Os Principais Tratados da UE 1951 – Tratado de Paris (CECA) Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) Foi assinado, em Paris, pela Bélgica, França, República Federal da Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos. Entrou em vigor por um período de 50 anos. Os membros da Assembleia Parlamentar Europeia eram seleccionados pelos Parlamentos nacionais. A Assembleia tinha o poder de destituir a Alta Autoridade (precursora da Comissão). o Tratado entrou em vigor em 24 de Julho de 1952, com uma vigência limitada a 50 anos. O Tratado caducou em 23 de Julho de 2002. O objectivo deste Tratado era contribuir, graças ao mercado comum do carvão e do aço, para a expansão económica, para o aumento do emprego e para a melhoria do nível de vida. Com vista à criação do mercado comum, o Tratado instaurou a livre circulação dos produtos, sem direitos aduaneiros nem encargos. Proibiu igualmente as medidas ou práticas discriminatórias, as subvenções, os auxílios e os encargos especiais impostos pelo Estado, bem como as práticas restritivas. 1957 – Tratado de Roma Tratado que institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) Em 25 de Março de 1957, foram assinados dois tratados – o Tratado que institui a CEE e o Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA ou EURATOM) A CEE prevê o progresso dos seus Estados-Membros mediante uma acção comum que reduza as desigualdades e assegure uma melhoria das condições de vida. A CEEA estabelece um mercado nuclear e prevê a criação de empresas comuns neste domínio. 1992 – Tratado de Maastricht Ao entrar em vigor, a 1 de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado a 7 de Fevereiro de 1992, em Maastricht, na Holanda, conferiu uma nova dimensão à construção europeia. De acordo com o Tratado, a União assenta em três pilares: as Comunidades Europeias (primeiro pilar) e duas áreas de cooperação adicionais (segundo e terceiro pilares): Política Externa e de Segurança Comum (PESC) e Justiça e Assuntos Internos (JAI) Principais Características: a criação da União Europeia substituição da sigla CEE (Comunidade Económica Europeia) por CE (Comunidade Europeia); previsão da construção de uma união económica e monetária (UEM); promoção de uma política externa de segurança comum (PESC); criação de uma cooperação dos Estados-Membros no domínio da segurança interna e da justiça; coordenação das políticas de emprego; livre circulação e segurança dos cidadãos; criação de uma instituição de cidadania europeia; desenvolvimento de diversas políticas comunitárias. 1997 – Tratado de Amesterdão O Tratado de Amesterdão foi assinado na cidade holandesa de Amesterdão, a 17 de Junho de 1997, e tem por base quatro grandes objectivos: Fazer dos direitos dos cidadãos o ponto essencial da União Europeia e introduzir um novo capítulo sobre o emprego; Suprimir os últimos entraves à livre circulação e reforçar a segurança; Permitir um reforço da importância da Europa no mundo; Tornar mais eficaz a arquitectura institucional da União Europeia, tendo em vista os próximos alargamentos. Na altura do Tratado de Amesterdão, e por falta de resultados positivos, ficou agendada uma Conferência Intergovernamental para 2000 com vista a adaptação do funcionamento das instituições europeias à entrada de novos Estados-Membros. 2001 – Tratado de Nice O Tratado de Nice foi assinado a 26 de Fevereiro de 2001, com cinco grandes objectivos: - Reformar as instituições e os métodos de trabalho para viabilizar o alargamento; - Reforçar a protecção dos direitos fundamentais; - Criação de uma Política Europeia de Segurança e defesa (PESD); - Cooperação judiciária em matéria penal; - Futuro da UE. 2007 – Tratado de Lisboa O Tratado de Lisboa, assinado a 13 de Dezembro de 2007, visa dotar a União Europeia de um quadro jurídico que lhe permita funcionar num mundo globalizado. Prevê também diversas disposições destinadas a aproximar a União e as suas instituições dos cidadãos, conferindo mais poder ao Parlamento Europeu e um papel de maior relevo aos parlamentos nacionais dos Estados-Membros. Por ser hoje inegável a importância da União Europeia como actor global, foram introduzidas reformas para tornar mais eficaz e coerente o relacionamento da Europa com o mundo.