XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TIC) COMO RECURSO DIDÁTICO
NO ENSINO DE QUÍMICA
Calisa Carolina da Silva Dias de Oliveira1, Ivoneide Mendes da Silva2, Walquíria Castelo Branco Lins3,
Rodrigo André Avelino4, Marcelo Brito Carneiro Leão5
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Introdução
Atualmente, muito se tem discutido sobre as potencialidades em torno das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) e suas aplicações na educação. Nessas discussões, reflete-se e problematizam-se como as TIC
podem contribuir para ampliar ou renovar o ensino tradicional, visando à produção de conhecimento, levando-se em
conta que os meios informáticos oferecem acessos a múltiplas possibilidades de interação, mediação e expressão de
sentidos, propiciados, tanto pelos fluxos de informação e diversidade de discursos e recursos disponível (Azevedo &
Santos, 2012).
Entretanto, apesar de muitas escolas possuírem estas tecnologias, as mesmas não são utilizadas como deveriam,
ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas e longe do manuseio de alunos e professores, por não conseguirem
interligar estes recursos às atividades pedagógicas.
No entanto, a Química apresenta-se como uma ciência basicamente experimental tendo como foco o aspecto visual.
Isso se deve ao poder de abstração que o estudante deve ter para mentalmente entender os processos reacionais que
ocorrem em nível molecular. Muitas dessas teorias utilizadas para explicar as reações químicas necessitam de um
modelo, como orbitais atômicos, orbitais moleculares, ressonância magnética nuclear, espectroscopia eletrônica etc.
Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem pode ser auxiliado com a utilização de programas interativos ou
simuladores computacionais, desde que, o professor esteja atento para perceber como o estudante relaciona seus
conhecimentos prévios com o material didático que está sendo apresentado.
Nesta perspectiva, o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como hipermídias, internet, vídeos,
softwares, etc., tem sido proposto como auxiliar para uma aprendizagem crítica e reflexiva do conteúdo escolar.
Contudo, conforme pesquisa apresentada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br et al., 2013), a formação
inicial docente ainda não integra as novas tecnologias e o seu uso em sala de aula, como atividades pedagógicas, sendo
sua utilização realizada de maneira instrumental.
Esse trabalho surge no contexto do Programa de Iniciação a Docência (PIBID), em turmas do ensino médio de uma
escola de referência a nível estadual, sendo mediado pelo professor orientador, pelos professores da disciplina de
Química da escola e pela bolsista do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco
– UFRPE/Sede. E tem como objetivo desenvolver, experimentar e analisar atividades didáticas, utilizando tecnologias
da informação e comunicação como mediadora da construção dos conceitos de química, bem como difundir o uso
dessas tecnologias como recurso didático.
Material e métodos
A. Universo e Natureza do Estudo
Este estudo consiste em um relato de experiência que está sendo vivenciado pela aluna bolsista do PIBID do Curso
de Licenciatura em Química da UFRPE e que apresenta como cenário a Escola de Referência em Ensino Médio, Porto
Digital, localizada no Recife antigo – Pernambuco e que faz parte da Rede Pública Estadual de Ensino.
O seu desenvolvimento está sendo colocado em prática em três turmas do segundo ano e distribuído em três etapas
de atividades propostas. Como fonte das informações, para sustentação do relato deste resumo, usaram-se as narrativas
da primeira atividade (em andamento), sobre as quais se discorre a seguir.
1
Primeiro Autor é Aluna bolsista do PIBID de Licenciatura em Química, Departamento de Química, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av.
Dom Manuel de Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]
2
Segundo Autor é Aluna do Programa de Pós-graduação em Ensino das Ciências, do Departamento de Educação, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manuel de Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]
3
Terceiro Autor é Pós-doutoranda no Núcleo SEMENTE, Departamento de Química, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Dom Manuel de
Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]
4
Quarto Autor é Aluno do Curso de Licenciatura em Química, Departamento de Química, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom
Manuel de Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900.
5
Quinto Autor é Professor Associado do Departamento de Química, Professor Orientador do PIBID, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av.
Dom Manuel de Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
B. Etapas da Intervenção
Apresentam-se como caminho metodológico as seguintes atividades propostas para as intervenções em sala de
aula: a) preparação de materiais didáticos que auxiliem as aulas do professor, como por exemplo, vídeos, fotografias,
softwares e pesquisas na internet e etc.; b) criação de um Blog para manuseio dos alunos e dos professores, de cada
ano, auxiliando na divulgação dos trabalhos realizados em sala de aula ou no laboratório, bem como para tornar mais
acessível materiais para pesquisas de fontes seguras; c) elaboração e aplicação de oficinas, para que os alunos façam o
manuseio adequado das ferramentas dispostas dentro das TIC.
Atualmente está sendo realizada a primeira etapa das atividades propostas neste trabalho que se constituiu em:
acompanhar as aulas de Química das professoras da disciplina que no momento trabalharam os conceitos de Cinética
Química das reações químicas, de maneira teórica e prática. Atualmente está sendo realizadas três intervenções em
turmas diferentes do segundo ano do ensino médio.
Portanto, para cada turma que é composta de 30 alunos foi proposta uma divisão, e o trabalho realizado com dois
grupos de 15 alunos. Inicialmente foram resgatados os conhecimentos dos alunos sobre os fatores que aumentam a
velocidade da reação e a partir do que cada um expôs, voltava-se aos conteúdos trabalhados em sala de aula, na
tentativa de interligar com a aula prática. Sendo a parte experimental monitorada pela professora e pela bolsista do
PIBID com o primeiro grupo, no primeiro horário e em seguida com o segundo grupo no segundo horário. Após
proceder a explicação da prática, foi explanado o projeto que estava sendo realizado e a importância de se construir
materiais didáticos utilizando as TIC.
Em seguida deu-se continuidade a aula com um experimento utilizando Hidróxido de Sódio (NaOH) e Papel de
Alumínio, com o objetivo de observar os fatores que influenciam na velocidade da reação, como por exemplo,
temperatura, concentração e superfície de contato.
Assim, com a continuidade do experimento foi solicitado que os alunos fotografassem com os seus aparelhos de
telefones móveis o que ocorria no experimento. Para que posteriormente, essas fotografias possam fazer parte de uma
oficina que ensinará o tratamento dessas imagens, proporcionando aos alunos a habilidade de um manuseio adequado
de ferramentas dispostas dentro das TIC, fazendo que os mesmos possam ilustrar de forma mais adequada o que eles
colocarem em prática no laboratório ou em sala de aula, com a intenção que as TIC contribuam no processo de ensino
e aprendizagem.
Resultados e Discussão
A. Atividades propostas
Com a atividade proposta, verificou-se inicialmente que no caso do Ensino de Química, a introdução de uma
atividade experimental contribuiu para dar significado ao saber escolar, o que pode despertar o gosto por essa ciência.
Assim como, através das observações em sala de aula, pode-se perceber que a experimentação associada ao uso das
TIC despertou forte interesse entre os alunos, especialmente devido ao seu caráter motivador e lúdico. Além disso,
essas atividades podem ser uma estratégia eficiente para a observação de problemas reais e para a contextualização dos
conceitos que normalmente são vistos isolados da experiência diária dos alunos.
Dessa forma, com o planejamento e execução das atividades experimentais, observou-se que houve facilidade com
relação aos alunos quanto ao desenvolvimento da capacidade de compreensão, análise, questionamento e senso crítico
do conteúdo visto em sala de aula e isto ficou evidenciado através da participação dos alunos. Bem como, que os
estudantes tiveram uma aprendizagem diferenciada e potencializada com o uso pedagógico das Tecnologias da
Informação e Comunicação a fim de motivá-los na construção dos saberes referentes ao ensino de Química, e
especificamente aos conteúdos trabalhados em sala de aula sobre Cinética Química e especificamente Velocidade das
Reações Químicas.
Dessa forma, este trabalho pode proporcionar aos professores da educação básica, atualização no tocante a novas
propostas de trabalhar, mediante o apoio que os bolsistas do PIBID oferecem no ambiente escolar, colocando em
prática a sua vivência na Universidade, enquanto que oferece ao bolsista o primeiro contato com o objeto da sua
formação, que é o exercício a docência na área da química, viabilizando o desenvolvimento de metodologias, que
tendem a serem vistas como ferramentas fundamentais que os auxiliará na sua futura docência.
Agradecimentos
Ao apoio financeiro da CAPES pela bolsa do Programa de Iniciação a Docência - PIBID/UFRPE
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B. Referências
CGI.BR; NIC.BR; CETIC.BR. Pesquisa TIC Educação 2012 - Pesquisa sobre o uso das TIC nas escolas brasileiras.
2013. Disponível em http://www.cetic.br/educacao/2012/apresentacao-tic-educacao-2012.pdf,acesso em 27 de junho
de 2013.
Santos, M. R. C.; Azevedo, R. O. M. Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no Ensino de Química. III
Encontro Nacional de Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente Niterói/RJ, 2012. Disponível em:
www.sbpqo.org.br/arquivos/Supl2011%20on-line.pd em 27 de junho de 2013.
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(tic) como recurso didático no ensino de química