Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação-Porto\Portugal Discente: Genaina Bibiano Vieira Disciplina: Desenvolvimento Humano Relação da figura paterna com os filhos A família é um contexto primário de socialização, onde indivíduos de diferentes gerações interagem e se influenciam mutuamente. Os pais são fundamentais pelo desenvolvimento e bem-estar dos seus filhos, essencialmente nos primeiros anos de vida das crianças. (BARREIROS,J.) A promoção de uma parentalidade positiva começa no período pré-natal, desde os estádios iniciais, mediante orientação antecipatória sobre a transição de papel e ensino efetivo e comportamental de habilidades parentais, facilitando, assim, a incorporação do papel. O suporte social influencia a adaptação e o exercício da parentalidade. (MARTINS,C.A.) O nascimento de um filho é também um processo de adaptação, de reequilíbrio familiar, onde está implícito um período de tempo mais ou menos prolongado e que varia e/ou depende de como a família reage perante as situações de stress. Ser pai e mãe é um momento de transformação durante o qual a vida do individuo adquire uma nova direção, ocasionando na mudança de vida nos comportamentos. (ARAÚJO,N.) A figura paterna tem forte influência no que diz respeito ao desenvolvimento da criança, porque o pai é capaz de envolver um contexto social, biológico, legal, simbólico. Quanto mais envolvido o pai permanecer na vida do filho maior será o impacto na amplitude cognitiva e das competências emocionais e intelectuais. Para definir o conceito de parentalidade, os pais influenciam seus filhos através de 3 papéis: Os pais funcionam como parceiros de interação numa base segura; os pais funcionam como instrutores e conselheiros, traçando padrões de comportamento e exigências; os pais são responsáveis pela organização do contexto em casa e pelo fornecimento de experiências. Há uma dicotomia clássica entre o meio X hereditariedade. (ORLANDA,C.) Uma criança que vive com os pais em condições sócio econômicas desfavoráveis, pode estar mais exposta a uma situação de risco do que crianças que vivem em uma condição de vida mais estruturada. De acordo com o autor, é preciso ainda observar as interações desenvolvidas entre vários subsistemas e o contexto social que as famílias estão inseridas. O pai é considerado apenas um elemento deste sistema, e assim, deve ser considerado todo sistema. (LIMA, J.A.) A questão sobre condição econômica do pai pode potencializar comportamentos agressivos diante as mães e afetando diretamente as crianças. Sendo relevante, de que como a pobreza tem o potencial de diminuir o aspecto emocional dos pais. (LIMA, J.A.) A ligação paterna tem caráter multidimensional, sendo que o envolvimento paterno em: Interação, Acessibilidade e Responsabilidade. (LIMA, J.A.)Uma relação existente entre a presença da figura paterna com a questão da prática de atividade física é de acordo com a existência do pai no auxilio e persistência nos jogos físicos. Além disso, os pais ativos fazem com que os filhos também tornam-se ativos e com isso há uma menor predisposição de obesidade. De acordo com a literatura, observa que nem todas as famílias são capazes de se organizar para responder adequadamente as necessidades dos seus membros, tornando isso para algumas crianças a questão de indiferença, exclusão diante a sociedade, violência e até mesmo uma experiência de vida negativa. (PRATINHA, I.) Por outro lado, quando se tem uma parentalidade positiva observa que as crianças têm melhor interesse em suas relações, questões de sobrevivência mais estruturada, perspectiva amplificada do futuro e melhores capacidades de desenvolver. (PRATINHA, I.) O conceito de meta-cognição inclui um conjunto organizado e estruturado de emoções e cognições sobre as emoções próprias e do outro, em relação a parentalidade envolve o contexto sobre o conhecimento da figura paterna diante suas emoções aos filhos, ou seja, resume em atitudes e crenças dos pais relacionadas com os filhos. (BARREIROS,J.) Os estudos demonstram uma comparação entre as reações positivas das mães diante os filhos quando comparadas com as reações dos pais. A mãe apresenta mais reações positivas, aceitação de emoções negativas dos filhos e maior apoio do que os pais. (BARREIROS,J.) A promoção de competências sociais e emocionais, a capacidade de autorregulação e o bem-estar geral das crianças aparecem associar a uma filosofia de meta-emoção parental. (BARREIROS,J.) Referências Bibliográficas ARAÚJO,N. A participação nas questões da Parentalidade. 2013. Disponível em: http://repositorio.esepf.pt/bitstream/handle/123456789/1279/TM-ESEPF-EE_2013_TMESEPF-MIC7.pdf?sequence=1. Acessado dia 06 de Janeiro de 2014. BARREIROS,J. et al. Meta- emoção: uma dimensão emocional da parentalidade e da grandeparentalidade. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto, Portugal. Ano 5, Vol VIII, nº 1 , pág. 338-369, Jan-Jun 2012 LIMA, J.A. et al. O Envolvimento do Pai num Território Educativo de Intervenção Prioritária. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. Rev. Amazônica, Ano 5, Vol VIII, nº 1 , pág. 115-146, Jan-Jun 2012. MARTINS,C.A. A transição no exercício da parentalidade durante o primeiro ano de vida da criança. Uma teoria explicativa da enfermagem. Universidade de Lisboa,Portugal. Tese de Doutoramento. 2013. ORLANDA,C. et al. Intervenção na Parentalidade- o caso específico na formação dos pais. Universidade do Porto,Portugal. Rev. Galego-Portuguesa de Psicoloxia e Educación, n.11,vol.13. PRATINHA, I. et al. Avaliação de Intervenção de Formação Parental: uma abordagem qualitativa. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. Rev. Amazônica, Ano 5, Vol VIII, nº 1 , pág. 210-245, Jan-Jun 2012.