DORIZZON É uma estação de águas sulfurosas que fica no sul do Paraná; mais especificamente, a poucos quilômetros da cidade de Mallet. Na primeira vez em que lá estive, foi uma aventura e tanto. A viagem em si, de ônibus, mostrou-se cansativa. Sabe como é: no começo, tudo é longe. Depois,... O acolhimento foi muito legal, porque os proprietários, muito simpáticos, eram conhecidos de meu pai. Tudo começou quando meu pai veio para Ponta Grossa, foi trabalhar em uma loja de comércio localizada na Rua XV de Novembro e que, convenientemente, alugava um quarto nos fundos. Um dia, apareceu o sobrinho do dono da loja, um estudante de Medicina. Ficaram amigos. Muitos anos mais tarde, esse rapaz se formou, casou-se, foi exercer sua profissão em Irati, enriqueceu e comprou o Hotel “Águas Minerais Dorizzon”. Uma das primeiras coisas a chamar a atenção era a comida. Lembro-me até hoje da Chica, a cozinheira, na varanda do restaurante, batendo a frigideira para chamar os hóspedes para as refeições. Outros destaques: os passeios; os banhos ao entardecer; as construções de madeira, as camas que rangiam; as pescarias, as samambaias; o aniversário da Sabine, neta dos donos. Acredite ou não, naquele momento, eu era a única pessoa lá com uma câmera fotográfica. Claro que fotografei e enviei as fotos pelo Correio. Hoje, lá estão duas piscinas térmicas, uma interna e uma externa. Caminhadas que terminam com muitos goles de cerveja feita em casa e com diversos sabores. A comida continua deliciosa. E um detalhe: você mal acabou de almoçar, chega a hora do lanche, um verdadeiro café colonial, com travessas transbordando de bolos, tortas e sonhos, recheados de goiabada. Recheados, não; socados, repletos. Professor Paulo Rogério – http://www.profpaulorogerio.xpg.com.br