C itogenética C lássica e M olecularem Passifloras: M arta D ias Soares-Scott Laura M aria M olina M eletti Luís C arlos Bernacci Ilene R ibeiro da Silva Passos 01/02/06 1 Citogenética -É a ciência que estuda os constituintes celulares portadores da informação genética (cromossomos). -Teoria da herança cromossômica, relaciona os cromossomos com as leis mendelianas de herança, marco para o estudo dos cromossomos. -Desenvolveu-se início do século passado e progresso acompanha o aprimoramento de técnicas e equipamentos de microscopia. -Cariótipo é estabelecido, a partir da forma e do número de cromossomos de uma espécie. Fornece informações para o estabelecimento das relações entre espécies, com respeito à organização dos cromossomos. Cariograma = imagem dos cromossomos/ Ideograma = esquema dos cromossomos. 01/02/06 2 I Interfaseas idéias nforme Prófase apresentação Metáfase 01/02/06 Anáfase Telófase 3 Análise citogenética : 1. Número e morfologia dos cromossomos mitóticos 2. o aspecto do núcleo interfásico 3. o comportamento de cromossomos meióticos e a microsporogênese 01/02/06 4 1.Morfologia 01/02/06 Detalhes sobre este tópico Exemplos e informações de suporte Como isso se relaciona com o público 5 2. intérfase, para metáfase Exemplos e informações de suporte 01/02/06 6 3. -Fertilidade dos gametas masculinos e femininos é dependente da normalidade meiótica. -Irregularidades meióticas em células-mães de pólen → comportamento e distribuição dos cromossomos. -Resultam em: -alteração de número cromossômico; -ocorrência de univalentes por falta de pareamento de alguns pares de homólogo; -bivalentes não orientados, por problemas de fuso; -pontes, terminalização inadequada de quiasmas; -micronúcleos resultantes de quebras ou univalentes. 01/02/06 7 - Poliploidia é apontada como variação cromossômica predominante na evolução das plantas. Diferentes tipos de células podem sofrer ciclos endomitóticos ou mesmo sofrer um erro meiótico (não redução cromossômica) e resultam em células poliplóides. Dentro de um gênero ou mesmo de uma espécie podem ocorrer números gaméticos diversos que são múltiplos perfeitos, denominados de série poliplóide, sendo considerado como número básico o menor número haplóide desta série, representado por X. 01/02/06 8 - o número, o tamanho e a forma dos cromossomos, são marcadores úteis para o reconhecimento de cada par cromossômico, e auxiliam em novas combinações e cruzamentos - a introgressão de genes pode ser incrementada por detecção de cromossomos ou segmentos cromossômicos pois o estado híbrido da planta pode ser determinado pelo número somático de cromossomos e também pelo comportamento meiótico. 01/02/06 9 Coloração diferencial, bandeamentos: Blocos de coloração diferenciada, regiões aparecem como faixas transversais mais coradas nos cromossomos, recebendo assim a denominação de bandas Banda C - regiões de heterocromatina constitutiva, seqüências de DNA altamente repetitivo, não codificam proteínas (não têm atividade gênica). Banda NOR - técnica de impregnação pela prata, (AgAS) detecta as regiões ativas na intérfase precedente pela associação da prata com as proteínas nucleolares Banda C-CMA/DAPI fluorocromos CMA (reconhece sítios ricos em GC) e DAPI (reconhece sítios ricos em AT). Diferenciação entre regiões ricas em GC (CMA+/DAPI-), AT (CMA-/DAPI+) e balanceada GC/AT ou neutra (CMA0/DAPI0). 01/02/06 10 -importantes para a identificação de cromossomos homólogos e homeólogos. - caracterização de polimorfismos ou de relações de parentesco entre espécies próximas, distinguindo possíveis rearranjos cromossômicos. Citogenética molecular - - localização de genes ou de seqüências de DNA repetitivo. - - Hibridações Fluorescentes in situ, ou FISHs. - -Hibridação de genomas inteiros, através de GISH (Hibridação Genômica in situ), tem fornecido interessantes dados sobre o estudo de híbridos e espécies proximamente relacionadas. -Técnicas utilizadas para localizar diferentes seqüências de DNA em cromossomos mitóticos ou meióticos, em núcleos interfásicos e em fibras de cromatina estendidas 01/02/06 11 Esquema simplificado da técnica de hibridização in situ. (a) A seqüência de DNA a ser utilizada como sonda deve ser isolada e marcada. 01/02/06 Ana Christina Brasileiro-Vidal & Marcelo Guerra 12 01/02/06 Citogenética de Passiflora - gênero Passiflora, e demais gêneros de passifloráceas, pouco estudado citológicamente. - informações citogenéticas registradas em 68 espécies do gênero Passiflora, 8 subespécies e 14 híbridos interespecíficos,pouco para 400 espécies conhecidas. - este número de espécies representa 16,1% no gênero, das 83 registradas (Melo et al. 2001). - Amplitude significativa para tamanho e número de cromossomos, em três grupos: x = 6, x = 9 e x = 9 ou 10, em maior freqüência. - Há registros para x= 7, 10, 11, 12,18 e 42. O número 2n varia no grupo x = 6, havendo espécies com 2n = 12, 2n = 24, 2n = 36 e 2n = 84 cromossomos; no grupo x = 9 com espécies onde 2n = 18 cromossomos, e no grupo x = 9 ou 10 com espécies 2n = 18, 2n = 20, 2n = 22. . 13 01/02/06 -Menor número haplóide é x = 6 (n = 6) sugere poliploidia nos processos evolutivos - Variação no nível de ploidia até 14x (14n). - Espécies horticulturalmente importantes 2n = 18. - Há indicações sugerindo que as espécies com 2n = 18 poderiam ter evoluído através da poliploidia ou pelo processo inverso, a partir de espécies com 2n = 24 por sucessivas perdas de pares cromossômicos. - O grupo x=12, deixa de ser um grupo secundário, já que aparentemente tem papel importante na evolução do gênero e é representado em outros gêneros da família, é importante lembrar que x=6 é derivado de x=12 ou vice versa. -Cromossomos pequenos,comprimento de 1,63 a 3,73 µm. - Cariótipos simétricos, centrômeros em posição mediana e sub-mediana, com relação de braços variando de 1,12 a 1,59 µm e presença de satélites. 14 01/02/06 Metáfase mitótica de Passiflora edulis 2n=18. 15 Cromossomos metafásicos de P. setacea, portadores de satélites 01/02/06 16 01/02/06 - Citogenética em híbridos interespecíficos de Passiflora, tanto zigóticos como somáticos são pouco freqüentes. - Híbridos mostram compatibilidade interespecífica, alguma fertilidade na parte masculina ou feminina, apesar de não frutos. - Irregularidade meióticas e alterações na formação do pólen, bem como diminuição na viabilidade polínica em ambos os tipos de híbridos. - O híbrido sexual mostrou-se mais regular que o híbrido somático. - híbrido somático P. edulis+ P. incarnata diferenças no tamanho de grão de pólen e diminuição na viabilidade polínica. - Presença de pólens viáveis indica que os híbridos tem potencial no melhoramento genético 17 Multivalentes e cromossomo retardatário P. edulis + P. incarnata 01/02/06 18 01/02/06 19 Tétrades, micronúcleo e micrósporos em P. edulis + P. incarnata Grãos de pólen de P. edulis x P. setacea, pólens viáveis e inviáveis 01/02/06 20 Citogenética molecular em Passiflora -FISH com sondas de rDNA 45S e 5S em 20 espécies de Passiflora Melo e Guerra(2003). -5S mostra um sítio apenas em 17 espécies em P. suberosa e P. foetida com 2 sítios e P. misera com 6 sítios, indicando possível origem poliplóide. - cromossomos muito compactados com dificuldade na localização dos pares portadores destes sítios, pq. bloqueador de divisão 24 horas. -Estamos utilizando sonda PTA71, r DNA 45S em híbridos P. edulis x P. incarnata, P.edulis x P. setacea,e nos parentais. 01/02/06 21 P. edulis x P. incarnata 2 sinais 01/02/06 22 01/02/06 Hibridação in situ P.edulis x P. setacea 4 a seis sinais 23 Hibridação Genômica GISH- confirma a hibridação. -lote de cinco cromossomos inteiros corados em vermelho que são de P. setacea, outro lote de 9 com fluorescência em amarelo de P. edulis e um lote de coloração laranja indicando seqüências de ambas as espécies P.setacea e P.edulis. 01/02/06 24 P. edulis x P. setacea 01/02/06 25