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O Projeto de Intervenção constitui uma organização
sistemática das ações técnico-profissionais e éticopolíticas em resposta da questão social com as quais
se defrontam o assistente social no exercício da
profissão.
Requer conhecimento teórico e sócio-histórico obtidos
a partir da investigação (observação).
Exige articulação com o campo das políticas sociais: a
política social é um campo privilegiado de intervenção
profissional.
Envolve escolhas e decisões conflituosas; gestão e
implementação de programas e projetos, serviços e
benefícios e luta pela ampliação de direitos de
cidadania. (direitos sociais).
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Para Yazbek(1999) o campo de trabalho do
assistente social encontra na administração e
execução de ações vinculadas às políticas sociais,
particularmente a assistência. É através dessa
mediação que o assistente social interfere nas
relações social que fazem parte do cotidiano de
sua população usuária.
Essa interferência se dá particularmente pelo
exercício de uma ação sócio-educativa que tanto
pode assumir um caráter de enquadramento
disciplinador que visa moldar o cliente na
instituição ou vida social, como pode direcionarse ao fortalecimento dos projetos e das lutas de
classes.
Assim, o trabalho do assistente social situa-o
numa dimensão eminentemente política
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Portanto, a formulação do projeto de
intervenção pode ser considerada como um
trabalho de síntese entre conhecimento e ação,
voltada para o enfrentamento de questões que
requerem respostas técnicas e políticas, guiada
pela ética de emancipação humana.
É portanto, um exercício de conhecimento e
sistematização da realidade. É ainda, um
exercício de sistematização do conjunto de
ações profissionais a serem realizadas no
contexto das condições e relações de trabalho
do assistente social.
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Lembrem-se de que a força de trabalho do
assistente social só se transforma em atividade
quando se associa aos meios e condições de
trabalho, marcadas pelas relações de poder
das instituições demandatárias de seu trabalho
O profissional encontrará dificuldades e limites
institucionais que não podem se transformar
em obstáculos que o impeçam de realizar seu
trabalho com criatividade e competência.
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Envolve a projeção de um conjunto articulado de
atividades investigativas e interventivas que
integram o exercício profissional.
Esta dimensões (investigativa e interventiva) são
indissociáveis e tem como objetivo dar respostas
profissionais
às
necessidades
sociais
dos
segmentos populacionais com os quais trabalha.
Ações estas que - norteadas por princípios e
valores ético-políticos – são respostas acionadas
no contexto das organizações/instituições de
distintas
naturezas
(governamentais,
não
governamentais, mercantis ou não)
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Não esquecer que enquanto trabalhador
assalariado qualificado, o assistente social é
chamado a responder demandas e entidades
empregadoras, voltadas à implementação de
metas e de programação dessas entidades.
Assim, é essencial considerar as condições e
relações sociais sob as quais se desenvolve o
trabalho, na medida em que estabelecem as
reais possibilidades e limites para a ação
profissional.
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O assistente social não pode considerar as
injunções institucionais como obstáculos que
impedem a realização de um trabalho
profissional
de
qualidade
ou
como
responsáveis pelos defeitos e limites de uma
prática idealizada.
Ao assumir essa visão, o profissional tende a
assumir um comportamento profissional
automático e que atende apenas as demandas
instituídas nas relações de trabalho.
Esta visão silencia a criatividade e a
competência do profissional e o destitui da
prerrogativa fundamental de imprimir rumos a
suas atividades.
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Segundo Lopes da Silva (1999) as exigências
contemporâneas para o exercício profissional
passam por três dimensões:
◦ A) consistente conhecimento teórico-metodológico,
que propicie aos profissionais uma compreensão
clara da realidade social e a identificação das
demandas e possibilidades de ação profissional que
essa realidade apresenta.
◦ B)
realização
do
compromisso
ético-político
estabelecido pelo Código de ética.
◦ C) capacitação técnico-operacional, que possibilite a
definição de estratégias e táticas na perspectiva de
consolidação teórico-prática do projeto profissional.
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A identificação da questão social a ser trabalhada
constitui um passo preliminar e fundamental para a
elaboração de um projeto de intervenção, é a partir
daí que o profissional vai decidir sobre os dados e
informações que deve coletar, alimentando a
investigação de situações concretas que o municiem
com um conjunto de informações e interpretações
sobre os processos sociais que configuram o seu
objeto de trabalho, os sujeitos e as relações sociais
que nele estejam presentes. É o conhecimento da
realidade que permite ao profissional a tomada de
c]decisão sobre a intervenção a ser realizada, o
estabelecimento de objetivos e metas realizáveis.
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É preciso que o profissional tenha determinado
domínio
teórico
metodológico
e
tenha
conhecimento da realidade social e institucional
na qual pretende intervir.
A partir daí, deve o profissional dimensionar e
registrar as informações adquiridas num texto,
de modo a abranger tópicos como: explicitação
da justificativa, caracterização teórico e histórica
do objeto de intervenção, objetivos, metas,
recursos. Prioridades sociais e resultados a
serem alcançados num determinado , intervalo
temporal, cronograma, mecanismos de avaliação
e controle.
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ROTEIRO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
◦ Justificativa: considerando-se que o projeto de
intervenção pode ser um instrumento de
negociação, a justificativa assume um papel
estratégico. Justificar é convencer a instituição
empregadora da importância da proposta de
intervenção, demonstrando que ao encampá-la,
terá um retorno que vai ao encontro de suas metas
e papel na sociedade.
◦ Por outro lado, tem-se a necessidade de justificar
socialmente as ações a serem desenvolvidas na
perspectiva de defesa dos direitos de cidadania e
dos valores democráticos.
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Problematização: deve-se abordar o objeto
de intervenção inscrito nas transformações
socio-históricas da sociedade
contemporânea, considerando as mudanças
no mundo do trabalho e as atuais
configurações da relação Estado/sociedade
civil, bem como suas repercussões na política
social em questão e nas condições de vida da
população usuária.
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Objetivo geral: estado de realidade, de impacto social
que se pretende alcançar com a proposta de ação
interventiva.
◦ A busca dos objetivos deve buscar responder às
seguintes questões: o que se quer alcançar? onde se
quer chegar? e com que meios se pretende agir.
◦ A elaboração dos objetivos deve ser feita de forma
clara e direta, pois estes devem indicar as linhas, os
caminhos e os meios para toda a ação a ser
desenvolvida.
◦ Um objetivo pode ser definido como um propósito ou
alvo que se pretende atingir. Tudo aquilo que se
deseja alcançar através de uma ação clara e explícita,
pode ser chamado de objetivo.
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Marinho, João Paulo Meira. <http://www.scribd.com/doc/275547/DEFINICAO-DOS-OBJETIVO>
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Objetivos específicos: é o desdobramento de
atividades
específicas,
consideradas
necessárias para atingir o objetivo geral. As
ações propostas devem referir-se às relações
que constituem a dimensão da realidade
eleita como foco do trabalho do profissional.
Através dos objetivos específicos deve-se
cercar a questão a ser trabalhada, no sentido
de cobrir os seus elementos constitutivos.
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Público alvo: àquele a quem o objetivo geral do
projeto se destina, pode haver um público alvo
direto e outro indireto.
Metas quantitativas: diz respeito à periodização
temporal (metas de curto, médio e longo prazo)
do objetivo geral e dos específicos, em relação
ao:
◦ Universo a ser atingido (deve ser indicado por
percentual)
◦ Universo de acordo com os recursos reais e potenciais
da instituição
◦ Universo já atingido pela instituição.
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Avaliação e controle: tem como parametro o
objetivo geral, os específicos, as metas e o
contexto sócio-histórico e político. Devem
ser feitos em termos quantitativos e
qualitativos.
◦ Em termos quantitativos: deve ser observado o
universo a ser atingido pelo projeto.
◦ Em termos qualitativos, devem ser observados os
indicadores definidos como parâmetros de
avaliação à questão delimitada como objeto de
intervenção.
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Cronograma: deve definir o período de:
◦
◦
◦
◦
◦
Implantação
Execução
Avaliação e controle
Redefinição/ajustamento do projeto após avaliação
Cada uma dessas fases deve ser esclarecida em
termos dos procedimentos que exigem.
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Recursos: considerando-se que a viabilidade
do projeto de intervenção está condicionada
à possibilidade de contar com recursos reais,
o conhecimento dos recursos já existente na
instituição é estratégico. Os recursos devem
ser classificados em:
◦ Humanos
◦ Materiais
◦ Financeiros
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Folha de rosto: é o que se elabora por último.
Deve conter:
Título do projeto
Nome da pessoa ou equipe que o elaborou
Nome da instituição executora
Local, mês e ano de sua elaboração
Quando for o caso deve conter o nome da
instituição
financiadora
(ou
no
caso,
da
universidade)
◦ Indicação de que versão do projeto se trata.
◦
◦
◦
◦
◦
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Deve conter Bibliografia segundo as normas
da ABNT
Anexos: quando houver.
Exemplo: roteiro de entrevista, roteiros de
visitas domiciliares, etc.
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