Veterinarian Docs www.veterinariandocs.com.br Fisiopatologia da Reprodução I Controle Neuroendócrino da Reprodução Os mecanismos da reprodução são diretamente influenciados por fatores ambientais em função da inter-relação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino. Esses mecanismos são basicamente controlados pelo hipotálamo e hipófise, que atuam controlando a atividade de outras glândulas, constituindo o sistema hipotalâmico – hipofisiário – gonadal – “uterino”. *A leptina, a qual é produzida pelos adipócitos, esta diretamente ligada ao mecanismo de saciedade, determinando uma redução na atividade reprodutiva se o animal estiver em condições de balanço energético negativo ou excessivamente positivo (obesidade). A glândula pineal, localizada na superfície cerebral é responsável pela produção demelatonina. O nível de secreção é modulado pelo estímulo luminoso na retina (horasluz/dia), interferindo na dinâmica de liberação do fator GnRH, que vai determinar a modulação da ciclicidade em determinadas estações do ano (estação reprodutiva sazonal = égua, ovelha, cabra). Hipotálamo: -Apresenta uma função secretora (neurônios endócrinos) de fatores liberadores, ocitocina, etc. -Esses hormônios de características peptídicas (protéicos) são concentrados e armazenados em lisossomos. -Liberação do conteúdo das vesículas lisossômicas é desencadeada de acordo com o tipo de estímulo (térmico, luminoso, hormonal, metabólico, etc..) que desencadeia a reação de células superiores, que liberam transmissores como a norepinefrina, dopamina, serotonina, acetil colina, ácido gama amino butírico (GABA), entre outros. 1 www.veterinariandocs.com.br -Os fatores liberadores hipotalâmicos (neurohormônios, gonadoliberinas), são liberados para adenohipófise, determinando a secreção dos hormônios hipofisários. -Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): estimula s liberação de FSH e LH. -Hormônio liberador de tireotrofinas (TRH): estimula a liberação de TSH e prolactina -Hormônio liberador de corticotrofinas (CRH) estimula a liberação de ACTH -Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GH-RH): estimula a liberação de hormônio do crescimento -Somatostatina (hormônio inibidor do hormônio do crescimento): inibe a liberação de hormônio do crescimento. Hipófise: -Composta por duas regiões diferenciadas: a adenohipófise e a neurohipófise. -Adenohipófise (hipófise anterior): secreta as gonadotrofinas FSH e LH em resposta ao controle primário do GnRH e adicionalmente pela ação direta de peptídios e esteróides gonadais, que regulam a expressão de receptores de GnRH ou transcrição e tradução dos genes das gonadotrofinas. -Neurohipófise (hipófise posterior): armazena e libera o hormônio hipotalâmico ocitocina. -Hormônio folículo estimulantes (FSH): na fêmea estimula o amadurecimento do folículo de Graaf (folículo portador do ovócito secundário) do ovário e regula a secreção de estrógenos. E no macho é responsável pela indução da espermatogênese (processo de formação de sptz). O FSH age nas células de Sertoli, estimulando-as a produzir uma proteína chamada ABP (Androgen Binding Protein), que, trabalhando em conjunto com a testosterona, aumenta a concentração desta no túbulo seminífero. -Hormônio luteinizante (LH): age sobre o ovário ou sobre o testículo. Na fêmea regula a secreção de progesterona e regula a maturação dos folículos (ovulação) e formação do corpo lúteo. E nos machos estimula as células de Leydig a produzir testosterona. Ovários: -Produzem os hormônios: estrógenos, progesterona, ocitocina, inibina e ativina. Esses hormônios são secretados por glândulas temporárias, que permanecem em atividade de acordo com a dinâmica hormonal 2 www.veterinariandocs.com.br -FSH: estimula o desenvolvimento folicular e a secreção de estrogênio, e o LH, em seguida, promove a ovulação. O folículo depois de liberar o óvulo, transforma-se no corpo lúteo que secreta progesterona por estimulação do LH. -Progesterona: é secretado pelo corpo lúteo ou pela placenta durante a gravidez. Estimula as células do endométrio a se proliferarem e garante com que o embrião se fixe no cório para a formação da placenta. Também é o hormônio responsável pela continuidade da gravidez, pois evita a descamação do endométrio, o que ocasionaria um aborto. A progesterona age em todo o corpo físico e emocional da fêmea preparando-a para a gravidez. -Estrogênio: tem como principal função a estimulação de características femininas. -Inibina: tem como principal função a retro-inibição de FSH. E é responsável pelo controle na produção de testosterona. Testículos: Possuem as células de Leydig como fonte de testosterona e as células de Sertoli como secretoras de inibina e estrógenos (aromatização da testosterona). Útero: É a fonte das prostaglandinas (PG) F2α e E2, que são produzidas pelas células endometriais. A PGF2α é secretada na forma de um padrão pulsátil que se acelera no momento da indução da luteólise (3-5 pulsos/dia). Controle Neuroendócrino na Fêmea Com a descarga tônica de GnRH (alta amplitude e baixa freqüência) há liberação de FSH, o qual estimula o desenvolvimento dos folículos. Os folículos mais fortes (dominantes) liberam estrógeno, inibina e IGF. A inibina inibe a liberação de FSH e o IGF faz com que se produza mais estrógeno e inibina, fazendo o folículo se tornar „mais dominante‟; Este folículo forma receptores de LH, e então, tem-se a formação de corpo lúteo o qual produz e libera progesterona. Entre 10-12º dia há um novo pico de FSH (2º pico), pois estrógeno, inibina e outros hormônios estão baixos e há o retorno do ciclo já descrito. Entre 17-18º tem-se uma condição pré-ovulatória, com a liberação de PGF2α (produzida pelo endométrio) a qual destrói o corpo lúteo. *Nos 2 casos (tônica e cíclica), tem liberação de LH e FSH, mas sempre um é predominante sobre o outro. *Nos machos somente há liberação tônica e nas fêmeas, há as duas, cíclica e tônica. 3 www.veterinariandocs.com.br Dinâmica Folicular Fonte: IEPEC Descrição: FSH (liberado pela hipófise sob estímulo do GnRH proveniente do hipotálamo) inicia uma onda, pois é folículo estimulante. Começa o desenvolvimento dos folículos, até que um destes se torna dominante sobre os demais, secretando inibina em altos níveis. Este folículo inicia a secreção de estrógeno e inibina (age impedindo liberação de FSH) e os demais folículos involuem e entram em atresia. O folículo dominante não consegue ovular devido a alta da progesterona (não permitindo o pico de LH), e assim, este folículo também entra em atresia. Então há a 2ª onda folicular, a qual o FSH liberado estimula o desenvolvimento dos folículos, até que um destes novamente seja dominante sobre os outros. Este folículo dominante secretará estrógeno e inibina. Também há a secreção de PGF2α pelo útero (pois não houve a sinalização de um embrião), que fará com que o corpo lúteo seja destruído, assim diminuindo os níveis de progesterona. Como há grande concentração de estrógeno e baixa de progesterona há ativação da descarga cíclica que GnRH, a qual permite que haja um pico de LH, o qual determina a ovulação. 4 www.veterinariandocs.com.br Depois da ovulação, diminuem os níveis de estrógeno e de progesterona (que já estavam baixos), pois o corpo lúteo não é funcional. E esta baixa de progesterona e estrógeno determina a descarga tônica de GnRH, fazendo com que recomece o ciclo. Condições para que ocorra a ovulação: alta concentração de estrógeno e baixa de progesterona. *Nas vacas são observados entre 2/3 ondas foliculares, na ovelha e porcas 2 ondas foliculares e nas éguas é observada uma ou duas ondas foliculares. -Controle da Dominância (folículo dominante): -Hipóteses: -Suprimento preferencial de sangue; -Aquisição de receptores de LH; -Amplificação da resposta ao FSH através da IGF-1; Ciclo Estral Definição: ciclo reprodutivo biológico feminino, cujo acontecimento central é a liberação de um óvulo apto para ser fecundado. Período entre dois cios. -Ciclo: Anestro: é a fase do ciclo sexual em que os órgãos sexuais estão adormecidos e se recuperando das fases anteriores, ou sucedendo a uma prenhes ou se preparando para futura gestação Proestro: período de desenvolvimento folicular, ocorrendo posteriormente à regressão lútea e terminando no estro (fase folicular). Começa pelo 1718º dia, quando ocorre o crescimento da última onda folicular. Estro: período de receptividade sexual (cio), é finalizado com a ovulação; Metaestro: período do desenvolvimento inicial do corpo lúteo (fase lútea). Diestro: período da fase madura do corpo lúteo (fase lútea). 01-Éguas: -Poliéstricas estacionais; -Durante a estação com baixa luminosidade (solstício de inverno) as éguas se mantém em anestro, passando a apresentar atividade ovariana a medida que a luminosidade aumenta. 5 www.veterinariandocs.com.br *Quando está perto da ovulação (24 horas antes) o ovário fica murcho. É bom inseminar a partir do 3º ou 4º dia após o estro. -Ciclo: 20 - 21 dias Proestro: 3 dias Estro: 5 – 7 dias (ovulação: 24 – 48 horas antes do final do estro) Metaestro: 5 – 8 dias Diestro: 5 – 9 dias Ciclo pós parto (cio do potro): 9 dias (4 – 14) -Detecção do estro: -Não apresentam comportamento homossexual; -Demonstração dos sinais de estro apenas para machos; -Abordagem do garanhão: -em grupo; -individualmente (contato cabeça com cabeça); -Comportamento e sinais estrais: -Micção freqüente; -Eversão do clitóris; -Cauda elevada e desviada; -Posicionamento (aumento do quadrilátero de sustentação); -Não rejeita o garanhão; 02-Vacas: -Poliéstrica contínua (quando em boas condições corporais); -Ciclo: 21 dias (17 – 25) -Proestro (dia 19 ao estro) -Estro (dia 0) duração 16 horas (8 - 24) -Metaestro (1 – 5 dias) -Diestro (6 – 18 dias) -Ovulação: 12 horas (4 – 16) após o final do estro -Comportamento estral: 6 www.veterinariandocs.com.br -Intranqüilidade -Hiperatividade -Busca de contato (tenta montar) -Edema vulvar -Corrimento mucoso claro -Aceitação da monta pelo macho ou outras fêmeas (comportamento homossexual) -Sinais evidenciados no pós estro: -Marcas de abrasão na região sacral -Corrimento serosanguinolento, mais comum em novilhas (hemorragia de metaestro). 03-Ovelhas: -Poliéstrica estacional, que corresponde a estação com períodos curtos de luminosidade diária (outono e inverno = solstício de inverno). Durante o período de alta luminosidade a atividade sexual diminui, podendo ocorrer ciclos irregulares e anestro. -Ciclo: 17 dias (14 – 19) -Estro: 24 – 36 horas -Ovulação: 24 horas após o início do estro -Comportamento e sinais estrais: -Intranqüilidade -Rápida agitação de cauda -Brigas eventuais -Edema e corrimento mucoso (ocasionalmente) -Comportamento homossexual (raro) -Permissão para monta 04-Porcas: -Poliéstrica contínua; -Ciclo: 21 dias -Estro: 2 – 3 dias (mais curto em leitoas) 7 www.veterinariandocs.com.br -Ovulação: 38 – 42 horas após o início do estro. -Comportamento e sinais estrais: -Vulva edemaciada e hiperêmica -Descarga mucosa -Reflexo de imobilidade frente a pressão no dorso -Permissão para cópula 07-Cadelas: -Monoéstrica estacional; -Durante o proestro se observa um rápido desenvolvimento folicular determinante de um pico de estrógeno, seguido do aumento do LH e pelo início da secreção de progesterona (característica dos canídeos = luteinização precoce). -O estro propriamente dito (aceitação da cópula) pode ocorrer com 4 dias de antecedência ou até 6 dias após o pico ovulatório de LH, entretanto, o período normal de acasalamento começa pouco antes do pico de LH. -Ciclo: -9 dias de proestro (0 – 17 dias) - liberação ferormônios -9 dias de estro (3 – 21 dias) - permite a cópula -Ovulação: 1 – 7 dias após o início do estro -Determinação da fase do ciclo: -Citologia vaginal -Vaginoscopia -Dosagem hormonal -Comportamento e sinais estrais: -Aumento do volume da vulva e períneo -Descarga sanguinolenta -Edema de vulva -Aceitação da cópula -Redução da turgidez vulvar (descarga vulvar clara) 8 www.veterinariandocs.com.br Exame Ginecológico -Objetivos: -Comprovação ou exclusão de prenhes; -Determinação da fase do ciclo estral; -Diagnóstico de transtornos do ciclo; -Diagnóstico de transtornos patológicos nos órgãos genitais; -Indicações (quando realizar): -Previamente a aquisição de um animal; -Vacas após 30 dias de parição; -Vacas que apresentem corrimentos anormais; -Vacas com ciclos estrais anormais; -Vacas paridas há 60 dias e sem manifestação de cio; -Vacas cobertas 3 ou mais vezes e sem sucesso; -Vacas com 50/60 dias pós-cobertura (confirmação de prenhes); Passos: 01-Identificação: nome, brinco, raça, sinais particulares, pelagem, tatuagens e registro genealógico; 02-Anamnese: -Relacionada ao animal: número de crias, último parto, abortos, distocias, retenção de placenta, corrimentos, última cobertura, inseminação artificial, número de coberturas, tratamentos realizados, intervalo entre cios, intensidade e duração; -Relacionada ao meio ambiente: condições de manejo, fertilidade, alimentação, clima, topografia e situação do rebanho como um todo; 03-Exame Geral (inespecífico): deve compreender a inspeção, palpação, auscultação, nutrição, morfologia geral, patas e acúmulo de gordura; 04-Exame Específico: 04.1-Exame Externo: -Abdômen (verificar gestação múltipla, hidropsia dos envoltórios fetais e hérnias); 9 www.veterinariandocs.com.br -Ligamentos pélvicos (ligamentos sacroisquiáticos); -Tecido adiposo localizado; -Verificar presença de corrimentos e sua consistência (muco, sangue ou pus); -Alterações de posição da vulva (vulva na horizontal e fechamento imperfeito); -Glândula mamária; 04.2-Exame Interno (vaginoscopia e palpação retal): 04.2.1-Exame Retal: examinar a cérvix, cornos uterinos (espessura, simetria e grau de contração) e os ovários (tamanho e presença de estruturas); -Cérvix: verifica-se alterações encontradas como tortuosidades/fibroses; -Cornos Uterinos: -Espessura (G): parede normal tem cerca de 10 mm e torna-se fina na gestação ou em patologias; I : 1 dedo II : 2 dedos III : 3 dedos IV : 4 dedos -Simetria (S): cornos assimétricos indicam gestação, puerpério ou patologias; S : Simétricos As : Assimétricos +As : Assimetria leve no corno esquerdo As++ : Assimetria moderada no corno direito +++As : Assimetria intensa no corno esquerdo -Grau de Contração e Consistência (C): tem-se idéia da condição do tecido uterino; C I : flácido e relaxado C II : contração moderada C III : forte contração *Forte contração e edemaciado : cio e endurecimento : metrite 10 www.veterinariandocs.com.br -Conteúdo Uterino: -Gestacional: feto, líquido e membranas; -Patológico: muco, sangue, pus, urina ou gás; -Grau de Movimentação Uterina: -Ex.: baixa mobilidade quando se tem aderências em pós-parto, distocias e cesarianas; -Ovários: devem ser feita a fixação das gonadas entre os dedos e examina-se o tamanho, superfície, consistência e corpos funcionais; -Tamanho: E : ervilha (até 1 cm) A : azeitona (1 a 2 cm) P : ovo de pomba (2 a 3 cm) N : noz (3 a 4 cm) G : ovo de galinha (4 a 5 cm) -Presença de Estruturas: -Folículos: representado por um círculo associado ao grau de flutuação. 0 : sem flutuação 1 : início de flutuação 2 : flutuação tensa 3 : flutuação clara 4 : flutuação intensa (folículo maduro) -Ex.: *Vesículas grandes e com pouca flutuação : cistos ovarianos; 11 www.veterinariandocs.com.br -Corpo Lúteo: representado por um círculo associado à sigla CL. Pode-se associar o grau de classificação de acordo com o tamanho da estrutura (1 a 3); Ex.: -Corpo Hemorrágico: representado por um corte em „V‟ associado à sigla CH; Ex.: 04.2.2-Vaginoscopia: exame realizado com especulo tubular vaginal esterilizado e fonte de luz. Utilizado em casos obstétricos, puerpério e presença de mal formações. O especulo é primeiramente passado no sentido craniodorsal e depois de passar pelo arco isquiático segue na horizontal em sentido cranial. -Cérvix: -Formato: C : cônica R : roseta A : atípica D : deformada -Grau de Abertura: 0: completamente fechada 1 : abertura de palha de trigo 2 : abertura de lápis 3 : abertura de 1 dedo 4 : abertura de 2 dedos 12 www.veterinariandocs.com.br -Coloração das Mucosas: A : anêmica B : pálida (rósea) C : hiperemia fisiológica (estro) D : hiperemia patológica (inflamação) -Grau de Umidade: 0 : seca (pegajosa) 1 : levemente úmida (espelhada) 2 : úmida 3 : coleção de muco *Obs.: secreção com características especiais (sangue e pus) devem ser anotadas a parte; **A limpeza para se fazer a vaginoscopia pode ser feita tanto a seco (método alemão) com papel toalha ou com água (método americano). O ideal é se associar os dois métodos; 13 www.veterinariandocs.com.br Diagnóstico de Gestação -Gestação: intervalo entre uma cópula fértil e o nascimento do produto. -Importância: diferenciação do estado gestacional fisiológico de alterações patológicas, evitando erros iatrogênicos. Sinais Diagnósticos -Comportamento Materno: -Cessação da atividade estral (não retorno ao cio); -Aumento do apetite; -Aumento do peso (anabolismo); -Temperamento mais dócil; -Sinais Clínicos: -Aumento de volume abdominal; -Desenvolvimento da glândula mamária; -Palpação Abdominal: -Palpação da vesícula gestacional e mais tardiamente o feto; -Balotamento fetal; -Palpação Retal: -Útero: assimetria, aumento de volume (presença de vesícula gestacional), dupla parede, flutuação, placentônios e balotamento fetal; -Ovários: presença de corpo lúteo; -Artéria Uterina Média: aumento de volume e presença de frêmito; -Vaginoscopia: -Colo Uterino: pálido, fechado e com presença de tampão mucoso; -Diagnóstico por Imagem/Som: -Scan A: detecta presença de fluídos; -Doppler: detecta ruídos cardíacos, fluxo placentário e fluxo do cordão umbilical; 14 www.veterinariandocs.com.br -Scan B (ultrassonografia): observação direta dos anexos fetais e do próprio feto; -Testes Laboratoriais: -Microscopia: -Muco Cervical: granulação e condensação; -Histologia: citologia vaginal; -Bioquímica: -Dosagem Hormonal: progesterona (soro e leite), estrógeno (urina), eCG e relaxina; -Métodos Cirúrgicos: laparotomia ou laparoscopia Diagnóstico de Gestação por Espécie 01-Égua: (tempo gestação : 340 dias) *Única espécies em que o concepto está envolto em uma cápsula glicoprotéica; 01.1-Palpação Retal: -Cérvix: alongada, firme e tubular (a partir do 16º dia); -Útero: 1º mês: útero reativo à manipulação (contração) e na cavidade pélvica; 2º mês: corno gestante começa a apresentar leve assimetria (variando de 5 a 15cm), presença de flutuação e corno gestante e não gestante ainda tensos. Útero ainda na cavidade pélvica; 3º mês: útero relaxado caindo para a cavidade abdominal, aumento na distensão (25cm) e a distinção entre o corpo e corno se torna menos evidente; 4º mês: fase de descida, útero relaxado e com claro balotamento. Ligamento largo distendido com ovários tracionados em posição medial; 5/6º mês: aumento da distensão do ligamento largo e ovários mais próximos; 7º ao 11º mês: fase de subida, clara palpação do feto (feto reage a manipulação) e feto insinuado na cavidade pélvica; -Ovários: -Início da gestação até o 40º dia: somente presença de corpo lúteo; -Entre o 40º e 90º dia: presença de corpo lúteo e folículos; 15 www.veterinariandocs.com.br -Após o 90º dia até o final da gestação: corpo lúteo; *Se tiver folículos maiores que 5mm não está gestante; -Artéria Uterina Média: verificada a partir do 5º mês; 01.2-Ultrassonografia: 10º ao 14º dia: observa-se vesícula gestacional, está vesícula migra pelo útero (5mm); 14º ao 20º dia: observa-se vesícula vitelínica com 15mm e com parada na migração. 21º dia: observação do embrião 23/24º dias: observação dos movimentos cardíacos; 30º dia: embrião no meio da vesícula; 33º dia: embrião no terço superior da vesícula; 36º dia: embrião em posição dorsal na vesícula; 40º dia: embrião no meio da vesícula com cordão umbilical; 41º ao 60º dia: feto em posição ventral na vesícula (verifica-se movimentos fetais); 01.3-Hormonal: -Progesterona: entre 18º e 23º dia (confirmação de não gestação); -eCG: presente somente em éguas prenhes, entretanto, após a formação dos cálices endometriais, o eCG mantém-se elevado mesmo após a morte do feto. O teste deve ser feito entre 50º e 100º dia (ideal); -Sulfato de Estrona: detectável no soro, leite, urina e fezes após o 4º mês. No soro, o pico ocorre aos 60 dias, antes dos 60 dias pode ocorre falso positivo (resíduos do estro); -Estrógenos (gônada fetal): teste de Cuboni (fluorescência na urina) e deve ser feito a partir do 100º dia; 01.4-Imunológico: -Inibição da hemoaglutinação em placa; 01.5-Métodos Biológicos (animais reativos) -Reação de Friedmann-Scheneider:em coelha e faz-se com soro a partir da 7ª semana; -Reação de Cole-Hart: em camundonga ou rata; -Reação de Brouha-Hinglais-Simmonet: em camundongo ou rato; -Reação de Galli-Mainini: em sapo ou rã macho; 16 www.veterinariandocs.com.br -Reação de Allen-Doisy: em rata adulta castada; -Reação do estro de Zondeck: em camundonga ou rata infantis; 02-Vaca: (tempo gestação : 285 dias) 02.1-Palpação Retal: -Cérvix: -Até 2º mês: fechada; -3º mês em diante: cérvix com tampão mucoso evidente e no final da gestação tem-se a liquefação deste tampão mucoso -Útero: -1º mês: cornos sem assimetria; -2º mês: leve assimetria do corno gestante com efeito de dupla parede, feto já pode ser palpado; -3º mês: útero caindo para cavidade abdominal e placentônios são semelhantes à ervilhas (difícil de serem palpados); -4º mês: semelhante ao 3º mês, com balotamento interno positivo e placentônios com 2cm de diâmetro (fácil palpação); -5º/6º mês: totalmente na cavidade abdominal, cérvix presa no assoalho da cavidade pélvica e difícil palpação do feto no 5º mês, já no 6º mês torna-se palpável. Tem-se movimentos flutuantes e placentônios entre 3 e 4cm; -7º ao 9º mês: prova do balotamento externo positiva pelo flanco direito, feto reage a manipulação, feto começa a voltar para cavidade pélvica e placentônios grandes (4 a 6cm); -Ovários: -1º mês: corpo lúteo palpável; -Entre 2º mês e 4º mês: corpo lúteo ipsilateral (localizado do mesmo lado onde houve a ovulação); -A partir do 5º mês: a palpação é desnecessária; -Artéria Uterina Média: -4º mês: perceptível; 17 www.veterinariandocs.com.br 02.2-Ultrassonografia: -13º ao 19º dia: observa-se vesícula embrionária; -20º ao 24º dia: observa-se o embrião; -24º ao 27º dia: observam-se os batimentos cardíacos; -30º ao 32º dia: observa-se o âmnion; -28º ao 34º dia: verificam-se os membros; -40º dia: verifica-se a coluna vertebral; -42º ao 50º dia: presença de movimentos fetais; -60º dia: presença de placentônios em todo o útero; 02.3-Hormônios, Antígenos e outras Proteínas: -Sulfato de Estrona: verifica-se no plasma, urina e leite entre o 72º e 100º de gestação; -Prova de Cuboni: estrógeno (gonada fetal) detectado na urina a partir do 100º dia; -Progesterona: pelos testes de RIA ou ELISA com soro u leite e é realizado entre o 20º e 25º após a cobertura (100% de confirmação); -Lactogênio Placentário (somatotrofina coriônica): a partir do 110º dia; -Proteínas B: específicas para gestação (PSP-B e PSP-60), são detectadas no soro a partir do 24º e 34º dia; -Proteínas Associadas à Gestação (PAG): detectáveis a partir do 34º dia (entre 87 e 98% de precisão); -Fator Precoce da Prenhes (EPF): detectado a partir de 6 a 24 horas após a concepção (em ovinos); 03-Cabra e Ovelha: (tempo gestação : 150 dias); 03.1-Palpação Reto-Abdominal: visa a palpação de obstáculo entre um bastão introduzido por via retal e a mão do operador no abdômen. 03.2-Biópsia Vaginal: baixa praticidade na execução; 03.3-Radiografia: esqueleto radiopaco com cerca de 65 dias; 03.4-Laparotomia: com uma incisão no flanco e outra paramediana ventral e cranial ao úbere e executa-se a palpação com dois dedos com 42º dias de gestação; 03.5-Hormônios: 18 www.veterinariandocs.com.br -Sulfato de Estrona: detectável no leite, soro ou urina por RIE ou ELISA entre o 40º e 50º dia; -Progesterona: detectável no leite ou soro a partir do 21º dia; 03.6-Métodos Ultrassônicos: -Scan A: transabdominal a partir do 50º dia após a cobertura; -Scan B: transretal (25º a 30º dia) e transabdominal (a partir do 40º dia); -Doppler: transabdominal (a partir do 50º dia) e transretal é mais precoce; 03.7-Palpação Abdominal: apenas em gestação avançada e com animal em jejum; 03.8-Métodos Imunológicos: -Proteínas Específicas da Gestação (PAG): detectável a partir da 3ª semana no soro sanguíneo; -Fator Precoce da Prenhes (EPF): detectado a partir de 6 a 24 horas após a concepção (em ovinos); 04-Porca: (tempo de gestação : 114 dias); 04.1-Palpação Retal: a partir do 30º dia verifica-se aumento de volume e presença de frêmito da artéria uterina média; 04.2-Hormônios: -Prostaglandina F2α; -Progesterona; -Sulfato de Estrona: na urina e detectável a partir do 21º a 33º dia de gestação; 04.3-Métodos Ultrassônicos: -Scan A: entre 30 e 75º dia; -Doppler: verifica-se os batimentos pela artéria uterina média (50 a 100bpm); -Scan B: observam-se vesículas amnióticas no 18º dia, embriões entre o 25º e 32º dia e movimentos fetais no 60º dia; 05-Cadela: (tempo de gestação : 63 dias) 05.1-Sinais Maternos: -Aumento de peso (evidente após a 5ª semana); 19 www.veterinariandocs.com.br -Aceleração da freqüência respiratória (evidente após a 5ª semana); -Glândula mamária: -35º dia: ruborização da base dos mamilos (tetas engurgitadas); -45º dia: tetas longas e tumefeitas; -50º dia: hipertrofia da glândula mamária e presença de secreção aquosa ou leite; 05.2-Palpação Transabdominal: útero não palpável até 21 dias; -24º ao 28º dia: verifica-se regiões firmes com contorno esférico; -28º ao 30º dia: verifica-se regiões esféricas, facilmente palpáveis (1,5 a 3,5cm); -Após o 31º dia: os istmos que separam as ampolas se dilatam, não sendo possível a individualização das mesmas; -42º ao 50º dia: acentuado desenvolvimento fetal (crânios palpáveis); 05.3-Auscultação: somente nos últimos 15 dias de gestação (ritmo de galope e entre 180 e 240bpm); 05.4-Hormônios: -Progesterona: não confirma gestação, apenas atividade lútea; -Prolactina: entre 20 e 30 dias; -Relaxina: entre 26 e 31 dias; 05.5-Hematológico: verifica-se anemia normocítica por volta de 30 a 45 dia ao final da gestação; 05.6-Radiografia: determina-se o número de fetos (considerando o crânio), os fetos são visíveis entre o 42º e 52º dias de gestação na cadela e entre 38º e 43º dia na gata e é difícil em pacientes obesos; 05.7-Ultrassônicos: -Doppler: verifica-se presença de ruídos cardíacos entre 32º e 39º dia de gestação com 200bpm; -Scan B: a partir da 3ª semana é possível a identificação das vesículas embrionárias; 20 www.veterinariandocs.com.br Patologias Infecciosas Inespecíficas 01-Ovarites e/ou Ooforites: processo infeccioso dos ovários e folículos respectivamente. Normalmente são processo secundários e levam à lesões fibróticas ou aderências. 02-Salpingite: é o processo infeccioso dos ovidutos, sendo normalmente bilateral. É causado comumente pela palpação retal ou é secundária a endometrites ou peritonites. Nos casos mais graves o órgão pode apresentar consistência dura e aumento de volume. -Diagnóstico: palpação retal e teste da permeabilidade tubárica. Este teste é baseado na introdução de fenolftaleína no corno uterino com uma sonda de Foley. Caso haja permeabilidade, a fenolftaleína passa pelo oviduto e cai na cavidade abdominal sendo rapidamente absorvida e eliminada pela urina. A ausência de urina corada em até 20 minutos, indica obstrução. Deve-se adicionar NaOH na urina, pois a fenolftaleína não é verificada se a urina for ácida. -Negativo para obstrução: urina rosa; -Positivo para obstrução: ausência de urina rosa; -Tratamento: terapia com antibióticos em doses maciças; 03-Metrite: o útero geralmente é um ambiente estéril, mas durante o parto e período puerperal, as bactérias do ambiente, bem como do próprio animal (pele e fezes), invadem o canal do parto. Mesmo com um parto normal e com evolução favorável, nas primeiras duas semanas após o parto existe uma grande incidência de bactérias no útero, e com o passar dos dias este número de bactérias é reduzido. Em condições normais os mecanismos de defesa do útero controlam os agentes patogênicos por diferentes mecanismos de defesa. -Mecanismo de Defesa: -Anatômico: existência de epitélio colunar que recobre o endométrio. -Químico: secreção de muco pelas glândulas endometriais; -Imunológico: ação dos polimorfonucleares e anticorpos humorais *O cálcio exerce papel fundamental na contração muscular e sua carência determina além da atonia uterina, a retenção de placenta e infecções. E ausência de vitamina A e selênio, podem ser predisponentes aos processos infecciosos. **Quando o útero encontra-se sob ação da progesterona, ele está mais susceptível à instalação de processos infecciosos (tem-se o favorecimento do crescimento de microorganismos). Com o estrógeno ocorre o contrário, ocorrendo ativação da quimiotaxia local pelo aumento do afluxo sanguíneo uterino, tornando mais eficiente a resposta miometrial a ação da ocitocina. 21 www.veterinariandocs.com.br ***A partir do 35º dia pós parto, a presença de bactérias no interior do útero determina uma queda na taxa de concepção; -Classificação: metrite pueperal, endometrite subclínica, endometrite clínica e piometra; 03.1-Endometrite Puerperal (loquiometra): é um quadro caracterizado por complicação uterina, determinada por contaminação bacteriana num período precoce do puerpério (4 a 10 dias pós parto). O desenvolvimento desta patologia coincide com o recrutamento da primeira onda folicular pós parto. Foi observado que os primeiros folículos dominantes após o parto ocorre no ovário contralateral ao corno gestante (menor carga bacteriana). As endotoxinas absorvidas do útero suprimem a descarga de LH e induzem a formação de cistos. -Características: -Atraso na involução uterina e secreção de coloração vermelha/marrom de odor fétido. -Sinais Clínicos: Sinais sistêmicos: prostação, anorexia, emagrecimento e hipertermina. Também apresenta descarga vulvar de coloração vermelha/marrom de odor fétido. -Tratamento: -Terapia com antibióticos de largo espectro (parenteral e intrauterino); -PGF2α (só age quando se tem corpo lúteo), ocitocina ou estrógeno + ocitocina para drenar o conteúdo; -Sifonagens com desinfetantes com posterior infusão de antibióticos; *Lóquios normais: -Até 3 dias: lóquio avermelhado; -Entre o 3º e 7º dia: lóquio vinho ou achocolatado; -Entre o 7º e 14º dia: lóquio café claro com abundante muco; -Entre o 14º e 25º dia: muco fracamente avermelhado ou claro; 03.2-Endometrite Subclínica (CG1): também denominada catarro genital de 1º grau (CG1) ou endometrite catarral. É uma patologia que ocorre em qualquer período após a involução completa do útero (60 dias pós parto), sendo caracterizada por uma extensiva infiltração de neutrófilos, que apenas podem ser detectados por exames citológicos. -Características: 22 www.veterinariandocs.com.br -Retorno ao cio em período regulares, não ocorrendo aumento de volume do útero. -Quando em cio, o muco pode apresentar-se com tonalidade acinzentada e algumas vezes em grande quantidade. -Diagnóstico: -Citologia endometrial (swab) -Vaginoscopia (na fase lútea, verificando-se mucosas hiperêmicas, secreção mucosa e cérvix aberta); 03.3-Endometrite Clínica (CG2 ou CG3): quadro caracterizado por inflamação mais superficial do endométrio, apresentando congestão vascular, edema do estroma e migração de neutrófilos. O tipo de sinais clínicos (quantidade e características do catarro) determinam 2 tipos de endometrites (GC2 e CG3). -CG2 (endometrite mucopurulenta): não tem-se aumento de volume uterino, apenas as paredes uterinas estão mais espessadas. O animal apresenta cios normais com muco entremeado de pequenos flocos de pus. -Vaginoscopia: mucosas hiperêmicas, cérvix aberta e muco entremeado de pus no assoalho da vagina; -CG3 (endometrite purulenta): semelhante ao CG2 mas tem-se alterações de ciclo (indução do anestro por um corpo lúteo persistente), aumento de volume uterino e exsudato purulento o qual é eliminado pela vagina. 03.4-Piometra (CG4): é o processo infeccioso do útero caracterizado pelo acúmulo exagerado de exsudato purulentoo. Ocorre quando a endometrite se instala após ocorrer uma ovulação, com a conseqüente formação de corpo lúteo e fechamento da cérvix. Nestes animais ocorre o acúmulo de pus determinando um influxo de polimorfonucleares em função do potente sinal determinado pelo útero inflamado. -Sinais Clínicos: cérvix fechada, mucosas pálidas com um corpo lúteo persistente. *Diferenciar de gestação: na gestação tem-se as paredes uterinas delgadas e a prova do beliscamento positiva. -Tratamento: -PGF2α para abrir a cérvix e drenar o conteúdo; -Curetagem química (Lugol com intervalos de 8 a 10 dias); -Terapia com antibióticos; -Sifonagens com desinfetantes (permanganato de potássio ou iodopovidona) 23 www.veterinariandocs.com.br 03.5-Endometrite na Égua: na égua, a presença de sêmen no útero induz a uma reação inflamatória causando um aumento da contratilidade uterina, responsável pela eliminação de excesso de conteúdo uterino. Com regime de coberturas freqüentes ou alterações morfológicas (idade ou pneumovagina) podem determinar uma resposta inflamatória excessiva, acompanhada de acúmulo de fluído. -Tratamento: -Sifonagem com desinfetantes; -Antibióticos locais ou parenterais; 04-Metrite na Cadela: é um processo diretamente relacionado a período pós-parto. A causa é uma infecção ascendente após o parto eutócico, distócico, aborto e/ou retenção de placenta. -Sinais Clínicos: hipertermia, anorexia, depressão, desprezo pelos fetos e exsudação purulenta (descarga vulvar); -Diagnóstico: -Citologia (leucócitos e bactérias); -Radiografia ou ultrassonografia (mostram retenção de placenta ou de fetos); -Tratamento: -Evacuação do conteúdo com aplicação de ocitocina; -Terapia com antibióticos; 05-Complexo Hiperplasia Cística do Endométrio (Piometra): é determinada por uma alteração primária decorrente da hiperplasia cística do endométrio, durante o diestro. Desenvolve-se a partir de uma repetida e prolongada exposição do útero sensibilizado ao estrógeno á progesterona (o estrógeno aumenta o número de receptores para a progesterona no endométrio); -Sinais Clínicos: estro de 1 a 12 semanas, anorexia, poliúria, polidipsia, depressão, descarga vulvar purulenta (cérvix aberta) e distensão abdominal. -Diagnóstico: -Aumento de volume uterino com não associação à gestação; -Radiografia e/ou ultrassonografia; -Hemograma (leucocitose – neutrofilia com desvio à esquerda e no caso de septicemia tem-se neutropenia); -Uremia pré-renal (desidratação); 24 www.veterinariandocs.com.br -Tratamento: -O mais indicado é a OSH; -Tratamento de suporte, visando estabilizar o paciente (terapia com fluídos, eletrolíticos e nutrição); -Terapia com antibióticos; 25 www.veterinariandocs.com.br Referências Bibliográficas E.S.E. HAFEZ. Reprodução Animal. 4 ed. São Paulo: Editora Manole, 1982. BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia. 5 a ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. GRUNERT, E. GREGORY, R. M. Diagnóstico e Terapêutica da Infertilidade na Vaca. 1 ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 1984. 26 www.veterinariandocs.com.br