País Editor // luís Edmundo Araújo Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio •A-5 CONGRESSO ELEIÇÕES Denunciado, Cunha diz que fica Relator no Senado quer fim de doação Presidente da Câmara afirma que tem legitimidade para comandar a Casa, apesar da confirmação da existência de contas dele na Suíça não declaradas à Receita Federal, sobre as quais mentiu em CPI DA REDAÇÃO O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem ter legitimidade para ocupar o posto de comando da Casa, apesar das denúncias que o citam e da comprovação de que o deputado tem contas na Suíça não declaradas à receita Federal, sobre as quais ele mentiu em depoimento à CPI da Petrobras. Cunha reiterou que não renunciará ao cargo, acrescentando que aqueles que querem sua saída terão de esperar o fim de seu mandato. Em entrevista a jornalistas na Câmara, Cunha informou ainda que enviaria ainda aontem agravos da Casa às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenderam o rito para um processo de impeachment definido por ele, em parceria com integrantes da oposição, que reduziria´para a maioria simples os votos necessários para tirar do cargo a presidente Dilma Rousseff. Pouco depois da entrevista do deputado, a Câmara protocolou os agravos no Supremo. “Eu tenho legitimidade para praticar todos os atos que são inerentes da minha função para qual eu fui eleito”, disse o deputado. “Eu fui eleito pela Casa, aqui só cabe uma maneira de eu Oposição insiste com impeachment DA REDAÇÃO A oposição apresentará hoje pela manhã na Câmara dos Deputados um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O texto foi protocolado em cartório em São Paulo na última quinta-feira pelos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT; Miguel Reale Jr., ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso; e pela advogada Janaina Paschoal. A peça que pede a saída da petista inclui as pedaladas fiscais — manobras do governo para adiar repasses de recursos —neste ano. A entrega do texto, prevista para última sexta-feira, foi adiada para um dia de mais movimento no Congresso. A decisão de juntar diferentes pedidos de afastamento foi tomada em reunião no último dia 13, após três liminares do Supremo Tribunal Federal limitarem o rito combinado entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e oposicionistas. Participaram do encontro na casa do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP); os líderes do PPS, Rubens Bueno (PR); do SD, Arthur Maia (BA); do DEM, Mendonça Filho (PE); da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE); o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente nacional do SD, deputado Paulinho da Força (SD). Para evitar uma derrota baseada no argumento de que para resultar na saída de Dilma seria necessário provar crime de responsabilidade no atual mandato, o texto inclui acusações de pedaladas fiscais em 2015. Na última semana, esse foi o principal motivo para o Tribunal de Contas da União reprovar as contas do governo em 2014. José Agripino Maia (DEMRN) disse esperar que o pedido de impeachment siga o rito natural no Congresso. “E que seja o que a sociedade quer”, disse o senador da oposição, que responde a inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado por desvios de verbas para a construção da Arena das Dunas, estádio da Copa de 2014. (Com agências) sair: é renunciar, e eu não vou renunciar. Aqueles que acham que podem contar com a minha renúncia esqueçam, eu não vou renunciar.” Sob o presidente da Câmara recaem acusações de que teria recebido propinas em contratação de estaleiro responsável pela construção de navios-sonda da Petrobras, além de inquérito aberto na última semana com base em investigação do Ministério Público da Suíça que aponta a existência de contas bancárias não declaradas de Cunha e de familiares no exterior. Além disso, pesa contra o deputado uma representação ao Conselho de Ética da Câmara apresentada pelo PSOL e pela Rede, pedindo a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar, já que Cunha negou em depoimento à CPI da Petrobras neste ano ter contas no exterior. Ainda assim, reafirmou Cunha, ele continua tendo a prerrogativa constitucional de aceitar ou arquivar pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mesmo com as decisões do STF que suspenderam o rito. “Eu continuo com o poder de decidir e nada foi alterado com relação a esse poder”, disse. O presidente da Câmara aproveitou para rebater temores de que votações de matérias importantes fiquem paralisadas Aqueles que acham que podem contar com a minha renúncia esqueçam, eu não vou renunciar.” Eduardo Cunha Presidente da Câmara devido à discussão política e disse que deu agilidade às votações, citando medidas do ajuste fiscal do governo enviadas no primeiro semestre. Admitiu, no entanto, que o prazo está “espremido” para a votação de proposta que altera a meta fiscal. Cunha, classificou ontem os desvios de recursos na Petrobras como o principal caso de corrupção mundial. Em sua primeira entrevista à imprensa após a revelação de documentos que provam a ligação com contas secretas na Suíça, ele rebateu a frase da presidente Dilma Rousseff, que lamentou o envolvimento do deputado no caso. “Eu lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”, afirmou Cunha. Durante viagem à Suécia, no domingo, a presidente lamentou que as denúncias relacionadas a Cunha envolvam um brasileiro ao ser questionada sobre a repercussão internacional do escândalo de corrupção. “Eu lamento que seja um brasileiro”, disse. Ela se negou a comentar as contas do deputado não declaradas na Suíça, nas quais teria recebido propina, e negou acordo entre o Planalto e o peemedebista para que ambos se mantenham no poder. As decidões do Supremo colocaram um freio na tramitação dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, uma vez que impediram o rito combinado previamente entre Cunha e a oposição, que permitiria que o plenário aprovasse, com maioria simples, o prosseguimento de pedidos de afastamento indeferidos pelo peemedebista. Ontem, era o prazo limite para apresentação dos recursos, mas a Câmara tem mais cinco dias para prestar informações à Corte. A oposição apresenta hoje um novo pedido de impeachment da petista. As liminares do STF não impedem, contudo, que Cunha decida sozinho sobre a questão. Ele disse que tem legitimidade para a função e todas as outras do cargo. O deputado negou acordo para ser blindado na CPI da Petrobras e no Conselho de Ética, que deve iniciar na próxima semana a discussão sobre quebra de decoro parlamentar. De acordo com ele, não é necessário apoio do PMDB para a defesa e sim “provar o contrário do que acusam para que possa a maioria do Conselho e do plenário se satisfazer com as defesas que vão ser feitas”. “Não é uma situação política, é técnica”, disse. Cunha se recusou a comentar as recentes denúncias contra ele, como comprovação da existência de contas na Suíça, e novas delações sobre recebimento de propina. Ele se limitou a dizer que seus advogados estão pedindo informações devidas e que vale o conteúdo da nota à imprensa emitida por ele na sexta-feira. No texto, o deputado critica a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem acusa de “vazar maciçamente supostos trechos de investigação” a fim apenas de desestabilizar a gestão de Cunha e sua “imagem de homem público”. O deputado não explicou, contudo, as movimentações financeiras. DA REDAÇÃO Relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) disse que vai apresentar até o fim do mês à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um parecer que acaba com todas as formas de financiamento de empresas de campanhas políticas e também de partidos. Embora siga a linha do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, no mês passado, considerou inconstitucional uma lei que permitia a doação de pessoas jurídicas, a manifestação de Lira vai na contramão do que foi aprovado pelos deputados. Em agosto, eles haviam permitido a doação das empresas às agremiações partidárias. O parecer de Lira deve gerar um novo foco de atrito entre a Câmara e o Senado. Há duas semanas, deputados fizeram questão de não dar quórum na sessão do Congresso marcada para votar vetos presidenciais, alegando, entre outros motivos, o fato de os senadores não terem acelerado a votação da PEC. O presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, chegou a defender a apreciação da proposta. (Com Agência Estado) BRASKEM PETROQUÍMICA LTDA CNPJ: 04.705.090/0005-09 DOCUMENTO DE AVERBAÇÃO BRASKEM PETROQUÍMICA LTDA torna público que recebeu do Instituto Estadual do Ambiente - INEA, o DOCUMENTO DE AVERBAÇÃOAVB002846, que averba a LO nº IN027517, com validade até 15 de julho de 2018. (Processo nº: E-07/200140/2008). Secretaria de Portos PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO ATA DA 622ª (SEXCENTÉSIMA VIGÉSIMA SEGUNDA) REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO CNPJ 42.266.890/0001-28 NIRE 3330008080-5 Aos vinte e um dias do mês de setembro do ano dois mil e quinze, às nove horas e trinta minutos, na sala de Reuniões da Presidência, situada no quarto andar do escritório central da Companhia Docas do Rio de Janeiro, na Rua Acre número vinte e um, realizou-se a Sexcentésima Vigésima Segunda Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, sob a Presidência da Economista Rita de Cássia Vandanezi Munck representante da Secretaria de Portos - PR, e contando com a presença dos seguintes Conselheiros: Alexandre Porto Gadelha - Diretor Presidente da CDRJ; Luiz Antônio Correia de Carvalho - representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Milton Ferreira Tito - representante dos Empresários e Sergio Magalhães Giannetto - representante dos Trabalhadores. Foi registrada a participação de Daniel Sigelmann representante do Ministério dos Transportes por vídeoconferência conforme previsto no (VWDWXWR 6RFLDO 5HJLVWURXVH WDPEpP D DXVrQFLD LQMXVWL¿FDGD GH 0DUFR$QW{QLR 9D] Capute - representante dos Acionistas Minoritários - Governo do Estado do Rio de Janeiro. Iniciados os trabalhos, passou-se ao Item 2.0 - ORDEM DO DIA. Subitem 2.1 - Eleição e Posse de Membros da Diretoria Executiva da CDRJ. De acordo com as indicações contidas nos Ofícios nºs 1883/2015/SEP-PR, datado de 16/09/2015 e 1889/2015/SEP/PR, de 11/09/2015 e com o que prevê o Inciso XIII, do Artigo 20 do Estatuto Social da CDRJ, foram submetidos à deliberação do Conselho os seguintes nomes: Diretor de Engenharia e Gestão Portuária Guilherme Carvalho de Souza em substituição a Heraldo da Costa Kremer; Diretor de Planejamento e Relações Comerciais Albert dos Santos de Oliveira em substituição a Cláudio de Jesus Marques Soares. Desta forma, foram eleitos e empossados por unanimidade os membros da Diretoria Executiva da Companhia conforme indicados e assinados os Termos de Posse, Termos de Adesão ao Código de Conduta da Alta Administração Federal, Termo de Declaração e a Declaração de Desempedimento. Os empossados prestam o compromisso de bem e lealmente exercer as aludidas funções, declarando que não estão condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, FRQFXVVmRSHFXODWRRXFRQWUDDHFRQRPLDSRSXODUFRQWUDRVLVWHPD¿QDQFHLURQDFLRQDO contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. O Conselho registra seu agradecimento aos serviços prestados pelos diretores ora substituídos. Desta forma, foi expedida a seguinte deliberação: “COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DELIBERAÇÃO Nº 008/2015/CONSAD/CDRJ O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO (CDRJ), no uso da atribuição que lhe confere o Inciso XIII, Artigo 20 do Estatuto Social, e considerando o deliberado na 622ª (Sexcentésima Vigésima Segunda) ReuniãoExtraordinária, realizada em 21 de setembro de 2015, D E L I B E RA: Art. 1º - Eleger os seguintes membros da Diretoria Executiva da Companhia Docas do Rio de Janeiro, para completar o período de gestão de seu antecessor, a se encerrar em abril de 2017, de acordo com a indicação da Secretaria de Portos da Presidência da República, com esta composição: Diretor de Engenharia e Gestão Portuária Guilherme Carvalho de Souza, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado à Rua Professor Sylvio D’Avila nº 67 – Freguesia – Rio de Janeiro – RJ, portador da Carteira de Identidade nº 05845298-8 e do CPF nº 800,374.887-91 e Diretor de Planejamento e Relações Comerciais Albert dos Santos de Oliveira, brasileiro, divorciado, administrador, residente e domiciliado à Rua Murilo Portugal nº 76 apto 701 – Charitas - Niterói – Rio de Janeiro – RJ, portador da Carteira de Identidade nº 08449360-0 e do CPF nº 013.352.137-08. Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2015. RITA DE CÁSSIA VANDANEZI MUNCK Presidente do Conselho de Administração”. Subitem 2.2 – Nomeação de Membro do Conselho de Administração da CDRJ. O Conselho deliberou pelo adiamento da decisão. Os Conselheiros representantes dos trabalhadores e dos empresários sugerem que o melhor para a Companhia seria a indicação do Diretor Presidente como Conselheiro com as devidas restrições de participação previstas no Estatuto. Item 3.0 - ASSUNTOS GERAIS. Subitem 3.1 - A próxima reunião ordinária do Conselho de Administração está prevista para o dia 25/09/2015, às nove horas. Passada a palavra aos demais Conselheiros e como nada mais houvesse a ser dito, deu por encerrados os trabalhos às onze horas e dez minutos, tendo sido lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, segue assinada por todos os presentes. RITA DE CÁSSIA VANDANEZI MUNCK Presidente do CONSAD ALEXANDRE PORTO GADELHA Diretor-Presidente da CDRJ LUIZ ANTONIO CORREIA DE CARVALHO Representante do MP DANIEL SIGELMANN Representante do Ministério dos Transportes MILTON FERREIRA TITO Representante dos Empresários SERGIO MAGALHÃES GIANNETTO Representante dos Trabalhadores JULIANA RODRIGUES FONSECA Secretária de Órgãos Colegiados