Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, no ano passado, mostrava que o País já havia tirado da condição de miseráveis 3 milhões e cento e oitenta mil brasileiros, nos dois primeiros anos do governo Lula. Esse número é equivalente à população do estado do Espírito Santo ou Alagoas. De modo consistente, uma parcela considerável de nossa população mais carente vai saindo dessa condição de penúria. O Brasil está mudando, para melhor, e a população está notando. Programas como o Fome Zero que, somente da parte do Governo Federal, já destinou mais de R$ 27 bilhões para assegurar o direito à alimentação adequada a cada brasileiro, e o fim da extrema pobreza, continuam seu curso como prioridade de governo. São 12 ministérios neles envolvidos, além do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), e parcerias entre as três esferas de governo, entre o Estado e a sociedade. O passo consecutivo é habilitar todos a viver do fruto do próprio trabalho. Por isso, há um conjunto de 31 ações e programas que unem quatro eixos principais: ampliação do acesso à alimentação; fortalecimento da agricultura familiar; geração de renda; articulação, mobilização e controle social. Assim, o Fome Zero é mais do que simples distribuição de alimentos. Ele estimula as pessoas a se organizarem em cooperativas, além de criar infra-estrutura, gerar empregos formais e possibilitar o acesso à educação nutricional. Não é por acaso que esse programa tem sido tão elogiado e servido de estímulo a que as nações mais ricas assumam o compromisso de diminuir a fome de 300 milhões de pessoas, no planeta, até 2015, pois, somente com decisões políticas assim pode-se evitar que, a cada sete segundos, continue morrendo, no mundo, uma criança de desnutrição. O Bolsa Família, linha de frente do Fome Zero, é o maior programa de transferência de renda já posto em prática no Brasil. Já são, em apenas dois anos de existência, 8 milhões e setecentas mil famílias beneficiadas, em 100% dos municípios brasileiros. Isso significa 77% das famílias com renda familiar, por pessoa, de até R$ 100 por mês. São cerca de 40 milhões de brasileiros podendo se alimentar melhor. E essas transferências diretas de recursos representam um impacto bastante benéfico para as regiões do país. No Nordeste, por exemplo, os recursos do Bolsa Família equivalem a 53% das transferências do FPM - Fundo de Participação dos Municípios. Além do alívio imediato da pobreza, o programa cria condicionantes, como manter as crianças matriculadas na escola, e vacinadas, e as gestantes fazendo acompanhamento pré-natal. Essas ações ajudam, inclusive, a chamar a atenção das pessoas para a existência dos direitos sociais, pois o ciclo da pobreza traz consigo a ignorância de direitos. O Banco Mundial considerou o Bolsa Família uma política exitosa no combate à pobreza e à desigualdade e a recomenda a outros países, e a revista inglesa “The Economist", em reportagem intitulada "Nova abordagem sobre um velho problema", em setembro, apontou-o como o maior programa de transferência de renda da nova geração de programas sociais da América Latina. Obrigado, Senhor Presidente. Guilherme Menezes Deputado Federal