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O amor que nunca acaba
Há motivos fortes para fazer uso corrente de Cântico dos Cânticos.
Convém sedimentar as boas razões porque este escrito não deve ser
desprezado, mas mais utilizado. Devemos voltar a ele com mais
frequência, e deveríamos ouvir mais dele nos sermões, estudos e
devocionais. Nada há nele que envergonhe ou que nos impila a uma
atitude de censura ou ocultamento do que ele apresenta.
Devemos utilizar Cântico dos cânticos, pois ele ensina:
O entendimento do ser humano em sua completitude
O modo e a linguagem de Cântico dos cânticos descrevem o
relacionamento entre amada e amado em linha com a visão que é de
toda a Bíblia: de que Deus fez o ser humano uno, todo e indivisível.
Ao contrário do que certas correntes advogam, não há um conflito entre o
corpo ruim e o espírito bom. Não é preciso castigar, reprimir ou sublimar
os instintos naturais para se atingir um estado de graça ou de uma
glorificação do espiritual. Precisamos, sim, de conduzir todos os aspectos
da nossa vida de acordo com padrões corretos, os padrões que a Bíblia
nos revela como os que agradam a Deus.
A valorização do amor conjugal como espelho do amor
divino
O verdadeiro amor conjugal apenas pode ser entendido e posto em
prática na compreensão do quê o amor de Deus é: incondicional,
ilimitado e zeloso. Um comportamento que não reflita, ao menos
palidamente, o amor de Deus, não merece ser chamado de amor.
Não sem propósito, por diversas vezes na Bíblia o relacionamento
conjugal é usado para se ensinar sobre o relacionamento de Deus com o
ser humano. A intercambialidade entre esses dois tipos de amor deve
nos conscientizar da seriedade com que devemos tratar o relacionamento
conjugal.
A sexualidade humana redimida
“Talvez a leitura de Cântico dos cânticos à luz de Gênesis 2-3
(pecado de Adão e Eva), pareça um poema de celebração da
redenção da sexualidade. O homem e a mulher estão, de novo,
nus no jardim e se deleitam com a presença um do outro.
Entretanto, como acontece em relação a todos os aspectos da
nossa redenção antes do dia final, nossa harmonia sexual
desfruta dessa redenção do tipo já/ainda não. Embora a maior
parte do livro contenha poemas de deleite na união entre
homem e mulher, alguns cânticos reconhecem as contínuas
dificuldades (5.2-5.3)”. (1)
Sabedoria Salomônica em Cântico dos Cânticos
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Cântico dos cânticos sempre
Devemos conectar todas estas pontas e ver em Cântico dos cânticos o
segredo para a manutenção permanente do amor. O amor conjugal
monogâmico vitalício é frágil e precisa ser cuidado a cada momento. O
comportamento ansiado, insistente e efusivo desses poemas deve
continuar ser o comportamento para toda a vida de compartilhar.
O amor é muito importante na juventude, até porque é nesta fase da vida
que, em condições normais, decidimos a respeito de com quem partilhar
a vida. Tudo começa na juventude; é aí que as boas bases para o
compartilhar da vida são lançados e Cântico dos cânticos deve ser fonte
de inspiração e orientação.
No entanto, amor não é assunto exclusivo da juventude. Ele continua em
voga – e relevante - mesmo quando os cabelos deixam de ser como
corvo e os seios não mais lembram duas crias gêmeas da gazela.
O amor deve ser reafirmado a cada instante como o selo mais forte que a
morte, que nenhuma enxurrada consegue carrega-lo e que nenhuma
riqueza do mundo consegue comprar.
Cântico dos cânticos não é algo para ser visitado como preparação para
momentos especiais de enlevo apaixonante. Cântico dos cânticos é para
ser mantido aberto como aferidor de um bem viver completo, aquele que
considera essencial que a vida seja compartilhada com o seu/sua “o
alguém mais especial”.
(1) Comentário de Tremper Longman III na introdução ao livro de Cântico dos cânticos
na Bíblia de Formação Espiritual Renovare (Ichtus Editorial Ltda.)
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