Durante décadas temos herdado os principais vícios do Regime franquista, que nunca cansamos de denunciar: a continuidade da política económica, das instituiçons recicladas, da Espanha indivisível, do patriarcado mais selvagem, da cruel repressom política… A chamada ‘Transición’ nom foi senom umha Transaçom de Poderes em que a plácida sucessom na Chefatura do Estado, do ditador ao sucessor elegido por ele mesmo, é a sua mais elevada expressom. O papel da esquerda reformista, que se incorporou a este processo claudicando e abandonando praticamente todas as demandas da oposiçom popular ao franquismo, foi fundamental para o sucesso do processo. A rutura democrática no Estado espanhol ficava e ainda fica pendente. Agora, quando se cumprem 35 anos da Constituiçom Espanhola do ’78, as organizaçons juvenis revolucionárias dos povos sob jurisdiçom do Estado espanhol renovamos a nossa vontade de tomar as rédeas do nosso destino num contexto em que o direito a decidir (indistintamente da sua possível aplicaçom sobre os nossos povos, os nossos corpos, sobre o modelo económico, sobre o uso do espaço e do entorno, etc.) é permanentemente ignorado. Esta data tam simbólica, orgulho do Regime espanhol que consegue impor num clima de medo e tutela do Exército espanhol as suas regras de jogo, é a que escolhemos as diferentes organizaçons juvenis dos povos oprimidos para anunciar a criaçom dum espaço de luita estratégico, sempre desde o respeito e reconhecimento às dinámicas que marcam o trabalho em cada território, e portanto, à soberania de todas elas. A situaçom da juventude nos nossos povos é absolutamente crítica: precariedade laboral, desemprego, exílio, ataque aos direitos sexuais e reprodutivos, elitizaçom do sistema educativo, depauperaçom, mercantilizaçom dos lugares e atividades de ócio, negaçom da cultura e línguas próprias etc. Aliás, nom podemos deixar de denunciar a criminalizaçom e repressom à que o Regime espanhol submete à juventude conseqüente e combativa por desenvolver as nossas atividades de luita militante. Todo este panorama, porém, nom nos fai cair no desalento, mas anima-nos a redobrar esforços na construçom das alternativas existentes, tangíveis e sérias, que nasçam do povo e sejam por e para o povo. Perante o seu capitalismo devorador, perante o seu imperialismo espanholizador e perante o patriarcado, a juventude alegre e combativa apostamos firmemente pola libertaçom nacional dos nossos povos, o feminismo e o socialismo. A questom de género, a de classe e a nacional som os nossos três eixos de luita prioritários. Os nossos movimentos nom existem para mendigar migalhas, nascem para vencer e para conquistar o futuro mediante a constáncia, a consequência e a fortaleza ideológica que nos carateriza. Desde as organizaçons juvenis dos povos oprimidos polo Estado espanhol, queremos fazer pública a nossa firme decisom de avançar por este caminho de ilusom e esperança. E especialmente, de fazê-lo com o internacionalismo por bandeira, sabendo que a destruçom de todo a rede institucional do Regime espanhol, da economia criminal capitalista e das mentalidades obsoletas tem que ser umha tarefa compartilhada por todos e todas as que acreditamos na justiça social. Desde aqui desafiamos o Regime espanhol e reiteramos o nosso firme compromisso de continuar luitando desde os nossos territórios, dia a dia e custe o que custe até conseguirmos a plena libertaçom nacional, social e sexual dos nossos povos. Mentes nom nos deixedes sonhar… seremos o vosso pior pesadelo Assinam: ARRAN, AZARUG, BRIGA, DARRÉU, ERNAI, INEKAREN, ISCA!, JALEO!!!, PURNA, YESCA