FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA
ÁREA DE LICENCIATURA EM QUIMICA
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA NO ATO DE
EDUCAR
ELISÂNGELA FIORRILO DA COSTA
Santo Antonio do Caiuá - PR
2012
ELISÂNGELA FIORRILO DA COSTA
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA NO ATO DE EDUCAR
Monografia apresentada como requisito parcial
para obtenção do título de Licenciado em
Química no Programa Especial de Formações
de Docentes da Faculdade Integrada da Grande
Fortaleza – FGF, sob a orientação do Profº.
Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante.
Santo Antonio do Caiuá - PR
2012
Monografia submetida ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes
em Química, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de
Licenciado em Química, autorgado pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza –
FGF.
_______________________________
Elisângela Fiorrilo da Costa
_______________________________
Prof. Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante
Orientador
_______________________________
Profª. Msc. Célia Diógenes
Coordenadora do Curso
Nota obtida: ______
Monografia aprovada em: ___ / ____ / ____
4
“Aquele capaz de refletir a respeito de sua
prática de forma crítica, de ver a sua
realidade de sala de aula para além do
conhecimento na ação e de responder,
reflexivamente, aos problemas do dia-a-dia
nas aulas. É o professor que explicita suas
teorias tácitas, reflete sobre elas e permite
que os alunos expressem o seu próprio
pensamento e estabeleçam um diálogo
reflexivo recíproco para que, dessa forma, o
conhecimento e a cultura possam ser
criados e recriados junto a cada indivíduo.”
(MALDANER, 2003, p.30).
5
RESUMO
O presente trabalho monográfico foi elaborado por meio de pesquisa em literaturas
que versam sobre o ensino de química com o propósito de mostrar o lado positivo e
indispensável da química em sua aplicação na nossa realidade cotidiana. Educar é
um processo de vida e não uma mera preparação para vida. Sendo assim há de se
ressignificar os processos didáticos, de modo que através deles, possa a vida fazer
parte do cotidiano educativo. O ensino de química precisa ser abordado, visando
transformar o modo de pensar do aluno para que ele desenvolva habilidades
questionadoras assumindo uma postura crítica perante os valores que foram
propostos. A utilização da prática ligada à teoria é uma forma encontrada para
mostrar aos alunos que o estudo de química não é algo vago sem objetivos reais,
mais sim que está presente em sua vida e pode ser apreendido de maneira fácil e
prazerosa. O aluno encontre uma ligação com a química sendo ele o protagonista de
sua ação na vida cotidiana (por exemplo, cozimento de um alimento, manuseio de
produtos químicos de limpeza, utilização de tecidos adequados para vestuário da
prática esportiva) e não simplesmente para a resolução de exercícios. Com as
práticas, com a atenção voltada para a compreensão do conceito, auxiliada por
experimentos de baixo custo e que podem ser executados em sala de aula em
caráter demonstrativo.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Química; Alunos; Aprendizagem.
6
LISTA DE GRÁFICOS
FIGURA 1 - Escolaridade dos Alunos ............................................................... 35
FIGURA 2 - No colégio tem laboratório de Química? ...................................... 36
FIGURA 3 – Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo
trabalhado em sala de aula com a prática? .................................................... 36
FIGURA 4 – O ensino de Química tem relação com a vida cotidiana? ......... 37
FIGURA 5 – Seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da
Química com o cotidiano?................................................................................. 38
FIGURA 6 – Você costuma tirar dúvidas na sala de aula quando não está
entendendo a explicação?................................................................................. 40
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Oferta de Cursos do Estabelecimento – Ensino Regular ......... 30
TABELA 2 – Modalidade, Série e Número de Alunos – Ensino Fundamental e
Médio .................................................................................................................. 31
TABELA 3 – Modalidade, Série e Número de Alunos – EJA (Ensino
Fundamental e Médio) ....................................................................................... 32
TABELA 4 – As aulas de Laboratório são importantes para a formação
acadêmica? ....................................................................................................... 39
TABELA 5 – Que aspectos da aprendizagem o professor deve avaliar no
processo Ensino Aprendizagem ...................................................................... 40
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09
1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 10
1.2 Perguntas da Pesquisa ............................................................................... 10
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 12
3.1 Uma breve contextualização da Química presente no cotidiano ............ 12
3.1.1 A importância da química do cotidiano ............................................ 14
3.1.2 A química na sociedade ................................................................... 17
3.1.3 Unindo teoria e prática: A avaliação na Disciplina de Química ......... 18
3.1.4 O ensino de química no contexto escolar ........................................ 21
4 METODOLOGIA .............................................................................................. 25
4.1 Cronograma ................................................................................................. 25
5. MATERIAL E MÉTODO .................................................................................. 26
5.1 Pesquisa de Campo .................................................................................... 26
5.2 Vida Legal do Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e
Médio .................................................................................................................. 26
5.2.1 Aspectos Históricos do Estabelecimento ......................................... 26
5.2.2 Organização do Espaço Físico do Estabelecimento ........................ 29
5.2.3 Oferta de Cursos e Modalidades ...................................................... 30
5.2.4 Cursos, Modalidades, Série e número de alunos ............................ 31
5.2.5 Horário de Atendimento ................................................................... 32
5.2.6 Perfil dos Entrevistados (Alunos) ..................................................... 32
5.3 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados .......................................... 34
5.3.1 Questionário Aplicado aos Alunos do Ensino Médio ........................ 34
6. RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................ 35
7. CONCLUSÕES ............................................................................................... 42
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 44
APÊNDICE .......................................................................................................... 46
APÊNDICE A - Questionário aplicado aos Alunos do Ensino Médio.................... 47
9
1 INTRODUÇÃO
A química é uma ciência e é possível perceber usa presença no cotidiano
das pessoas. Ela se propõe a dar explicar os fenômenos ou acontecimentos e que
estas envolvem conceitos abstratos e requerem ser testados e comprovados nos
laboratórios de pesquisa. Por ser uma ciência, a química auxilia a compreender
melhor o mundo em que vivemos e usada de forma ética auxilia a qualidade de vida
de todos os cidadãos.
Falava, então, da necessidade de “desrotinizar” um exercício profissional do
professor que é o de “dar notas” para os seus alunos em cada bimestre, ou
mesmo a cada mês. Para a mudança do ensino de Química, dizia, é
necessário analisar a produção do aluno e a forma de pensamento com a
qual ele o faz. Comisso estava propondo que fosse feita uma avaliação de
todo processo de ensino e aprendizagem em desenvolvimento, tendo em
vista a sua melhoria e não a execução de uma rotina que só serve para
controle e dominação do aluno com contexto escolar. [...] (MALDANER,
2003, p. 254)
Nesse sentido e considerando os aspectos sociais, políticos e
econômicos atuais, o ensino da Química deve possibilitar ao aluno compreensão do
mundo, as substâncias e materiais presentes, o desenvolvimento tecnológico e suas
aplicações no cotidiano, desenvolvendo a opinião crítica dos educandos de forma
que participem do processo de ensino-aprendizagem através de experimentação e
pesquisas orientadas. Todavia, devem-se considerar os benefícios que a disciplina
de Química pode oferecer para o desenvolvimento sustentável e saudável da
humanidade (MALDANER, 2003).
O presente trabalho está pautado primeiramente em uma revisão em
literatura impressa e em meios eletrônicos, cujos autores renomados no meio
acadêmico tratam da temática do ensino da química e sua relação com o cotidiano.
Após serão proporcionar estudos que sejam direcionados aos alunos,
onde possibilite uma visão da presença da Química no dia-a-dia das pessoas,
mostrando o quanto a sociedade depende da Química e, de um modo mais
genérico, da Ciência. Portanto, será feito um paralelo entre o que o referencial
teórico que tratar da prática docente realizada, utilizando-se de pesquisa de campo
em um colégio da rede pública do município de São João do Caiuá, Estado do
Paraná.
10
1.1 Objetivo Geral
 Investigar em que medida os alunos do 1º ano do ensino médio, do Colégio
Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio, da cidade de São
João do Caiuá - Paraná reconhece a presença dos fenômenos químicos em
seu cotidiano. Assim aproximar os alunos de temas relacionados à química e
sua aplicação à realidade que os cerca.
1.2 Perguntas para a Pesquisa
 Será que o professor de Química em sua prática pedagógica consegue
mostrar para o aluno que em tudo, existe uma necessidade de classificar ou
agrupar coisas para um melhor funcionamento (supermercados, correio,
escolas, etc.)?
11
2
JUSTIFICATIVA
Muitas pessoas resistem ao estudo da Química pela falta de
contextualização de seus conteúdos. É notório que os estudantes do Ensino Médio
têm dificuldade de relacioná-los em situações cotidianas, pois ainda se espera deles
a excessiva memorização de fórmulas, nomes e tabelas.
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido
pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos
químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual deve
contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do
seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a
aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação.
Para tanto, é imprescindível um trabalho pedagógico com o conhecimento
químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender
algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Como exemplo
de atividades que podem levar os alunos a relacionar a química com o seu cotidiano:
a química dos cosméticos, dos alimentos, dos medicamentos, dos combustíveis e do
corpo humano.
12
3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Uma breve contextualização da Química presente no cotidiano
A Química é definida como a ciência que estuda a composição da
matéria, suas interações e transformações. Ela está presente no dia-a-dia, na
energia produzida e consumida, nos alimentos, no meio ambiente e poluição, nos
processos biológicos, medicinais, industriais.
Na Química, podemos distinguir duas atividades: a prática e a teoria. A
atividade prática ocorre no manuseio e transformação de substâncias nos
laboratórios e nas indústrias, quando então se trabalha em nível
macroscópico, isto é, em coisas visíveis.
A atividade teórica se verifica quando se procura explicar a matéria, em
nível microscópico. (BUENO et. al, 2012)
Discutir sobre a química vai além de observar o cotidiano e ser capaz
de poder explicar os fenômenos que ela produz. Por isso é imprescindível conseguir
visualizar a química na pratica valendo-se da teoria. A química é uma ciência em
pleno desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em muitos eventos
comuns que se passam conosco e ao nosso redor. Mostra uma relação dos
conceitos científicos da química com o cotidiano das pessoas. A química propõe
explicações para muitos fenômenos ou acontecimentos e que estas envolvem
conceitos abstratos, muito deles relacionados ao mundo microscópio dos átomos e
das moléculas, entidades tão pequenas que são invisíveis até nos melhores
microscópios de um laboratório de pesquisa.
Quanto mais as pessoas perceberem que a química é uma ciência que
ajuda a compreender melhor o mundo em que vivem e que os conhecimentos
químicos devem ser usados com sabedoria e ética, haverá sem dúvida, uma
melhoria das condições de vida de todos os cidadãos.
Segundo Libâneo (1994), educar é conduzir, modificar.
[...] o ato pedagógico pode ser, então definido como uma atividade
sistemática de interação entre seres sociais tanto no nível do intrapessoal
como no nível de influência do meio, interação esta que se configura numa
ação exercida sobre os sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar
neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria
ação exercida. Presume-se aí, a interligação de três elementos: um agente
(alguém, um grupo, etc.), uma mensagem transmitida (conteúdos, métodos,
13
habilidades) e um educando (aluno, grupo de alunos, uma geração) [...]
(LIBÂNEO,1994, p.56)
Para isso, há de se ter uma visão mais significativa e ampla do mundo em
que vivemos, seus conceitos, sua utopia e o tipo de cidadão que ele (o mundo)
precisa para enriquecê-lo, transformá-lo e pensa-lo de forma mais crítica, criativa e
amorosa (FREIRE,1996, p.147). Nas orientações metodológicas para o ensino de
química apresentados na Reforma Francisco Campos (1931), afirma-se que este
deve ser coordenado "pelo interesse imediato de utilidade com os domínios afins
das ciências Físicas e Naturais e com as aplicações na vida cotidiana" (p. 70).
Mas recentemente, no Parecer nº 853/71 do Conselho Federal de
educação que define o núcleo comum, para os currículos com base no cotidiano, "a
conexão com o mundo real e com as experiências colhidas em situações concretas",
é apontada como tão mais fundamental for o nível de ensino.
A química é fundamentalmente uma ciência experimental. Mas aprender
química não é simplesmente aprender a observar a natureza e o mundo que
nos rodeia. É muito mais do que isso: é poder explicar o porquê dos
fenômenos que acontecem. Para ensinar química, é necessário
primeiramente transmitir as bases e os conceitos do método científico. Os
conceitos científicos usados são modelos construídos pelo homem e que
dificilmente serão descobertos pelo aluno ou pelo leitor de um texto de
divulgação por meio de suas próprias observações.[...] (KLACHQUIN, 2012)
É importante que o estudante se torne capaz de apropriar-se do
conhecimento científico e de utilizá-lo para ler (interpretar) o mundo e nele interferir.
Uma das condições para se aprender algo é estar disposto a aprender. E aprender
envolve entre outras coisas, vontade, regularidade e persistência. O desejo de
aprender, o estudo feito de modo regular e a perseverança são fatores essenciais
para quem quer aprender Química e desenvolver o gosto por essa fascinante
ciência. Está totalmente veiculada á realidade da vida dos educandos.
Segundo Vera Novais (1999), para progredir no estudo da Química são
importantes três aspectos: o trabalho do professor, seu interesse e empenho e a
utilização de recursos pedagógicos adequados. Ao professor cabe planejar o curso,
estimular o aluno a pensar, ajudá-lo a superar dificuldades. E ao aluno cabe manterse interessado em aprender e desenvolver a disciplina necessária para isso.
Por outro lado, o mundo do trabalho requer cada vez mais indivíduos
capazes não só de analisar o mundo de forma ampla e de integrar diversas áreas de
conhecimento, mas também aprender sempre, uma vez que a quantidade de
14
conhecimentos relativos a todas as áreas cresce diariamente. Assim, qualquer que
seja seu futuro campo de trabalho, o aluno deverá ser capaz de aprofundar ou
retomar seus conhecimentos de Química ou relacionada a ela, como por exemplo: o
que é próprio dessa ciência? Qual sua relação com o nosso dia-dia? Qual a sua
importância para a humanidade? Como seu corpo de conhecimentos se organiza?
Como aprender a raciocinar quimicamente?
A aula prática é uma maneira eficiente de ensinar e melhorar o
entendimento dos conteúdos de química, facilitando a aprendizagem. Os
experimentos facilitam a compreensão da natureza da ciência e dos seus
conceitos, auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no
diagnóstico de concepções não científicas. Além disso, contribuem para
despertar o interesse pela ciência. (ALMEIDA et al.,2012)
Enfatiza ainda a autora Novais (1999) para aprender Química, você terá
de ser alfabetizado em uma nova linguagem, em um tipo de escrita próprio dessa
ciência, terá de aprender a raciocinar utilizando conceitos químicos. Posso de
antemão garantindo-lhe que, ao lado do prazer de fazer isso, haverá dificuldades,
uma vez que essa ciência teoriza sobre algo que é invisível, que se vale de modelos
abstratos. Daí a importância cuidadosa nesse estudo, de modo que novos termos e
conceitos possam ir adquirindo significado cada vez mais amplo. (NOVAIS, 1999,
p.1).
3.1.1 A importância da química do cotidiano
Podemos dizer que tudo a nossa volta é Química, pois todos os materiais
que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação. A Química é
uma ciência em pleno desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em
muitos eventos comuns que se passam conosco e ao nosso redor.
Uma característica marcante da utilização de aspectos do cotidiano no
ensino de Química é a crença no potencial motivacional, ou seja, situações
do cotidiano, quando exemplificadas, servem para motivar o aluno a
aprender. (SILVA, 2007, p.19)
A Química é uma ciência agradável de ser estudada e seus reflexos
podem ser sentidos no dia-dia, como podemos notar nos exemplos que seguem.
Talvez o exemplo mais ligado ao nosso cotidiano seja o funcionamento de nosso
próprio organismo. O corpo humano é um "laboratório" em que ocorrem, durante
15
todo o tempo, fenômenos químicos muito sofisticados, sendo que o mesmo é
formado por inúmeras substâncias em constante transformação, que possibilitam a
movimentação, os sentidos (visão, audição, olfato, tato, gosto), a digestão, a
respiração e o nosso pensamento.
Ingerimos vários materiais: alimentos, água, ar (pela respiração) etc.
Há várias transformações desses materiais, no estômago, nos
intestinos
etc.,
auxiliadas
por
"produtos
químicos"
específicos
existentes no suco gástrico, na bile (do fígado) etc.;
Há recombinação dos alimentos para a manutenção de nossos ossos,
tecidos, órgãos etc.;
Após inúmeras transformações, o organismo elimina os produtos
residuais, por meio das fezes, urina e suor etc.;
Na limpeza de casa, usamos diversas substâncias, como detergentes,
alvejantes,
desinfetantes.
Em
nossa
higiene
pessoal,
usamos
sabonete, sabões, xampu, creme dental, além da água, que passa por
vários tratamentos antes de chegar às nossas residências;
A maioria das roupas que usamos a presença fios artificiais (náilon,
poliéster) misturados a fibras naturais (algodão, lã);
Nossos alimentos naturais (frutas, verduras) precisam de fertilizantes e
pesticidas para sua produção;
Os
materiais
empregados
na
construção
de
casas,
prédios,
automóveis, aviões, embarcações, computadores e eletrodomésticos
constituem exemplos que se relacionam com as indústrias de
processos químicos, nas suas mais diferentes modalidades e
especialidades;
A maioria do meio de transporte tem combustível a gasolina, o
querosene, etc., que são extraídos do petróleo, e este é o resultado de
uma transformação natural que levou milhões de anos;
São muitos os produtos industrializados cuja obtenção depende de
transformações químicas: plásticos, vidros, tintas, cimento, papel,
fotografia, borracha, álcool, açúcar, sal, metais, cigarros, cola;
A expectativa de vida do homem aumentou muito graças ao
desenvolvimento de medicamentos que são substâncias extraídas da
natureza ou fabricadas artificialmente como (analgésicos, antibióticos e
16
anti-inflamatórios)
e
da
medicina,
dosadas,
purificadas
e
comercializadas.
Em nosso dia-dia é muito frequente encontrarmos devidamente
indicações de substâncias químicas em bulas de remédio, nas
embalagens de alimentos, nas etiquetas de roupas e em tantos outros
objetos.
A partir desses exemplos, percebemos que a Química proporcionou
progresso, desenvolvimento e bem-estar para nossa vida. Do mesmo modo que as
substâncias químicas podem contribuir para o bem-estar da humanidade, elas
também podem ser usadas incorretamente (por ignorância, incompetência, ganância
ou ideologias duvidosas), acarretar doenças, poluição do ar (fumaça das chaminés)
e das águas, desequilíbrios ecológicos, desastres ecológicos como (derramamento
de petróleo nos mares e envenenamento) e mortandade de plantas e animais.
É imprescindível que o professor propicie em sua aulas que os alunos
consigam unir teoria a prática das ciências, principalmente com as aulas
experimentais, onde ele poderá manipular e constatar as reações químicas.
O distanciamento entre a teoria e a experimentação nessas áreas do
conhecimento, faz com que os professores tratem a experimentação de
forma intuitiva e genérica não proporcionando o ensino e a aprendizagem
significativos para o aprendiz.
Para minimizar esta situação de carência formativa, deve-se oportunizar
para o professor uma formação continuada, pois a sua rotina cotidiana de
trabalho condiciona ações repetitivas e aparentemente iguais que pouco
contribuem para o desenvolvimento profissional. A melhoria efetiva do
processo de ensino e aprendizagem só acontece através da ação do
professor, o que demanda de sua parte um contínuo processo de
aprimoramento profissional e de reflexão crítica sobre sua prática. Essa
formação deve possibilitar a atualização do professor, em relação às
dificuldades relacionadas a conceitos, recursos, tecnologias e temas
inovadores que envolvam o conhecimento químico. (MELLO & BARBOZA,
2012, p.10)
Apesar de toda importância desta ciência e de suas aplicações, é comum
ouvirmos comentários que depreciam essa ciência ou a empregam de maneira
imprópria, há muita confusão no que diz respeito à palavra Química, colocando-a
como sinônimo de substâncias tóxicas, veneno ou poluição. Esses fatos,
infelizmente, encobrem as importantes conquistas do homem pelo conhecimento
químico. Na verdade, o problema não está na Química, mas no se uso, ela, em si,
não é boa nem má. Ainda são muitos aqueles que, movidos por interesse pessoais
ou de grupos, utilizam-na para conquistar ou manter privilégios.
17
Mudar essa situação não é papel do químico, mas de toda sociedade, que
deve ser crítica e participativa, exigindo que o conhecimento promova uma
qualidade de vida cada vez melhor e que permita uma coexistência harmoniosa
entre o homem e o meio ambiente.
3.1.2 A química na sociedade
A vida entre si já é um fantástico processo químico, no qual as
transformações das substâncias nos permitem andar, pensar, sentir. As diversas
sensações biológicas, como dor, cãibra e apetite, e as diversas reações
psicológicas, como medo, alegria e felicidade, estão associadas ás substâncias
presentes em nosso organismo. O nosso corpo é um verdadeiro laboratório de
transformações químicas. Estudar a Química é importante que cada cidadão se
preocupe não só com os fatos de interesse próprio, mas também de interesses da
sociedade. As informações científicas ajudam-no a compreender os acontecimentos
e a nos posicionar perante eles, como cidadãos informados e conscientes.
Um dos maiores desafios do ensino de Química, nas escolas de nível
fundamental e médio, é construir uma ponte entre o conhecimento escolar e
o mundo cotidiano dos alunos. Frequentemente, a ausência deste vínculo é
responsável por apatia e distanciamento entre alunos e professores
(Valadares, 2001). Ao se restringir o ensino a uma abordagem estritamente
formal, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades para tornar a
Química mais “palpável” e perde-se a oportunidade de associá-la com
avanços tecnológicos que afetam diretamente a sociedade (Chassot, 1993).
(BENITE & BENITE, 2009, p. 1)
Quanto mais pessoas perceberem que a Química é uma ciência que
ajuda a compreender melhor o mundo em que vivemos e que, se os conhecimentos
químicos forem usados com sabedoria e ética, haverá, sem dúvida, uma melhoria
das condições de vida de todos os cidadãos.
Foi graças à evolução Teórica da Química que uma série de substâncias
corriqueiras no mundo atual pôde ser atingida. Assim, dos chips usados nos
computadores às próteses metálicas ou plásticas cada vez mais usadas na
medicina, do isopor aos combustíveis usados nos transportes, tudo está
fundamentado no conhecimento químico, que é conquista da pesquisa e do estudo
feito por inúmeras gerações de cientistas. Estudar a Química não só nos permite
18
compreender os fenômenos atuais. O conhecimento nos ajuda a entender o
complexo meio social em que vivemos.
A ciência avança em função das necessidades geradas pela sociedade,
como por exemplo: desnutrição, falta de energia, poluição e etc. Por sua vez, o
aperfeiçoamento tecnológico contribui para o desenvolvimento das Ciências e está
também associado ao desenvolvimento científico. A Química tem garantido ao ser
humano uma vida mais longa e confortável. O seu desenvolvimento tem permitido a
busca para solução de problemas ambientais, o tratamento de doenças antes
incuráveis, o aumento da produção agrícola, a construção de prédios mais
resistentes, a produção de materiais que permitem a confecção de novos
equipamentos.
A ciência, a tecnologia e a sociedade têm caminhado na busca de
soluções de grandes problemas, mas também têm provocado consequências
desastrosas para a vida humana no planeta. Diariamente lemos notícias mostrando
o paradoxo do desenvolvimento científico e tecnológico, que tanto traz benefícios
para a sociedade como também riscos para a própria sobrevivência humana.
Segundo Albert Einstein, citado por Santos (2003, p.24) "A ciência não
tem sentido senão quando serve aos interesses da humanidade". Para mudar essa
situação, todos nós, cidadãos, deveríamos buscar desenvolver ações em nossa
comunidade para que as aplicações da Ciência e da tecnologia na sociedade
possam proteger a vida das gerações futuras e propiciar condições para que todos
tenham acesso aos seus benefícios.
3.1.3 Unindo teoria e prática: A avaliação na Disciplina de Química
O conhecimento em química não é algo pronto e acabado, mas está
em constante mudança. Diante desta constatação, a avaliação da disciplina de
Química no Ensino Médio precisa mudar deixando de ser uma avaliação nos moldes
tradicionais.
Durante a formação acadêmica dos professores da área, os cursos de
graduação valorizam as teorias acadêmicas em prejuízo da prática pedagógica, que
é desenvolvida como complemento dos cursos, provocando insegurança na prática
de seu fazer docente.
19
Aulas que utilizam o recurso da experimentação, o laboratório didático em
questão, são ferramentas poderosas para adquirir e testar conhecimentos,
mas por si só não são suficientes para fornecer conhecimentos teóricos,
não obstante não são sempre necessárias. Uma matriz teórica particular
sempre conduz a um experimento. Desta forma, um dos maiores e mais
danosos mitos da aprendizagem é a não interdependência
experimento/teoria. (BENITE & BENITE, 2009, p.10)
Todavia, faz-se necessário uma mudança real na postura do professor
da disciplina de química, no sentido de revisão de conceitos sobre avaliação e só
será possível oportunizando uma formação continuada, e acesso à literatura que
versam sobre esta temática, procurando estar sempre se renovando. Porém, faz-se
necessário proporcionar condições aos professores, condições objetivas de
trabalhar com segurança e eficiência as diversas situações que lhes impõe o dia-adia da sala de aula, despertando a curiosidade do aluno, fazendo com que ele
busque com prazer a conquista do conhecimento, principalmente da disciplina de
química, relacionando com o seu contexto.
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades
em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva
conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo
com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes
contextos.
A Secretaria do Estado do Paraná (SEED, 2008), recomenda que os
conteúdos estruturantes para a disciplina de química sejam trabalhados no sentido
de acrescentar na vida do educando.
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os
Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu
objeto de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu
objeto de estudo e ensino. Como constructos atrelados a uma concepção
crítica de educação, os conteúdos estruturantes da Química devem
considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações que
estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos tratados no dia-a-dia da
sala de aula nas diferentes realidades regionais onde se localizam as
escolas da rede estadual de ensino.
A seleção dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da
história da Química e da disciplina escolar e para que seja devidamente
compreendido exige que os professores retomem esses estudos, pois, essa
arquitetura curricular pode contribuir para a superação de abordagens e
metodologias do ensino tradicional da Química. (PARANÁ, 2008, p. 58)
20
Conforme
as
orientações
contidas
nas
Diretrizes
Curriculares
Estaduais do Paraná, a mesma enfatiza que o trabalho do professor de química
deve versar sobre os conceitos científicos e não se ater apenas a parte teórica da
disciplina.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de
significados dos conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valorizase, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e
o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos.
Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica,
sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve
usar instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de
aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Esses
instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino. (PARANÁ, 2008, p. 70)
Considera-se imprescindível que o professor de química durante o
exercício de docência, possibilite aos alunos, não apenas observar e acompanhar a
execução do experimento de modo que tudo sairia exatamente como previsto,
trabalhando com uma prática mecanicista, mas que o mesmo se utilize de
encaminhamento metodológico que contribuam para a compreensão da atitude
científica. Espera-se que, no uso do laboratório, o professor considere também os
encaminhamentos realizados numa aula teórica.
No cotidiano escolar, durante as atividades experimentais, se utilizando
ou não o ambiente de laboratório escolar convencional, uma vez que o
estabelecimento pode não ter este espaço para a prática da disciplina; podem ser o
ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a
serem discutidas em aula. Os alunos terão a possibilidade de estabelecer relações
entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressar ao professor suas dúvidas
diante do conteúdo abordado.
Nessa proposta cabe ao professor arrumar o material necessário para os
experimentos, ou instruir a classe sobre como obtê-los. A maior
desvantagem desta opção é que os experimentos são quase sempre
qualitativos e mesmo assim nem sempre obtém êxito, pois é difícil realizar
um experimento que preconizem variáveis controladas com materiais que
não proporcionam esse tipo de controle. (BENITE & BENITE, 2009, p. 3)
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação
21
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações
que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação
formal, como durante o atual processo de escolarização.
Nas Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, com base
nos PCN, estabelecem que:
[...] historicamente, o conhecimento químico centrou-se em
estudos de natureza empírica sobre as transformações
químicas e as propriedades dos materiais e substâncias. Os
modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo
conforme a concepção de cada época e, atualmente, o
conhecimento científico em geral e o da Química em particular
requerem o uso constante de modelos extremamente
elaborados (BRASIL, 2002, p. 87 e BRASIL, 2006, p. 109-110).
A necessidade de que o aluno saia do ensino médio com a capacidade de
desenvolver na prática os conteúdos que lhe foram apresentados em sala de aula,
relacionando-os com o meio social, científico e tecnológico é uma concepção
embasada na própria Constituição Brasileira de 1999, no artigo 22 da LDB (BRASIL,
1996).
Na disciplina de Química o professor poderá se utilizar da avaliação
processual, com técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas,
trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em
trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo
professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os
conteúdos desenvolvidos.
3.1.4 O ensino de química no contexto escolar
Nas diversas situações da prática docente, o professor de Química se
surpreende frente às dificuldades de aprendizagem observadas nos alunos quando
estes se deparam com determinadas atividades de ensino em ciências, pois além da
dificuldade em lidar com a disciplina, não conseguem fazer relação desta com o seu
cotidiano.
Carvalho e Gil-Pérez (1995) assinalam que a escola deve ser
concebida como lugar de produção do conhecimento pedagógico e que a prática do
professor de Ciências seja encarada como um conjunto de ações válidas e que
precisam ser consideradas nesse processo.
22
A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do
ensino fundamental, médio e de formação em sua área. A aprendizagem de Química
deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que
ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que estes possam
julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, com
pessoas etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com
o mundo enquanto indivíduo e cidadão (BRASIL, 2002).
Dentro do cotidiano escolar, verifica-se a ausência de motivação dos
estudantes em relação ao ensino das ciências, em especial à Química, em virtude
da suposta “abstralidade” apresentada por alguns conteúdos específicos dessa
disciplina. Esse fato acaba interferindo negativamente no aprendizado, aumentando
os índices de reprovação e diminuindo o número de alunos com afinidade pela
mesma (MALDANER, 2003).
Porém, o que se presencia no dia-a-dia da sala de aula, é que muitos
alunos não conseguem relacionar a química presente, em seu cotidiano. Um dos
objetivos da química é que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do
conhecimento da realidade objetiva e consigam fazer a transposição para o
cotidiano.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que
se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político
Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o
Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados
nas Diretrizes Curriculares. (PARANÁ, 2008, p.31)
O ensino acontece enfatizando a memorização de fórmulas e
conceitos, enquanto que uma aproximação com “aquela química” que está mais
perto do aluno e de sua realidade não acontece. Por exemplo, fala-se dos diversos
modelos atômicos, das ligações químicas, da nomenclatura de compostos
orgânicos, no entanto, a menção da produção de materiais industrializados como
plásticos e medicamentos, o tratamento do lixo e da água ou o impacto da atividade
humana sobre o meio ambiente, geralmente, é relegada a plano secundário
(BRASIL, 2002).
Nas Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, com
base nos PCN’S, estabelecem que:
23
[...] historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de
natureza empírica sobre as transformações químicas e as propriedades dos
materiais e substâncias. Os modelos explicativos foram gradualmente se
desenvolvendo conforme a concepção de cada época e, atualmente, o
conhecimento científico em geral e o da Química em particular requerem o
uso constante de modelos extremamente elaborados (BRASIL, 2002, p. 87
e BRASIL, 2006, p. 109-110).
A necessidade de que o aluno saia do ensino médio com a capacidade
de desenvolver na prática os conteúdos que lhe foram apresentados em sala de
aula, relacionando-os com o meio social, científico e tecnológico é uma concepção
embasada na própria Constituição Brasileira de 1988, bem como no Artigo 22 da Lei
de Diretrizes e Bases (LDB) nº 9394/96: “A educação básica tem por finalidade
desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho em
estudos posteriores” (BRASIL, 1996).
Sendo assim, torna-se evidente a necessidade de mudar a forma de
ensino. Para que isso ocorra é preciso expor o conteúdo relacionando-o ao contexto
em que o aluno está inserido; assim possibilitará ter uma visão mais ampla e crítica
do conhecimento.
O ensino é dinâmico e favorece a compreensão dos conteúdos e
consequentemente, a partir do momento em que o aluno perceber uma relação entre
a sala de aula e o seu cotidiano, o interesse e a aprendizagem ocorrerão na
totalidade. Portanto, o papel do professor é contextualizar ao máximo o conteúdo,
partindo sempre do concreto para o abstrato, ou seja, daquilo que o aluno já sabe,
oportunizando nesse momento, a construção do conhecimento.
Enfatiza Maldaner (2003):
É importante, no entanto, considerar que as mudanças da prática
pedagógica não acontecem por imposição ou apenas porque se deseja.
Tornar-se reflexivo/pesquisador requer explicitar, desconstruir e reconstruir
concepções, e isso demandam tempo e condições. (MALDANER, 2003,
p.15)
Através da prática, o professor pode, utilizando-a como ferramenta,
despertar a atenção dos alunos e auxiliando na mediação dos conhecimentos
químicos, pois permite a construção da ponte entre a teoria e o cotidiano dos alunos.
No entanto, observa-se que o ensino de química apoiado na experimentação é
pouco utilizado nas escolas e quando os professores se valem desse recurso,
fazem-no de maneira esporádica (PARANÁ, 2008).
24
Segundo Santos e Schnetzler (2003):
Pode-se considerar que o objetivo central do ensino de Química para formar
o cidadão é preparar o indivíduo para que ele compreenda e faça uso das
informações químicas básicas necessárias para sua participação efetiva na
sociedade tecnológica em que vive. O ensino de Química precisa ser
centrado na inter-relação de dois componentes básicos: a informação
química e o contexto social, pois, para o cidadão participar da sociedade,
ele precisa não só compreender a química, mas a sociedade em que está
inserido (SANTOS & SCHNETZLER, 2003, p. 93).
As experiências pessoais e os fatos da vida diária dos alunos,
adquiridos desde o ensino fundamental, fazem parte de um círculo mais amplo, onde
os valores culturais, percepções do mundo gerado em um contexto social são
fatores de extrema influência no aprendizado de cada elemento.
O professor pode utilizar como meio para “atrair” os alunos ao ensino,
trabalhando com Alquimia, uma tradição antiga que combina elementos de química,
física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. É um conceito que
deve ser enfatizado como um dos conteúdos do ensino médio devido às suas
contribuições para o que conhecemos hoje como química. Enfim, a química é boa ou
má? Ela vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a Alquimia é uma
arte filosófica, que busca ver o universo de outra forma, encontrando nele seu
aspecto espiritual e superior (VANIN, 2005, grifo nosso).
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen",
que significa "o país negro", nome dado ao Egito na antiguidade, e que é
uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação. Outros
acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se
relaciona com a fundição de metais (ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 40,
grifo nosso).
Faz-se necessário que, ao trabalhar com os conteúdos sobre o tema
Alquimia, o mesmo deve ser dado com sentido e significado, considerando sempre
os conhecimentos básicos dos alunos, principalmente no Ensino Médio, devido às
contribuições da temática para o desenvolvimento do que se concebe como
Química.
25
4
METODOLOGIA
Optamos como metodologia uma revisão de literatura impressa e em
meios eletrônicos, embasados em autores tratam da temática “O Ensino de Química
e o cotidiano”, tomando-se o cuidado de sustentar uma pesquisa junto a obras,
pertinentes ao assunto e cujos autores são conceituados no meio acadêmico.
Para respaldar o trabalho monográfico realizamos uma pesquisa de
campo com alunos do Ensino Médio com enfoque na disciplina de Química e a
prática cotidiana.
4.1 Cronograma
Período
Atividade
Jan
Fev
Elaboração do Projeto de Pesquisa
X
Revisão Bibliográfica
X
X
Redação do 1º capítulo
X
X
Redação do 2º capítulo
X
Redação do 3º capítulo
X
Mar
Redação da Conclusão
X
Redação das referências
bibliográficas
X
Abril
X
Primeira versão da monografia
X
Versão final da monografia
X
26
5
MATERIAL E MÉTODO
5.1 Pesquisa de Campo
A pesquisa de campo foi realizada em um colégio que oferta Ensino
Fundamental e Médio da rede pública estadual, localizada na zona urbana do
município de São João do Caiuá, Estado do Paraná. Optamos por realizar
amostragem no turno matutino. Foram aplicados 20 questionários para o 2º ano do
Ensino Médio na modalidade regular.
5.2 Vida Legal do Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e
Médio
O Estabelecimento de Ensino denomina-se Colégio Estadual Carlos
Gomes – Ensino Fundamental e Médio, situado a Rua Vereador Antônio Garcia
Peres n.º 954, no município de São João do Caiuá. Mantido pelo Poder Público e
administrado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), nos termos da
legislação em vigor.
5.2.1 Aspectos Históricos do Estabelecimento
Em 1952 o município de Mandaguari construiu no patrimônio de São João
do Caiuá uma escola com duas salas. Até o ano de 1955 nada mais foi feito neste
sentido por haver passado a localidade a pertencer ao Município de Nova Esperança
e Alto Paraná.
Em 1956 foi criado o Grupo Escolar de 4ª classe Decreto 6.942 de
06/11/56, várias escolas isoladas na zona Rural e as escolas reunidas de Santo
Antônio do Caiuá, patrimônio do município.
Em 17/01/1957 foi instalada a Escola Normal Regional. Seus principais
incentivadores foram as Professoras: Alda Aguiar Silveira, Josephina D. Baiochi e
Maria Pessica Franqui. Seus Fundadores: Prefeito Domingos Beraldi e o Vereador
Dr. Cesar Baiochi. A aula inaugural deu-se no dia 01/03/1957 em uma das salas de
aula, com várias autoridades presentes , entre elas: o Senhor Prefeito Municipal Sr.
Domingos Beraldi, a Diretora do Curso Alda Aguiar Silveira, o Presidente da Câmara
27
Municipal Sr. Domingos Navarro, o médico e vereador Dr.Cesar Baiochi; alunos e
professores. A professora Josephina D. Baiochi ministrou a aula solene com o tema
“História do Livro”, falou sobre o livro vivo, explicou que este é o professor que
procura tirar da escuridão do analfabetismo o aluno.
Em outubro de 1958 a escola passou a ser denominada Escola Normal
Regional Carlos Gomes, nome escolhido pelo corpo docente da escola.
No dia 27/10/60 foi criado o Ginásio Estadual de São João do Caiuá, pelo
Decreto n.º 33.050/60 de 27/10/60, para funcionar no próximo ano letivo, no prédio
do Grupo Escolar, Rua Caetano Munhoz da Rocha n.º 917. Sua criação teve início
com o requerimento de verificação prévio encaminhado à Inspetoria Seccional de
Londrina. O Estabelecimento teve como patronos os professores da Escola Normal
Regional e o Senhor Prefeito Municipal Dr. Cesar Baiochi, estes não mediram
esforços para dar à cidade um Ginásio Estadual. No dia 14 de agosto de 1960,
visitou nossa cidade o superintendente do Ensino Secundário da Secretaria de
Educação e Cultura do Estado, presidindo uma reunião da qual tomaram parte Dr.
Cesar Baiochi, Dr. Almir I. Salache, Professores: Modesto Barichelo, Renato Neves
de Camargo, Josephina D. Baiochi, Alda de Aguiar Silveira e Ilza Godoy, ficando
estabelecido que o quadro diretivo do estabelecimento fosse o seguinte: Diretor Dr.
Almir I. Salache, Vice Diretor Alda Aguiar Silveira e Secretário Modesto Barichelo.
No decorrer da regularização o Senhor Diretor efetuou diversas viagens a Londrina
com a finalidade de regularizar o setor administrativo, organizar o corpo docente e
aquisição de material didático e de consumo, materiais administrativos, móveis e
utensílios.
Sua criação está ligada ao fato de haver grande número de jovens que
concluíam o Curso Primário com bom aproveitamento e em condições de
prosseguirem os estudos e não terem possibilidade de frequentarem o Curso
Ginasial em cidades vizinhas em consequência das distâncias, situação econômica,
etc.
Na época a economia do município era representada pelo café, o
algodão, milho e o gado. Nos setores social e cultural o município possuía um
Grêmio Estudantil, um grupo de teatro (GETA) detentor de vários prêmios dos
festivais realizados no Paraná, e dois Clubes Culturais Recreativos.
No ano de 1963 o currículo da Escola Normal Regional passou a igualarse com o do Ginásio com exceção da 4ª série da Regional que tinha matérias de
28
Psicologia e Didática. Os dirigentes acharam por bem solicitar a criação do curso
Normal Colegial que beneficiaria os alunos que já haviam concluído o Normal
Regional, bem como os alunos que concluíssem o Ginásio.
Pelo Decreto nº 14.187 de 20 de fevereiro de 1964 fica aprovada a
extinção gradativa da Escola Normal Regional e realiza-se a instalação da Escola
Normal Colegial, na solenidade de instalação estavam presentes as autoridades
municipais, bem como o pároco, professores e alunos.
No dia 3 de agosto de 1968, foi realizada uma reunião com o corpo
docente do estabelecimento para a escolha do Patrono do Ginásio Estadual de São
João do Caiuá. Foram colocados vários nomes para a votação, sendo o mais votado
“Visconde de Taunay”. Participaram da reunião os seguintes professores: Anirce B.
Veltrini , Gilberto Della Coletta, Paulo Rocha, Neusa D. Rocha, Renaldo Franqui,
Archimedes Belia, Terezinha Marques Zirr, Marli Alves de Siqueira, José Rodrigues
Nascimento, Hilônico Willmann e Vanderlei Della Coletta, sendo diretora nessa
época a Sra. Odilá Therezinha P. Soares. Após recolhido os dados biográficos do
Patrono pelo Professor Archimedes Belia, estes foram encaminhados à Secretaria
de Educação e Cultura e em 12/11/68, através do Decreto n.º 12.949, o Ginásio
passa a denominar-se Ginásio Estadual Visconde de Taunay.
Em 1970 o Grupo Escolar de São João do Caiuá, pelo Decreto 20.370 de
11/06/70 passa a denominar-se Grupo Escolar Presidente Costa e Silva.
No dia 24/10/79 através do Decreto n.º 1.348/79, acontece à junção do
Ginásio Estadual Visconde de Taunay e do Grupo Escolar Presidente Costa e Silva,
em um único estabelecimento de ensino, com a seguinte denominação: Escola
Carlos Gomes – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau; o curso foi reconhecido
através da Resolução n.º 2.748/81 do D.O.E de 29/12/81; O Projeto de implantação
do Ensino de 2º grau é aprovado pelo Parecer 169/81 de 21/12/81 do D.E.S.G., com
a habilitação plena Magistério e Básica em Administração a partir de 1979.
Com a Resolução nº 3.413 de 30/12/81, resultam a reorganização da
Escola Normal Colegial Estadual Carlos Gomes e Escola Carlos Gomes Ensino
Regular e Supletivo de 1º Grau, e através da Resolução nº 1.663 de 19/05/83 D.O.E
n.º 1.566/83 de 28/06/83, dá-se a denominação Colégio Estadual Carlos Gomes
Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e de 2º Grau Regular; sendo que pela
Resolução n.º 1.804 de 23/06/83 fica reconhecido o Curso de 2º grau nas
Habilitações Plenas Magistério e Básica em Administração.
29
Com a Resolução n.º 316/88 de 02/08/88 da SEED foi implantado
gradativamente a partir de 1988 o Curso de 2º grau habilitação Técnico em
Contabilidade e a extinção gradativa também da habilitação Básica em
Administração, sendo que pela Resolução n.º 4.039/90 de 17/01/91 fica reconhecido
à habilitação Técnico em Contabilidade e segundo a Resolução n.º 4.500/91 de
24/12/91 fica autorizado o funcionamento da 4ª série desta habilitação.
A partir de 08/12/92 pela Resolução nº 4.531/92, fica suspenso o curso de
1ª a 4ª série, e pela Resolução nº 4.514/93 de 18/08/93 o estabelecimento passa a
denominar-se Colégio Estadual Carlos Gomes- Ensino de 1º e 2º graus retificando
assim o art. 4º da Resolução nº 4.531/92 de 08/12/92.
Em 29/08/97 através da Resolução 2.956/97 fica autorizado o
funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral.
Com as Resoluções n.º 4.091/98 de 26/11/98 e n.º4.092/98 de 26/11/98
ficam cessados definitivamente as atividades escolares das habilitações Magistério e
Técnico em Contabilidade respectivamente.
A partir de 31/08/98 pela Resolução 3.120/98 e Deliberação 003/98 de
02/07/98 o Colégio Estadual Carlos Gomes Ensino de 1º e 2º Graus passa a
denominar-se Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio.
No ano de 2002 pela Resolução 1.627/2002 fica reconhecido o Ensino
Médio do Colégio Estadual Carlos Gomes.
A implantação do Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos aconteceu de
forma simultânea, a partir do ano letivo de 2012, com a devida adequação série/ano,
conforme Lei nº 11.114/05.
5.2.2 Organização do Espaço Físico do Estabelecimento
O Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio está
instalado num terreno amplo que ocupa toda uma quadra da cidade. O prédio é
ocupado em dualidade com a Escola Municipal Maria Cernaki – Ensino Fundamental
(anos iniciais).
Apesar da amplitude do terreno o colégio controla a entrada de alunos e
pessoas estranhas, pois mantém o portão sempre fechado.
O refeitório fica distante das salas de aula e o trajeto não é coberto. Em
dias de chuva os alunos se molham para tomar o lanche. Esse pavilhão também é
30
dividido com a escola municipal, onde às vezes causam alguns transtornos
indisciplinares.
O colégio possui três quadras, sendo que duas são cobertas e uma é
cedida a Escola Municipal Maria Cernaki. Passou por reformas em todo o prédio,
com rampa e corrimão na entrada para facilitar a acessibilidade dos alunos com
necessidades especiais.
O colégio possui 15 salas de aulas, sendo que destas, uma é destinada à
sala multifuncional, uma para a biblioteca e uma para o laboratório de informática.
Sendo assim sobram 12 salas de aula, inclusive para sala de apoio. No período
noturno podem-se usar as salas do Estado, mas que são ocupadas pela Escola
Municipal. Tem uma sala para secretaria, uma sala para hora-atividade, uma sala
para guardar materiais escolares, uma sala dos professores, sala da diretora, sala
da documentadora, sala das pedagogas, cozinha, almoxarifado e cantina.
Possuí um laboratório de ciências que é utilizado para aula de Química,
Ciências, Biologia e Física.
5.2.3 Oferta de Cursos e Modalidade
O Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e Médio funciona
em três horários: matutino, vespertino e noturno. Oferta Ensino Fundamental de 6º
ao 9º ano, Ensino Médio, Sala de Apoio Pedagógico, Sala de Recurso e EJA.
TABELA 1 – OFERTA DE CURSOS DO ESTABELECIMENTO – ENSINO
REGULAR
MODALIDADE
TURNO
CURSOS
DE ENSINO
Ensino Fundamental
6º ao 9º ano
Matutino e Vespertino
Ensino Médio
1º ao 3º ano
Matutino e Noturno
EJA – Ens. Fundamental e Médio
Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM
Noturno
31
5.2.4 Cursos e Modalidade, série e número de alunos
TABELA 2 – MODALIDADE, SÉRIE E NÚMERO DE ALUNOS – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
MODALIDADE
TURNO
Matutino
ENSINO
FUNDAMENTAL
Vespertino
Matutino
ENSINO
MÉDIO
Noturno
SÉRIE
TOTAL DE ALUNOS
6º A
32
7º A
31
8º A
30
8º B
31
9º A
31
9º B
31
6º B
28
6º C
28
6º D
28
7º E
27
7º B
31
7º C
31
8º C
30
9º C
20
9º D
20
1º A - BLOCO 1
14
1º B - BLOCO 2
17
2º A – BLOCO 1
16
2º B - BLOCO 2
22
3º A – BLOCO 1
14
3º B – BLOCO 2
15
1º C - BLOCO 1
15
1º D -BLOCO 2
18
2º C - BLOCO 1
25
2º D - BLOCO 2
16
3º C - BLOCO 1
15
3º C - BLOCO 2
18
Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM
32
TABELA 3 – MODALIDADE, SÉRIE E NÚMERO DE ALUNOS – EJA (ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO)
MODALIDADE
TURNO
SÉRIE
TOTAL DE ALUNOS
SALA I
21
SALA II
22
SALA III
22
SALA IV
21
SALA V
21
SALA IND.
12
SALA I
23
SALA II
23
SALA III
21
EJA
(ENSINO
FUNDAMENTAL)
EJA
(ENSINO
MÉDIO)
Noturno
Noturno
Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM
5.2.5 Horário de Atendimento
Matutino: 7:30 h às 11:55 h.
Vespertino: 12:45 h às 17:05 h.
Noturno: 19:00 h às 23:10 h.
5.2.6 Perfil dos Entrevistados (Alunos)
O Colégio Estadual Carlos Gomes tem 1102 alunos matriculados e
enfrenta alguns desafios educacionais contemporâneos, como indisciplina causada
pelo desinteresse pela escola e pela falta de limites determinada por questões
familiares e sociais e alguns problemas específicos da adolescência. As condições
socioeconômicas do país refletem nas relações da família, na escola , no trabalho e
gera, na maioria das vezes, violência e conflitos que levam a desestrutura familiar
colocando a educação e a aprendizagem em segundo plano.
O colégio adotou o Ensino Médio em Blocos, que muito contribuiu para
reduzir a evasão e a repetência dos jovens. Foi implantada também a Educação de
Jovens e Adultos (EJA), dando oportunidades para as pessoas que não puderam
estudar na idade adequada.
33
O município de São João do Caiuá é basicamente agrícola com uma
população em que a maioria trabalha como diarista no corte da cana-de-açúcar e
lavouras diversas, portanto os educandos que são heterogêneos, tanto nas
características socioeconômicas quanto em idade.
Atende-se a educandos que residem na zona rural e na zona urbana,
seus pais são trabalhadores de usinas com um nível de escolaridade bastante baixo,
muitos sendo analfabetos.
Os alunos que frequentam o ensino médio e a educação de jovens e
adultos, no período noturno, em sua maioria são trabalhadores das usinas, outros
trabalham no comércio local, em empresas da cidade de Paranavaí e em casas de
famílias como domésticas. O índice de evasão não é grande, estando dentro das
expectativas.
Apesar da baixa renda familiar dos educandos, com o auxílio das políticas
sociais desenvolvidas pelo governo nossos alunos têm condições razoáveis de vida.
A grande maioria possui poucas opções de lazer devido suas condições
econômicas e pela falta de oferta que a cidade apresenta. Por essas questões
quando acontecem festas no município como exemplo o rodeio, muitos faltam para
participar dessas festas.
O município não oferece grandes oportunidades de trabalho, a maioria
dos jovens vai para outros municípios na tentativa de conseguir trabalho e melhorar
sua condição econômica.
A comunidade precisa crescer economicamente para oferecer trabalho,
lazer e cultura para as pessoas que aqui residem. Apesar de todas as dificuldades
enfrentadas pela comunidade, muitos alunos tem acesso à internet, no colégio, em
casa, no laboratório de inclusão digital do município e nas Lan Houser. A maioria
não tem acesso a jornais, revistas e outros livros, que não sejam os que a escola
oferece isto na verdade dificulta bastante o trabalho dos professores e o
desempenho dos alunos, principalmente para os que residem na zona rural, pois
estes muitas vezes não têm condições de frequentarem a biblioteca da escola para
realizarem uma pesquisa, tendo a escola que emprestar os livros para realizarem a
pesquisa em casa.
A comunidade escolar tem se empenhado para melhorar o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), fazendo simulados, discutindo os
34
resultados com os alunos, e estabelecendo metas. A nota do IDEB de 2007 foi 3,5
sendo que a meta do MEC para 2011 era 3,7 e a da escola é atualmente 4,0.
O Colégio Estadual Carlos Gomes - EFM enfrenta alguns problemas que
acabam causando distorção idade/série. Tem matriculado 445 alunos de 6º ao 9º
ano, sendo que 78 alunos estão com idade superior à série respectiva, totalizando
um total de 18% dos alunos com distorção idade/série.
5.3 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados
Neste item caracterizamos as técnicas e instrumentos utilizados na
coleta de dados empíricos deste estudo.
5.3.1 Questionário Aplicado aos Alunos do Ensino Médio
Para amostragem da temática sobre o ensino de química, cerne deste
trabalho, realizamos a pesquisa, aplicando um questionário misto (Apêndice A) a 20
(vinte) alunos do turno matutino do estabelecimento.
Foi aplicado um questionário contendo 10 perguntas para os alunos
buscando informações sobre a série e turno que estudam e posteriormente,
lançadas questões a respeito da disciplina de Química que faz parte da grade
curricular do estabelecimento de ensino pesquisado.
35
6
RESULTADO E DISCUSSÃO
O questionário foi direcionado aos alunos uma vez que tínhamos como
foco buscar a resposta para a seguinte pergunta: Será que o professor de Química
em sua prática pedagógica consegue mostrar para o aluno que em tudo, existe uma
necessidade de classificar ou agrupar coisas para um melhor funcionamento
(supermercados, correio, escolas, etc.)?
Quando dá apuração dos resultados, optamos inicialmente por uma
análise sintética dos resultados coletados. Passaremos a seguir à demonstração dos
resultados obtidos nas entrevistas que realizamos com os alunos do Colégio
Estadual “Carlos Gomes” - Ensino Fundamental e Médio, do município de São João
do Caiuá-Pr.
Na primeira questão, foi perguntado aos alunos entrevistados a série
e turno que estudam. No gráfico abaixo se constata que foram entrevistados 20
alunos do 2º ano matutino.
20
20
1º ano
15
2º ano
10
5
3º ano
0
0
0
1
Figura 01 – Escolaridade dos alunos.
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Na segunda questão, foi perguntado aos alunos a definição de
química, lançando-se a seguinte questão: “Para você o que é química? Dos
entrevistados 14 (catorze) alunos argumentaram que é a forma de aprender as
reações que acontecem no cotidiano e 6 (seis) alunos disseram que é tudo o que
acontece no dia a dia. As respostas demonstram que os alunos conseguem
36
perceber que a química está presente no seu dia a dia e que ela é imprescindível.
Não é possível desvincular a química da vida diária.
Na terceira questão, foi perguntado aos alunos entrevistados se no
colégio onde estudam tem laboratório de Química.
Figura 02 – No colégio tem laboratório de Química?
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Dos alunos entrevistados, 100% dos alunos responderam que sim. Fica
evidente que é do conhecimento dos alunos, o que é um laboratório de química e
onde o mesmo está localizado na escola, mesmo que não façam uso deste espaço.
Na quarta questão, em caso afirmativo referente ao uso do laboratório,
questionamos se os alunos conseguiam durante as aulas laboratoriais relacionar o
conteúdo trabalho em sala com a prática ali executada.
Figura 03 – Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo trabalhado em sala
com a prática?
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
37
Na quinta questão, questionamos se os alunos achavam que o ensino
de química tem relação com suas vidas cotidianas.
Figura 04 – O ensino de Química tem relação com sua vida cotidiana?
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Na sexta questão, solicitamos aos alunos que dessem dois exemplos
dos seus conhecimentos obtidos nas aulas de química: que estão presente no seu
cotidiano.
Os alunos deram os seguintes exemplos:
Água; acender o fogão;
Usar alvejante;
Na chama do fogão;
No alvejante em roupa colorida;
No foguete;
Alimentos industrializados;
Combustíveis;
Cosméticos;
Drogas (remédios);
Energia;
Esmalte;
Fabricação de plásticos;
Na chuva que faz parte do ciclo da água;
Na escova progressiva;
Na gasolina do carro que vem do petróleo;
Na maquiagem;
Nas bases que formam o sabão, sabonete etc.
38
No ar;
No computador;
No fogo;
No próprio organismo humano como no momento da digestão;
Nos conservantes dos alimentos;
Produtos de higiene pessoal;
Produtos de limpeza;
Sal;
Tintura de cabelo.
Dos 20 alunos entrevistados, 3 disseram que não sabiam responder onde
havia química no cotidiano e solicitaram ajuda da professora entrevistadora, porém
sem êxito. Diante da dificuldade em relacionar a teoria da disciplina com a prática
cotidiana, orientamos os alunos que não soubessem responder que deixassem as
respostas em branco. Percebemos que a maioria dos estudantes encontrou
dificuldade de se expressar, além de algumas respostas serem copiadas uma das
outras.
Na sétima questão, foi perguntado se no ponto de vista do aluno ele
percebe que o seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química
com o cotidiano.
25
22
20
6
15
Sim
Não
10
2
Às vezes
5
Às vezes
Não
Sim
0
1
Figura 05 – Seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o cotidiano?
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
39
Dos 20 alunos entrevistados foram unanimes em dizer que sim,
confirmando o propósito principal desta disciplina que é a de relacionar o ensino da
disciplina com a vida.
Na oitava questão, foi perguntado para os alunos se as aulas de
laboratório são importantes para a sua formação acadêmica.
TABELA 4 – AS AULAS DE LABORATÓRIO SÃO IMPORTANTES PARA A
FORMAÇÃO ACADÊMICA?
Respostas
Quantidade
Vivenciar mais experiências no laboratório, e assim, estarem mais
0
próximo da química.
É importante sair da sala de aula, conhecer o laboratório e seus
20
equipamentos e utilizações
A prática ajuda a compreender a teoria.
0
As aulas experimentais vão estimular o aluno a entender porque
0
certos conteúdos precisam ser ensinados na escola.
Que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do
10
conhecimento da realidade objetiva e insiram no cotidiano.
Que tudo depende da química e que a química bem empregada
05
não prejudica o meio ambiente.
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Na nona questão, foi perguntado aos alunos se eles costumam tirar
dúvidas na sala de aula quando não estão entendendo a explicação do professor.
Dos 20 alunos entrevistados 12 disseram que sim, 1 disse que não e
07 disseram que às vezes. Os dados demonstram que os alunos que não entendem
a matéria, estudam apenas para passar e não se preocupam em tirar as dúvidas,
pois nessa situação a presença do professor é importantíssima como mediador da
aprendizagem, principalmente na disciplina de Química onde a maioria dos alunos
não relaciona com sua prática cotidiana.
40
Figura 06 – Você costuma tirar dúvidas na sala de aula quando não está entendendo a explicação do
professor?
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Na décima questão, foi perguntado aos alunos, que aspectos de sua
aprendizagem, o professor avalia durante o processo ensino aprendizagem.
TABELA 5 - QUE ASPECTOS DA APRENDIZAGEM O PROFESSOR DEVE
AVALIAR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM?
Respostas
Quantidade
O que você memorizou dos conteúdos trabalhados no bimestre.
3
A relação que você faz com os conteúdos na prática cotidiana.
2
Que você saiba interpretar, analisar e se posicionar de acordo com
17
o assunto estudado, contextualizando-os.
A forma que se comporta nas aulas de laboratório manipulando os
0
materiais.
Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São
João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012.
Considerando os dados coletados, os alunos pontuaram que é
imprescindível que saibam interpretar, analisar e se posicionar de acordo com o
assunto estudado, contextualizando-os. Entretanto, elencaram que o professor
também leva em consideração o que memorizaram no bimestre e a relação que os
mesmos fazem com o conteúdo e a vida cotidiana. Levando em consideração essas
afirmações é necessário repensar numa prática de avaliação que assuma um
41
caráter não classificatório, mas que atenda aos interesses dos educandos no
processo social como um todo, pois a educação é o meio pelo qual a sociedade se
reproduz e se renova culturalmente.
42
7. CONCLUSÕES
Em nossa prática docente é frequente o questionamento por parte dos
alunos acerca do motivo pelo qual estuda química, visto que nem sempre este
conhecimento será necessário na futura profissão. Muitas questionam por não
conseguirem relacionar a disciplina no seu cotidiano, visto que o aluno focaliza o seu
papel no processo de ensino/aprendizagem e vai de encontro com a prática docente,
pois como mediador, a tarefa principal deste profissional é realizar o ensino de fato.
O estudo exploratório procurou identificar os fatores que motivam os
alunos para o estudo da química, caracterizando o papel das relações sociais e
escolares nesta motivação e no processo educacional. As proposições apresentadas
pelos alunos entrevistados enfatizam a existência de uma bagagem de
conhecimentos prévios que influenciam no ensino, assim como a importância do
cotidiano no processo de ensino/aprendizagem.
A química foi considerada importante na vida pessoal dos alunos, que
mostraram ter um bom conhecimento de sua presença no cotidiano nos exemplos
citados, durante a pesquisa, porém demonstraram desagrado em relação às aulas
de química, na questão da dinâmica dos docentes, pois na visão dos alunos, a aula
teórica torna o ensino maçante.
O estudo da química deve ser pautado principalmente no fato de
possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o
cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano,
tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a
deterioração de sua qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental
provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo,
entre outras ações.
A dificuldade em relacionar a química escolar com a química do
cotidiano é claramente verificada em sala de aula, pois o trabalho docente está
alicerçado em uma prática conteudistas. Os professores possuem o laboratório na
escola, porém não dominam, ou não se utilizam desta metodologia para unir teoria e
prática.
Cabe ressaltar que o entendimento das razões e objetivos que
justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonandose as aulas baseadas na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando-as
43
vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado, propondo uma
maior discussão entre os alunos acerca dos conhecimentos adquiridos, seja por
limitação de tempo ou ainda devido à inadequação de nossos currículos e práticas
pedagógicas.
44
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria. Da Alquimia à Química: um estudo sobre a
passagem do pensamento mágico-vitalista ao mecanicismo. São Paulo: Landy
Editora, 2005.
ALMEIDA, Elba Cristina S. de; SILVA, Maria de Fátima Caetano da; LIMA, Janaina
P. de; SILVA, Milca Limeira da; BRAGA, Claudia de F.; BRASILINO, Maria das
Graças Azevedo. Contextualização Do Ensino De Química: Motivando Alunos De
Ensino Médio. Centro de Ciências Exatas e da Natureza/Departamento de Química/
PROBEX.
Disponível
em:
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/ANAIS/Area4/4CCENDQPEX01.
pdf. Acesso em: 10 de Fev. 2012.
BENITE, Anna Maria Canavarro; BENITE, Cláudio Roberto Machado. O laboratório
didático no ensino de química: uma experiência no ensino público brasileiro. Instituto
de Química, Universidade Federal de Goiás, Brasil. Revista Ibero-americana de
Educación ISSN: 1681-5653 n.º 48/2 – 10 de enero de 2009. EDITA: Organización
de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI)
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional
º
9394/96n
1996.
Disponível
em:
<hftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope/leis/LDB.pdf>. Acesso em 05 de Fev. 2012.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) - Ensino Médio: orientações
educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2002.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias/ Secretaria de Educação Básica. V. 2, Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
BUENO, Lígia; MOREIRA, Kátia de Cássia; SOARES, Marília, DANTAS, Denise
J.;WIEZZEL, Andréia C. S.; TEIXEIRA, Marcos F. S. Teixeira. O ensino de química
por meio de atividades. Experimentais: a realidade do ensino nas escolas.
Disponível em: http://www.unesp.br/prograd/ENNEP/Trabalhos%20em%20pdf%20%20Encontro%20de%20Ensino/T4.pdf. Acesso em: 20 de Jan. de 2012
CARVALHO , A. M. P. E GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São
Paulo, Editora Cortez, 1995.
FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia. 18 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KLACHQUIN, Graciela Arbilla de. O Nosso Dia-a-Dia e a Química. Ciência e Público.
Disponível
em:
http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/terraincognita/cienciaepublico/depoime
ntos/dep08_onossodiaadia.pdf. Acesso em: 10 de Fev. 2012.
45
KLACHQUIN, Graciela Arbilla de. O Nosso Dia-a-Dia e a Química. Ciência e Público.
Disponível
em:
http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/terraincognita/cienciaepublico/depoime
ntos/dep08_onossodiaadia.pdf. Acesso em: 10 de Fev. 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora,1994.
MALDANER, Otavio Aloisio. A formação inicial e continuada de professores de
química professor/pesquisador. 2 ed. Revista Ijuí: Ed. Unijuí, 2003
MELLO, Célia Cardoso de; BARBOZA, Liane Maria Vargas. Investigando a
experimentação
de
química
no
ensino
médio.
Disponível
em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/969-4.pdf. Acesso em 16
de Fev. 2012.
NOVAIS, Vera L. Química: Estrutura da matéria e Química Orgânica. São Paulo:
Atual,1999
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do estado do Paraná da disciplina de Química. Curitiba:
SEED/PR, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP). Colégio Estadual Carlos Gomes da
cidade
de
São
João
do
Caiuá
Paraná.
Disponível
em:
http://www.scacarlosgomes.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud
o=7. Acesso em: 21 de Jan. 2012
SANTOS, W. L. P.; SCHNETZLER, P. R. Educação em Química: Compromisso com
a Cidadania. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2003.
SILVA, Erivanildo Lopes da. Contextualização no ensino de química: idéias e
proposições de um grupo de professores. Dissertação (Mestrado) - Universidade de
São Paulo. Instituto de Química. Departamento de Química Fundamental. São
Paulo, 2007.
VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 3 ed., São
Paulo: Moderna, 2005.
46
APÊNDICE
47
APÊNDICE A
Questionário Aplicado Aos Alunos do Ensino Médio
Caro aluno, este questionário faz parte de um trabalho monográfico a ser
apresentado no curso de Licenciatura em Química da FVG. Todas as questões
devem ser respondidas.
01) Escolaridade - Série em que estuda no Ensino Médio:
( ) 1º ano
(
) manhã
(
) tarde
(
) noite
( ) 2º ano
(
) manhã
(
) tarde
(
) noite
) 3º ano (
) manhã
(
) tarde
(
) noite
(
02) Para você, o que é química?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
03) No colégio tem laboratório de Química?
(
) Sim
(
) Não
(
) Desconheço
04) Em caso afirmativo referente ao uso do laboratório, responda:
“Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo trabalhado em
sala de aula com a prática?”
(
) Sim
(
) Não
(
) Às vezes
05) Você acha que o ensino de química tem relação com a sua vida cotidiana?
(
) Concordo
(
) Discordo
(
) Não tenho opinião formada
06) Dê dois exemplos dos seus conhecimentos obtido nas aulas de química: que
estão presente no seu cotidiano.
1.______________________________________________________________
2. _______________________________________________________________
48
07) O seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o
cotidiano?
(
) Sim
(
) Não
(
) Ás vezes
08) Em sua opinião, as aulas de laboratório são importantes para o aluno, por que:
(
) Vivenciar mais experiências no laboratório, e assim, estarem mais próximo
da química.
(
) É importante sair da sala de aula, conhecer o laboratório e seus
equipamentos e utilizações.
(
) A prática ajuda a compreender a teoria.
(
) As aulas experimentais vão estimular o aluno a entender porque certos
conteúdos precisam ser ensinados na escola.
(
) Que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da
realidade objetiva e insiram no cotidiano.
(
) Que tudo depende da química e que a química bem empregada não
prejudica o meio ambiente.
09) Quando você não compreende o porquê de estudar algum conteúdo de química,
você tira dúvidas na sala de aula pedindo explicação ao professor?
(
) Sim
(
)
Não
(
) Ás vezes
10) O professor avalia durante o processo ensino aprendizagem:
(
) O que você memorizou dos conteúdos trabalhados no bimestre.
(
) A relação que você faz com os conteúdos na prática cotidiana.
(
) Que você saiba interpretar, analisar e se posicionar de acordo com o
assunto estudado, contextualizando-os.
(
) A forma que se comporta nas aulas de laboratório manipulando os materiais.
Download

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA NO ATO DE