FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA ÁREA DE LICENCIATURA EM QUIMICA A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA NO ATO DE EDUCAR ELISÂNGELA FIORRILO DA COSTA Santo Antonio do Caiuá - PR 2012 ELISÂNGELA FIORRILO DA COSTA A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA QUÍMICA NO ATO DE EDUCAR Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Química no Programa Especial de Formações de Docentes da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF, sob a orientação do Profº. Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante. Santo Antonio do Caiuá - PR 2012 Monografia submetida ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes em Química, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em Química, autorgado pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF. _______________________________ Elisângela Fiorrilo da Costa _______________________________ Prof. Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante Orientador _______________________________ Profª. Msc. Célia Diógenes Coordenadora do Curso Nota obtida: ______ Monografia aprovada em: ___ / ____ / ____ 4 “Aquele capaz de refletir a respeito de sua prática de forma crítica, de ver a sua realidade de sala de aula para além do conhecimento na ação e de responder, reflexivamente, aos problemas do dia-a-dia nas aulas. É o professor que explicita suas teorias tácitas, reflete sobre elas e permite que os alunos expressem o seu próprio pensamento e estabeleçam um diálogo reflexivo recíproco para que, dessa forma, o conhecimento e a cultura possam ser criados e recriados junto a cada indivíduo.” (MALDANER, 2003, p.30). 5 RESUMO O presente trabalho monográfico foi elaborado por meio de pesquisa em literaturas que versam sobre o ensino de química com o propósito de mostrar o lado positivo e indispensável da química em sua aplicação na nossa realidade cotidiana. Educar é um processo de vida e não uma mera preparação para vida. Sendo assim há de se ressignificar os processos didáticos, de modo que através deles, possa a vida fazer parte do cotidiano educativo. O ensino de química precisa ser abordado, visando transformar o modo de pensar do aluno para que ele desenvolva habilidades questionadoras assumindo uma postura crítica perante os valores que foram propostos. A utilização da prática ligada à teoria é uma forma encontrada para mostrar aos alunos que o estudo de química não é algo vago sem objetivos reais, mais sim que está presente em sua vida e pode ser apreendido de maneira fácil e prazerosa. O aluno encontre uma ligação com a química sendo ele o protagonista de sua ação na vida cotidiana (por exemplo, cozimento de um alimento, manuseio de produtos químicos de limpeza, utilização de tecidos adequados para vestuário da prática esportiva) e não simplesmente para a resolução de exercícios. Com as práticas, com a atenção voltada para a compreensão do conceito, auxiliada por experimentos de baixo custo e que podem ser executados em sala de aula em caráter demonstrativo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Química; Alunos; Aprendizagem. 6 LISTA DE GRÁFICOS FIGURA 1 - Escolaridade dos Alunos ............................................................... 35 FIGURA 2 - No colégio tem laboratório de Química? ...................................... 36 FIGURA 3 – Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo trabalhado em sala de aula com a prática? .................................................... 36 FIGURA 4 – O ensino de Química tem relação com a vida cotidiana? ......... 37 FIGURA 5 – Seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o cotidiano?................................................................................. 38 FIGURA 6 – Você costuma tirar dúvidas na sala de aula quando não está entendendo a explicação?................................................................................. 40 7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Oferta de Cursos do Estabelecimento – Ensino Regular ......... 30 TABELA 2 – Modalidade, Série e Número de Alunos – Ensino Fundamental e Médio .................................................................................................................. 31 TABELA 3 – Modalidade, Série e Número de Alunos – EJA (Ensino Fundamental e Médio) ....................................................................................... 32 TABELA 4 – As aulas de Laboratório são importantes para a formação acadêmica? ....................................................................................................... 39 TABELA 5 – Que aspectos da aprendizagem o professor deve avaliar no processo Ensino Aprendizagem ...................................................................... 40 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09 1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 10 1.2 Perguntas da Pesquisa ............................................................................... 10 2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 12 3.1 Uma breve contextualização da Química presente no cotidiano ............ 12 3.1.1 A importância da química do cotidiano ............................................ 14 3.1.2 A química na sociedade ................................................................... 17 3.1.3 Unindo teoria e prática: A avaliação na Disciplina de Química ......... 18 3.1.4 O ensino de química no contexto escolar ........................................ 21 4 METODOLOGIA .............................................................................................. 25 4.1 Cronograma ................................................................................................. 25 5. MATERIAL E MÉTODO .................................................................................. 26 5.1 Pesquisa de Campo .................................................................................... 26 5.2 Vida Legal do Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e Médio .................................................................................................................. 26 5.2.1 Aspectos Históricos do Estabelecimento ......................................... 26 5.2.2 Organização do Espaço Físico do Estabelecimento ........................ 29 5.2.3 Oferta de Cursos e Modalidades ...................................................... 30 5.2.4 Cursos, Modalidades, Série e número de alunos ............................ 31 5.2.5 Horário de Atendimento ................................................................... 32 5.2.6 Perfil dos Entrevistados (Alunos) ..................................................... 32 5.3 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados .......................................... 34 5.3.1 Questionário Aplicado aos Alunos do Ensino Médio ........................ 34 6. RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................ 35 7. CONCLUSÕES ............................................................................................... 42 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 44 APÊNDICE .......................................................................................................... 46 APÊNDICE A - Questionário aplicado aos Alunos do Ensino Médio.................... 47 9 1 INTRODUÇÃO A química é uma ciência e é possível perceber usa presença no cotidiano das pessoas. Ela se propõe a dar explicar os fenômenos ou acontecimentos e que estas envolvem conceitos abstratos e requerem ser testados e comprovados nos laboratórios de pesquisa. Por ser uma ciência, a química auxilia a compreender melhor o mundo em que vivemos e usada de forma ética auxilia a qualidade de vida de todos os cidadãos. Falava, então, da necessidade de “desrotinizar” um exercício profissional do professor que é o de “dar notas” para os seus alunos em cada bimestre, ou mesmo a cada mês. Para a mudança do ensino de Química, dizia, é necessário analisar a produção do aluno e a forma de pensamento com a qual ele o faz. Comisso estava propondo que fosse feita uma avaliação de todo processo de ensino e aprendizagem em desenvolvimento, tendo em vista a sua melhoria e não a execução de uma rotina que só serve para controle e dominação do aluno com contexto escolar. [...] (MALDANER, 2003, p. 254) Nesse sentido e considerando os aspectos sociais, políticos e econômicos atuais, o ensino da Química deve possibilitar ao aluno compreensão do mundo, as substâncias e materiais presentes, o desenvolvimento tecnológico e suas aplicações no cotidiano, desenvolvendo a opinião crítica dos educandos de forma que participem do processo de ensino-aprendizagem através de experimentação e pesquisas orientadas. Todavia, devem-se considerar os benefícios que a disciplina de Química pode oferecer para o desenvolvimento sustentável e saudável da humanidade (MALDANER, 2003). O presente trabalho está pautado primeiramente em uma revisão em literatura impressa e em meios eletrônicos, cujos autores renomados no meio acadêmico tratam da temática do ensino da química e sua relação com o cotidiano. Após serão proporcionar estudos que sejam direcionados aos alunos, onde possibilite uma visão da presença da Química no dia-a-dia das pessoas, mostrando o quanto a sociedade depende da Química e, de um modo mais genérico, da Ciência. Portanto, será feito um paralelo entre o que o referencial teórico que tratar da prática docente realizada, utilizando-se de pesquisa de campo em um colégio da rede pública do município de São João do Caiuá, Estado do Paraná. 10 1.1 Objetivo Geral Investigar em que medida os alunos do 1º ano do ensino médio, do Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio, da cidade de São João do Caiuá - Paraná reconhece a presença dos fenômenos químicos em seu cotidiano. Assim aproximar os alunos de temas relacionados à química e sua aplicação à realidade que os cerca. 1.2 Perguntas para a Pesquisa Será que o professor de Química em sua prática pedagógica consegue mostrar para o aluno que em tudo, existe uma necessidade de classificar ou agrupar coisas para um melhor funcionamento (supermercados, correio, escolas, etc.)? 11 2 JUSTIFICATIVA Muitas pessoas resistem ao estudo da Química pela falta de contextualização de seus conteúdos. É notório que os estudantes do Ensino Médio têm dificuldade de relacioná-los em situações cotidianas, pois ainda se espera deles a excessiva memorização de fórmulas, nomes e tabelas. Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. Para tanto, é imprescindível um trabalho pedagógico com o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. Como exemplo de atividades que podem levar os alunos a relacionar a química com o seu cotidiano: a química dos cosméticos, dos alimentos, dos medicamentos, dos combustíveis e do corpo humano. 12 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Uma breve contextualização da Química presente no cotidiano A Química é definida como a ciência que estuda a composição da matéria, suas interações e transformações. Ela está presente no dia-a-dia, na energia produzida e consumida, nos alimentos, no meio ambiente e poluição, nos processos biológicos, medicinais, industriais. Na Química, podemos distinguir duas atividades: a prática e a teoria. A atividade prática ocorre no manuseio e transformação de substâncias nos laboratórios e nas indústrias, quando então se trabalha em nível macroscópico, isto é, em coisas visíveis. A atividade teórica se verifica quando se procura explicar a matéria, em nível microscópico. (BUENO et. al, 2012) Discutir sobre a química vai além de observar o cotidiano e ser capaz de poder explicar os fenômenos que ela produz. Por isso é imprescindível conseguir visualizar a química na pratica valendo-se da teoria. A química é uma ciência em pleno desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em muitos eventos comuns que se passam conosco e ao nosso redor. Mostra uma relação dos conceitos científicos da química com o cotidiano das pessoas. A química propõe explicações para muitos fenômenos ou acontecimentos e que estas envolvem conceitos abstratos, muito deles relacionados ao mundo microscópio dos átomos e das moléculas, entidades tão pequenas que são invisíveis até nos melhores microscópios de um laboratório de pesquisa. Quanto mais as pessoas perceberem que a química é uma ciência que ajuda a compreender melhor o mundo em que vivem e que os conhecimentos químicos devem ser usados com sabedoria e ética, haverá sem dúvida, uma melhoria das condições de vida de todos os cidadãos. Segundo Libâneo (1994), educar é conduzir, modificar. [...] o ato pedagógico pode ser, então definido como uma atividade sistemática de interação entre seres sociais tanto no nível do intrapessoal como no nível de influência do meio, interação esta que se configura numa ação exercida sobre os sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida. Presume-se aí, a interligação de três elementos: um agente (alguém, um grupo, etc.), uma mensagem transmitida (conteúdos, métodos, 13 habilidades) e um educando (aluno, grupo de alunos, uma geração) [...] (LIBÂNEO,1994, p.56) Para isso, há de se ter uma visão mais significativa e ampla do mundo em que vivemos, seus conceitos, sua utopia e o tipo de cidadão que ele (o mundo) precisa para enriquecê-lo, transformá-lo e pensa-lo de forma mais crítica, criativa e amorosa (FREIRE,1996, p.147). Nas orientações metodológicas para o ensino de química apresentados na Reforma Francisco Campos (1931), afirma-se que este deve ser coordenado "pelo interesse imediato de utilidade com os domínios afins das ciências Físicas e Naturais e com as aplicações na vida cotidiana" (p. 70). Mas recentemente, no Parecer nº 853/71 do Conselho Federal de educação que define o núcleo comum, para os currículos com base no cotidiano, "a conexão com o mundo real e com as experiências colhidas em situações concretas", é apontada como tão mais fundamental for o nível de ensino. A química é fundamentalmente uma ciência experimental. Mas aprender química não é simplesmente aprender a observar a natureza e o mundo que nos rodeia. É muito mais do que isso: é poder explicar o porquê dos fenômenos que acontecem. Para ensinar química, é necessário primeiramente transmitir as bases e os conceitos do método científico. Os conceitos científicos usados são modelos construídos pelo homem e que dificilmente serão descobertos pelo aluno ou pelo leitor de um texto de divulgação por meio de suas próprias observações.[...] (KLACHQUIN, 2012) É importante que o estudante se torne capaz de apropriar-se do conhecimento científico e de utilizá-lo para ler (interpretar) o mundo e nele interferir. Uma das condições para se aprender algo é estar disposto a aprender. E aprender envolve entre outras coisas, vontade, regularidade e persistência. O desejo de aprender, o estudo feito de modo regular e a perseverança são fatores essenciais para quem quer aprender Química e desenvolver o gosto por essa fascinante ciência. Está totalmente veiculada á realidade da vida dos educandos. Segundo Vera Novais (1999), para progredir no estudo da Química são importantes três aspectos: o trabalho do professor, seu interesse e empenho e a utilização de recursos pedagógicos adequados. Ao professor cabe planejar o curso, estimular o aluno a pensar, ajudá-lo a superar dificuldades. E ao aluno cabe manterse interessado em aprender e desenvolver a disciplina necessária para isso. Por outro lado, o mundo do trabalho requer cada vez mais indivíduos capazes não só de analisar o mundo de forma ampla e de integrar diversas áreas de conhecimento, mas também aprender sempre, uma vez que a quantidade de 14 conhecimentos relativos a todas as áreas cresce diariamente. Assim, qualquer que seja seu futuro campo de trabalho, o aluno deverá ser capaz de aprofundar ou retomar seus conhecimentos de Química ou relacionada a ela, como por exemplo: o que é próprio dessa ciência? Qual sua relação com o nosso dia-dia? Qual a sua importância para a humanidade? Como seu corpo de conhecimentos se organiza? Como aprender a raciocinar quimicamente? A aula prática é uma maneira eficiente de ensinar e melhorar o entendimento dos conteúdos de química, facilitando a aprendizagem. Os experimentos facilitam a compreensão da natureza da ciência e dos seus conceitos, auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no diagnóstico de concepções não científicas. Além disso, contribuem para despertar o interesse pela ciência. (ALMEIDA et al.,2012) Enfatiza ainda a autora Novais (1999) para aprender Química, você terá de ser alfabetizado em uma nova linguagem, em um tipo de escrita próprio dessa ciência, terá de aprender a raciocinar utilizando conceitos químicos. Posso de antemão garantindo-lhe que, ao lado do prazer de fazer isso, haverá dificuldades, uma vez que essa ciência teoriza sobre algo que é invisível, que se vale de modelos abstratos. Daí a importância cuidadosa nesse estudo, de modo que novos termos e conceitos possam ir adquirindo significado cada vez mais amplo. (NOVAIS, 1999, p.1). 3.1.1 A importância da química do cotidiano Podemos dizer que tudo a nossa volta é Química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação. A Química é uma ciência em pleno desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em muitos eventos comuns que se passam conosco e ao nosso redor. Uma característica marcante da utilização de aspectos do cotidiano no ensino de Química é a crença no potencial motivacional, ou seja, situações do cotidiano, quando exemplificadas, servem para motivar o aluno a aprender. (SILVA, 2007, p.19) A Química é uma ciência agradável de ser estudada e seus reflexos podem ser sentidos no dia-dia, como podemos notar nos exemplos que seguem. Talvez o exemplo mais ligado ao nosso cotidiano seja o funcionamento de nosso próprio organismo. O corpo humano é um "laboratório" em que ocorrem, durante 15 todo o tempo, fenômenos químicos muito sofisticados, sendo que o mesmo é formado por inúmeras substâncias em constante transformação, que possibilitam a movimentação, os sentidos (visão, audição, olfato, tato, gosto), a digestão, a respiração e o nosso pensamento. Ingerimos vários materiais: alimentos, água, ar (pela respiração) etc. Há várias transformações desses materiais, no estômago, nos intestinos etc., auxiliadas por "produtos químicos" específicos existentes no suco gástrico, na bile (do fígado) etc.; Há recombinação dos alimentos para a manutenção de nossos ossos, tecidos, órgãos etc.; Após inúmeras transformações, o organismo elimina os produtos residuais, por meio das fezes, urina e suor etc.; Na limpeza de casa, usamos diversas substâncias, como detergentes, alvejantes, desinfetantes. Em nossa higiene pessoal, usamos sabonete, sabões, xampu, creme dental, além da água, que passa por vários tratamentos antes de chegar às nossas residências; A maioria das roupas que usamos a presença fios artificiais (náilon, poliéster) misturados a fibras naturais (algodão, lã); Nossos alimentos naturais (frutas, verduras) precisam de fertilizantes e pesticidas para sua produção; Os materiais empregados na construção de casas, prédios, automóveis, aviões, embarcações, computadores e eletrodomésticos constituem exemplos que se relacionam com as indústrias de processos químicos, nas suas mais diferentes modalidades e especialidades; A maioria do meio de transporte tem combustível a gasolina, o querosene, etc., que são extraídos do petróleo, e este é o resultado de uma transformação natural que levou milhões de anos; São muitos os produtos industrializados cuja obtenção depende de transformações químicas: plásticos, vidros, tintas, cimento, papel, fotografia, borracha, álcool, açúcar, sal, metais, cigarros, cola; A expectativa de vida do homem aumentou muito graças ao desenvolvimento de medicamentos que são substâncias extraídas da natureza ou fabricadas artificialmente como (analgésicos, antibióticos e 16 anti-inflamatórios) e da medicina, dosadas, purificadas e comercializadas. Em nosso dia-dia é muito frequente encontrarmos devidamente indicações de substâncias químicas em bulas de remédio, nas embalagens de alimentos, nas etiquetas de roupas e em tantos outros objetos. A partir desses exemplos, percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bem-estar para nossa vida. Do mesmo modo que as substâncias químicas podem contribuir para o bem-estar da humanidade, elas também podem ser usadas incorretamente (por ignorância, incompetência, ganância ou ideologias duvidosas), acarretar doenças, poluição do ar (fumaça das chaminés) e das águas, desequilíbrios ecológicos, desastres ecológicos como (derramamento de petróleo nos mares e envenenamento) e mortandade de plantas e animais. É imprescindível que o professor propicie em sua aulas que os alunos consigam unir teoria a prática das ciências, principalmente com as aulas experimentais, onde ele poderá manipular e constatar as reações químicas. O distanciamento entre a teoria e a experimentação nessas áreas do conhecimento, faz com que os professores tratem a experimentação de forma intuitiva e genérica não proporcionando o ensino e a aprendizagem significativos para o aprendiz. Para minimizar esta situação de carência formativa, deve-se oportunizar para o professor uma formação continuada, pois a sua rotina cotidiana de trabalho condiciona ações repetitivas e aparentemente iguais que pouco contribuem para o desenvolvimento profissional. A melhoria efetiva do processo de ensino e aprendizagem só acontece através da ação do professor, o que demanda de sua parte um contínuo processo de aprimoramento profissional e de reflexão crítica sobre sua prática. Essa formação deve possibilitar a atualização do professor, em relação às dificuldades relacionadas a conceitos, recursos, tecnologias e temas inovadores que envolvam o conhecimento químico. (MELLO & BARBOZA, 2012, p.10) Apesar de toda importância desta ciência e de suas aplicações, é comum ouvirmos comentários que depreciam essa ciência ou a empregam de maneira imprópria, há muita confusão no que diz respeito à palavra Química, colocando-a como sinônimo de substâncias tóxicas, veneno ou poluição. Esses fatos, infelizmente, encobrem as importantes conquistas do homem pelo conhecimento químico. Na verdade, o problema não está na Química, mas no se uso, ela, em si, não é boa nem má. Ainda são muitos aqueles que, movidos por interesse pessoais ou de grupos, utilizam-na para conquistar ou manter privilégios. 17 Mudar essa situação não é papel do químico, mas de toda sociedade, que deve ser crítica e participativa, exigindo que o conhecimento promova uma qualidade de vida cada vez melhor e que permita uma coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. 3.1.2 A química na sociedade A vida entre si já é um fantástico processo químico, no qual as transformações das substâncias nos permitem andar, pensar, sentir. As diversas sensações biológicas, como dor, cãibra e apetite, e as diversas reações psicológicas, como medo, alegria e felicidade, estão associadas ás substâncias presentes em nosso organismo. O nosso corpo é um verdadeiro laboratório de transformações químicas. Estudar a Química é importante que cada cidadão se preocupe não só com os fatos de interesse próprio, mas também de interesses da sociedade. As informações científicas ajudam-no a compreender os acontecimentos e a nos posicionar perante eles, como cidadãos informados e conscientes. Um dos maiores desafios do ensino de Química, nas escolas de nível fundamental e médio, é construir uma ponte entre o conhecimento escolar e o mundo cotidiano dos alunos. Frequentemente, a ausência deste vínculo é responsável por apatia e distanciamento entre alunos e professores (Valadares, 2001). Ao se restringir o ensino a uma abordagem estritamente formal, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades para tornar a Química mais “palpável” e perde-se a oportunidade de associá-la com avanços tecnológicos que afetam diretamente a sociedade (Chassot, 1993). (BENITE & BENITE, 2009, p. 1) Quanto mais pessoas perceberem que a Química é uma ciência que ajuda a compreender melhor o mundo em que vivemos e que, se os conhecimentos químicos forem usados com sabedoria e ética, haverá, sem dúvida, uma melhoria das condições de vida de todos os cidadãos. Foi graças à evolução Teórica da Química que uma série de substâncias corriqueiras no mundo atual pôde ser atingida. Assim, dos chips usados nos computadores às próteses metálicas ou plásticas cada vez mais usadas na medicina, do isopor aos combustíveis usados nos transportes, tudo está fundamentado no conhecimento químico, que é conquista da pesquisa e do estudo feito por inúmeras gerações de cientistas. Estudar a Química não só nos permite 18 compreender os fenômenos atuais. O conhecimento nos ajuda a entender o complexo meio social em que vivemos. A ciência avança em função das necessidades geradas pela sociedade, como por exemplo: desnutrição, falta de energia, poluição e etc. Por sua vez, o aperfeiçoamento tecnológico contribui para o desenvolvimento das Ciências e está também associado ao desenvolvimento científico. A Química tem garantido ao ser humano uma vida mais longa e confortável. O seu desenvolvimento tem permitido a busca para solução de problemas ambientais, o tratamento de doenças antes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a construção de prédios mais resistentes, a produção de materiais que permitem a confecção de novos equipamentos. A ciência, a tecnologia e a sociedade têm caminhado na busca de soluções de grandes problemas, mas também têm provocado consequências desastrosas para a vida humana no planeta. Diariamente lemos notícias mostrando o paradoxo do desenvolvimento científico e tecnológico, que tanto traz benefícios para a sociedade como também riscos para a própria sobrevivência humana. Segundo Albert Einstein, citado por Santos (2003, p.24) "A ciência não tem sentido senão quando serve aos interesses da humanidade". Para mudar essa situação, todos nós, cidadãos, deveríamos buscar desenvolver ações em nossa comunidade para que as aplicações da Ciência e da tecnologia na sociedade possam proteger a vida das gerações futuras e propiciar condições para que todos tenham acesso aos seus benefícios. 3.1.3 Unindo teoria e prática: A avaliação na Disciplina de Química O conhecimento em química não é algo pronto e acabado, mas está em constante mudança. Diante desta constatação, a avaliação da disciplina de Química no Ensino Médio precisa mudar deixando de ser uma avaliação nos moldes tradicionais. Durante a formação acadêmica dos professores da área, os cursos de graduação valorizam as teorias acadêmicas em prejuízo da prática pedagógica, que é desenvolvida como complemento dos cursos, provocando insegurança na prática de seu fazer docente. 19 Aulas que utilizam o recurso da experimentação, o laboratório didático em questão, são ferramentas poderosas para adquirir e testar conhecimentos, mas por si só não são suficientes para fornecer conhecimentos teóricos, não obstante não são sempre necessárias. Uma matriz teórica particular sempre conduz a um experimento. Desta forma, um dos maiores e mais danosos mitos da aprendizagem é a não interdependência experimento/teoria. (BENITE & BENITE, 2009, p.10) Todavia, faz-se necessário uma mudança real na postura do professor da disciplina de química, no sentido de revisão de conceitos sobre avaliação e só será possível oportunizando uma formação continuada, e acesso à literatura que versam sobre esta temática, procurando estar sempre se renovando. Porém, faz-se necessário proporcionar condições aos professores, condições objetivas de trabalhar com segurança e eficiência as diversas situações que lhes impõe o dia-adia da sala de aula, despertando a curiosidade do aluno, fazendo com que ele busque com prazer a conquista do conhecimento, principalmente da disciplina de química, relacionando com o seu contexto. Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos. A Secretaria do Estado do Paraná (SEED, 2008), recomenda que os conteúdos estruturantes para a disciplina de química sejam trabalhados no sentido de acrescentar na vida do educando. De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais. Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos tratados no dia-a-dia da sala de aula nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino. A seleção dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da história da Química e da disciplina escolar e para que seja devidamente compreendido exige que os professores retomem esses estudos, pois, essa arquitetura curricular pode contribuir para a superação de abordagens e metodologias do ensino tradicional da Química. (PARANÁ, 2008, p. 58) 20 Conforme as orientações contidas nas Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, a mesma enfatiza que o trabalho do professor de química deve versar sobre os conceitos científicos e não se ater apenas a parte teórica da disciplina. Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valorizase, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. (PARANÁ, 2008, p. 70) Considera-se imprescindível que o professor de química durante o exercício de docência, possibilite aos alunos, não apenas observar e acompanhar a execução do experimento de modo que tudo sairia exatamente como previsto, trabalhando com uma prática mecanicista, mas que o mesmo se utilize de encaminhamento metodológico que contribuam para a compreensão da atitude científica. Espera-se que, no uso do laboratório, o professor considere também os encaminhamentos realizados numa aula teórica. No cotidiano escolar, durante as atividades experimentais, se utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar convencional, uma vez que o estabelecimento pode não ter este espaço para a prática da disciplina; podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as ideias a serem discutidas em aula. Os alunos terão a possibilidade de estabelecer relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressar ao professor suas dúvidas diante do conteúdo abordado. Nessa proposta cabe ao professor arrumar o material necessário para os experimentos, ou instruir a classe sobre como obtê-los. A maior desvantagem desta opção é que os experimentos são quase sempre qualitativos e mesmo assim nem sempre obtém êxito, pois é difícil realizar um experimento que preconizem variáveis controladas com materiais que não proporcionam esse tipo de controle. (BENITE & BENITE, 2009, p. 3) Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação 21 contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. Nas Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, com base nos PCN, estabelecem que: [...] historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de natureza empírica sobre as transformações químicas e as propriedades dos materiais e substâncias. Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo conforme a concepção de cada época e, atualmente, o conhecimento científico em geral e o da Química em particular requerem o uso constante de modelos extremamente elaborados (BRASIL, 2002, p. 87 e BRASIL, 2006, p. 109-110). A necessidade de que o aluno saia do ensino médio com a capacidade de desenvolver na prática os conteúdos que lhe foram apresentados em sala de aula, relacionando-os com o meio social, científico e tecnológico é uma concepção embasada na própria Constituição Brasileira de 1999, no artigo 22 da LDB (BRASIL, 1996). Na disciplina de Química o professor poderá se utilizar da avaliação processual, com técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. 3.1.4 O ensino de química no contexto escolar Nas diversas situações da prática docente, o professor de Química se surpreende frente às dificuldades de aprendizagem observadas nos alunos quando estes se deparam com determinadas atividades de ensino em ciências, pois além da dificuldade em lidar com a disciplina, não conseguem fazer relação desta com o seu cotidiano. Carvalho e Gil-Pérez (1995) assinalam que a escola deve ser concebida como lugar de produção do conhecimento pedagógico e que a prática do professor de Ciências seja encarada como um conjunto de ações válidas e que precisam ser consideradas nesse processo. 22 A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino fundamental, médio e de formação em sua área. A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (BRASIL, 2002). Dentro do cotidiano escolar, verifica-se a ausência de motivação dos estudantes em relação ao ensino das ciências, em especial à Química, em virtude da suposta “abstralidade” apresentada por alguns conteúdos específicos dessa disciplina. Esse fato acaba interferindo negativamente no aprendizado, aumentando os índices de reprovação e diminuindo o número de alunos com afinidade pela mesma (MALDANER, 2003). Porém, o que se presencia no dia-a-dia da sala de aula, é que muitos alunos não conseguem relacionar a química presente, em seu cotidiano. Um dos objetivos da química é que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e consigam fazer a transposição para o cotidiano. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. (PARANÁ, 2008, p.31) O ensino acontece enfatizando a memorização de fórmulas e conceitos, enquanto que uma aproximação com “aquela química” que está mais perto do aluno e de sua realidade não acontece. Por exemplo, fala-se dos diversos modelos atômicos, das ligações químicas, da nomenclatura de compostos orgânicos, no entanto, a menção da produção de materiais industrializados como plásticos e medicamentos, o tratamento do lixo e da água ou o impacto da atividade humana sobre o meio ambiente, geralmente, é relegada a plano secundário (BRASIL, 2002). Nas Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, com base nos PCN’S, estabelecem que: 23 [...] historicamente, o conhecimento químico centrou-se em estudos de natureza empírica sobre as transformações químicas e as propriedades dos materiais e substâncias. Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo conforme a concepção de cada época e, atualmente, o conhecimento científico em geral e o da Química em particular requerem o uso constante de modelos extremamente elaborados (BRASIL, 2002, p. 87 e BRASIL, 2006, p. 109-110). A necessidade de que o aluno saia do ensino médio com a capacidade de desenvolver na prática os conteúdos que lhe foram apresentados em sala de aula, relacionando-os com o meio social, científico e tecnológico é uma concepção embasada na própria Constituição Brasileira de 1988, bem como no Artigo 22 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº 9394/96: “A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho em estudos posteriores” (BRASIL, 1996). Sendo assim, torna-se evidente a necessidade de mudar a forma de ensino. Para que isso ocorra é preciso expor o conteúdo relacionando-o ao contexto em que o aluno está inserido; assim possibilitará ter uma visão mais ampla e crítica do conhecimento. O ensino é dinâmico e favorece a compreensão dos conteúdos e consequentemente, a partir do momento em que o aluno perceber uma relação entre a sala de aula e o seu cotidiano, o interesse e a aprendizagem ocorrerão na totalidade. Portanto, o papel do professor é contextualizar ao máximo o conteúdo, partindo sempre do concreto para o abstrato, ou seja, daquilo que o aluno já sabe, oportunizando nesse momento, a construção do conhecimento. Enfatiza Maldaner (2003): É importante, no entanto, considerar que as mudanças da prática pedagógica não acontecem por imposição ou apenas porque se deseja. Tornar-se reflexivo/pesquisador requer explicitar, desconstruir e reconstruir concepções, e isso demandam tempo e condições. (MALDANER, 2003, p.15) Através da prática, o professor pode, utilizando-a como ferramenta, despertar a atenção dos alunos e auxiliando na mediação dos conhecimentos químicos, pois permite a construção da ponte entre a teoria e o cotidiano dos alunos. No entanto, observa-se que o ensino de química apoiado na experimentação é pouco utilizado nas escolas e quando os professores se valem desse recurso, fazem-no de maneira esporádica (PARANÁ, 2008). 24 Segundo Santos e Schnetzler (2003): Pode-se considerar que o objetivo central do ensino de Química para formar o cidadão é preparar o indivíduo para que ele compreenda e faça uso das informações químicas básicas necessárias para sua participação efetiva na sociedade tecnológica em que vive. O ensino de Química precisa ser centrado na inter-relação de dois componentes básicos: a informação química e o contexto social, pois, para o cidadão participar da sociedade, ele precisa não só compreender a química, mas a sociedade em que está inserido (SANTOS & SCHNETZLER, 2003, p. 93). As experiências pessoais e os fatos da vida diária dos alunos, adquiridos desde o ensino fundamental, fazem parte de um círculo mais amplo, onde os valores culturais, percepções do mundo gerado em um contexto social são fatores de extrema influência no aprendizado de cada elemento. O professor pode utilizar como meio para “atrair” os alunos ao ensino, trabalhando com Alquimia, uma tradição antiga que combina elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. É um conceito que deve ser enfatizado como um dos conteúdos do ensino médio devido às suas contribuições para o que conhecemos hoje como química. Enfim, a química é boa ou má? Ela vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a Alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior (VANIN, 2005, grifo nosso). Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen", que significa "o país negro", nome dado ao Egito na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona com a fundição de metais (ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 40, grifo nosso). Faz-se necessário que, ao trabalhar com os conteúdos sobre o tema Alquimia, o mesmo deve ser dado com sentido e significado, considerando sempre os conhecimentos básicos dos alunos, principalmente no Ensino Médio, devido às contribuições da temática para o desenvolvimento do que se concebe como Química. 25 4 METODOLOGIA Optamos como metodologia uma revisão de literatura impressa e em meios eletrônicos, embasados em autores tratam da temática “O Ensino de Química e o cotidiano”, tomando-se o cuidado de sustentar uma pesquisa junto a obras, pertinentes ao assunto e cujos autores são conceituados no meio acadêmico. Para respaldar o trabalho monográfico realizamos uma pesquisa de campo com alunos do Ensino Médio com enfoque na disciplina de Química e a prática cotidiana. 4.1 Cronograma Período Atividade Jan Fev Elaboração do Projeto de Pesquisa X Revisão Bibliográfica X X Redação do 1º capítulo X X Redação do 2º capítulo X Redação do 3º capítulo X Mar Redação da Conclusão X Redação das referências bibliográficas X Abril X Primeira versão da monografia X Versão final da monografia X 26 5 MATERIAL E MÉTODO 5.1 Pesquisa de Campo A pesquisa de campo foi realizada em um colégio que oferta Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, localizada na zona urbana do município de São João do Caiuá, Estado do Paraná. Optamos por realizar amostragem no turno matutino. Foram aplicados 20 questionários para o 2º ano do Ensino Médio na modalidade regular. 5.2 Vida Legal do Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e Médio O Estabelecimento de Ensino denomina-se Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio, situado a Rua Vereador Antônio Garcia Peres n.º 954, no município de São João do Caiuá. Mantido pelo Poder Público e administrado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), nos termos da legislação em vigor. 5.2.1 Aspectos Históricos do Estabelecimento Em 1952 o município de Mandaguari construiu no patrimônio de São João do Caiuá uma escola com duas salas. Até o ano de 1955 nada mais foi feito neste sentido por haver passado a localidade a pertencer ao Município de Nova Esperança e Alto Paraná. Em 1956 foi criado o Grupo Escolar de 4ª classe Decreto 6.942 de 06/11/56, várias escolas isoladas na zona Rural e as escolas reunidas de Santo Antônio do Caiuá, patrimônio do município. Em 17/01/1957 foi instalada a Escola Normal Regional. Seus principais incentivadores foram as Professoras: Alda Aguiar Silveira, Josephina D. Baiochi e Maria Pessica Franqui. Seus Fundadores: Prefeito Domingos Beraldi e o Vereador Dr. Cesar Baiochi. A aula inaugural deu-se no dia 01/03/1957 em uma das salas de aula, com várias autoridades presentes , entre elas: o Senhor Prefeito Municipal Sr. Domingos Beraldi, a Diretora do Curso Alda Aguiar Silveira, o Presidente da Câmara 27 Municipal Sr. Domingos Navarro, o médico e vereador Dr.Cesar Baiochi; alunos e professores. A professora Josephina D. Baiochi ministrou a aula solene com o tema “História do Livro”, falou sobre o livro vivo, explicou que este é o professor que procura tirar da escuridão do analfabetismo o aluno. Em outubro de 1958 a escola passou a ser denominada Escola Normal Regional Carlos Gomes, nome escolhido pelo corpo docente da escola. No dia 27/10/60 foi criado o Ginásio Estadual de São João do Caiuá, pelo Decreto n.º 33.050/60 de 27/10/60, para funcionar no próximo ano letivo, no prédio do Grupo Escolar, Rua Caetano Munhoz da Rocha n.º 917. Sua criação teve início com o requerimento de verificação prévio encaminhado à Inspetoria Seccional de Londrina. O Estabelecimento teve como patronos os professores da Escola Normal Regional e o Senhor Prefeito Municipal Dr. Cesar Baiochi, estes não mediram esforços para dar à cidade um Ginásio Estadual. No dia 14 de agosto de 1960, visitou nossa cidade o superintendente do Ensino Secundário da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, presidindo uma reunião da qual tomaram parte Dr. Cesar Baiochi, Dr. Almir I. Salache, Professores: Modesto Barichelo, Renato Neves de Camargo, Josephina D. Baiochi, Alda de Aguiar Silveira e Ilza Godoy, ficando estabelecido que o quadro diretivo do estabelecimento fosse o seguinte: Diretor Dr. Almir I. Salache, Vice Diretor Alda Aguiar Silveira e Secretário Modesto Barichelo. No decorrer da regularização o Senhor Diretor efetuou diversas viagens a Londrina com a finalidade de regularizar o setor administrativo, organizar o corpo docente e aquisição de material didático e de consumo, materiais administrativos, móveis e utensílios. Sua criação está ligada ao fato de haver grande número de jovens que concluíam o Curso Primário com bom aproveitamento e em condições de prosseguirem os estudos e não terem possibilidade de frequentarem o Curso Ginasial em cidades vizinhas em consequência das distâncias, situação econômica, etc. Na época a economia do município era representada pelo café, o algodão, milho e o gado. Nos setores social e cultural o município possuía um Grêmio Estudantil, um grupo de teatro (GETA) detentor de vários prêmios dos festivais realizados no Paraná, e dois Clubes Culturais Recreativos. No ano de 1963 o currículo da Escola Normal Regional passou a igualarse com o do Ginásio com exceção da 4ª série da Regional que tinha matérias de 28 Psicologia e Didática. Os dirigentes acharam por bem solicitar a criação do curso Normal Colegial que beneficiaria os alunos que já haviam concluído o Normal Regional, bem como os alunos que concluíssem o Ginásio. Pelo Decreto nº 14.187 de 20 de fevereiro de 1964 fica aprovada a extinção gradativa da Escola Normal Regional e realiza-se a instalação da Escola Normal Colegial, na solenidade de instalação estavam presentes as autoridades municipais, bem como o pároco, professores e alunos. No dia 3 de agosto de 1968, foi realizada uma reunião com o corpo docente do estabelecimento para a escolha do Patrono do Ginásio Estadual de São João do Caiuá. Foram colocados vários nomes para a votação, sendo o mais votado “Visconde de Taunay”. Participaram da reunião os seguintes professores: Anirce B. Veltrini , Gilberto Della Coletta, Paulo Rocha, Neusa D. Rocha, Renaldo Franqui, Archimedes Belia, Terezinha Marques Zirr, Marli Alves de Siqueira, José Rodrigues Nascimento, Hilônico Willmann e Vanderlei Della Coletta, sendo diretora nessa época a Sra. Odilá Therezinha P. Soares. Após recolhido os dados biográficos do Patrono pelo Professor Archimedes Belia, estes foram encaminhados à Secretaria de Educação e Cultura e em 12/11/68, através do Decreto n.º 12.949, o Ginásio passa a denominar-se Ginásio Estadual Visconde de Taunay. Em 1970 o Grupo Escolar de São João do Caiuá, pelo Decreto 20.370 de 11/06/70 passa a denominar-se Grupo Escolar Presidente Costa e Silva. No dia 24/10/79 através do Decreto n.º 1.348/79, acontece à junção do Ginásio Estadual Visconde de Taunay e do Grupo Escolar Presidente Costa e Silva, em um único estabelecimento de ensino, com a seguinte denominação: Escola Carlos Gomes – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau; o curso foi reconhecido através da Resolução n.º 2.748/81 do D.O.E de 29/12/81; O Projeto de implantação do Ensino de 2º grau é aprovado pelo Parecer 169/81 de 21/12/81 do D.E.S.G., com a habilitação plena Magistério e Básica em Administração a partir de 1979. Com a Resolução nº 3.413 de 30/12/81, resultam a reorganização da Escola Normal Colegial Estadual Carlos Gomes e Escola Carlos Gomes Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau, e através da Resolução nº 1.663 de 19/05/83 D.O.E n.º 1.566/83 de 28/06/83, dá-se a denominação Colégio Estadual Carlos Gomes Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e de 2º Grau Regular; sendo que pela Resolução n.º 1.804 de 23/06/83 fica reconhecido o Curso de 2º grau nas Habilitações Plenas Magistério e Básica em Administração. 29 Com a Resolução n.º 316/88 de 02/08/88 da SEED foi implantado gradativamente a partir de 1988 o Curso de 2º grau habilitação Técnico em Contabilidade e a extinção gradativa também da habilitação Básica em Administração, sendo que pela Resolução n.º 4.039/90 de 17/01/91 fica reconhecido à habilitação Técnico em Contabilidade e segundo a Resolução n.º 4.500/91 de 24/12/91 fica autorizado o funcionamento da 4ª série desta habilitação. A partir de 08/12/92 pela Resolução nº 4.531/92, fica suspenso o curso de 1ª a 4ª série, e pela Resolução nº 4.514/93 de 18/08/93 o estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual Carlos Gomes- Ensino de 1º e 2º graus retificando assim o art. 4º da Resolução nº 4.531/92 de 08/12/92. Em 29/08/97 através da Resolução 2.956/97 fica autorizado o funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral. Com as Resoluções n.º 4.091/98 de 26/11/98 e n.º4.092/98 de 26/11/98 ficam cessados definitivamente as atividades escolares das habilitações Magistério e Técnico em Contabilidade respectivamente. A partir de 31/08/98 pela Resolução 3.120/98 e Deliberação 003/98 de 02/07/98 o Colégio Estadual Carlos Gomes Ensino de 1º e 2º Graus passa a denominar-se Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio. No ano de 2002 pela Resolução 1.627/2002 fica reconhecido o Ensino Médio do Colégio Estadual Carlos Gomes. A implantação do Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos aconteceu de forma simultânea, a partir do ano letivo de 2012, com a devida adequação série/ano, conforme Lei nº 11.114/05. 5.2.2 Organização do Espaço Físico do Estabelecimento O Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio está instalado num terreno amplo que ocupa toda uma quadra da cidade. O prédio é ocupado em dualidade com a Escola Municipal Maria Cernaki – Ensino Fundamental (anos iniciais). Apesar da amplitude do terreno o colégio controla a entrada de alunos e pessoas estranhas, pois mantém o portão sempre fechado. O refeitório fica distante das salas de aula e o trajeto não é coberto. Em dias de chuva os alunos se molham para tomar o lanche. Esse pavilhão também é 30 dividido com a escola municipal, onde às vezes causam alguns transtornos indisciplinares. O colégio possui três quadras, sendo que duas são cobertas e uma é cedida a Escola Municipal Maria Cernaki. Passou por reformas em todo o prédio, com rampa e corrimão na entrada para facilitar a acessibilidade dos alunos com necessidades especiais. O colégio possui 15 salas de aulas, sendo que destas, uma é destinada à sala multifuncional, uma para a biblioteca e uma para o laboratório de informática. Sendo assim sobram 12 salas de aula, inclusive para sala de apoio. No período noturno podem-se usar as salas do Estado, mas que são ocupadas pela Escola Municipal. Tem uma sala para secretaria, uma sala para hora-atividade, uma sala para guardar materiais escolares, uma sala dos professores, sala da diretora, sala da documentadora, sala das pedagogas, cozinha, almoxarifado e cantina. Possuí um laboratório de ciências que é utilizado para aula de Química, Ciências, Biologia e Física. 5.2.3 Oferta de Cursos e Modalidade O Colégio Estadual “Carlos Gomes” – Ensino Fundamental e Médio funciona em três horários: matutino, vespertino e noturno. Oferta Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, Ensino Médio, Sala de Apoio Pedagógico, Sala de Recurso e EJA. TABELA 1 – OFERTA DE CURSOS DO ESTABELECIMENTO – ENSINO REGULAR MODALIDADE TURNO CURSOS DE ENSINO Ensino Fundamental 6º ao 9º ano Matutino e Vespertino Ensino Médio 1º ao 3º ano Matutino e Noturno EJA – Ens. Fundamental e Médio Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM Noturno 31 5.2.4 Cursos e Modalidade, série e número de alunos TABELA 2 – MODALIDADE, SÉRIE E NÚMERO DE ALUNOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MODALIDADE TURNO Matutino ENSINO FUNDAMENTAL Vespertino Matutino ENSINO MÉDIO Noturno SÉRIE TOTAL DE ALUNOS 6º A 32 7º A 31 8º A 30 8º B 31 9º A 31 9º B 31 6º B 28 6º C 28 6º D 28 7º E 27 7º B 31 7º C 31 8º C 30 9º C 20 9º D 20 1º A - BLOCO 1 14 1º B - BLOCO 2 17 2º A – BLOCO 1 16 2º B - BLOCO 2 22 3º A – BLOCO 1 14 3º B – BLOCO 2 15 1º C - BLOCO 1 15 1º D -BLOCO 2 18 2º C - BLOCO 1 25 2º D - BLOCO 2 16 3º C - BLOCO 1 15 3º C - BLOCO 2 18 Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM 32 TABELA 3 – MODALIDADE, SÉRIE E NÚMERO DE ALUNOS – EJA (ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO) MODALIDADE TURNO SÉRIE TOTAL DE ALUNOS SALA I 21 SALA II 22 SALA III 22 SALA IV 21 SALA V 21 SALA IND. 12 SALA I 23 SALA II 23 SALA III 21 EJA (ENSINO FUNDAMENTAL) EJA (ENSINO MÉDIO) Noturno Noturno Fonte: Secretaria do Colégio Estadual Carlos Gomes- EFM 5.2.5 Horário de Atendimento Matutino: 7:30 h às 11:55 h. Vespertino: 12:45 h às 17:05 h. Noturno: 19:00 h às 23:10 h. 5.2.6 Perfil dos Entrevistados (Alunos) O Colégio Estadual Carlos Gomes tem 1102 alunos matriculados e enfrenta alguns desafios educacionais contemporâneos, como indisciplina causada pelo desinteresse pela escola e pela falta de limites determinada por questões familiares e sociais e alguns problemas específicos da adolescência. As condições socioeconômicas do país refletem nas relações da família, na escola , no trabalho e gera, na maioria das vezes, violência e conflitos que levam a desestrutura familiar colocando a educação e a aprendizagem em segundo plano. O colégio adotou o Ensino Médio em Blocos, que muito contribuiu para reduzir a evasão e a repetência dos jovens. Foi implantada também a Educação de Jovens e Adultos (EJA), dando oportunidades para as pessoas que não puderam estudar na idade adequada. 33 O município de São João do Caiuá é basicamente agrícola com uma população em que a maioria trabalha como diarista no corte da cana-de-açúcar e lavouras diversas, portanto os educandos que são heterogêneos, tanto nas características socioeconômicas quanto em idade. Atende-se a educandos que residem na zona rural e na zona urbana, seus pais são trabalhadores de usinas com um nível de escolaridade bastante baixo, muitos sendo analfabetos. Os alunos que frequentam o ensino médio e a educação de jovens e adultos, no período noturno, em sua maioria são trabalhadores das usinas, outros trabalham no comércio local, em empresas da cidade de Paranavaí e em casas de famílias como domésticas. O índice de evasão não é grande, estando dentro das expectativas. Apesar da baixa renda familiar dos educandos, com o auxílio das políticas sociais desenvolvidas pelo governo nossos alunos têm condições razoáveis de vida. A grande maioria possui poucas opções de lazer devido suas condições econômicas e pela falta de oferta que a cidade apresenta. Por essas questões quando acontecem festas no município como exemplo o rodeio, muitos faltam para participar dessas festas. O município não oferece grandes oportunidades de trabalho, a maioria dos jovens vai para outros municípios na tentativa de conseguir trabalho e melhorar sua condição econômica. A comunidade precisa crescer economicamente para oferecer trabalho, lazer e cultura para as pessoas que aqui residem. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela comunidade, muitos alunos tem acesso à internet, no colégio, em casa, no laboratório de inclusão digital do município e nas Lan Houser. A maioria não tem acesso a jornais, revistas e outros livros, que não sejam os que a escola oferece isto na verdade dificulta bastante o trabalho dos professores e o desempenho dos alunos, principalmente para os que residem na zona rural, pois estes muitas vezes não têm condições de frequentarem a biblioteca da escola para realizarem uma pesquisa, tendo a escola que emprestar os livros para realizarem a pesquisa em casa. A comunidade escolar tem se empenhado para melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), fazendo simulados, discutindo os 34 resultados com os alunos, e estabelecendo metas. A nota do IDEB de 2007 foi 3,5 sendo que a meta do MEC para 2011 era 3,7 e a da escola é atualmente 4,0. O Colégio Estadual Carlos Gomes - EFM enfrenta alguns problemas que acabam causando distorção idade/série. Tem matriculado 445 alunos de 6º ao 9º ano, sendo que 78 alunos estão com idade superior à série respectiva, totalizando um total de 18% dos alunos com distorção idade/série. 5.3 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados Neste item caracterizamos as técnicas e instrumentos utilizados na coleta de dados empíricos deste estudo. 5.3.1 Questionário Aplicado aos Alunos do Ensino Médio Para amostragem da temática sobre o ensino de química, cerne deste trabalho, realizamos a pesquisa, aplicando um questionário misto (Apêndice A) a 20 (vinte) alunos do turno matutino do estabelecimento. Foi aplicado um questionário contendo 10 perguntas para os alunos buscando informações sobre a série e turno que estudam e posteriormente, lançadas questões a respeito da disciplina de Química que faz parte da grade curricular do estabelecimento de ensino pesquisado. 35 6 RESULTADO E DISCUSSÃO O questionário foi direcionado aos alunos uma vez que tínhamos como foco buscar a resposta para a seguinte pergunta: Será que o professor de Química em sua prática pedagógica consegue mostrar para o aluno que em tudo, existe uma necessidade de classificar ou agrupar coisas para um melhor funcionamento (supermercados, correio, escolas, etc.)? Quando dá apuração dos resultados, optamos inicialmente por uma análise sintética dos resultados coletados. Passaremos a seguir à demonstração dos resultados obtidos nas entrevistas que realizamos com os alunos do Colégio Estadual “Carlos Gomes” - Ensino Fundamental e Médio, do município de São João do Caiuá-Pr. Na primeira questão, foi perguntado aos alunos entrevistados a série e turno que estudam. No gráfico abaixo se constata que foram entrevistados 20 alunos do 2º ano matutino. 20 20 1º ano 15 2º ano 10 5 3º ano 0 0 0 1 Figura 01 – Escolaridade dos alunos. Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Na segunda questão, foi perguntado aos alunos a definição de química, lançando-se a seguinte questão: “Para você o que é química? Dos entrevistados 14 (catorze) alunos argumentaram que é a forma de aprender as reações que acontecem no cotidiano e 6 (seis) alunos disseram que é tudo o que acontece no dia a dia. As respostas demonstram que os alunos conseguem 36 perceber que a química está presente no seu dia a dia e que ela é imprescindível. Não é possível desvincular a química da vida diária. Na terceira questão, foi perguntado aos alunos entrevistados se no colégio onde estudam tem laboratório de Química. Figura 02 – No colégio tem laboratório de Química? Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Dos alunos entrevistados, 100% dos alunos responderam que sim. Fica evidente que é do conhecimento dos alunos, o que é um laboratório de química e onde o mesmo está localizado na escola, mesmo que não façam uso deste espaço. Na quarta questão, em caso afirmativo referente ao uso do laboratório, questionamos se os alunos conseguiam durante as aulas laboratoriais relacionar o conteúdo trabalho em sala com a prática ali executada. Figura 03 – Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo trabalhado em sala com a prática? Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. 37 Na quinta questão, questionamos se os alunos achavam que o ensino de química tem relação com suas vidas cotidianas. Figura 04 – O ensino de Química tem relação com sua vida cotidiana? Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Na sexta questão, solicitamos aos alunos que dessem dois exemplos dos seus conhecimentos obtidos nas aulas de química: que estão presente no seu cotidiano. Os alunos deram os seguintes exemplos: Água; acender o fogão; Usar alvejante; Na chama do fogão; No alvejante em roupa colorida; No foguete; Alimentos industrializados; Combustíveis; Cosméticos; Drogas (remédios); Energia; Esmalte; Fabricação de plásticos; Na chuva que faz parte do ciclo da água; Na escova progressiva; Na gasolina do carro que vem do petróleo; Na maquiagem; Nas bases que formam o sabão, sabonete etc. 38 No ar; No computador; No fogo; No próprio organismo humano como no momento da digestão; Nos conservantes dos alimentos; Produtos de higiene pessoal; Produtos de limpeza; Sal; Tintura de cabelo. Dos 20 alunos entrevistados, 3 disseram que não sabiam responder onde havia química no cotidiano e solicitaram ajuda da professora entrevistadora, porém sem êxito. Diante da dificuldade em relacionar a teoria da disciplina com a prática cotidiana, orientamos os alunos que não soubessem responder que deixassem as respostas em branco. Percebemos que a maioria dos estudantes encontrou dificuldade de se expressar, além de algumas respostas serem copiadas uma das outras. Na sétima questão, foi perguntado se no ponto de vista do aluno ele percebe que o seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o cotidiano. 25 22 20 6 15 Sim Não 10 2 Às vezes 5 Às vezes Não Sim 0 1 Figura 05 – Seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o cotidiano? Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. 39 Dos 20 alunos entrevistados foram unanimes em dizer que sim, confirmando o propósito principal desta disciplina que é a de relacionar o ensino da disciplina com a vida. Na oitava questão, foi perguntado para os alunos se as aulas de laboratório são importantes para a sua formação acadêmica. TABELA 4 – AS AULAS DE LABORATÓRIO SÃO IMPORTANTES PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA? Respostas Quantidade Vivenciar mais experiências no laboratório, e assim, estarem mais 0 próximo da química. É importante sair da sala de aula, conhecer o laboratório e seus 20 equipamentos e utilizações A prática ajuda a compreender a teoria. 0 As aulas experimentais vão estimular o aluno a entender porque 0 certos conteúdos precisam ser ensinados na escola. Que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do 10 conhecimento da realidade objetiva e insiram no cotidiano. Que tudo depende da química e que a química bem empregada 05 não prejudica o meio ambiente. Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Na nona questão, foi perguntado aos alunos se eles costumam tirar dúvidas na sala de aula quando não estão entendendo a explicação do professor. Dos 20 alunos entrevistados 12 disseram que sim, 1 disse que não e 07 disseram que às vezes. Os dados demonstram que os alunos que não entendem a matéria, estudam apenas para passar e não se preocupam em tirar as dúvidas, pois nessa situação a presença do professor é importantíssima como mediador da aprendizagem, principalmente na disciplina de Química onde a maioria dos alunos não relaciona com sua prática cotidiana. 40 Figura 06 – Você costuma tirar dúvidas na sala de aula quando não está entendendo a explicação do professor? Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Na décima questão, foi perguntado aos alunos, que aspectos de sua aprendizagem, o professor avalia durante o processo ensino aprendizagem. TABELA 5 - QUE ASPECTOS DA APRENDIZAGEM O PROFESSOR DEVE AVALIAR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM? Respostas Quantidade O que você memorizou dos conteúdos trabalhados no bimestre. 3 A relação que você faz com os conteúdos na prática cotidiana. 2 Que você saiba interpretar, analisar e se posicionar de acordo com 17 o assunto estudado, contextualizando-os. A forma que se comporta nas aulas de laboratório manipulando os 0 materiais. Fonte: Colégio Estadual Carlos Gomes – Ensino Fundamental e Médio; situado no município de São João do Caiuá, realizado no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. Considerando os dados coletados, os alunos pontuaram que é imprescindível que saibam interpretar, analisar e se posicionar de acordo com o assunto estudado, contextualizando-os. Entretanto, elencaram que o professor também leva em consideração o que memorizaram no bimestre e a relação que os mesmos fazem com o conteúdo e a vida cotidiana. Levando em consideração essas afirmações é necessário repensar numa prática de avaliação que assuma um 41 caráter não classificatório, mas que atenda aos interesses dos educandos no processo social como um todo, pois a educação é o meio pelo qual a sociedade se reproduz e se renova culturalmente. 42 7. CONCLUSÕES Em nossa prática docente é frequente o questionamento por parte dos alunos acerca do motivo pelo qual estuda química, visto que nem sempre este conhecimento será necessário na futura profissão. Muitas questionam por não conseguirem relacionar a disciplina no seu cotidiano, visto que o aluno focaliza o seu papel no processo de ensino/aprendizagem e vai de encontro com a prática docente, pois como mediador, a tarefa principal deste profissional é realizar o ensino de fato. O estudo exploratório procurou identificar os fatores que motivam os alunos para o estudo da química, caracterizando o papel das relações sociais e escolares nesta motivação e no processo educacional. As proposições apresentadas pelos alunos entrevistados enfatizam a existência de uma bagagem de conhecimentos prévios que influenciam no ensino, assim como a importância do cotidiano no processo de ensino/aprendizagem. A química foi considerada importante na vida pessoal dos alunos, que mostraram ter um bom conhecimento de sua presença no cotidiano nos exemplos citados, durante a pesquisa, porém demonstraram desagrado em relação às aulas de química, na questão da dinâmica dos docentes, pois na visão dos alunos, a aula teórica torna o ensino maçante. O estudo da química deve ser pautado principalmente no fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo, entre outras ações. A dificuldade em relacionar a química escolar com a química do cotidiano é claramente verificada em sala de aula, pois o trabalho docente está alicerçado em uma prática conteudistas. Os professores possuem o laboratório na escola, porém não dominam, ou não se utilizam desta metodologia para unir teoria e prática. Cabe ressaltar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonandose as aulas baseadas na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando-as 43 vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado, propondo uma maior discussão entre os alunos acerca dos conhecimentos adquiridos, seja por limitação de tempo ou ainda devido à inadequação de nossos currículos e práticas pedagógicas. 44 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria. Da Alquimia à Química: um estudo sobre a passagem do pensamento mágico-vitalista ao mecanicismo. São Paulo: Landy Editora, 2005. ALMEIDA, Elba Cristina S. de; SILVA, Maria de Fátima Caetano da; LIMA, Janaina P. de; SILVA, Milca Limeira da; BRAGA, Claudia de F.; BRASILINO, Maria das Graças Azevedo. Contextualização Do Ensino De Química: Motivando Alunos De Ensino Médio. Centro de Ciências Exatas e da Natureza/Departamento de Química/ PROBEX. 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BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias/ Secretaria de Educação Básica. V. 2, Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. BUENO, Lígia; MOREIRA, Kátia de Cássia; SOARES, Marília, DANTAS, Denise J.;WIEZZEL, Andréia C. S.; TEIXEIRA, Marcos F. S. Teixeira. O ensino de química por meio de atividades. Experimentais: a realidade do ensino nas escolas. Disponível em: http://www.unesp.br/prograd/ENNEP/Trabalhos%20em%20pdf%20%20Encontro%20de%20Ensino/T4.pdf. Acesso em: 20 de Jan. de 2012 CARVALHO , A. M. P. E GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São Paulo, Editora Cortez, 1995. FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia. 18 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. KLACHQUIN, Graciela Arbilla de. O Nosso Dia-a-Dia e a Química. Ciência e Público. Disponível em: http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/terraincognita/cienciaepublico/depoime ntos/dep08_onossodiaadia.pdf. Acesso em: 10 de Fev. 2012. 45 KLACHQUIN, Graciela Arbilla de. O Nosso Dia-a-Dia e a Química. Ciência e Público. Disponível em: http://www.casadaciencia.ufrj.br/Publicacoes/terraincognita/cienciaepublico/depoime ntos/dep08_onossodiaadia.pdf. Acesso em: 10 de Fev. 2012. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora,1994. MALDANER, Otavio Aloisio. A formação inicial e continuada de professores de química professor/pesquisador. 2 ed. Revista Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 MELLO, Célia Cardoso de; BARBOZA, Liane Maria Vargas. Investigando a experimentação de química no ensino médio. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/969-4.pdf. Acesso em 16 de Fev. 2012. NOVAIS, Vera L. Química: Estrutura da matéria e Química Orgânica. São Paulo: Atual,1999 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do estado do Paraná da disciplina de Química. Curitiba: SEED/PR, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP). 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Todas as questões devem ser respondidas. 01) Escolaridade - Série em que estuda no Ensino Médio: ( ) 1º ano ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) 2º ano ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ) 3º ano ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( 02) Para você, o que é química? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 03) No colégio tem laboratório de Química? ( ) Sim ( ) Não ( ) Desconheço 04) Em caso afirmativo referente ao uso do laboratório, responda: “Nas aulas laboratoriais você consegue fazer a relação do conteúdo trabalhado em sala de aula com a prática?” ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 05) Você acha que o ensino de química tem relação com a sua vida cotidiana? ( ) Concordo ( ) Discordo ( ) Não tenho opinião formada 06) Dê dois exemplos dos seus conhecimentos obtido nas aulas de química: que estão presente no seu cotidiano. 1.______________________________________________________________ 2. _______________________________________________________________ 48 07) O seu professor tem se preocupado em relacionar o ensino da Química com o cotidiano? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 08) Em sua opinião, as aulas de laboratório são importantes para o aluno, por que: ( ) Vivenciar mais experiências no laboratório, e assim, estarem mais próximo da química. ( ) É importante sair da sala de aula, conhecer o laboratório e seus equipamentos e utilizações. ( ) A prática ajuda a compreender a teoria. ( ) As aulas experimentais vão estimular o aluno a entender porque certos conteúdos precisam ser ensinados na escola. ( ) Que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e insiram no cotidiano. ( ) Que tudo depende da química e que a química bem empregada não prejudica o meio ambiente. 09) Quando você não compreende o porquê de estudar algum conteúdo de química, você tira dúvidas na sala de aula pedindo explicação ao professor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 10) O professor avalia durante o processo ensino aprendizagem: ( ) O que você memorizou dos conteúdos trabalhados no bimestre. ( ) A relação que você faz com os conteúdos na prática cotidiana. ( ) Que você saiba interpretar, analisar e se posicionar de acordo com o assunto estudado, contextualizando-os. ( ) A forma que se comporta nas aulas de laboratório manipulando os materiais.