Para Sempre Mackenzista O sonho de cada um Alguns vão a passeio, diversão ou lazer. Outros, para ganhar fluência no idioma estrangeiro, ou tentar algum negócio. Há os que seguem a fim de morar, trabalhar. Quem sabe... casar! Uns começam pela escolha da universidade, outros planejam carreiras. Enfim, vão para lugares onde possam vislumbrar novas oportunidades. Todos sonham... I magine-se, partindo rumo à China para estudar. Depois, trabalhar. Muito distante e diferente? Nem tanto. Foi o que pensou Miguel Gomes da Costa Júnior ao arrumar as malas e partir para a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), da República Popular da China. Filho de macalenses, Miguel bacharelou-se em ProcesMacau samento de Dados em 1988 pelo Mackenzie, quatro anos depois licenciou-se em Letras, na mesma escola. Lá começou lecionando informática na Universidade de Macau: “Não me imaginava como um professor, talvez pelo fato, de que no Brasil, a profissão não ser encarada como se deveria”. Em Macau, além de prestígio, o professor recebe, em média, 30.000 patacas (moeda local), isto é 3.700 dólares. Miguel incentiva os mackenzistas: “Aproveitem ao máximo tudo o que o Mackenzie proporciona, para não sentirem falta no futuro”. Paula Quintanilha, administradora de empresas, formada em 1996 pela Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas (FCECA) quer melhorar o inglês nos Estados Unidos — longe do exotismo do Oriente no outro lado do mundo. Em 2000, a empresa em que trabalhava indicou-a para desenvolver projeto na Inglaterra, depois foi trabalhar em Portugal e, hoje, a gerente de compras, produção e logísti- 40 Mackenzie Paris ca está na capital da França:“O convite foi vantajoso para ambos, pois eu poderia atingir meu objetivo inicial, não deixando de trabalhar e sendo remunerada.A base adquirida foi importante para desempenhar e desenvolver as funções necessárias para meu trabalho diário, porque o Mackenzie desfruta de reconhecimento e prestígio entre as empresas, o que me possibilitou concorrer com vantagem em diversas entrevistas e dinâmicas de grupo, desde o primeiro ano de Universidade”. Bahamas Mário Rogério Kuchembuck Pavan, contador igualmente graduado pela FCECA, teve de nomear o pai como procurador para fazer a colação de grau. A razão foi uma promoção, em 1995, que o levou, juntamente com a esposa, para Nassau, capital da Comunidade das Bahamas, nas Antilhas. No Brasil, Mario Pavan era o segundo na hierarquia do departamento do banco em que trabalhava. A partir daí, ficou subordinado a um diretor comercial da empresa. Mais tarde, transferiu-se para outro grupo onde ganhou autonomia:“Hoje sou o responsável local”, conta orgulhoso. Pavan tem certeza de que seu esforço pessoal e o Mackenzie lhe valeram muito: “No início da carreira, a formação acadêmica é muito importante. É com uma boa faculdade que a gente consegue um bom primeiro emprego.A porta principal é mais difícil de abrir. Aí a gente precisa se empenhar, profissional e academicamente”, aconselha. Vânia Chiyoko Tauscher — graduada em Processamento de Dados (1987) — concorda com Mário Pavan. Mora em Bad Homburg, cidade turística da Alemanha. “O Mackenzie ainda é muito importante na minha carreira. Faz mais de 15 anos e muita coisa rolou nesse tempo, mas, com certeza, minha base, principalmente de análise de sistemas, é muito bem fundada, com tudo o que aprendi na época e coloquei em prática”, reconhece. Casada e com filhos nascidos no Brasil, ela trabalha no desenvolvimento de sistemas para controle de paletes de empresas aéreas, aplicações, intranet para editoras, homepages, business intelligence — ETL, reporting, explorer. Tatiana Bacha Paiva, graduada em Direito (1997) e residente em San Diego, Estados Unidos, também admite que a carreira começou a ser construída com a escolha da universidade: “A faculdade e o fato de ter passado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) permitem fazer o exame da Bar Exam, a OAB local, sem precisar cursar faculdade novamente. Vou fazer o exame em julho de 2003”, comemora. Para ela que trabalha em escritório de advocacia há quatro anos, o curso do Mackenzie foi suporte importante. Quanto a casar Heidelberg Mackenzie 41 Para Sempre Mackenzista San Diego e sair do Brasil, ela garante que foi uma questão circunstancial, uma vez que conheceu o marido, norte-americano, em viagem: “Foi nos Estados Unidos, durante uma estadia que fiz para aprender inglês”, revela. A arquiteta graduada em 1987, Ana Stella Carvalho Duarte não foi para França em 1989 a fim de cursar. Mas acabou cursando História da Arte na Escola do Museu do Louvre, quando o marido foi convidado a traLyon 42 Mackenzie balhar naquele país. O casal voltou ao Brasil em 1991, mas, sete anos depois, o marido dela receberia um novo convite. E aceitou. Fixaramse em Lyon, uma importante cidade francesa, só que ela teve dificuldade em obter a autorização para trabalhar, o que aconteceu recentemente: “Atualmente, faço ilustrações para um catálogo de uma associação que restaura casas antigas da região Rhone-Alpes”, conta. E conclui descrevendo a vantagem de ter passado pelas fileiras do Mackenzie:“Eu diria que graças aos cursos de História da Arte e História da Arquitetura eu tive acesso a tantas maravilhas culturais situadas na França. Isso me deu a oportunidade de descobri-las, de ver e redescobrir tantas coisas que estudei e somente via em fotos ou slides”. Presente para São Paulo O Para Sempre Mackenzista conseguiu cadastrar, até o início de abril de 2003, mais de 43.000 nomes. A implantação do programa no ano passado estreitou ainda mais o relacionamento do Mackenzie com os antigos alunos, passando a oferecer, entre outros serviços, o de um banco de dados de emprego, site com assuntos de interesse, e-mail permanente e cartão de desconto mackenzista com vários benefícios, entre os quais descontos em 7.500 estabelecimentos. As atenções, agora, estão voltadas para importante trabalho de restauro do Edifício Mackenzie, construído entre 1894 e 1896 e que abriga o Centro Histórico (CH). A gestão do CH passou a ser do Departamento de Desenvolvimento Institucional e projetos como da iluminação e da restauração do edifício são realidades. Hoje a cidade tem mais de 30 outdoors informando sobre a restauração do Centro Histórico, parte importante do patrimônio de São Paulo, que deve ser concluída até 25 de janeiro de 2004 – um presente do Mackenzie à capital paulista. “Após o lançamento do programa estamos na fase de consolidação”, avalia Arnaldo Cersóssimo, gerente do DI. Ele apresenta a novidade que deve agradar aos colecionadores: “Vamos vender tijolinhos numerados com referências à contribuição e ao doador”, revela. Há também, segundo ele, novos projetos em andamento, como o da organização de um jantar para antigos mackenzistas. Ele afirma que o Para Sempre Mackenzista está sendo desenvolvido de maneira dinâmica, com campanha publicitária a cargo da PublicisNorton e, em outra frente, buscando novas parcerias, inclusive de funcionários, para aumentar o espectro de divulgação. “Estamos fazendo um trabalho muito forte de captação de recursos e convocando a todos para esse trabalho. A captação não é responsabilidade exclusiva do DI, mas sim de todos nós que trabalhamos na instituição”, concluiu.