150108 Anuncieaqui www.noticiasalentejo.pt - [email protected] - 967032441 - 969183174 ÉVORA «Rede de gás só será reaberta quando condições de segurança estiverem garantidas» Só amanhã é que deverá ser conhecido o tipo de gás acumulado na rede de esgotos de Évora e que esteve na origem de duas explosões que provocaram um ferido grave e quatro desalojados. O material recolhido foi enviado para análise no Instituto do Gás e no Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Por enquanto, as duas empresas que fornecem gás canalizado àquela freguesia já vieram recusar responsabilidades. A Diana Gás garante não ter clientes na zona abrangida. A Gascan refere ter testado 90 por cento da rede sem ter encontrado qualquer fuga. Entretanto, 2500 pessoas continuam sem fornecimento de gás canalizado, fornecimento que só deverá ser retomado depois de uma empresa independente certificar que a rede é “estanque”. Em declarações à Rádio Diana, o presidente da Câmara Municipal de Évora garantiu que “a rede de gás só será reaberta quando todas as condições de segurança estiverem garantidas e certificadas pelas entidades com competências nesta matéria”. Segundo José Ernesto Oliveira, as populações não correm perigo neste momento umas vez que as medições e fe c tu a d a s , quer na rede de esgotos, quer nas habitações, “têm acusado nível zero”. “Não há gás na rede e como tal não neste momento perigo de explosividade”, resume o autarca. AUTO-ESTRADAS Alentejo O Governo vai lançar concursos para a concessão de três auto-estradas no país até final do primeiro semestre do ano. Quem o disse foi o ministro das Transportes, Obras Públicas e Comunicações, Mário Lino, durante um almoço organizado pela câmara de comércio luso-britânica, em que falava sobre a estratégia do Governo neste sector. «Destas (concessões), todas estão em concurso, excepto as três últimas. Dessas, uma será lançada até Março e as outras no primeiro semestre deste ano», afirmou. Por ordem a que se referiu, o ministro falava da concessão da auto-estrada do Centro, (191 km), Litoral Oeste (80 km) e Alto Alentejo (110 km). BULHOSA Em Lisboa… ACT controlou transportes rodoviários de mercadorias Conforme dados provisórios, foram identificadas infracções (447) em mais de metade dos veículos intervencionados, que deram origem a 395 autos de notícia e as restantes a advertências escritas. A operação, segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho, foi «estrategicamente direccionada para vários eixos rodoviários, no sentido de se obter o controlo efectivo de um número elevado de veículos pesados em circulação, PAÍS LIVROS PAÍS A Autoridade para as Condições do Trabalho realizou 5ª feira uma mega acção, a nível nacional, de controlo dos tempos de condução e repouso nos transportes rodoviários de mercadorias, tendo participado no terreno 155 inspectores do trabalho das 5 direcções regionais da ACT. No decurso desta operação foram inspeccionados 855 veículos, de 817 empresas, e verificados quase oito mil dias de condução. ÚLTIMAS tendo sido desenvolvida na Via do Infante, na A2, na A6, na EN-4, na EN-8 e no IC1, bem como, ainda, em 8 mercados abastecedores, 13 centros de distribuição e 22 grandes superfícies comerciais». A acção teve por fim controlar os tempos efectivos de condução e repouso, a correcta utilização das folhas de registo, a transferência da responsabilidade civil por acidentes de trabalho e a vigilância da saúde dos condutores. Esta tarde, pelas 18h30, terá lugar na livraria Bulhosa, de Entrecampos, realiza-se a sessão inaugural do projecto Clássicos na Bulhosa, a desenvolver ao longo do primeiro semestre de 2008. Nesta primeira sessão dedicada a Sá de Miranda serão lidos, na primeira parte, excertos da obra Os Vilhalpandos, interpretados por Alexandre Ferreira, Carmen Santos, Filipe Petronilho, Isabel Fernandes, Júlio Martín, Margarida Rosa Rodrigues e Silvina Pereira. A segunda parte constará de um debate com a presença de José Camões visando uma reflexão sobre a obra de Sá de Miranda e a Comédia Clássica Renascentista Portuguesa. 15-01-08 - www.noticiasalentejo.pt - [email protected] CLASSIFICADOS VENDE-SE TERRENO Em Mourão, com cerca de 520m2, com duas frentes e a possibilidade de contruir duas casas. junto ao Alqueva 962 550 943 VENDE-SE SEAT IBIZA a gasóleo De julho de 2005, 1.9 SDI, 5 lugares, 3 portas, AC, JLL, FC, rádio CD, airbag condutor e passageiro, 60.000 km, branco. 18000€ com dois anos de garantia total ou 17500€ sem garantia. Telf.: 962550943 OFERECE-SE ESTÁGIO Jovem à procura de 1º emprego ou estágio profissional 12º ano Técnico profissional de Informática e Gestão Disponibilidade Zona entre Évora e Beja Tlm: 962959624 PROCURO GARAGEM Lugar/Parqueamento na Baixa da Banheira para viatura automóvel. 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Basta enviar email: [email protected] ÉVORA Câmara aprova versão final do PDM A Câmara de Évora aprovou, com os votos a favor dos vereadores do PS, a abstenção do vereador do PSD e os votos contra da CDU, a versão final do Plano Director Municipal, que incorporou, segundo um comunicado oficial, muitas das propostas de alteração surgidas durante a fase de debate público, e que recolheu o parecer final positivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA). Esta decisão, refere o comunicado, é o último acto da responsabilidade da Câmara Municipal de Évora, cumprindo agora à Assembleia Municipal a sua aprova- ção final. Os Vereadores da CDU votaram contra, invocando razões já expressas em anterior Reunião Pública. A Câmara Municipal aprovou também o Relatório Semestral de Gestão e de Execução Orçamental da Habévora com quatro votos a favor (PS e PSD) e três contra (CDU). Por proposta da CDU, o ponto relativo á “Requalificação do Bairro da Cruz da Picada: repartição de encargos legais” foi adiado para a próxima reunião pública, a fim de que os Vereadores desta força política possam aprofundar mais o conhecimento das questões. Anuncie aqui ECONOMIA Exportação dos Vinhos do Alentejo duplicou nos dois últimos anos Nos dois últimos anos, os Vinhos do Alentejo duplicaram as exportações para fora da União Europeia. De 2006 para 2007, o aumento cifrou-se nos 46,8%, com Angola a ascender à liderança no “ranking” dos países (por troca com os EUA), ao importar mais de dois milhões de litros – mais 69,1% do que em 2006. Se 45,3% dos vinhos de qualidade vendidos em Portugal são do Alentejo, além-fronteiras os resultados não são menos expressivos. Em 2007, só para os países fora da União Europeia, a região exportou 8.123.951 milhões de litros de vinho, contra os 5.533.964 de 2006, a que corresponde um aumento de 46,8%. Importa referir que, este número, apenas diz respeito a vinhos certificados com Denominação de Origem, daí que não tenham sido contabilizados os valores relativos aos Vinhos de Mesa e a granel. No fundo, nos dois últimos anos, os Vinhos do Alentejo duplicaram os volumes de exportação, com a particularidade de Angola ter assumido a liderança entre os países que mais importaram vinhos da região, com 2.058.001 milhões de litros, mais 69,1% do que em 2006. Com 1.748.762 milhões de litros (correspondente a um aumento de 51,8%), o Brasil ascendeu à segunda posição no “ranking”, enquanto os EUA passaram de primeiro para terceiro destinatário das exportações, com 1.357.113 milhões de litros, mais 10,1% do que em 2006. Depois de, em 2006, as exportações para a Suíça terem registado um crescimento de 88,2%, em 2007, o aumento cifrou-se nos 63,8%, com o país a superar a barreira do milhão, mais concretamente 1.227.303 litros e quarto lugar no “ranking” dos países importadores. A China importou 532.530 litros, a que correspondeu um incremento de 34,9%, enquanto o Canadá fechou o grupo dos seis maiores mercados de exportação fora da União Europeia, com 456.094 litros de vinho e um crescimento de 58,3%. Com um crescimento de 359,3 e 338,8%, respectivamente, a Rússia+Bielo Rússia e a Venezuela foram os países que mais evoluíram nas importações, embora com valores abaixo dos 100 mil litros. A título de curiosidade, em relação a 2006, sublinhe-se que dos 10 países que mais importa- ram Vinhos do Alentejo, todos aumentaram os seus volumes. Números que confirmam a crescente afirmação dos Vinhos do Alentejo no panorama internacional, a justificar as inúmeras iniciativas desenvolvidas pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, nomeadamente a participação nos mais importantes certames mundiais do sector, organização de provas para críticos de vinhos e potenciais clientes, bem como campanhas publicitárias em diversos meios de comunicação social. 15-01-08 - www.noticiasalentejo.pt - [email protected] ALENTEJOAGRORURAL | Francisco Pândega Solo rústico 1.Estou convicto de que a causa da nossa difícil situação socio-económica resulta, acima de tudo, de ineficiência agrícola. Daí ser recorrente que, sempre que abordamos a ruralidade alentejana, a coerência nos obrigue a concluir que a nossa região, não obstante as suas colossais potencialidades agrícolas, não está a contribuir, como deveria e poderia, para nos equipararmos aos países nossos parceiros comunitários, em termos de nível de vida. Não, certamente, por deficiência do meio que é imenso e ubérrimo; nem das suas gentes que, se bem que nas duas últimas gerações tenham estado em perda de qualidade, ainda lhe resta alguma capacidade de entrosamento, com o meio, condição indispensável para o exercício de uma actividade agrícola de sucesso. 2. Sendo assim, o que está errado entre nós? A resposta é taxativa e peremptória: O não conseguir perceber que o espaço rústico tem que ser pertença da comunidade rural residente. A permissão do seu apossamento, sem leis nem regras, por parte de quem não sabe dar-lhe o devido uso e, com isso, o impedimento de se processarem as multifuncionalidades que estão na sua génese. Urge, pois, intervir. Para o efeito é preciso municiarmonos de uma elevada dose de conhecimento, discernimento e coragem para definir a propriedade agrícola funcional, avaliar a fórmula reestruturante e agir sem tibieza. a) “À escala do homem ” deve ser a dimensão da propriedade agrícola elegível. Mesmo nos nossos dias, e por estranho que pareça, mantém-se inalterada desde há muitas gerações. Apercebemo-nos desse facto pelos vestígios no terreno assim como nas consultas dos registos cadastrais. Exceptuando os baldios, coutadas e morgadios que primavam apela enorme dimensão, por um lado, e por outro as pequenas courelas periféricas dos povoados, produtos de talhonamentos cedidos por aforamento, a propriedade agrícola base rondava os cento e cinquenta hectares. Era a dimensão considerada á “escala do homem” na qual se construía um monte (evitavam-se as deslocações) aonde moravam diversas famílias que, com base nos precários instrumentos, cultivam os ferragiais envolventes, pastavam cabradas, nos matagais, e se defendiam dos bandoleiros e foragidos que por ali se acoitavam. Era considerada a dimensão funcional dado poder ser percorrida, pelas extremas, e vir-se almoçar a casa; ou o gado, no verão, pastar de noite e vir de dia acarrar nas sombras junto á agua. Ou então nas noites de invernia, vir pernoitar á malhada. Foi assim até aos meados do século XlX altura em que começou o desenvolvimento industrial e se deu a vinda do comboio, factores que dinamizaram um grande desenvolvimento nos campos alentejanos. Durou até 1950 que foi quando se deu a substituição da tracção animal pelas máquinas. Mesmo hoje, apesar da elevada eficiência dos factores de produção, a agricultura está muito condicionada pela preservação do meio ambiente, pela qualidade dos alimentos, assim como pela manutenção dos montados que não resistem a uma má aplicação da máquina. Desta forma não há necessidade de alterar a dimensão da exploração agrícola funcional. Afinal o homem, que é o pivot do sistema, mantém a mesma compleição. b) Para a avaliação da estrutura fundiária regional, servimo-nos da seguinte equação: 30.000Km2 distribuídos por 42.000 agricultores resulta uma dimensão média, por exploração, 70.hectares. Quase boa, mesmo para uma região Mediterrânica como é o Alentejo Esmiuçando, porém, um pouco mais, conclui-se que a verdade, no terreno, é bem diferente e que as propriedades agrícolas daquela dimensão/média são em número insignificante. Indo ao fundo da questão conclui-se que quatro quintos do Alentejo (24.000 km2) estão ocupados por dois mil latifúndios cuja dimensão média é superior a mil hectares. Os restantes 6.000 km2, que compreendem a área social pública, já que as pequenas propriedades são circundantes dos povoados, é onde estão os quarenta mil minifundiários com uma área media inferior a 15Ha. É aqui que reside o nosso drama agro-rural : Enquanto que os primeiros, com elevados níveis de riqueza, geralmente não fazem uma exploração adequada, antes sim predomina a incompetência, a ausência e o absentismo. Já os segundos, devido a exiguidade da dimensão, não conseguem fazer uma agricultura auto sustentável. Daí o Alentejo não participar, como devia, no esforço nacional, em prol do desenvolvimento. Debilitado e em perda de valores, resulta numa inexorável tentação aquisitiva, por parte de endinheirados alienígenas, em detrimento dos indefesos autóctones cuja sorte, ao que parece, é a continuação da servidão e posterior extinção. c) A definição da propriedade agrícola, segundo a aptidão dos solos, é perfeitamente exequível dado estarem catalogados e identificados de uma forma bem clara e sem erros. São cinco os tipos. De A (os melhores) a E (os mais fracos). Entre este dois extremos há três intermédios. Evidentemente que não é no âmbito de um simples escrito que se descreve a técnica da sua aplicação. Podemos contudo enunciar as bases afins de melhor se aquilatar da simplicidade do processo Se na conversão do tipo de solos em pontos aceitarmos que uma propriedade funcional devera ter 25.000 pontos e cada hectare de terra boa (barros e aluviões) lhe conferirmos 250 pontos essa propriedade terá 100 há de superfície. No outro extremo se considerarmos 100 pontos por ha a terra de má qualidade (areias, xistos esqueléticos) essa propriedade terá 250 ha. Como se vê dimensões diferentes (100ha A, ou 250ha E.) tem a mesma pontuação ou seja o mesmo valor agrícola funcional, não obstante terem dimensões tão diferentes. Dado ser comum uma exploração ter diferentes tipos de solo a sua dimensão será o somatório dos mesmos cuja média andará pelos 170ha. È pouca dirão os de mil ha. É mais do que suficiente, exclamarão os de 15ha. É a medida certa sabem os que tem experiência nesta matéria. Dado ser com esta dimensão que a terra promove as diversas funcionalidade (produção agrícola, povoamento do território, ordem e paz social, defesa do meio, preservação histórico-cultural) é por ai que temos que enveredar importa sem vacilar. Para tal a terra remanescente da propriedade “tipo “, tem que ser considerada excedentária, objecto de impostos progressivos e não elegível aos apoios comunitários, como, aliás, é pratica comunitária nalgumas matérias. 3. O nosso drama, como região e, dada a sua importância, como nação, resulta da nossa inoperacionalidade agro-fundiaria. Com potencialidades quase ilimitadas (na produção agrícola, no emprego, na estabilidade e paz social) vê-se coarctadas nessas valências pelo facto da terra estar sequestrada e de grande parte do seu uso não se compaginar com a essência dos superiores desígnios regionais. Ter terra, em grande quantidade, hoje como ontem, constitui um poder que escapa a intervenção da sociedade. Assim, em roda livre, enquanto que os restantes sectores vivem ajoujados sob o império dos impostos, da observação e escrutinação social e da concorrência comercial, os donos das terras, estão praticamente isentos de impostos dado estes não serem actualizados desde longa data; mesmo aos mais impenitentes absentistas ninguém tem o direito de lhe dizer - “olhe lá !. a terra tem uma função social” ; agora está no moda cederem-na, para exploração de campanha, de alguns meses, em condições leoninas. O facto de não poder aceder á PAC resulta num rápido empobrecimento, tornando insolvente quem tenha a desdita de a tal se submeter, É por estas e outras razões que ser agricultor directo significa descer na escala de valores. Ultimamente, e sempre que lhes dá na real gana, vendem-na, a troco a de malas de dinheiro, a quem, mais parecendo estar ao serviço de um projecto expansionista, vindo de algures, arrogante, superior e auto-suficiente, se instala sem prestar contas a ninguém. Acontece que terra assim alienada, é terra desanexada da alçada dos interesses locais, que o mesmo será dizer, perde a função geradora de rendimento local, de empregabilidade e usufruição como espaço histórico – vivencial. Isto impõe mudanças urgentes. Isto, no mínimo, configura um insulto a toda uma comunidade rural. [email protected] alentejoagrorural .blogspot.com 15-01-08 - www.noticiasalentejo.pt - [email protected] DESTINOS RT Évora A Região de Turismo de Évora (RTE) apresentará na quarta-feira, a partir das 14 horas, os mais recentes empreendimentos de animação turística do distrito, no âmbito da iniciativa “Visitor Attractions: Coisas para ver e Fazer”, a qual inaugurará a secção de Destinos Turísticos Nacionais da Bolsa de Turismo de Lisboa deste ano. A sessão, que se inicia ás 14 horas no Pavilhão “de Madeira”, na FIL, destina-se ao trade e imprensa nacional especializada e contará com a presença das empresas Amieira Marina, de Alqueva, o parque temático Monte Selvagem e o Fluviário de Mora. Entretanto e a exemplo dos anos anteriores, a Região de Turismo de Évora foi mais uma vez aceite para participar nas 10 APONTAMENTOS DO NADA Conhecimento e decisão Uma das situações que os estudos sobre as opções entre Ota e Alcochete ou Portela mais um vêm evidenciar de modo claro e objectivo é que o conhecimento e as competências técnico-científicas não são imunes aos interesses (políticos e partidários, sociais ou outros). Temos a ideia, na generalidade das situações, que o conhecimento é algo imune a estes interesses, se rege pelo superior interesse científico, que este é asséptico, distante dos comuns interesses de outros transeuntes da terra. Como se o método científico fosse algo que pairasse no ar e não decorresse de opções pessoais, perspectivas individuais ou não tivesse raízes num conjunto de interesses sociais. Nada de mais errado como os estudos sobre a localização do novo aeroporto vêm demonstrar de modo inequívoco. Os mesmo conhecimentos, ou a mesma base científica, vem demonstrar, por razões várias e argumentos trocados ou simplesmente por quem suporta o financiamento dos estudos que tanto a Ota como Alcochete podem ser opções válidas. Os mesmos conhecimentos ou, pelo menos, os mesmos pressupostos, vêm evidenciar diferentes valorizações e assim se destacam aspectos relativos ao ambiente, à localização, ao ordenamento do território, aos riscos ambientais, entre outros. Há uma corrente nacional, com raízes fundas no imaginário português, que habitualmente defende a competência técnica em detrimento das questões políticas seja para que se assumam cargos dirigentes seja como argumento base para a decisão de aspectos considerados relevantes na vida nacional. É por ter consciência que o conhecimento científico é também uma forma de poder, que os discursos científicos nunca são neutros nem isentos de considerações políticas, que opto pela assunção do interesse político em detrimento das competências técnicas. Há espaço e oportunidade para que técnicos e políticos possam coexistir e partilhar o mesmo espaço de comunicação. O problema coloca-se quando o técnico assume opções políticas ou o político defende posições técnicas. Aí, há uma confusão de sentidos e objectivos que apenas tem como resultado confundir o português e privilegiar um conjunto de interesses em detrimento de outros. Agora que conhecimento é poder, como dizia Foucault, como poder também é conhecimento, como muito bem diz o senso comum português quando defende que faz o que eu digo e não o que eu faço isso são questões incontornáveis que os estudos em redor do novo aeroporto vieram colocar em destaque. Manuel Dinis P. Cabeça http://www.mcabeca.blogspot.com Comentários para: [email protected] reuniões de negócio com compradores estrangeiros que se deslocam a Portugal para manter reuniões com os expositores da Bolsa de Turismo de Lisboa. A resposta do trade internacional foi francamente positiva, registando-se o interesse de 11 operadores turísticos e agentes de viagens, que colocaram na sua lista de preferências a Região de Turismo de Évora e as suas empresas para contactos de negócio. A Região de Turismo de Évora marcará ainda presença durante todo o certame no stand Alentejo, onde distribuirá material de promoção, divulgando ainda a edição deste ano da Rota dos Sabores Tradicionais que decorrerá no concelho de Évora até ao final do mês de Maio. TEMPO MAX.: 13º MIN.: 05º Regiões a sul do sistema Montejunto-Estrela: Céu muito nublado, temporariamente pouco nublado até meio da manhã, no Alentejo e Algarve. Vento fraco (inferior a 15 km/h), tornado-se, a partir da tarde,moderado de sudoeste (20 a 35 km/h) e temporariamente forte(35 a 45 km/h) com rajadas até 70 km/h, no litoral Oeste. BLOGUES Regular, regular Em política, a avaliação das performances é muitas vezes enublada pelas duas balizas temporais e conjunturais que marcam o início e o fim dos mandatos: os efeitos sentidos com o anúncio de uma nova linha de actuação e a melosa sedução cor-de-rosa dos períodos pré-eleitoriais. Normalmente não coincidem em estilo. Bush, o cowboy, é uma excepção. Todos os seus índices de regularidade são enfadonhamente altos, acentuados pela promessa de terminar o reinado da mesma forma como o começou: em guerra. evoracafeportugal.blogspot.com O ponto mais fraco de José Sócrates Disdéri foi o fotógrafo francês que, por volta de 1850, inventou a pose. Uma efígie que disfarça os remoques e que recria o sol na gruta mais sombria do olhar. A simulação do tigre na audácia do gato. A pose é um óptimo ponto de partida para levar o mais incauto à falésia do convencimento. Sem pose não há defesa possível, a não ser que a densidade do personagem se imponha à fatalidade. É uma escola como muitas outras. E Sócrates nela estudou e a ela se entregou. Só que um parlamento europeu aos gritos parece muito pouco para destronar e desfazer tanta vertigem. Sócrates está de pé, tenso, crispado, carregado e olha para o inferno dos deputados que gritam em uníssono “Referendo, Referendo!”. É um olhar que reflecte o fogo da maçada e o gelo do estorvo. Um aperto que o PM não consegue, de modo nenhum, dissimular. Se há momento em que a acrobacia e a verdade mais concordam uma com a outra é este mesmo. Sem falhas. É claro que Sócrates é incapaz de perceber que os sucessos da presidência portuguesa deveriam falar por si próprios. É claro que Sócrates cairá sempre na tentação do auto-elogio desnecessário. Questão de pose. É claro que Sócrates até tem razão em recusar o referendo europeu. Mas, de um momento para o outro, perde toda a razão, perde tudo. Está de pé, a sós, como a areia molhada sob o ímpeto das ondas. Não perdoará nunca que lhe tenham minado http://luiscarmelo.blogspot.com O rapaz anda nervoso “É indispensável que todas essas vozes, que parasitam (sic!) permanentemente os sucessos do PSD e desta liderança, se definam e se assumam. Se não se assumirem, ou se calam até 2009 e concordam com a estratégia do partido, ou revelam cobardia política”.Luís Filipe Menezes no seu melhor estilo. Por enquanto as farpas vão só numa direcção. E numa ocasião em que ainda não se ouviram, para além de Pacheco Pereira, as vozes anti-menezistas. A história repete-se e até apetece relembrar o que LFM disse durante a (e da) liderança de Marques Mendes. À incapacidade para liderar a oposição, junta-se agora o nervosismo. Outra coisa não seria de esperar. http://www.pracadarepublicaembeja.net/