A ESPIRITUALIDADE
nos módulos da Ecafo
Jesus Cristo
Evangelização
Pobres
Escola = sugere aprendizagem, inter-relação,
inter-dependência, educação, reciprocidade.
Capacitação: desenvolver capacidades (grande
desafio e nova maneira de conceber a
educação e o trabalho
com os Pobres)
Há um convite em olhar diferentemente a
educação. No pensamento clássico, educação
sempre significou o transmitir o saber a outra
pessoa.
(mitos de Paulo Freire)
É como que existisse uma pessoa que sabe e a
outra que não sabe. A pessoa que sabe vai
então “ensinar” aquela que não sabe.
A educação, dentro de um processo de
mudança sistêmica, é pensada em termos de
reciprocidade – é um “ir e vir”; “um ensinar” e
ao mesmo tempo “um aprender”.
Por isso, a educação deve ser pensada como
sendo uma relação entre educador/educando,
como relação de reciprocidade.
A relação entre educador/educando ou a
relação entre benfeitor/beneficiário, no
processo de mudança sistêmica ou mudança de
estrutura deve ser fundamentada na
reciprocidade – é um “ir e vir”.
É preciso tomar uma nova consciência de que
apesar da situação de pobreza, as pessoas têm
algo a oferecer.
Não se deve olhar aquilo que falta às pessoas
mas sim olhar as capacidades que essa pessoa
tem para serem desenvolvidas.
No trabalho de erradicação da pobreza ocorre a mesma
situação em relação à educação.
No pensamento clássico, sempre se olhou a pobreza
como se olhou a relação entre educador/educando: um
ensina e outro aprende!
Com a pobreza acontecia a mesma coisa: as pessoas
olhavam o que faltava para os Pobres e davam aquilo
que a eles faltavam.
O trabalho para erradicar a pobreza, dentro de
uma visão de mudança sistêmica, toma nova
direção: o trabalho para erradicar a pobreza
consiste em ver a pobreza e desenvolver as
capacidades dos Pobres.
Tem a tarefa de descobrir as suas capacidades
e desenvolvê-las.
É a mesma coisa que deve fazer a educação:
identificar e desenvolver as capacidades dos
outros.
Ela não tem a função de transmitir
conhecimento mas de desenvolver
capacidades.
Mudam também as relações: A relação entre
educador/educando ou a relação entre
benfeitor/beneficiário, no processo de
mudança sistêmica ou mudança de estrutura
deve ser fundamentada na reciprocidade – é
um “ir e vir”.
É preciso tomar uma nova consciência de que
apesar da situação de pobreza, as pessoas têm
algo a oferecer.
Não se deve olhar aquilo que falta às pessoas
mas sim olhar as capacidades que essa pessoa
tem para desenvolver;
Muda a noção de justiça. O pensamento
clássico fala muito em justiça distributiva ou
também da justiça redistributiva.
Quando se pensa em pobreza, logo se pensa
nos ricos e nos pobres. A separação entre eles,
nesse caso, é porque não há justiça
distributiva.
No pensamento de mudança sistêmica ou
mudança de estrutura, não se fala mais em
justiça distributiva ou redistributiva mas sim
em justiça contributiva ou seja, não se fala
mais em distribuição mas em contribuição.
Cada pessoa tem algo a contribuir.
Muda-se também a maneira de fazer a
avaliação. No pensamento clássico, a avaliação
segue a dinâmica de “avaliar resultados”. Se o
aluno é bom, tem nota 10. Esse é o resultado
final.
No processo de mudança sistêmica, não se
pensa no resultado final. O mais importante é o
desenvolvimento do resultado; o importante é
o processo, o desenrolar dos acontecimentos...
O processo de mudança sistêmica ou de
mudança de estruturas propõe uma nova
maneira de avaliar as situações de
pobreza. Ver o que há de novo, ver o que
emergiu a partir da ação que realizamos.
Sabemos que “avaliar” é dar valor; e, com isso, fazer
emergir um novo valor.
Por isso é necessário uma mudança de linguagem na
questão de servir e evangelizar os Pobres.
E em relação à espiritualidade?
Podemos dizer que a capacitação
espiritual consiste em desenvolver as
“experiências” para com Deus.
Por isso, ela deve estar presente em
todos os módulos de capacitação.
Nosso apostolado, segundo Frederico
Ozanam e Vicente de Paulo é fazer o
mesmo que Jesus fazia.
Evangelizar os Pobres por palavras e
ações – praticar o amor a Deus por meio
do serviço ao Pobre.
O termo espiritualidade vem de “espírito”.
O ser humano é um ser espiritual.
O homem e a mulher possuem um
espírito
Com ele, homem e mulher, são
algo mais do que
a vida biológica
É uma das especificidade que
distingue o ser humano dos outros
animais.
No sentido Bíblico, “espírito” não se opõe à
matéria, nem ao corpo, nem àquilo que é
mau.
“Espírito” simplesmente é vida, é ação, é
força, é liberdade.
“Espírito” é o que dá vida à realidade, o que
impele, que lança ao desafio e ao
crescimento.
A espiritualidade acontece em nossa vida quando
passamos:
da doutrina para a experiência,
da palavra para o sentimento e
da cabeça para o coração
Dessa forma, Deus está em todo o nosso ser.
Não apenas na inteligência, nem só na imaginação ou sequer
no coração.
Assim:
Espiritualidade é o ideal, a
esperança, a utopia, a paixão;
Espiritualidade é expressão da
mística pela qual a pessoa humana
vive e luta, que segue em frente,
que se constrói, aquilo com o qual
a pessoa se contagia no dinamismo
da VIDA!
A espiritualidade é o dinamismo que move a
nossa vida:
são as motivações maiores,
são as motivações mais profundas,
são as motivações últimas.
Perder a espiritualidade é embrutecer-se.
É deixar de ser humano.
Assim, cada pessoa deve procurar enriquecer a sua espiritualidade.
Quanto mais humanos somos tanto mais nos tornamos divinos.
A espiritualidade deve abranger todas
as dimensões do ser de uma pessoa.
Pensando assim, podemos dizer que a
espiritualidade abrange alma e corpo,
pensamento e vontade,
sexo e fantasia,
palavra e ação,
interioridade e comunicação,
contemplação, luta, gratuidade, compromisso.
É aquilo que podemos chamar de dinamismo.
Espiritualidade Cristã
Qual é o seu fundamento?
A espiritualidade cristã
está centralizada
no grande mistério da
encarnação, vida,
morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
A espiritualidade cristã é, por definição, a
espiritualidade de Jesus Cristo, segundo seu
espírito.
Sua opção – nossa opção
Suas atitudes – nossas atitudes
Sua práxis – nossa práxis.
Esta espiritualidade deve ser o
referencial
na vida de todos(as) os(as)
cristãos(ãs).
É dela que brotam todas as
espiritualidades particulares e
todas estas devem novamente
convergir para a fonte,
caso contrário corre-se o risco de
não ser uma espiritualidade cristã.
A partir desta espiritualidade que é comum a
todos os cristãos e cristãs,
encontramos também
“espiritualidades específicas” que privilegiam
certos valores do Evangelho.
Por exemplo:
São Francisco de Assis – A pobreza, a natureza... “Meu
irmão sol, minha irmã lua...”
Movimento dos Focolares – Chiara Lubic – Unidade de
todas as pessoas em torno de Cristo
RCC – Renovação Carismática Católica – Louvor a Deus
/ Oração
Tantas outras espiritualidades existentes...
µ
Espiritualidade vicentina
Uma
espiritualidade
que emerge
do contato com
o Pobre
Formação Espiritual:
Espiritualidade Vicentina
Formação Básica
Formação das Diretorias Família Vicentina
Formação Missionária
Formação Bíblica
Doutrina Social da Igreja
Formação dos Presidentes Vicentinos
Capacitação dos Funcionários de Unidades Vicentinas
Conferências de Crianças e adolescentes
Formação da Juventude
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