APENAS MAIS UM ASPECTO SOBRE A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA José Augusto Conceição GENTES- Grupo de Estudos sobre Novas Tendências Sociais/Núcleo Memorial do Café, Rua Grajaú, 29 – I – Grajaú – Rio de Janeiro – [email protected] Resumo- A presente comunicação desdobra-se de um estudo mais extenso sobre a forma de apreensão das categorias raça e etnia no imaginário social brasileiro. Trata-se, aqui, da exposição de extratos dos estudos exploratórios que integram um novo projeto que visa, desta feita, identificar em que medida os negros se enquadram nos paradigmas de burguesia e proletariado, como definidos pelo imaginário social brasileiro. Nestas páginas, nos limitamos a analisar alguns poucos dados colhidos da filmografia e fonografia nacionais, a partir do que levantamos pontos para posteriores e mais aprofundados estudos sobre racismo e violência urbana. Palavras-chave: violência, racismo, cultura, educação e políticas públicas reparatórias. Área do Conhecimento: VII Ciências Humanas Introdução Aqui, vale citar a lúcida e axiomática enunciação de José Mário Azanha, segundo a qual “um problema nacional, como problema governamental, só existe a partir de uma percepção coletiva, sendo a consciência crítica de alguns homens em face da realidade, insuficiente para afirmar sua existência”, desta forma, completa, “somente quando essa consciência se generaliza e se difunde amplamente na sociedade é que se pode falar de um problema em termos nacionais e de governo” [1]. É evidente o fato de que a sociedade brasileira ainda não percebe o racismo como um entre os problemas que tem de, prioritariamente, enfrentar. Por isso Hélio Santos afirma tratar-se de "algo que, apesar de fazer parte do nosso cotidiano, não tem a visibilidade que o caso requer"[2]. Parece que à guisa de evitar a brutalidade dos conflitos, raciais, que assistiu passarem, em tempos diferentes, o Haiti, os Estados Unidos, a Alemanha, a África do Sul e outros, menos expoentes, a sociedade brasileira, buscou evidenciar, a todo o momento, o caráter não racial de sua violência. Este fato é tão patente que o país, de tradição política autoritária, sufragou discurso oficial, por cerca de cinqüenta anos aquele que restou designado Democracia Racial. A instituição pioneira da figura de uma democracia temática, e muito especialmente, na plena vigência do totalitarismo de Vargas e da ditadura militar, significa dizer que a sociedade admitia a prática da violência em qualquer outro segmento da vida brasileira, à exceção de suas relações raciais. Segundo Hélio Santos, na década de 1970, "não havia espaço para atuar junto ao Estado, que era refratário e hostil a qualquer ação que desmistificasse a 'democracia racial brasileira'."[3] Santos também afirma que um quadro semelhante se passava no meio sindical e nos partidos de esquerda, incluindo os clandestinos, "para os quais a questão racial se inscrevia como uma 'questão menor' [...] a grande causa do conjunto dos oprimidos abrangeria todos os problemas, incluindo o racismo, o machismo, etc.". Abdias do Nascimento e Elisa Larkin Nascimento destacam, como conseqüência deste quadro, a atuação independente das ONGs afrobrasileiras, nos anos de 1980 e 1990, que então buscaram preencher "o vazio deixado pelo Estado ao não executar políticas públicas voltadas para essa população"[4]; o que aliado ao fortalecimento da mobilização afro-brasileira dentro dos partidos políticos e ao natural crescimento de sua articulação com os setores sindicais ligados aos próprios partidos, teria motivado à superação "do antigo discurso que decretava a luta contra o racismo como fator de divisão do proletariado". As narrativas de Santos e Nascimento explicitam a evolução do nível de conscientização da sociedade em relação ao problema, o que cotejado com o dizer de Azanha, evidencia-se insuficiente a alçar o racismo à condição de problema nacional. Conforme sustenta o brasilianista Michael George Hanchard, a resistência da sociedade brasileira em acatar o racismo como um de seus problemas se deve "à incapacidade generalizada dos brasileiros de identificar padrões de violência e discriminação específicos da questão racial"[5], o que, segundo ele próprio, decorre de um processo de hegemonia racial branca que neutraliza a identidade racial entre os não brancos. Processo de socialização que fomenta a discriminação racial ao mesmo tempo que nega sua existência. Ainda segundo este autor, tal importa na "reprodução IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1958 das desigualdades sociais entre brancos e não brancos, promovendo, simultaneamente, uma falsa premissa de igualdade racial entre eles". Em um extenso estudo que se constituiu em nossa dissertação de mestrado recorremos a teoria da imaginação de Cornelius Castoriadis para interpretar os conceitos de raça e etnia presentes no imaginário social brasileiro. Naquela ocasião concluímos que o racismo existente na sociedade brasileira se formava a partir de suas estruturas imagéticas e sem o caráter institucional dos casos norte-americano e sul-africano. Concluímos, também, que seu enfrentamento exigia ações educativas, por ser este o meio ótimo de difusão de valores. Concluímos, ainda, que políticas públicas para equiparação sócioeconômica da população negra à população branca não são por si só capazes de reverter o racismo, em quaisquer de suas formas. Para Castoriadis as significações aparecem veiculadas por estruturas significantes, jamais se reduzem a estas, nem são por elas determinadas, uma vez que cada significante pertence a uma estrutura ideal que lhe é própria e que se insere em relações quase-racionais; motivo pelo qual não se prende sempre ao mesmo significado preciso; ao contrário, o ultrapassa alcançando “lugares totalmente inesperados”.[6] Baseados nesta assertiva nossa conclusão mais importante foi a de que o imaginário social brasileiro apreendeu os valores constitutivos da burguesia como sendo uma etnia. E, especialmente, como etnia hegemônica em sua sociedade. Materiais e Métodos Dando continuidade aquele estudo pareceunos necessário identificar o que caracteriza a burguesia brasileira e, ao mesmo tempo, e por via de exclusão, identificar o que caracteriza o proletariado brasileiro; e, a partir de então, verificar em que medida o negro, no Brasil, se enquadra nestes paradigmas. Para tanto se tem mostrado conveniente a leitura de Introdução à revolução brasileira e de História da burguesia brasileira, ambos de Nelson Werneck Sodré; e de A revolução burguesa no Brasil, de Florestan Fernandes. A prática da rejeição ao negro, enquanto elemento não burguês, se nos mostrou tão sofisticada quanto é explícita a prática da segregação ao pobre pela mesma razão. Assim, a pobreza e a negritude parecem assumir, nesta sociedade, a forma de um estigma; categoria discorrida por Irving Goffman em livro homônimo, que também integra, juntamente com Representações Sociais, de Serge Moscovici, nosso quadro de referências teóricas. Ao contrário daquele nosso estudo a que nos referimos no início, quando então nos valemos de fontes majoritariamente bibliográficas; agora nos inclinamos a buscar fontes documentais e mais precisamente musicais, por se consubstanciarem em expressões literárias sintéticas e, conseqüentemente, de mais rápido acesso; e por manifestarem, através de letras e melodias uma estética situada no tempo e no espaço e identificada com grupos populacionais específicos. A presente comunicação se constitui de um dos muitos aspectos que temos apurado nesta etapa exploratória deste novo empreendimento. Aqui, buscaremos discorrer apenas sobre a racialização dos discursos em paralelo ao problema da violência urbana. Resultados Recordemos que o movimento social negro, restaurado em fins da década de 1970, se articula com o meio sindical e, a partir deste, com o meio partidário. Todos unidos para o fim de definir alguma sorte de projeto para o país, na ocasião, em processo de redemocratização. Os primeiros governos estaduais eleitos pelo voto direto, já nos estertores da ditadura militar, com especial destaque para os de São Paulo e Rio de Janeiro, buscaram, então, o diálogo com os atores do movimento. Como bem acentuado por Michael George Hanchard, seus ativistas "tentaram forjar identidades e estratégias para um Movimento Negro de massas no Brasil usando moldes provenientes dos Estado Unidos e da África", na esperança de aplicar as lições extraídas das lutas pelos direitos civis e das lutas anticolonialistas.[6] Obviamente, a proximidade geográfica e a hegemonia cultural norte-americana que difundem, entre nós, muito mais informações sobre si que todos os países africanos, em conjunto, implicou na prevalência da visão americanista sobre a africanista. Deste modo, o diálogo com os novos governos democráticos se pautou pelo multiculturalismo. Este diálogo se ampliou a ponto de se institucionalizar, desde a experiência paulista do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, na gestão de Franco Montoro, passando pela criação de Coordenadorias Municipais, de diversas administrações, até a formação da Secretaria Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial - SEPPIR, órgão da Presidência da República, criado no governo do presidente Lula. A tudo isto, se deve somar: (1) o lançamento, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, do o primeiro Plano Nacional de Direitos Humanos - PNDH em 13 de maio de 1997; (2) o aumento da presença dos negros em peças publicitárias; o que, de um lado, responde à demanda do mercado por novos nichos de IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1959 consumidores e; de outro, à pressão exercida pelos próprios negros, através de constantes denúncias públicas da segregação que sofriam do setor de propaganda; e, (3) o fato dos media impressos dedicarem cada vez mais espaço ao tratamento da questão das relações raciais no país, especialmente após a polêmica adoção do instrumento das cotas raciais para o acesso ao ensino superior. Contudo, talvez seja a indústria do audiovisual o lugar de maior evidência disto que chamamos racialização do discurso. O cinema de Notícias de uma guerra particular, (João Moreira Salles, 1999); de Cronicamente inviável, (Sérgio Bianchi, 2000); de Cidade de Deus, (Fernando Meirelles, 2002); de O homem do ano, (José Henrique Fonseca, 2002); de Carandiru, (Hector Babenco, 2003); de Justiça - O filme, (Maria Augusta Ramos, 2004); de Quase dois irmãos, (Lúcia Murat, 2005) e de Quanto vale ou é por quilo (Sérgio Bianchi, 2005). A música sob a forma do Rythm and Poetry - Rap, nas vozes dos Racionais MCs, Rappin' Hood, Thaíde e MV Bill, para citar apenas alguns entre os artistas, do movimento Hip Hop, mais conhecidos. E, embora o movimento Hip Hop, entre nós, conte mais de duas décadas entoando o mesmo temário, a racialização do discurso na indústria do audiovisual parece, (especialmente em razão do cinema), se haver evidenciado na virada do século XXI. Notícias de uma guerra particular e Justiça - o filme são documentários. O primeiro se pauta em depoimentos de vítimas e vitimários da violência urbana - traficantes de drogas, policiais, moradores e celebridades, igualmente representativas dos três segmentos, como Carlos Luis Gregório - o Gordo - ex-integrante da quadrilha chefiada por José Carlos dos Reis Encina - o Escadinha; o Delegado de Polícia, então, Chefe de Polícia Civil - Hélio Luz e, o exmorador do bairro da Cidade de Deus, autor do livro homônimo - o escritor Paulo Lins. O segundo, Justiça - o filme discorre sobre o aparelho judiciário criminal (incluindo a judicatura, a desembargadoria, a Defensoria e o Ministério Publicos), os serviços policiais e o sistema carcerário, os réus e suas famílias. Os demais filmes são obras de ficção, mas em todos eles, em que pese a tônica ser as desigualdades sociais, tomadas na perspectiva das lutas de classe, há uma seqüência, quando não todo o filme, perpassando ou mesmo repisando a questão das relações raciais, focando práticas discriminatórias, (O homem do ano e Cronicamente inviável), discursos estereotipados, (Quanto vale ou é por quilo) e lugares sociais destinados à população de negros e mestiços no Brasil (Cidade de Deus, Carandiru e Quase dois irmãos). A luta de classes, seja nos dois documentários, seja nos dramas, se apresenta no sentido mesmo de mútua agressão, isto é, de violência. E este mesmo temário se repete integralmente nas letras das canções do Hip Hop e no depoimento dos rappers. A revista Caros Amigos, por duas vezes dedicou edição especial ao movimento Hip Hop. A primeira em 1998 e a segunda, agora, em 2005. A jornalista Marina Amaral que assina a matéria intitulada De volta para o futuro explica que o movimento se organiza em núcleos, denominados posses; originalmente, "gangues de jovens negros dançarinos de break, os b.boys, que propõem substituir as disputas sangrentas de rua por competições artísticas: na dança (break), na música (rap) e nas artes plásticas (graffitti)"[7]. Amaral buscou repetir nesta matéria o percurso de entrevistas que havia realizado na edição de 1998. Tornou, então, a procurar os artistas das posses Negroatividades, UAFRO, e Radical Black. A caracterização que Amaral fez da origem das posses - "gangues de jovens negros dançarinos de break", assim como os próprios nomes das posses evidenciam a dimensão racial sobre a qual se alicerçam. Contudo, depoimentos como os de Weber, integrante da posse Força Ativa; Milton Salles, "militante político da esquerda e do movimento Black Power nos anos 70" e um dos fundadores do movimento Hip Hop no Brasil; e o rapper Rappin' Hood, apontam para dimensões outras, diversas da questão racial. Webber fala das realizações da posse: " 'Nós temos linhas de atuação: na área da saúde, trabalhamos com prevenção de DST e Aids; na área da infância e adolescência atuamos como educadores sociais no projeto Meninos e Meninas de rua e no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.' " e conclui a entrevista concedida à Amaral dizendo: " 'a música rap cumpre o papel que a arte tem na sociedade, de cutucar, fazer pensar, quando queremos propostas temos de ir para a política, fortalecer outros elementos que nos permitam construir um novo modelo de sociedade, uma sociedade socialista. Temos que pensar em luta de classes, ter a questão do trabalho como definidora, central' ". Salles, por seu turno, destaca a estética do discurso Hip Hop. Diz: " 'a favela é um mundo em construção, recicla os materiais, ocupa o que está abandonado, constrói o barraco sem deixar que a janela dê de cara para a janela do vizinho, como acontece nos conjuntos habitacionais que o governo faz para confinar os pobres.' ". E continua: " 'o rap é parecido com a favela. Também é uma forma de construir em cima do que já foi construído.' " Por fim, destaca o papel social do movimento: " 'Cada grupo de rap, cada posse que produz um trabalho está mantendo dez, doze pessoas em volta sobrevivendo do seu IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1960 trabalho. São 4.000 grupos de rap em São Paulo que empregam umas 60.000 pessoas trabalhando por maior distribuição de renda, por políticas públicas na periferia, pelo fim da guerra civil que está matando a molecada nos morros e nas favelas. A cultura de rua é a mais importante arma contra a violência do mundo". Por fim, Antônio Luiz Júnior, o Rappin' Hood, remata: " 'a gente ta dando uma chance, mostrando que é mais civilizado que os caras que não dividem a renda de jeito nenhum e jogam a polícia atrás de nós. Assassinato, miséria, desemprego, abandono, e os caras subindo os muros das casas e mandando chicote.' [...] 'É lamentável, a verdade dói, mas pobre quer ter dinheiro, quer ter vida de playboy' ." Discussão A filmografia e o Hip Hop brasileiros evidenciam tanto a racialização dos discursos como o esgotamento da paciência dos estratos menos abastados em relação à constante preterição que sofrem quando da distribuição, não apenas da renda, mas também dos bens e serviços públicos. É este esgotamento a geratriz de uma mudança de postura da sociedade e, particularmente, destes estratos menos abastados. Mudança caracterizada pela migração de um lugar de paciente social e uma postura de acomodação para outro de agente social, cuja postura vem sendo a da confrontação. Neste sentido, João Cezar de Castro Rocha sutenta: "a cultura brasileira tornou-se palco de uma sutil disputa simbólica... de um lado, propõese a crítica certeira da desigualdade social... de outro lado, ... acredita-se no retorno à velha ordem da conciliação das diferenças". E sentencia: "a caracterização da cultura brasileira contemporânea exige novos modelos de análise"[8]. Para Rocha estaria ocorrendo uma paulatina substituição da dialética da malandragem, (categoria analítica trabalhada por Roberto DaMatta e Antônio Cândido) pela dialética da marginalidade, (categoria construída por ele próprio). O discurso de Rocha torna evidente o fato do malandro sobreviver do otário. Sua navegação social se opera por meio do apenas aparente cumprimento, das obrigações sociais, simultaneamente ao efetivo descumprimento da ordem social, cuminando na locupletação frente a um terceiro (o otário). A malandragem implica, portanto, a perpetuação do modelo de desigualdade social que, justamente, se vem denunciando de muitas formas que se vê em expressas na filmografia apontada e no movimento Hip Hop. Conclusão O trabalho que, ora, apresentamos encerra, aqui, inconcluso, porquanto represente os resultados preliminares da chamada fase exploratória de um projeto maior de pesquisa. No entanto, se percebe, claramente, se encontrar em processo a radicalização do diálogo, arriscando a sociedade polarizar-se e romper-se. Por outro lado, também se verifica nestes discursos uma confusão entre racismo e exclusão social que denota a existência de uma crença de que este quadro de exclusão seja decididamente motivado pelo racismo. Esta confusão, suspeitamos, decorra do "trabalho de conscientização" realizado nas décadas de 1970 e 1980 pelo Movimento Social Negro. Tal implica em se tomar a questão sóciocultural do racismo pela questão sócio-econômica do desenvolvimento humano; o que, no limite induz à formulação equívoca de políticas públicas ineficazes ao enfrentamento dos dois distintos problemas - o do racismo e o da exclusão social. É nesta direção que nossas investigações seguirão. Referências [1] AZANHA, José Mário Pires. (1993). Cadernos de pesquisa. Săo Paulo, n° 85, p. 70. [2] [3] SANTOS, Hélio. Uma avaliação do combate às desigualdades raciais no Brasil, In: GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo, HUNTLEY, Lynn. Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil, São Paulo: Paz e Terra, 2000. [4] NASCIMENTO, Abdias do, NASCIMENTO, Elisa Larkin. Reflexões sobre o Movimento Negro no Brasil, 1938 - 1997, In: GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo, HUNTLEY, Lynn. Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil, São Paulo: Paz e Terra, 2000. [5] [7] HANCHARD, Michael George. Orfeu e o poder: movimento negro no Rio e São Paulo. Rio de Janeiro: EdUerj, 2001. [6] CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade, 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. [8] AMARAL, Marina. De volta para o futuro. Especial Caros Amigos Hip Hop. São Paulo, n° 24, p. 04-06, junho de 2005. [9] ROCHA, João Cezar de Castro. Dialética da malandragem: caracterização da cultura brasileira contemporânea. Folha de São Paulo, São Paulo, 29 de fev. 2004. IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1961