Mundo Jacques Potdevin é o novo presidente da FEE No passado dia 7 de Dezembro a Assembleia-geral da FEE elegeu Jacques Potdevin como presidente e Hans Van Damme como vice-presidente. Depois da eleição, o recém-empossado presidente afirmou que "a FEE tem o dever de representar grandes e pequenas firmas, de grandes e pequenos países da Europa. Na FEE somos como a União Europeia: unidos na diversidade". Potdevin sucede a David Devlin, tendo sido vicepresidente nos dois anos anteriores e Tesoureiro da Federação por mais de seis anos, após a consolidação de uma carreira notável. O novo presidente aproveitou também para relembrar as mudanças que a profissão tem assistido nos últimos anos, designadamente no que diz respeito à regulação e prestou homenagem ao seu antecessor, destacando o seu papel de elevada qualidade no desempenho das suas funções ao enfrentar "estes desafios de modo extraordinário, e garantindo que a FEE seja agora um importante stakeholder na construção de políticas europeias". No que diz respeito aos desafios que vai enfrentar, Jacques Potdevin diz que a implementação tranquila destas alterações, em benefício do mercado interno e da profissão na Europa. "Para este 64 REVISORES&AUDITORES OUT/DEZ 2006 propósito, sei que posso contar com um notável vice-presidente, um executivo muito equilibrado e uma equipa dedicada e altamente competente, e é para mim uma honra ser investido desta responsabilidade" e acrescentou que é essencial a aplicação consistente das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, e há mais a fazer para apoiar a convergência entre a Europa, os Estados Unidos e o resto do mundo". Jacques Potdevin sublinhou ainda a importância das Pequenas e Médias Empresas (PME) para a economia europeia, bem como a necessidade de uma análise de custo/benefício para moderar o impacto dos custos crescentes suportados pelas PME. "Como federação, enquanto representante de mais de 500.000 profissionais na Europa, a FEE tem a responsabilidade de comunicar constantemente com a Comissão Europeia sobre assuntos do Mercado Interno, como o reconhecimento das qualificações profissionais e outros aspectos da regulação do mercado ou de concorrência. FEE irá continuar a demonstrar a integridade da profissão, oferecendo soluções consistentes com o interesse público; a integridade deve passar para o primeiro entre todos os princípios éticos", declarou o novo presidente da FEE. Mundo FEE debate o contributo do relato financeiro para a estabilidade financeira e a transparência O contributo do relato financeiro para a estabilidade financeira e transparência foi o tema que deu mote à conferência que se realizou a 7 de Dezembro, dia da Assembleia Geral da FEE, em que foram eleitos os novos órgãos sociais. O evento teve como ojectivo promover um espaço de partilha e discussão dos pontos de vista dos principais stakeholders que integram o debate europeu e transatlântico e incluiu a participação de oradores convidados que deram o seu contributo para esta discussão. A abertura esteve a cargo do presidente do Congresso, David Devlin, a que se seguiu a intervenção de Charlie McCreevy, Comissário Europeu. A sessão foi marcada por vários debates, que contaram com a presença de Hans van Damme, que moderou o debate sobre "Valor justo de relato O Conflito entre transparência e Estabilidade?", que teve ainda o contributo de Stig Enevoldsen (presidente da EFRAG-TEG), Robert Hodgkinson (director executivo do ICAEW) e Christian Dreyer (managing partner da Tertium). A conferência terminou com o debate presidido por Jacques Potdevin, que teve a participação de Michel Maquil (presidente e CEO da Luxembourg Stock Exchange), Corey Booth (director da USSEC Office of Information Technology) e Michael Castello Vogt (senior associate e manager Institutional Shareholder Services Europe). OUT/DEZ 2006 REVISORES&AUDITORES 65 Mundo Charlie McCreevy empenhado na limitação da responsabilidade dos auditores O Comissário Europeu Charlie McCreevy e Mark Olson, presidente da Public Company Accounting Oversight Board, entre outros distintos convidados, fizeram parte do leque de oradores da conferência da FEE que teve lugar a 12 de Outubro, e que teve como objectivo discutir os temas que dizem respeito ao debate europeu e transatlântico sobre a regulação dos auditores. Um dos painéis da conferência discutiu a Fiscalização Pública na Europa, tendo o debate incidido no desenvolvimento de acordos de fiscalização, no estabelecimento da cooperação ao nível comunitário e registo e fiscalização de firmas de auditoria de países terceiros. A responsabilidade dos auditores esteve no centro da discussão, em particular o estado do mercado internacional de auditoria e a necessidade de reformas dos regimes de responsabilidade de interesse público. Também presente, e a defender esta tese, esteve Patrice Muller, Partner da London Economics e co-autora do estudo recentemente publicado para a Comissão Europeia, sobre o Impacto Económico dos Regimes de Responsabilidade dos Auditores. No final da sessão David Devlin falou sobre a adopção de medidas standard de auditoria internacional na União Europeia. A fechar a conferência, Charlie McCreevy focou a sua intervenção na implementação da 8ª Directiva , e sublinhou que a directiva cria um mecanismo para a introdução de Normas Internacionais de Auditoria na União Europeia. O Comissário Europeu aproveitou a ocasião para sublinhar que está empenhado na questão da Responsabilidade dos Auditores. Esta conferência da FEE surgiu como uma oportunidade de demonstrar o que tem sido feito nestas matérias, bem como os planos para o futuro.