AOS GUARDAS FLORESTAIS DAS EPF/SEPNA/GNR É PRECISO LUTAR PARA DEFENDER DIREITOS E ALCANÇAR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO Esta foi a principal conclusão do Encontro Nacional de Guardas Florestais que se realizou no passado dia 4 de Julho, na Casa do Alentejo, em Lisboa e que juntou trabalhadores da carreira, provenientes de todas as brigadas territoriais da GNR. Depois de feito um exaustivo balanço daquilo que foi a transição dos guardas florestais para o SEPNA/GNR e de diagnosticados os problemas que os afectam, foi decidido que chegou a hora de pensar na luta, para que os direitos adquiridos tão arduamente ao longo de muitos anos sejam defendidos e para que as condições de trabalho sejam melhoradas. Neste Encontro Nacional que foi claramente assumido como o princípio de um processo que há-de levar os guardas florestais a novos êxitos no que toca à dignificação profissional da sua carreira, foram aprovadas as seguintes decisões: 1. Exigir do Ministro da Administração Interna a urgente abertura de negociações das propostas apresentadas pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, sobre a equiparação salarial e a atribuição dos suplementos; 2. Enquadrar esta negociação, no processo de revisão dos regimes de vínculos, carreiras e remunerações, na parte relativa à carreira de GuardaFlorestal; 3. Que os guardas-florestais deverão manter o regime de nomeação e nunca o de contrato, tendo em conta o poder de autoridade que lhes está conferido e o facto de exercerem funções de investigação criminal. 4. Não aceitar qualquer solução que conduza a uma desvalorização da carreira de guarda-florestal, quer do ponto de vista do posicionamento relativo da mesma, quer das remunerações auferidas. 5. Considerar essencial que com a integração na GNR se proceda a uma revalorização ou reestruturação da carreira que consagre uma equiparação às carreiras policiais da GNR e da PSP. 6. Exigir do Ministro da Administração Interna a alteração do articulado da futura lei orgânica da Guarda Nacional Republicana, para que os guardas florestais passem a constar igualmente como órgãos de polícia criminal. 7. Exigir do Ministro da Administração Interna a urgente aprovação do cartão de identificação dos guardas florestais e da legislação sobre a utilização do armamento que lhes está distribuído. 8. Exigir do Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana a adopção de medidas de gestão que garantam, ao nível de toda a Corporação, o pleno reconhecimento do estatuto e papel dos guardas florestais, enquanto agentes de policiamento e fiscalização do cumprimento da legislação florestal, da caça e da pesca em águas interiores e de investigação das causas dos fogos florestais. 9. Exigir do Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana a aprovação do regulamento de horário de trabalho, com as alterações propostas pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e a consagração das regras anteriormente praticadas na Direcção-Geral dos Recursos Florestais. 10. Exigir ainda do Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana a concretização de medidas que promovam a formação e reciclagem profissional dos guardas florestais, a atribuição de uniformes de acordo com o regulamento em vigor, a atribuição, consoante as necessidades de serviço, de modo uniforme e de acordo com a legislação em vigor das remunerações relativas a trabalho em dias feriados, extraordinário e de ajudas de custo. 11. Considerar, perante a ausência de resolução dos problemas dos guardasflorestais, por parte do MAI e da GNR e o ataque aos seus direitos perspectivado pela aplicação das medidas do Governo para toda a Administração Pública, que chegou a hora de lutar. 12. Mandatar a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública para que prossiga as diligências necessárias à abertura das negociações com o MAI, bem como ao contacto com outras instâncias nacionais, nomeadamente a Assembleia da República e internacionais, tal como as da União Europeia. 13. Perspectivar, face à ausência de resposta às reivindicações apresentadas, a realização de uma manifestação nacional de guardas florestais, em data e local a definir oportunamente. 14. Promover a participação dos guardas florestais na acção de luta dos profissionais das forças de segurança, anunciada para meados do segundo semestre deste ano. A Resolução aprovada no Encontro e que contém as decisões acima enunciadas foi entregue pelos guardas florestais, no Ministério da Administração Interna, para onde se deslocaram no final da reunião. Aguardamos agora que o Ministro da Administração Interna dê uma resposta favorável e que o Comando Geral da GNR comece a concretizar a resolução dos problemas colocados a seu tempo pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública. A não ser assim, a Federação irá propor aos guardas florestais a realização de uma grande manifestação nacional, em data, hora e local a anunciar oportunamente. PARA DEFENDER OS DIREITOS ALCANÇADOS E TER MELHORES CONDIÇÔES DE TRABALHO É PRECISO LUTAR Coimbra,Julho de 2007 Comunicado n.º 037 – Guardas Florestais A FNSFP Os Sindicatos da Função Pública do Norte, Centro e Sul