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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA
Ana Paula Petrocchi
Heloísa Silva
Maely Soares
Laura de Freitas
QUEIMADAS NO BRASIL: UMA REVISÃO SOB PERSPECTIVAS ATUAIS E DE
AQUECIMENTO GLOBAL
Florianópolis
Julho de 2011
21
Dedicamos este projeto a Cruella Silva,
Malévola Silveira, Úrsula Souza e
Mortícia Medeiros pelo apoio,
união e boa vontade.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente, ao nosso professor orientador
Jeferson Machado por sua dedicação, atenção e entusiasmo. Agradecemos também
a Claudia por sempre estar conosco. À professora Márcia Fuentes e todos nossos
outros professores do Curso Técnico de Meteorologia a suas respectivas
competências ao nos repassar o ensino de base para a realização deste projeto.
21
“É preferível mil vezes afrontar o mundo
estando de acordo com a sua consciência
que afrontar a sua consciência para ser
agradável ao mundo.
Tudo está bem com você,
mesmo que tudo pareça estar
completamente errado, se tem paz interior.
Inversamente,
tudo está errado com você, mesmo que
exteriormente tudo pareça estar bem,
se não está em paz com sua consciência.” –
Mahatma Gandhi
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RESUMO
O objetivo desta monografia é conhecer as queimadas do Brasil e suas
conseqüências para o aquecimento global além de mostrar as projeções das
queimadas futuras em cenários de aquecimento global. Mediante pesquisas
bibliográficas estabeleceu-se a relação entre a meteorologia e as queimadas, as
quais podem ser naturais ou forçadas, ambas difíceis de controlar.
Palavras-Chave: Queimadas Aquecimento global Meteorologia.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................7
2 O QUE SÃO QUEIMADAS............................................................................8
2.1 Incêndio florestal.......................................................................................8
2.2 Focos de calor...........................................................................................9
3 MOTIVOS PARA A OCORRÊNCIA DE QUEIMADAS................................11
3.1 Conseqüências das queimadas...............................................................11
3.1.1 Empobrecimento do solo........................................................................11
4 NO BRASIL, ONDE AS QUEIMADAS OCORREM.....................................12
4.1 Locais Críticos.........................................................................................12
5 FATORES METEOROLOGICAS PROPICIAS A OCORRÊNCIA DE
QUEIMADAS...................................................................................................13
5.1 Época propicia no Brasil, para a ocorrência de queimadas................13
5.2 Incêndios..................................................................................................13
5.2.1 Componentes necessários para ocorrência de incêndios......................14
5.2.2 Tipos de Incêndios.................................................................................15
6 AQUECIMENTO GLOBAL..........................................................................16
6.1 Gases do Efeito Estufa...........................................................................16
6.2 Absorção..................................................................................................17
6.3 Queimadas e o Aquecimento Global.....................................................18
7 CONCLUSÃO..............................................................................................19
8 REFERÊNCIAS............................................................................................20
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1 INTRODUÇÃO
A necessidade das queimadas para limpeza de áreas de cultivo e a sua
relação com um assunto altamente difundido na sociedade, o aquecimento global,
possui estatísticas interessantes que refletem na climatologia dos locais bem como
de todo o planeta.
Além das influências de tais práticas na climatologia, há também estudos que
projetam a relação do aumento do efeito estufa com condições ainda mais propícias
para a ocorrência de queimadas forçadas, os incêndios.
A definição física e química dos processos envolvidos é de extrema
importância para a identificação das problemáticas que assolam agricultores e
trabalhadores em geral que dependem da variabilidade do clima local para que
difundir projetos e estudos sobre as condições climáticas existentes.
Tem-se como base a ciência meteorológica para a investigação destes
eventos e suas conseqüências, recorrendo a dados registrados e projeções através
de modelos, apresentando conclusões que desencadeiam a tomada de atitudes de
diversos setores com o objetivo de amenizar impactos e administrar danos.
Esta monografia tem como objetivo apresentar tais problemas, seus conceitos
básicos de desenvolvimento e origem, abrangendo assuntos meteorológicos e
rurais, explicando responsáveis e atingidos pelo tema apresentado.
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2 O QUE SÃO QUEIMADAS?
A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo de
forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens, pois é um
método econômico. Deve ser feita sob determinadas condições ambientais que
permitam que o fogo se mantenha confinado à área que será utilizada para a
agricultura ou pecuária.
As queimadas são mais frequentes em áreas rurais que praticam técnicas
rudimentares de preparo da terra, quando existe uma área a qual se pretende
cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o
solo.
A prática de realizar uma queimada promove uma série de problemas
ambientais e tem acontecido em diversos pontos do planeta. Por ser um recurso que
não exige investimentos financeiros, os países subdesenvolvidos são os que mais
utilizam esse tipo de recurso.
Para a agricultura, realizar uma queimada para o seu desenvolvimento é uma
ação negativa, pois além de o solo perder nutrientes, os microrganismos presentes
nele e que garantem a fertilidade são exterminados. A camada superficial do solo
fica empobrecida e com o decorrer de seguidos plantios a situação se agrava e
resulta na infertilidade do solo.
Segundo o dicionário Aurélio (1997, p. 1430) Queimada é 1. queima de mato, de
vegetação seca ou verde, geralmente com o fim de preparar o terreno para semear
ou plantar; 2. lugar onde se faz queimada(1); 4. parte de floresta ou de campo que
se incendeia casualmente ou de propósito.
2.1 Incêndio florestal
Incêndio florestal é o fogo sem controle que incide em vegetações de qualquer
forma, podendo ser provocado pelo homem (intencional ou negligência), ou por uma
causa natural, como os raios solares, por exemplo.
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2.2 Focos de calor
Focos de calor podem ser definidos como qualquer temperatura registrada acima
de 47ºC. Entretanto, um foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou
incêndio. A tabela abaixo mostra a evolução dos focos de calor no Brasil nos
últimos anos.
Brasil
Meses
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Janeiro
-
-
1.670
1.997
560
1.654
3.603
Fevereiro
-
-
9.359
2.666
1.139
1.570
2.367
Março
-
-
780
850
1.510
1.679
3.181
Abril
-
-
565
431
1.112
1.682
1.902
Maio
-
1.081
1.215
2.273
2.112
3.818
3.871
Junho
814
2.914
2.562
6.316
8.461
10.840
10.549
Julho
3.629
7.198
5.841
4.933
6.762
10.770
19.398
Agosto
17.257 32.112
32.170
24.234
32.911 47.266
27.681
Setembro
20.580 33.613
31.936
24.775
3.713
61.012
57.262
Outubro
14.188 18.638
24.153
27.102
-
52.077
43.058
Novembro
4.053
5.823
9.753
8.496
-
30.356
23.010
Dezembro
-
3.911
5.963
4.645
-
11.649
15.061
Total
(média)
60.521 105.290 125.967 108.718 58.280 243.373 210.943
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Fonte: Inpe - Instituto de Pesquisas Espaciais.
Imagem disponível em:<http://www.inmet.gov.br/modelo/skel/?tp=0&hr=00h&pm=ur&nv=&noaa=n15>
Figura 1. Focos de calor na américa do sul em junho de 2011
3 MOTIVO PARA A OCORRÊNCIA DE QUEIMADAS
A queimada é o método mais econômico e suas concessões em curto prazo
ajudam o trabalhador rural para a limpeza de uma área de plantio, queima resíduos, e
além disso é útil para o controle de pragas, renovação de pastagens e também facilita a
colheita, principalmente a da cana-de-açúcar.
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Para que o solo fique realmente limpo depois do desmatamento são necessários
aproximadamente oito anos de queima. Durante o primeiro ano só é possível queimar
uma pequena parcela da massa florestal, que são: folhas, pontas de galhos, ramagens,
entre outros. No segundo ano o material já queimado no primeiro, fica mais lenhoso,
assim, queimando um pouco mais, então uma área queima por oito anos até que fique
adequada para o plantio.
3.1 Consequências das queimadas
A cada vez que o agricultor pratica o ato de queimar pastaria e matas, o solo
degrada-se e mudam também suas características físicas, químicas e biológicas de todo
um ecossistema. Em curto prazo as queimadas podem até ajudar na fertilização do solo,
pois com estas concentram-se nutrientes necessários para a plantação, mas essa
contribuição dura pouco tempo, além de causar graves consequências.
3.1.1 Solo
Após certo período de tempo, a queimada causa o empobrecimento do solo,
exterminando microorganismos indispensáveis à fertilização, alteram nutrientes, como o
cálcio, enxofre e potássio. Em sete anos, são perdidos 96% de nitrogênio, 76% de
enxofre, 47% de fósforo, 48% de potássio, 35% de cálcio, e 40% de magnésio do solo.
O homem quando a pratica não tem a noção de que queimando estará degradando
a fauna e a flora brasileira, e que deste sistema: água, luz e solo, que demorou anos para
se formar, dependem todos os seres vivos para sobreviver.
As queimadas provocam o aumento dos gases de Efeito Estufa, contribuindo para
um exacerbado aquecimento global modificando esquemas climáticos em todo o globo
terrestre.
4 OCORRÊNCIA DE QUEIMADAS NO BRASIL
Hoje, de cada três focos de incêndio detectados na América do Sul, dois são
provenientes do Brasil, Segundo o órgão que monitora incêndios, Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), no dia 19 de agosto de 2010, o país possuía 12.044 focos de
incêndios de 18.221 registrados na América do Sul.
21
Em todo o continente sul-americano são altos os números de queimadas, e o Brasil
possui o número de focos maior que todos os outros países vizinhos. Contribuindo com
isto, estão sua extensão territorial e sua produção agrícola, ambos são muito maiores de
que o de outros países. O território brasileiro possui aproximadamente 8,51 milhões de
km² e a América do Sul 17,85 milhões de Km² , ou seja, o Brasil representa metade do
continente sul-americano. As queimadas do Brasil concentram-se no norte da região
Centro-Oeste e no sul da região Norte, onde se localizam as maiores expansões das
frenteiras agrícolas brasileiras.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisas Espaciais (EMBRAPA), “o número de
queimadas segue com tendência de crescimento anual, tanto em termos espaciais como
em intensidade, mesmo se ocorrem declínios em alguns locais ou regiões. Na Bacia
Amazônica, o índice de incidência de queimadas por quadrículas de 100 km² passou de
4,5 queimadas em 1997 para 7,5 em 1999. No Complexo do Pantanal, principalmente em
sua região norte, esse mesmo índice passou de 2 queimadas para 8 queimadas por 100
km². A região Centro-Oeste passou de 37% das queimadas do país em 1997 para 48%
em 1999.”
4.1 Locais Críticos
As áreas mais críticas em relação a queimadas, representam cerca de 50% das
queimadas de cada estado, que são: vinte municípios do Mato Grosso, doze municípios
do Pará, doze municípios do Maranhão e vinte e três municípios do Tocantins.
5
CONDIÇÕES
METEOROLÓGICAS
PROPICIOS
A
OCORRÊNCIA
DE
QUEIMADAS
Os fatores meteorológicos estão diretamente ligados com a questão dos
estados que têm a maior incidência de queimadas. Devido às causas, pode-se
chamar este tipo de queimada de incêndios florestais, uma vez que não são
iniciados a propositalmente com a intenção de limpar uma área de plantação.
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Dentre as condições propícias pode-se citar a baixa umidade do ar, a falta de
chuva e as altas temperaturas, raios, reações exotérmicas com fermentação,
concentração de raios solares em pedaços de quartzos ou cacos de vidro, formando
assim uma lente convergente. Em escala mundial o El Niño também pode ser citado,
uma vez que altera as temperaturas do centro-oeste do Brasil, sudeste asiático e
partes do Canadá e Estados Unidos.
5.1 Época propícia no Brasil para a ocorrência de queimadas
No Brasil, a época mais propícia para queimadas são nos meses de junho a
outubro, já que a atuação das massas de ar frio deixa o tempo mais seco e com
menores valores de precipitação na parte central do Brasil.
5.2 Incêndios
A formação de incêndios é influenciada pela alta temperatura e com aumento
previsto de 3º a 5º na temperatura da região central do país isso tende a se agravar.
Na figura 1 observa-se a tendência desse aquecimento.
5.2.1 Componentes necessários para ocorrência de incêndio:
Para que haja um incêndio é necessário três componentes básicos, são eles:
o combustível, o oxigênio e o calor.
O combustível neste caso podem ser folhas secas, pequenos arbustos,
pastagens secas e árvores. O ar fornece o oxigênio e o calor leva o combustível até
21
sua temperatura de ignição. Estes três formam o que se chama de Triângulo do
Fogo, a maior preocupação dos bombeiros no momento de combater um incêndio
florestal é remover pelo menos um dos pilares do triângulo, assim o fogo não se
retro alimenta.
Após a combustão o espalhamento do incêndio depende de quatro fatores:
combustível, ventos clima e topografia. A presença, ausência, formato e a
quantidade de um destes três podem ditar o curso e a intensidade do incêndio. Os
combustíveis afetam de diferentes modos, tudo depende do seu tamanho e formato,
organização e conteúdo de umidade. Os ventos são os que mais interferem na
velocidade de propagação do fogo, podendo chegar a 23 km/h a propagação e para
contribuir ainda mais com o estrago, o calor produzido forma rajadas que aumentam
até 10 vezes a velocidade dos ventos do local. Esses ventos formados por calor
chegam a formar redemoinhos que lançam o incêndio para longe, agravando assim
a situação. Um agravante é que à medida que o fogo avança ele vai secando todo o
material que porventura esteja úmido ao seu redor, criando assim, mais combustível.
Já a topografia influencia de modo que fogo se espalhar mais rapidamente colina
acima devido à tendência à convecção que faz o ar quente ascender, à medida que
o ar quente sobe seca toda a vegetação acima do fogo, preparando assim o terreno
para o alastramento do mesmo. Geralmente ao chegar ao topo ele cessa uma vez
que já consumiu todo o combustível disponível na subida. Porém isto não é uma
regra, caso o vento esteja soprando colina a baixo o fogo se espalhará.
5.2.2 Tipos de incêndios
Os incêndios podem ser classificados em três categorias:
a) rasteiro ou Superficial – libera muito calor e se alastra rapidamente;
b) subterrâneo – alastra-se lentamente, quase não libera fumaça e atinge
raízes camada de humos e turfas no subsolo;
c) incêndio de copo – o mais difícil de combater por se alastrar rapidamente
pelas copas das árvores e ter grande poder de destruição.
6 QUEIMADAS E O AQUECIMENTO GLOBAL
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A radiação é uma forma de propagação de energia. Através de ondas
eletromagnéticas e é emitida por todo corpo com temperatura diferente de zero
absoluto.
Essas emissões são diretamente proporcionais à temperatura do corpo
emissor. As ondas de propagação de energia, ou seja, a radiação emitida pelo Sol
tem alta frequência e pequeno comprimento, enquanto que a emitida pela superfície
da Terra é de ondas longas, com baixa frequência. A incidência dos raios solares na
superfície da Terra sofre pouca influência, pois a capacidade de interação dos gases
e partículas contidos na atmosfera com esse tipo de onda (curta) é muito baixa,
diferente da interação com a radiação Terrestre (de ondas longas).
Estes conceitos são de extrema importância quando o assunto é aquecimento
global, tendo em vista que este processo está diretamente ligado com características
das ondas eletromagnéticas, como, principalmente, a absorção e emissão dessa
energia.
6.1 Gases do Efeito Estufa
Outro fator importante neste processo é a influência dos gases chamados
gases de Efeito Estufa. São em sua maioria liberados por agentes poluidores como
queima de combustíveis nos carros e fábricas, criação de gado e setor agropecuário
no geral e finalmente, as queimadas, que liberam principalmente: Dióxido de
Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O), Clorofluorcarbonos (CFCs),
Ozônio (O3) e vapor de água (H2O).
6.2 Radiação
A Figura 2 mostra o espectro da radiação solar que atinge a superfície da
Terra para o caso do Sol no zênite (altura = 90° ) (curva inferior), juntamente com o
espectro da radiação solar incidente no topo da atmosfera (curva superior). A área
entre as duas curvas representa a diminuição da radiação devido a: 1)
retroespalhamento e absorção por nuvens e aerossóis e retroespalhamento por
moléculas do ar (área não sombreada) e 2) absorção por moléculas do ar (área
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sombreada).
Imagem disponível em: <http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-7.html>
Figura 2 Absortividade de alguns gases da atmosfera e da atmosfera como um todo.
A radiação emitida pelo Sol pode sofrer reflexão ou absorção pela superfície
terrestre. Cada corpo, de acordo com seu material e até mesmo coloração, possui
uma capacidade de reflexão diferente. Esse percentual é denominado albedo.
21
6.3 Absorção
Na propriedade de absorção, como em todo o corpo opaco, há um aumento de
temperatura, esse aumento de temperatura garante à Terra a característica de corpo
emissor, como já mencionado, de ondas longas. Essa emissão é absorvida pelos
gases de efeito estufa contidos na atmosfera que aumentam sua temperatura e
emitem novamente, garantindo uma temperatura confortável e propícia para a vida
na Terra. O Efeito estufa é o aumento exacerbado desse aquecimento decorrente do
aumento de emissão desses gases.
6.4 Queimadas e o Aquecimento Global
De acordo com SALES (2009) as queimadas, no âmbito global, são a
segunda maior fonte de emissão de gases no efeito estufa. No Brasil, as queimadas
são responsáveis por cerca de 60-70% das emissões de Dióxido de Carbono (CO2),
para a atmosfera, ou seja, é a principal fonte emissora.
Apresentada a relação do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera
decorrente do aumento das queimadas, há também a relação contrária. SALES
(2009) utiliza dados provenientes de simulações numéricas e identifica a propensão
do clima, com o agravamento do aquecimento global, para ocorrência de queimadas.
A análise para condições de aquecimento global mostra uma intensificação
ainda maior da zona crítica ao uso do fogo (SALES, 2009).
7 CONCLUSÃO
A incidência do fogo na sociedade é uma característica do Neolítico.A
queimada, muito utilizada por agricultores no Brasil, causam problemas
agronômicos, ecológicos e de saúde publica. As mesmas ocorrem em todo território
brasileiro, a utilização deste método vai desde formas de agricultura primitiva, a
exemplos das praticadas por indígenas e caboclos, até os altamente intensificados
sistemas de produção, como os utilizados para a cana-de-açúcar e algodão.
As queimadas são utilizadas para a limpeza de áreas de plantação, para
colheita, renovação de pastagens, para a eliminação de pragas e doenças, entre
outras utilizações. Em anos de tempo muito seco e com a influência do El Niño, o
número e a extensão das queimadas e incêndios aumentam em todo o planeta.
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As queimadas mudam a química da atmosfera e influenciam nas mudanças
globais como no processo de Aquecimento global, tal processo é também um
agravador de elementos meteorológicos propícios para as queimadas, como
observado nos resultados de SALES (2009). Portanto, é necessário conhecer os
resultados de tudo que está relacionado com a atmosfera e com o clima de uma
região, bem como os seus impactos nos sistemas meteorológicos em todo o planeta,
para que se identifiquem as causas do problema e eventuais soluções.
21
REFERÊNCIAS
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ENTRE “focos de calor” e condições meteorológicas no Brasil. XII Congresso Brasileiro
de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002: Disponível em: <http://www.cbmet.com/cbmfiles/11-c89e8a4e7b3271429a0456aaa5367981.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2011.
BONSOR, Kevin. Como funcionam os incêndios florestais. Disponível em:
<http://ambiente.hsw.uol.com.br/incendios-florestais.htm>. Acesso em: 04 maio 2011.
FARIA, Caroline. Incêndio Florestal.Infoescola. Disponível em:
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08/04/13/mudancas-climaticas-2/&usg=__WSJrFaIzOfeZ1nn3dSW1_YQETg=&h=263&w=300&sz=29&hl=ptBR&start=128&zoom=1&tbnid=aeohrQX2r3bjxM:&tbnh=125&tbnw=143&ei=UzLBTZeOM70gAeKtpT1BQ&prev=/search%3Fq%3Dfatores%2Bclimaticos%2Bqueimadas%26u
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s=1&iact=hc&vpx=238&vpy=110&dur=1909&hovh=210&hovw=240&tx=101&ty=105&page
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br/arquivo/queimadas-triplicaram-no-
21
cerrado/&usg=__mNWgxy0UlwCgKFn5FWBFXqNUGio=&h=584&w=500&sz=123&hl=ptBR&start=0&zoom=1&tbnid=8ilV12u6XbqQ_M:&tbnh=121&tbnw=104&ei=fTPBTcPdC5S_
gQely3ZBQ&prev=/search%3Fq%3Dfatores%2Bclimaticos%2Bqueimadas%2Bgraficos%26um
%3D1%26hl%3DptBR%26biw%3D1138%26bih%3D555%26tbm%3Disch0%2C267&um=1&itbs=1&iact=hc&v
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2011.
21
GRIMM, Alice Marlene. Apostila de Meteorologia Básica. Universidade Federal do
Paraná. Disponível em: <http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-7.html>. Acesso
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FERREIRA, Artur Gonçalves. Meteorologia Prática, São Paulo, n. , p.15-25, 02 maio
2011.