Informativo 19
São Paulo, 02 de Maio de 2013.
Informativo 19.
REF.: FEED BACK COMITÊ BAJA
Prezadas Equipes,
Parabéns pela participação na XIX Competição Baja SAE Brasil - Petrobrás. O
sucesso da competição advém da colaboração e envolvimento de todas as equipes.
Gostaríamos de compartilhar a visão do Staff e Comitê Técnico sobre alguns pontos
que verificados durante a competição. Solicitamos que o mesmo fosse feito por parte
das equipes, nos enviando comentários, sugestões por e-mail [email protected] e
até propostas de alteração no regulamento RBSB, conforme instruções no site do
evento.
- Relatórios de Projeto: o comitê está consolidando os feedbacks de todos os juízes
avaliadores dos relatórios e preparando para envio às equipes. Cada relatório foi
avaliado por pelo menos quatro juízes diferentes, em um total de trinta e quatro juízes.
A expectativa é que este material seja enviado às equipes o mais breve possível.
- Apresentações de projeto: a logística envolvendo esta prova é complexa e o comitê
conhece todas as limitações que se tem hoje. Todos os anos são propostas e
avaliadas idéias para tornar os critérios de avaliação mais homogêneos e, mesmo com
todo o esforço, sabemos que há muito a ser realizado ainda. Reforçamos que as
equipes devem enviar suas ideias para o e-mail [email protected] , para que
estas sejam reunidas e discutidas.
A tendência é que estas provas ganhem cada vez mais força dentro da competição. O
objetivo principal da competição que é formar engenheiros diferenciados pode ser
muito bem explorado nas provas teóricas. A postura, a habilidade de sintetizar
conhecimento, a articulação na apresentação de idéia e o aprofundamento técnico são
primordiais para este diferencial. Em função do aquecimento do mercado Brasileiro,
cada vez mais e mais cedo alunos têm ingressado no mercado de trabalho, fazendo
com que o projeto de extensão perca forças dentro das instituições de ensino. Fica
nítido que cada vez mais “caras novas”, pela rotatividade e média de idade, têm
representado suas escolas e em todas as provas aparecem reflexos dessas
mudanças. Para que a organização da competição consiga promover e garantir que os
objetivos do projeto sejam alcançados é necessário que as provas passem por
modificações. Talvez as provas teóricas de relatórios e apresentações de projeto
sejam as que exigem maior investimento.
As avaliações da última competição demonstraram dois aspectos relevantes que serão
cuidadosamente avaliados nas próximas edições: conformidade do projeto com as
informações apresentadas nas provas teóricas e capacidade de argumentação e
sustentação das informações prestadas. Sabemos que cada equipe e cada geração
apresentarão um nível de aprofundamento técnico diferente e este fato ainda não é o
foco. As equipes têm apresentado veículos com significativas diferenças entre o
ilustrado e o construído, além de não conseguirem explicar e nem balizar o que é dito
e escrito. A crítica é que as equipes tenham condições de sustentar o conhecimento
aplicado no projeto, independente do nível técnico superado.
Podem-se explicitar os modelos matemáticos, as análises em programas
computacionais e as experimentações como os grandes vilões. As equipes têm
herdado de gerações anteriores e de outras equipes determinadas ideias, soluções e
informações que não são absorvidas da forma que deveriam. O resultado são carros,
banners e relatórios de bom apelo técnico, mas que não representam a capacidade
técnica dos alunos. É desejável sim que este tipo de fluxo de conhecimento ocorra,
mas ele deve ser criterioso e vantajoso para a formação de vocês estudantes e não
belo para os olhos dos juízes.
Serão tomadas medidas nas próximas competições para impedir que este cenário se
repita. Serão empregados cada vez mais juízes especialistas nos assuntos em
julgamento e este tipo de cobrança terá cada vez mais peso, até se tornar um item
eliminatório. Queremos que as equipes apresentem o projeto que realmente
elaboraram e construíram além de, principalmente, conseguirem sustentar todas
aquelas informações apresentadas na escrita e na fala.
Por último, destacam-se alguns itens que estão sendo mal executados e, em muitas
vezes, deixado de lado neste tipo de avaliação: custos, produção em massa,
manutenção são grandes exemplos. A própria elaboração de metas e objetivos tem
sido muito deficiente, sendo estes os requisitos mínimos e iniciais para qualquer
desenvolvimento de projeto. Mesmo sem a apresentação coerente destes requisitos
mínimos são apresentadas análises pelo método dos elementos finitos, inconclusivos
e, na maioria dos casos, sem representação dentro do projeto.
Nós engenheiros, inseridos no mercado, sabemos bem que este cenário acima não é
ideal para formação dos profissionais diferenciados que todos almejam ser. Vamos
trabalhar juntos para propiciar o melhor cenário para vocês alunos.
Mais uma vez, parabéns a todos!
Saudações
Comitê Baja SAE Brasil
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