FACULDADE DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego Ana Andrade Coimbra, 2011
FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 2011/2012 Ficha Técnica Título do trabalho: Reabilitação dos espaços urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego Disciplina: Fontes de Informação Sociológica 1º Ano da Licenciatura em Sociologia Professor orientador: Doutor Paulo Peixoto Trabalho realizado por: Ana Cláudia Monteiro Andrade Aluna nº 2008028635 Imagem da capa consulta em: http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://img.mundi.com.br/images/Coimbra‐photo3775‐
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PT%26sa%3DN%26gbv%3D2%26tbm%3Disch&itbs=1 Coimbra, 2011
Índice 1. Introdução ....................................................................................................................... 1 2. Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego .. 2 2.1.Reabilitação Urbana ............................................................................................ 2 2.1.1. Uma breve noção de Reabilitação Urbana ................................................ 2 2.2. Enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego ........................ 4 2.2.1. Contextualização de Enobrecimento dos Espaços Urbanos ...................... 4 2.2.2. Classificação dos Espaços Urbanos do Rio Mondego ................................ 5 2.3. Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra .................................................. 7 2.3.1. Plano do Pormenor do Parque Verde do Mondego .................................. 8 2.3.2. Plano do Pormenor do Eixo da Portagem .................................................. 9 2.4. Descrição detalhada da pesquisa ....................................................................... 10 3. Ficha de leitura ................................................................................................................ 12 4. Avaliação da página da Internet ...................................................................................... 15 5. Conclusão ........................................................................................................................ 17 6. Referências bibliográficas ............................................................................................... 18 Anexo A Texto de suporte da ficha de leitura Rubino, Silvana, 2009, "Enobrecimento Urbano", in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (orgs.), Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra, Almedina, pp. 25‐40. Anexo B Página da Internet avaliada 1. Introdução Dos vários temas de trabalho propostos em torno do tema da água e do rio Mondego, para a realização do trabalho de avaliação contínua no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, decidi centrar o meu trabalho numa problemática específica como a reabilitação urbana, mas envolvendo‐a ao tema central. Assim escolhi tratar a reabilitação dos espaços urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego. Esta escolha deve‐se ao facto de o tema inicial ser muito vasto e complexo, daí a necessidade de me centrar num tema específico, mas também ao facto de me despertar interesse nesta temática. Este trabalho focaliza o lado da reabilitação urbana e a relação desta com o rio Mondego. Assim, na primeira parte do trabalho que se fundamenta no estado das artes, correspondendo ao desenvolvimento, decidi dividi‐lo em sub‐temas: “Reabilitação Urbana”; “Enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego” e “Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra”. Deste modo, darei início ao trabalho começando por dar uma breve noção de Reabilitação Urbana, referindo o significado e a forma como o conceito tem sido encarado e abordado desde a sua existência até aos dias de hoje. De seguida irei reflectir e contextualizar o enobrecimento dos espaços urbanos, explicando em que consiste. Segue‐se a classificação dos espaços urbanos do rio Mondego. Neste ponto irei abordar as características dos espaços do Rio Mondego e a sua consequente classificação. Acabarei este trabalho expondo o programa Polis Coimbra, que assenta num projecto de reabilitação urbana junto aos espaços do Rio Mondego, onde se analisa os objectivos e as intervenções deste projecto. Após isto, exponho o meu processo de pesquisa e apresento a ficha de leitura do capítulo do livro seleccionado, que espelha um dos assuntos abordados neste trabalho. Termino com a avaliação de uma página da Internet escolhida por mim e com uma conclusão sobre o tema. 2. Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego 2.1 Reabilitação Urbana 2.1.1
Uma breve noção de Reabilitação Urbana A reabilitação urbana é actualmente um tema incontornável quer se fale de conservação e defesa do património, de desenvolvimento sustentado, de ordenamento do território, de qualificação ambiental ou de coesão social. É cada vez mais uma fórmula para a intervenção e o desenvolvimento das zonas desprezadas e maltratadas pelo processo de urbanização. O termo é assim usado em operações de natureza urbanística, arquitectónica e de intervenção no espaço público. (Peixoto, 2009:41/42) A Carta de Lisboa sobre a Reabilitação Urbana Integrada, documento este elaborado no âmbito do “Primeiro Encontro Luso‐Brasileiro de Reabilitação Urbana” (1995) expõe, na alínea b) do artigo 1 que a reabilitação urbana: “É uma estratégia de gestão urbana que procura requalificar a cidade existente através de intervenções múltiplas destinadas a valorizar as potencialidades sociais, económicas e funcionais a fim de melhorar a qualidade de vida das populações residentes; isso exige o melhoramento das condições físicas do parque construído pela sua reabilitação e instalação de equipamentos, infra‐estruturas, espaços públicos, mantendo a identidade e as características da área da cidade a que dizem respeito”. (IGESPAR, s.d.) Este mesmo conceito é estudado pelo autor Vítor Matias Ferreira, “Trata‐se de uma certa generalização da ideia de “reabilitar”, não já certas zonas do espaço urbano consolidado, mas amplas áreas, entretanto desactivadas das suas funções dominantes anteriores, como é o caso paradigmático dos espaços 2 que atravessaram processos de desindustrialização”. (Ferreira, 2001) O conceito de reabilitação urbana emerge, nestes termos, da política de salvaguarda do património cultural mas rapidamente ultrapassa esse âmbito em resposta aos novos desafios de âmbito social, cultural, económico e ambiental. Pretende demarcar‐se da renovação urbana que se fundamenta numa política de destruição e substituição da cidade existente. (Ferreira, 2001:27) Da preocupação com a restauração do monumento, passou‐se à reabilitação de áreas urbanas históricas e destas a todas as áreas degradadas da cidade. Actualmente já se encara a reabilitação não como uma intervenção em áreas específicas mas como um processo de gestão e manutenção de todo um tecido urbano. Ao mesmo tempo que deu um alargamento do âmbito físico de actuação, deu‐se também um alargamento do próprio conceito de reabilitação e dos objectivos que esta deve atingir, passando as intervenções a integrar outras dimensões (social, cívica, económica, entre outras). Esta evolução revelou‐se na multiplicidade de nomes que as intervenções foram adquirindo com o objectivo de evidenciar um novo enfoque, ou um novo tipo de abordagem ao problema da reabilitação (reabilitação, requalificação, regeneração, revitalização, gentrification/enobrecimento). Devido à sua rápida evolução e à crescente complexidade, o conceito de reabilitação urbana é usado muitas vezes de forma equívoca e simplificadora, o que leva à promoção de intervenções supostamente de reabilitação urbana que estão longe de incorporar os princípios e objectivos subjacentes à mesma. (Ferreira, 2001) Portanto, reabilitação urbana corresponde a uma estratégia de gestão urbana baseada em intervenções de diferente natureza orientadas para a conservação da identidade e das características dos sectores reabilitados (Sirchal apud Peixoto, 2009:44). Reabilitação urbana resume‐se em orientações que são tomadas “tendo em vista conferir a uma cidade as suas qualidades perdidas, a sua dignidade, assim como a sua aptidão a desempenhar uma função social”. (Calsat apud Peixoto, 2009:45) O objectivo da reabilitação urbana procura reparar um património arquitectural e urbano que, tendo sido durante muito tempo desprezado, viu recentemente ser‐lhe dirigidas acções de revalorização económica, prática e/ou estética. (Merlin e Choay apud Peixoto, 2009:45) A reabilitação possui uma via que a aproxima da sociabilidade, de tempos e de espaços perdidos. Ela parece transportar e fazer‐se transportar por um invulgar desejo de transformação 3 da realidade no sentido de configurar um futuro promissor. Oscilando entre a paixão pelo passado, o desencanto pelo presente e a confiança no futuro. (Peixoto, 2009:49) 2.2. Enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego 2.2.1. Contextualização de Enobrecimento dos Espaços Urbanos O processo de enobrecimento em espaços urbanos reabilitados é “ (…) a capacidade de dominar um espaço apropriando‐se de bens raros que se encontram nele distribuídos e depende do capital que se possui, e mais: o espaço físico permite que o espaço social produza ali todos os seus efeitos, possibilitando a acumulação de capital social (…) ”. (Rubino, 2009:30) Para Silvana Rubino enobrecimento é cada vez mais um fenómeno que ocorre em diversas cidades considerando‐o num fenómeno global, porque segundo esta autora, o termo “remete para os novos nobres que ocupam espaços urbanos, deixando ali seu nome e suas marcas”. (2009:37‐38) Enobrecimento urbano significa o resultado cruzado da renovação arquitectónica e infra‐
estrutural de espaços urbanos anteriormente degradados e decadentes e da alteração da natureza social dos seus novos residentes. (O’Connor e Wynne, 2001) Relativamente ao espaço urbano, este pode ser abordado sob diversos aspectos, tais como o do urbanismo (planeamento do espaço), da percepção (sentimentos, valores e atitudes dos habitantes em relação ao espaço coabitado), ou por meio do estudo das ligações entre a forma espacial e a estrutura social, as funções urbanas e os seus processos de produção. (Corrêa apud Carli, 2008) Define‐se como espaço urbano, de acordo com a Enciclopédia Livre Wikipedia, “o local nas cidades onde se desenvolvem as actividades de interacção humana”. (Wikipedia, 2011) Nesse sentido, como afirma a autora Pellegrin (2004), “o espaço em que vivemos é social, político e económico, uma vez que as relações de poder que se estabelecem sobre ele acabam por determinar não apenas o desenho, mas também o uso que se faz dele”. Logo, os espaços urbanos são locais onde a comunidade se expressa, convive, e interage, contribuindo para a valorização da cultura, porque o que define a finalidade e uso do mesmo são os interesses da sociedade, confinados pela esfera pública. (Carli, 2008) 4 Justamente o processo de enobrecimento dos espaços urbanos usa a cultura para o desenvolvimento do turismo como instrumento de revitalização urbana. (Vaz e Jacques apud Gagliardi, 2009) As actividades turísticas são politicamente encaradas como uma possibilidade de revitalização e desenvolvimento social e económico dos espaços urbanos, assumindo uma importância em cidades como o caso de Coimbra, cujos centros históricos vêm a sofrer alguma desvitalização, fruto do afastamento de algumas das suas funções principais. Mas, apesar de as actividades relacionadas com o sector turístico não se revelarem determinantes na economia da cidade, o turismo não deixa de representar uma estratégia importante nas políticas públicas, tal como revelam os projectos recentes de intervenção urbana. (Gomes, 2008:73) O turismo é portanto, uma via na qual se abre uma nova oportunidade aos espaços, uma vez que o interesse político na actividade é crescente, proporcionando maior desenvolvimento. Zukin expõe a relação existente entre as operações dos novos grupos de especialistas da cultura, a promoção do consumo e o enobrecimento urbano da cidade: a cultura abre novos espaços para o consumo e assim aumenta os valores do mercado e, em simultâneo procura conservar os valores desse espaço. (Zukin apud O’Connor e Wynne, 2001:191) Suposto isto, a sua influência nos espaços urbanos transforma‐os em cidades baseadas no comércio e no lazer contando com o consumo de um mercado de elite associado a um elevado investimento cultural. Assim, a disposição, diversidade e o tratamento dos espaços urbanos define a cultura e os valores da sociedade em que estão inseridos. De tal modo, o espaço possui importância por se caracterizar como espaço de encontro, de convívio, lugar de práticas culturais, de criação, de transformações e de diversas vivências. (Franchini, 2008) Simplificando, os desenvolvimentos mais recentes na indústria turística dão‐se no sentido da valorização crescente das atracções culturais e lúdicas e no alargamento do universo da cultura para a incorporação de um número crescente de elementos numa experiência que se pretende cultural. (Gomes, 2008:58) 2.2.2. Classificação dos Espaços Urbanos do Rio Mondego Coimbra é uma cidade espectadora face ao seu rio Mondego, que é encarado de distintas formas: “ (…) ora pela beleza que as suas margens oferecem, ora pelo alimento das terras que o envolvem, ora por ser cantado pelos estudantes e servir de inspiração aos poetas da cidade. Mas, 5 também, simplesmente devido ao aspecto da cidade que se ergueu no cimo de uma colina sobre ele. Para além da referência ao rio e ao passeio agradável que as suas águas proporcionam”. (Gomes, 2008:71) O rio Mondego em todo o seu redor, “ (…) é um espaço que está longe de ser monótono e que nem sempre é tão "baixo" como a sua designação pode querer expressar”. Pelas diferentes morfologias, solos, coberturas vegetais e respectivos aproveitamentos humanos, impõe o aparecimento de uma grande pluralidade de imagens paisagísticas. (Soares et al. apud Almeida, 1999:181) Na cidade de Coimbra, o enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao rio Mondego cria inúmeras possibilidades de o turismo se instalar. Isto porque, conforme mencionado atrás: o processo de enobrecimento dos espaços urbanos usa a cultura para o desenvolvimento do turismo como instrumento de reabilitação urbana. (Vaz e Jacques apud Gagliardi, 2009) Como aborda Carlos Fortuna, sobre a cidade de Coimbra, “a ‘indústria’ do turismo objectifica e mercadoriza as cidades e os monumentos, a natureza e as paisagens, os costumes e os sentimentos”. (Fortuna apud Gomes, 2008:57) Assim, seguindo esta linha de pensamento, os espaços urbanos são seleccionados de acordo com a sua funcionalidade para a população. Dessa forma, podem ser classificados como: espaço de lazer, espaço de arte, espaço de cultura e espaço de eventos. (Franchini, 2008) Apesar de serem distribuídos em categorias, estas são interligadas, possibilitando que um espaço pertença a mais de uma categoria. E é esta mesma classificação que se encontra nos espaços urbanos ligados ao rio Mondego em Coimbra. Ao analisar a área das margens do rio constata‐se que a margem direita do rio Mondego, vulgarmente conhecida por Parque Verde do Mondego, é um espaço urbano dedicado ao lazer. Para Franchini (2008) os espaços de lazer são direccionados para as actividades de lazer, ou lúdicas. Segundo Pellegrin (2004) são “construídos com a finalidade de abrigar actividades e programas de lazer”. De acordo com a mesma autora, são classificados como espaços de lazer os clubes, ginásios, centros culturais, piscinas, cinemas, parques, bibliotecas, centros desportivos, teatros, museus, entre outros. E são precisamente alguns destes que se encontram neste parque, como por exemplo, Pavilhão Centro de Portugal (espaço museológico da cidade); pavilhão com exposições temporárias; parque infantil; actividades de desporto e lazer, entre outros. Como espaços de arte, são considerados aqueles em que acontecem a produção de arte ou a exibição de produções ou exposições artísticas. E os espaços de cultura são aqueles onde ocorre produção ou exposição de cultura, como teatro, cinema, museus, centros culturais, etc. O 6 principal objectivo desses espaços é difundir a arte e a cultura entre os moradores de uma cidade através de exposições. (Franchini, 2008) É também nesta margem direita que se pode classificar os espaços, de arte e de cultura porque neles se encontra o Pavilhão com exposições temporárias como também o Pavilhão Centro de Portugal. Por fim, nos espaços de evento são realizados eventos de forma a promover o espaço, mas em alguns casos, o objectivo principal é apenas oferecer espaço físico para a realização de diversos eventos de carácter lúdico/lazer, como feiras, concertos musicais, festivais de dança e campeonatos desportivos. (idem) Este tipo de espaço também se encontra na margem direita pois ocorre diversos eventos musicais e desportivos. A margem esquerda do rio Mondego é um espaço dedicado à exploração do rio em canoa e em outras embarcações. Deste modo, o espaço é classificado por espaço de lazer e de evento. 2.3. Reabilitação Urbana: Programa Polis Coimbra O objectivo geral do Programa Polis consiste em melhorar a qualidade de vida nas cidades através de intervenções nas vertentes urbanística e ambiental, aumentando a atractividade e a competitividade de pólos urbanos que têm um papel relevante na estruturação do sistema urbano nacional. Mais especificamente, este Programa pretende: i) desenvolver grandes operações integradas de requalificação urbana com uma forte componente de valorização ambiental; ii) desenvolver acções que contribuam para a requalificação e revitalização de centros urbanos e que promovam a multifuncionalidade desses centros; iii) apoiar outras acções de requalificação que permitam melhorar a qualidade do ambiente urbano e valorizar a presença de elementos ambientais estruturantes tais como frentes de rio ou de costa, e iv) apoiar iniciativas que visem aumentar as zonas verdes, promover áreas pedonais e condicionar o trânsito automóvel em centros urbanos. O Programa Polis Coimbra é dividido em dois planos: ‐ Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Europa (actualmente designada de Rainha Santa); 7 ‐ Largo da Portagem até à Rua João das Regras. 2.3.1. Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego O “Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Europa (Rainha Santa) ” (Gabinete B. Arquitectos Lda, 2006) enquadra um conjunto de projectos e obras, elaboradas no âmbito do Programa Polis, que estruturam os terrenos entre as duas pontes como espaços de lazer e de cultura e aproximam do rio uma cidade que se desenvolve nas suas duas margens. O ordenamento dos terrenos das margens do Mondego, que parte da reabilitação e valorização dos seus elementos naturais e construídos, prosseguiu na criação de acessos ao rio, de percursos ao longo das margens e na construção de novos equipamentos. A área de intervenção é qualificada como espaço verde urbano, constituindo no seu todo o Parque Verde do Mondego. O Parque Verde do Mondego é um projecto da autoria do arquitecto Camilo Cortesão enquadrado no programa Polis Coimbra, que abrange as duas margens do rio Mondego. Ilustração 2 – Vista ponte pedonal Pedro e Inês Fonte: http://polis.sitebysite.pt/coimbra/18/19143dx_30‐5‐
06(soft).jpg Ilustração 1 – Parque Verde do Mondego Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_0QaIkTXQHhI/SaL7BQ6s2OI/AAAAAAAACjQ/HIqXfK30HfQ/s400/IMGP2525.JPG Trata‐se de um imenso espaço verde, onde é possível encontrar bares, restaurantes, um parque infantil, pavilhões de exposições temporárias e o pavilhão centro de Portugal. 8 A ligar as margens esquerda e direita existe a ponte pedonal Pedro e Inês, da autoria de Adão Fonseca e Cecil Balmond, que foi inaugurada a vinte e seis de Novembro de 2006. É uma estrutura anti‐semétrica com duzentos e setenta e cinco metros de comprimento que se eleva a dez metros da água, apresentando no centro uma praça com oito metros de largura, definida como local de pausa e de meditação constituindo o elemento central que estrutura o parque. Os objectivos principais deste Plano foram a requalificação urbana das frentes ribeirinhas do Rio Mondego envolvendo: a) a criação de espaços públicos qualificados; b) reformulação da rede de infra‐estruturas (rede viária de acesso e de atravessamento do Rio Mondego); c) criação de percursos pedonais e de ciclovias que assegurassem uma melhor fruição das áreas livres; d) ampliação da rede de equipamentos de cultura, lazer e desporto; e) definição, paisagisticamente integrada, dos locais destinados ao estacionamento, ao estabelecimento de restauração e à reabilitação de equipamentos existentes. A partir destes objectivos o “Parque Verde do Mondego” associou‐se a um conjunto de actividades que se desenvolvem em torno das margens e do próprio rio Mondego, como bicicletas, karts a pedais, gaivotas, canoas, entre outras. Estas tomam forma de acordo com o carácter do parque que, de Norte para Sul, se torna progressivamente menos denso e mais dominado pelas condições naturais. 2.3.2. Plano de Pormenor do Eixo da Portagem 1 O “Plano de Pormenor do Eixo da Portagem até à Rua João das Regras” tem como objectivo a requalificação de uma área marginal ao Mondego, destinada a uma condição de espaço canal cujas características e condição de fixação urbana se têm vindo a esvanecer em função da gradual intensificação de tráfego e aspectos negativos, do ponto de vista qualitativo e urbano, que daí decorrem de imediato. Esta intervenção visa a retoma de uma condição pedonal na área em questão, procurando disciplinar a ocupação, uso urbanístico e definição de espaço público, no território designado por Eixo Portagem/ Avenida João das Regras, considerando a preservação e requalificação do espaço público existente bem como o estabelecimento das regras urbanísticas necessárias para o efeito. _____________________________________________________________________________ 1
Esta análise encontra‐se em Câmara Municipal de Coimbra (2005) 9 A área em estudo delimita‐se num território que, intersectado pelo rio Mondego, compreende duas zonas de contexto urbano distinto, uma vez que se encontram em margens opostas (margem esquerda e direita do Mondego). 2.4. Descrição detalhada da pesquisa Ao iniciar a minha pesquisa, sobre o tema Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa com o Rio Mondego, deparei‐me com escassa informação em torno dele, já que se trata de um tema muito específico. Embora não havendo muitos conhecimentos acerca desta problemática peculiar, resolvi centrar‐me em sub‐temas como “reabilitação urbana”, “enobrecimento dos espaços urbanos ligados ao Rio Mondego” e na análise do “Programa Polis Coimbra”. Após esta minha escolha, decidi que ao longo da minha pesquisa iria restringi‐la apenas na procura de livros e de artigos de revista de ciências sociais, porque considero mais credíveis, sabendo que, na Internet iria encontrar informação pouco fiável e pouco rigorosa. Assim as fontes electrónicas eram um dos meus últimos recursos. A primeira etapa da minha pesquisa iniciou‐se como uma pesquisa na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, utilizando como descritores de pesquisa: Reabilitação Urbana; Rio Mondego; Sociologia Urbana; Espaços Urbanos. Através desta pesquisa simples do catálogo Web do Millennium da biblioteca verifiquei que o descritor <Sociologia Urbana> alcançou apenas 16 resultados e os restantes descritores tiveram resultados muito inferiores, como o caso do descritor <Espaço Urbano> que não alcançou nenhum resultado. Apesar destes poucos resultados encontrei um livro que me foi muito útil na elaboração deste trabalho, nomeadamente para a ficha de leitura: Plural de cidade: novos léxicos urbanos de Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (orgs.). Outros artigos importantes para a elaboração do trabalho, resultantes desta pesquisa destaco: Imagens e narrativas da Coimbra turística: Entre a cidade real e a cidade (re) imaginada de Carina Sousa Gomes (2008), Cidade e democracia: ambiente, património e espaço público: uma cidadania urbana? de Vítor Matias Ferreira (2001), entre outros. Num segundo momento direccionei a minha pesquisa para o site do Centro de Estudos Sociais (CES), mais especificamente para as publicações da Oficina do CES, na tentativa de 10 seleccionar mais informação acerca dos sub‐temas. Daqui não resultou nada de novo do que tinha encontrado anteriormente. Na pesquisa com recurso à Internet, explorei também no motor de busca do Google, utilizando os “operadores booleanos”aprendidos durante as aulas. Assim utilizei as aspas, o mais e o menos nesta pesquisa booleana com o intuito de encontrar artigos relevantes para o decorrer do trabalho, já que agora sabia como estruturá‐lo. Assim pesquisei <‐ noção de reabilitação urbana> obtendo 619.000 resultados, depois decidi abranger e procurei <+ reabilitação urbana> diminuindo para 511.000; a seguir <rio Mondego + espaço envolvente> apresentou 16.000 resultados; “Parque Verde do Mondego” encontrei 269.000 e “carta de lisboa sobre reabilitação urbana” apenas 7 resultados. Posto isto, fiz algumas selecções de artigos que me foram relevantes na realização deste trabalho como: Apreciação da paisagem do Baixo Mondego de António Campar de Almeida (1999), Revitalização Urbana em um pequeno Município: o caso da Praça das Palmeiras em Santa Isabel do Oeste, Paraná de Roberto Luiz de Carli (2008) e Turismo e Espaços Urbanos: uma análise do caso de Belo Horizonte de André Franchini (2008). Um outro momento da minha pesquisa passou por recolher informações na Câmara Municipal de Coimbra, sobre o Programa Polis Coimbra. Em suma, apesar de ter usado um processo de pesquisa simples, considero que foi suficiente porque possibilitou‐me efectuar este trabalho razoavelmente. 11 3. Ficha de Leitura O título do capítulo seleccionado é “Enobrecimento Urbano”, do livro “Plural de Cidade: Novos Léxicos Urbanos”, sendo a sua autora Silvana Rubino. Este livro tem como local de edição Coimbra, a sua editora é Almedina e a data da edição é de Setembro de 2009. O livro está disponível na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e tem como cota 316.334.56 PLU. O capítulo situa‐se da página 25 à 40 e a data de leitura é Outubro. Silvana Rubino possui licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas e doutoramento em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, História Intelectual e História da Arquitectura Moderna, actuando principalmente nos seguintes temas: política cultural ‐ património histórico ‐ arquitectura, património histórico ‐ antropologia, urbanismo ‐ memória ‐ história, arquitectura; urbanismo; arquitectura moderna; cultura popular. Neste capítulo, a autora faz uma interpretação do termo gentrification, explicando a sua opção em denominar essa prática no Brasil como “enobrecimento urbano”, e demonstra como esta palavra deixou de ter um significado descritivo para se tornar numa categoria analítica. No capítulo analisado, a autora começa por definir a palavra ‘gentrification’ recorrendo à perspectiva da socióloga Ruth Glass que foi quem usou pela primeira vez o termo nos anos 1964. Segundo Glass, gentrification é quando os bairros das classes trabalhadoras são invadidos pelas classes média, alta e baixa que lhes atribui uma nova valorização, tornando‐os ilustres. (Glass apud Rubino, 2009:25) Resumindo este como um conceito descritivo. De seguida alerta para o facto de vários autores, nomeadamente Neil Smith, Tim Butler, Atkinson e Bridge referirem que gentrification é cada vez mais um fenómeno que ocorre em diversas cidades considerando‐o num fenómeno global. (Rubino, 2009:26‐28) A proposta de Smith e Williams para a definição de gentrification é “como a reabilitação de casas trabalhadoras e abandonadas e consequentemente a transformação de uma área em um bairro de classe média” (Smith e Williams apud Rubino, 2009:27). A partir deste pensamento em que se começa a delinear uma política urbana suspende‐se o termo explicativo e descritivo de Glass e opta‐se por este conceito analítico. Neil Smith caracteriza a reabilitação urbana como o retorno do capital ao centro, o qual possibilita a realocação residencial. (Smith apud Rubino, 2009) 12 Os possíveis agentes do enobrecimento urbano situam‐se na nova classe média liberal que valoriza a preservação histórica dos centros. (Bridge apud Rubino, 2009) Ainda para Smith o pioneirismo urbano é aquele que descobre a terra e é esta a justificação para a apropriação quer material quer simbólica. (Smith apud Rubino, 2009: 29) “ (…) a capacidade de dominar um espaço apropriando‐se de bens raros que se encontram nele distribuídos e alocados depende do capital que se possui, e mais: o espaço físico permite que o espaço social produza ali todos os seus efeitos, possibilitando a acumulação de capital social (…) ”. (Rubino, 2009:30) O crescimento do sector de serviços e as oportunidades nos centros, as mudanças demográficas e os estilos de vida são alguns dos factores que permitem a gentrificação, sem eles nada acontecia. (idem:30) A partir daqui, a autora refere as diversas abordagens existentes: como a de van Criekingen que, no seu trabalho de enobrecimento urbano em Bruxelas, distingue vários tipos de gentrification: residencial, consumo, fixa, temporária, marginal. Outra abordagem é Jacques Donzelot que pensou o enobrecimento em concordância com outras duas formas de apropriação do espaço: gentrification, marginalização, periurbanização. E ainda uma outra abordagem é de Bridge que trata a gentrification em termos de habitus e distinção, lembra o papel que o tempo tem como força simbólica na teoria social de Pierre Bourdieu e propõe um papel idêntico para o espaço. (idem:31‐34) Sobre este ponto Silvana Rubino dá algumas notas sobre estas abordagens, explicando‐as e dando, exemplos no Brasil. De seguida retoma o argumento central do texto: definição do termo ‘gentrification’ e os seus desdobramentos para clarificar que “Gentrification/enobrecimento, assim como revitalização, requalificação e outros termos análogos passam a ser um léxico recorrente, que transborda do vocabulário dos técnicos e conhecedores, sai dos estudos académicos para a imprensa, é incorporado pelos movimentos sociais”, querendo isto dizer que estes termos passam a ser de uso corrente. (idem:35) Após isto, a autora argumenta que o enobrecimento urbano é uma modalidade contemporânea que se encontra oculta por um discurso de vida e apreço à cidade convergindo com outras formas de segregação urbana ao conferir um valor simbólico ao lugar. Conclui que, revitalizar a cidade é preciso capital porque “ (…) a cidade é feita de fronteiras (…)”. (idem:37) 13 Por último, a autora conclui este capítulo definindo por que “enobrecimento urbano” consolidando que este “remete os novos nobres que ocupam espaços urbanos, deixando ali seu nome e suas marcas”. (idem: 37‐38). Com isto, a autora considera que é importante denominar gentrification como enobrecimento urbano no Brasil devido à necessidade de ser apropriado de outra forma para explicar o que acontece na humanidade. As palavras‐chaves usadas neste capítulo são: enobrecimento/gentrification, reabilitação, nova classe média urbana, periurbanização, revitalização e preservação. A linguagem utilizada pela autora, neste capítulo, é acessível e coerente, tendo como objectivo apresentar esta prática de enobrecimento do Brasil usando exemplos para ilustrar esta situação. A abordagem da autora é muito explicativa e bem explorada. Apresenta uma caracterização detalhada do tema citando ao longo do capítulo vários autores que deram um contributo importante ao tema. Esta é uma exploração ao tema muito bem conseguida porque faz a ponte entre o que se passa no Brasil (principalmente) mas também, ao de leve, refere pesquisas que autores fizeram noutros países como o caso da Inglaterra e França. 14 4. Avaliação da página de Internet O site por mim escolhido para avaliar é o do Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana, também designado por OHRU, estando disponível em: < http://www.portaldahabitacao.pt/pt/ohru/> Esta página da web está acessível apenas em português. Na margem esquerda da página encontra‐se uma coluna de menus: Missão, Indicadores Estatísticos, Estudos, Documentação, Parceiros, Links e Contactos da OHRU que possibilitam através de links obter diversas informações. Na margem oposta, ou seja, do lado direito situa‐se dois links: Prémio IHRU e Guia dos PLH. Esta grande variedade de informação disponível é um ponto importante que valoriza imenso o site. No centro desta página localiza‐se uma série de imagens alusivas ao objecto de estudo como também uma breve explicação sobre OHRU como a sua missão e objectivos. A minha escolha deveu‐se ao facto do site conter muita informação que achei aliciante dentro deste tema tratado por mim, que é a reabilitação urbana, uma vez que um dos objectivos dele é dar a conhecer o sector da reabilitação urbana e de acompanhar a sua evolução. Trata‐se de um site onde a informação é credível e fiável, já que, como inclusive é referido no site, o OHRU encontra‐se sedeado no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, e por isso, “ (…) é propriedade do IHRU‐ Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, instituto público, com sede em Lisboa”. (OHRU, 2011) Para além disto, através do operador boleano <link: www.portaldahabitacao.pt/pt/ohru/ > permitiu constatar que esta página tem reconhecimento público, uma vez que, ao realizar uma pesquisa no motor de busca Google identifiquei cerca de 1.460 resultados. O tema da reabilitação urbana é tratado neste site com uma abordagem específica numa das suas dimensões, a da habitação. O grau de profundidade optado por esta página neste tratamento é de certo modo detalhado, relacionado com o público‐alvo desta mesma página. Isto porque, o site dirige‐se a um público circunscrito dentro do sector da reabilitação urbana, especialmente, a todos os intervenientes neste sector como os agentes de mercado. Em relação à sua apresentação, mostra‐se um site atractivo, com recurso a imagens e de fácil navegação, possuindo um motor de busca para pesquisa e ainda ligações para obter ajuda e contactos como a morada do IHRU, portanto é um site que se mostra bem organizado. É importante salientar que a informação é gratuita e toda a informação existente, como os programas públicos são actualizadas. A data da última actualização foi no dia 04‐11‐2011. 15 Este site permite fazer importação de documentos através do Adobe Acrobat Document, sendo uma mais valia para os interessados nestas matérias. A página tem o propósito de gerir um sistema de informação organizado, promovendo a divulgação de informação sobre o sector de forma sistemática, regular e periódica. Um outro ponto a destacar é que, uma das ligações que aparece no menu, referente ao dos links, a informação disponibilizada enquadra‐se em duas dimensões: nacional e internacional. Em suma, considero que o site do OHRU é um site completo, muito bem organizado, com informação diversificada, que evidencia‐se pela sua autenticidade e pela funcionalidade. 16 5. Conclusões Com este trabalho, procurei apresentar de que forma se reabilitaram os espaços urbanos que mantêm uma ligação directa com o rio Mondego, qual a importância do enobrecimento e qual a influência que a reabilitação/enobrecimento exerce nesses espaços urbanos. Assim achei oportuno começar por dar uma noção de reabilitação urbana, para fazer o enquadramento do tema do trabalho, como também, abordar o que se entende por enobrecimento dos espaços urbanos reabilitados. Em título de conclusão, a reabilitação/enobrecimento destes espaços ligados ao rio Mondego permitiu desenvolver uma série de acções tendo em vista a transformação e a melhoria dos espaços, atribuindo uma outra importância, um outro olhar. O objectivo principal consistiu num processo de produção de um espaço sofisticado a partir de um espaço originalmente degradado, propondo‐se a resolver as deficiências físicas e algumas irregularidades ambientais e funcionais, acumuladas ao longo dos anos, procurando ao mesmo tempo uma modernização. As melhorias do espaço são visíveis, não só em termos funcionais como também ambientais, mas o que é certo é que criou novas oportunidades estimulantes para as forças económicas e culturais se instalarem. Dado isto, constata‐se que, o espaço envolvente do rio Mondego tornou‐se num dos melhores sítios para espairecer, conviver, desfrutar da paisagem, dos restaurantes e até das actividades de desporto e lazer. Quanto à realização deste trabalho, permitiu‐me um outro olhar sobre o assunto, já que, possibilitou‐me aprofundar os conhecimentos acerca dos temas desenvolvidos, bem como, a possibilidade de aperfeiçoar e colocar em prática todos os ensinamentos aprendidos ao longo das aulas. 17 6. Referências bibliográficas Livros: Câmara Municipal de Coimbra (2005), “Relatório do Plano de Pormenor do Eixo Portagem/ Av. João das Regras‐ Coimbra”. Coimbra: Gabinete B. Arquitectos Lda. Câmara Municipal de Coimbra (2006), “Relatório do Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Europa”. Coimbra: Gabinete B. Arquitectos Lda. Ferreira, V. M. (2001). Cidade e democracia: ambiente, património e espaço público: uma cidadania urbana? Lisboa: Departamento de Sociologia do ISCTE. Gagliardi, Clarissa M. R. (2009). Turismo e Cidade, in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (Orgs.), Plural de cidade: novos léxicos urbanos (pp. 245‐261). Coimbra: Almedina. Gomes, Carina Sousa (2008), “Imagens e narrativas da Coimbra turística: Entre a cidade real e a cidade (re) imaginada”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 83, 55‐78. O’Connor, Justin e Wynne, Derek (2001). Das margens para o centro‐ Produção e consumo de cultura em Manchester. In Carlos Fortuna (org.), Cidade, Cultura e Globalização: Ensaios de Sociologia (pp. 189‐204). Oeiras: Celta Editora. Peixoto, P. (2009). Requalificação Urbana, in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (Orgs.), Plural de cidade: novos léxicos urbanos (pp. 41‐50). Coimbra: Almedina. Pelegrin, A. (2004). Espaço de Lazer, in Christianne Luce Gomes (Org), Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica. Rubino, Silvana, 2009, "Enobrecimento Urbano", in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (Orgs.), Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra, Almedina, pp. 25‐40. Internet: Almeida, António Campar de (1999), “Apreciação da paisagem do Baixo Mondego”. 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Reabilitação dos Espaços Urbanos que mantêm relação directa