Publicação comemorativa da Associação Brasileira dos Criadores de Texel-Brastexel | Agosto de 2012 | Ano 1 nº 1 A raça de carne que chegou e ganhou o Brasil em 40 anos Leia esta história de sucesso Opinião 2 | AGOSTO de 2012 Palavra do Presidente Preparação total para a Expointer Nada é por acaso. O expressivo número de animais inscritos na maior exposição da América Latina, a Expointer, com A Raça Texel sendo a maior participação entre os ovinos no evento, comprova o acerto daqueles que há 40 anos trouxeram para o Brasil essa magnifica raça, que hoje, mais do que nunca, permanece atual porque O atual presidente é é altamente produtiva em qualquer criador em Cachoeira do Sul, RS condição de solo e clima, adaptada que está ao nosso país. Nestes 40 anos de trabalho nossos criadores, com dedicação e perseverança melhoraram o que já era bom, tornando o Texel, mais prolifero, precoce, rústico e produtor de carne nobre em qualidade e quantidade. Os números não mentem. Merece registro também a nossa Associação, a Brastexel, casa onde se faz amigos e se conversa para tornar melhor ainda o Nestes 40 anos Texel Brasileiro e que este ano completa 30 anos de de trabalho existência. Tenho a honra nossos criadores, de presidi-la neste especial com dedicação momento, na companhia de amigos da melhor ese perseverança tirpe, cujo trabalho demelhoraram o que já era sinteressado e gratuíto a faz cada dia mais forte. bom, tornando o Texel, Saio, depois de dois anos mais prolifero, precoce, ao lado dessa equipe com rustico e produtor. a sensação do dever cumprido e com a certeza de que todos continuaremos em excelente companhia. Nesta casa só há gente do bem, com opiniões diferentes sim, sobre como fazer mais e melhor para o Texel, mas sempre fazer o bem. Parabéns pelos 40 anos do Texel Brasileiro, parabéns pelos 30 anos da Brastexel, parabéns a todos nós por criarmos TEXEL. Saúde e felicidades a todos e excelente Expoentes! José Luiz Pereira Dias Presidente da Brastexel “ “ EXPEDIENTE Esta é uma publicação comemorativa aos 40 anos da introdução da raça Texel no Brasil e aos 30 anos da Associação Brasileira dos Criadores de Texel-Brastexel. Endereço para correspondências:Av. Borges de Medeiros, 541 - 5°andar Casa Rural – Centro Porto Alegre / RS - CEP 90000-000. Fones: (51) 3211.0930 / 3211.0820. e mail: [email protected] | site:www.brastexel.com.br DIRETORIA DA BRASTEXEL Presidente: José Luiz Pereira Dias Vice-Presidente: Teófilo Pereira Garcia de Garcia Secretário: Luiz Fernando de Oliveira Nunes Suplente: Maria Tereza Costa Queirolo TEXEL Brasil 40 Anos Brastexel terá eleição com chapa única N o dia 1º de setembro a Brastexel ganhará nova diretoria. Neste dia haverá eleição na sede da Brastexel – CASA DO TEXEL, quadra 45 lote nº 5, no Parque Assis Brasil, em Esteio, RS, durante a Expointer, , das 10 hs às 16 hs e o escrutínio após as 16 hs. Apenas uma chapa foi inscrita para a eleição da diretoria 2012-2014. Portanto pela primeira vez nos 30 anos da entidade uma mulher estará a frente da Brastexel. A diretoria inscrita é encabeçada pela médica veterinária e criadora em Osório e Santana do Livramento, Cabanha Costa da Serra, Maria Tereza Costa Queirolo. Teka como carinhosamente é chamada pelos amigos e criadores de Texel, é a candidata a Presidente da chapa única registrada para o pleito de 2012. Como vice presidente contará com Maximiliano de Carvalho Neves da Fontoura, da Cabanha Geribá. Maria Tereza relaciona alguns dos seus objetivos principais frente a Brastexel: • Dar maior visibilidade à raça Texel, divulgando e fomentando a raça em todos os núcleos de criadores existentes no Brasil. • Trabalhar no incremento da produção de cordeiros definidos ou cruzados Texel, visando o aumento da oferta de carne ovina de qualidade. • Buscar a certificação da carne Texel para que a qualidade da carne seja valorizada e reconhecida • Valorizar a genética da raça Texel através de provas zootécnicas específicas que demonstrem a adaptabilidade, a rusticidade e o ganho de peso em diferentes cruza- Maria Tereza estará a frente da mentos Brastexel até 2014 • Agregar novos sócios, em diferentes modalidades, para que todos os criadores de Texel sintam-se acolhidos e participantes da Brastexel. • Promover a presença efetiva da Brastexel em todos os eventos onde ovinos Texel estiverem participando. • Manter o bom relacionamento com as instituições oficiais, como a Arco, Secretaria da Agricultura e Ministério da Agricultura, buscando participação em comissões, câmaras setoriais e afins. • Auxiliar nas medidas sanitárias cabíveis para que os entraves à exportação de animais sejam superados. NOVA DIRETORIA Presidente: Maria Tereza Costa Queirolo, Cabanha Costa da Serra, Osório, RS Vice presidente: Maximiliano de Carvalho Neves da Fontoura, Cabanha Geribá, Cachoeira do Sul, RS Secretário: Nedy Vargas Marques, Cabanha Cocão, Camaquã, RS Suplente: Rejane Terezinha Escarrone Corrêa, Cabanha da Fortaleza, Alegrete, RS Tesoureiro: Luiz Fernando de Oliveira Nunes, Cabanha Janda,Viamão,RS Suplente: José Thiago Machado de Mattos, Cabanha Forqueta, Santiago, RS Conselho Fiscal (efetivos): Tito Fábio Schmidt, Cabanha Cabriuva, Boqueirão do Leão, RS; Anete Kaebisch, Cabanha Boa Vista, Mostardas,RS; e José Luiz Pereira Dias, Cabanha Dona Rosa, Cachoeira do Sul,RS Conselho Fiscal (suplentes): Allam Mello Guerra, Cabanha Santa Paulina, Soledade, RS; Cláudio Fontoura Arteche, Cabanha Cambará Velho, Santana do Livramento, RS ; e Sérgio Luiz Oliveira, Cabanha Oliveira, Uruguaiana,RS Diretor Técnico: Erivon Silveira do Aragão, Cabanha Surgida, Rio Pardo, RS Conselho Técnico: Clairton Emerim Marques, Cabanha Costa da Serra, Osório, RS; Claudino Loro, Cabanha Santa Orfila, Santana do Livramento,RS; e Gilberto Ferreira Machado, Cabanha Boa Vista, Mostardas,RS Representante do Ministério da Agricultura: Luiz Ernani Anadon Cardoso. Diretora Patrimonial: Sádia Maria Morales Siqueira, Cabanha Cocão, Camaquã,RS. Tesoureiro: Claudio Carmo Hatje Suplente: Afonso José de Revoredo Ribeiro Filho Conselho fiscal (efetivos): Claudino Loro; José Thiago Machado de Mattos; Jonas Augusto Petry Conselho fiscal (suplentes): Tito Fábio Schmidt; Pedro Luiz Herter; Renato Lermen Conselho técnico Presidente: José Luiz Pereira Dias Diretor Técnico: Med. Vet. Clairton Emerim Marques Membros: Erivon Silveira de Aragão; David Fontoura Martins e Maximiliano de Carvalho Neves da Fontoura Repr. Min. Agr.: Med. Vet. Luiz Ernani Anadon Cardoso Diretor patrimonial: Anete Kaebisch Edição e redação: Ana Maria Smidt, jornalista profissional, reg prof 4343. Parceria Comunicação Rural. [email protected] (51) 9966.6242 Colaborador: Alexandre Gruzinski, jornalista profissional, reg prof 6379 Fotografias: Luis Felipe Martins, Robispierre Giuliani, arquivos da Brastexel e pessoais Foto capa: foto de Robispierre Giuliani,nos campos de Cachoeira do Sul, RS Diagramação: Fábio Ferreira Impressão: Grupo Sinos Publicidade: Nélsi Schwalm Planmarketing (51) 9947.4930 email: [email protected] Tiragem: 2 mil exemplares Expointer 2012 TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 |3 texel repetirá maior presença entre os ovinos Texel é promessa de ainda maior qualidade na pista de julgamento da maior mostra da América Latina A raça Texel repetirá a posição da maior representação entre todas as raças de ovinos presentes na Expointer, de 25 de agosto a 2 de setembro. O mapa aponta 351 ovinos inscritos por 55 expositores. Este volume é 20% superior as 292 inscrições de 2011. Entre os expositores estão quatro de Santa Catarina e os restantes do Rio Grande do Sul. Este número de animais inscritos é o maior desde 2006 quando chegou a 362 animais. Este volume expressivo de inscrições, segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Texel-Brastexel, José Luiz Pereira Dias. comprova o acerto daqueles que há 40 anos trouxeram para o Brasil essa magnífica raça. A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) divulgou o fechamento das inscrições para a Expointer 2012: 922 ovinos de 105 expositores brasileiros,representando 14 ra- ças. O Texel ponteia as inscrições entre todas as raças. Foram inscritos Merino Australiano (15 animais); Ideal (44 animais); Corriedale (60 animais); Romney Marsh (28 animais); Hampshire Down (88 animais); Texel (351 animais); Ile de France (87 animais); Suffolk (142 animais); Karakul (04 animais); Santa Inês (08 animais); Poll Dorset (41 animais); Dorper (20 animais); Crioula (30 animais); White Dorper (04 animais). AGENDA NA EXPOINTER 2012 26 de agosto, domingo, às 14h - julgamento de classificação. Pista 12 27 de agosto, segunda feira, durante todo o dia - julgamento de classificação. Pista 12 28 de agosto, terça feira, durante todo o dia - julgamento de classificação. Pista 12 Jantar Comemorativo aos 40 Anos do Texel no Brasil 29 de agosto, quarta feira, 17h - Remate Texel 40 Anos Brasil. Pista C 30 de agosto, quinta feira, 17h - Remate Texel 40 Anos Brasil. Pista C 1º de setembro, sábado, das 10h às 16h - votação para nova diretoria Brastexel biênio 2012-2014 a partir das 16h- escrutínio dos votos da nova diretoria biênio 2012-2014 LEILÕES TEXEL BRASIL 40 ANOS DUAS CHANCES DE BONS NEGÓCIOS Dois leilões oficiais estão programados para o período da Expointer 2012. Nos dias 29 e 30 de agosto, sempre a partir das 17 h, na pista “C” do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer, a Brastexel promove os leilões Texel Brasil 40 anos. Esta será uma oportunidade única para adquirir em pista a melhor genética do Brasil em machos e fêmeas. A Brastexel alerta que é oportunidade única de ver em pista campeões e campeãs que estarão ao seu alcance em suaves 24 parcelas. “Inicie ou qualifique ainda mais o seu plantel com o que há de melhor no Texel selecionado em 40 anos de trabalho, convida o presidente da Brastexel”, José Luiz Pereira Dias. Eduardo Knorr, da Knorr Remates estará a frente dos negócios nestes dois leilões. Os interessados poderão fazer consultas prévias junto a sede da Knorr no Parque Assis Brasil. Na Expointer de 2011, o Texel compareceu com 253 cabeças sendo 115 vendidos pelo total de R$ 544.720,00 e média geral de R$ 4.736,70. O resultado conferiu à raça a posição de se situar entre as melhores comercializadas de todas as espécies presentes na edição 2011. ATIVO FINANCEIRO NA MÃO DO CRIADOR* A raça Texel no aspecto comercial, vem ao longo dos últimos 10 anos se mostrando um dos grandes ativos financeiros á disposição dos ovinocultores gaúchos e de todo Brasil. Seu comportamento nas pistas de remates, principalmente no RS demonstra toda sua qualidade e liquidez, uma vez que ao longo dessa década quebramos diversas vezes os recordes nacionais tanto para machos quanto para fêmeas, com valores que superam a casa dos U$ 40.000, comprovando o acerto e a valorização constante dos exemplares Texel. O Brasil e, principalmente o RS tem hoje o melhor rebanho Texel da América do Sul, sendo fornecedor de genética diferenciada para países como o Uruguai e também a Argentina onde o crescimento do rebanho Texel e cruzas tem aumentado significativamente. Credito todo esse sucesso a competência dos cabanheiros, a qualidade da carne, carcaça e peso dos animais Texel. Também muito a sua adaptabilidade, prolificidade e rusticidade,sendo hoje a raça ovina que mais cresce em nosso País. Finalizando, desejo sinceramente que consigamos repetir o sucesso das edições anteriores e, com uma maior oferta de recursos(financiamentos) que já foram anunciados pelo governo federal, realizarmos quem sabe a maior exposição de todos os tempos em se tratando de Texel na Expointer 2012. *depoimento de Eduardo Knorr, da Knorr Remates Eduardo Knorr estará a frente dos negócios da raça Expointer 2012 4 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos Uma Expointer com muito a festejar E ste ano a Expointer, de 25 de agosto a 2 de setembro, ganha um sabor especial para os criadores da raça Texel. Ela será palco da comemoração de duas datas importantes para a raça: 40 anos da introdução da raça no Brasil e 30 anos da Associação Brasileira de Texel, a Brastexel. Os marcos históricos serão festejados com a realização de dois leilões denominados Texel Brasil 40 Anos e uma grande festa reunindo os protagonistas desta história de sucesso e os que participaram ativamente das conquistas da raça até o momento atual. A grande festa da raça: será dia 28 de agosto, terça feira, no Parque de Esteio, na sede da Brastexel. Haverá entrega de prê- mios dos animais classificados e as homenagens especiais. Todos os criadores estarão convidados a se fazerem presentes. A Casa do Texel, no Parque Assis Brasil estará de portas abertas durante a Expointer. É um lugar onde se faz amigos e se troca experiência, reforçando os vínculos com a raça. Ainda na sede da Brastexel haverá disponibilidade de produtos da griffe Texel. Os criadores poderão adquirir na Boutique, para vestir a marca Texel, camisetas, bonés, camisas, coletes, casacos e capas de chuva entre outros produtos. Os associados encontrarão um plantão para informações assim como um serviço de restaurante funcionando todo o dia aberto aos criadores e seus convidados. Expointer será palco de comemorações da Raça Texel Jurado experiente seleciona a raça em Esteio F oi consenso entre os criadores o nome do médico veterinário Clairton Emerim Marques para julgar os ovinos da raça Texel que participarão da Expointer 2012. O jurado da raça na Expointer foi escolhido através de consulta aos sócios que apontaram sua opção em uma lista de 20 pessoas aptas a esta tarefa. A apuração do resultado aconteceu no dia 27 de junho, na presença da diretoria e dos associados, na Casa Rural. Esta metodologia para escolha do jurado foi uma decisão da Associação Brasileira de Criadores de Texel-Brastexel. O jurado do Texel na Expointer 2012 é criador da raça na Cabanha Costa da Serra, em Osório, RS e diretor técnico da Brastexel. Clairton já atuou como jurado da raça na Expo Prado, Uruguai; na Feinco, São Paulo, duas vezes, e por nove vezes na Expointer. Portanto experiência não lhe falta para a grande responsabilidade de selecionar os melhores entre uma volumosa representação. Clairton atuou como jurado na Expo Prado GALERIA DE JURADOS EM ESTEIO 1974 Jack Evans – Nova Zelandia 1975 João Carlos Paixão Cortes Caio Poester 1976 João Carlos Paixão Cortes 1977 Pedro Genro Surreaux 1978 Pedro Genro Surreaux 1979 Rodolpho Pinho Da Silva 1980 Rodolpho Pinho Da Silva Caio Poester 1981 Rodolpho Pinho Da Silva 1982 Julio Cesar Trindade João Manoel Saraiva Vieira José Osvaldo Pereira Dos Santos 1983 Julio Cesar Trindade 1984 Bernard Lambert José Plumet 1985 Julio Cesar Trindade Alvaro Roberto Correa De Azevedo 1986 Julio Cesar Trindade 1987 Eloi Desperrie - França Orlando Pires Martins 1988 Davi Fontoura Martins 1989 Luiz Carlos Velloso Brum 1990 Paulo Sidney Aguinsky 1991 Pedro Goulart Storniolo Roberto Moreira Azambuja 1992 José Maria Damboriarena Clairton Emerim Marques 1993 Enno E. Wenckback Amaro Mendes De Araujo 1994 Francisco José Pereló Medeiros Marcio Armando Gomes Oliveira Glenio Prudente 1995 Francisco José Pereló Medeiros Taeke Greidanus Pedro Goulart Storniolo 1996 Luiz Carlos Velloso Brum Carlos Rivaci Sperotto Glenio Prudente 1997 Gilberto Ferreira Machado José Maria Damboriarena Clairton Emerim Marques 1998 Gilberto Ferreira Machado José Maria Damboriarena Clairton Emerim Marques 1999 José Eduardo Lucas – Uruguai Francisco Linhares Bidone Gastão B. Cordeiro Neto 2000 Jair Menezes Pedro Storniolo 2001 Irno Pretto Orlando Martins Rubem D`Argenio – Uruguai 2002 Francisco Bidone Paulo Aguinsky Clairton Emerim Marques 2003 PO Roberto Moreira Azmbuja Francisco Leandro Fuchs RGB Ricardo Kalil Gonçalves 2004 PO Orlando Pires Martins Francisco Linhares Bidone Roberto Moreira De Azambuja RGB Gilberto Machado Erivon Silveira De Aragao Francisco Leandro Fuchs 2005 PO Claiton Severo Danilo Farias Claudio Marimon RGB Clairton Emerim Marques Claudio Marimon 2006 PO João Vasco Vargas Alves Clairton Emerim Marques RGB Gilberto Machado 2007 Clairton Emerim Marques Izaltino Cordeiro Dos Santos Victor Chesnutt 2008 Clairton Emerim Marques Giancarlo Antoni - SP Roberto Moreira Azambuja 2009 Tim Healy – Inglaterra 2010 Volney Silveira De Ávila - SC 2011 Roberto Moreira Azambuja 2012 Clairton Emerim Marques TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 |5 Os Pioneiros 6 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos O testemunho de um protagonista Uma ovelha rústica e produtiva, com grande capacidade de formação de carne, pouca gordura, resistente a enfermidades que atacam outras raças ovinas, de fácil adaptação a qualquer região ou clima, facilidade de acasalamento com qualquer outra raça e servindo ainda para melhorá-las. Esta é a Texel, testada, aprovada e comprovada por quem tem 40 anos de vida dedicados inteiramente à lida com estes ovinos e acompanhou os primeiros animais da raça Texel, dois carneiros e 18 ovelhas, que foram importados da Holanda para o Brasil em 1972. E stamos falando de Moacir Ferreira Nilton, técnico agrícola em ovinocultura e bovinocultura. Moacir trabalhava na Fazenda Nova Itacorá, Itaqui, RS, quando Halley Rodrigues Marques e Ligia Vargas Souto, em 1972 trouxeram os primeiros animais da raça Texel da Holanda para o Brasil. Nesta entrevista ele conta um pouco da história da introdução da raça no Rio Grande do Sul e sua expansão para outras regiões do país. “A primeira importação do Texel foi resultado de uma parceria em 1971, entre o Dr. Halley, médico dermatologista que trabalhava em Porto Alegre, proprietário da Fazenda Nova Itacorá, em Itaqui e a Sra. Ligia Vargas, proprietária da Fazenda Pitangueira, também em Itaqui,RS. Eles tinham uma parceria na atividade pecuária na Fazenda Pitangueira. A Dna. Lígia fez uma parceria com o Dr. Halley com a idéia de importar uma ovelha que tivesse precocidade e rusticidade, que viesse trazer mais carne e fosse de duplo propósito e deu justamente na ovelha Texel. O Dr. Halley fez uma pesquisa de mercado, ele era um empreendedor, tinha facilidade de enxergar as coisas com muita nitidez lá na frente e viu que as raças existentes no RS eram muito gordas, produziam muita gordura, com índices de colesterol muito grande e se aproveitava pouco da carne. Também tinham outro problema, havia muita doença de manqueira, a podridão no casco. E esta ovelha Texel, tem rusticidade para enfrentar estes problemas e tem uma facilidade muito grande para se adaptar bem em qualquer tipo de pastagem, em qualquer tipo de solo também. O Dr. Halley viajou para a Holanda e na ilha de Texel, ao norte da Holanda, viu os cruzamentos e fez uma avaliação das raças formadoras do ovino Texel e gostou. Percebeu que, trazendo esta raça para cá ela iria se adaptar muito bem e deu certo porque ela veio para ficar e está aqui no RS, está no PR, em SP no MT ela está em diversas regiões de diferentes climas. E então ela se adapta muito bem em cruzamentos com qualquer raça em todo o Brasil.” Moacir tosquiando ovelhas na Cabanha Fotos arquivo pessoal Ovelhas com a primeira produção nascida no Brasil interesse não era só curiosidade. Uruguaiana fazer um curso de Curiosidade Continuando o seu relato, Todos criavam as raças antigas, seis meses especializado em Moacir lembra que os animais Romney, Corriedale e Ideal, que ovelha e fez toda a instalação vieram de navio para o porto de eram muito gordurosas, então eles para trabalhar com inseminação Rio Grande, e daí por via terrestre perdiam muita carne que se con- artificial. Aí eu comecei a fazer até a fazenda em Itaqui. E naquela vertia só em graxa e tinha aquele um trabalho de cruzamento do época não tinha asfalto era estrada problema de manqueira e era uma Texel puro com a ovelha selede chão. - “Para chegar à fazen- série de coisas e se perdia muita cionada Ideal, que era o que da, cerca de 800 km, as ovelhas ovelha. Então com a propaganda tinha na fazenda. Nós somos viajaram dez dias. Os animais do Texel anunciando que era uma os pioneiros naquela região na estranharam, quando chegaram ovelha que vinha para produzir inseminação artificial de oveestavam trôpegas, mas são muito carne com pouca gordura, resis- lhas.Começamos a inseminar rústicas e se recuperaram logo. A tente às doenças dos casos e com em 1972 fazendo um trabalho notícia da chegada desta nova raça produção de lâ entre cruza 1 e de venda de ventres, borregas, de ovinos provocou uma grande cruza 2 entre as grossas e as finas, puras por cruzas e carneiros puros por cruza e também vencuriosidade e interesse por parte todos estavam interessados. O Dr. Halley investiu muito díamos os pedigrees, porque em de criadores de toda a fronteira e mesmo do país vizinho. Vinha em tecnologia, criando inclusi- seguida ele fez outra importação gente de toda a parte. Não só os ve uma cabanha no rigor, como também, com maior número de vizinhos de Itaqui, São Borja , tinha que ser. Me mandou para carneiros do que de borregas.” Santo Antônio, e Uruguaiana mas também vinham do Paraná. Vinha gente da Argentina, passando pelo Passo de Los Libres. Todos vinham para conhecer o Texel. Nós tínhamos uma hospedagem que hospedava todo tipo de gente na própria fazenda. Uns vinham visitar e já compravam e outros vinham para olhar, conheciam, tiravam fotos e depois compravam. Nós chegamos a vender quantidades de carneiros e borregas, foi um negócio excelente. Nós tínhamos ali, o plantel, o pré-plantel e o rebanho geral. A razão de tanto Um dos carneiros trazidos da Holanda Os Pioneiros TEXEL Brasil 40 Anos Casco Preto Continuando seu relato Moacir conta que vendiam carneiros não só aqui na região do RS, mas também para SC, SP, PR, para toda a parte, para Pernambuco, para Recife e diversos outros lugares que ele já não lembra. “Nós fomos assim disseminadores da raça no Brasil e chegamos a ter um plantel de três mil ovelhas. Sem dúvida nenhuma, o resultado foi muito grande, muito lucrativo, a ovelha Texel dá dois cordeiros, dá três cordeiros até, e ela tem um volume muito grande de carne, Ela é precoce e tem facilidade nos cruzamentos. Se adapta muito bem em qualquer tipo de cruzamento. Onde outras raças tem muita graxa, Dr Halley e sua esposa Laci Maria então ele vem para diminuir e dá 70 80% de carne e deixa uma gordurinha para o churrasco. E tem outro detalhe, o Texel tem o casco preto e toda a ovelha que tem o casco preto parece ser mais resistente a umidade. Na nossa região, Itaqui, Uruguaiana, São Borja , Bagé é muito baixo, então da muito podridão de casco e se esta infecção se generaliza, acaba matando o animal. Eu tenho uma experiência de 40 anos trabalhando com o Texel e recomendo esta raça para qualquer cruzamento, para qualquer criador que queira ter mais uma atividade lucrativa na sua fazenda. Use a Texel no plantel, use esta ovelha porque ela dá resultado, é boa, é segura é uma ovelha que só trás benefícios para o criador.” Finalizando sua entrevista, este técnico que trabalhou até 2010 na função e faz parte da história do Texel no Rio Grande do Sul, informa que os descendentes do Dr. Halley e da Dna Ligia ainda continuam com a criação de Texel naquelas duas propriedades.Na Pitangueira a criação é tocada pelo Coronel Fernando Vargas Souto e na Nova Itacorá, o Coronel Servio e Eva Fagundes e Denis Marques. AGOSTO de 2012 1º TEXEL REGISTRADO E IMPORTADO FBB O000001; Sexo: Macho; Afixo: 3552; Tatuagem: 3552; Nascimento: 28.02.1970; Pai: 1963; Mãe: 98331 Criador: Central Bureau Noor De Schafenfkkriz In Nederland Importador: Halley Rodrigues Marques E Ligia Vargas Souto Município: Itaqui - RS; Data de Inscrição: 1972; Origem: Holanda Total da 1ª Importação: 30 Animais 1º SÊMEN TEXEL IMPORTADO FBB: FRA000015; Afixo: S.T. ; Tatuagem: 8007; Nº de Doses 70 Importador: Paulo Aguinsky Data de Inscrição 2001; Origem: França 1º TEXEL REGISTRADO NACIONAL “ PURO DE ORIGEM Tatuagem: 01; Sexo: Macho; Nascimento: 21.01.1973; Mãe: 0046n Criador: Halley Rodrigues Marques e Ligia Vargas Souto Município: Itaqui - RS 1º TEXEL REGISTRADO NACIONAL “ PURO POR CRUZA DE ORIGEM CONHECIDA FBB: C001158; Afixo: 3J; Tatuagem: 01.A; Sexo: Macho; Nascimento: 02.08.1991 Criador: Andrade Lima Agricultura E Pecuária Ltda. Município: Jaguarão - RS 1º TEXEL REGISTRADO NACIONAL “ PURO POR CRUZA DE ORIGEM DESCONHECIDA FBB: B000363 Afixo: 3J; Tatuagem: 01; Sexo: Fêmea; Nascimento: 1989 Criador: Andrade Lima Agricultura e Pecuária Ltda. Município: Jaguarão - RS 1ºs. IMPORTADORES DA RAÇA TEXEL Criador: Halley Rodrigues Marques e Ligia Vargas Souto Município: Itaqui - RS Criador: Theodorico Andrade, Suc Município: Tupanciretã - Rs Criador: Assis Brasil de Almeida Leite Município: Butiá - RS |7 Os Pioneiros 8 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos “Por que a raça Texel?” Dr Paulo Aguinsky E Este é o título que encabeça o primeiro jornal quando da “pretensiosa’ fundação da Associação Brasileira da Raça Texel, (Brastexel).Esse exemplar,marco histórico, está carinhosamente enquadrado e exposto sobre a lareira da nossa Casa Texel no Parque Estadual de Esteio.Publicação feita na época no afã de um desejo,forjada mais no impulso intuitivo do que em previsões embasadas em dados técnicos de avaliações objetivas. Pois, a raça Texel, originária da Holanda,veio para o Brasil sem nenhum planejamento e foi distribuída no Rio Grande do Sul.- Um ovino exótico, sardento, que foi instalado em “estranho ninho”;um ninho caprichosamente construído à custa de muitas décadas de árduo trabalho ,tramado e urdido com longos e finos fios cardados e retirados de velos imaculados. Essas matrizes e reprodutores holandeses de excelente qualidade, foram pulverizados por vários rincões do estado. Ficaram à mercê da indulgência dos nossos bons criadores gaúchos, que souberam plantar esta semente, conduzindo seus rebanhos com discernimento e vencendo com coragem todas as adversidades que se sucedem impreterivelmente nestes investimentos pioneiros. Ao comemorarmos os quarenta anos da raça Texel no Brasil, devemos estender nosso reconhecimento e agradecimentos aos idealizadores e realizadores desta primeira importação, a todos os zelosos criadores,aos técnicos, tratadores, companheiros não pecuaristas que de uma forma ou outra auxiliaram para o crescimento,ao longo destes anos,evidenciando o êxito e a representatividade atual da raça Texel no rebanho Brasileiro e no Fotos arquivo pessoal Rebanho nas pastagens da Cabanha Dedo Verde Os premiados da Expointer 1979 festejados com a família âmbito Internacional. E, teremos atingido maior grau de excelência, quando dispusermos de um laboratório com banco de genética,( à vista de outros centros produtores), que nos assegure reservas de qualidade comprovada e permanente, oferecendo assim condições e distribuição desta qualidade, a custo acessível, aos pequenos e médios produtores da raça. Então não mais seremos quantitativamente um dos maiores rebanhos da raça Texel do mundo, como também grandes exportadores de genética de ponta. (26-julho de 2012). A RAÇA TEXEL NO BRASIL “ESTÁ ASSENTADA SOBRE A ROCHA” O Texel Brasileiro foi escultura entregue no Salão de Paris Aguinsky foi jurado no Salão de Paris em 1989 Dr. Paulo Aguinsky autor do artigo desta página é fundador da Associação Brasileira dos Criadores da Raça Texel(BRASTEXEL) da qual foi primeiro presidente. Proprietário da Cabanha Dedo Verde,Viamão, RS,fundada em 1973, é ainda médico e artista plástico. Entusiasta deste o primeiro momento ele encerrou sua colaboração com a frase que retiramos para dar o devido valor:”A Raça Texel no Brasil está assentada sobre a Rocha”.Como personagem atuante e presente, Aguinsky lembra alguns dados significativos que marcaram a história da raça. Confira: #Primeira importação de ovinos Texel da Holanda. Criação da BRASTEXEL,outras importações da Holanda,construção da Casa Texel em Esteio ,1ª Importação de ovinos da França e a importação de sêmen congelado da França pela Cabanha Dedo Verde, outras importações de ovino Texel da França. # Confronto Internacional da Raça Texel na França. Doação da Escultura: “O Texel Brasileiro” ao países participantes do evento pelo Dr Paulo Aguinsky escultor e jurado do evento. # Importação de ovinos Texel da Alemanha (Cabanha Dedo Verde e Purunã) e “A noite do Texel Alemão”, no Hotel Plaza-POA). Recentemente:1ª importação de sêmen Texel da Inglaterra(Cabanha Dedo Verde). Os Pioneiros TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 |9 Maior criador de Texel no mundo conta a trajetória da raça no RS O universo da ovinocultura brasileira tem no Rio Grande do Sul, mais especificamente na cidade de Santana do Livramento,RS, dois produtores que são considerados os maiores criadores da raça Texel no mundo. Davi Fontoura Martins, proprietário da Cabanha Novo São João, com um rebanho em torno de cinco mil cabeças e seu cunhado Claudino Loro, da Cabanha Santa Orfila, também com cinco mil cabeças. Os dois iniciaram o criatório em 1973, em regime de condomínio. Não se tem notícias de que haja um rebanho maior do que estes no mundo. Grande incentivador da raça e um dos pioneiros na importação do Texel, o agrônomo Davi Fontoura conta a trajetória desse ovino no Rio Grande do Sul e faz previsões sobre o futuro da ovinocultura carne. A história do seu criatório Texel e do cunhado começou em 1973, por influência do pai, Davi Pinheiro Martins, um autodidata que lia muito e era apaixonado por ovinos. O pai convenceu Davi (filho) e o genro Claudino, a iniciarem um criatório de ovinos carne. “Era o auge do ovino lã, com a hegemonia da Corriedale e meu pai nos convenceu a absorver o nosso rebanho de 16 mil cabeças Corriedale com a Texel. Assim participamos da segunda importação de ovinos Texel no Brasil, através da firma Wilson Sons ( Compramos alguns ventres e dois carneiros da Holanda e passamos a fazer cruzamentos, inseminar e absorver o nosso rebanho e não paramos mais, porque se leva dez anos para chegar a uma ovelha pura por cruza, uma SO”, destaca Davi Fontoura. O agrônomo lembra que na época houve bastante rejeição, críticas e até chacota de criadores de ovinos lã em relação à nova raça, considerada exótica, e com a opção da ovinocultura carne. Mas eles persistiram e aos poucos o ovino carne foi se disseminando e recebendo a aprovação de outros criadores. “A Texel é a raça de carne que domina hoje no Estado. Embora não seja a maior em número de rebanho entre os ovinos, onde a predominância da Corriedale é indiscutível, a Texel, vem tendo ao longo dos anos, um crescimento constante e inevitavelmente chegará a ser a raça dominante”. Davi afirma estar seguro disso porque ao longo de todos estes anos em que esteve envolvido com o criatório Texel, “á raça nunca parou de crescer, nunca retrocedeu teve sempre um crescimento paulatino e constante”, destaca ele, com a experiência de 39 anos na lida com a ovinocultura de carne. Segundo Davi Martins, as raças ovinas são o resultado de um somatório de recursos nos quais a Texel se destaca com a rusticidade, boa fertilidade, boa adaptação aos campos do RS e também a outros campos em vários Estados brasileiros, como SC, PR, SP, RJ. MT, GO MG. “É uma raça nobre para cruzamentos com qualquer outra, grande melhoradora de carcaça e qualidade de carne”, comenta. Na busca pela divulgação da raça e suas qualidades, Davi e Claudino foram os pioneiros na realização de leiloes particulares em Livramento. “Já estamos perto de completar 30 anos na realização desses leilões” – conta ele – que para divulgar a carne do Texel chegou a promover em Porto Alegre, numa casa de espetáculos chamada Bar Um, que havia no bairro Menino Deus, festas para o lançamento de remates, inclusive com o sorteio de animais. “Promovemos três ou quatro festas nessa casa, com o apoio de Fotos arquivo pessoal Novo João contabiliza grande rebanho da raça jornalistas como o Danilo Ucha, o Érico Valduga e muitos outros que acompanharam a evolução do Texel”. Outro evento para divulgar e promover a raça é o Mercotexel, realizado em Livramento todo terceiro sábado do mês de Janeiro. Já aconteceram 14 edições. É um evento de comercialização exclusivo do Texel, aonde chegam a participar até um mil animais puros por cruza e também animais de cabanha, mas estes em número menor. Depois da Expointer o Mercotexel é o maior evento da Davi Martins com premiados na Expointer raça no Estado. Participando na Expointer desde a década de 80, dois ou três anos depois da fundação da Brastexel, Davi lembra que no começo a mostra da raça se restringia a uns 20 animais. Ele enfatiza que a prova da evolução constante desse criatório está claramente demonstrada pelo fato de que hoje a Texel é a maior representação ovina da Expointer, superando sozinha em número o somatório de todas as outras raças ovinas que se apresentam em Esteio e precisando de três dias para fazer o seu julgamento, tamanho o número de animais. Com relação ao futuro da Texel, Davi salienta, “alguém já disse, não é uma coisa minha, que o Texel é inevitável e eu tenho certeza que é uma afirmação correta. O Texel vai seguir crescendo, vai seguir se consolidando tanto como raça pura, como raça nobre para cruzamento, para absorção de outras raças que muitas vezes não oferecem uma carne de qualidade e o Texel se encarrega de corrigir estas deficiências através do cruzamento. Raça chegou e ganhou projeção nos campos de Livramento Mercado da Carne O futuro do mercado da carne ovina no Brasil está ligado ao crescimento do rebanho nacional que atualmente é de 15 milhões de cabeças, informa Davi. Os números apresentados pelo produtor mostram que o consumo de carne ovina per capita no país é baixo, cerca de meio quilo por ano. Na França este consumo chega a cinco quilos, dez vezes mais. “Só para se auto abastecer, o Brasil precisaria que o rebanho nacional se multiplicasse por quatro. Com 60 milhões de ovinos e sem contar com o crescimento da população, o Brasil poderia passar a participar no mercado internacional”, afirma. A alternativa para mudar este quadro aqui no RS é que os preços remuneradores que hoje são oferecidos a carne ovina motivaram o Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, a dar inicio a um plano de incentivo ao crescimento do rebanho ovino, informa Davi. O rebanho ovino gaúcho que já chegou a ter 14 milhões de cabeças hoje tem apenas quatro milhões, mas se recuperar o número anterior passará a ter dez milhões a mais de animais. O Brasil é importador de ovinos da Argentina, Uruguai, Chile e eventualmente da Austrália, maior exportador, com um rebanho de 65 milhões de cabeças e abastecendo a Europa e Estados Unidos. Em segundo lugar nas exportações vem a Nova Zelândia, com 35 milhões de cabeças. Os maiores produtores de ovinos são a China e Rússia que dirigem toda sua produção ao mercado interno. Os Pioneiros 10 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos Texel tem história de superação L uiz Fernando de Oliveira Nunes, criador da raça em Viamão, RS, foi e é um parceiro importante em várias diretorias da Brastexel. Atualmente ele é diretor Secretário e na próxima será diretor Tesoureiro. Como presidente, esteve a frente da entidade por duas gestões e teve oportunidade de festejar os 35 anos da entrada da raça no Brasil. A seguir depoimento de quem acompanha o Texel ao longo dos anos: - O que levou a introdução da raça no Brasil e o pioneirismo dos criadores gaúchos? Os criadores Halley Marques e Ligia Vargas Souto ao lerem sobre a raça constataram que ela era uma excelente produtora de carne, que muitas vezes dava partos gemelares e que se adaptava muito bem aos campos úmidos, característica necessária para quem ia criar ovelhas em terras de arroz. Em 1972 aqueles animais diferentes chamavam a atenção e logo os produtos do cruzamento mostraram as características carniceiras da raça o que fez com que demais criadores passassem a criar Texel. Aproveito para deixar aqui a minha homena- gem aos pioneiros. - Enquanto integrante da diretoria lembra de algum fato peculiar? Houve resistência na introdução da raça? Quando fui secretário da Brastexel, em 1990 a participação do Texel na Expointer era muito pequena (18 animais) e foi justamente sob a presidência do criador Irno Pretto que a raça iniciou sua trajetória de cada vez mais se fazer presente nas Expointer tendo atingido 302 animais em 2004, ano em que as vendas superaram as demais raças atingindo o valor de R$ 595.010,00. Nestes últimos anos a Casa do Texel teve que ser ampliada para melhor abrigar os sócios e visitantes, foi criado o site www.brastexel.com.br para ampliar e agilizar o contato entre os criadores e a Brastexel dentre outras atividades. Fui Presidente da Brastexel nas gestões 1992/1994 e 2006/2008 alem de participar de diversas diretorias. - Quais as razões dela ter alcançado o atual estágio com o maior rebanho do mundo, as maiores inscrições(presenças) e os melhores negócios nas Expointers? O fato do Texel já no primeiro cruzamento impor suas características foi marcante para que hoje tenhamos um enorme rebanho cruza Texel assim como um significativo aumento de selecionadores da raça. Se avaliarmos as participações na Expointer verificamos que de uma presença de 18 animais em 1990 chegamos a 351 em 2012. - Qual a perspectiva a médio prazo? O aquecimento do mercado de carne ovina será fator importante? A médio prazo a raça deverá se firmar e se expandir nos demais Estados brasileiros devido ao ótimo resultado da produção de carne ovina no cruzamento com o Texel o que tem justificado os títulos da CAMPEÃO DE CARCAÇAS. Há muito espaço para o crescimento da ovinocultura pois o Brasil continua importando carne ovina para atender o mercado interno. O Brasil ainda está deficitário na produção de carne ovina e o cruzamento com Texel é uma alternativa promissora pela capacidade da raça em melhorar as carcaças já no primeiro cruzamento. GALERIA DE PRESIDENTES BRASTEXEL Presidente: PAULO SIDNEY AGUINSKY Agosto 82 a agosto 84 e agosto 84 a agosto 86 Presidente: CARLOS RIVACI SPEROTTO Agosto 86 a agosto 88 Presidente: JOÃO LAITANO agosto 88 a agosto 90 Presidente: IRNO AUGUSTO PRETTO agosto 90 a agosto 92 Presidente: LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA NUNES agosto 92 a agosto 94 Presidente: JOSÉ LUIZ LAITANO agosto 94 a agosto 96 Presidente: ÉRICO VALDUGA julho 96 a agosto 98 Presidente: NILSON PAULO MICHEL MISSEL agosto 98 a agosto 2000 Presidente: DAVI FONTOURA MARTINS Agosto 2000 a agosto 02 e agosto 02 a agosto 04 Presidente: MATHEUS JOSÉ SCHMIDT FILHO Agosto 04 a agosto 06 Presidente: LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA NUNES agosto 06 a agosto 08 Presidente: ENIO MULLER Agosto 08 a agosto 10 Presidente: JOSÉ LUIZ PEREIRA DIAS agosto 10 a agosto 12 TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 | 11 12 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos Novas Fronteiras TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 | 13 Texel abre espaço com base nas suas qualidades O O rebanho da raça Texel está espalhado por 17 estados brasileiros. Segundo levantamento da Arco, atualmente são 726 os criadores da raça que trabalham com plantéis registrados.O total de certificados de registros emitidos junto a ARCO para animais PO-Puro de Cruza é de 29.016; para PCOC-Puro por Cruza de Origem Conhecida, provisório, 13.319; e PCOD-Puro por Cruza de Origem Desconhecida, 10.838. Brasileiros voltados para a atividade da ovinocultura estão satisfeitos com a opção que fizeram pelo Texel em rebanhos puros e cruzados. A carne ovina é um ativo importante na economia nacional o que leva a tradicionais e novos criadores a apostarem retorno nos projetos a que se propõem. Fotos arquivo pessoal NOVO PROJETO DE ABATE EM SP Antonio Roberto Correa é exemplo de novo criador da raça. Recentemente chegou à sua fazenda, localizada nos campos paulistas, mil ovelhas adquiridas em Santana do Livramento, RS. Com estas ovelhas Texel iniciará um projeto de produção de cordeiros para abate. Mesmo reconhecendo ainda não ter experiência na criação comercial em São Paulo ganhou novo projeto para produção de cordeiros Roberto e a esposa Ana Maria já com as primeiras crias larga escala dessa espécie ele está otimista com base nas qualidades da raça pela qual optou. A perspectiva de estar se vivendo um bom momento para iniciar a criação comercial de ovinos Texel, motivou o médico veterinário e empresário, Roberto, diretor do Laboratório Biovet, em Vargra Grande Paulista (SP), a apostar forte na raça. “Vou apostar em reprodução e vou fazer cordeiro para abate”, afirma o novo criador. Para levar seu plano avante, espaço é que não lhe falta. Rober- to, juntamente com o irmão, são proprietários da Fazenda União do Brasil, localizada no município de Buri (SP). A propriedade com 1.500 hectares é dividida em três partes, mata nativa, plantio e pastagens. Roberto utiliza 500 h para o plantio de milho e soja nos meses de verão, cevada cervejeira e também trigo nos meses de inverno. Os 500 hectares de pastagens abrigam um rebanho com cerca de 1.500 cabeças de gado Santa Gertrudis e os restantes 500 h são de mata nativa e parte de APP. O objetivo do novo criador é iniciar uma criação comercial, dentro de um padrão de certificação qualificada, para fornecimento de carnes nobres para clientes especiais. “Acho que existe a necessidade de uma produção de cordeiros qualificados, com tipificação de carcaças e este é o motivo pelo qual eu optei pela raça Texel que tem um padrão de qualidade para carne hoje preferida por parte dos consumidores”, conclui. Santa Catarina ganhará frigorífico para atender mercado A precocidade do Texel e o padrão de sua carcaça, compacta, aliadas ao mercado estável para a carne, estão aquecendo a entrada de novos criadores na raça no Estado de Santa Catarina. A informação é do vice-presidente da Brastexel no Estado catarinense, César Giovani de Almeida Viana. Ele, juntamente com a esposa, Susana Cássias Herbst, são proprietários da Cabanha SC Estrela,localizada em Mafra. Com um plantel de animais PO desde que iniciou a criação em 2004, o dirigente destaca que naquele Estado, a criação de ovinos para a produção de lã é mínima. “Aqui a criação é para a carne mesmo, pelas características do Texel, pelos seus resultados.” Informa também que aos poucos os criadores estão se dando conta da importância do animal registrado, mesmo que não seja um PO, mas um RGB e estão começando a buscar estes animais, “Hoje aqui Fotos arquivo da Cabanha O Texel em Santa Catarina está vinculado a Associação Catarinense de Criadores de Ovinos, que congrega todas as raças e promove algumas exposições como a ExpoCentro, em Curitibanos, no mês de Maio, e a ExpoLages, que é realizada em Outubro e este ano no início de junho teve a FEAGRO em Braço do Norte, onde os grandes campeões e grandes campeãs das raças envolvidas obtiveram as premiações em dinheiro. Dias de Campo e remates ainda não são realizados, mas o vice-presidente planeja a realização de um bom remate para o ano vindouro. E a cada dois anos acontece a EFAPI, em Chapecó também com julgamentos de ovinos. Catarinenses apostam na opção pela produção de cordeiros o Texel é a raça que o pessoal mais cria, a que tem mais volume, a exemplo da Expointer onde é a maior representação entre todos os animais”, destaca. Em Santa Catarina a criação é feita em pequenas propriedades e a valorização do cordeiro está atraindo a atenção, o que motivou inclusive a instalação de um frigorífico, em fase final, com capacidade operacional inicial para o abate de 150 cordeiros/ dia. “A gente está incentivando os criadores a aumentar a produção porque o problema hoje é a falta de cordeiro. Existe uma demanda por parte de restaurantes e casas de carnes, mas não existe produção suficiente ainda para suprir este mercado,” comenta César Viana. Cesar e Susana marcam presença na Expointer 14 | AGOSTO de 2012 Novas Fronteiras TEXEL Brasil 40 Anos Falta atenção para cadeia produtiva da carne E do Oswaldo Mallmann, proprietário da Fazenda Rondon, em Jaguariaíva (PR) é um criador que enfatiza a necessidade da formação de uma cadeia produtiva em moldes profissionais. Com uma visão sobre a ovinocultura bastante particular, onde, se por um lado confia e acredita no potencial da raça Texel como opção de investimento para produção de carne, por outro destaca a necessidade de se corrigir o grande descompasso existente entre as necessidades da indústria e a produção dos criadores. Sua opção pelo Texel vem de longa data, quando fazia transporte de carne para frigoríficos de Livramento e de Rosário,no Rio Grande do Sul. “Eu convivi muito naquela região e já naquela época o Texel estava despontando. Então nós entendemos que o Texel como raça tipo carne era o melhor que havia disponível no Brasil até então”. Com esta convicção, no ano de 2007 faz duas viagens a Austrália e compra vários exemplares de ponta da raça e mais de mil doses de sêmen, buscando melhorar os plantéis existentes aqui. Edo destaca que no Brasil temos o Texel, real.” afirma. Como a Fazenda Rondon está localizada numa região geográfica do Paraná, próxima a São Paulo, Edo Mallmann adquiriu uma antiga fábrica de polpa de frutas, com a intenção de transformá-la num frigorífico, mas diz que vai ser inviável para os próximos anos por falta de escala. “Não vai que veio da Holanda de onde é originário. Posteriormente houve a introdução do sangue francês, que melhorou o holandês e, no seu entender o Texel australiano melhorou os dois. “O Texel holandês é muito compacto, é quase troncudo, enquanto o francês tem um equilíbrio. Ambos tem um excelente perfil mas são muito curtos, no meu ponto de vista. A introdução do Texel australiano encompridou bastante o Texel que até então havia no Brasil” comenta ele. Seu objetivo na importação de animais vivos, foi e ainda é, cruzar o sangue australiano com o Texel brasileiro, que tem como ponto forte seu excelente pernil, além de diminuir a consanguinidade existente.Os filhos que já nasceram no Brasil deste cruzamento são mais altos e compridos, mantendo o excelente pernil do holandês. Ou seja, absorveram o que de melhor tem entre os dois tipos de Texel. Fizeram cruzamentos com seus machos australianos com fêmeas brasileiras de várias cabanhas, entre elas a São Dionísio, de Bagé-RS, campeoníssima por vários anos na Expointer e Cabanha Amoras, de Santa Cruz do Sul-RS, em monta natural e transferências. Entre os carneiros importados da Austrália ele destaca Baroa que deu muitas alegrias para a cabanha paranaense. Com uma visão empresarial ao falar sobre o mercado, é bastante enfático “Eu diria que vivemos um paradoxo . O produtor não tem para quem vender e o frigorífico não tem de quem comprar. Esta é a situação ter escala suficiente de produção de cordeiros para sustentar um frigorífico.”Não tem oferta, o frigorífico não tem de quem comprar. Vai se conversar com os produtores e eles não tem produção suficiente. E eu acredito que a única forma de mudar isto é via fomento, como foi feito com os suínos”, conclui. CABANHEIROS DE TEXEL POR ESTADO* Bahia............................................................................................9 Ceará...........................................................................................3 Goiás............................................................................................4 Maranhão....................................................................................2 Minas Gerais...............................................................................2 Mato Grosso Do Sul.................................................................11 Mato Grosso................................................................................4 Pará.............................................................................................4 Paraíba........................................................................................1 Pernambuco................................................................................4 Piauí............................................................................................1 Paraná.....................................................................................137 Rio de Janeiro.............................................................................4 Rio Grande do Norte..................................................................2 Rio Grande do Sul...................................................................440 Santa Catarina..........................................................................42 São Paulo..................................................................................56 total:................................................................... 726 criadores *Com animais registrados. Fonte: ARCO TEXEL Brasil 40 Anos AGOSTO de 2012 | 15 Um grupo que se solidificou em torno de uma raça forte Carlos Rivaci Sperotto, criador e presidente da FARSUL P rodutor rural em Santo Augusto , RS, hoje presidente da Federação da Agricultura do RS, tive o privilégio de participar com alguns amigos na inovação ou seja na introdução da raça Texel no Brasil. No momento em que o RS vivia com a ovinocultura de lã e o setor carne era um sub-produto estive ao lado justamente deste núcleo de produtores. No meu caso em uma área onde não existia a tradição ovelheira, não existia o ambiente para que isto se criasse. Porque no nosso ambiente era uma terra que trazia uma coloração e uma posição que não estimulava a produção de raças de lã. E dentro deste princípio estiveram os companheiros que criavam os ovinos de outras raças, o Hampshire Down, o Suffolk e Ile de France, por exemplo, e os que se iniciaram no Texel, grupo este que participei. Nós adquirimos os primeiros animais com importação do governo do Estado e posterior a isso começamos a nos organizar dentro das unidades e na organização do Texel. Também fiz parte do grupo que fundou a Associação Brasileira dos Criadores de Texel. Acreditamos que esta união encontrou justamente um habitat ideal para irmos aprimorando o criatório para cada vez mais crescer e ganhar estas posições de receptividade para os animais que começamos a apresentar. Nós tivemos momentos, dentro do senso de organização, muito importante quando com as demais, raças de carne se uniram e criaram a Federação Brasileira dos Criadores de Ovinos Carne. Neste momento consolidou-se uma posição e um ganho de espaço em que os cruzamentos com os ovinos das raças de carne foi o mote do momento e particularmente também num momento em que começou a ocorrer um consumo diferenciado da forma como se apresentava a carne ovina no mercado. Não posso deixar de lembrar Flavio Alcaraz Gomes, um homem em que em todas as suas apresentações concluía sempre com uma mensagem de estimulo para nós produtores continuarmos produzindo raças especificas de carne e apresentando a oportunidade de uma abertura de mercado. Particularmente isto nos levou inclusive a realizarmos uma importação. Davi Martins e eu fomos buscar uma linhagem diferenciada de reprodutores e trouxemos animais da França. Na França encontramos justamente um Texel que estaria mais adequado ao nosso momento e ambiente. Acreditamos que o choque de sangue contribuiu significativamente para um ganho de qualidade e saltou a raça Texel no sentido da preferência dos criadores. E prova que hoje é a mais presente em nossas exposições e com animais top que podem concorrer em qualquer exposição do mundo. Credito o resultado justamente a um trabalho de técnicos e criadores que se dedicaram à raça. Ao lado da presença das diretorias cuja participação intensiva estimulava este trabalho chegamos ao campo e no campo houve uma aceitação muito grande no cruzamento com as demais raças. E esta posição acredito pesou significativamente no momento em que na Expointer desponta o Texel a concorrer não só entre todas as raças ovinas, mas com resultados que ultrapassam historicamente a comercialização dos próprios bovinos. O mercado de carne ovina hoje está superaquecido. Em determinado estágio fomos pioneiros no sentido de introdução no Estado de cortes de carne ovina, onde justamente junto com João Carlos Timmers e meu filho montamos uma boutique especializada em carne de primeira linha, com cortes selecionadíssimos e cujo projeto até hoje seria moderno. Instalou-se no mercado a oportunidade de não ter que comprar meia carcaça ou uma carcaça inteira, e sim levar as peças que o consumidor queria. Hoje há outros tantos projetos nesta área então não tem duvidas que o espaço que esta destinado aos ovinos e ao ovino Texel é imensurável. Existe uma demanda de consumo que humilha a oferta que se tem. Então dentro deste principio é digno de se comemorar 40 anos de um trabalho intensivo daqueles que iniciaram e que logicamente até o presente momento estão a desenvolver as suas atividades. Cumprimento a todos estes seguidores que estão incorporando e enxergando no Texel um animal diferenciado para ter nos seus campos e logicamente para ter uma oferta qualificada junto aos mercados consumidores. Raça Texel, há 40 anos no Brasil Paulo Afonso Schwab, criador e presidente da ARCO A história da raça Texel iniciou no Brasil, mais precisamente no ano de 1972, com a importação de 30 animais holandeses, trazidos pelos criadores Halley Rodrigues Marques e Ligia Vargas Souto, de Itaqui, interior do Rio Grande do Sul. Dentre estes 30 animais da raça Texel, foi registrado na Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) o primeiro macho da raça, o de tatuagem 3552, nascido em fevereiro de 1970. Desta história veio o primeiro animal registrado nacional PO (Puro de Origem), que recebeu a tatuagem 01, nascido em Itaqui em janeiro de 1973. Foram importadores da genética também, Sucessão de Theodorico Andrade, de Tupaciretã (RS) e Assis Brasil de Almeida Leite, de Butiá (RS). Para os criadores de Texel de todo o Brasil se faz importantíssimo resgatar estes 40 anos de história desta raça pujante e que hoje reúne 726 produtores que se preocupam em manter o registro genealógico dos seus animais. A raça que tem por principal característica a produção de animais com excelente acabamento de carcaça, carne de qualidade, saborosa, com baixíssimo índice de gordura e,ainda, apreciável quantidade de lã branca. Atualmente, 17 estados brasileiros possuem rebanhos de Texel, entre eles, Rio Grande do Sul (440 criadores); Paraná (137); São Paulo (56); Santa Catarina (42), e os outros dividem-se entre Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Schwab está a frente da ARCO Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, e Rio Grande do Norte. Os certificados de registro emitidos pela ARCO até o momento, somam mais de 50 mil,precisamente 53,173 mil entre Base, Provisório e PO. Números oficiais que dão conta apenas do rebanho registrado da raça. Estima-se que o rebanho geral Texel e suas cruzas pode chegar a mais de 400 mil cabeças, somente no estado do Rio Grande do Sul, demonstrando a importância da raça no desenvolvimento da ovinocultura nacional. Para todos os selecionadores e criadores de Texel do Brasil, ficam as felicitações da ARCO pelos 40 anos de história da raça no nosso país e a mensagem de estímulo e fomento na produção de ovinos, produção esta que cresce a cada dia e, que hoje, sem dúvida é uma grande, importante e atrativa alternativa de geração de renda, trabalho e riqueza. Para a BRASTEXEL, entidade que congrega os criadores de Texel os parabéns pelos 30 anos de existência e pela profícua tarefa de divulgar e difundir a criação da raça em todo o país. A ARCO orgulha-se em poder ajudar a contar um pouco da história do Texel no Brasil, história esta que é contada todos os dias pelos homens, mulheres e famílias inteiras, que porteira a dentro ou porteira a fora, fazem da produção de ovinos, não só uma atividade rentável, mas uma paixão. 16 | AGOSTO de 2012 TEXEL Brasil 40 Anos