupa y aprende por condicionamiento a modificar sus ritmos cerebrales para desempeñar mejor la tarea.
[...]
Hasta ahora, Brain Up sólo ha sido validado en personas sanas, aunque actualmente
sus creadores han puesto en marcha un estudio para probar su validez en pacientes con
depresión y otras patologías. No se espera que sea un tratamiento para estas enfermedades, pero sí que pueda mejorar la calidad de vida de quienes las padecen.
Monkey Business Images/Shutterstock/ID/BR
Em‚relação‚à‚média‚salarial‚dos‚professores‚em‚início‚de‚carreira,‚é‚pertinente‚afirmar‚que:‚
a)‚ os‚professores‚sul-coreanos‚recebem‚apenas‚7%‚a‚mais‚que‚os‚professores‚franceses.
b)‚ a‚diferença‚salarial‚entre‚Coreia‚do‚Sul‚e‚Inglaterra‚é‚de‚cerca‚de‚30%.‚
c)‚ Brasil‚e‚Inglaterra,‚juntos,‚correspondem‚a‚100%‚do‚salário‚pago‚aos‚professores‚dos‚EUA.
d)‚ os‚professores‚estadunidenses‚recebem‚5‚vezes‚mais‚que‚os‚professores‚brasileiros.
e)‚ um‚professor‚francês,‚no‚Brasil,‚perde‚cerca‚de‚80%‚de‚seu‚poder‚de‚compra.
Victoria González. Gimnasio tecnológico para el cerebro. Disponível em: <http://www.muyinteresante.es/gimnasio-tecnologico-para-elcerebro>. Acesso em: 15 mar. 2012.
2.‚ Com‚base‚na‚leitura‚do‚texto,‚é‚possível‚afirmar‚que‚Brain up:
a)‚ tem‚como‚objetivo‚curar‚problemas‚cerebrais‚que‚aparecem‚principalmente‚em‚pessoas‚com‚depressão‚e/ou‚outras‚doenças.
b)‚ é‚uma‚academia‚onde‚as‚pessoas‚podem‚fazer‚exercícios‚físicos‚e,‚com‚isso,‚melhorar‚a‚capacidade‚do‚cérebro.
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c)‚ é‚um‚dispositivo‚que‚interfere‚nos‚ritmos‚cerebrais‚para‚melhorar‚capacidades‚como‚
memória‚e‚concentração.
d)‚ é‚um‚dispositivo‚que‚mede‚a‚atividade‚mental‚das‚pessoas,‚mas‚que,‚ao‚mudar‚os‚
ritmos‚cerebrais,‚pode‚provocar‚depressão‚e‚outras‚doenças.
e)‚ é‚um‚dispositivo‚que‚mede‚a‚atividade‚mental‚de‚uma‚pessoa,‚através‚de‚um‚encefalograma,‚para‚mostrar‚se‚ela‚realiza‚suas‚tarefas‚de‚maneira‚correta.
3.‚ O‚termo‚destacado‚no‚trecho‚“Hasta‚ahora,‚Brain Up‚sólo‚ha‚sido‚validado‚en‚personas‚
sanas‚(…)”‚só‚pode‚ser‚substituído‚por:
a)‚ conscientes.‚
c)‚ honestas.‚
b)‚ cordiais.‚
d)‚ sábias.
e)‚ saudáveis.
4.‚ Observe‚o‚mapa‚a‚seguir.
70°O
0°
ID/BR
teRRAs INDíGeNAs NO bRAsIL
40°O
AP
RR
Equador
PA
AM
MA
CE
PI
AC
RO
AL
SE
TO
BA
MT
GO
OCEANO
PACÍFICO
DF
MG
MS
SP
apricórnio
Trópico de C
RN
PB
PE
ES OCEANO
ATLÂNTICO
RJ
PR
SC
0
540
1 080 km
RS
1 cm – 540 km
Fonte de pesquisa: Instituto Socioambiental, 2009. Disponível em: <http://pibmirim.
socioambiental.org/onde-estao >. Acesso em: 15 mar. 2012.
Com‚base‚na‚leitura‚do‚mapa‚e‚em‚seus‚conhecimentos‚prévios,‚é‚correto‚afirmar‚que:
a)‚ a‚maior‚parte‚das‚terras‚indígenas‚se‚encontra‚na‚Região‚Norte‚porque‚a‚preservação‚
da‚Mata‚Atlântica‚foi‚garantida‚por‚lei‚nessa‚região‚do‚país.‚
b)‚ é‚possível‚supor‚que‚a‚baixa‚concentração‚de‚terras‚indígenas‚no‚Sudeste‚está‚relacionada‚à‚intensa‚industrialização‚e‚urbanização‚da‚região.
c)‚ o‚interior‚do‚Nordeste,‚apesar‚de‚sua‚extensa‚área‚de‚preservação‚de‚floresta‚tropical,‚apresenta‚baixo‚índice‚de‚terras‚indígenas.
d)‚ Mato‚Grosso‚do‚Sul,‚que‚possui‚grandes‚extensões‚de‚áreas‚de‚preservação‚ambiental,‚apresenta‚mais‚terras‚indígenas‚que‚seu‚estado‚vizinho‚Mato‚Grosso.
e)‚ O‚processo‚de‚colonização‚do‚Brasil,‚que‚se‚iniciou‚pela‚região‚amazônica,‚é‚um‚dos‚
fatores‚que‚explicam‚a‚alta‚concentração‚de‚terras‚indígenas‚na‚região.
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Projeto
O que você faz?
Você viu no capítulo 12 que não existe, entre os indígenas, muita especialização para o trabalho.
Cada um faz um pouco de tudo e ninguém sabe mais do que o outro. O que há é uma divisão entre
trabalho masculino e feminino. Nas sociedades de cultura ocidental, via de regra isso não acontece:
cada sujeito cumpre uma função específica. Neste projeto, você vai pesquisar e apresentar oralmente
um trabalho sobre essas especializações, isto é, sobre as diferentes profissões que os sujeitos desempenham nessas sociedades. Este projeto está organizado em três etapas: atividades de sensibilização, de pesquisa e de apresentação.
sensibilização
Leia as letras de canção para fazer as atividades oralmente.
O cio da terra
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão
Milton Nascimento e Chico Buarque. O cio da terra. Em: Milton
& Chico. Phonogram/Philips, 1977. 1 compacto simples.
Disponível em: <http://www.chicobuarque.com.br/construcao/
mestre.asp?pg=ocioda_77.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012.
Roubar da cana a doçura do mel,
Coleção particular, SP/Reprodução autorizada por João Candido Portinari . Fotografia: ID/BR
Se lambuzar de mel
Candido Portinari. Colheita de cana, 1938. Têmpera e grafite sobre papel pardo,
45 cm × 44,5 cm.
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A vida do viajante
Refrão Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
[Refrão]
Mar e terra
Inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração.
Minha vida é andar...
Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil. A vida do viajante.
Em: Gonzagão e Gonzaguinha, a vida do viajante. EMI-Odeon/RCA,
1981. Disponível em: <http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.
php>. Acesso em: 12 abr. 2012.
Sigo o roteiro
Mais uma estação
Coleção Particular. Fotografia: ID/BR
E a alegria no coração.
Um caixeiro-viajante, profissão antiga que consiste em vender artigos fora do local de produção,
em Porto Alegre (RS). Fotografia do início do século XX.
1.‚ Qual‚é‚o‚tema‚geral‚da‚canção‚“O‚cio‚da‚terra”‚e‚como‚ele‚é‚tratado‚no‚texto?
2.‚ Que‚trabalhadores‚estariam‚envolvidos‚nas‚ações‚citadas‚na‚canção‚“O‚cio‚da‚Terra”?
3.‚ Pela‚letra‚da‚canção‚“A‚vida‚do‚viajante”,‚parece‚haver‚aspectos‚negativos‚na‚vida‚de‚
quem‚precisa‚viajar‚muito‚para‚trabalhar?‚Justifique‚com‚exemplos.
4.‚ Que‚trabalhadores‚poderiam‚ser‚considerados‚viajantes?
5.‚ Será‚que‚todo‚viajante‚concordaria‚com‚o‚eu‚lírico‚da‚canção‚“A‚vida‚do‚viajante”?‚
6.‚ Lembre‚outras‚canções‚que‚falam‚sobre‚o‚trabalho‚e‚os‚trabalhadores.‚De‚que‚maneira‚
a‚relação‚entre‚o‚ser‚humano‚e‚o‚trabalho‚é‚retratada‚nelas?‚
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Projeto
Pesquisa
Chegou o momento de preparar os conteúdos da apresentação.
1.‚ A‚turma‚deve‚se‚dividir‚em‚quatro‚grupos,‚para‚pesquisar‚sobre‚os‚seguintes‚temas:
a)‚ As‚profissões‚do‚futuro;
b)‚ As‚profissões‚que‚desapareceram;
c)‚ As‚profissões‚que‚até‚pouco‚tempo‚eram‚exclusivamente‚masculinas‚ou‚exclusivamente‚femininas;
d)‚ As‚profissões‚inusitadas.
2.‚ Ao‚longo‚do‚planejamento,‚cada‚grupo‚deve‚preencher‚o‚quadro‚a‚seguir‚com‚os‚eleID/BR
mentos‚relacionados‚ao‚seu‚tema.
Título
Ajuda‚a‚sintetizar‚as‚ideias‚que‚guiarão‚o‚grupo‚em‚seu‚trabalho.‚Pode‚ser‚mudado‚durante‚
a‚pesquisa.‚
Exemplo:‚“As‚profissões‚do‚futuro”.
Objetivo
Contribuição‚que‚o‚grupo‚quer‚dar‚em‚relação‚ao‚conhecimento‚do‚tema‚escolhido.‚Ajuda‚a‚
selecionar‚o‚material‚que‚merece‚ser‚lido.‚
Exemplo:‚Mostrar‚para‚a‚turma‚quais‚são‚as‚profissões‚que‚surgiram‚recentemente,‚
com‚o‚intuito‚de‚atender‚a‚novas‚demandas‚do‚mercado‚de‚trabalho‚por‚profissionais‚
especializados‚ou‚devido‚a‚mudanças‚no‚perfil‚de‚habilitações‚tradicionais.
Metodologia
Modo‚como‚o‚grupo‚pretende‚obter‚os‚dados‚da‚pesquisa‚e‚suportes‚principais‚em‚que‚
esses‚dados‚devem‚ser‚buscados.‚
Exemplo:‚Leitura‚de‚notícias,‚reportagens,‚resultado‚de‚pesquisas,‚enquetes,‚entrevistas‚
com‚profissionais‚da‚área;‚discussão‚sobre‚o‚tema‚com‚o‚grupo.
Perguntas
Evita‚a‚perda‚de‚foco‚durante‚a‚coleta‚de‚dados.‚
Exemplos:‚Quais‚são‚as‚profissões‚do‚futuro?‚O‚que‚os‚profissionais‚dessa‚área‚fazem?‚
Onde‚eles‚trabalham?‚Por‚que‚essas‚profissões‚surgiram?‚Qual‚é‚o‚perfil‚desses‚
profissionais?‚O‚que‚é‚preciso‚fazer‚para‚se‚tornar‚um‚profissional‚da‚área?‚Esses‚
profissionais‚são‚valorizados?‚Eles‚gostam‚de‚suas‚profissões?
3.‚ Finalizado‚o‚planejamento,‚os‚grupos‚devem‚pesquisar‚e‚discutir‚sobre‚seus‚temas.
Apresentação
Depois de pesquisar e discutir bastante sobre o assunto é preciso, ainda, planejar a apresentação.
1.‚ Recorde‚como‚pode‚ser‚a‚estrutura‚de‚uma‚apresentação‚oral.
1. Abertura
Um‚expositor‚(um‚dos‚membros‚do‚grupo)‚dirige-se‚ao‚auditório,‚saúda-o‚e‚apresenta‚
os‚demais‚membros‚do‚grupo.‚
2. Introdução ao tema e apresentação do plano de exposição
Nesta‚etapa,‚o‚assunto‚é‚apresentado‚e‚delimitado.‚Também‚deve‚ser‚feita‚uma‚apresentação‚geral‚sobre‚a‚sequência‚da‚exposição‚do‚grupo.‚É‚preciso‚mobilizar‚a‚atenção‚e‚a‚
curiosidade‚dos‚ouvintes.‚Para‚isso,‚o‚expositor‚pode‚utilizar‚uma‚fotografia‚ou‚ilustração‚
relacionada‚ao‚tema,‚apresentar‚uma‚música‚ou‚cenas‚de‚um‚filme‚que‚se‚relacionem‚ao‚
assunto,‚fazer‚perguntas,‚etc.
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Fique antenado
3. Desenvolvimento do assunto
É o encadeamento das ideias. Para que elas sejam bem compreendidas pelos ouvintes, é necessário que vocês as exponham de forma
coerente: não falem tudo de uma vez e mostrem que há relação entre
as falas dos membros do grupo.
4. Recapitulação e síntese
É a retomada dos pontos principais da exposição e também a fase
de transição para a conclusão que virá a seguir.
5. Conclusão
É a proposta de um problema novo aos colegas, ou o início de um
debate, a execução de algum exercício ou atividade de verificação, de
uma dinâmica, etc.
6. Encerramento
Nesta fase, cabem os agradecimentos ao auditório.
O Museu de Artes e
Ofícios (MAO), localizado
na Estação Central de
Belo Horizonte (MG),
é um espaço cultural
que abriga um acervo
de mais de 2 mil peças
relacionadas ao universo
do trabalho no Brasil. Os
visitantes, observando os
instrumentos e utensílios
do período pré-industrial
brasileiro preservados
pelo museu, podem
conhecer fazeres que
originaram algumas das
profissões de hoje. Para
saber mais sobre o que o
MAO oferece, você pode
visitar o site. Disponível em:
<http://www.mao.org.br>.
Acesso em: 5 abr. 2012.
2. Caso queira, seu grupo pode utilizar apresentações gráficas em multi-
mídia como material de apoio.
O Museu de Artes e Ofícios
de Belo Horizonte (MG).
Fotografia de 2010.
Ilustrações: Airon/ID/BR
1. Características da fala
O tom e a intensidade da voz do expositor devem criar um clima propício para a interação com a plateia: alterne o volume da voz e a velocidade da fala, para sua apresentação não ficar monótona. E fale sempre
em um tom audível!
2. Postura corporal
Olhares, gestos, expressões faciais e movimentos corporais são
importantes para complementar as informações transmitidas pela fala.
Esses recursos auxiliam a manter a plateia atenta.
3. Interação com o auditório
Provocar os colegas em busca de uma reação, questionar se todos
estão entendendo ou colocar uma questão chamando para um debate
são maneiras eficazes de interagir.
Marcus Desimono/Agência Nitro
3. Recorde o que levar em conta durante a apresentação.
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A opinião que vem da aldeia