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BIO/EXATAS E HUMANAS
1. (FUVEST) – “Disse o sabiá à flauta:
Eu, tu e o artista _________ de modo diferente; mas o artista e tu
_________ de modo igual. Portanto, entre __________ e __________
há uma grande diferença.”
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do
hipotético texto acima:
a) cantam, cantais, mim, tu;
b) cantemos, cantam, eu, ti;
c) cantamos, cantas, eu, tu;
d) cantamos, cantais, mim, ti;
e) cantais, cantam, eu, você.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
2. (FUVEST) – A única frase em que a concordância verbal está
adequada à norma escrita culta é:
a) As propostas dos candidatos à Presidência da República do Brasil
não deve afetar a vida dos professores.
b) Não se conseguiu ainda explicar por que a maioria dos candidatos
ao cargo de gerente apresentaram-se tão inseguros.
c) Naquela região da cidade, não se aluga quartos para estudantes nem
se hospedam casais com filhos pequenos.
d) Haviam, naquela floresta, espécies preciosas de plantas medicinais
e ornamentais, como as bromélias.
e) Era proibido, naqueles tempos, a troca de idéias sobre os
procedimentos adotados pelos superiores.
RESOLUÇÃO:
Em a, devem; em c, alugam; em d, Havia; em e, proibida.
Resposta: B
3. (UNIV. DE CUIABÁ) – Sobre concordância verbal, a regra geral
diz que o sujeito deve concordar com o verbo, porém há casos em que
o sujeito simples nos leva à concordância por influência da forma ou,
por vezes, do significado.
Marque a única alternativa que só admite uma concordância.
a) Quais de nós sabíamos disso tudo?
b) A maioria dos alunos participou da festa junina.
c) Mais de um atleta se ofenderam durante o jogo.
d) Metade dos candidatos não trouxe lápis.
e) A maioria dos candidatos apresentaram bons resultados.
RESOLUÇÃO:
Emprega-se o verbo no plural quando na expressão “mais de um” houver
idéia de reciprocidade.
Resposta: C
4. Considerando as informações das questões anteriores, coloque C
(certo) ou E (errado) nas frases abaixo:
a) O técnico lhes informou de que houve falhas. ( )
b) O técnico as informou de que houve falhas. ( )
c) O técnico lhes informou que houve falhas. ( )
d) O técnico nos informou de que houve falhas. ( )
e) O técnico nos informou que houve falhas. ( )
RESOLUÇÃO:
a) E
b) C
c) C
d) C
e) C
5. (FUVEST) – Gostaria de informar _______ pais _______ a direção
da escola não autorizou _______ turmas da 7.a série ________
assistirem ________ exibição do filme por julgá-lo inadequado
________ faixa etária dos alunos.
Os espaços desta frase serão corretamente preenchidos por.
a) aos, de que, às, a, a, à.
c) aos, que, as, a, à, à.
e) aos, que, às, à, a, à.
b) os, que, as, a, a, à.
d) os, de que, às, a, a, a.
RESOLUÇÃO:
Resposta: C
6. (CÁSPER LÍBERO) – Qual dos textos abaixo possui erro de
regência verbal?
a) “Chegou na porta da casa e cantou feito pássaro.” (Mário de
Andrade)
b) “Vamos escrever à Don' Ana do Janjão, da Panela Cheia!”
(Guimarães Rosa)
c) “(...) enquanto enfastiado assistes ao dia perseverar no câncer, no
pó, no costume, no mal dividido (...).” (Carlos Drummond de Andrade)
d) “E tolamente ele agia, falava, confuso e apressado em obedecerlhe.” (Clarice Lispector)
e) “Vou lá ao casamento dessa mulher!” (Nelson Rodrigues)
RESOLUÇÃO:
“Chegou à porta...”
Resposta: A
7. (ESPM) – Assinale a única frase cuja regência verbal esteja
correta segundo a norma culta:
a) Não somos candidatos mas sabemos como agradar nosso eleitorado.
Sky, TV sem limites.
b) A perda do cartão de consumo implica numa multa de R$ 500,00.
c) A diretoria custou a perceber os verdadeiros problemas da equipe.
d) Novo Mercedes-Benz Classe C. A sinalização vai obedecer você.
e) Segundo pesquisas, as brasileiras preferem os morenos aos loiros.
RESOLUÇÃO:
Em a, agradar a nosso eleitorado; em b, implica uma multa; em c, custou à
diretoria perceber; em d, obedecer a você.
Resposta: E
8. (BELAS ARTES) – Em que caso a lacuna ficará adequadamente
preenchida com a forma entre parênteses?
a) Meu filho, proíbo-__________ de sair sem minha licença. (lhe)
b) Quando você me visitar, eu ___________ contarei tudo em
detalhes. (te)
c) Deixe-_________ falar, por favor! (lhe)
d) Depois de banhar o menino, cortei-_________ as unhas. (lhe)
e) Logo que o aluno entrou no gabinete, o Diretor mandou_____________ sentar. (lhe)
RESOLUÇÃO:
Em a, o; em b, lhe (você); em c, o; em e, o.
Resposta: D (lhe = suas = adj. adnominal)
9. (FAC. INTEGRAÇÃO) – " ...e se esparramou entre atletas e
dirigentes... "
Na linguagem cotidiana há uma certa liberdade na utilização dos
pronomes, entretanto na linguagem escrita formal deve-se tomar
cuidado para que não se cometam erros em relação à colocação
pronominal.
Considere as seguintes frases:
I. Em se confirmando nossa vitória, faremos uma festa.
II. Calei-me para não o magoar.
III.Me parece que a pessoa cuja carteira encontrei não mora aqui.
IV. Encontrar-te-ei amanhã para discutirmos as novas propostas do
sindicato.
V. Nossos escritores talvez filiem-se ao novo estilo.
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Assinale:
a) Se todas estiverem corretas.
b) Se I, II e III estiverem corretas.
c) Se I, II, IV e V estiverem corretas.
d) Se I, II e IV estiverem corretas.
e) Se II, III e IV estiverem corretas.
RESOLUÇÃO:
A alternativa III está errada, pois não se começa oração com pronome
átono; na alternativa V, o pronome se deveria estar antes do verbo por
causa do advérbio talvez.
Resposta: D
10.(UNICENTRO) – Observe os períodos abaixo:
I. Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
II. Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
III.Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
IV. Falaria-me tudo, se eu fizesse pressão.
V. Dar-lhe-emos novas oportunidades.
VI.Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
A alternativa em que os períodos estão corretos, quanto à colocação
dos pronomes oblíquos átonos, é:
a) I, IV, V e VI
b) I, II e III.
c) I, II, IV e VI.
d) II, III, V e VI.
e) III, IV e V.
RESOLUÇÃO:
Em I, o pronome indefinido quem atrai o pronome átono nos para antes do
verbo; em IV, com o futuro do pretérito, o pronome átono me fica no meio
do verbo (mesóclise): falar-me-ia.
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
Texto para o teste 12.
O VERBO NO INFINITO
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer,
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
Texto para o teste 11.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
Com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunho a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade.
(Murilo Mendes)
11. (UNIFEI-MG – adaptado) – A descrição do Brasil feita por Murilo
Mendes provoca estranhamento, porque
a) evoca elementos típicos do Brasil, os quais não são devidamente
valorizados pela população.
2–
b) testemunha o antinacionalismo do autor.
c) valoriza unicamente os aspectos naturais, como as árvores e frutas
nativas, criticando a produção cultural brasileira.
d) exalta os valores nacionais e afirma que a dependência econômica
impede que os brasileiros usufruam das riquezas naturais que o país
oferece.
e) cria paradoxos, uma vez que os elementos caracterizadores do
Brasil são, em sua maioria, provenientes do estrangeiro.
(Vinícius de Moraes)
12.A respeito do texto, leia as afirmações seguintes.
I. (
) O fato de todos os verbos se encontrarem no infinitivo
lança a ação para além do tempo, para o ciclo dinâmico da eternidade.
II. (
) Sintaticamente, o poema estrutura-se pela vírgula e
ponto-e-vírgula (próprios para expressar o fluxo da ação) e pelo
polissíndeto, que acentua esse fluxo, conferindo-lhe ritmo, intensidade,
circularidade.
III.(
) A mensagem do poema estrutura-se pela sucessão de ações
que se complementam e pela oposição entre a finitude do viver e a
infinitude do morrer.
IV. (
) O texto demonstra que, após a iconoclastia caractrística
do primeiro momento modernista, houve a retomada e a revalorização
das formas clássicas, que ressurgem especialmente a partir da segunda
fase modernista.
Estão corretas as seguintes afirmações:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
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d) abandona de todo os pressupostos teóricos do Realismo do século
XIX, buscando as causas do comportamento humano mais no
individual do que no social.
e) procura fazer do romance a anotação fiel e minuciosa da nova
realidade urbana do Nordeste.
Texto para o teste 13.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
(Cecília Meireles)
13.(MACKENZIE-SP – modificado) – Assinale a alternativa incorreta sobre a estrofe anterior.
a) “Vento” é um termo metafórico, sem correspondente expresso e
pode ter várias interpretações.
b) No verso 2, o par gozo/tormento constitui uma antítese.
c) O interlocutor tem o papel de depositário de uma confidência lírica.
d) Os versos 1 e 3 confluem na rima e no significado dinâmico de tudo
que passa.
e) A apóstrofe expressa no verso 4 confirma o vazio emocional, já
anunciado no verso 2.
RESOLUÇÃO:
Não há apóstrofe no verso 4 (apóstrofe é um vocativo dirigido a um ser
geralmente ausente), nem se pode inferir qualquer “vazio emocional” do
verso 2.
Resposta: E
14.Nós, no Brasil, queremos, acima de tudo, nos encontrar com o
povo, que andava perdido. E podemos dizer que encontramos este povo
fabuloso, espalhado nos mais distantes recantos de nossa terra. O
romance de nossos dias está todo batido nesta massa, está todo
composto com a carne e o sangue de nossa gente.
(José Lins do Rego)
De acordo com o texto e com seus conhecimentos acerca do
regionalismo, pode-se dizer que este
I. se caracterizou pelas denúncias sociais;
II. pretendeu ser um documento da realidade brasileira;
III.inseriu nos romances o homem das camadas menos favorecidas
como protagonista;
IV. tratou das relações entre o homem e o meio social e natural.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) todos os itens.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
15.(F. C. CHAGAS-SP) – O romance regionalista nordestino que
surge e se desenvolve a partir de 1930, aproximadamente, pode ser
chamado “neo-realista”. Isso se deve ao fato de que esse romance
a) retoma o filão da temática regionalista, descoberto e explorado
inicialmente pelos realistas do século XIX.
b) apresenta, por meio do discurso narrativo, uma visão realista e
crítica das relações entre as classes que estruturam a sociedade do
Nordeste.
c) tenta explicar o comportamento do homem nordestino, com base
numa postura estritamente científica, pelos fatores raça, meio e
momento.
RESOLUÇÃO:
A prosa modernista da geração dos anos 30 teve como principal
característica o regionalismo, focalizando a difícil condição de vida no meio
rural do Nordeste brasileiro. Na segunda geração modernista, o
regionalismo ganha caráter ideológico, voltando-se para o conflito de
classes, a denúncia da miséria e do sistema latifundiário, a seca, o
jaguncismo e o misticismo. Propunha-se, assim, uma literatura empenhada
e realista na denúncia dos entraves culturais e sociais da realidade
nordestina.
Resposta: B
16.(PUCCamp-SP) – O conhecimento de romances como Vidas
Secas, São Bernardo ou Angústia permite afirmar sobre Graciliano
Ramos que
a) sua grande capacidade fabuladora e o tom lírico de sua linguagem
servem a uma obra dominada pelo impulso, em que se mesclam
romantismo e realismo, poesia e documento.
b) sua obra transcende as limitações do regional ao evoluir para uma
perspectiva universal, ao mesmo tempo que sua expressão parte para
o experimentalismo e para as invenções vocabulares inovadoras.
c) sua obra, preocupada em fixar os costumes e as falas locais do meio
rural e da cidade, é um registro fiel da realidade nordestina, quase um
documentário transfigurado em ficção.
d) sua obra, toda condicionada pela realidade humana e social de uma
árida região de coronéis e cangaceiros, apresenta uma narrativa linear,
mas de linguagem exuberante, própria dos grandes contadores de
histórias.
e) tanto o enfoque trágico do destino do homem ligado às raízes
regionais quanto a análise dos conflitos existenciais do homem urbano
conferem uma dimensão universal à sua obra.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
17.(PUC-SP) – Dos enunciados abaixo, indique aquele que não condiz
com as características de Fabiano, personagem de Vidas Secas, de
Graciliano Ramos.
a) Era vaqueiro, via-se mais como bicho do que como homem, as
pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia
um macaco.
b) Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais, tinha um
vocabulário pequeno e falava uma língua cantada, monossilábica e
gutural.
c) Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos
ruivos, vivia em terra alheia e cuidava de animais alheios.
d) Era bruto, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Violento,
não respeitava o governo e odiava Seu Tomás da bolandeira, homem
que falava bem, lia livros e sabia onde tinha as ventas.
e) Tinha vindo ao mundo para amansar brabo, curar feridas com rezas,
consertar cercas de inverno a verão, cortar mandacaru e ensebar
látegos.
RESOLUÇÃO:
Não procede a afirmação de que Fabiano “não respeitava o governo”. Era
bruto, não sabia explicar-se, era um excluído social, revoltado contra si
mesmo e contra seu universo. Mas respeitava o governo, e o capítulo
“Soldado Amarelo” explicita essa submissão. Tendo à sua mercê, em plena
caatinga, sem qualquer testemunha, o agente do governo que, por puro
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arbítrio, havia prendido, espancado e humilhado o retirante. Fabiano
contém o gesto de esfaquear o Soldado Amarelo porque o associa ao
governo, ao poder. Sabia que o adversário era fraco como homem, mas,
como agente de uma instituição poderosa e onipresente, temia-o, pois já
havia sentido, no episódio dos fiscais que o multaram e quase confiscaram
seus porcos, a força do governo. E Fabiano não se esquecera do episódio dos
fiscais. Por fim, é incorreto afirmar que Fabiano odiava Seu Tomás da
Bolandeira; ao contrário, Fabiano admirava-o.
Resposta: D
18.(MACKENZIE-SP) – Assinale a alternativa correta sobre
Guimarães Rosa.
a) Autor de temática regionalista, recupera não só a linguagem concisa
e coloquial de Graciliano Ramos, como também sua visão de mundo.
b) Rompe com a tradição regionalista brasileira e substitui o registro
da fala popular do sertanejo por expressões poéticas mais próximas da
língua culta.
c) Sua ficção apóia-se numa linguagem de sintaxe linear e lógica, mais
adequada para a recriação do ambiente simples e pobre do sertanejo.
d) Autor da terceira geração modernista, produziu obra em que
aspectos regionalistas ganham sentido mais amplo, universalizandose.
e) Sua obra destaca-se pelo registro fiel da fala popular do migrante
nordestino que busca a sobrevivência nas grandes cidades.
RESOLUÇÃO:
Regionalismo universal é a expressão habitualmente aplicada à obra de
Guimarães Rosa, para distingui-la do regionalismo propriamente dito que
marcou o romance brasileiro antes do advento de sua obra extraordinária,
na qual a linguagem, originalíssima, nasce da estilização de falares
regionais misturados com elementos eruditos, arcaicos ou moldados em
construções de línguas estrangeiras, clássicas e modernas, próximas e
distantes.
Resposta: D
19.(FATEC-SP – modificado) — Considere as afirmações abaixo
sobre a poesia de João Cabral de Melo Neto.
I. Trata-se de uma poesia regionalista que procura denunciar a
realidade subdesenvolvida do sertão e, nesse sentido, emprega recursos
de linguagem afinados com o romance regionalista de 30.
II. Implica a retomada dos ideais parnasianos, em função dos abusos
cometidos pela poética dos primeiros anos modernistas, que
abandonaram o verso metrificado e os assuntos nobres da poesia.
III.Recusa-se a idealização da realidade cotidiana, realidade essa que
lhe serve como motivo para refletir sobre sua poética.
Deve-se concluir que
a) somente I é correta.
b) somente II é correta.
c) somente III é correta.
d) somente I e II são corretas.
e) são corretas I, II e III.
RESOLUÇÃO:
Em I, definir a poesia de João Cabral como “regionalista” é ater-se a apenas
uma das vertentes das “Duas Águas” (a poesia social e a poesia de
“construção”) em que o próprio poeta dividiu, grosso modo, sua obra. Se
em O Cão sem Plumas, O Rio e Morte e Vida Severina avulta a nota
nordestina e social, a denúncia do subdesenvolvimento e a aproximação com
o romance regionalista, de feição neo-realista, especialmente com Graciliano
Ramos, há outras direções, também relevantes: o fazer poético (Psicologia
da Composição, A Fábula de Anfion), a Espanha, as artes plásticas etc. É
uma limitação abusiva do âmbito temático da poesia cabralina.
Em II, João Cabral nada tem a ver com o “reacionarismo estético” de seus
contemporâneos da denominada Geração de 45. Ao contrário, apesar do
rigor, da construção “cerebral”, a forma do poeta pernambucano não tem
parentesco com as formas fixas, com a rigidez dos sonetos e da métrica
convencional. Embora reaja contra o “espontaneísmo” de algumas criações
4–
modernistas da Primeira Fase, retoma e aprofunda o sentido de liberdade
formal e de pesquisa estética da “Fase Heróica”.
Quanto à III, de fato a recusa à idealização da realidade cotidiana não
impede a utilização dessa realidade nos textos de metapoesia (“Catar
Feijão”, “Antiode”).
Resposta: C
20.(PUCCamp-SP – modificado) – São as seguintes as características
básicas da Poesia Concreta:
a) a unidade poética deixa de ser a palavra e passa a ser o verso; buscase adequação da forma poética às características do mundo moderno.
b) a palavra é explorada quanto aos aspectos semântico, sintático,
sonoro e gráfico (visual); o espaço em branco do papel passa a integrar
o significado do poema.
c) cada palavra refere-se às palavras circunvizinhas verbal, vocal ou
visualmente; respeita-se a distribuição linear da linguagem.
d) evita-se o imediatismo da comunicação visual; utilizam-se cores,
tipos diferentes de letras, recursos de outras artes e linguagens.
e) o poema é uma aventura de palavras no espaço; defende-se uma
poesia a serviço da manifestação da pura subjetividade.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
Os testes 21 e 22 referem-se ao texto abaixo transcrito:
A FLOR E A NÁUSEA
1
2
3
4
5
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
6
7
8
9
10
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
11
12
13
14
Em vão me tento explicar; os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
15
16
17
18
19
20
21
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
(Carlos Drummond de Andrade, in A Rosa do Povo)
21.(UNIP-SP – adaptado) – As estrofes que transcrevemos, do início
do poema “A Flor e a Náusea”, permitem-nos afirmar corretamente
que:
a) o poeta retoma o sentimentalismo romântico para afirmar a
necessidade de evasão do mundo e da realidade.
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b) a presença de termos como “enjôo” (v. 4), “fezes” (v. 8) e “vomitar”
(v. 15) revela a filiação de Drummond à prosa naturalista do final do
século XIX.
c) o “eu” que se expressa no poema se revolta diante do “tempo sujo”
em que vive, observando criticamente o mundo e a si mesmo.
d) o humor corrosivo e a alegre irreverência lembram os “poemaspiada” da primeira fase do Modernismo brasileiro.
e) a atitude de distanciamento da vida e de recusa do cotidiano banal
evidenciam uma aproximação com o Parnasianismo.
— ...de todo o mal. Amém.
A Aída levantou-se e foi espantar as moscas do rosto do anjinho.
Cinco. Seis.
O violão e a flauta recolhendo de farra emudeceram respeitosamente na calçada.
RESOLUÇÃO:
As estrofes iniciais de “A Flor e a Náusea”, poema antológico de A Rosa do
Povo, evidenciam algumas constantes temáticas do lirismo social de
Drummond, especialmente a alienação do homem aprisionado pela
civilização moderna e cosmopolita, e a opressão dos totalitarismos que, à
esquerda e à direita, marcaram os anos 1930-40. A sensibilidade lúcida do
poeta revela, já na primeira estrofe, a sua inserção em um mundo dividido
em classes sociais (“Preso à minha classe e a algumas roupas”) e a angústia
de uma vida mercantilizada (“Melancolias, mercadorias espreitam-me”).
“O tempo pobre, o poeta pobre / fundem-se no mesmo impasse”: esses versos
sintetizam a relação “eu/mundo” e antecipam as imagens contundentes de
tristeza e desalento de quem se sente na iminência de “vomitar” – a náusea
sartriana do homem contemporâneo.
Resposta: C
23.No texto acima, há uma aproximação entre a linguagem verbal e a
cinematográfica. O que justifica essa afirmação é:
a) o largo uso das elipses verbais.
b) a pontuação mais afetiva do que lógica.
c) a justaposição linear dos planos e o texto regido pela sintaxe da
continuidade.
d) o jogo de espaço e tempo das frases nominais.
e) o choque de planos independentes e o texto regido pela sintaxe da
descontinuidade.
22.(UNIP-SP – adaptado) – Assinale a única afirmação que não se
possa verificar no texto, ou que seja incorreta.
a) O verso 2 configura uma antítese que ressalta, pelo contraste
“branco” x “cinza”, o isolamento do sujeito no mundo sombrio que o
cerca.
b) No verso 3, a aproximação entre “melancolias” e “mercadorias”
relaciona o psicológico e abstrato com o social e concreto, sugerindo
o desgosto do mundo mercantilizado.
c) Em “Olhos sujos no relógio da torre” (v. 6) e “os muros são surdos”
(v. 11), a expressividade das imagens decorre do emprego inusual dos
adjetivos, com o deslocamento de suas atribuições habituais.
d) Os versos livres, sem metrificação, e a ausência de rimas regulares
evidenciam a total despreocupação com o ritmo e com a sonoridade das
palavras, o que é uma constante em todos os poetas modernistas.
e) O verso 12 – “Sob a pele das palavras há cifras e códigos” – sugere
as limitações da própria linguagem utilizada em tempo de dificuldade
e opressão.
RESOLUÇÃO:
A ausência da métrica e da rima não significa “despreocupação com o ritmo
e com a sonoridade das palavras”, como diz a alternativa d. O texto
demonstra exatamente o contrário. Basta observar as freqüentes aliterações:
“Melancolias, mercadorias espreitam-me”, “O tempo pobre, o poeta pobre”,
por exemplo. É também incorreta a afirmação de que todos os poetas
modernistas tenham abandonado a preocupação com o ritmo e com a
sonoridade. Ao contrário, deu-se a incorporação de novos ritmos, de novas
sonoridades, por vezes ásperos e dissonantes, mas nem por isso menos
“musicais”.
Resposta: D
Texto para os testes de 23 a 25.
A negra de sandália sem meia principiou a segunda volta do terço.
— Ave Maria, cheia de graça, o Senhor...
Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos da Rua
Sousa Lima. Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche.
Garoava na madrugada roxa.
— ...da nossa morte. Amém. Padre Nosso que estais no Céu...
O soldado espiou da porta. Seu Chiarini começou a roncar muito
forte. Um bocejo. Dois bocejos. Três. Quatro.
(Antônio de Alcântara Machado, “O Monstro de Rodas”,
in Brás, Bexiga e Barra Funda)
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
24.No texto, há a interpenetração de espaços diferentes, dos quais um
se mantém fixo em relação aos demais. Isso se dá devido à:
a) sucessividade das cenas narradas.
b) simultaneidade dos acontecimentos.
c) linearidade dos episódios.
d) alternância dos pontos de vista.
e) ausência de lógica narrativa.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
25.Em “Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche” e “O
violão e a flauta recolhendo de farra emudeceram...”, a expressividade
é alcançada por:
a) metáfora / metonímia
b) silepse / elipse
c) metonímia / metonímia
d) anáfora / metonímia
e) contigüidade / metáfora
RESOLUÇÃO:
Resposta: C
Texto para as questões 26 e 27.
Antônio. Assim se chamava meu pai, vindo de Piracicaba, cidade
do interior de São Paulo. (…) Foi saco de pancada quando pequeno,
pois meu avô paterno levava ao exagero a filosofia do “quem dá o pão
dá o ensino”. No entanto nunca se referiu de maneira rancorosa a
esses castigos, nem achou necessário desforrar-se em mim do tanto
que havia apanhado. Quando as coisas não lhe agradavam, preferia
gargalhar num jeito muito seu, que lembrava bola de pingue-pongue
descendo lentamente uma escada. Duas vezes apenas botou de lado
esse tipo de reação.
(Mário Lago, Na Rolança do Tempo)
Considere as seguintes afirmações:
I. A frase “quem dá o pão dá o ensino” é a que apresenta marcas mais
visíveis do gênero narrativo, ao qual pertence o texto.
II. Em “nem achou necessário”, expressa-se juízo subjetivo do
narrador.
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III.A expressão “duas vezes apenas”, na última frase, aponta para
exceções que confirmam a validade de uma regra habitual formuladas
na frase anterior.
26.(FUVEST-SP) – Em relação ao texto, está correto o que se afirma
em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
RESOLUÇÃO:
A afirmação de que o pai “nem achou necessário desforrar-se em mim do
tanto que havia apanhado” é um juízo subjetivo do narrador, que julga
segundo o seu entendimento as intenções alheias. A regra habitual da
reação paterna era a gargalhada peculiar que o narrador descreve na
seqüência. A ressalva de que “duas vezes apenas” a regra foi quebrada não
invalida a caracterização do comportamento habitual, antes a reforça, pois
limita a quebra a um número proporcionalmente ínfimo de ocorrências:
“duas”.
Resposta: E
27.(FUVEST-SP) – O autor estabelece uma comparação entre
a) seu pai e seu avô, distinguindo o modo pelo qual cada um
extravasava a euforia.
b) seu pai e seu avô, buscando neles traços comuns de temperamento
e de personalidade.
c) a gargalhada de seu pai e a queda da bola de pingue-pongue, com
base nos estímulos visuais provocados por ambas.
d) a gargalhada de seu pai e a queda da bola de pingue-pongue, com
base no mesmo efeito cômico que ambas provocam.
e) a gargalhada de seu pai e a queda da bola de pingue-pongue, com
base em impressões de ritmo e de andamento.
RESOLUÇÃO:
A comparação entre a gargalhada entrecortada do pai e o ritmo e
andamento da queda da bola de pingue-pongue descendo lentamente a
escada é explícita no texto. Em a, não se trata de extravasamento de
“euforia”, mas de contrariedade; em b, o que está em foco não são as
semelhanças, mas as diferenças entre os temperamentos do pai e do avô; em
c, claramente não há qualquer relação com “estímulos visuais”; em d, nem
a gargalhada, nem a queda de uma bola de pingue-pongue podem ser
associadas a “efeito cômico”.
Resposta: E
Texto para as questões de 28 a 30.
O círculo de luz aumentou, agora as figuras surgiam na sombra,
vermelhas. Fabiano, visível da barriga para baixo, ia-se tornando
indistinto daí para cima, era um negrume que vagos clarões cortavam.
Desse negrume saiu novamente a parolagem mastigada.
Fabiano estava de bom humor. Dias antes a enchente havia coberto as marcas postas no fim da terra de aluvião, alcançava as catingueiras, que deviam estar submersas. Certamente só apareciam as
folhas, a espuma subia, lambendo ribanceiras que se desmoronavam.
Dentro em pouco o despotismo de água ia acabar, mas Fabiano
não pensava no futuro. Por enquanto a inundação crescia, matava
bichos, ocupava grotas e várzeas. Tudo muito bem. E Fabiano
esfregava as mãos. Não havia o perigo da seca imediata, que
aterrorizara a família durante meses. A catinga amarelecera,
avermelhara-se, o gado principiara a emagrecer e horríveis visões de
pesadelo tinham agitado o sono das pessoas. De repente um traço
ligeiro rasgara o céu para os lados da cabeceira do rio, outros
surgiram mais claros, o trovão roncara perto, na escuridão da meianoite rolavam nuvens cor de sangue. A ventania arrancara sucupiras
e imburanas, houvera relâmpagos em demasia – e sinha Vitória se
escondera na camarinha com os filhos, tapando as orelhas, enrolando-
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se nas cobertas. Mas aquela brutalidade findara de chofre, a chuva
caíra, a cabeça da cheia aparecera arrastando troncos e animais
mortos. A água tinha subido, alcançado a ladeira, estava com vontade
de chegar aos juazeiros do fim do pátio. Sinha Vitória andava
amedrontada. Seria possível que a água topasse os juazeiros? Se isto
acontecesse, a casa seria invadida, os moradores teriam de subir o
morro, viver uns dias no morro, como preás.
Suspirava atiçando o fogo com o cabo da quenga de coco. Deus não
permitiria que sucedesse tal desgraça.
(Graciliano Ramos, Vidas Secas)
28.Releia o contexto em que aparecem expressões como “figuras”, “da
barriga para baixo”, “negrume” e “parolagem”. Tais expressões
indicam uma tendência da prosa realista:
a) Suprir a pobreza da realidade com os dados do sonho.
b) Acrescentar à realidade as cores que lhe faltam.
c) Explorar as possibilidades da relação entre a parte e o todo.
d) Conferir ao mundo um caráter melancólico e sombrio.
e) Explorar as possibilidades do silêncio.
RESOLUÇÃO:
O que se afirma corretamente na alternativa c tem relação com o caráter
predominantemente metonímico da linguagem realista, em contraste com
o estilo metafórico da linguagem romântica.
Quanto às outras alternativas, pode-se ressaltar:
a) Não há dados do sonho.
b) Graciliano não pratica nenhuma poética de ornamentação.
d) Isto se reduz ao subjetivismo e ao impressionismo romântico.
e) Não, porque as imagens dizem respeito apenas a sensações visuais,
sensações de espaço.
Resposta: C
29.Assinale a alternativa correta.
a) A chuva colheu Fabiano desprevenido.
b) Fabiano não via a hora em que acabasse a chuva.
c) A chuva excessiva havia provocado horríveis pesadelos.
d) Fabiano pensava no que iria fazer depois de o perigo da seca ter
sido afastado.
e) A chuva durava já alguns dias.
RESOLUÇÃO:
a) O texto nada nos informa a respeito.
b) Não, pois a sensação provocada pela chuva era agradável.
c) O que havia provocado horríveis pesadelos era o medo da seca.
d) Não, pois no momento Fabiano não pensava no futuro.
Resposta: E
30.“A catinga amarelecera, avermelhara-se, o gado principiara a
emagrecer e horríveis visões de pesadelo tinham agitado o sono das
pessoas.” Todos os verbos dessa passagem estão no mesmo tempo.
Com isso o autor quer mostrar que:
a) os fenômenos referidos no trecho se deram simultaneamente aos
eventos antes mencionados, referentes à chuva.
b) os fenômenos da natureza são sempre as causas dos temores dos
nordestinos.
c) a natureza já vinha há algum tempo indicando sinais de chuva.
d) os fenômenos tinham ocorrido antes da chuva.
e) o passado condiciona o presente.
RESOLUÇÃO:
a) Ao contrário, o uso do mais-que-perfeito indica a anterioridade dos
fenômenos referidos.
b) Interpretação equivocada do trecho.
c) A natureza, ao contrário, vinha dando sinais de seca.
e) Afirmação vaga, sem sentido.
Resposta: D
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Texto para os testes 31 e 32.
Supunha que o cevado era dele. Agora se a prefeitura tinha uma
parte, estava acabado. Pois ia voltar para casa e comer a carne. Podia
comer a carne? Podia ou não podia? O funcionário batera o pé
agastado e Fabiano se desculpara, o chapéu de couro na mão, o
espinhaço curvo:
– Quem foi que disse que eu queria brigar? O melhor é a gente
acabar com isso.
Despedira-se, metera a carne no saco e fora vendê-la noutra rua,
escondido. Mas, atracado pelo cobrador, gemera no imposto e na
multa. Daquele dia em diante não criara mais porcos. Era perigoso
criá-los.
[...] Baixava a crista. Se não baixasse, desocuparia a terra, largarse-ia com a mulher, os filhos pequenos e os cacarecos. Para onde?
Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada!
(Graciliano Ramos, Vidas Secas.)
31.“– Quem foi que disse que eu queria brigar? O melhor é a gente
acabar com isso.”
Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição do trecho
acima para o discurso indireto.
a) Fabiano perguntou quem fora que dissera que ele queria brigar, o
melhor era eles acabarem com aquilo.
b) Fabiano perguntou quem foi que disse que ele queria brigar, o
melhor era eles acabarem com aquilo.
c) Fabiano perguntara quem fora que dissera que ele quis brigar, o
melhor era eles acabarem com isso.
d) Fabiano perguntou quem foi que disse que ele queria brigar, o
melhor seria eles acabarem com aquilo.
e) Fabiano perguntara quem fora que dissera que ele queria brigar, o
melhor seria eles acabarem com isto.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
32.Assinale a alternativa que apresenta exemplo de discurso indireto
livre.
a) “Supunha que o cevado era dele.”
b) “...Fabiano se desculpara, o chapéu de couro na mão, o espinhaço
curvo...”
c) “Despedira-se, metera a carne no saco e fora vendê-la noutra rua...”
d) “Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada!”
e) “Mas, atracado pelo cobrador, gemera no imposto e na multa.”
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
33.Só o fonógrafo, Zé Fernandes, me faz verdadeiramente sentir a
minha superioridade de ser pensante e me separa do bicho. Acredita,
não há senão a cidade, Zé Fernandes, não há senão a cidade.
(Eça de Queirós, A Cidade e as Serras.)
Assinale a alternativa cujo texto reproduz corretamente, em discurso
indireto, o trecho acima transcrito. Inicie por “Ele me afirmou que...”
a) só o fonógrafo te faz verdadeiramente sentir a tua superioridade de
ser pensante e te separava do bicho. Disse-te que acredita, não há senão
a cidade.
b) só o fonógrafo me fazia verdadeiramente sentir a minha
superioridade de ser pensante e me separava do bicho. Disse-me que
acredite, não há senão a cidade.
c) só o fonógrafo me faria verdadeiramente sentir a minha
superioridade de ser pensante e me separava do bicho. Disse-me que
acreditasse, não haveria senão a cidade.
d) só o fonógrafo o fazia verdadeiramente sentir a sua superioridade de
ser pensante e o separava do bicho. Disse-me que acreditasse que não
havia senão a cidade.
e) só o fonógrafo o faz verdadeiramente sentir a sua superioridade de
ser pensante e o separava do bicho. Disse-me que acredite, não havia
senão a cidade.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
34.(FGV) – Assinale a alternativa em que os trechos abaixo, reescritos,
preservam as relações de sentido expressas no original e apresentam
transposição para o discurso indireto de acordo com a norma culta. Só
que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer “esqueçam
tudo o que escrevemos”, se estivessem vivos. ...alguém diz “vamos
parar de discutir”.
a) Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer que
esquecêssemos tudo o que escreveram, se estivessem vivos / ...alguém
sugere que paremos de discutir.
b) Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer que:
esqueçam tudo o que escreveram, se estivessem vivos / ...alguém diz
que vamos parar de discutir.
c) Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer que
esqueçamos tudo o que escreveram, se estivessem vivos / ...alguém
pede que paramos de discutir.
d) Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer que se
esqueça tudo o que se escreveu, se estivessem vivos / ...alguém sugestiona que vamos parar de discutir.
e) Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer:
esqueça-se tudo o que foi escrito, se estivessem vivos / ...alguém indica
que paramos de discutir.
RESOLUÇÃO:
A transposição do primeiro trecho para o discurso indireto deve apresentar
o verbo da oração subordinada no imperfeito do subjuntivo, pois o verbo
da principal está no futuro do pretérito, indicando irrealidade. No segundo
trecho, como o verbo declarativo está no presente, o verbo da subordinada
se apresenta, corretamente, no presente do subjuntivo, indicando, no caso,
uma exortação.
Resposta: A
35.(CÁSPER LÍBERO) – É _____________________ o descaso dos
políticos em relação à infância desassistida. As iniciativas de caráter
social __________________ um governo indignado de um governo
apático. Com a ____________________ dos direitos autorais de seu
último livro, um escritor, que preferiu não se identificar, ofereceu
contribuições para uma eventual campanha de solidariedade. Seu gesto
é um incentivo aos projetos institucionais. O governo costuma
______________________ pedidos de verba para fins sociais.
Assinale a seqüência de palavras que completa corretamente o texto
acima.
a) fragrante, diferem, sessão, beneficentes, deferir.
b) flagrante, diferem, cessão, beneficientes, deferir.
c) flagrante, deferem, seção, beneficientes, diferir.
d) fragrante, diferem, sessão, beneficentes, diferir.
e) flagrante, deferem, cessão, beneficientes, deferir.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
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36.(FGV) – Assinale a alternativa correta quanto à relação
grafia/significado.
a) Para sonhar, basta serrar os olhos.
b) Receba meus comprimentos por seu aniversário.
c) A secretária agiu com muita discrição.
d) Seus gastos foram vultuosos.
e) Tinha ainda conhecimentos insipientes de Matemática.
RESOLUÇÃO:
"Com discrição" significa "de forma discreta, reservada, comedida". A
expressão foi empregada corretamente na alternativa c. Em a, serrar
significa "cortar"; o correto seria cerrar, que significa "fechar". Em b,
comprimentos refere-se a dimensão; o correto seria cumprimentos, que
significa "saudação". Em d, vultuosos significa "inchados"; o correto seria
vultosos, que significa "grandes, elevados"; em e, insipientes significa
"ignorantes"; o correto seria incipientes, que significa "iniciantes".
Resposta: C
37.(FGV) – Observe os destaques dos trechos seguintes:
Essa visão colide frontalmente com um dos esteios de uma sociedade.
Desde as primevas fontes culturais da sociedade ocidental.
Há uma condenação cabal do ócio.
A substituição dessas palavras destacadas mostra-se adequada ao
contexto, respectivamente, na seqüência:
a) vai ao encontro de – principais – completa.
b) choca-se contra – antigas – injusta.
c) vai de encontro a – primitivas – categórica.
d) choca-se com – primeiras – explícita.
e) vai de encontro com – mais representativas – unânime.
RESOLUÇÃO:
O significado de colidir frontalmente com é “ir de encontro a”, “chocar-se
contra”; de primevo, “primitivo”, “antigo”, “ancestral”; de cabal,
“completo”, “absoluto”, “decisivo”, “categórico”.
Resposta: C
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BIO/EXATAS E HUMANAS 1. (FUVEST) – “Disse o sabiá à flauta: Eu