Um Povo Em Conflitos.
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Os recentes testes com lançamentos de mísseis
nucleares pela Coréia do Norte fazem parte de
uma perigosa estratégia que, no cenário pósGuerra fria, transformou o uso de arsenais nucleares em instrumentos de chantagem internacional.
Um dos objetivos do governo de Pyongyang,
capital norte-coreana, é forçar a abertura de um
canal de negociação com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para por fim às
sanções econômicas que pesam sobre o regime
comunista por conta de seu programa nuclear.
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A tensão entre os dois países se arrasta desde 2002,
quando o ex-presidente George W. Bush incluiu o
país asiático no que ele
chamou de "eixo do mal", junto com Irã e Iraque.
Outro motivo da provocação seria a política interna:
Além de ser um dos países mais pobres da Ásia, a
Coréia do Norte sofre com o isolamento político,
em razão de sustentar uma ditadura nos moldes
soviéticos, centralizadora e militarizada. A ameaça nuclear fortaleceria o governo do chefe do Estado, Kim Jong-il, cuja família controla o poder há
meio século.
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Essa não foi a primeira vez que os nortecoreanos desafiaram o mundo. No dia 5 de
abril, a Coréia do Norte disparou um míssil
de longo alcance, alegando que se tratava do
lançamento de um satélite de comunicação.
No entanto, o mesmo artefato poderia ser
usado para carregar uma ogiva nuclear, o
que provocou o endurecimento das sanções
ao país.
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Tanto o perigo nuclear quanto a Coréia do Norte
são produtos do fim da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).
Com a derrota do Eixo, o Japão
desocupou a Coréia, que foi dividia em dois
países, um sob o controle dos Estados Unidos
(Coréia do Sul) e outro ocupado pela antiga
União Soviética (Coréia do Norte).
O processo foi semelhante ao que dividiu a
Alemanha por 41 anos até a queda do Muro de
Berlim.
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As duas Coréias travaram uma guerra entre
1950 e 1953, no auge da Guerra Fria, que
terminou com um frágil cessar fogo que dura
até os dias atuais. Desde o período, marcado
pelo perigo iminente de um conflito nuclear,
Pyongyang alimenta a ambição de desenvolver armas atômicas.
Com o fim da União Soviética e a derrocada
dos regimes comunistas no Leste Europeu, o
país sofreu abalos econômicos, do mesmo
modo que Cuba.
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Sem os antigos parceiros comerciais,
mergulhou num período de escassez de
alimentos que, aliado aos desastres naturais, teria causado a morte de cerca
de dois milhões de norte-coreanos nos
anos de 1990. A Coréia do Norte possui
estimados 23,5 milhões de habitantes.
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Desde o final dos anos de 1960, nações assinam
acordos para controlarem arsenais nucleares do
planeta.
Atualmente,
Rússia, Estados Unidos, Reino
Unido, China, França, Israel, Índia e Paquistão
são considerados potências nucleares.
Completam a lista: Coréia do Norte e Irã, que
sofrem pressões e embargos para que abandonem seus programas.
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Diferente da época da corrida armamentista, as
bombas nucleares atuais são mais"inteligentes".
Elas visam alvos estratégicos, com precisão e
impacto localizado. Os testes de armamentos
também são mais restritos, para evitar danos
ambientais.
Os riscos, mais do que uma guerra nuclear, são
de acidentes em usinas sucateadas e, principalmente, que países como Irã e Coréia do Norte
repassem a tecnologia para grupos extremistas
e redes terroristas, como a Al-Qaeda.
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Para os vizinhos e inimigos do líder Kim Jong-il,
Coréia do Sul e Japão, as intimidações são reais,
pois o país tem capacidade de lançar mísseis de
submarinos ou aviões. As ameaças também podem levar os governos japoneses e sul-coreanos
desenvolverem armamento nuclear, contrariando as leis internacionais que impedem a produção de mais bombas atômicas.
Até agora, tudo indica que a Coréia do Norte
não seja capaz de miniaturizar uma ogiva nuclear, permitindo que seja disparada por um
míssil de longo alcance que possa atingir, por
exemplo, os Estados Unidos.
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O Conselho de Segurança da ONU estuda novas
sanções à Coréia do Norte como retaliação aos
últimos lançamentos de foguetes em seu território. Porém, medidas similares não surtiram
efeitos anteriormente.
Apesar do país ter sérios problemas sociais, de
abastecimento de energia e econômicos, agravados com os embargos da ONU, nada disso impediu que o governo norte-coreano levasse
adiante seu programa nuclear.
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Kim Jong-il alega que os testes teriam fins de
defesa militar. Porém, a Coréia do Norte possui o quarto maior exército do mundo, com
estimados 1, 2 milhão de soldados, munido
de poderoso arsenal bélico.
Há ainda um delicado equilíbrio financeiro na
Ásia, em meio a uma crise econômica mundial,
que precisa ser preservado. A China, que faz
fronteira e é aliada comercial e política da
Coréia do Norte, é uma importante peça no
tabuleiro da geopolítica internacional.
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Por todos estes motivos, tanto Kim Jong-il
quanto Obama tendem mais para uma
conciliação e uma saída pacífica para o
impasse, com o intermédio da ONU. A
solução diplomática parece ser, portanto,
a mais viável para a desnuclearização da
Coréia do Norte e, futuramente, do Irã.
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Alunos : Cristian Barros; Fillipe Jairo; Karen
Duana.
Turma : 302
Disciplina : História
Professora : Rosa G.
Bibliografia : Wikipédia.com
Esteio, 15 de Outubro de 2009
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