“Toda a Gravidez é de Risco”:
Abordagem Actual para a
Redução da Mortalidade Materna
e Neonatal
Melhores Práticas em Cuidados Maternos e
Neonatais
Jhpiego em parceria com a Save the Children, Constella Futures, a Academia para o Desenvolvimento
Educacional, O Instituto Superior Americano para Enfermeiras-Parteiras e IMA World Health
Objectivos da Sessão
 Avaliar:
 A magnitude da mortalidade materna e
neonatal
 Causas da mortalidade materna e neonatal
 Intervenções para reduzir a mortalidade
materna e neonatal:
 Parteira tradicional
 Cuidados pré-natais
 Triagem do risco
 Assistência capacitada no parto
 Cuidados pós-natais
2
O que é Maternidade Segura?
“A capacidade de uma mulher ter uma
gravidez e parto SEGUROS e
saudáveis.”
3
Mortalidade Materna: Uma Tragédia Global
 Anualmente, morrem
529.000 mulheres por
complicações
associadas à
gravidez:
 99% no mundo
em vias de
desenvolvimento
 ~ 1% nos países
desenvolvidos
4
Saúde Materna: Extensão do Problema
 180–200 milhões de gravidezes por ano
 75 milhões de gravidezes indesejadas
 50 milhões de abortos provocados :
 20 milhões de abortos sem segurança
 30 milhões de abortos espontâneos
 Aproximadamente 600.000 óbitos maternos
(1 por minuto)
 1 óbito materno = 30 morbidades maternas
5
Pergunte ao grupo: Quais são as principais
causas da mortalidade materna?
6
Causas da Mortalidade Materna
Outras causas directas incluem embolismo, gravidez ectópica, associadas à anestesia. As
causas indirectas incluem: malária, doença cardíaca. Adaptado de: WHO analysis of
causes of maternal deaths: A systematic review. The Lancet, vol 367, April 1, 2006.
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Saúde Neonatal: Extensão do Problema
Todos os anos:
 4 milhões de óbitos neonatais (primeiro
mês de vida):
 Dentre os que morrem no primeiro mês, 2/3
morrem na 1ª semana
 Dentre os que morrem na primeira semana, 2/3
morrem nas primeiras 24 horas
 Oito óbitos neonatais a cada minuto
 4 milhões de nados mortos
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Pergunte ao grupo: Quais são as principais
causas da mortalidade neonatal?
9
Causas de Óbitos Neonatais
Congénitas
14%
Outras
3%
Sepsia/
pneumonia
27%
Asfixia
7%
Infecção
36%
Sepsia
11%
Tétano
7%
Prematuridade
28%
Diarreia
3%
10
Mas porque morrem estas mulheres e recémnascidos?
Caminho Modificado para a Sobrevivência
P
R
Reconhecer o
Problema
O
B
L
E
M
A
→
Obter
Cuidados
de
Primeiros
Socorros
→
Decidir
procurar
Cuidados
Procura Obter
Cuidados EOC
r
Cuidad de qualidade
os
S
O
B
R
→
→
Casa & Comunidade
→
Unidade
de
referência
E
V
I
V
Ê
NCIA
11
Serviços Maternos e Neonatais
 Serviços maternos e
neonatais de boa qualidade
não estão universalmente
disponíveis e acessíveis:
> 35% não recebem nenhum
cuidado pré-natal
~ 50% dos partos não são
assistidos por profissionais
capacitados
~ 70% não recebem nenhum,
cuidado pré-natal durante as
primeiras 6 semanas após o
parto
12
Pergunte ao grupo: Quais são algumas das
intervenções que não tiveram êxito na redução da
mortalidade?
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Intervenções para Redução da
Mortalidade Materna e Neonatal
Avaliação histórica:
 Parteiras tradicionais
 Cuidados pré-natais
 Triagem do risco
Abordagem actual:
 Assistente de parto
capacitado
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Revisão Histórica das Intervenções
O pressuposto errado:
A maioria das complicações obstétricas
e neonatais com risco de vida pode ser
prevista ou evitada.
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Os Factos Cruciais
 TODAS as mulheres e recém-nascidos
correm riscos
 Os provedores e a unidade devem estar
sempre preparados para responder a
emergências
 Muitas vidas são salvas quando os
problemas são geridos atempadamente
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Intervenções: Parteiras Tradicionais
Vantagens:
Desvantagens:
 Baseadas na comunidade
 Acesso limitado a
fármacos e outros recursos
de emergência
 Procuradas pelas
mulheres
 Baixa tecnologia
 Ensina o parto limpo
 Pode prestar primeiros
socorros obstétricos em
casa
 Pode prestar e ensinar os
cuidados preventivos e
primeiros socorros
obstétricos às famílias
 A distância da unidade de
encaminhamento pode
atrasar o tratamento de
emergência
 Conhecimentos,
habilidades e formação não
padronizados
17
Intervenções: Parteiras Tradicionais (cont.)
Conclusão
As TBAs na rede de saúde materna são úteis,
mas não haverá uma redução substancial na
mortalidade materna por as TBAs prestarem
cuidados clínicos sozinhas. Há necessidade
de existir uma continuidade de cuidados da
casa-hospital para se ter um maior impacto.
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Intervenções: Cuidados Pré-natais
 As clínicas de cuidados pré-natais
surgiram nos EUA, Austrália, Escócia
entre 1910–1915
 Conceito novo: triagem de mulheres
saudáveis para detectar sinais de doença
 No Reino Unido, até a década de 1930,
abriu um grande número (1.200) de
clínicas CPN
 Nenhuma redução na mortalidade materna
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Intervenções em CPN (cont.)
 No entanto, os CPN foram largamente
usados como uma estratégia para redução
da mortalidade materna na década de 1980
e início da década de 1990
 Os CPN são importantes? SIM!!
 Os cuidados focalizados e individualizados
levam à detecção precoce de problemas e
à preparação do parto
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Intervenções: Triagem do Risco
Desvantagens:
 Previsões muito fracas
 Desperdiça tempo precioso da pacienteprovedor
 Se o risco for negativo, dá uma falsa
segurança
 Conclusão: Não consegue identificar
aquelas em risco de mortalidade materna
Todas as Gravidezes São de Risco
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Intervenções:
Assistente ao Parto Capacitado
 Formação apropriada, variedade de habilidades
 Prever possíveis problemas
 Reconhecer o aparecimento de complicações
 Observar a mulher, monitorizar ao feto/bebé
 Executar intervenções básicas essenciais
 Encaminhar a mãe/bebé para um nível mais
elevado de cuidados se surgirem complicações
que exijam intervenções fora da sua
competência
WHO 1999.
22
Redução da Mortalidade Materna
Sri Lanka 1940–1985
Melhorias do Sistema de Saúde:
 Introdução do sistema de unidades
sanitárias
 Expansão das habilidades de assistência
ao parto
 Diminuição do uso do parto domiciliário e
parto por assistentes não qualificados
 Disseminação do planeamento familiar
23
Óbitos Maternos por 100 000 nados vivos
Redução da Mortalidade Materna
Sri Lanka 1940–1985
1800
1600
85% dos partos
assistidos por pessoal
qualificado
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
1940–45
1950–55
1960–65
1970–75
1980–85
24
Óbitos Maternos por 100,000 Nados Vivos
Quanto maior a Proporção de Partos Assistidos por
Provedores Qualificados, Menor o Rácio de Mortalidade
Materna do País
2000
1800
R2 = 0.74
1600
Y
Log. (Y)
80
90
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
0
10
20
30
40
50
60
70
100
% de Assistentes Qualificados no Parto
25
Resumo
 O assistente qualificado
no parto é uma
intervenção eficaz
 A continuidade de
cuidados de casa-hospital
demonstrou ser mais
eficaz do que os cuidados
baseados na unidade por
si só.
Fonte: OMS 1999.
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Referências
ACCESS Program. 2006. Home and Community-Based Health Care for
Mothers and Newborns. (Technical guide.) ACCESS Program:
Baltimore, MD.
ACCESS Program. 2005. Household-to-Hospital Continuum of Care.
(Technical guide.) ACCESS Program: Baltimore, MD.
Maine D. 1999. What's So Special about Maternal Mortality?, in Safe
Motherhood Initiatives: Critical Issues. Berer M et al. (eds). Blackwell
Science Limited: London.
Maternal Mortality in 2000: Estimates Developed by WHO, UNICEF and
UNFPA.
World Health Organization (WHO). 1999. Care in Normal Birth: A
Practical Guide. Report of a Technical Working Group. WHO: Geneva.
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Abordagem Actual para a Redução da Mortalidade Materna