RESOLUÇÃO DO SIMULADO DISSERTATVIO
PROVA D-6
GRUPO EXM
QUESTÃO 1. (UNESP) Em troca dos artigos que enriquecem sua vida, os indivíduos vendem não só seu trabalho,
mas também seu tempo livre. As pessoas residem em concentrações habitacionais e possuem automóveis
particulares com os quais já não podem escapar para um mundo diferente. Têm gigantescas geladeiras repletas de
alimentos congelados. Têm dúzias de jornais e revistas que esposam os mesmos ideais. Dispõem de inúmeras
opções e inúmeros inventos que são todos da mesma espécie, que as mantêm ocupadas e distraem sua atenção do
verdadeiro problema, que é a consciência de que poderiam trabalhar menos e determinar suas próprias
necessidades e satisfações.
(Herbert Marcuse, filósofo alemão, 1955.)
Caracterize a noção de liberdade presente no texto de Marcuse, considerando a relação estabelecida pelo autor
entre liberdade, progresso técnico e sociedade de consumo.
Marcuse apresenta uma visão crítica sobre a prática da liberdade como atualmente: o excepcional progresso técnico
(a partir do pós-guerra) resultou em uma oferta exagerada de bens de consumo e na criação de um modo de vida
administrado: a multiplicidade de bens oculta a falta de conteúdo; o trabalho torna-se alienante (mero meio para obter
recursos para a compra de bens); o tempo livre transforma-se em tempo de “lazer”, parte da esfera do consumo.
QUESTÃO 2. (GV) Observe o seguinte texto.
Estamos comemorando a entrega de mais de mil imóveis. São mais de 1000 sonhos realizados. Mais de oito imóveis
são entregues todo dia. Quer ser o próximo? Então vem para a X Consórcios. Entre você também para o consórcio
que o Brasil inteiro confia.
Há quebra da uniformidade de tratamento no emprego das formas verbais quer e vem.
a) Em qual pessoa verbal essas formas estão conjugadas?
b) Reescreva o trecho — Quer ser o próximo? Então vem para a X Consórcios — compatibilizando o tratamento com
a sequência do texto.
a) Em “Quer ser o próximo?”, a forma verbal “quer” está na terceira pessoa singular do presente do indicativo. O
sujeito subentendido (oculto) é “você” ou “o senhor”. Já em “Então vem para a X Consórcios” a forma verbal “vem”
está na segunda pessoa singular do imperativo afirmativo, tendo, pois, como sujeito subentendido (oculto) o pronome
“tu”.
b) Como na sequência do texto aparece o pronome de tratamento “você”, que pede terceira pessoa do singular, a
compatibilização das formas verbais se faz colocando também o verbo “vir” na terceira pessoa do singular: Quer ser
o próximo? Então venha para a X Consórcios.
QUESTÃO 3. (GV) Observe o seguinte texto.
O artista Juan Diego Miguel apresenta a exposição “Arte e Sensibilidade”, no Museu Brasileiro da Escultura (MUBE)
de suas obras que acabam de chegar no país. Seu sentido de inovação tanto em temas como em materiais que
elege é sempre de uma sensação extraordinária para o espectador. Juan Diego sensibiliza-se com os materiais que
nos rodeam e lhes da vida com uma naturalidade impressionante, encontrando liberdade para buscar elementos no
fauvismo de Henri Matisse, no cubismo de Pablo Picasso e do contemporâneo de Juan Gris. Uma arte que está
reservada para poucos.
O primeiro parágrafo do texto deve ser reescrito, para apresentar maior clareza. Além disso, a regência do verbo
chegar contraria a norma culta. Reescreva o parágrafo, com o objetivo de torná-lo mais claro e adequar a regência do
verbo referido.
Outubro/2015
Questões desse tipo admitem mais de uma resposta, como, por exemplo:
• O artista Juan Diego Miguel apresenta suas obras que acabam de chegar ao país, na exposição “Arte e
Sensibilidade”, no Museu Brasileiro da Escultura (MUBE).
• O artista Juan Diego Miguel apresenta na exposição “Arte e Sensibilidade” suas obras que acabam de chegar ao
país, no Museu Brasileiro da Escultura (MUBE).
QUESTÃO 4. (FUVEST) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem é procedimento tradicional na história da
humanidade. A obesidade não foge à regra.
Na Idade Média, a sociedade considerava a hanseníase um castigo de Deus para punir os ímpios. No século 19,
quando proliferaram os aglomerados urbanos e a tuberculose adquiriu características epidêmicas, dizia-se que a
enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa que levavam. Com a epidemia de Aids, a mesma
história: apenas os promíscuos adquiririam o HIV.
Coube à ciência demonstrar que são bactérias os agentes causadores de tuberculose e da hanseníase, que a Aids é
transmitida por um vírus e que esses microorganismos são alheios às virtudes e fraquezas humanas: infectam
crianças, mulheres ou homens, não para puni-los ou vê-los sofrer, mas porque pretendem crescer e multiplicar-se
como todos os seres vivos. Tanto se lhes dá se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência pertence à
vestal ou ao pecador contumaz.
(...)
Drauzio Varella
a) Crie uma frase com a palavra “obesidade” que possa ser acrescentada ao final do 2º- parágrafo sem quebra de
coerência.
b) Fazendo as adaptações necessárias e respeitando a equivalência de sentido que a expressão “Tanto se lhes dá
(...)” tem no texto, proponha uma frase, substituindo o pronome lhes pelo seu referente.
a) Uma sugestão de resposta seria: Atualmente, quando a obesidade mórbida atinge índices alarmantes, atribui-se
àqueles que adotam um estilo de vida sedentário e hábitos alimentares inadequados a responsabilidade pelo
sobrepeso.
b) Tanto faz para os microorganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência pertence à vestal
ou ao pecador contumaz.
Outras alternativas de resposta poderiam ser as seguintes:
É indiferente para os microorganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência pertence à
vestal ou ao pecador contumaz.
Dá no mesmo para os microorganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência pertence à
vestal ou ao pecador contumaz.
QUESTÃO 5. (FUVEST) Os ventos alísios fazem parte da circulação atmosférica global, soprando das zonas
tropicais, de alta pressão, para a zona equatorial, de baixa pressão, sendo responsáveis, por exemplo, pelo
transporte de umidade oceânica para o nordeste brasileiro. Esse tipo de vento aparece no poema de João Cabral de
Melo Neto “A escola das facas”, publicado em 1980 no livro de mesmo nome, a seguir.
O alísio ao chegar ao Nordeste
baixa em coqueirais, canaviais;
cursando as folhas laminadas,
se afia em peixeiras, punhais.
Por isso, sobrevoada a Mata,
suas mãos, antes fêmeas, redondas,
ganham a fome e o dente da faca
com que sobrevoa outras zonas.
O coqueiro e a cana lhe ensinam,
sem pedra-mó, mas faca a faca
como voar o Agreste e o Sertão:
mão cortante e desembainhada.
Outubro/2015
a) Existe relação entre o que ocorre com o “alísio”, ao chegar ao Nordeste, e a palavra “escola”, presente no título do
poema de João Cabral de Melo Neto? Explique.
b) A umidade do ar, trazida pelos ventos alísios, diminui ao entrar no continente. Descreva e explique duas
adaptações evolutivas, relacionadas a esse fato, que diferenciam a vegetação da Zona da Mata da vegetação do
Sertão.
a) Sim. “A escola das facas”, poema que dá título ao livro homônimo, associa a paisagem nordestina, aliviada pelos
ventos alísios, com a miséria instaurada pela seca e a difícil luta pela sobrevivência. No hemisfério sul, o vento alísio
é aquele que sopra do sudeste para o noroeste. A expressão “escola das facas” pode ser uma alusão a essa
educação que vem do sudeste, representada pelo vento, de “mãos antes fêmeas, redondas”, e que no nordeste é
imposta, sem se ajustar à sua realidade (“a fome e o dente da faca”). Essa educação acaba por ter que se amoldar à
nova situação, ao cursar “as folhas laminadas”, ao aprender com ela (“O coqueiro e a cana lhe ensinam”). Os
elementos que poderiam ser positivos pela beleza visual, “lhe ensinam / sem pedra-mó, mas faca a faca / como
sobrevoar o Agreste e o Sertão”. Então, o universo vivido se transforma em ameaça, tanto que não é mais a faca,
mas a mão que deve aprender a ser “cortante e desembainhada”, condição necessária para o homem poder lutar
contra a hostilidade da seca. O poema desenha, portanto, um arco tenso entre educação e instrumento; assim, a
escola é de facas porque, para assegurar sua sobrevivência, o homem adquire o conhecimento de eliminar tudo o
que é excessivo.
b) Poderiam ser citadas algumas adaptações evolutivas relacionadas à redução de umidade, que diferenciam as
plantas da zona da mata das do sertão:
• A cutícula é delgada em plantas da zona da mata e espessa nas do sertão. Isso se relaciona à maior economia de
água nas plantas de regiões mais secas.
• As folhas têm maior superfície, em geral, nas plantas da zona da mata; no sertão, a superfície das folhas é
reduzida, sendo muitas vezes modificadas em espinhos. Isso reduz a superfície de perda de água nas plantas de
regiões mais secas.
• Nas plantas de mata, os estômatos estão expostos na superfície da folha, enquanto nas do sertão ficam protegidos
em cavidades. Mais uma adaptação que favorece a economia de água em plantas do sertão.
QUESTÃO 6. (UNICAMP)
— (…) Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como a onça. Não foi debalde que lhe
deram o nome que tem. E faz garbo disso!
— Então você cuida que ele anda atrás de alguém?
— Sou capaz de apostar. É uma coisa que toda a gente sabe. Onde se encontra Jão Fera, ou houve morte ou não
tarda.
Estremeceu Inhá com um ligeiro arrepio, e volvendo em torno a vista inquieta, aproximou-se do companheiro para
falar-lhe em voz submissa:
— Mas eu tenho-o encontrado tantas vezes, aqui perto, quando vou à casa de Zana, e não apareceu nenhuma
desgraça.
— É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.
— Coitado! Se o prendem!
— Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!
— Você não tem pena?
— De um malvado, Inhá!
— Pois eu tenho!
(José de Alencar, Til, em Obra completa, vol. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, p. 825.)
O trecho do romance Til transcrito acima evidencia a ambivalência que caracteriza a personagem Jão Fera ao longo
de toda a narrativa.
a) Explicite quais são as duas faces dessa ambivalência.
b) Exemplifique cada face dessa ambivalência com um episódio do romance.
a) A ambivalência da personagem é sugerida pela própria designação com que é referida: Jão Fera. Isso porque seu
comportamento na trama se caracteriza, de um lado, pela porção humana (ligada ao nome “Jão”) e, de outro, pela
dimensão selvagem e animalesca (que se associa ao apelido “Fera”). A proteção que dedica à menina Berta e o
amor que sente pela mãe desta, Besita, comprovam o traço generoso e humanitário de seu caráter, enquanto seu
poder de agressividade e sua condição de assassino profissional evidenciam sua tendência à ação bárbara e
violenta.
Outubro/2015
b) A face humana de Jão Fera é fartamente demonstrada pelos inúmeros episódios da narrativa em que protege
Berta dos perigos que a assolam, como o ataque de queixadas (capítulo “A garrucha”) ou a ameaça dos inimigos que
encurralam a ambos em uma gruta (“Luta”). Sua dimensão mais agressiva é evidenciada quando assassina
violentamente seus inimigos (“Vampiro”), quando estraçalha com as próprias mãos o maior deles, Ribeiro (“O cipó”) e
ainda quando se vê vítima de seu próprio desejo por Berta (“Luta”), instinto que será vencido pelo afeto que nutre
pela moça.
QUESTÃO 7. (UNICAMP) Em uma passagem célebre de Memórias de um sargento de milícias, pode-se ler, a
respeito da personagem de Leonardo Pataca, que “o homem era romântico, como se diz hoje, e babão, como se
dizia naquele tempo”.
(Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978, p. 19.)
a) De que maneira a passagem acima explicita o lugar peculiar ocupado pelo livro de Manuel Antônio de Almeida no
Romantismo brasileiro?
b) Como essa peculiaridade do livro se manifesta, de maneira geral, na caracterização das personagens e na
construção do enredo?
a) Dentre as características que colocam o romance de Manuel Antonio de Almeida em um lugar peculiar do
Romantismo brasileiro, estão a linguagem não usual para a época, com o uso frequente de gírias; a abordagem
pouco sentimental e pouco idealizadora; e, principalmente, o tom irônico que o narrador emprega em relação ao
próprio Romantismo.
b) Na construção do enredo, pode-se citar o relato de costumes da baixa burguesia carioca, a ausência do
maniqueísmo tipicamente romântico e o fato de que a narrativa não é norteada pelo julgamento moral que
caracterizava os romances do Romantismo. Na caracterização das personagens, além de sua inclusão numa classe
social menos favorecida, pode-se citar o comportamento malandro de Leonardo (filho), contrapondo-se ao
estereótipo muito comum dos protagonistas românticos, com uma trajetória marcada pela honra e pela virtude. Outro
elemento que pode ser considerado peculiar é a tendência de alguns personagens a adotarem posturas pouco éticas,
como fica demonstrado no episódio em que o Barbeiro relata a forma que amealhou dinheiro (Capítulo “O arranjei-me
do Compadre”).
QUESTÃO 8. (FUVEST) Leia o trecho de abertura de Memórias de um sargento de milícias e responda ao que se
pede.
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente,
chamava-se nesse tempo — O canto dos meirinhos —; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de
encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os
meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e
temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio
de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os
desembargadores.
Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias.
a) A frase “Era no tempo do rei” refere-se a um período histórico determinado e possui, também, uma conotação
marcada pela indeterminação temporal. Identifique tanto o período histórico a que se refere a frase quanto a
mencionada conotação que ela também apresenta.
b) No trecho aqui reproduzido, o narrador compara duas épocas diferentes: o seu próprio tempo e o tempo do rei.
Esse procedimento é raro ou freqüente no livro? Com que objetivos o narrador o adota?
a) Memórias de um sargento de milícias foi publicado pela primeira vez como folhetim, em capítulos semanais no
suplemento dominical A Pacotilha, do jornal Correio Mercantil, no Rio de Janeiro, entre 1852-53. O “tempo do rei” a
que o narrador faz menção no início do livro refere-se ao período joanino (1808-1821). Além da utilização dessa
época específica como pano de fundo do romance, a expressão “era no tempo do rei” contribui para a criação de
uma atmosfera que remete o leitor à fórmula tradicional das histórias infantis ou folclóricas, inserindo a narrativa
numa espécie de tempo mágico e indefinido, o que também pode ser entendido como um recurso para criar um efeito
de cumplicidade com o imaginário do leitor.
Outubro/2015
b) O procedimento utilizado pelo narrador de comparar o seu tempo com o “tempo do rei” é muito frequente no livro.
Tal comparação revela o quanto a sociedade carioca, à época da publicação do romance em folhetim, mantinha-se
com os mesmos costumes (fossem eles hábitos ou vícios) daqueles da época joanina, apesar das diferenças. A
sensação de proximidade do leitor com a obra, sem dúvida, favorece o sucesso do livro.
Por outro lado, a evocação do passado provoca o distanciamento que deixa o autor livre para tecer comentários
sobre a sociedade de seu tempo, sem se comprometer diretamente.
QUESTÃO 9. (FUVEST) Leia o excerto de A cidade e as serras, de Eça de Queirós, e responda ao que se pede.
Na sala, a tia Vicência ainda nos esperava desconsolada, entre todas as luzes, que ardiam no silêncio e paz
do serão debandado:
— Ora uma coisa assim! Nem querem ficar para tomar um copinho de geleia, um cálice de vinho do Porto!
— Esteve tudo muito desanimado, tia Vicência! — exclamei desafogando o meu tédio. — Todo esse mulherio
emudeceu, os amigos com um ar desconfiado…
Jacinto protestou, muito divertido, muito sincero:
— Não! Pelo contrário. Gostei imenso. Excelente gente! E tão simples… Todas estas raparigas me
pareceram ótimas. E tão frescas, tão alegres! Vou ter aqui bons amigos, quando verificarem que eu não sou
miguelista.
Então contamos à tia Vicência a prodigiosa história de D. Miguel escondido em Tormes… Ela ria! Que coisas!
E mau seria…
— Mas o Sr. Jacinto, não é?
— Eu, minha senhora, sou socialista…
a) Defina sucintamente o miguelismo a que se refere o texto e indique a relação que há entre essa corrente política e
a história do Brasil.
b) Tendo em vista o contexto da obra, explique o que significa, para Jacinto, ser “socialista”.
a) O termo miguelismo designa uma corrente política de Portugal que apoiou D. Miguel, defensor da monarquia
absoluta, na luta pela implantação do liberalismo em Portugal. Após a morte do rei português D. João VI, em 1826, D.
Pedro I, Imperador do Brasil e herdeiro presuntivo da Coroa, outorgou uma Constituição a Portugal, designando a
própria filha como futura rainha. D. Miguel opôs-se às medidas do irmão, dando início a uma grande guerra civil. Ao
abdicar da Coroa brasileira, D. Pedro I retornou a Portugal e venceu o conflito, tornando-se D. Pedro IV. Ao longo do
século XIX, miguelismo veio a denotar qualquer corrente política conservadora que prometia restaurar a prosperidade
do reino mediante a rejeição do liberalismo.
b) Antes da passagem em que afirma ser “socialista”, Jacinto travara contato com a extrema pobreza de seus
trabalhadores, o que o levara a empreender uma série de reformas de caráter assistencialista: mandou construir
novas habitações, creche, escola e farmácia, além de melhorar as relações de trabalho. Sua auto-definição como
“socialista” refere-se, portanto, às tentativas de atenuar os efeitos da aguda desigualdade social presente em suas
fazendas. Cabe ressaltar que, no contexto, o termo não pressupõe a partilha igualitária das propriedades, compatível
com o socialismo histórico.
Outubro/2015
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Resolução D6