Regeneração Urbana: das políticas aos apoios na Região Centro António Magalhães Cardoso IPViseu, Maio de 2015 Alguns constrangimentos à reabilitação urbana Rendas cada vez mais distantes do valor real Ausência de capacidade financeira das Câmaras Municipais para proceder às obras coercivas necessárias e a expropriações Expansão excessiva dos aglomerados urbanos com o aparecimento de novos centros na cidade Situação económica do país (equilíbrio/complementaridade entre investimento público e privado) CCP (empreitadas e empreiteiros) e outros regimes jurídicos não vocacionados para a reabilitação urbana (situação agora ultrapassada (?) com a flexibilização legal e regulamentar) Deficiente perceção do risco no reforço estrutural na reabilitação do edificado (em muitos casos a reabilitação contribui para aumentar a vulnerabilidade do edificado, pelas modificações de sistemas estruturais, supressão de paredes “mestras” ou substituição de materiais por outros de eficácia duvidosa) Verificação continuada de intervenções inexplicáveis, que violam as recomendações mais modernas e conduzem a custos de reabilitação incomportáveis (introdução de elementos metálicos no interior de alvenaria, adição de camadas de betão ou argamassa armada em arcos ou abóbadas, inclusão de elementos muito rígidos de betão armado, etc.) Magalhães Cardoso, Sidónio Simões, Dezembro de 2012 Riscos e estratégias na reabilitação urbana O que o Centro Urbano Antigo precisa não é de uma reabilitação “jacuzzi” para “ricos” – até porque a maioria deles prefere morar nas zonas consideradas nobres das cidades – mas sim de uma reabilitação “low cost”, que aumente a oferta de casas, práticas e baratas, para quem gosta e quer [ali] viver. Jorge Fiel, referindo-se ao Porto, JN Com ou sem desemprego e com ou sem crise, a reabilitação não pode ser um mero expediente para usar quando as coisas correm mal. E não compete apenas ao Estado ou aos poderes públicos. Compete também aos privados (individuais e institucionais), todos proprietários da cidade. Então, se assim é, porque não fazer a reabilitação da cidade como sempre foi feita, ou seja, casa a casa, lote a lote, quarteirão a quarteirão, com gente dentro e fazendo com que “ter obras em casa” seja tão fácil e natural como respirar? Manuel C. Fernandes, Arquiteto 1. Políticas para a regeneração urbana: uma estratégia para os Centros Históricos 1.1. o caso de Coimbra 1.2. a regeneração dos espaços públicos: exemplos na Região Centro 2. As dinâmicas criadas em Coimbra com a candidatura a património mundial 2.1. o Regulamento ‘UNESCO’ 2.2. a estrutura de gestão 2.3. Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Alta, Baixa e Rio 3. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana na Região Centro 4. Síntese 1. Políticas para a regeneração urbana: uma estratégia para os Centros Históricos 1.1. o caso de Coimbra 1.2. a regeneração dos espaços públicos: exemplos 2. As dinâmicas criadas em Coimbra com a candidatura a património mundial 2.1. o Regulamento ‘UNESCO’ 2.2. a estrutura de gestão 2.3. Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Alta, Baixa e Rio 3. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana na Região Centro 4. Síntese Políticas para a regeneração urbana Visão Estratégica para o Centro Histórico: o caso de Coimbra Uma visão para o Centro Histórico exige um olhar alargado, uma visão integrada no contexto da Cidade e da Região envolvente, um modelo territorial qua acolha a coexistência de valores, de perspetivas, de modos de vida… Políticas para a regeneração urbana Opções estratégicas de reabilitação e revitalização … definidas com base na visão Re:centrar o Centro Histórico Objetivo global: a revitalização económica, cultural e social do Centro Histórico de Coimbra, através da fixação e atração de moradores, investidores, trabalhadores, visitantes e turistas Políticas para a regeneração urbana Visão Estratégica para o Centro Histórico: o caso de Coimbra Ambições e visão Políticas para a regeneração urbana Visão Estratégica para o Centro Histórico: o caso de Coimbra A missão de Coimbra a nível regional/nacional exige um Centro Histórico fortalecido e com um papel determinante no sistema urbano e competitivo Isso leva à necessidade de reafirmar o Centro Histórico como elemento central e unificador do sistema urbano policêntrico O Mondego enquanto elemento central da estruturação e da requalificação da cidade O património cultural (urbanístico, arquitetónico e da paisagem) como a trave mestra orientadora da estratégia de reabilitação a desenvolver Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos A regeneração dos espaços públicos tem beneficiado do apoio dos fundos europeus nos quadros comunitários anteriores, havendo na Região Centro excelentes exemplos de intervenção no âmbito do QREN, parte dos quais concretizados no âmbito das Parcerias para a Regeneração Urbana ESTACIONAMENTO DO CASTELO DE ABRANTES A necessidade de dotar a cidade velha de espaços de estacionamento, para quem trabalha e visita o centro histórico, levou à organização de uma bolsa gratuita no espaço de acesso ao Castelo e Torre de Menagem Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos AÇUDE NO RIO (ÁGUEDA) JARDIM CONDE DE SUCENA (ÁGUEDA) Com a construção do Açude a montante da Cidade de Águeda, foi possível a criação de um espelho de água que permite a pratica de atividades desportivas e de lazer, aumentando a vivência da zona baixa da Cidade, complementando a requalificação urbana Esta intervenção transformou o espaço recorrendo a uma linguagem contemporânea, desprovida de elementos dissonantes, mantendo a sua identidade com a envolvente e com o próprio edifício do antigo dispensário (transformado em Espaço de Cidadania), o hospital e as construções privadas Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos LARGO 25 DE ABRIL (ALMEIDA) Assimilando o eixo pedonal criado entre o Largo 25 de Abril e o Jardim da Pérgola, direcionado e promovido pela Porta Magistral de S. Francisco, a intervenção estabelece diálogos urbanísticos entre os espaços pedonais e a via automóvel, valorizado e dinamizado pela introdução de um espelho de água, que recebeu um elemento escultórico Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos REQUALIFICAÇÃO URBANA E MOBILIDADE TERRITORIAL DA CURIA (ANADIA) A intervenção teve em vista a requalificação do território com forte potencial turístico e da valorização dos recursos naturais existentes, associados à Estância Termal da Curia. A obra teve como objetivo proporcionar aos utilizadores desta Estância Termal espaços públicos e de circulação de qualidade Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos CERÂMICA ARGANILENSE (ARGANIL) Reabilitação da antiga Cerâmica Arganilense, através da requalificação e dinamização um edifício de grande riqueza simbólica e patrimonial, colocando-o ao serviço da população local através da disponibilização de diversos serviços, tendo como objetivo orientador o de conseguir dar vida a um espaço muito significativo do ponto de vista da história e memória coletiva da população local A regeneração dos espaços públicos ANTIGA EN2 (CASTRO DAIRE) Pretendeu-se com este investimento dotar o espaço urbano de condições urbanísticas modernas, ordenar o estacionamento automóvel e criar aos peões condições de circulação adequadas. O projeto englobou a retificação das redes das infraestruturas existentes e a reformulação do pavimento, privilegiando a aplicação do granito como elemento caraterístico local Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos LARGO DAS PORTAS DO SOL (COVILHÃ) Este projeto foi concebido para efetuar um conjunto de intervenções no Centro Histórico, que permitirão valorizar uma das antigas portas do castelo da Covilhã. A criação de um miradouro e de um Relógio de Sol na zona do largo sobre a muralha assume relevância na valorização paisagística urbana do Centro Histórico Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos IGREJA DA SAGRADA (ENTRONCAMENTO) FAMÍLIA O objetivo desta intervenção foi o de remodelar e revitalizar o espaço exterior que envolve a Igreja da Sagrada Família, que está situada no centro da Cidade do Entroncamento, sendo um dos polos aglutinadores de interesse público Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos PRAÇA FRANCISCO BARBOSA: NOVO DESENHO URBANO E ILUMINAÇÃO ECOEFICIENTE (ESTARREJA) A remodelação do sistema de iluminação pública no centro da cidade, no âmbito do Programa de Regeneração Urbana da Cidade de Estarreja, permite a diminuição da fatura energética e do consumo de combustíveis fósseis. Compreendeu a modernização das infraestruturas urbanas com recurso a painéis fotovoltaicos e luminárias a LED, na Praça Francisco Barbosa (praça histórica da cidade), incluindo substituição dos candeeiros de iluminação pública Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos PARQUE (FUNDÃO) VERDE URBANO Este projeto visou dotar a cidade do Fundão de espaços verdes de excelência, destinados à prática desportiva e ao lazer, com vista à melhoria da qualidade de vida dos seus residentes e visitantes. Paralelamente, a operação contribuiu para a melhoria da qualidade ambiental da cidade, na medida em que promoveu a regeneração de duas áreas distintas, ligando-as através de ciclovias Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos CENTRO HISTÓRICO DA GUARDA A intervenção nas Ruas e Largos do Centro Histórico da Guarda traduziu-se na recuperação de várias artérias, permitindo que o núcleo intramuralhas tenha ficado requalificado. A substituição de pavimentos como intervenção prioritária e como elo de ligação de todo o espaço urbano, conjugado com a requalificação de infraestruturas e a introdução de mobiliário urbano permitiu a criação de áreas pedonais agradáveis, confortáveis e convidativas à deambulação pelo Centro Histórico Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO A ampliação do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) assume um importante papel na regeneração urbana da cidade, valorizando o espaço onde se implanta, e reforçando o papel deste equipamento como elemento de referência da preservação e promoção dos valores culturais e socioeconómicos Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos ANTIGO LICEU RODRIGUES LOBO (LEIRIA) A Requalificação do Espaço Público teve como principal objetivo a melhoria das condições de mobilidade pedonal e da imagem do espaço público. A obra incluiu a definição de uma faixa de rodagem e a criação de um passeio delimitado por pilaretes, a recuperação da escadaria de acesso ao antigo liceu, a criação de rampa, o reordenamento do estacionamento, a redefinição da arborização e a colocação de mobiliário urbano Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos MARGEM DO RIO LIS (LEIRIA) A área de intervenção deste projeto, é uma faixa marginal ao rio que divide a cidade, que constitui um fio condutor morfológico, elo funcional dos fluxos da paisagem (água, ar e vistas) e urbanos (circulação pedonal, ciclável e viário), referência urbana e elemento indissociável da imagem de Leiria. Pretendeu-se a criação de um espaço de passeio e lazer com qualidade, de simplicidade formal e funcional Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos PARQUE URBANO (MEALHADA) O projeto reconverteu os Viveiros Florestais em Parque Urbano da Cidade. Trata-se da valorização e qualificação ambiental de um espaço localizado no centro da malha urbana, com cerca de 15 hectares, que se encontrava degradado e votado ao abandono, através da promoção e renovação das funções e dos seus usos Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos PARQUE URBANO DE OVAR A construção deste parque teve como principal objetivo reconciliar a cidade com o rio e valorizar toda a envolvente. Esta obra transformou a relação das pessoas com a própria cidade e o seu património ambiental. Amplos espaços livres, relvados e arborizados, que se estendem nas margens do vale, acompanhando o rio… Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos MARGENS DO CÔA (SABUGAL) Este projeto teve como objetivo promover a requalificação biofísica e paisagística, criando em simultâneo um parque urbano ribeirinho passível de ser utilizado pela população em geral, numa dimensão lúdica e de lazer. Foi possível a criação de um passeio marginal ao longo do rio, mantendo simultaneamente os tradicionais muros de pedra, criando espaços de aproximação e estadia junto do rio Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos CENTRO HISTÓRICO, CONVENTO DE CRISTO E SUA ENVOLVENTE (TOMAR) Estes projetos incidiram sobre o arranjo de superfície de arruamentos do centro histórico, com delimitação de zonas de estacionamento e sobre a requalificação e valorização da envolvente ao Convento de Cristo (principal âncora de atratividade turística da cidade). A zona de circulação automóvel contemplou a aplicação de pavimento em calçada de granito Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos CIDADE CRIATIVA (TORRES NOVAS) O projeto visou a recuperação do centro histórico de Torres Novas. As intervenções permitiram: recuperar o património edificado municipal; revitalizar o património recuperado; enquadrar novas edificações com o recuperado; valorizar e requalificar a componente humana através da ocupação dos espaços; investir na articulação com a sociedade civil e na integração da iniciativa privada na recuperação e dinamização económica Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos REQUALIFICAÇÃO DE LARGOS (TORRES VEDRAS) Esta intervenção permitiu o reforço da identidade dos Largos e materializou a sua importância espacial, histórica e simbólica no contexto do tecido urbano do centro histórico de Torres Vedras Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos REGENERAÇÃO URBANA DE VISEU Numa perspetiva integrada de regeneração urbana, e visando essencialmente a salvaguarda, a reabilitação e a revitalização dos centros históricos, este projeto teve como objetivo munir proprietários, inquilinos, investidores, promotores e o próprio Município de soluções com vista à recuperação do edificado, de informações sobre incentivos fiscais e de apoio a obras de reabilitação Políticas para a regeneração urbana A regeneração dos espaços públicos REGENERAÇÃO URBANA DE VISEU Outros (bons) exemplos mais ou menos recentes Políticas para a regeneração urbana Na perspetiva da política de desenvolvimento urbano, assumem relevância os processos de regeneração e revitalização urbana nos principais nós estruturantes do sistema urbano nacional 4 competitividade económica 4 atratividade dos centros urbanos 4 impulso proporcionado à qualidade de vida e ao bem-estar dos seus habitantes 4 promoção de cidades mais compactas 4 um uso mais eficiente do solo 4 menores deslocações dos seus habitantes 4 uma oferta de maior qualidade e mais racional de serviços públicos e coletivos Acordo de Parceria 2014-2020 – Portugal 2020 1. Políticas para a regeneração urbana: uma estratégia para os Centros Históricos 1.1. o caso de Coimbra 1.2. a regeneração dos espaços públicos: exemplos na Região Centro 2. As dinâmicas criadas em Coimbra com a candidatura a património mundial 2.1. o Regulamento ‘UNESCO’ 2.2. a estrutura de gestão 2.3. Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Alta, Baixa e Rio 3. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana 4. Síntese Coimbra: património A inscrição na lista de Património Mundial da UNESCO obriga a um processo sempre em construção… Coimbra: património A identificação/delimitação do bem inscrito baseou-se na evolução histórica da Universidade na Cidade Coimbra: património Foi criada uma zona especial de proteção do bem (ZEP), que é agora, também, monumento nacional Áreas inscritas e zonas de proteção Coimbra: património SOFIA (10) Palácio de Sub-Ripas Colégio de Santo Agostinho Mosteiro de Santa Cruz Antigo Colégio das Artes – Inquisição Colégio do Espírito Santo Colégio do Carmo Colégio da Graça Colégio de São Pedro Colégio de São Tomás Colégio de São Boaventura Paço das Escolas Colégio de Jesus Real Colégio das Artes Colégio de São Jerónimo Colégio de São Bento Colégio da Trindade Colégio da Pedreira Colégio de Santa Rita Imprensa da Universidade Laboratório Químico Casa dos Melos Casa das Caldeiras Faculdade de Letras Biblioteca Geral Arquivo da Universidade Faculdade de Medicina Departamentos de Física e Química Departamento de Matemática Associação Académica de Coimbra Sé Velha Jardim Botânico ALTA (21) Coimbra: património O Magnífico Reitor declarou em 2014 que o número de visitantes aumentou mais de 30% após a inscrição da Universidade de Coimbra na lista do Património Mundial. Com efeito, o aumento foi de 33,6% no 2.º semestre de 2013 em relação a igual período de 2012. O aumento foi de 62,3% se compararmos o 2.º semestre de 2014 com o de 2012. Visitantes da Universidade de Coimbra 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 12-2014 11-2014 10-2014 09-2014 08-2014 07-2014 06-2014 05-2014 04-2014 03-2014 02-2014 01-2014 12-2013 11-2013 10-2013 09-2013 08-2013 07-2013 06-2013 05-2013 04-2013 03-2013 02-2013 01-2013 12-2012 11-2012 10-2012 09-2012 08-2012 07-2012 06-2012 05-2012 04-2012 03-2012 02-2012 01-2012 0 Coimbra: património Muitos são os desafios. Um destes, da maior importância, é o da gestão das Áreas Inscritas e da Zona de Proteção. Está em vigor um Regulamento Municipal que pretende proteger a área abrangida pela classificação de Património Mundial. Coimbra: património Pano de fundo: • A Universidade de Coimbra já constava, antes da inscrição, na Lista Indicativa da UNESCO dos bens suscetíveis de ser integrados e já dispunha, por isso, de estatuto nacional de área de proteção; • A candidatura obrigou à intervenção sobre as áreas candidatas e zona de proteção, redefinindo a vocação dos edifícios e dos espaços e o grau das intervenções sobre o património e a envolvente Objetivo fundamental: • Ter um Regulamento Municipal abrangendo a área classificada e a zona tampão, que assegure as linhas essenciais de intervenção, de revitalização e de salvaguarda dos bens a defender e a valorizar Coimbra: património Objetivos gerais do Regulamento: 4 Valorização da área no sentido da preservação e melhoria da sua qualidade ambiental e da promoção do desenvolvimento sustentável; 4 Manutenção e reforço da função residencial e melhoria das condições de habitabilidade; 4 Salvaguarda/reabilitação dos conjuntos urbanos, edifícios e espaços relevantes; 4 Manutenção das caraterísticas morfológicas urbanas, bem como das caraterísticas tipológicas dos edifícios e do seu suporte edificado; 4 Reabilitação dos vários espaços existentes (remodelação e execução das infraestruturas e incremento das atividades tradicionais); 4 Integração na Cidade, garantindo a articulação com espaços confinantes; 4 Definição das condicionantes formais e funcionais a considerar em todos os projetos de intervenções urbanísticas (correção de dissonâncias e anomalias arquitetónicas e reserva das demolições para casos extremos); 4 Apoio e incentivo ao desenvolvimento integrado, fomentando a participação dos agentes económicos, sociais e culturais Coimbra: património Questões essenciais: carlos duarte 2013 Salvaguardar: preservar os valores e critérios que levaram à integração na lista de Património Mundial Valorizar: dar vida (o que fizermos, temos que fazer muito bem, à velocidade possível, mas sempre criando valor) Coimbra: património Estrutura de gestão Foi constituída a Associação RUAS (Recriar Universidade – Alta e Sofia), envolvendo, como fundadores: a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra, a Direção Regional da Cultura do Centro, a Coimbra Viva (SRU). Coimbra: património Estrutura de gestão A Associação RUAS (Recriar Universidade – Alta e Sofia) tem as seguintes finalidades: salvaguardar, promover e gerir o território afeto ao Bem designado por Universidade de Coimbra – Alta e Sofia, nos termos da classificação de Património Mundial atribuída pela UNESCO; promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade científica, cultural e social, tendo em vista a preservação e a beneficiação do património afeto; disponibilizar aos associados e demais interessados informação atualizada sobre linhas de financiamento para projetos; constituir um fórum consultivo, envolvendo, para além dos quatro fundadores, outras entidades representativas da comunidade local e organizações não governamentais; representar o Bem classificado nas instituições nacionais e internacionais. Coimbra: património Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) As áreas de reabilitação urbana (ARU) são instrumentos para a reabilitação urbana, que se concretizam através das operações de reabilitação urbana (ORU). As ORU podem revestir a natureza de operações simples, centradas na reabilitação do edificado, ou de operações sistemáticas, em que a intervenção mais vigorosa no edificado é acompanhada de uma intervenção no espaço público, nas infraestruturas e nos equipamentos coletivos, visando a atuação integrada e a requalificação e a revitalização do tecido urbano. Coimbra: património Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) A Câmara Municipal decidiu desenvolver uma ARU para a Alta (operação de reabilitação simples) Por outro lado, a Câmara Municipal decidiu encarregar a Coimbra Viva, SRU, de desenvolver duas ARU para a Baixa e para a frente ribeirinha (como operações de reabilitação sistemáticas) Estas 3 operações permitirão a implementação, de forma gradual e integrada, do conjunto de medidas estabelecidas no Regulamento ‘UNESCO’ Coimbra: património ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Alta ARU Coimbra Rio Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta Âmbito da operação de reabilitação urbana ARU Coimbra Alta 12 hectares Operação de reabilitação urbana (ORU) simples: 9 anos o prazo poderá ser prorrogado, até um limite máximo de mais 6 anos Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta ARU Coimbra Alta Prioridades e objetivos Prosseguir com a reabilitação do parque edificado, consolidando os programas de apoio aos proprietários Promover a ocupação dos edifícios devolutos, designadamente dos edifícios mais emblemáticos, com novas funções, capazes de fomentar a dinamização funcional Incentivar a criação de equipamentos e serviços de proximidade Incentivar a instalação de novos estabelecimentos comerciais e a reabilitação e modernização dos atuais, associando ao comércio “tradicional” e identitário da Alta uma nova oferta, de caraterísticas alternativas Fomentar a reabilitação das “repúblicas” de estudantes e promover a instalação de novas residências para estudantes e unidades de alojamento local Incentivar e apoiar a reabilitação do património cultural em articulação com as entidades tutelares Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta ARU Coimbra Alta Prioridades e objetivos Dar continuidade à requalificação do espaço público, reabilitando os espaços degradados e reforçando a qualidade urbana nos eixos estruturantes da malha urbana Assegurar uma melhor mobilidade na Alta, que contribua para a qualidade de vida, do ambiente urbano e do espaço público, facilitando as deslocações pedonais, limitando o tráfego automóvel de atravessamento e ordenando restritivamente o estacionamento Privilegiar uma gestão ativa do espaço público, assegurando as condições adequadas de segurança e higiene urbana Desenvolver uma gestão de proximidade, assegurando um acompanhamento sistemático e permanente junto da população, comerciantes, proprietários, investidores e outros agentes locais Promover eventos temáticos de divulgação e fruição da Alta de Coimbra, em articulação com a agenda cultural do Centro Histórico Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta Operacionalização ARU Coimbra Alta Esquema global Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta Operacionalização Exemplos de ações ARU Coimbra Alta Ações de reabilitação do edificado Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Alta Operacionalização Exemplos de ações ARU Coimbra Alta Circular na Alta Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa 30 hectares Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa Âmbito da operação de reabilitação urbana Operação de reabilitação urbana (ORU) sistemática: 15 anos Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa Prioridades e objetivos Desenvolver o perfil multifuncional da Baixa, valorizando em particular as atividades de comércio e serviços; Requalificar e dinamizar a oferta comercial, procurando dar resposta às novas necessidades e exigências da população da cidade e da região, alargando o perfil de potenciais consumidores; Manter e reforçar os serviços administrativos e outras âncoras funcionais; Valorizar a função habitacional, tendo em vista a fixação e atração de residentes, designadamente de segmentos específicos (estudantes, utilizadores temporários, etc.); Promover a reabilitação física do edificado, nomeadamente através da consolidação dos programas de apoio aos proprietários; Melhorar as condições de segurança dos edifícios, designadamente reordenando os espaços de armazenagem associados ao comércio; Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa Prioridades e objetivos Privilegiar a ocupação dos edifícios e/ou frações devolutos, tendo em vista o reforço das dinâmicas funcionais da Baixa; Requalificar o espaço público, valorizando os largos e praças, reforçando a sua articulação física e funcional com o tecido edificado e privilegiando percursos pedonais estruturantes; Promover uma gestão ativa do espaço público, assegurando as adequadas condições de segurança e higiene urbana; Valorizar o canal do metro enquanto espaço urbano de referência, salvaguardando a futura instalação da infraestrutura; Incentivar a reabilitação do património cultural e apoiar a sua revitalização funcional, em articulação com as entidades tutelares; Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa Prioridades e objetivos Assegurar as adequadas condições de mobilidade na Baixa, nos modos pedonal e rodoviário, salvaguardando a necessária compatibilização entre ambos e destes com as atividades presentes; Melhorar a conexão viária entre a Baixa e as áreas limítrofes; Contribuir para uma melhor articulação da Baixa com outros polos funcionais da cidade, incluindo a margem esquerda do Mondego; Promover, em articulação com a agenda cultural do Centro Histórico, eventos temáticos de divulgação e fruição da Baixa de Coimbra; Desenvolver uma gestão de proximidade, assegurando um acompanhamento sistemático e permanente junto da população, comerciantes, proprietários, investidores e outros agentes locais. Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa Operacionalização ARU Coimbra Baixa Esquema global ARU Coimbra Baixa Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa Intervenção no parque edificado ARU Coimbra Baixa Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa Intervenção no espaço público Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Baixa ARU Coimbra Baixa Estão previstas 3 unidades de intervenção: Terreiro da Erva 1ª Unidade de Intervenção (SRU) Praça do Comércio Operacionalização Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio ARU Coimbra Rio 21 hectares Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio ARU Coimbra Rio Âmbito da operação de reabilitação urbana Operação de reabilitação urbana (ORU) sistemática: 15 anos Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio ARU Coimbra Rio Prioridades e objetivos Reforçar a ligação do Centro Histórico ao Mondego, valorizando os espaços de interface cidade-rio; Potenciar o espaço livre deixado pela remoção das infraestruturas ferroviárias; Promover a ocupação dos imóveis devolutos, nomeadamente através da reconversão dos espaços industriais obsoletos; Reconverter a Estação de Coimbra A, transformando-a numa âncora funcional para visitantes e residentes na cidade; Criar e/ou valorizar as ligações pedonais ao núcleo central da Baixa da cidade e à margem esquerda do Mondego; Reforçar as ligações físicas, funcionais e simbólicas entre as duas margens; Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio ARU Coimbra Rio Prioridades e objetivos Reabilitar o parque edificado, nomeadamente através da consolidação dos programas de apoio aos proprietários; Requalificar os espaços públicos e os jardins existentes melhorando as condições de vivência dos mesmos; Assegurar a construção do canal do metro e valorizá-lo enquanto espaço urbano de referência, salvaguardando a futura instalação da infraestrutura; Assegurar as adequadas condições de mobilidade resolução dos conflitos entre os modos pedonal e rodoviário; nesta zona, procurando a Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio ARU Coimbra Rio Prioridades e objetivos Valorizar e dignificar a “entrada” norte do Centro Histórico; Contribuir para a valorização do percurso entre a Universidade (Alta) e Santa Clara; Valorizar a oferta hoteleira concentrada no eixo Av. Fernão Magalhães – Av. Emídio Navarro, em articulação com as novas unidades da Av. Marginal; Integrar esta zona nos percursos turísticos da cidade; Promover, em articulação com a agenda cultural do Centro Histórico, eventos temáticos de divulgação e fruição da frente ribeirinha de Coimbra; Desenvolver uma gestão de proximidade, assegurando um acompanhamento sistemático e permanente junto da população, comerciantes, proprietários, investidores e outros agentes locais. Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio Operacionalização ARU Coimbra Rio Esquema global ARU Coimbra Rio Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio Intervenção no parque edificado Áreas de Reabilitação Urbana │ ARU Coimbra Rio Operacionalização Estão previstas 3 unidades de intervenção: ARU Coimbra Rio Coimbra A Emídio Navarro Viver o Rio Coimbra: património As três Áreas de Reabilitação Urbana apresentam as seguintes propostas: Coimbra Alta Coimbra Baixa Coimbra Rio Operação de reabilitação urbana Simples Sistemática Sistemática Área aproximada (hectares) 12 30 21 N.º de edifícios abrangidos 431 ≈ 900 ≈ 100 % de edifícios em mau estado/ruína 17 30 34 Calendário para concretização até 2020 até 2027 até 2027 Investimento total previsto (€) 50.257.490 124.206.000 69.007.250 Investimento municipal previsto (€) 14.339.980 13.987.500 22.278.250 Encargo municipal anual médio (€/ano) 1.593.331 932.500 1.485.220 1. Políticas para a regeneração urbana: uma estratégia para os Centros Históricos 1.1. o caso de Coimbra 1.2. a regeneração dos espaços públicos: exemplos na Região Centro 2. As dinâmicas criadas em Coimbra com a candidatura a património mundial 2.1. o Regulamento ‘UNESCO’ 2.2. a estrutura de gestão 2.3. Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Alta, Baixa e Rio 3. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana na Região Centro 4. Síntese Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana A reabilitação urbana requer a mobilização de meios financeiros avultados, que garantam um ritmo de intervenção acentuado com a qualidade exigível, envolvendo projetos públicos e privados e permitindo a captação de investimentos sustentáveis Instrumentos municipais Instrumentos decorrentes da política nacional de reabilitação urbana Instrumentos com apoio da União Europeia • • • • • Incentivos fiscais e isenção/redução de taxas urbanísticas Apoios decorrentes das estratégias das ARU Apoio técnico (arquitetura, engenharia e arqueologia) Programa ‘Coimbra com mais encanto’ Obras coercivas Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Pano de fundo: • Relutância da Comissão Europeia em apoiar diretamente intervenções de reabilitação urbana da responsabilidade de privados • A vitória para as autoridades nacionais e regionais de conseguir ter um eixo para a política de cidades, com reabilitação urbana, no programa operacional regional • Os limites de intervenção… e a dificuldade de alavancar o investimento privado a partir do investimento público Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção relacionadas com reabilitação urbana: Fundo Programas Operacionais nas infraestruturas da Administração Local FEDER Regionais no setor de habitação de Coesão PO SEUR no setor de habitação social FEDER Regionais Património (Natural e) Cultural FEDER Regionais Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano FEDER Regionais Tipologias Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis Portaria n.º 57-B/2015, de 27 de fevereiro Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (I): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas da Administração Local a) intervenções ao nível do aumento da eficiência energética dos edifícios e equipamentos públicos da administração local, nos quais se inclui: a1) intervenções na envolvente opaca dos edifícios, com o objetivo de proceder à instalação de isolamento térmico em paredes, pavimentos, coberturas e caixas de estore; a2) intervenções na envolvente envidraçada dos edifícios, nomeadamente através da introdução de caixilharia com vidro duplo e corte térmico, ou solução equivalente em termos de desempenho energético, e respetivos dispositivos de sombreamento; a3) iluminação interior e intervenções nos sistemas técnicos instalados, através da substituição dos sistemas existentes por sistemas de elevada eficiência, ou através de intervenções nos sistemas existentes que visem aumentar a sua eficiência energética, nomeadamente integração de água quente solar, incorporação de microgeração, sistemas de iluminação, aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC); a4) instalação de sistemas e equipamentos que permitam a gestão de consumos de energia, por forma a contabilizar e gerir os consumos de energia, gerando assim economias e possibilitando a sua transferência entre períodos tarifários Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (II): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas da Administração Local b) intervenções ao nível da promoção de energias renováveis nos edifícios e equipamentos da administração local para autoconsumo desde que façam parte de soluções integradas que visem a eficiência energética, nos quais se inclui: b1) instalação de painéis solares térmicos para produção de água quente sanitária; b2) instalação de sistemas de produção de energia para autoconsumo a partir de fontes de energia renovável; c) intervenções nos sistemas de iluminação pública, sistemas semafóricos e sistemas de iluminação decorativa, tais como monumentos, jardins, entre outros, com o objetivo de reduzir os consumos de energia, através da instalação de sistemas e tecnologias mais eficientes, assim como pela introdução de sistemas de gestão capazes de potenciar reduções do consumo de energia elétrica associado a estes sistemas; d) auditorias, diagnósticos e outros trabalhos necessários à realização de investimentos, bem como a avaliação «ex-post» independente que permita o acompanhamento do desempenho e da eficiência energética do investimento Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (III): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis no setor da habitação a) intervenções ao nível do aumento da eficiência energética no setor da habitação particular, nas quais se inclui: a1) intervenções na envolvente opaca dos edifícios, (…); a2) intervenções na envolvente envidraçada dos edifícios, (…); a3) intervenções nos sistemas de produção de água quente sanitária (AQS) e em outros sistemas técnicos, através da otimização dos sistemas existentes ou da substituição dos sistemas existentes por sistemas de elevada eficiência; a4) iluminação interior; a5) instalação de sistemas e equipamentos que permitam a gestão de consumos de energia, por forma a contabilizar e gerir os consumos de energia, gerando assim economias e possibilitando a sua transferência entre períodos tarifários; a6) intervenções nos sistemas de ventilação, iluminação e outros sistemas energéticos das partes comuns dos edifícios, que permitam gerar economias de energia Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (IV): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis no setor da habitação b) intervenções ao nível da promoção de energias renováveis nos edifícios de habitação para autoconsumo desde que façam parte de soluções integradas que visem a eficiência energética, nos quais se inclui: b1) instalação de painéis solares térmicos para produção de água quente sanitária; b2) instalação de sistemas de produção de energia para autoconsumo a partir de fontes de energia renovável; c) auditorias, estudos, diagnósticos e análises energéticas necessárias à realização de investimentos, bem como a avaliação «ex-post» independente que permita o acompanhamento do desempenho e da eficiência energética do investimento; d) campanhas de sensibilização e de promoção da eficiência energética na habitação particular Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (V): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis no setor da habitação social a) intervenções na envolvente opaca dos edifícios de habitação social (…); b) intervenções na envolvente envidraçada dos edifícios, (…); c) intervenções nos sistemas de produção de água quente sanitária (AQS) e em outros sistemas técnicos, através da otimização dos sistemas existentes ou da substituição dos sistemas existentes por sistemas de elevada eficiência; d) iluminação interior; e) instalação de sistemas e equipamentos que permitam a gestão de consumos de energia, por forma a contabilizar e gerir os consumos de energia, gerando assim economias e possibilitando a sua transferência entre períodos tarifários; f) intervenções nos sistemas de ventilação, iluminação e outros sistemas energéticos das partes comuns dos edifícios, que permitam gerar economias de energia; Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (VI): Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis no setor da habitação social g) intervenções ao nível da promoção de energias renováveis nos edifícios de habitação social para autoconsumo desde que façam parte de soluções integradas que visem a eficiência energética, nos quais se inclui: g1) instalação de painéis solares térmicos para produção de água quente sanitária; g2) instalação de sistemas de produção de energia para autoconsumo a partir de fontes de energia renovável; h) auditorias, estudos, diagnósticos e análises energéticas necessárias à realização de investimentos, bem como a avaliação «ex-post» independente que permita o acompanhamento do desempenho e da eficiência energética do investimento Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (VII): Património natural e cultural a) inventariação, divulgação e animação do património e da rede de equipamentos culturais; b) proteção, valorização, conservação e promoção do património histórico e cultural com elevado interesse turístico, incluindo em particular aquele que já é Património da Humanidade reconhecido pela UNESCO; c) modernização e dinamização de museus e de outros equipamentos culturais de divulgação do Património e de elevado interesse turístico; d) apoio à realização de eventos associados ao património, à cultura e a bens culturais, com elevado impacte em termos de projeção da imagem da região, através da programação em rede a nível intermunicipal e ou regional sempre que adequado; e) organização e promoção de eventos com impacte internacional; f) divulgação e integração territorial, através de iniciativas de cooperação territorial e institucional que permitam integrar a programação cultural, as visitas guiadas e a divulgação de equipamentos, bens culturais e serviços prestados; g) programas de dinamização do património cultural, criação de redes de gestão de bens patrimoniais; h) capacitação dos agentes de gestão de bens culturais e naturais para a valorização económica desses mesmos bens Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (VIII): Património natural e cultural (promoção turística) a) promoção turística de territórios de elevado valor (…) cultural e paisagístico; bem como promoção (…) de práticas mais tradicionais de turismo cultural e turismo religioso; b) criação e promoção de novas rotas turísticas, centradas em recursos e produtos endógenos (e. g. vinhos), artes e saberes (e. g. vidro, lanifícios e cerâmica) e na produção cultural (e. g. escritores); c) utilização das TICE, sinalética e outros instrumentos de aproximação e visibilidade da região e do seu património nos mercados e junto dos visitantes Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (IX): Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano a) reabilitação integral de edifícios, nomeadamente destinados a habitação, a equipamentos de utilização coletiva, comércio ou a serviços, públicos ou privados, com idade igual ou superior a 30 anos, ou, no caso de idade inferior, que demonstrem um nível de conservação igual ou inferior a 2, determinado nos termos do estabelecido pelo Decreto -Lei n.º 266-B/2012, de 31 de dezembro; b) reabilitação de espaço público, desde que associada a ações de reabilitação do conjunto edificado envolvente em curso ou concluídas há 5 anos ou menos, podendo envolver a demolição de edifícios para criação de espaço público e a recuperação e expansão de infraestruturas verdes; c) reabilitação de espaços e unidades industriais abandonadas com vista à sua reconversão, destinadas às tipologias de uso referidas nas alíneas anteriores; d) desenvolvimento de ações com vista à gestão e animação da área urbana, à promoção da atividade económica, à valorização dos espaços urbanos e à mobilização das comunidades locais, desde que diretamente relacionadas com as ações previstas nas alíneas anteriores. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologias de intervenção (síntese): Eficiência energética Infraestruturas da Adm. Local Habitação Edifícios/ /equipamentos Campanhas de sensibilização Envolvente (opaca e envidraçada) Iluminação interior e sistemas técnicos (água quente solar, microgeração, AVAC, …) Gestão /medição consumos Iluminação pública Habitação social Património cultural (incluindo promoção turística) Energias renováveis Auditorias Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano reabilitação integral de edifícios com 30 anos ou nível de conservação < 2 reabilitação de espaço público, incluindo demolição de edifícios e infraestruturas verdes reabilitação/reconversão de espaços e unidades industriais gestão, animação, promoção atividade económica, valorização de espaços urbanos e mobilização de comunidades locais Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Objetivos específicos e “trabalhos de casa” prévios para Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano Objetivos Específicos Os apoios têm como objetivo específico a melhoria do ambiente urbano através da revitalização das cidades, por via da reabilitação física do edificado destinado a habitação, comércio, serviços, equipamentos de utilização coletiva e do espaço público envolvente, da qualificação ambiental e urbanística das áreas industriais abandonadas bem como da redução da poluição do ar e do ruído Exigência prévia A Autoridade Urbana (Município) deve elaborar um Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PEDUS), a ser aprovado pela Autoridade de Gestão, plano esse que articula os seguintes instrumentos: Plano sub-regional de mobilidade sustentável Plano de ação de regeneração urbana Plano de ação integrado para as comunidades desfavorecidas Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipologia dos apoios aos investimentos de Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano Subvenções não reembolsáveis para Instrumentos financeiros para os restantes investimentos, nas formas de • Definição de estratégias de investimento • Falhas de mercado e necessidade de investimento • Valor acrescentado gerado e compatibilidade com os auxílios de Estado • Recursos adicionais e efeito de alavanca • Garantia a financiamentos a conceder a PME, a outras entidades ou a particulares pela banca comercial • Bonificação de taxa de juro de empréstimos e de comissões de garantia em financiamentos a conceder pela banca comercial • Apoio a financiamento de empréstimos Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Tipo de apoios ao investimento nas áreas relacionadas com Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano Tipologias Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis Fundo Programas Tipo de apoio Operacionais Regionais Subvenção não reembolsável (SNR) no setor de habitação de Coesão PO SEUR Instrumento financeiro (IF) no setor de habitação social FEDER Regionais SNR Património (Natural e) Cultural FEDER Regionais SNR Reabilitação e Qualidade do Ambiente Urbano FEDER Regionais IF nas infraestruturas da Administração Local FEDER Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana Programa Operacional Regional 2014-2020 distribuição por eixos 7,83% Eixo 1 2,52% Eixo 10 Assistência Técnica 2014-2020 9,79% Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDEIAS) Eixo 9 37,97% Eixo 2 Competitividade e Internacionalização da Economia Regional (COMPETIR) Reforçar a rede urbana Eixo 3 (CIDADES) 13,36% Desenvolver o Potencial Humano Eixo 8 (APRENDER) Reforçar a capacitação institucional das entidades regionais Eixo 4 (CAPACITAR) 2,48% Eixo 7 Afirmar sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR) Eixo 5 Eixo 6 Afirmar sustentabilidade dos recursos 5,88% 4,75% (SUSTENTAR) Fortalecer a Coesão Social e Territorial (APROXIMAR e CONVERGIR) Promover e Dinamizar a Empregabilidade (EMPREGAR e CONVERGIR) 7,21% 8,20% Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana O Programa Operacional Centro2020 e a reabilitação urbana (I) Apoios financeiros disponíveis nos principais domínios relacionados: Montante disponível (M€) Eixo Domínios de intervenção 6 Renovação energeticamente eficiente de infraestruturas públicas, projetos de demonstração e medidas de apoio 45,0 (SUSTENTAR) Renovação energeticamente eficiente do parque habitacional existente, projetos de demonstração e medidas de apoio 10,0 7 Desenvolvimento e promoção de serviços públicos turísticos, culturais e patrimoniais 13,2 Infraestruturas de habitação nos centros urbanos de nível superior (*) 25,0 Outras infraestruturas sociais que contribuam para o desenvolvimento regional e local nos centros urbanos de nível superior (*) 3,0 Proteção, desenvolvimento e promoção de ativos públicos culturais e patrimoniais nos centros urbanos de nível superior (*) 120,0 (CONSERVAR) 9 (CIDADES) (*) 10 centros urbanos regionais (de 1.º nível): Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria, Viseu, Guarda, Covilhã, Castelo Branco, Torres Vedras e Caldas da Rainha; 21 centros urbanos estruturantes (de 2.º nível): Ovar, Ílhavo, Águeda, Cantanhede, Pombal, Marinha Grande, Mangualde, Tondela, Seia, Gouveia, Oliveira do Hospital, Ourém, Tomar, Torres Novas, Entroncamento, Abrantes, Alcobaça, Nazaré, Óbidos, Peniche e Alenquer Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana O Programa Operacional Centro2020 e a reabilitação urbana (II) Situação de partida que se pretende mudar: A Região dispõe de um sistema urbano policêntrico composto por uma rede de (…) centros urbanos que evidenciam ainda alguns problemas, resultantes, por exemplo, de deslocalizações de atividades, com edifícios devolutos, e que urge requalificar e refuncionalizar. São ainda necessárias intervenções ao nível da integração do centro urbano no território envolvente e ao nível da inovação nas soluções de qualificação urbana. Resultados esperados: Pretende-se a melhoria da qualidade do ambiente urbano, a revitalização e a regeneração dos centros urbanos e a redução da poluição atmosférica e sonora. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana O Programa Operacional Centro2020 e a reabilitação urbana (III) Ações de apoio à reabilitação urbana (a que acrescem as ações de eficiência energética e de apoio à regeneração física, económica e social das comunidades desfavorecidas em zonas urbanas): 4 Qualificação e modernização do espaço, equipamentos e ambiente urbano, incluindo espaços verdes e mobiliário urbano; 4 Recuperação, expansão e valorização de estruturas ecológicas urbanas e infraestruturas verdes; 4 Qualificação e modernização dos edifícios públicos, visando a dinamização de atividades económicas em meios urbanos através da adaptação de espaços para acolhimento de iniciativas produtivas (indústrias criativas, mostras de atividades e de produtos, soluções de co-work), e da criação de ambientes urbanos dinamizadores da criatividade, do networking e da inovação social; 4 Demolição de edifícios visando a criação de espaços públicos, desde que integrada na reabilitação do conjunto edificado envolvente; 4 Desenvolvimento de projetos experimentais ou projetos piloto de regeneração urbana, baseados em modelos sustentáveis e que privilegiem a economia local numa dimensão criativa e inteligente; 4 Reabilitação e reconversão de unidades industriais abandonadas, destinadas a habitação, equipamentos de uso público, comércio e/ou serviços; 4 Apoio à habitação privada e a edifícios de uso comercial, de propriedade privada, efetuado exclusivamente através de instrumentos financeiros Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana O Programa Operacional Centro2020 e a reabilitação urbana (IV) Critérios específicos Critérios gerais Princípios orientadores para a seleção das operações: • Contribuição para a Estratégia de Desenvolvimento Regional: aprovação exclusiva de projetos que sejam consistentes e alinhados com os objetivos de desenvolvimento regional e que detenham mérito absoluto relevante; • Contribuição para a Coesão Social e Territorial: as operações selecionadas devem gerar incremento no bem-estar social das populações e redução das assimetrias territoriais; • Orientação para resultados; • Competência e Capacidade dos Promotores; • Contribuição para as políticas comunitárias horizontais, incluindo o desenvolvimento sustentável, a igualdade de oportunidades e a não descriminação e a igualdade entre homens e mulheres • • • • • • • Qualificação do espaço público; Qualificação do ambiente urbano; Apresentação de condições de sustentabilidade ambiental; Quantificação da população diretamente beneficiada pelas intervenções; Apresentação de condições de sustentabilidade económica e social; Contributo para a contenção do solo urbano; Conservação e rentabilização das infraestruturas existentes 1. Políticas para a regeneração urbana: uma estratégia para os Centros Históricos 1.1. o caso de Coimbra 1.2. a regeneração dos espaços públicos: exemplos na Região Centro 2. As dinâmicas criadas em Coimbra com a candidatura a património mundial 2.1. o Regulamento ‘UNESCO’ 2.2. a estrutura de gestão 2.3. Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Alta, Baixa e Rio 3. Apoios financeiros à regeneração e à reabilitação urbana na Região Centro 4. Síntese Síntese A revitalização dos Centros Históricos é um caminho lento, difícil, mas irreversível…; Em Coimbra, há uma estratégia para o Centro Histórico, visando a sua salvaguarda e a sua valorização, articulada com a Cidade; Essa estratégia beneficia da dinâmica criada com a candidatura e a inscrição da Universidade como património da Humanidade, mas é também um contributo para a dinâmica daí decorrente; Síntese Há um Regulamento Municipal (o Regulamento ‘UNESCO’) que abrange a zona inscrita e zonas tampão, que pretende ao mesmo tempo garantir a integridade do bem e a dinamização da revitalização do Centro Histórico; Foi criada uma inovadora estrutura de gestão para a área central da Cidade, que coincide com a zona de proteção decorrente da candidatura que permite uma decisão apoiada, acompanhada, conjugada e célere; Síntese O Município tem aprovadas e em vigor três Áreas de Reabilitação Urbana, que constituem a corporização da estratégia definida para o Centro Histórico e para áreas envolventes deste e que o obrigam (por si, ou através da entidade gestora) à sua promoção, nos termos do regime aplicável; Estas ARU permitirão a implementação, de forma gradual e integrada, do conjunto de medidas estabelecidas no Regulamento ‘UNESCO’; Síntese Outros Centros Históricos possuem outras estratégias para a regeneração e reabilitação urbanas, simples ou sistemáticas, envolvendo intervenções isoladas ou integradas (quarteirão/bairro) e políticas sociais mais ou menos profundas; A regeneração dos espaços públicos centrais tem beneficiado do apoio dos fundos comunitários, havendo excelentes exemplos de intervenção; A intervenção no edificado privado é muito mais difícil de assegurar, havendo contudo instrumentos municipais e programas do Portugal2020 que apoiam projetos, quer no domínio da reabilitação urbana, quer no âmbito da eficiência energética; Síntese Os Programas Operacionais do Portugal 2020 (em especial o temático POSEUR e o regional Centro2020) apoiam a reabilitação urbana, com recurso a instrumentos financeiros e de apoios maioritariamente reembolsáveis, quer no âmbito da eficiência energética, quer através da política de cidades; A mobilização destes meios exige uma abordagem integrada, no âmbito de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PEDUS), que por sua vez deve conter um Plano de Ação de Regeneração Urbana; A verdadeira reabilitação urbana é um desígnio, mas é também um desafio… devendo evitar-se cair na tentação de uma reabilitação que cause gentrificação (a reabilitação “jacuzzi”) Regeneração Urbana: das políticas aos apoios na Região Centro obrigado [email protected] IPViseu, Maio de 2015