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Fórum Social Mundial
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FÓP.UM S O C IA L M UNDIAL
Veículo 0 G L O B O -R IO
Diiiu 27/0.1/2003
Seção - . .
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02
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PANpRAM
po lític o
\ E
ftHE/A CHUVINEL • dc liiasili.i
Distâncias
• Quando o s tèUÍÍes^doè d iversos auditórios da PUC
de
Porto Alegre com eçaram
a
transmitir, direta­
m ente d e D avm , o discurso do presidente Lula, calaran w e as
v o zm
babei e
da
dial lez p au sáp ara conferir
o
cada
Fórum Social Mun­
pniavra. E, na m e­
dida em que U ila repetia lá o que lhes dissera na
soxta-feira, explodiniti npiaii.sos c a p ittv a v ^ s. Li­
gando 08 d ois fóruns
aqui dentro e.Iáiora,
a n t a g ô n ic o s ,
e
mais
i.iila saiu maior,
d e s a fia d o a
provar
que
su as rialavras p i^ em fazer sentid o na prática.
Pará a platãa de Davos, o franco, avisou que nâo se
mais desconcertante taivez está tentando no Brasil ne­
teniia sido ouvir aquelas co­ nhuma ruptura ou p assa­
branças e criticas, à ordem gem pacifica para o socialis­
mundial de um governante mo, a exemplo do governo
que aii reiterou seus compro­ Allende, que aii também |á ■
missos internos — com a de­ suscitara comparações.
mocracia. a austeridade eco— Aqui estamos buscando
iiriMilcn, o rt!8|)elto no» coii. n iMw.i.igrni <lc iiiiin (icmucrnli.iiiw, n iilxTliira ao inumi». cin rf.iliilivn para uinn demo­
Inclusive a seus capitais, o cracia mals concreta e univerc|ue citega .i ser quase um pa- sallst.1 . (le um modelo èconôr.-idoxo.
mico c.xciiidenle para um sis­
Ainda que nào saia maior iá tema mais Inclusivo, que pro­
fora, aqui, e junto às tritx» es­ mova justiça social pelo cres­
trangeiras que buscam um cimento e a distribuição mais
mundo diferente. Lula ampiia justa da renda e das oportu­
as expectativas ó n relação a nidades.
seu governo no Brasil. E au­
Ou, como se diria em ou­
menta, por conseqüência, o tros tempos, trata-se ape­
dilema de administrar a dis­ nas de um programa míni­
tância entre o des^ávei e o mo e reformista.
possível, entre a ui^ncia e o
O conseilio, repeliu, será
lenipo político, distancias es­ um Instrumento de aperfei­
sas que se manifestaram em çoamento democrático, pelo
muitos dos debates do Fórum qual o govemo ouvirá a socie­
<lr Torto Alegre.
dade organizada, em todoa os
Neles, ministros e autorida­ setores, e n&o só o capital e o .
des do govemo tentaram falar trabalho. Dali saliâo dedsôes ,
a língua do pragmatismo, con­ por consenso ou recomenda- '
ciliando utopia e realidade. çôes por maioria, em rdação, '
Um exemplo, a oBdná sobre por exemplo, às reformas pre‘democratização da democra- vldenciária e tributária, que
da", reunindo conw esposito- devem chegar ao Congresso
tes o mbüstTD l^rso G c ^ e o em maio. A negociação prévia
sociólogo portu^iês Boaven- no conselho náo será usada,
tura Santos. Braslldros e es­ diz Tarso, para pressionar o
trangeiras, com suas peigun- Legislativo, nias para indicartas e criticas, paredam ver no lhe o gr.iu de consenso exis­
Conselho de Desenvolvimento tente na sociedade a respeito
Ecmiômlco e Social, que 1er« d ( ! i .ul.i incxilil.i p r i ) | K » t a O
Tar.w como secretirio, algu­ que nflo deixará de ser um an­
ma coisa como a praça grega tídoto contra o corporativis­
da democracia direta; outros, mo e o clientelismo que fa­
um sovine supremo; e outros zem ninho no Congresso.
ainda, algo pareddo coin o co­
As ilusões sobre o conse­
mitê gestor de um offamoito lho são um exemplo das ex­
p a rtic ip a ^ nadonál Repre- pectativas superestimadas
• sentantes de liegros, mulhe- em relação ao govemo Lula.
res, fndios,^ÿs,léÀk;Éise ou­ Outras dizem respeito ã refor­
tras minoHas cobravam garan­ ma agrária, ao combate à fo­
tias de partidpação n o conse- me, ao fim do analfabetismo e
Iho, como se dele dependesse a outras iMmdelras. E ludo Is­
a solução d e problem as secu­ so persistindo, não se sabe
lares, muitos deles cuKurals. até quando, na política eco­
1 A os estitn g elro * , a Idfla do
nômica atitorlor Nflo |X)r aca-,
co n selhoj« d é um novo con­ so, logo antes de embarcar i
trato social, p arece é e r ainda para Davos Lula pediu duas
mals sed iitata. E confusa.
vezes paciência ao povo, cm
T a r s o ,,d e e t tll o .d ir e t u e
Curitiba, e ern Porto Alegre.
• Nos encjbnlTM dè Iw ^ com Chirac e Schroeder, lula pode
fclar n iiit d ire
a guerra. E com mais franqueza sobre
^ iríu la , principalmente o da França.
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Davos X Porto Alegre
• Pesquisas de conteúdo
sobri' ,1 cobertura do» fórun.s (te Oavos e Porto Ale­
gre. ainda em campo, indi­
cam (|ue e»tc ano o Fórum
.Sdcliii iVIundial ganhou a batallia (Ia mldia. obtendo co­
bertura maior e mais ampla
de jornais e meios eletrôni­
cos de todo o mundo.
Marco Piva, ccmrdenador
de imprensa e Comunicação
do Fórum de Porto Alegre, dá
alguns Indicadores disso. Es­
te ano, foram quatro mil os
|orri.iil»las (brasileiros e es-
trangelros) credenciados,
contra ^.RtKldoaiio passado.
Ucuparani um centro de im­
prensa de nill metros quadra­
dos, equiviilcnte no de qual­
quer evento da ONU, dispon­
do de I6Ucomputadores e 50
pontos para laptop, só na
PUC. Os 19.829 delegados
vieram de 128 paises, supe­
rando também os números
do ano passado. Foi o apo­
geu do Fórum S(Klal Mundial
na cidade que o atiriga h á
t r i i anos e que. agorá, p assa
o bastão AIndia.
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'REENCONTRO: o ministro Luiz Dulcl terá agora como
I i s s c s s i i r dc Irnpi-ensa o jornalista Kicardo Amaral. Em
1978. üulcl era o lider das greves dos professores
mineiros, que-Amaral cobria pela então chamada
“imprensa popular".
•JOSÉ genoíno, atingido ontem por uma torta de
chantilly atirada por uma militante anarquista, limpou
o rosto e concluiu a entrevista que dava, dispensando
qualquer investigação sobre a autoria. Demonstração
de tolerância e compreensão do espírito plural e
democrático do fórum.
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