AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE SULFETOS METÁLICOS EM BAIXAS TEMPERATURAS POR REAÇÃO SÓLIDO-SÓLIDO UTILIZANDO-SE GERADOR DE SULFETO ELAINE ARANTES JARDIM MARTINS Tese apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Doutor em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear-Materiais. Orientador: Dr. AIcídío Abrão 1: São Paulo 2002 I N S T I T U T O DE P E S Q U I S A S E N E R G É T I C A S E N U C L E A R E S AUTARQUÍA A S S O C I A D A À UNIVERSIDADE DE S Ã O PAULO SÍNTESE E C A R A C T E R I Z A Ç Ã O DE SULFETOS M E T Á L I C O S EM B A I X A S T E M P E R A T U R A S POR R E A Ç Ã O S Ó L I D O - S Ó L I D O U T I L I Z A N D O - S E GERADOR DE SULFETO Elaine Arantes Jardim Martins Tese apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Doutor em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear - Materiais. Orientador: Dr. Alcídio Abrão SAO PAULO 2002 Aos meus filhos, Davi e Caio, pois são eles a grande realização Ao Rogério, me transmitiu paz de meus meu marido, e confiança pudesse realizar os meus sonhos Mas sempre a alguém se orgulhará sonhos. muito dos meus que para sempre que profissionais. especial, atos. À que minha Mãe, a quem devo tudo que consegui na vida. i r ^ « n ».r.-.r;nwM TF FWSHGIA NU C I E . A H / S P >Pí:s eu AGRADECIMENTOS A D e u s , por g u i a r - m e p e l o c a m i n h o c e r t o e p e l a s oportunidades concedidas. Ao Dr. Alcídio maturidade Abrão, profissional, a quem pelo devo apoio, minha orientação, experiência e ensinamentos amizade e paciência durante a execução deste trabalho. Ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares p a r t i c u l a r , ao C e n t r o de Q u í m i c a e M e i o A m b i e n t e , e, em representado p e l o E n g ° A d e m a r B. L u g ã o , e m c u j o s l a b o r a t ó r i o s m e f o i p o s s í v e l realizar a parte experimental deste trabalho. A D r a . M a r i a A p a r e c i d a F. P i r e s , p e l o a p o i o na r e a l i z a ç ã o deste t r a b a l h o , m e s m o s e n d o e s t e f o r a do e s c o p o da d i v i s ã o . A o s c o l e g a s e a m i g o s M a r i l e n e M. S e r n a e N e l s o n B. de L i m a , d o C e n t r o de M e t a l u r g i a , V e r a L ú c i a R. S a l v a d o r , M a r c o s A. S c a p i n , A f o n s o R. A q u i n o e E d s o n G h i l a r d i , d o C e n t r o d e Q u í m i c a e M e i o Ambiente e FIávio do Instituto de Geociências, pelo apoio e a u x í l i o na c a r a c t e r i z a ç ã o d o s c o m p o s t o s . A E d n a M a r i a A l v e s p e l a c o l a b o r a ç ã o na r e v i s ã o b i b l i o g r á f i c a . A todos os meus amigos do Centro de Química e Meio A m b i e n t e , em especial aos da Divisão de Diagnóstico A m b i e n t a l , que de alguma f o r m a contribuíram para o sucesso deste trabalho t e c n i c a m e n t e ou c o m incentivo, o meu profundo reconhecimento e carinho. IV S Í N T E S E E C A R A C T E R I Z A Ç Ã O DE S U L F E T O S M E T Á L I C O S EM BAIXAS T E M P E R A T U R A S , POR REAÇÃO SÓLIDO-SÓLIDO U T I L I Z A N D O - S E G E R A D O R DE S U L F E T O . Elaine Arantes Jardim Martins RESUMO Apresenta-se inédito para a neste trabalho preparação de de tese sulfetos um método metálicos. alternativo Um processo r e a l i z a d o e m b a i x a s t e m p e r a t u r a s , por r e a ç ã o s ó l i d o - s ó l i d o e m só e t a p a , o n d e os s a i s ou ó x i d o s metálicos reagem com uma agentes s u l f e t a n t e s p a r a p r o d u z i r os s u l f e t o s . A t e m p e r a t u r a de r e a ç ã o v a r i a de a m b i e n t e (20-25°C) a 300°C. A síntese praticamente não gera r e s í d u o s e a e n e r g i a g a s t a no p r o c e s s o é m e n o r d e v i d o a o u s o d e temperaturas relativamente baixas. Experimentos dos sulfetos exploratórios iniciais de c r ô m i o , m a n g a n ê s , permitiram a mercúrio, zinco, preparação níquel, ferro, prata, estanho, chumbo, bismuto, cádmio, antimonio, cobre, cobalto, molibdenio e terras raras. C o m o d e s t a q u e m e n c i o n a - s e a s í n t e s e do s u l f e t o d e cádmio, f e i t a a 8 0 ° C , o b t e n d o - s e o s u l f e t o c o m o u m pó a m a r e l o , c o m f l u i d e z , p o d e n d o ter v á r i a s a p l i c a ç õ e s , e n t r e e l a s o u s o e m solares e como pigmento amarelo boa células para tintas, e s p e c i a l m e n t e tinta p a r a s u p e r f í c i e s p a v i m e n t a d a s e m r u a s e e s t r a d a s de r o d a g e m . O método é rápido, caracterizados análise térmica. seguro por d i f r a ç ã o e quantitativo. de r a i o s - x , Os sulfetos fluorescencia de foram raios-x e V S Y N T H E S I S AND CHARACTERIZATION OF METALLIC S U L F I D E S AT LOW T E M P E R A T U R E S , BY SOLID-SOLID ONE-POTE REACTION USING A SULFIDE GENERATOR. Elaine A r a n t e s Jardim Martins ABSTRACT In t h i s w o r k t h e a u t h o r r e p o r t a n d d i s c u s s a n e w a l t e r n a t i v e f o r the preparation of metallic sulfides. An easy, simple, low- t e m p e r a t u r e , solid-solid one-pot reaction reacts solid thiourea with m e t a l l i c c a r b o n a t e or o x i d e to p r o d u c e t h e s u l f i d e s . C a d m i u m s u l f i d e w a s t h e f i r s t p r o d u c t o b t a i n e d by t h e m e t h o d a n d c h a r a c t e r i z e d chemical, x-ray diffraction and thermal analyses. The by reaction t e m p e r a t u r e r a n g e s f r o m r o o m to 3 0 0 ° C . T h e s y n t h e s i s is c l e a n a n d l e a v e s no w a s t e to be d i s p o s e d . Ab initio chromium, experiments manganese, allowed mercury, the zinc, preparation nickel, iron, of copper, silver, tin, a n t i m o n y , l e a d , bismuth and rare earth sulfides. A s e x a m p l e s of p r e p a r e d s u l f i d e s for t h e p r o c e s s d e s c r i b e d in t h i s i n v e n t i o n are t h e s u l f i d e s of c a d m i u m , a n t i m o n y , c o p p e r , m o l y b d e n u m , m e r c u r y , zinc a n d s i l v e r . the synthesis cobalt, As a h i g h l i g h t it is m e n t i o n e d of t h e c a d m i u m s u l f i d e , m a d e at 8 0 ° C , r e s u l t i n g s u l f i d e as a y e l l o w p o w d e r , w i t h g o o d f l o w b i l i t y . T h i s s u l f i d e the could h a v e s e v e r a l a p p l i c a t i o n s , a m o n g t h e m as in s o l a r c e l l s a n d as y e l l o w p i g m e n t f o r p a i n t s , e s p e c i a l l y p a i n t for p a v e d s u r f a c e s in s t r e e t s a n d highways. T h e m e t h o d is f a s t , s a f e a n d q u a n t i t a t i v e . T h e s u l f i d e s w e r e c h a r a c t e r i z e d by s e v e r a l t e c h n i q u e s , them x-ray diffraction, thermal analysis and elementary among analysis. V S Y N T H E S I S AND CHARACTERIZATION OF METALLIC S U L F I D E S AT LOW T E M P E R A T U R E S , BY SOLID-SOLID ONE-POTE REACTION USING A SULFIDE GENERATOR. Elaine A r a n t e s Jardim Martins ABSTRACT In t h i s w o r k t h e a u t h o r r e p o r t a n d d i s c u s s a n e w a l t e r n a t i v e f o r the preparation of metallic sulfides. An easy, simple, low- t e m p e r a t u r e , solid-solid one-pot reaction reacts solid thiourea with m e t a l l i c c a r b o n a t e or o x i d e to p r o d u c e t h e s u l f i d e s . C a d m i u m s u l f i d e w a s t h e f i r s t p r o d u c t o b t a i n e d by t h e m e t h o d a n d c h a r a c t e r i z e d chemical, x-ray diffraction and thermal analyses. The by reaction t e m p e r a t u r e r a n g e s f r o m r o o m to 3 0 0 ° C . T h e s y n t h e s i s is c l e a n a n d l e a v e s no w a s t e to be d i s p o s e d . Ab initio chromium, experiments manganese, allowed mercury, the zinc, preparation nickel, iron, of copper, silver, tin, a n t i m o n y , l e a d , bismuth and rare earth sulfides. A s e x a m p l e s of p r e p a r e d s u l f i d e s for t h e p r o c e s s d e s c r i b e d in t h i s i n v e n t i o n are t h e s u l f i d e s of c a d m i u m , a n t i m o n y , c o p p e r , m o l y b d e n u m , m e r c u r y , zinc a n d s i l v e r . the synthesis cobalt, As a h i g h l i g h t it is m e n t i o n e d of t h e c a d m i u m s u l f i d e , m a d e at 8 0 ° C , r e s u l t i n g s u l f i d e as a y e l l o w p o w d e r , w i t h g o o d f l o w b i l i t y . T h i s s u l f i d e the could h a v e s e v e r a l a p p l i c a t i o n s , a m o n g t h e m as in s o l a r c e l l s a n d as y e l l o w p i g m e n t f o r p a i n t s , e s p e c i a l l y p a i n t for p a v e d s u r f a c e s in s t r e e t s a n d highways. T h e m e t h o d is f a s t , s a f e a n d q u a n t i t a t i v e . T h e s u l f i d e s w e r e c h a r a c t e r i z e d by s e v e r a l t e c h n i q u e s , them x-ray diffraction, thermal analysis and elementary among analysis. VJ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 1 1.1 Objetivos 1 1.2 Introdução 1 1.3 P r i n c i p a i s m é t o d o s p a r a o b t e n ç ã o de s u l f e t o s m e t á l i c o s 3 1.4 A p l i c a ç õ e s de sulfetos metálicos 12 1.4.1 S u l f e t o de c á d m i o 13 1.4.2 S u l f e t o de z i n c o 15 1.4.3 S u l f e t o de m e r c ú r i o 17 1.4.4 O u t r o s s u l f e t o s m e t á l i c o s 18 1.5 20 R e a g e n t e s F o r m a d o r e s de S u l f e t o s 1.5.1 T i o u r é i a 21 1.5.2 T i o a c e t a m i d a 23 1.5.3 O u t r o s r e a g e n t e s f o r m a d o r e s de s u l f e t o s 24 1.6 25 Química dos sulfetos 1.6.1 S u l f e t o s de Z i n c o , C á d m i o e M e r c ú r i o 25 1.6.2 S u l f e t o s de o u t r o s e l e m e n t o s 27 PARTE EXPERIMENTAL 33 2 MÉTODO 33 2.1 Reações 33 2.2 Toxicidade 38 3 3.1 C A R A C T E R I Z A Ç Ã O DOS S U L F E T O S Métodos Analíticos 40 40 3 . 1 . 1 C a r a c t e r i z a ç ã o por D i f r a ç ã o de R a i o s X 40 3.1.2 D e t e r m i n a ç ã o Termogravimétrica 41 3 . 1 . 3 D e t e r m i n a ç ã o da M a s s a E s p e c í f i c a d o s S u l f e t o s S i n t e t i z a d o s 4 3 3 . 1 . 4 A n á l i s e E l e m e n t a r dos S u l f e t o s de C á d m i o , Z i n c o e M e r c ú r i o . 44 4 4.1 MATERIAIS E REAGENTES Reagentes 47 47 VII 4.2 5 5.1 Equipamentos 48 EXPERIMENTOS EXPLORATÓRIOS 50 Técnica operatoria 51 5 . 1 . 1 Mistura dos reagentes 51 5 . 1 . 2 E x p e r i m e n t o s em mufla 51 5 . 1 . 3 E x p e r i m e n t o s e m f o r n o de m i c r o o n d a s 52 5 . 1 . 4 E x p e r i m e n t o s em banho a óleo 52 5.2 E f e i t o d a v a r i a ç ã o de t e m p e r a t u r a 53 5.3 E f e i t o d a v a r i a ç ã o do t e m p o 53 5.4 E f e i t o d o e x c e s s o de r e a g e n t e s 53 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 54 6.1 E f e i t o d o t e m p o nas s í n t e s e s 55 6.2 S í n t e s e s d o s s u l f e t o s c o m e x c e s s o de t i o u r é i a 59 6.3 S í n t e s e d o s u l f e t o de c á d m i o em t e m p e r a t u r a a m b i e n t e 62 6.4 Preparação 6.5 dos sulfetos de zinco, mercúrio e de cádmio utilizando-se misturas estequiométricas 65 R e a ç ã o e m f o r n o de m i c r o o n d a s 83 7 CONCLUSÃO 8 RECOMENDAÇÕES 84 PARA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DESENVOLVIDA E P R O P O S T A S PARA TRABALHOS FUTUROS 86 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 87 10 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 96 VIII TABELAS Tabela 1: Obtenção de alguns sulfetos do Grupo da Platina Tabela 2: Principais complexos de metais com tiouréia 9 21 Tabela 3: Resumo das observações das sínteses de vários sulfetos metálicos em proporções estequiométricas sintetizados em mufla 54 Tabela 4: Tempo de reação de misturas estequiométricas de tiouréia e sais metálicos em função da temperatura 56 Tabela 5: Síntese de CdS em função do tempo e temperatura de reação para misturas CdCOs e tiouréia em excesso 58 Tabela 6: Massa específica dos sulfetos sintetizados a partir das misturas estequiométricas dos sais dos metais com a tiouréia 81 Tabela 7: Média do teor total dos sulfetos sintetizados a partir das misturas estequiométricas dos sais dos metais com a tiouréia 82 IX FIGURAS Figura 1 : Difratograma do CdS sintetizado a 80°C com excesso do CdCOa Figura 2: Difratograma do CdS sintetizado a 100°C em 60 proporção estequiométrica dos reagentes, posteriormente lavado e secado 60 Figura 3: Difratograma da tiouréia 61 Figura 4: Difratograma do CdCOa 61 Figura 5: Comparação dos difratogramas do CdS formado em temperatura ambiente utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes, em frasco fechado e livre de umidade, (A) após 2 meses e (B) após 7 meses de envelhecimento 63 Figura 6: Difratograma do CdS formado em temperatura ambiente após 4 anos utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes, em frasco fechado e livre de umidade Figura 7: Difratograma do ZnS sintetizado a 300°C utilizando-se estequiométrica dos reagentes Figura 8: Difratograma do ZnS sintetizado a 450°C utilizando-se estequiométrica dos reagentes Figura 9: Difratograma do ZnS sintetizado a 150°C utilizando-se estequiométrica dos reagentes Figura 10: Difratograma do ZnS aquecido a 600°C utilizando-se estequiométrica dos reagentes 65 proporção 66 proporção 67 proporção 68 proporção 68 Figura 11: Difratograma do HgS sintetizado em temperatura ambiente utilizandose proporção estequiométrica dos reagentes 69 X Figura 12: Difratograma do HgS sintetizado à temperatura ambiente (envelhecido por 1 semana) 70 Figura 13: Difratograma do HgS sintetizado a 130°C 71 Figura 14: Difratograma do HgS sintetizado a 300°C 72 Figura 15: Curva TG/DTG do estudo de formação do CdS obtido da mistura estequiométrica de CdCOa e tiouréia 73 Figura 16: Curva DSC do estudo de formação do CdS obtido da mistura estequiométrica de CdCOa e tiouréia 74 Figura 17: Curva TG/DTG de formação do ZnS a partir da mistura estequiométrica de ZnCOs e tiouréia 75 Figura 18: Curva DSC de formação do ZnS a partir da mistura estequiométrica de ZnCOa e tiouréia Figura 19: Curva TG/DTG 76 da formação estequiométrica de HgCI e tiouréia do HgS a partir da mistura 77 Figura 20: Curva DSC de formação do HgS a partir da mistura estequiométrica de HgCI e tiouréia 78 1 Introdução e Objetivos 1.1 Objetivos O principal tecnologia como, por geradores objetivo deste trabalho é o desenvolvimento p a r a a s í n t e s e de s u l f e t o s m e t á l i c o s , de u s o s exemplo, de na f a b r i c a ç ã o sulfeto "in de situ", "fósforos", sem o de variados, empregando-se inconveniente de d e s p r e n d i m e n t o de o d o r e s d e s a g r a d á v e i s . A proposta deste trabalho é apresentar um método prático para o b t e n ç ã o d i r e t a de s u l f e t o s m e t á l i c o s e m b a i x a t e m p e r a t u r a , e m u m a só e t a p a , s e m a u t i l i z a ç ã o de c o m p o s t o s t ó x i c o s ou carcinogênicos como reagentes. Este estudo propõe uma linha diferente de t r a b a l h o o b t e n ç ã o dos sulfetos metálicos f a z e n d o - s e a reação para a sólido-sólido, e m u m s ó p a s s o , c o m o a u x í l i o de um g e r a d o r de s u l f e t o . E s t a é u m a t e c n o l o g i a i n é d i t a d e s e n v o l v i d a no I p e n . 1.2 Introdução Na d é c a d a de 60 f o r a m d e s e n v o l v i d o s m é t o d o s d e preparação de s u l f e t o s u s a n d o - s e c o m p o s t o s o r g â n i c o s c o m o g e r a d o r e s do íon sulfeto (Bowersow experimentos importantes como e Swift,1958; esses de o u t r o s e Hahn,1958). somando-se autores, o trabalho Com informações aqui base em igualmente proposto faz uma a s s o c i a ç ã o d e s s a s idéias a f i m de se o b t e r um m é t o d o d i r e t o , i n é d i t o e m a i s e f i c i e n t e para a p r o d u ç ã o de s u l f e t o s m e t á l i c o s ( A b r ã o , 1 9 7 1 ; A b r ã o e Martins, 1999). Nos processos metálicos até conhecidos o momento para a produção de sulfetos a reação é feita, geralmente, em meio a g u o s o . A p r o d u ç ã o de s u l f e t o s a t u a l m e n t e a i n d a r e q u e r a u t i l i z a ç ã o de á c i d o s u i f í d r i c o o u de t i o a c e t a m i d a c o m o g e r a d o r de H2S, e m a l t a temperatura 1954). (Bowersow Ambos são e Swift,1958; altamente Hahn,1958; tóxicos sendo Hahn e o segundo Pringle, composto cancerígeno (Broad e Banad, 1960; Gosselin e colaboradores, 1984; Helene e Somera, 1979). O uso de especialmente os sulfetos de metálicos cádmio, é zinco, de mercúrio enorme e interesse, chumbo, para o b t e n ç ã o de p r o d u t o s l u m i n e s c e n t e s . Os " f ó s f o r o s " s ã o u s a d o s em telas de TV, em materiais supercondutores e vários segmentos optoe l e t r ô n i c o s (Apperson e colaboradores, 1969; Suib e T a n a k a , 1984; Zhang e colaboradores, 1998). A o l o n g o dos a n o s , o s u l f e t o de c á d m i o v e m s e n d o utilizado c o m o p i g m e n t o na i n d ú s t r i a c e r â m i c a , p l á s t i c o s , ó c u l o s , e s m a l t e s e tintas para pinturas artísticas, faixas de sinalização em ruas e e s t r a d a s e e m p r o c e s s o o n d e se r e q u e r t r a b a l h o em a l t a t e m p e r a t u r a e p r e s s ã o . O s u l f e t o de c á d m i o t a m b é m j á f o i u t i l i z a d o p a r a r e t a r d a r o processo fabricação cádmio de de degradação baterias. atualmente do PVC, além P o r é m , a maior é na p r o d u ç ã o de sua aplicação utilização do de b a t e r i a s s o l a r e s sulfeto e na de sensores fotoelétricos. A linha metálicos de e s t u d o d e s t e t r a b a l h o fazendo-se a reação com é a obtenção o auxílio de dos um sulfetos gerador de s u l f e t o in situ, em a m b i e n t e r e a c i o n a l s ó l i d o - s ó l i d o , e m t e m p e r a t u r a s relativamente baixas. Trata-se de uma tecnologia inédita e os e x p e r i m e n t o s r e s u l t a r a m na o b t e n ç ã o de s u l f e t o s q u e , de a c o r d o c o m a c a r a c t e r i z a ç ã o r e a l i z a d a , c o m p r o v a m ser de ó t i m a q u a l i d a d e os u s o s g e n e r a l i z a d o s d e s t e s i m p o r t a n t e s c o m p o s t o s . para Como citado anteriormente, a tradicional preparação de s u l f e t o s m e t á l i c o s é f e i t a p o r m e i o da p r e c i p i t a ç ã o c o m s u l f i d r e t o o u soluções de sulfeto de amonio, na maioria das vezes, em meio aguoso. Para evitar o desagradável cheiro dos dois reagentes acima mencionados tem-se feito uso da g e r a ç ã o de s u l f i d r e t o "in situ", u t i l i z a n d o - s e o u t r o s g e r a d o r e s do a g e n t e s u l f e t a n t e , o b t e n d o - s e os sulfetos metálicos com vantagem e segurança. 1.3 Principais métodos para obtenção de sulfetos metálicos N o s p r o c e s s o s u t i l i z a d o s a t u a l m e n t e p a r a o b t e n ç ã o de s u l f e t o s metálicos são requeridas temperaturas elevadas para se alcançar v e l o c i d a d e s de r e a ç ã o f a v o r á v e i s à s í n t e s e e p a r a se o b t e r um b o m r e n d i m e n t o . C o n t u d o , os s u l f e t o s a s s i m s i n t e t i z a d o s são c r i s t a l i n o s e têm área específica baixa. Encontram-se na l i t e r a t u r a v á r i o s m é t o d o s para obtenção de sulfetos metálicos, muitos dos quais são m e n c i o n a d o s neste capítulo. O m é t o d o de r e a ç ã o d i r e t a dos e l e m e n t o s , c o m o por e x e m p l o , na p r o d u ç ã o de s u l f e t o de l i t i o , LÍ2S, o b t i d o p e l a r e a ç ã o de e n x o f r e e l e m e n t a r c o m o l i t i o m e t á l i c o , na a u s ê n c i a de o x i g ê n i o ou e n t ã o , reagindo o litio metálico com o enxofre elementar em amônia l i q ü e f e i t a ( B e r g s t r o m , 1 9 2 6 ) . N e s t e m é t o d o , n o r m a l m e n t e os s u l f e t o s são preparados elementos pela com reação enxofre, de q u a n t i d a d e s em um reator estequiométricas de quartzo selado dos e a q u e c e n d o - s e a 6 0 0 - 9 0 0 ° C . No c a s o do s e s q u i s s u l f e t o de a r s ê n i o , AS2S3, este pode ainda ser preparado pela reação do óxido de a r s ê n i o c o m e n x o f r e , a q u e n t e . P o d e t a m b é m s e r p r e p a r a d o por v i a a q u o s a p r e c i p i t a n d o - s e sais de A s ( l l l ) com H2S e m s o l u ç õ e s a q u o s a s de pH 1-2. P o d e - s e f a z e r a r e a ç ã o de H2S a n i d r o ( s u l f i d r e t o ) c o m o m e t a l , c o m o p o r e x e m p l o , r e a ç ã o de l i t i o m e t á l i c o c o m H2S d i s s o l v i d o em t e t r a h i d r o f u r a n o , o u e n t ã o r e a ç ã o do s u l f i d r e t o c o m o m e t a l e m a l t a t e m p e r a t u r a , c o m o na o b t e n ç ã o de 6 3 2 8 3 , p a s s a n d o - s e u m a c o r r e n t e de s u l f i d r e t o s o b r e o g á l i o m e t á l i c o a q u e c i d o a 9 5 0 ° C . É p o s s í v e l o b t e r - s e s u l f e t o s p o r m e i o da r e a ç ã o de m e t a i s c o m o sulfeto de mercúrio ( I I ) , HgS, como é o caso por exemplo de p r e p a r a ç ã o d e s u l f e t o s de r u b í d i o e de c é s i o . A r e d u ç ã o de s u l f a t e s p e l o c a r v ã o , m o n ó x i d o de c a r b o n o ( C O ) ou hidrogênio natural, em puro ou temperatura hidrogênio elevada gerado (750 pelo craqueio a 1000°C) de produz gás sulfetos, c o m o é o e x e m p l o d e p r o d u ç ã o de Na2S e K2S. S u l f e t o de b á r i o é u m outro produto comercial importante obtido pela r e d u ç ã o , de barita ( s u l f a t o de b á r i o n a t u r a l ) c o m c a r v ã o e m t e m p e r a t u r a s e l e v a d a s . São o b t i d o s os sulfetos dos r e s p e c t i v o s metais pela reação de s a i s a n i d r o s o u ó x i d o s m e t á l i c o s c o m u m a c o r r e n t e de s u l f i d r e t o e m elevada temperatura ( 1 0 0 0 ° C ) . P o r e x e m p l o , s u l f e t o de m a g n e s i o é p r e p a r a d o pelo a q u e c i m e n t o de cloreto de magnesio anidro em uma c o r r e n t e de s u l f i d r e t o a 1 0 5 0 ° C . S u l f e t o de c á d m i o é p r e p a r a d o partir do sulfato de cádmio, CdS04, com sulfidreto em a elevada temperatura (Milligan, 1934). Das técnicas colaboradores, preparação eletrônico freqüentemente 1999; de C d S (células Ileperuma citadas e na literatura colaboradores, alcalina íons para a p a r a u s o c o m o j a n e l a s de d i s p o s i t i v o s solares) na d e c o m p o s i ç ã o de e 1988) para energia solar estão a controlada Cd^*. Nesta da t i o u r é i a reação aparece em u m a como óptico- deposição f í s i c a de v a p o r e a p r e c i p i t a ç ã o e m b a n h o q u í m i c o . E s t e consiste (Boyle processo solução subproduto da d e c o m p o s i ç ã o da t i o u r é i a a c i a n a m i d a , de a c o r d o c o m o e x e m p l o a seguir: Cd(CH3COO)2 + (NH2)2C=S + 2 OH" • CdS(s) + H2CN2 + 2 H2O + 2 CH3COO" Esta variáveis reação do é feita processo, a 90°C com e já foram diferentes estudadas concentrações diversas do banho q u í m i c o , v a r i a n d o a q u a l i d a d e do depósito de CdS p r e p a r a d o . Pode ser u s a d o o CdCl2 em l u g a r do a c e t a t o de c á d m i o . Já a p r e p a r a ç ã o d e s u l f e t o s dos m e t a i s de t r a n s i ç ã o se f a z e m fase vapor elevada pela reação temperatura dos haletos (Thompson e anidros com colaboradores, sulfidreto em 1975). Por e x e m p l o , a r e a ç ã o de c l o r e t o a n i d r o de t i t â n i o , T i C U , c o m s u l f i d r e t o , se f a z e m 4 5 0 ° C , s e g u n d o a r e a ç ã o : T i C U ( V ) + 2 H2S ( V ) Muitos sulfetos utilizando-se • metálicos reações de suifídrico (H2S aquoso) alcalinos, como sulfeto são obtidos precipitação em de TÍS2 (s) + 4 H C I (V) meio sódio dos ácido ou por métodos cátions com então com ou sulfeto de amonio, aguosos, o ácido sulfetos para a p r e c i p i t a ç ã o d o s s u l f e t o s m e t á l i c o s em m e i o a l c a l i n o . O s u l f e t o s ó l i d o assim preparado deve ser filtrado, lavado e depois s e c a d o . O sulfeto de mercúrio é obtido em meio aquoso passando-se H2S e m u m a s o l u ç ã o c o n t e n d o í o n s H g ^ * . Algumas sínteses de sulfetos metálicos são feitas com d i s s u l f e t o de c a r b o n o (CS2) na f o r m a de u m a c o r r e n t e g a s o s a sobre o e l e m e n t o m e t á l i c o , e m t e m p e r a t u r a s de 1 0 0 0 ° C o u m a i s . Um m é t o d o c o n v e n c i o n a l é a p r e p a r a ç ã o de s u l f e t o s metálicos u t i l i z a n d o - s e u m a c o r r e n t e de s u l f i d r e t o s o b r e o ó x i d o m e t á l i c o , em elevadas temperaturas (Davidov, 1957). Podem ser u s a d o s oxalatos ou c a r b o n a t e s d o s c o r r e s p o n d e n t e s m e t a i s c o m o p r e c u r s o r e s , p o i s a formação "in situ" dos óxidos permite intermediários (óxidos) mais ativos. a obtenção dos produtos Encontram-se procedimentos descritos para a colaboradores (1998) síntese na do literatura sulfeto corrente de zinco. vários Donahue e p r e p a r a r a m e s t e s u l f e t o p o r um p r o c e s s o s o l - g e l , r e a g i n d o c l o r e t o de z i n c o c o m e t a n o d i t i o l o b t e n d o a s s i m u m s o l q u e p o r a q u e c i m e n t o e m um p r o c e s s o d e t r ê s f a s e s r e s u l t a e m um s u l f e t o de z i n c o t i p o w u r t z i t a . U m d o s p r o c e d i m e n t o s c o n h e c i d o s p a r a p r e p a r a ç ã o de s u l f e t o de z i n c o é a s í n t e s e a p a r t i r d o s e l e m e n t o s : z i n c o e m pó e e n x o f r e e l e m e n t a r . A r e a ç ã o t e m o i n c o n v e n i e n t e de s e r e x p l o s i v a . U m a n o v a rota para (1995), esta síntese usando-se foi anunciada também a por mistura Verma dos e dois colaboradores elementos, mas e v i t a n d o o e v e n t o e x p l o s i v o . N e s t e c a s o , o z i n c o e m pó e o e n x o f r e elementar são aquecidos a misturados 90°C. em tetrametiletilenodiamina Forma-se um composto (TMEDA) intermediário, Z n S 6 ( T M E D A ) , c o m r e n d i m e n t o de 7 5 % . A q u e c e n d o - s e e s t e intermediário a 600°C em atmosfera de e nitrogênio produto resulta na f o r m a ç ã o de um s u l f e t o de z i n c o c r i s t a l i n o . O método compostos de s í n t e s e voláteis por d e p o s i ç ã o t a m b é m foi u s a d o química para de v a p o r e s a síntese de de sulfetos. B e s s e r g e n e v e c o l a b o r a d o r e s ( 1 9 9 7 ) p r e p a r a r a m f i l m e s de Z n S , E u S e o f ó s f o r o Z n S : E u usando como fase v a p o r os ditiocarbamatos de Zn e Eu c o m o p r e c u r s o r e s . Sahu e colaboradores (1998) estudaram a de a m ô n i a no s u l f a t o de c á d m i o 3 C d S 0 4 . 8 H 2 0 . obtido é transformado quando grandes aquecido. e em s u l f e t o de c á d m i o O sulfeto apresenta CdS atividade h i d r o g ê n i o a p a r t i r da á g u a . assim sorpção-desorpção O composto por reação preparado fotocatalítica para tem a então com H2S cristalitos geração de Ileperuma e colaboradores (1988) estudaram a obtenção f i l m e s f i n o s de C d S p a r a a p l i c a ç ã o e m j a n e l a s de c é l u l a s de solares. Estes f i l m e s de CdS podem ser obtidos por três t é c n i c a s : a) d e p o s i ç ã o e m b a n h o q u í m i c o , b) e l e t r o d e p o s i ç ã o e m m e i o a q u o s o e c) e l e t r o d e p o s i ç ã o e m m e i o n ã o - a q u o s o . Os a u t o r e s ( I l e p e r u m a e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 8 8 ) e s t u d a r a m a i n d a o efeito do preparados recozimento (annealing) nos diversos filmes de CdS pelas técnicas acima indicadas. A precipitação de CdS u s a n d o - s e a t é c n i c a de b a n h o q u í m i c o p o d e s e r f e i t a e m d o i s m e i o s a q u o s o s , um c o n t e n d o citrato e o outro c o n t e n d o t r i e t a n o l a m i n a c o m o c o m p l e x a n t e s p a r a o c á d m i o . O p r o c e s s o de b a n h o q u í m i c o p a r a a produção de CdS tem como desvantagens o baixo r e n d i m e n t o e a produção de resíduos tóxicos, especialmente soluções c o n t e n d o íon c á d m i o , p a r t e d o q u a l e s t á na f o r m a c o l o i d a l . O b a i x o rendimento t a m b é m influencia o aspecto econômico do p r o c e s s o . A t u a l m e n t e é recomendada a reciclagem destes resíduos. S u l f e t o s de i n t e r e s s e e m c a t a l i s e , c o m o CogSs e N Í 3 S 4 ser preparados C0SO4.7H2O Estes e sulfates a partir NÍSO4.6H2O são dos sulfates (Pasquariello previamente cristalinos e hidratados, colaboradores, desidratados a 135°C podem 1984). durante h o r a s e d e p o i s a q u e c i d o s a 2 5 0 ° C e m u m a a t m o s f e r a de 4 nitrogênio s e c o d u r a n t e u m a h o r a , s e g u i d o de u m t r a t a m e n t o c o m m i s t u r a ( v / v ) 1:1 de H2S e H2 a 5 2 5 ° C d u r a n t e 2 a 4 h o r a s . O s u l f e t o de f e r r o F e / S s foi p r e p a r a d o pela m e s m a t é c n i c a , s e c a n d o - s e p r e v i a m e n t e o sal Fe2(S04)3.nH20, mistura fazendo-se depois o aquecimento 10:1 d e H2/H2S a 3 2 5 ° C s e g u i d a de r e s f r i a m e n t o em lento uma do produto. Chianelli e Dines (1978) publicaram uma nova técnica para a preparação de vários calcogenetos de metais de transição. Os sulfetos dos grupos I V , V e V I B foram sintetizados em soluções não- 8 a q u o s a s em temperatura ambiente, sob p r e s s ã o , pela reação os cloretos anidros dos metais de t r a n s i ç ã o e sulfeto de entre litio h i d r o g e n o s s u l f e t o de a m o n i o . Os p r o d u t o s o b t i d o s por e s t a ou técnica são pouco cristalinos e têm elevadas áreas superficiais. O m é t o d o p o d e ser r e p r e s e n t a d o p e l a s s e g u i n t e s e q u a ç õ e s : MX4 + 2 A2S • M X 5 + (5/2)A2S • Os dissulfetos MS2 + 4 AX MS2 + (5/2) X + (1/2)S ZrS2, HfS2, VS2, M0S2 e TÍS2 t a m b é m foram p r e p a r a d o s por e s t e m é t o d o . Na s e g u n d a r e a ç ã o , o m e t a l de v a l e n c i a V foi reduzido sínteses à valencia IV, p o d e n d o - s e citar como exemplos d o s s u l f e t o s TaS2 e NbS2. A t é c n i c a as e x i g e o u s o de um s o l v e n t e l i v r e d e o x i g ê n i o e de á g u a p a r a s e e v i t a r a f o r m a ç ã o do óxido ou ou do hidróxido do metal. Usou-se acetato de etila t e t r a h i d r o f u r a n o c o m o s o l v e n t e e a f o n t e g e r a d o r a d o íon s u l f e t o f o i u m s u l f e t o a l c a l i n o ou de a m o n i o . Passaretti e colaboradores (1979) publicaram sobre a síntese d e RuS2 a m o r f o o b t i d o pela r e a ç ã o de R u C U a n i d r o e NH4HS e é t e r 2 - m e t o x i e t í l i c o , a m i s t u r a a q u e c i d a e m u m a c o r r e n t e de H2S a 2 5 0 ° C . O p r o d u t o f i n a l era a m o r f o , m a s c o m e ç a v a a c r i s t a l i z a r c o m o fase pirita extensão quando da temperatura recozido cristalinidade em temperaturas era diretamente acima de relacionada do r e c o z i m e n t o . Em 8 2 5 ° C o b t e v e - s e uma 350°C. A com a um p r o d u t o bem cristalizado. R U S 2 e t a m b é m os s u l f e t o s OSS2, PtS2 e PdS2 f o r a m p r e p a r a d o s pela reação de hexaclorometalatos(IV) anidros com sulfidreto em v á r i a s t e m p e r a t u r a s ( P a s s a r e t t i e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 8 1 ) . Os m a t e r i a i s d e p a r t i d a e as c o n d i ç õ e s das r e a ç õ e s s ã o a p r e s e n t a d o s na Tabela 1. Tabela 1 : Obtenção de alguns sulfetos do Grupo da Platina M A T E R I A L DE T E M P . DE T E M P O DE T E M P . DE T E M P O DE PARTIDA REAÇÃO REAÇÃO RECOZIMENTO RECOZIMENTO (NH4)2RUCI6 (h) 4 CC) 800 (DIAS) RuS2 m 180 OSS2 (NH4)20SCI6 220 3 800 4 PtSz (NH4)2PtCl6 110 2 750 6 PdSs (NH4)2PdCl6 130 1 700 5 DISSULFETO 4 Bensalem e Schieich (1986, 1990) e SchIeich e Martin prepararam vários sulfetos amorfos dos metais de (1986) transição u t i l i z a n d o um m é t o d o em b a i x a t e m p e r a t u r a . O p r o c e s s o e n v o l v e as reações entre haletos metálicos MXn ( M = T a , Nb,Mo; X = CI,F) compostos orgânicos sulfurados, como di-ter-butildissulfeto, e di-tert- butilssulfeto e ter-butilmercaptana. Sulfetos cristalinos foram obtidos pelo t r a t a m e n t o t é r m i c o dos pós a m o r f o s e m v á c u o ou pela reação direta dos sulfetos amorfos com enxofre elementar. Estas reações foram sulfetos feitas apresentaram a vácuo em diferentes um reator de estequiometrias sílica. de Os acordo com a t e m p e r a t u r a e a p r e s s ã o p a r c i a l do e n x o f r e . Bonneau e colaboradores (1991) relataram a metátese em e s t a d o s ó l i d o da r e a ç ã o e n t r e c l o r e t o de m o l i b d e n i o (V) e s u l f e t o de s ó d i o p a r a a o b t e n ç ã o do d i s s u l f e t o de m o l i b d e n i o : •> M0S2 + 5 N a C I + ( 1 / 2 ) S M0CI5 + (5/2)Na2S Esta técnica forneceu um sulfeto bem cristalizado, q u a l i d a d e , em c u r t o t e m p o . E s t a m e s m a t é c n i c a p o d e ser para a preparação dos s u l f e t o s e selenetos de alta aplicada c o m o WS2, W S e 2 , e MoSe2. Os ditiocarbamatos são complexos de coordenação bem c o n h e c i d o s ( C o u c o v a n i s , 1 9 7 9 ) e de p r e p a r a ç ã o r e l a t i v a m e n t e f á c i l . 10 E s t e s c o m p o s t o s se d e c o m p õ e m s o b u m a a t m o s f e r a de s u l f i d r e t o e m temperaturas Aquecimento leva aos sulfetos pouco abaixo dos correspondentes p o n t o s de p o s t e r i o r em a t m o s f e r a H2/H2S no i n t e r v a l o sulfetos obtidos temperaturas. metálicos pela Como que corresponderiam síntese direta exemplos de dos elementos sulfetos fusão. 400-600°C aos mesmos em elevadas preparados por este m é t o d o c i t a m - s e Z n S , N Í 3 S 2 , e CogSs- Sulfeto de cobre [Cu(en)2](CI04)2 com (II), CuS, tiouréia foi em sintetizado meio pela alcalino, reação em de diferentes t e m p e r a t u r a s ( G r i j a l v a , 1 9 9 6 ) . O p r o d u t o o b t i d o a 10°C ( C u S - 1 0 ) e r a amorfo e mostrou propriedades semicondutoras, enquanto o sulfeto o b t i d o a 3 0 ° C ( C u S - 3 0 ) era c r i s t a l i n o , do t i p o c o v e l i t a . O C u S - 1 0 se t r a n s f o r m a v a e m u m a e s p é c i e c r i s t a l i n a q u a n d o a q u e c i d o de 100 a 1 5 0 ° C . O s u l f e t o a s s i m o b t i d o t i n h a c r i s t a l i n i d a d e m a i o r do q u e a do CuS-30. Krunks formação e de filmes aspergimento SC(NH2)2 ao e de pirólise, (tiouréia), intermediário passa colaboradores (1996, CuS e usando ocorrendo 2001, CulnS2 para a 2002) por isso estudaram um processo soluções formação de de um CuCb a de e complexo na s o l u ç ã o , i n d i c a d o c o m o C u ( S C N 2 H 4 ) C I . H 2 0 , o q u a l CuS em t e m p e r a t u r a s acima de 2 1 0 ° C . O sulfeto assim p r e p a r a d o , q u a n d o a q u e c i d o a 7 0 0 ° C ao ar f o r m a o ó x i d o de c o b r e . O s u l f e t o b i n a r i o C u l n S 2 foi p r e p a r a d o p e l a r e a ç ã o da m i s t u r a dos sulfetos soluções sulfeto de contendo CulnS2 soluções cobre CUCI2 + pelo o Cu(ll) e de índio. InCla processo é reduzido de Estes autores usaram e SC(NH2)2 para aspergimento e também a síntese pirólise. do Nestas a C Ü ( I ) pela t i o u r é i a , f o r m a n d o - s e o c o m p l e x o C u ( S C N 2 H 4 ) C I . H 2 0 , o qual é o p r e c u r s o r para a f o r m a ç ã o dos s u l f e t o s . Q u a n d o a temperatura chega a 120°C o complexo perde a água e aos 210°C forma-se o sulfeto correspondente. 11 o m é t o d o da d e p o s i ç ã o química do sulfeto u s a n d o - s e banhos é t i d o c o m o o m a i s b a r a t o d o s p r o c e s s o s p a r a a f a b r i c a ç ã o de f i l m e s de C d S . A d e p o s i ç ã o de C d S s o b r e v i d r o é f e i t a a p a r t i r de solução aquosa contendo acetato de cádmio, acetato de uma amonio, amônia e tiouréia (Boyle, 1999; Yamaguchi e colaboradores, 1998). F i l m e s d e b o a q u a l i d a d e , de e s p e s s u r a s 0,1 a 0,5 m m , f o r a m o b t i d o s c o m t e m p o de d e p o s i ç ã o de 30 m i n u t o s e t e m p e r a t u r a s de 7 9 - 9 0 ° C . Estes filmes se p r e s t a m b e m c o m o m a t e r i a l p a r a a c o n s t r u ç ã o de j a n e l a s para as células s o l a r e s . C o n s t i t u i , p o r t a n t e , o b j e t o do p r e s e n t e t r a b a l h o a p r e s e n t a r um processo sulfetos para a produção de sulfetos metálicos, especialmente os de m e t a i s p e s a d o s e de t r a n s i ç ã o , p e l a t r a n s f o r m a ç ã o de s e u s c o m p o s t o s c o m o os ó x i d o s , c a r b o n a t e s , h a l e t o s e os p r ó p r i o s metais, por reação temperatura, sólido-sólido, usando agentes isto é, por sulfetantes vía seca, sólidos. A em baixa reação é p r a t i c a m e n t e i s e n t a de o d o r e s d e s a g r a d á v e i s , c o m o é o c a s o q u a n d o se usa requer sulfidreto (H2S). A i n d a filtrações ou diretamente casos pela secagens, reação excepcionais mais, o obtendo-se sólido-sólido é feita uma pretendido em o sulfeto baixa lavagem para processo não metálico temperatura. se eliminar Em algum e x c e s s o de r e a g e n t e s , d e v e n d o - s e então secar o sulfeto lavado. Pode-se dos metais usar, como agentes formadores pesados orgânicos e formação dos sulfurados e inorgânicos ou metais contendo mencionados agentes de transição, enxofre, sulfetos. sulfetantes dos sulfetos vários os quais Entre estão os compostos permitirão estes ditióis sólidos a compostos (Donahue e colaboradores, 1998), como o benzotiofeno, tioacetamida (Armstrong, 1960; B o w e r s o w e Swift, 1958; Hahn, 1958), tiossulfatos tiouréia (Abrão, colaboradores, 1971, 1996; feniltiosemicarbazida, 1976; Abrão Krunks e e Martins, 1999; colaboradores, mercaptobenzotiazol, alcalinos, Grijalva e 1997), dimetilditiocarbamato ( P i k e e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 9 3 ) , m i s t u r a de h i d r a z i n a ( H a h n e P r i n g l e , 12 1964), com elementar compostos (Retamero orgânicos sulfurados e mesmo enxofre e Stucchi, 1991). O presente trabalho utiliza a p e n a s um d e s t e s r e a g e n t e s . A s í n t e s e d o s s u l f e t o s m e t á l i c o s é f e i t a em temperaturas mais baixas que a maioria dos métodos e n c o n t r a d o s na l i t e r a t u r a p a r a a m e s m a f i n a l i d a d e . Nos estudos preliminares foi constatado que o m é t o d o p r o p o s t o n e s t e t r a b a l h o p o d e s e r a p l i c a d o na o b t e n ç ã o da m a i o r i a d o s s u l f e t o s m e t á l i c o s , p o r é m , ê n f a s e será dada nesta tese para os s u l f e t o s de cádmio, zinco e mercúrio. Todas as operações executadas no processo são bastante conhecidas, não requerendo qualquer e q u i p a m e n t o mais s o f i s t i c a d o . Pode-se observar que todo o processo e suas operações não a c a r r e t a m d e s p e s a s com e q u i p a m e n t o s c o m p l i c a d o s , t a n t o no que se r e f e r e ao r e a t o r c o m o a o n ú m e r o r e d u z i d o d e r e a g e n t e s u s a d o s . Torna-se inovação evidente tecnológica que de o presente elevado processo significado representa uma técnico-econômico, sendo que a sua a p l i c a ç ã o requer menores custos que os p r o c e s s o s convencionais. 1.4 Aplicações de sulfetos metálicos Os s u l f e t o s s e m p r e t i v e r a m g r a n d e i m p o r t â n c i a p a r a a q u í m i c a analítica (Bhat indústrias, e colaboradores, sendo nanocompostos hoje (Calderón muito e 1979; M c C u r d y , utilizados Yoshimura, 1962) na 2002; e para fabricação Reisfield as de e colaboradores, 2 0 0 0 ; Wang e Herrón, 1 9 9 1 ; W a n g e H o n g , 2 0 0 0 ; Yu e colaboradores, 1999). 13 1.4.1 S u l f e t o d e c á d m i o O s u l f e t o de c a d m i o f o i u s a d o c o m o d e t e c t o r de luz e m c é l u l a b e m c o m o e m p r o j e t o s e d i a g r a m a s p a r a m o n t a g e m de f i l t r o s f o t ó m e t r o s . Células fotocondutoras á base de CdS são para disponíveis c o m e r c i a l m e n t e ( R o s t , 1 9 6 1 ; RIC N e w s , 1 9 8 1 ) . M u i t a a t e n ç ã o é dada a t u a l m e n t e p a r a a p r e p a r a ç ã o de CdS p a r a u s o c o m o s e m i c o n d u t o r . O i n t e r e s s e p a r a o u s o de C d S é m a i o r ainda depois da descoberta da aplicação de CdS/Cu2S em dispositivos fotovoltaicos. P a r a a p l i c a ç ã o em p r o j e t o s de s e m i c o n d u t o r e s , f i l m e s f i n o s d e sulfeto de cádmio (Ileperuma e são utilizados colaboradores, em janelas 1988). Estes de células filmes finos solares de CdS c r i s t a l i n o p o d e m s e r d e p o s i t a d o s s o b r e s u b s t r a t o s de v i d r o s a p a r t i r de s o l u ç õ e s a l c a l i n a s c o n t e n d o a c e t a t o de c á d m i o , e t i l e n o d i a m i n a e tiouréia em várias condições experimentais ( 0 ' B r i e n e colaboradores, 1996,1998). Também pode ser depositado um filme de CdS p r e p a r a d o a p a r t i r de s o í u ç ã o a q u o s a de t i o u r é i a , s u l f a t o de c á d m i o e NH3 ( g a s o s o ) , d e p o s i t a n d o - s e o f i l m e e m u m s u b s t r a t o s ó l i d o , exemplo em InP, a 60-95°C (Duplaise e colaboradores, por 1996). O s u l f e t o de c á d m i o t e m sua b a n d a de e n e r g i a no e s p e c t r o v i s í v e l e é largamente usado em dispositivos optoeletrõnicos Outra conversão construção Importante de aplicação do energia solar (Olea de j a n e l a s para células CdS é em e Sebastian, solares. semicondutores dispositivos 1998), Filmes isto finos de é, de na CdS podem ser d e p o s i t a d o s usando-se banhos c o n t e n d o C d C b , tiouréia e amônia e a deposição pode ser f e i t a s o b r e um s u b s t r a t o de vidro c o n t e n d o u m a c a m a d a de S n 0 2 ( O z s a n e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 9 6 ) . p r e p a r a ç ã o de t e l a s p l a n a s , uma l â m i n a de v i d r o é r e c o b e r t a uma pasta da mistura de C d S com propilenoglicol Na com e a lâmina é 14 s e c a d a a 1 2 0 ° C d u r a n t e 1 h. Finalnnente o f i l m e de C d S é s i n t e r i z a d o e m a t m o s f e r a d e n i t r o g ê n i o a 6 9 0 ° C d u r a n t e 1 h. A t u a l m e n t e a t e c n o l o g i a p a r a o b t e n ç ã o de m a t e r i a i s no e s t a d o nanoparticulado tem enorme interesse. Reisfeld e colaboradores ( 2 0 0 0 ) p r e p a r a r a m p a r t í c u l a s de C d S s e m i c o n d u t o r s o b r e f i l m e s Zr02, dopados luminescente presença com das das Eu^"" e T b ^ * . terras partículas raras de Foi descoberto aumenta CdS. Sulfeto que a de emissão significativamente de cádmio tem na sido i n c o r p o r a d o t a m b é m e m f i l m e s de s í l i c a . S u l f e t o de c á d m i o é u t i l i z a d o para a o b t e n ç ã o de h i d r o g ê n i o a p a r t i r da á g u a ( A r o r a e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 9 8 ; P a r k e c o l a b o r a d o r e s , 1994,1995; Sahu e colaboradores, 1998). M e t á t e s e de C d S c o m A g N O a m a r c a d o c o m ^"""Ag, s e g u i d o da s e p a r a ç ã o do Ag2S f o r m a d o , em um f i l t r o de m e m b r a n a , é c o n t a d a em um cintilômetro com detector Nal(TI) tipo poço. Sulfetos cobre para 1970,1975). de cádmio e zinco são dopados a síntese As de compostos propriedades com terras raras luminescentes luminescentes do CdS (RIC e News, ativado com t e r r a s r a r a s e c o b r e c o m o c o - d o p a n t e f o r a m d e s c r i t a s por A p p e r s o n e colaboradores (1969). Um método interessante para a determinação de ouro s o l u ç ã o de c i a n e t o foi d e s c r i t o por K a l i n i c h e n k o e S o k o l o v a Sulfeto de c á d m i o , na f o r m a de pó, p r e c i p i t a sulfeto em (1955). de o u r o s o l u ç ã o de c i a n e t o a c i d i f i c a d a c o m e x c e s s o de á c i d o c l o r í d r i c o . da O s u l f e t o m a r r o m foi u s t u l a d o a 8 0 0 ° C e o o u r o m e t á l i c o r e s u l t a n t e f o i lixiviado com ácido nítrico. 15 1.4.2 Sulfeto de zinco O s u l f e t o de z i n c o é u t i l i z a d o em b o r r a c h a s , semicondutores, fósforos e também como pigmento. Cobre pode ser determinado sulfeto de z i n c o ativado por cobre, o sulfeto de z i n c o em solução prata, ZnS:Ag. é aquecido para por adsorção em da coleta de a ativação do Depois induzir f ó s f o r o de c o b r e . A i n t e n s i d a d e da f l u o r e s c e n c i a v e r d e i n d u z i d a p r o p o r c i o n a l a o t e o r de c o b r e e p o d e s e r m e d i d a u s a n d o - s e com teores cobre conhecidos é padrões de c o b r e . O m é t o d o f o i u s a d o p a r a medir em soluções com precisão e exatidão em concentrações de 0 , 0 0 1 a . 5 0 0 m g L " ^ O m é t o d o é s e l e t i v o para c o b r e e p o u c o a f e t a d o p e l a p r e s e n ç a de o u t r a s i m p u r e z a s ( R o p p e S h e a r e r , 1 9 6 1 ) . P a r a a análise usa-se sulfeto de zinco ativado com prata (ZnS:Ag) p r e v i a m e n t e s i n t e t i z a d o . A a t i v a ç ã o do c o b r e no s u l f e t o Z n S : A g ( C u ) é feita em temperatura de 525°C, sendo que as respostas das m e d i d a s da f l u o r e s c e n c i a v e r d e s ã o r e p r o d u t í v e i s . A determinação de c o b r e por e s t e m é t o d o é única. Nenhum o u t r o e l e m e n t o é c a p a z de a t i v a r o f ó s f o r o nas c o n d i ç õ e s de a n á l i s e . U m a a p l i c a ç ã o do s u l f e t o de z i n c o a t i v a d o por p r a t a , Z n S : A g , é c o n h e c i d a há v á r i o s a n o s . E s t e s u l f e t o p o d e d e t e c t a r p a r t í c u l a s a l f a e por meio delas também pode detectar nêutrons térmicos ( B a r n a r d , 1963). camada Partículas de alfa ZnS:Ag incidindo emitem em uma luz v i s í v e l , tela a qual contendo pode uma ser fina captada i m p r e s s i o n a n d o um f i l m e f o t o g r á f i c o . Q u a n d o n ê u t r o n s t é r m i c o s s ã o c a p t u r a d o s p o r um a l v o c o n t e n d o ^°B o c o r r e a e m i s s ã o de p a r t í c u l a s a l f a , e s t a s p o d e n d o i n c i d i r no f i l m e de Z n S : A g p a r a e m i t i r luz v i s í v e l . Sulfeto como janela de z i n c o é um i m p o r t a n t e m a t e r i a l e l e c t r o - ó p t i c o , para infravermelho (Donahue e colaboradores, útil 1998). 16 Q u a n d o d o p a d o se t r a n s f o r m a e m um f ó s f o r o u s a d o c o m o b a s e de LED (RIC N e w s , 1 9 7 5 ) . O s s u l f e t o s m e t á l i c o s f o r m a m m u i t o s c o m p o s t o s que e x i b e m u m v a s t o i n t e r v a l o de p r o p r i e d a d e s ú t e i s . Os s u l f e t o s b i n á r i o s t ê m l a r g a a p l i c a ç ã o , c o m o é o e x e m p l o do s u l f e t o de z i n c o , Z n S , q u e e n c o n t r a uso como janela apresentando boa para infravermelho estabilidade na química região e ente 8 e resistência 11 nm, física, com r á p i d a r e s p o s t a e l e t r ô n i c a . Este s u l f e t o pode emitir radiação azul ou v e r d e q u a n d o d o p a d o ( D o n a h u e e c o l a b o r a d o r e s , 1998; R I C News, 1993). Sulfeto exemplo, de zinco é importante o fósforo principalmente se ZnS.Sm ele contém constituinte exibe emissão átomos P,ou de " f ó s f o r o s " . vermelha seja, Por brilhante, como ZnS.Sm,P (Tohda e colaboradores, 1986). Sulfeto de zinco é largamente usado em telas fluorescentes p a r a a d e t e c ç ã o de r a i o s - X e m d i a g n ó s t i c o m é d i c o ou e m t e l a s de osciloscópios. preparação Ele é muito de fósforos usado para para televisão acomodar colorida terras raras na para os e também m o s t r a d o r e s luminescentes de relógios. O f ó s f o r o Z n S . C u e m i t e luz v e r d e e o f ó s f o r o Z n S . A g e m i t e luz azul (Schwankner e colaboradores,1981). Sulfeto de z i n c o dopado com manganês emite fosforescência alaranjada. U m u s o c o m e r c i a l dos s u l f e t o s é na f a b r i c a ç ã o de t e l a s p l a n a s (painéis) eletroluminescentes, as ZnS:Mn. Há v á r i o s sendo monocromático. anos vem Mais recentemente quais são baseadas comercializado os p a i n é i s no fósforo apenas como multicoloridos estão d i s p o n í v e i s . A s c o r e s são p r o d u z i d a s p o r a t i v a d o r no s u l f e t o de z i n c o o u m a t r i z e s d e s u l f e t o s de m e t a i s a l c a l i n o - t e r r o s o s . Dos m a t e r i a i s j á estudados incluem-se: ZnS:Tb, ZnS:Sm, ZnS:Tm, CaS:Eu, CaS:Tb, 17 SrS:Ce e fósforos o tiogalato:(Ca,Sr) ZnS.Mn (amarelo) Ga2S4 dopado e SrS.Ce com Ce (azul-verde) são ou Eu. Os promissores (Leskeiã, 1998). P a p e l de f i l t r o i m p r e g n a d o c o m s u l f e t o de c á d m i o ou s u l f e t o de zinco é recomendado para a adsorção seletiva de vários metais (Phillips e Kraus, 1965). 1.4.3 S u l f e t o de mercúrio U m a a p l i c a ç ã o i n t e r e s s a n t e do s u l f e t o de m e r c ú r i o ( I I ) , H g S , e s t á na s í n t e s e de s u l f e t o s de m e t a i s a l c a l i n o s , e s p e c i a l m e n t e de rubídio de HgS e de césio. Estes sulfetos são preparados com metais os c o r r e s p o n d e n t e s alcalinos pode ser metais. removido Excesso pela r e a ç ã o de mercúrio dos sulfetos e dos sintetizados por v o l a t i l i z a ç ã o . E s t e t i p o de s í n t e s e t e m g r a n d e v a n t a g e m , p o i s e v i t a a formação dos polissulfetos. Park e colaboradores (1994,1995) estudaram a produção de h i d r o g ê n i o e o x i g ê n i o p e l a d e c o m p o s i ç ã o da á g u a u s a n d o v e s í c u l a s c h e i a s d e s u l f e t o de m e r c ú r i o c o l o i d a l e m i s t u r a d a s c o m de Rh e metaborato. conseqüência gerado via hidrogênio da A irradiação peroxiborato e decomposição peróxido de com luz. O oxigênio formado sódio. da pela O reação peróxido água se partículas dá em provavelmente de de é peróxido de hidrogênio foi d e t e c t a d o na v e s í c u l a a p ó s a i r r a d i a ç ã o c o m l u z . A l g u n s s u l f e t o s m e t á l i c o s p o d e m ser u s a d o s c o m o c o l e t o r e s de c á t i o n s e m s o l u ç õ e s a q u o s a s , c o m o por e x e m p l o H g S , C d S , NiS e CU2S. A elevada característica tendência de f o r m a ç ã o de i n s o l u b i l i d a d e de s u l f e t o s do H g S em m e i o metálicos e a aquoso têm sido l a r g a m e n t e e x p l o r a d a s em q u í m i c a a n a l í t i c a q u a l i t a t i v a e q u a n t i t a t i v a 18 (Cyganski, 1976). Seu uso tem sido enorme, não apenas para a s e p a r a ç ã o de e l e m e n t o s ú n i c o s , m a s t a m b é m c o m o a s e p a r a ç ã o e m g r u p o s de e l e m e n t o s ( P h i l l i p s e K r a u s , 1 9 6 5 ) . 1.4.4 O u t r o s s u l f e t o s metálicos C o m o já c i t a d o no i t e m pode ser utilizado na 1.3, o processo obtenção de proposto diversos nesta sulfetos tese metálicos. P o r t a n t o , c a b e a q u i s a l i e n t a r a i m p o r t â n c i a na a p l i c a ç ã o d e a l g u n s o u t r o s c o m p o s t o s a l é m d o s s u l f e t o s de c á d m i o , z i n c o e m e r c ú r i o . Vários membranas prata, como sulfetos de metálicos estado sólido. PbS-Ag2S, são usados Eletrodos CdS-AgzS e em com base CuS-Ag2S, eletrodos de no de sulfeto são disponíveis c o m e r c i a l m e n t e . U m e l e t r o d o no q u a l s e u s a a m i s t u r a C u S - A g 2 S é e m p r e g a d o c o m o e l e t r o d o s e l e t i v o de í o n s ( B u c k e S h e p a r d , 1 9 7 4 ) . O sulfeto de ferro tem alumínio/sulfeto de ferro, usadas dispositivos elétricos como destacado em uso nas veículos baterias baterias elétricos estacionarias e lítiooutros (Nelson e colaboradores). Os sulfetos Ag2S, CdS, CuS e PbS são usados para a c o n f e c ç ã o de m e m b r a n a s p a r a e l e t r o d o s s e n s í v e i s a í o n s ( J o h a n s s o n e Edstrom, 1972; Mascini e Liberti, 1973; Vesely e colaboradores, 1 9 7 2 ) . E s t e s s u l f e t o s t ê m s i d o p r e p a r a d o s p e l a p r e c i p i t a ç ã o c o m H2S a p a r t i r de s o l u ç õ e s á c i d a s d o s r e s p e c t i v o s m e t a i s . E l e t r o d o s e l e t i v o a íons com membrana sólida de de níquel Ag2S é muito usado para a d e t e r m i n a ç ã o de p r a t a . O uso concentração grandes de sulfeto de m e t a i s amostras como coletor preciosos, especialmente de m a t e r i a l , é r e c o m e n d a d o assay" (Asif e Parry, 1989). para ouro, para a pré- usando-se o teste "fire- 19 O s s e s q u i s s u i f e t o s de t e r r a s r a r a s s ã o u s a d o s c o m o e corantes como e são bases tintas, para a p i g m e n t a ç ã o plásticos, resinas, vernizes, pigmentos de m u i t o s borrachas, materiais, cerâmicas, couros, papéis, tintas, cosméticos e depositados como coberturas. Certos quantidades, sulfetos para espectrómetro de metálicos preparar são usados, d i ó x i d o de e n x o f r e massas para a determinação em pequenas para a análise da razão em ^'*S/^^S (Robinson e Kusabe, 1975). A mistura dos sulfetos metálicos com ó x i d o de c o b r e , C u O ou CU2O, c o m o d o a d o r d e o x i g ê n i o é a q u e c i d a p a r a g e r a r o d i ó x i d o de e n x o f r e ( F r i t z e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 7 4 ) . U m a n o v a c l a s s e de v i d r o f o i e s t u d a d a c o m b a s e na BaS-Ga2S3-GeS2. As propriedades térmicas, ópticas e mistura mecânicas destes vidros foram investigadas (Harbison e colaboradores, 1997). Estes lasers, vidros poderão ser usados como materiais para sensores infravermelhos e componentes para sistema Infravermelho. O s s u l f e t o s de a r s ê n i o e a n t i m o n i o s ã o u s a d o s c o m o p i g m e n t o s e o s u l f e t o d e a r s ê n i o é e m p r e g a d o na p r e p a r a ç ã o de v i d r o s . Sulfetos conhecidos como formadores de vidros são GeS2 e A S 2 S 3 ( R I C N e w s , 1 9 9 8 ) . O 63283 s o z i n h o n ã o é f o r m a d o r de v i d r o , mas c o m p õ e vidros quando em mistura com outros sulfetos. O s s u l f e t o s G a S e Ga2S3, a s s i m c o m o o s u l f e t o de c h u m b o , s ã o importantes como semicondutores. S u l f e t o de c o b r e é l a r g a m e n t e u t i l i z a d o c o m o c o l e t o r de m e t a i s preciosos. coletor e Kallmann (1986) aproveitamento usou de o sulfeto pequenas de Cu(l), concentrações CU2S, de como metais preciosos em soluções. Tanaka e colaboradores (2000) investigaram os efeitos da i r r a d i a ç ã o c o m luz e x t e r n a nas p r o p r i e d a d e s e l e t r o l u m i n e s c e n t e s de 20 f i l m e s d e S r S a t i v a d o s com t e r r a s r a r a s : C e , Pr, N d , S m , G d , T b , D y , Ho, Er e T m . E s t e s f ó s f o r o s são m u i t o i m p o r t a n t e s na f a b r i c a ç ã o de painéis comerciais. Especialmente o fósforo SrS:Ce, emitindo cor a z u l , é m u l t o p r o m i s s o r . Os f ó s f o r o s e s t u d a d o s t ê m de 0,1 a 1 % de t e r r a s r a r a s u s a d a s na f o r m a de f l u o r e t o s . foi estudada por Tikohomirov Esta mesma e colaboradores propriedade (1997) aplicada à f a b r i c a ç ã o de v i d r o s . Alguns sulfetos CogSs e NÍ3S4 são de grande interesse em catalise, como (Pasquariello e colaboradores, 1984). O d i s s u l f e t o M0S2 é l a r g a m e n t e u s a d o c o m o l u b r i f i c a n t e s e c o , c u j a s p r o p r i e d a d e s ao ar são c o m p a r á v e i s à g r a f i t a . O s u l f e t o M0S2 é um s e m i c o n d u t o r d i a m a g n é t i c o . Outro uso importante catalisador em reações dos de sulfetos de molibdenio hidrogenação, é craqueamento como de hidrocarbonetos e hidrossuifuração. 1.5 R e a g e n t e s F o r m a d o r e s de S u l f e t o s D e a c o r d o c o m as j u s t i f i c a t i v a s c i t a d a s no i t e m 1.3, sabe-se que s ã o d i v e r s o s os r e a g e n t e s o r g â n i c o s e i n o r g â n i c o s que p o s s u e m enxofre em sua fórmula estrutural e podem ser utilizados como g e r a d o r e s do íon s u l f e t o . N e s t e t r a b a l h o , ê n f a s e é d a d a à t i o u r é i a , reagente este que foi utilizado nos processos de síntese aqui o reagente sólido mais descritos. D e v i d o ao f a t o de ser a t i o a c e t a m i d a empregado em sínteses de sulfetos, faz-se neste c o m p a r a ç ã o e n t r e os dois r e a g e n t e s . ¡OWiSSAO NACiCNZ-L DE fliMRRGIA MüCLEAR/SP \fk£ capítulo uma 21 1.5.1 Tiouréia T i o u r é i a é um c o m p o s t o b r a n c o , c r i s t a l i n o , c o m p o n t o de f u s ã o 178°C, solúvel em água e em álcool, com massa molecular 76,12 e f ó r m u l a S = C(NH2)2 ( M e r c k , 1 9 9 6 ) . Em s o l u ç ã o , f o r m a c o m p o s t o s p o r coordenação c o m os íons metálicos, complexos do t i p o amin, em solução ácida. Na T a b e l a 2 e n c o n t r a m - s e e x e m p l o s d o s p r i n c i p a i s complexos de metais com tiouréia (Abrão, 1971). Tabela 2: Principais complexos de metais com tiouréia ELEMENTO COMPLEXO Bi-lll [Bi(CSN2H4)3r Cu-I [CU(CSN2H4)6]' Cu-ll [Cu(CSN2H4)]^^ [Cu(CSN2H4)3]'", [Cu(CSN2H4)4r Pb-ll 2Pb(N03)2.11CS(NH3)2, [Pb(CSN2H4)6r, IPb(CSN2H4)3r Cd-ll [Cd(CSN2H4)]2', [Cd(CSN2H4)2]^" , [Cd(CSN2H4)3f* Pt-ll [Pt(CSN2H4)2f' e [Pt(CSN2H4)4]^* Ag-I [Ag(CSN2H4)3]* Hg-il [Hg(CSN2H4)2r, [Hg(CSN2H4)3f, [Hg(CSN2H4)4r Re-V [Re02(CSN2H4)2]* Os-lll [Os(CSN2H4)6r Tl-I A ri(CSN2H4)4]' tiouréia reage com cátions e anions formando soluções c o l o r i d a s de g r a n d e i m p o r t â n c i a e m q u í m i c a a n a l í t i c a . T a m b é m f o r m a 22 c o m p o s t o s i n c o l o r e s e e m a l g u n s c a s o s s ã o p o u c o s o l ú v e i s , c o m o no c a s o da p r a t a , m e r c ú r i o , c á d m i o , z i n c o , c h u m b o e t á l i o . É um a g e n t e redutor r e l a t i v a m e n t e forte, p o r é m , em meio á c i d o , é o x i d a d a ao d i s s u l f e t o de f o r m a m i d i n a q u e e x i s t e c o m o um s a l ( í o n ) em solução. Essa oxidação da t i o u r é i a ao d i s s u l f e t o por ação de o x i d a n t e s fortes pode ser usada para sua d e t e r m i n a ç ã o . A t i o u r é i a é um c o m p o s t o e s t á v e l à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , t a n t o na f o r m a s ó l i d a c o m o e m s o l u ç ã o , p o r é m d e c o m p õ e - s e p e l a e l e v a ç ã o da t e m p e r a t u r a f o r m a n d o s u b p r o d u t o s c o m o H2S. Esta de g e r a r H2S q u a n d o a q u e c i d a t o r n a a t i o u r é i a u m ó t i m o p a r a a p r e c i p i t a ç ã o de s u l f e t o s "in situ". literatura propriedade explorando esta capacidade reagente Não c o n s t a m t r a b a l h o s da t i o u r é i a na f o r m a na sólida p a r a a o b t e n ç ã o de s u l f e t o s m e t á l i c o s c o m o p r o p o s t o n e s t a t e s e . O cádmio forma complexos do t i p o [ C d ( t u ) ] ^ " , [ C d (tu)2]^^ e [ C d ( t u ) 3 ] ^ ' ' e m s o l u ç ã o á c i d a de t i o u r é i a (tu) e, q u a n d o a l c a l i n i z a d o s , formam CdS (Abrão, 1971). O mercúrio forma complexos bem estáveis com a solução a q u o s a de t i o u r é i a em meio á c i d o e forma HgS a p ó s a a l c a l i n i z a ç ã o . A vantagem da tiouréia sobre a tioacetamida para a p r e c i p i t a ç ã o de s u l f e t o s m e t á l i c o s e s t á no f a t o de a t i o u r é i a s e r m a i s s e l e t i v a , ter maior e s t a b i l i d a d e , menor risco à s a ú d e e custo muito i n f e r i o r . A h i d r ó l i s e da t i o u r é i a e m m e i o á c i d o é m u i t o m a i s l e n t a e m e s m o a h i d r ó l i s e em m e i o a l c a l i n o a q u e n t e na a u s ê n c i a de m e t a i s p e s a d o s é t a m b é m l e n t a . A r e a ç ã o de f o r m a ç ã o de s u l f e t o s a u m e n t a c o m a c o n c e n t r a ç ã o do m e t a l p e s a d o e c o m o p H . A v e l o c i d a d e de precipitação de do mesma valencia. sulfeto é maior para os metais mais pesados 23 Na autores precipitação (Abrão, precipitados por 1971; densos solução, Abrão e dos sulfetos já explorada Martins, por 1999), alguns foram dos obtidos metálicos, facilmente filtráveis e l i v r e s d o c h e i r o de H2S. Yu e colaboradores nanocristalina Para a com síntese CdS04.8/3H20 solventes. (1999) morfología usaram para sais a e tamanho de cádmio reação Concluíram que a prepararam com de como dos na partículas tiouréia presença CdS forma variadas. Cd(N03)2.4H20 em meio solventes a e vários controla a m o r f o l o g í a e o t a m a n h o d a s p a t í c u l a s do C d S . 1.5.2 Tioacetamida T i o a c e t a m i d a , ou e t a n o t i o a m i d a , é um c o m p o s t o c o m p o n t o de fusão 114°C, solúvel em água e em álcool, com massa molecular 7 5 , 1 3 e f ó r m u l a C2H5NS ( M e r c k , 1 9 9 6 ) . O u s o d a t i o a c e t a m i d a c o m o u m a g e n t e p r e c i p i t a n t e de s u l f e t o s m e t á l i c o s s u b s t i t u i n d o o H2S v e m g a n h a n d o p o p u l a r i d a d e d e s d e s u a primeira aplicação, em 1934. Na literatura são descritas p r e c i p i t a ç õ e s de s u l f e t o s p a r a v á r i o s m e t a i s . N o s a n o s 6 0 , B r o a d e B a n a d ( 1 9 6 0 ) r e a l i z a r a m um l e v a n t a m e n t o b i b l i o g r á f i c o c o m m a i s de 80 referências, precipitação para citando o uso da tioacetamida como agente de s u l f e t o s m e t á l i c o s . U m a d a s v a n t a g e n s a tioacetamida é a síntese de s u l f e t o s metálicos para anunciadas facilmente filtráveis. Armstrong (1960) estudou o uso da tioacetamida para p r e c i p i t a ç ã o d o s s u l f e t o s do g r u p o do H2S e m s o l u ç õ e s a q u o s a s . A tioacetamida precipitação vantagens dos sejam foi sulfetos usada de creditadas no cádmio, à lugar do chumbo tioacetamida, sulfidreto e estanho. vários para a Embora problemas já 24 foram encontrados. Por exemplo, a precipitação do sulfeto de c h u m b o é t i d a c o m o i n c o m p l e t a , n a s c o n d i ç õ e s em q u e o s u l f i d r e t o p r e c i p i t a c o m p l e t a m e n t e o P b S . O e s c a p e de H2S d u r a n t e a h i d r ó l i s e a quente da encontradas nunca se tioacetamida na p r e c i p i t a ç ã o alcança completa é de uma dos sulfetos a concentração chumbo e das cádmio. maiores m e t á l i c o s , de m o d o adequada Um dificuldades para recurso a seria que precipitação trabalhar em s i s t e m a f e c h a d o , e v i t a n d o o e s c a p e do s u l f i d r e t o . Por o u t r o l a d o , um e x c e s s o de íon c l o r e t o i m p e d e a p r e c i p i t a ç ã o do s u l f e t o de c á d m i o usando-se tioacetamida (Hogness e Johnson, 1954). T i o a c e t a m i d a é m a i s f a c i l m e n t e o x i d a d a do q u e o H2S, o q u e em certos casos tioacetamida é uma em a l g u n s desvantagem. casos reduz Em íons, compensação, como, por e x e m p l o , a o A s ( V ) a A s ( l l l ) e a s s i m f a c i l i t a a p r e c i p i t a ç ã o do s u l f e t o A S 2 S 3 . P o r é m este reagente tornando-a é cancerígeno, inviável colaboradores, portanto o risco à saúde é grande, quando comparado à tiouréia 1989; Gosselin e colaboradores, (Berlín 1984; Hathaway e e colaboradores, 1 9 9 1 ; Helene e Somera, 1979). 1.5.3 O u t r o s r e a g e n t e s f o r m a d o r e s de s u l f e t o s Existem agentes diversos formadores transição. de s u l f e t o s que dos podem metais ser pesados usados os quais Martins, 1999; Abrão, 1958; colaboradores, colaboradores, promovem a formação dos 1971, 1976; Armstrong, Donahue e colaboradores, como e metais P o d e m ser c o m p o s t o s o r g â n i c o s e i n o r g â n i c o s enxofre, Swift, compostos sulfetos de contendo (Abrão e 1960; Bowersow e 1998; Grijalva e 1996; Hahn e Pringle, 1964; Hahn, 1958; Krunks e 1997; Pike e colaboradores, 1993). Entre estes c o m p o s t o s s u l f u r a d o s ou a g e n t e s s u l f e t a n t e s e s t ã o os d i t i ó i s , c o m o o benzotiofeno, tioacetamida, feniltiosemicarbazida, tiossulfatos mercaptobenzotiazol, alcalinos, tiouréia, dimetilditiocarbamato. 25 m i s t u r a de h i d r a z i n a c o m c o m p o s t o s o r g â n i c o s s u l f u r a d o s e m e s m o enxofre elementar. Pike e colaboradores ditiocarbamatos metálicos (1993) descobriram complexos podem também ser que usados os como p r e c u r s o r e s p a r a a o b t e n ç ã o de c e r t o s s u l f e t o s . 1.6 Química dos De processo diversos químicas acordo com proposto sulfetos e sulfetos as justificativas já nesta tese metálicos. físico-químicas pode Serão de citadas ser utilizado descritas alguns no item na o b t e n ç ã o a q u i as outros 1.4.4, o de propriedades sulfetos além dos s u l f e t o s de c á d m i o , z i n c o e m e r c ú r i o . 1.6.1 Sulfetos de Zinco, Cádmio e Mercúrio. Estes elementos são sempre divalentes em seus sulfetos, m e s m o n o s d i s s u l f e t o s Z n S z e CdS2. C o m o o s s u l f e t o s Z n S e C d S exibem sensibilidade corpusculares, são para muito as radiações usados em eletromagnéticas eletrônica. Quando e dopados c o m o u t r o s m e t a i s se t o r n a m l u m i n e s c e n t e s . O s u l f e t o de z i n c o é p r o v a v e l m e n t e o m a i s i m p o r t a n t e c o m p o s t o das familias Quando dos dopado semicondutores com traços de (Davis átomos e colaboradores, estranhos como 1996). Cu, Ag, Terras Raras, o ZnS pode converter diferentes formas de energía em luz v i s í v e l . M u l t a s d a s a p l i c a ç õ e s dos s u l f e t o s m e t á l i c o s , c o m o , p o r exemplo, televisão, a fabricação equipamento de t u b o s de r a i o s fotovoltaico catódicos e luminescente, para telas de dependem do t i p o e do n ú m e r o de d e f e i t o s e n c o n t r a d o s nos c r i s t a i s d o s s u l f e t o s . Contudo, a principal dificuldade para se atingir as propriedades ó p t i c a s d e s e j a d a s t e m s i d o a s s o c i a d a ao p r o b l e m a de o b t e n ç ã o c r i s t a i s s i m p l e s de Z n S no e s t a d o p u r o . de 27 de elementos únicose na separação em grupos de elementos (Phillips e Kraus, 1965). O H g S n o r m a l m e n t e é i n s t á v e l a c i m a de 4 7 8 ° C com formação de mercúrio metálico e enxofre decompondo-se elementar (Duval, 1953). 1.6.2 S u l f e t o s d e o u t r o s e l e m e n t o s . 1.6.2.1 S u l f e t o s de E s t a n h o Há d u a s f o r m a s e s t á v e i s de s u l f e t o s d e e s t a n h o : S n S e S n S a . O sulfeto de Sn elementos, (II) mas pode o ser sulfeto preparado assim pela reação sintetizado direta não dos apresenta e s t e q u i o m e t r i a c e r t a . A via de s í n t e s e i n d i c a d a é a r e a ç ã o de s a i s d e Sn (II) c o m H2S e m m e i o a q u o s o . O sulfeto de Sn (II) é um produto comercial, preparado na f o r m a d e p l a q u e t a s a m a r e l a s , p e l a r e a ç ã o d e f o l h a s de e s t a n h o c o m enxofre em pó, a quente. Este sulfeto pode aínda ser preparado pela p r e c i p i t a ç ã o de s a i s de Sn ( I V ) c o m s u l f i d r e t o e m m e i o ácido. A literatura cita aínda o sulfeto Sn2S3. A levemente decomposição t é r m i c a d o SnS2 l e v a ao s u l f e t o S n 2 S 3 e p r o v a v e l m e n t e ao sulfeto Sn3S4. Os sulfetos de estanho são muito parecidos aos sulfetos c o r r e s p o n d e n t e s do g e r m â n i o . 1.6.2.2 S u l f e t o s de A r s ê n i o , A n t i m o n i o e B i s m u t o Como antimonio já citado anteriormente, os sulfetos usados como pigmentos, são preparados quantidades estequiométricas dos elementos com de arsênio e pela r e a ç ã o de enxofre, em r e a t o r de q u a r t z o s e l a d o e a q u e c e n d o - s e a 6 0 0 - 9 0 0 ° C . os sulfetos de arsênio, antimonio e bismuto um Geralmente preparados por via 26 Sulfeto de z i n c o puro é um s e m i c o n d u t o r diamagnético. Ele p o d e m o s t r a r c o m p o r t a m e n t o d o t i p o n- ou p-. Z n S p o s s u i l a r g o i n t e r v a l o de t r a n s m i s s ã o no i n f r a v e r m e l h o , por essa razão é empregado como material para janelas infravermelho. C o n t u d o , Z n S é um m a t e r i a l m o l e , o q u e l i m i t a p a r c i a l m e n t e suas aplicações. O s u l f e t o C d S é e s t á v e l e c r i s t a l i z a no s i s t e m a h e x a g o n a l t i p o w u r t z i t a , o q u e f a c i l i t a m u i t a s a p l i c a ç õ e s o n d e f a z - s e u s o de f i n a s c a m a d a s deste material. P o d e - s e , por e x e m p l o , depositar um filme de C d S p r e p a r a d o a p a r t i r de s o l u ç ã o a q u o s a de t i o u r é i a , s u l f a t o de cádmio e NH3 (gasoso), depositando-se o filme em um substrato s ó l i d o , por e x e m p l o , em I n P , a 6 0 - 9 5 ° C ( D u p l a i s e e c o l a b o r a d o r e s , 1996; Davis e colaboradores, 1999). Q u a n d o o C d S é a q u e c i d o ao ar o u e m u m a a t m o s f e r a i n e r t e o c o m p o s t o p a s s a por urna d e g r a d a ç ã o c o m p l e t a , a q u a l f o i e s t u d a d a por T G e D T A e por E G A - F T I R (emission gas analysis) (Krunks c o l a b o r a d o r e s , 1 9 9 7 ) . Os p r o d u t o s g a s o s o s da d e g r a d a ç ã o e incluem NH3, H C I , H2NCN e CS2. os q u a i s p o r o x i d a ç ã o f o r m a m SO2, C O S e CO2. No r e s í d u o s ó l i d o f o r a m d e t e c t a d o s NH4CdCl3 e C d S por m e i o de d i f r a ç ã o d e r a i o s - X . A n á l i s e s e l e m e n t a r e s i n d i c a r a m a p r e s e n ç a de C l , N e C no r e s i d u o . Os r e s u l t a d o s permitiram concluir que é e x t r e m a m e n t e d i f í c i l p r e p a r a r um s u l f e t o C d S l i v r e de i m p u r e z a s . O térmico sulfeto de controlado (cinabrio). É aquoso possui e um mercúrio se geralmente transforma composto elevada com é na forma grande tendência preto. de Por tratamento trigonal insolubilidade formação de vermelha em meio sulfetos metálicos. Estas características têm sido largamente exploradas em química analítica qualitativa e quantitativa (Cyganski, 1976). Desde a d é c a d a de 6 0 , o H g S t e m s i d o l a r g a m e n t e u t i l i z a d o p a r a a s e p a r a ç ã o 28 a q u o s a s ã o a m o r f o s . O s u l f e t o de a r s ê n i o , a s s i m c o m o os s u l f e t o s d e a n t i m o n i o e bismuto, são f o r t e m e n t e coloridos. A r s ê n i o f o r m a o s s u l f e t o s AS4S3, AS4S4, A S 2 S 3 , e p o s s i v e l m e n t e AS2S5. S u l f i d r e t o f o r m a c o m s o l u ç õ e s a q u o s a s e á c i d a s de a r s e n a t o s , As04^', um precipitado cuja composição contém o sulfeto AS2S5, p o r é m , n ã o se t e m c e r t e z a d e q u e se t r a t a do A S 2 S 5 o u u m a m i s t u r a de A S 2 S 3 c o m e n x o f r e . S o l u ç õ e s á c i d a s de a r s e n i t o s t r a t a d a s com H2S p r o d u z e m o s e s q u i s s u l f e t o A S 2 S 3 . Antimonio forma apenas Sb2S3. Precipitados um s u l f e t o e s t á v e l , o de c o l o r a ç ã o amarelo-laranja sesquissulfeto são obtidos pela a c i d i f i c a ç ã o de s o l u ç õ e s de t i o a n t i m o n i a t o s . C o m o no c a s o d o A S 2 S 5 , n ã o se s a b e ao c e r t o se é p e n t a s s u l f e t o de a n t i m o n i o o u d e m i s t u r a de Sb2S3 c o m enxofre elementar. O sesquissulfeto é usado como semicondutor. O s e s q u i s s u l f e t o de b i s m u t o , B Í 2 S 3 , é o ú n i c o s u l f e t o e s t á v e l d e bismuto, em propriedades condições normais. semicondutoras. Este sulfeto também apresenta Os s u l f e t o s de a r s ê n i o , a n t i m o n i o e b i s m u t o a p r e s e n t a m e l e v a d o s p o n t o s de f u s ã o e d e e b u l i ç ã o . 1.6.2.3 O S u l f e t o de C h u m b o sulfeto chumbo. de chumbo(ll), PbS, é o único Este sulfeto é cristalino. É encontrado cristais grandes, conhecido sulfeto binário na n a t u r e z a como galena, É facilmente obtido de como pela a ç ã o de t i o u r é i a e m u m a s o l u ç ã o a l c a l i n a de c h u m b o c o m N a O H , o u s e j a , e m u m a s o l u ç ã o de p l u m b i t o de c h u m b o , p r e c i p i t a n d o - s e o P b S cristalino. 29 1.6.2.4 S u l f e t o s de G á l i o Os sulfetos de g á l i o Ga2S, G a S , GSASS são descritos na literatura e 63283, sendo GaS e 63283 nas formas importantes como semicondutores. 1.6.2.5 Sulfetos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos O sulfeto de sódio divulg3do. Pode N32S.5H2O e Na28.9H20. pars a formação formar de é bastsnte de uso por exemplo, E s t e ú l t i m o é um c o n v e n i e n t e precursor sulfetos conhecido hidr3t3dos, polissulfetos de sódio, anidros também e como qusndo bem tr3t3do com enxofre elementsr. Vários N32S, K2S e alc3linos sulfetos Rb2S. foram são Hidrogeno-sulfetos estudados, bem do como, conhecidos: tipo por MSH dos exemplo, LÍ2S, metais LiSH. Os hidrogenosulfetos NaSH, RbSH KSH têm estrutur3 crist3lin3 cúbica, do t i p o do N a C I e m t e m p e r a t u r 3 100-200°C. O s u l f e t o B e S t e m a e s t r u t u r 3 da b l e n d a de z i n c o , e n q u a n t o o s s u l f e t o s M g S , C a S , S r S e B a S t ê m e s t r u t u r a c r i s t 3 l i n 3 do t i p o N a C I . Os s u l f e t o s c r i s t a l i n o s SrS2 e SrS3 s ã o p r e p a r a d o s p e l o a q u e c i m e n t o dos correspondentes literstura os sulfetos seguintes amorfos. sulfetos: Ainda B3S2, são descritos B383, Sr84 com quase e n3 B3S4 ( O o o d e n o u g h , 1963). 1.6.2.6 S u l f e t o s d o s m e t a i s de t r a n s i ç ã o Considersndo-se que o enxofre reage todos os e l e m e n t o s de t r a n s i ç ã o e m v á r i a s p r o p o r ç õ e s , u m a g r a n d e v a r i e d a d e de s u l f e t o s é e n c o n t r a d a na n a t u r e z a ou p r e p a r a d 3 e m l a b o r a t ó r i o s . C á t i o n s c o m o Cu + , A g + e H g ^ * a p r e s e n t a m u m a f o r t e a f i n i d a d e p a r a c o m o íon s u l f e t o . E s t e s s u l f e t o s s ã o o b t i d o s e m m e i o a q u o s o na forma se a m o r f s , m3s com o envelhecimento ou por 3 q u e c i m e n t o 30 c o n v e r t e m e m m o d i f i c a ç õ e s c r i s t a l i n a s m a i s e s t á v e i s . Os seguintes d i s s u l f e t o s s ã o b e m e s t u d a d o s e g e r a l m e n t e o b t i d o s por v i a a q u o s a o u e m e l e v a d a s t e m p e r a t u r a s : MnSa, FeSa, RuSa, OSS2, C 0 S 2 , NÍS2, lrS2, CuS2, Z n S 2 , destes CdS2 compostos metais de têm transição . As propriedades recebido são muita magnéticas atenção. classificados de Os e elétricas sulfetos acordo com dos suas propriedades (Goodenough, 1963); 1. S e m i c o n d u t o r e s c o m m a g n e t i s m o ou d i a m a g n e t i s m o 2. C o n d u t o r e s metálicos com m a g n e t i s m o iónico (tipos n e p) 3. C o n d u t o r e s metálicos com paramagnetismo ou d i a m a g n e t i s m o i n d e p e n d e n t e s da t e m p e r a t u r a . Atualmente compostos preparação observa-se um grande interesse no estado sólido, procurando-se de sulfetos dos metais na síntese de novos métodos para a de t r a n s i ç ã o em temperaturas m a i s b a i x a s do q u e a t é e n t ã o e m p r e g a d a s . O m é t o d o t r a d i c i o n a l p a r a a s í n t e s e d e s t e s s u l f e t o s e n v o l v e a c o m b i n a ç ã o d i r e t a dos e l e m e n t o s e m t u b o s r a r e f e i t o s de s í l i c a . A r e a ç ã o c o m p l e t a g e r a l m e n t e requer l o n g o s t e m p o s de a q u e c i m e n t o em e l e v a d a s t e m p e r a t u r a s . A combinação direta dos elementos resulta em sulfetos h o m o g ê n e o s , de f a s e s i m p l e s , m a s os p r o d u t o s s ã o c r i s t a l i n o s e t ê m área específica baixa. Estas propriedades são indesejáveis para c e r t a s a p l i c a ç õ e s , c o m o por e x e m p l o , em p r o c e s s o s c a t a l í t i c o s . O s s u l f e t o s de f e r r o t ê m s i d o e s t u d a d o s e x t e n s i v a m e n t e . V á r i o s s u l f e t o s s ã o o b t i d o s q u a n d o os e l e m e n t o s s ã o a q u e c i d o s na m i s t u r a e m p r o p o r ç õ e s d i f e r e n t e s . O s u l f e t o FeS2 o c o r r e em d u a s formas, tipo pirita e tiomarcarita (Pasquariello e colaboradores, 1984). Cobalto e n í q u e l t a m b é m f o r m a m s u l f e t o s do tipo M S e MS2 (Pasquariello e colaboradores, 1984). 31 1.6.2.7 Sulfetos de c r ô m i o , molibdenio e tungstênio O s s u l f e t o s de c r ô m i o o c o r r e m no i n t e r v a l o d a s e s p é c i e s CrS e CraSa. A s p r o p r i e d a d e s q u í m i c a s e a e s t r u t u r a d e s t e s c o m p o s t o s s ã o semelhantes. São conhecidos os s e g u i n t e s s u l f e t o s de m o l i b d e n i o : M02S3. M 0 S 2 , M0S3, M02S5 e M0S4. O s u l f e t o M0S3 n ã o p o d e s e r p r e p a r a d o pela síntese direta decomposição do dos elementos, sulfeto mas pode (NH4)2lV1oS4. Q u a n d o ser o obtido sulfeto pela M0S3 é a q u e c i d o p e r d e e n x o f r e a t é a t i n g i r a c o m p o s i ç ã o M00.83S2 . 1.6.2.8 S u l f e t o s de M a n g a n ê s , T e c n é c i o e R ê n i o O s s u l f e t o s de m a n g a n ê s s ã o m u i t o p a r e c i d o s c o m os de z i n c o e c á d m i o . O s s u l f e t o s M n S e MnS2 s ã o s e m i c o n d u t o r e s e e m b a i x a temperatura s ã o a n t i f e r r o m a g n e t i c o s . Já os s u l f e t o s de t e c n é c i o e r ê n i o d i f e r e m d o s s u l f e t o s de m a n g a n ê s . S ã o m a i s s e m e l h a n t e s a o s s u l f e t o s de m o l i b d e n i o e t u n g s t ê n i o . O h e p t a s u l f e t o Re2S7 p o d e s e r p r e p a r a d o p e l a r e a ç ã o de p e r r e n a t o s c o m s u l f i d r e t o . A d e c o m p o s i ç ã o t é r m i c a d o Re2S7 se a s s e m e l h a à do M0S3. O s u l f e t o de t e c n é c i o , t a m b é m é p r e p a r a d o pela r e a ç ã o d o s p e r t e c n e t a t o s c o m H2S TC2S7. em solução aquosa ácida (Ruifsand e Meinke, 1952). 1.6.2.9 S u l f e t o s dos l a n t a n í d e o s Uma revisão dos sulfetos dos metais das terras raras foi r e a l i z a d a por F l a h a n t e L a r u e l l e ( 1 9 6 8 ) . N a m a i o r i a de s e u s c o m p o s t o s as t e r r a s r a r a s são t r i v a l e n t e s . Os sesquissuifetos, Ln2S3, são semicondutores (Jeilinek, 1968), d e v i d o a o s e l é t r o n s na b a n d a de v a l e n c i a . Os sesquissuifetos de escandio e itrio, SC2S3, Y2S3, são s e m i c o n d u t o r e s . O s s u l f e t o s S c S , S C 5 S 7 , Y S e Y 5 S 7 são m e t á l i c o s . 32 Os s u l f e t o s d o s l a n t a n í d e o s d i v a l e n t e s , S m S , E u S , e Y b S se a s s e m e l h a m m a i s a o B a S do q u e a o s s u l f e t o s do t i p o L n S , q u a n t o a o caráter nao-metálico. T é r b i o e t ú l i o f o r m a m s u l f e t o s m o n o c l í n i c o s do t i p o L n s S r , q u a i s s ã o c o n d u t o r e s m e t á l i c o s . DyaSs, os H02S3, EraSa e TmaSa t a m b é m acima mencionados são monoclínicos (Sieight, 1968). Os sulfetos decompõem em das terras temperaturas raras abaixo de seus pontos não de se fusão. A s s i m , a l g u n s d e s t e s s u l f e t o s s ã o u s a d o s e m s e m i c o n d u t o r e s de a l t a temperatura. Em contraposição, os dissulfetos das p e r d e m e n x o f r e j á a c e r c a de 6 0 0 ° C , f o r m a n d o o s terras raras sesquissuifetos correspondentes. O x i s s u l f e t o s de c o m p o s i ç ã o Ln202S são c o n h e c i d o s para itrio e l a n t â n i o , a p r e s e n t a n d o e s t r u t u r a r e l a c i o n a d a c o m a do ó x i d o La203. A m a n i p u l a ç ã o de s u l f e t o s s e n s í v e i s a o ar, c o m o o s d o s m e t a i s alcalinos e das terras raras deve ser feita em atmosfera d e s o x i g e n a d a , p o r e x e m p l o , e m "caixa d e l u v a s " c o m a r g ô n i o s e c o . 33 PARTE 2 EXPERIMENTAL Método O método constitui-se em uma operação simples de reação e n t r e d o i s s ó l i d o s , d o s q u a i s um é o g e r a d o r d e s u l f i d r e t o e o o u t r o s ó l i d o p o d e s e r um s a l , um ó x i d o d o m e t a l o u m e s m o o p r ó p r i o m e t a l , f o r m a n d o o s u l f e t o , de a c o r d o c o m a r e a ç ã o : Me^* (s) + (NH2)2CS (s) • MeS (s) + NH2CN (I) + 2 H" Neste caso, o gerador de sulfidreto s e l e c i o n a d o e e s t u d a d o é a tiouréia, a produzindo presentes qual o na se H2S, decompõe que mistura reage durante com formando o o o processo metal sulfeto ou seus de síntese compostos (Calderón-Moreno e Yostiimura, 2002). 2.1 Reações O mecanismo proposto para a formação do sulfeto metálico i n c l u i r e a ç õ e s s e c u n d á r i a s de a c o r d o c o m os e x e m p l o s i n d i c a d o s a seguir. 34 Exemplos: S í n t e s e do C d S {NH2)2CS (s) CdC03(s) + + ÇdS(s)| p^ig) H20(i) + H^3(g) CdCOsís) NH2CN (I) + {NH2)2CS(s) • 3(g) C02(g) CdS(s) + NH2CN (i) + CO2 (g) + H2O (i) S í n t e s e do Z n S J^(g)+ (NH2)2CS (s) ZnCOsís) + -> ^ { g ) ZnS(s) 1 + H20(i) H2p0^g) ZnCOs (s) + (NH2)2CS (s) Na reação iniciai cianamida com aumento carbonato do m e t a l a ^ ZnS (s) tiouréia NH2CN(i) se 3(g) + + NH2CN(I) transforma C02(g) + em da t e m p e r a t u r a . O s u l f i d r e t o presente na m i s t u r a Cof(g) +H2O (I) sulfidreto e reage com o sólida formando o sulfeto m e t á l i c o e á c i d o c a r b ô n i c o o q u a l se d e c o m p õ e e m g á s c a r b ô n i c o e vapor d'água. 35 Pode ocorrer ainda transformação do sulfeto obtido. Como e x e m p l o c i t a - s e a s í n t e s e do s u l f e t o de z i n c o . C o m o a u m e n t o da t e m p e r a t u r a , a p ó s 3 0 0 ° C , o c o r r e sua o x i d a ç ã o c o m t r a n s f o r m a ç ã o ao ó x i d o de z i n c o , o q u a l p e r m a n e c e e s t á v e l a t é a l t a s t e m p e r a t u r a s . 2ZnS{s) + 02(g) • 2 ZnO (s) + 82(9) S í n t e s e do H g S A r e a ç ã o g l o b a l do p r o c e s s o de s í n t e s e do H g S é a s e g u i n t e : (NH2)2CS (s) • HaSl^) + NH2CN (i) HgCl2(s)+ > t 2 ^ { g ) • HgS(s)i+ HgCl2(s) A reação + (NH2)2CS{s) intermediária — • HgS (s) + que ocorre durante 2HCI (i) NH2CN (i) o + 2 HCI (i) processo de s í n t e s e s u p õ e - s e ser a s e g u i n t e : HgCl2(s) + (NH2)2CS(s) > C4H8NH4S2>:igCl2/[HgCI(SC(NH2)2]CI C4H8NH4S2.HgCl2/ÍHgCI{SC(NH2)2]CI HgCl2 (s) + (NH2)2CS (s) • • HgS (s)l + NH2CN (i) + 2 HCI (i) HgS (s) + NH2CN (i) + 2 HCI (i) N o c a s o do uso do c l o r e t o de m e r c ú r i o I (calomelano) reagente, quando a síntese é realizada em uma temperatura como menor 36 que 1 5 0 - 2 0 0 ° C , ocorre uma reação intermediária durante o processo que se supõe gerar o C4H8NH4S2.HgCl2/[HgCI(SC{NH2)2]CI, comprovada Figura pela análise 12. reagentes Este em aquecimento de no cuja composto: formação pode ser por d i f r a ç ã o de r a i o s X, a p r e s e n t a d a composto questão seguinte é um tipo de c o m p l e x o (tiouréia máximo e cloreto 300°C de formado mercúrio), transforma-se em na pelos que HgS. com Nesta t e m p e r a t u r a , a f o r m a ç ã o de HgS é p r a t i c a m e n t e t o t a l . E s t a c a r a c t e r í s t i c a é uma das e x p l i c a ç õ e s p a r a a f o r m a ç ã o de s u l f e t o de m e r c ú r i o II e não s u l f e t o de m e r c ú r i o I, c o m o era p r e v i s t o . Outro fato comprovadamente possível, é que ocorre uma d e c o m p o s i ç ã o do c a l o m e l a n o (HgCI) q u a n d o e x p o s t o á luz e ao ar, o que é acelerado p e l a e l e v a ç ã o da t e m p e r a t u r a , d e c o m p o n d o - o em c l o r e t o de m e r c ú r i o II e m e r c ú r i o , s e g u n d o a r e a ç ã o : 2 H g C I = H g ° + HgCl2 (Mellor,1952). Porém o HgCI não reage totalmente, em t e m p e r a t u r a s m e n o r e s q u e 2 0 0 ° C , s e n d o o r e n d i m e n t o m e n o r q u e no caso do HgCl2. altamente Mesmo tóxico, o que assim, devido inviabiliza o ao fato seu uso, de o seria HgCh ser melhor u t i l i z a ç ã o d o H g C I na s í n t e s e , m e s m o c o m u m r e n d i m e n t o a menor, s e p a r a n d o o c l o r e t o e x c e d e n t e por meio de l a v a g e m e f i l t r a ç ã o . O acima HgS de normalmente 478°C pode é i n s t á v e l em t e m p e r a t u r a s ocorrer decomposição do elevadas sulfeto, e com f o r m a ç ã o de m e r c ú r i o m e t á l i c o e e n x o f r e e l e m e n t a r , o q u a l p o d e s e r o x i d a d o a d i ó x i d o de e n x o f r e em p r e s e n ç a de ar ( D u v a l , 1 9 5 3 ) . 2HgS(s) S2(g) • + 2 02(g) 2Hg°(g) + 82(9) 2 SO2 (g) 37 P a r a o c a s o da u t i l i z a ç ã o do H g C l na m i s t u r a i n i c i a l , p r o p õ e - s e a seguinte reação: HgCI (s) + (NH2)2CS (s) -> HgS (s)+ NH2CN (i)+ HCI (I) + 72 H2 (g) E n c o n t r a - s e na l i t e r a t u r a ( K u h a i m i , 1 9 9 8 ) um m e c a n i s m o mais d e t a l h a d o p a r a a h i d r ó l i s e da t i o u r é i a e p r e c i p i t a ç ã o do C d S a p a r t i r de u m a s o l u ç ã o amonio contendo a c e t a t o de c á d m i o , t i o u r é i a , a c e t a t o e h i d r ó x i d o de a m o n i o . A a m ô n i a é o a g e n t e de complexante p a r a o c á d m i o , a t i o u r é i a é o f o r n e c e d o r de íon s u l f e t o e a m i s t u r a de acetato de a m ô n i o - a m ô n i a serve como tampão. É sugerido o s e g u i n t e e s q u e m a p a r a as r e a ç õ e s s e q ü e n c i a i s : -• N H / + OH" (1) NH3 + H2O (2) Cd^^ + 2 OH- Cd(0H)2 (s) (3) Cd^" + 4 NH3 Cd(NH3)4^" (4) (NH2)2CS + 2 OH" S^- + 2 H2O + H2CN2 (5) Cd^^ + S^- -• CdS (s) O banho é agitado continuamente durante a precipitação feita a 90°C. O produto residual da hidrólise da tiouréia, a cianamida, c o n t i n u a r e a g i n d o e f o r m a m i s t u r a de g u a n i d i n a e u r é i a ( H a r i s k o s e c o l a b o r a d o r e s , 2 0 0 1 ) , s e g u n d o as r e a ç õ e s s e g u i n t e s : (H2N)2CS + OH- - > HS" + H2O + NH2CN cianamida NH2CN + H2O - • (H2N)2CO uréia NH2CN + NH4OH (H2N)2C=NH2* + OH" íon guanidina 38 2.2 Toxicidade A reação de sulfetação com tiouréia forma como composto s e c u n d á r i o a c i a n a m i d a , um c o m p o s t o c o m f ó r m u l a N H 2 C N , m o l e c u l a r 4 2 , 0 4 , p o n t o de e b u l i ç ã o ponto de fusão fenóis, aminas, 42°C, muito éteres, hidrocarbonetos 83°C, densidade solúvel e cetonas; halogenados; em água; pouco 1,28 solúvel solúvel praticamente a 20°C, em em massa álcool, benzeno insolúvel e em ciclohexano. A dose 125mgkg-\ letal LD(50) para cianamida em ratos, via oral, é e foi o b s e r v a d o que a cianamida é bastante irritante e cáustica para a pele. C i a n a m i d a é c á u s t i c a e p r o v o c a i r r i t a ç ã o n o s o l h o s , na p e l e e mucosas dose do única aparelho são respiratório normalmente de humanos. transitórios Efeitos (0,5 a 2 após uma horas), e a e s t i m a t i v a da t a x a de d o s e f a t a l e m h u m a n o s é de 4 0 a 5 0 g ( G o s s e l i n e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 8 4 ) . C i a n a m i d a t a m b é m c a u s a i n i b i ç ã o da e n z i m a aldehido-dehidrogenase, indivíduos consumidores a qual de causa uma reação álcool. A cianamida perniciosa cálcica tem em sido usada em tratamentos associados à terapia para alcoolismo(Gosselin e c o l a b o r a d o r e s , 1 9 8 4 ) . O a c ú m u l o d e a c e t a l d e í d o no c o r p o h u m a n o , o qual é causado pela interação da a c e t a m i d a e álcool, produz a s í n d r o m e de v a s o d i l a t a ç ã o c a r a c t e r i z a d a por i n c h a m e n t o f a c i a l , d o r de c a b e ç a , n á u s e a , v ô m i t o , d i f i c u l d a d e de r e s p i r a ç ã o , s u o r , sede, d o r e s no p e i t o , h i p o t e n s ã o , f r a q u e z a , v e r t i g e m , v i s ã o e m b a ç a d a , e confusão mental (Hathaway e colaboradores, 1991). O contato com c i a n a m i d a na f o r m a de pó ou l í q u i d a c a u s a f o r t e i r r i t a ç ã o d o s o l h o s e ulceração pele (Grant, 1986). Alguns reagentes utilizados também possuem t ó x i c a s e n e c e s s i t a m ser m a n i p u l a d o s c o m c a u t e l a , propriedades principalmente mercúrio e cádmio. Porém, o processo não gera resíduos, quando 39 r e a l i z a d o em p r o p o r ç õ e s e s t e q u i o m é t r i c a s , d e v i d o a o f a t o d e s e r u m a o p e r a ç ã o e m u m a só e t a p a . Os reagentes manipulados mercúrio que merecem maior atenção s ã o os s a i s d e m e r c ú r i o , p r i n c i p a l m e n t e I I , por s e r altamente tóxico. Neste caso, ao serem o cloreto é preferível de a u t i l i z a ç ã o do c a l o m e l a n o , c l o r e t o de m e r c ú r i o I, q u e f o r m a o s u l f e t o de m e r c ú r i o e é m e n o s t ó x i c o e p e r i g o s o q u e o c l o r e t o d e m e r c ú r i o I I , como já discutido no item 2 . 1 , onde são mostradas as reações correspondentes. A tiouréia possui toxicidade razoavelmente baixa. A dose LD(50) 1996). em ratos, via oral, é 1830 mgkg'^ ( G o s s e l i n , 1984; letal Merck, 40 Caracterização dos Sulfetos Um m é t o d o d e a n á l i s e e f i c a z para a c a r a c t e r i z a ç ã o d o s s u l f e t o s p r e p a r a d o s d u r a n t e e s t a t e s e é a D i f r a ç ã o de R a i o s - X . Os p r o d u t o s das reações sólido-sólido utilizando-se tiouréia em e x p e r i m e n t o s f o r a m c a r a c t e r i z a d o s por e s t a t é c n i c a e todos os identificados como sulfetos. Foram feitas exploratória ainda diferencial análises (DSC) pelas técnicas e análise de calorimetria termogravimétrica (TGA), q u e c o n f i r m a r a m o s r e s u l t a d o s das r e a ç õ e s p a r a o c á d m i o e o z i n c o . F o r a m f e i t a s a n á l i s e s de f l u o r e s c ê n c i a de r a i o s X p a r a d e t e r m i n a ç ã o do teor dos Sulfetos de Cádmio, Zinco e Mercúrio, além da d e t e r m i n a ç ã o da m a s s a e s p e c í f i c a por p i c n o m e t r i a de h é l i o . 3.1 Métodos Analíticos T o d o s os m é t o d o s a n a l í t i c o s u t i l i z a d o s p a r a a d o s c o m p o s t o s o b t i d o s nos e x p e r i m e n t o s métodos desenvolvidos Procedimentos realizadas as e Analíticos análises validados dos e estão e descritos constam Laboratórios de acordo caracterização nesta tese dos do IPEN, com as Manuais onde são de foram exigências da n o r m a NBR I S O / I E C 1 7 0 2 5 . 3.1.1 C a r a c t e r i z a ç ã o por D i f r a ç ã o de R a i o s X A t é c n i c a de a n á l i s e por D i f r a ç ã o de R a i o s - X b a s e i a - s e e m um fenômeno de espalhamento de radiação eletromagnética por um a r r a n j o p e r i ó d i c o de c e n t r o s de e s p a l h a m e n t o , c o m e s p a ç a m e n t o da mesma o r d e m de m a g n i t u d e do c o m p r i m e n t o i n c i d e n t e . Um f e i x e de r a i o s - X d i f r a t a d o de o n d a da por u m a a m o s t r a , radiação contém 41 informações s o b r e os t i p o s de á t o m o s q u e c o n s t i t u e m o material. Raios-X são ondas eletromagnéticas que possuem c o m p r i m e n t o s de o n d a de 10'^° a lO^^m e o s c o m p r i m e n t o s de o n d a q u e s ã o u t i l i z a d o s na difração estão eletromagnética, na f a i x a os de raios-X 0,5 a 2,5 possuem Â. Por serem propriedades de radiação ondas e partículas (Cuility, 1967; Fancio, 1999; Klug e A l e x a n d e r , 1974). S ã o u t i l i z a d o s , nos t u b o s de r a i o s - X , f e i x e s de e l é t r o n s de a l t a energia (aproximadamente 50kV) direcionados a um a l v o metálico r e f r i g e r a d o . A m a i o r p a r t e da e n e r g i a do f e i x e é p e r d i d a e m c o l i s õ e s q u e c o l o c a m os á t o m o s e m m o v i m e n t o e p r o d u z e m c a l o r . U m a p a r t e da e n e r g i a d e s t e s e l é t r o n s i n t e r a g e c o m o c a m p o e l é t r i c o d o á t o m o e quando os e l é t r o n s são desacelerados é reemitida como raios-X. P a r t e do f e i x e de e l é t r o n s c o l i d e c o m os e l é t r o n s do á t o m o a l v o e a l g u n s e l é t r o n s s ã o r e m o v i d o s de s e u s o r b i t a i s , l e v a n d o o s á t o m o s a um e s t a d o m a i s e x c i t a d o . A e n e r g i a a r m a z e n a d a n e s t e e s t a d o e x c i t a d o , q u e é m u i t o b r e v e , é e m i t i d a q u a n d o e l é t r o n s de mais outros orbitais p r e e n c h e m o orbital vazio. Estes elétrons de transição têm e n e r g i a q u a n t i z a d a e a r a d i a ç ã o e m i t i d a t e m c o m p r i m e n t o s de o n d a e s p e c í f i c o s , ou s e j a , é u m a r a d i a ç ã o c a r a c t e r í s t i c a . O s r a i o s - X q u e d e i x a m o a l v o t ê m c o m p r i m e n t o de o n d a e s p e c í f i c o s s o b r e p o s t o s à radiação branca (Fancio,1999). 3.1.2 D e t e r m i n a ç ã o Foram Calorimetría feitas Termogravimétrica análises Exploratória Termogravimétrica (TGA), dos sulfetos Diferencial que confirmaram reações para o cádmio, o mercúrio e o zinco. pelas (DSC) os técnicas e de Análise resultados das 42 TGA Termogravimetria é uma técnica de análise térmica onde a v a r i a ç ã o d e m a s s a da a m o s t r a , p e r d a ou g a n h o , é d e t e r m i n a d a c o m o uma função submetida da a uma termograma provocar como temperatura nos e/ou tempo programação fornece as enquanto controlada alterações que de o a amostra temperatura. aquecimento composição a faixa química decomposição do acompanhados decomposição de definida temperatura ou composto. os e que Também processos (Dupuis em Duval, de em que temperatura podem ser desidratação, 1950; é Duval, 1953; O pode na m a s s a d a s s u b s t â n c i a s c o n s t i t u i n t e s da a m o s t r a , estabelece é bem adquirida começa a avaliados e oxidação e Fernandes, 2002). A análise termogravimétrica isotérmica é feita em temperatura c o n s t a n t e e é r e g i s t r a d a a m a s s a da a m o s t r a e m f u n ç ã o do t e m p o . Na a n á l i s e t e r m o g r a v i m é t r i c a d i n â m i c a , a a m o s t r a é s u b m e t i d a a um a q u e c i m e n t o l i n e a r e f a z - s e um a c o m p a n h a m e n t o d a s v a r i a ç õ e s de m a s s a a p r e s e n t a d a s e m f u n ç ã o da t e m p e r a t u r a ( W e n d i a n d t , 1 9 8 6 ) . Foram sulfetos realizadas sintetizados variações de massa análises nesta tese, termogravimétricas isto apresentadas é, foram pela dinâmicas dos acompanhadas amostra em as função da é uma técnica na t e m p e r a t u r a , ao s e r s u b m e t i d a a um a q u e c i m e n t o l i n e a r . DSC Calorimetria exploratória diferencial (DSC) q u a l se m e d e a d i f e r e n ç a de e n e r g i a f o r n e c i d a a u m a s u b s t â n c i a ou s e u p r o d u t o de r e a ç ã o em f u n ç ã o da t e m p e r a t u r a , d u r a n t e o t e m p o em que os controlada necessária referência dois materiais de t e m p e r a t u r a , para manter a são submetidos ou s e j a , m e d e amostra na a uma a diferença mesma d u r a n t e o a q u e c i m e n t o ou r e s f r i a m e n t o programação de energia temperatura l i n e a r de ( A q u i n o , 1 9 9 6 ; D a n t a s , 1 9 8 3 ) . No i n s t a n t e em q u e a a m o s t r a da ambas sofre 43 algum tipo de mudança de estado físico ou quando ocorre uma r e a ç ã o q u í m i c a , o c o r r e l i b e r a ç ã o o u a b s o r ç ã o de c a l o r . É e x a t a m e n t e esse fluxo de temperaturas calor da necessário amostra e do para manter material de em equilíbrio referência que as são medidos pelo equipamento (Aquino, 1996). O registro resultante é a curva c a l o r i m é t r i c a e x p l o r a t ó r i a diferencial ou curva D S C . As informações obtidas por estas técnicas, associadas à d i f r a ç ã o d e r a i o s X, f o r n e c e m u m a a v a l i a ç ã o q u a n t i t a t i v a d a s r e a ç õ e s no e s t a d o s ó l i d o ( D a n t a s , 1 9 8 3 ) . N o s e x p e r i m e n t o s d e s c r i t o s n e s t a t e s e , as c u r v a s T G A foram o b t i d a s u s a n d o u m a t e r m o b a l a n ç a da m a r c a M e t t l e r T o l e d o , modelo TGA/SDTA851® módulo e para as curvas DSC foi utilizado o D S C 8 2 2 ^ . C o m a t m o s f e r a de ar s i n t é t i c o , v a z ã o d e 5 0 m L m i n - \ e t a x a de aquecimento de ICCmin-"" para TGA e 20°Cmin-'' para DSC, a m b o s os m é t o d o s com t e m p e r a t u r a variando de 25 a 6 0 0 ° C . 3.1.3Determinação da Massa Específica dos Sulfetos Sintetizados O m é t o d o u t i l i z a d o foi o de d e t e r m i n a ç ã o da m a s s a por p i c n o m e t r i a de h é l i o . O p i c n ô m e t r o p o s s u i d o i s de g á s (câmara da a m o s t r a e c â m a r a de e x p a n s ã o específica compartimentos do g á s ) , e as e n t r a d a s e s a í d a s de H é l i o s ã o c o n t r o l a d a s por v á l v u l a s . A d e n s i d a d e da a m o s t r a equação: m D = V cell " _y_exp - 1 P2 (D) é d e t e r m i n a d a p e l a da seguinte 44 Onde: m = m a s s a da a m o s t r a ; Vceii = v o l u m e d o c o m p a r t i m e n t o da a m o s t r a ; Vexp = v o l u m e d o c o m p a r t i m e n t o de e x p a n s ã o ; P i = p r e s s ã o no c o m p a r t i m e n t o da a m o s t r a ; P2 = p r e s s ã o a p ó s a e x p a n s ã o do g á s . A s c o n d i ç õ e s e x p e r i m e n t a i s f o r a m as s e g u i n t e s : • Número de p u r g a s : 3 0 ; • Pressão de p u r g a : 19,5 psig; • N u m e r o de r e p e t i ç õ e s ( c o r r i d a s ) : 3 0 ; • P r e s s ã o de p r e e n c h i m e n t o : 19,5 psig; T a x a de e q u i l i b r i o : 0 , 0 0 5 p s i g m i n " ^ ; P o r c e n t a g e m de v a r i a ç ã o : 0,05%; T e m p e r a t u r a de a n á l i s e : 2 0 ° C . 3.1.4 Análise Elementar dos Sulfetos de Cádmio, Zinco e Mercurio. A técnica cádmio, utilizada zinco e Espectrometria Comprimento mercúrio de de para a análise elementar estudado Fluorescência Onda de neste Raios (WD-XRFS) dos sulfetos trabalho X por associada de foi a Dispersão de Método de ao Parâmetros Fundamentais (FP) (Criss e Birks, 1968; Kataoka, 1989; Lachance, 1988; Sherman, 1955; Shiraiwa, 1966). O amostra cada método consiste produzindo elemento em incidir radiações químico. Estas um f e i x e fluorescentes radiações a n a l i s a d o r e c a p t a d a s p o r um d e t e c t o r . são de raios X em características difratadas por uma para um 45 O M é t o d o de P a r â m e t r o s as intensidades fluorescentes Fundamentais (FP) permite teóricas a partir das calcular intensidades m e d i d a s d o s e l e m e n t o s p r e s e n t e s na a m o s t r a , u t i l i z a n d o - s e a p e n a s a sensibilidade instrumental do espectrómetro de fluorescência de raios X. A sensibilidade intensidade medida instrumental e a teórica é basicamente e é função um f a t o r e n t r e do s i s t e m a óptico a do e q u i p a m e n t o , e f i c i ê n c i a de r e f l e x ã o do c r i s t a l a n a l i s a d o r , eficiência n a s c o n t a g e n s do d e t e c t o r e c o l i m a d o r e s . V a r i a p a r a c a d a elemento químico. Relacionando-se a intensidade fluorescente calculada e a intensidade fluorescente medida para cada químico, pode-se equipamento impurezas obter uma curva de sensibilidade e assim determinar a composição presentes na mesma, utilizando-se teórica elemento para o d a s a m o s t r a s e as o método FP e os p a d r õ e s puros dos e l e m e n t o s a serem analisados. O c á l c u l o da i n t e n s i d a d e f l u o r e s c e n t e d e r a i o s X t e ó r i c a b a s e i a se n o s s e g u i n t e s c r i t é r i o s : • T o d o s os e l e m e n t o s d e v e m e s t a r u n i f o r m e m e n t e d i s t r i b u i d o s na amostra; A intensidade é geralmente proporcional á concentração, p o d e n d o ser a f e t a d a p o r e f e i t o s de i n t e n s i f i c a ç ã o ou a b s o r ç ã o da m a t r i z ; • O efeito matriz pode ser calculado u s a n d o - s e o coeficiente de a b s o r ç ã o de m a s s a ; • A i n t e n s i d a d e f l u o r e s c e n t e de r a l o s X p r o v e n i e n t e s da a m o s t r a é d e p e n d e n t e da c o n f i g u r a ç ã o do e q u i p a m e n t o e d a s c o n d i ç õ e s de medida. 46 A intensidade fluorescente teórica é calculada por meio de r e l a ç õ e s m a t e m á t i c a s que l e v a m em c o n t a o c o e f i c i e n t e de a b s o r ç ã o de massa, rendimento de fluorescencia, coeficiente de absorção f o t o e l é t r i c a , b a r r e i r a de a b s o r ç ã o , t e n s ã o a p l i c a d a ao t u b o de r a i o s X e a e f i c i ê n c i a do e q u i p a m e n t o . Pode-se montar uma c u r v a de s e n s i b i l i d a d e do equipamento utilizando-se a relação entre a intensidade fluorescente medida e a teórica em função necessárias de amostras cada puras elemento ou com químico. Para composição isto química são bem conhecida. A s c o n d i ç õ e s e x p e r i m e n t a i s u t i l i z a d a s f o r a m as s e g u i n t e s : Para determinação (pentaetilenotriol), de detector enxofre, foi proporcional utilizado de fluxo um e cristal colimador PET de 5 5 0 n m . Na d e t e r m i n a ç ã o de H g , Cd e Z n , u t i l i z o u - s e um c r i s t a l LíF 2 0 0 , d e t e c t o r d e c i n t i l a ç ã o e c o l i m a d o r de I S O f i m . Em todas as determinações utilizou-se o espectrómetro de f l u o r e s c e n c i a de r a l o s X por d i s p e r s ã o de c o m p r i m e n t o de o n d a R I X 3 0 0 da R i g a k u , c o m t u b o de r a i o s Rh 5 0 m A x 5 0 k v . Os cálculos equipamento de são feitos análise e no próprio programa os resultados são utilizado fornecidos m i c r o g r a m a s do e l e m e n t o a n a l i s a d o por g r a m a da a m o s t r a . pelo em 47 Materiais e reagentes 4.1 Reagentes A c e t a t o de c h u m b o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; Acetato de z i n c o p.a. (marca QEEL - Química Especializada Erich Loewenberg ltda); C a r b o n a t o de b i s m u t o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; C a r b o n a t o de c á d m i o p.a. ( m a r c a C a r i o E r b a d o B r a s i l S . A . ) ; C a r b o n a t o de c é r i o ( p r o d u z i d o p e l o I P E N ) C a r b o n a t o de t e r r a s r a r a s ( p r o d u z i d o p e l o I P E N ) C a r b o n a t o de z i n c o p.a. ( m a r c a C a r i o E r b a d o B r a s i l S . A . ) ; C l o r e t o de c r ô m i o h e x a h i d r a t a d o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; C l o r e t o d e m e r c ú r i o I p.a. ( m a r c a C a r i o E r b a d o B r a s i l S . A . ) ; C l o r e t o de m e r c ú r i o II p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; lodeto de mercúrio II p.a. (marca Ecibra - Equipamentos C i e n t í f i c o s do Brasil S . A . ) ; Ó x i d o de c é r i o ( p r o d u z i d o p e l o I P E N ) Ó x i d o de m o l i b d e n i o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; S u l f a t o c ú p r i c o p e n t a h i d r a t a d o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; S u l f a t o de c o b a l t o h e p t a h i d r a t a d o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A . ) ; S u l f a t o de m e r c ú r i o II p.a. ( m a r c a S y n t h S . A . ) ; T i o u r é i a p.a. ( m a r c a J . T. B a k e r S . A . ) ; Z i n c o m e t á l i c o p.a. ( m a r c a M e r c k S . A ) . 48 4.2 • Equipamentos S i s t e m a de D i f r a t o m e t r i a de R a i o s - X D/l\/1AX-2000, Difratômetro H o r i z o n t a l D / M A X - 2 0 0 0 , e q u i p a d o c o m T r o c a d o r A u t o m á t i c o de Amostras, Monocromador de feixe difratado (Cristal Curvo), A c e s s ó r i o p a r a A n á l i s e de S t r e s s e A c e s s ó r i o p a r a A n á l i s e de Figura de Pólo, do Laboratório de Difração de Raios X do C e n t r o d e C i ê n c i a e T e c n o l o g i a de M a t e r i a i s ( C C T M ) do I P E N . • D i f r a t ô m e t r o m o d e l o D - 5 0 0 0 da m a r c a S i e m e n s , do L a b o r a t ó r i o d e R a i o s X da F a c u l d a d e de G e o c i ê n c i a s da U S P . • E s p e c t r ó m e t r o de f l u o r e s c ê n c i a de r a i o s X c o m d i s p e r s ã o comprimento de o n d a ( W D X R F ) , m o d e l o RIX-3000 da de Rigaku C o . l t d . , do L a b o r a t ó r i o de F l u o r e s c ê n c i a de R a i o s X do C e n t r o de Química e Meio Ambiente (CQMA) do IPEN. • Termobalança acoplado marca com TSO800GC1 e Laboratório de Mettler Toledo, controlador Star^ de software módulo fluxos de gerenciador Caracterização de T G A / S D T A 8 5 1 ^, gases do Polímeros módulo sistema, do Centro de do Q u í m i c a e M e i o A m b i e n t e ( C Q M A ) do I P E N . • DSC marca controlador Mettler de Toledo, fluxos de módulo gases DSC822®, módulo acoplado com TSO800GC1, a m o s t r a d o r a u t o m á t i c o T S O 8 0 / R O e Star® s o f t w a r e g e r e n c i a d o r do s i s t e m a , do L a b o r a t ó r i o de C a r a c t e r i z a ç ã o de P o l í m e r o s do C e n t r o de Q u í m i c a e M e i o A m b i e n t e ( C Q M A ) do I P E N . • Picnômetro AccuPyc 1330, marca Micrometrics C o r p o r a t i o n , do C e n t r o de C o m b u s t í v e i s IPEN. Nucleares Instrument (CCN) do 49 • Forno de nnicroondas NE7660BH, Tecnologia potência Química (doméstico) marca National, 2.450MHz, 120V, da do C e n t r o de Q u í m i c a modelo Divisão e Meio de Ambiente ( C Q M A ) do IPEN. • Lâmpada UV marca Hang Zhou Elct, corp. factory, H P W 1 2 5 T , 1 2 5 W E 2 7 , 2 2 0 V , da D i v i s ã o d e T e c n o l o g i a modelo Química d o C e n t r o de Q u í m i c a e M e i o A m b i e n t e ( C Q M A ) do I P E N . • Mufla marca FONITEC, modelo1913 do Laboratório de R e s í d u o s da D i v i s ã o de T e c n o l o g i a Q u í m i c a ( M Q T ) , d o C e n t r o de Q u í m i c a e M e i o A m b i e n t e ( C Q M A ) do I P E N . 50 Experimentos exploratorios Os p r i m e i r o s e x p e r i m e n t o s de s í n t e s e f o r a m f e i t o s e m caráter e x p l o r a t o r i o , p a r a se c o n t i e c e r o c o m p o r t a m e n t o d o s ó x i d o s e s a i s dos metais em contato com a tiouréia, em reação sólido-sólido. F o r a m r e a l i z a d o s e x p e r i m e n t o s em d i f e r e n t e s t e m p e r a t u r a s , o b t e n d o se c o m f a c i l i d a d e os s u l f e t o s c o r r e s p o n d e n t e s . V á r i o s s u l f e t o s f o r a m assim obtidos em temperaturas relativamente baixas. Por e x e m p l o , o s u l f e t o d e c á d m i o foi o b t i d o c o m e x t r e m a f a c i l i d a d e e e m t e m p e r a t u r a abaixo de 150°C. Em meio sólido a formação de HgS p r o n t a m e n t e , m e s m o em t e m p e r a t u r a a m b i e n t e . E m b o r a o s se dá sulfetos de i n t e r e s s e e s t u d a d o s a q u i f o s s e m s i n t e t i z a d o s e m t e m p e r a t u r a s n o intervalo de 25 a 200°C, em alguns testes a t e m p e r a t u r a foi e l e v a d a até 6 0 0 ° C . Realizaram-se, inicialmente, experimentos para a síntese dos s u l f e t o s d e C d , Z n , C u , C o , M o , H g , S b , A g , C e , Bi e C r , d e a c o r d o c o m o r e s u m o na T a b e l a 3. I n v e s t i g o u - s e a i n d a a p r o p r i e d a d e de f l u o r e s c e n c i a composto formado. Após a formação dos compostos, para foi cada incidida s o b r e e l e s u m a luz u l t r a v i o l e t a p a r a v e r i f i c a r a f l u o r e s c e n c i a . f e i t o s t e s t e s d o p a n d o - s e , c o m c é r i o , os s u l f e t o s não Foram fluorescentes p a r a o b t e n ç ã o de c o m p o s t o s f l u o r e s c e n t e s . Foram utilizados diferentes sais dos metais estudados, para v e r i f i c a r s e a r e a ç ã o o c o r r e da m e s m a m a n e i r a . V e r i f i c a n d o - s e q u e o método é válido para os diferentes tipos de sais dos metais v e r i f i c a d o s , o p t o u - s e por f a z e r os e s t u d o s a p r o f u n d a d o s c o m a p e n a s um dos tipos de sais, de acordo com a disponibilidade c a r a c t e r í s t i c a s de c a d a u m , de m a n e i r a a f a c i l i t a r o t r a b a l h o . e 51 Estudaram-se de reação, os p a r â m e t r o s temperatura tiouréia/precursor do de fusão sulfeto e de i n t e r e s s e c o m o : temperatura da de mistura, tempo de relação reação. O massas parâmetro t e m p e r a t u r a da r e a ç ã o f o i e s t u d a d o i n t e n s i v a m e n t e , no i n t e r v a l o de t e m p e r a t u r a a m b i e n t e a t é 3 0 0 ° C . P a r a isso u s a r a m - s e e s t u f a , b a n h o a ó l e o e m u f l a . F o r a m f e i t o s a i n d a e s t u d o s u t i l i z a n d o um f o r n o microondas, do t i p o d o m é s t i c o com potência de 2 , 4 5 GHz de , para v e r i f i c a r a e f i c á c i a da r e a ç ã o . Os compostos obtidos foram caracterizados por difração de r a i o s X para v e r i f i c a r a f o r m a ç ã o ou n ã o d o s s u l f e t o s . Em casos, cádmio, como por exemplo nas sínteses de sulfeto de alguns a f o r m a ç ã o t a m b é m pode ser constatada v i s u a l m e n t e . 5.1 5.1.1 Técnica operatoria iVlistura d o s r e a g e n t e s . Os reagentes Inicialmente, fez-se foram a misturados mistura destes por diferentes reagentes por técnicas. adição t i o u r é i a e do sal do m e t a l e m e s t u d o , a p e n a s p o r c o n t a t o d o s reagentes fazendo-se a mistura mecânica manual, sem Após este procedimento, a mistura foi levada da dois maceração. a aquecimento em f o r n o de m i c r o o n d a s , ou m u f l a ou b a n h o a ó l e o . Em uma maceração segunda dos etapa, reagentes em fez-se a mistura almofariz para por meio uma de melhor homogeneização. 5.1.2 Experimentos em mufla. Estas levadas à misturas mufla foram colocadas em c a d i n h o para aquecimento. As de p o r c e l a n a temperaturas e dos e x p e r i m e n t o s v a r i a r a m de 80 a 6 0 0 ° C d e p e n d e n d o do t e s t e . T a m b é m 52 foram feitos alguns testes em estufa a 65°C para verificar a r e a ç ã o . Neste caso o equipamento usado foi uma estufa c o m u m n o r m a l m e n t e u t i l i z a d a p a r a s e c a g e m de m a t e r i a i s e v i d r a r i a s . 5.1.3 E x p e r i m e n t o s em f o r n o de m i c r o o n d a s . Os reagentes foram misturados pelas mesmas técnicas anteriormente citadas. Após este processo, a mistura foi colocada em c o p o d e b é q u e r e l e v a d a ao f o r n o de m i c r o o n d a s , d o t i p o d o m é s t i c o c o m p o t ê n c i a de 2 , 4 5 G H z , p a r a a q u e c i m e n t o e r e a ç ã o . O t e m p o d e r e a ç ã o v a r i o u de 1 a 2 m i n u t o s , d e p e n d e n d o do t e s t e . F o r a m f e i t o s testes com adição de á g u a , v i s t o que o princípio da reação por m i c r o o n d a s s e b a s e i a na i n t e r a ç ã o da e n e r g i a c o m a s m o l é c u l a s á g u a . P a r t i n d o - s e d o p r i n c í p i o de q u e o e t a n o l p o s s u i u m a de pequena q u a n t i d a d e de á g u a , f o r a m f e i t o s e x p e r i m e n t o s u t i l i z a n d o e s t e á l c o o l p a r a u m e d e c e r as m i s t u r a s , o b t e n d o - s e assim, sulfetos com baixo t e o r de u m i d a d e . 5.1.4 E x p e r i m e n t o s em b a n h o a óleo. Inicialmente, os reagentes foram misturados pelas mesmas t é c n i c a s a n t e r i o r m e n t e c i t a d a s e c o l o c a d o s e m t u b o s d e e n s a i o . Os t u b o s de e n s a i o f o r a m c o l o c a d o s 180°C. em b a n h o a óleo e aquecidos a E s t a t e m p e r a t u r a foi a d o t a d a c o n s i d e r a n d o - s e a t e m p e r a t u r a de f u s ã o da t i o u r é i a que é 1 7 8 ° C . E m u m a s e g u n d a e t a p a , c o l o c o u - s e p r i m e i r o a t i o u r é i a no t u b o de e n s a i o e e s t e f o i a q u e c i d o no b a n h o a ó l e o a a p r o x i m a d a m e n t e ' 1 8 0 ° C p a r a f u s ã o da t i o u r é i a ( P F = 1 7 8 ° C ) . A p ó s a f u s ã o da t i o u r é i a , foi c o l o c a d o o sal d o m e t a l e m t e s t e e m a n t i d o o a q u e c i m e n t o que ocorresse a reação. para 53 5.2 Efeito da variação de t e m p e r a t u r a F o i e s t u d a d o o e f e i t o da t e m p e r a t u r a p a r a a s í n t e s e de s u l f e t o s de cádmio, zinco e mercúrio, fazendo-se sua caracterização por D i f r a ç ã o de R a i o s - X , para a c o m p a n h a r a r e a ç ã o de f o r m a ç ã o . O s s u l f e t o s de a l g u n s m e t a i s , c o m o c á d m i o e m e r c ú r i o , i n i c i a m s u a f o r m a ç ã o em t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , c o m o p o d e s e r c o m p r o v a d o p e l o s d i f r a t o g r a m a s nas F i g u r a s 5, 11 e 12. No caso do mercúrio, utilizando-se calomelano (HgCI) como matéria prima, foram realizados experimentos desde a temperatura a m b i e n t e , a t é a t e m p e r a t u r a de 3 0 0 ° C . 5.3 Efeito da variação do tempo E s t u d o u - s e o e f e i t o do t e m p o na s í n t e s e d o s v á r i o s sulfetos m e t á l i c o s d e s c r i t o s n e s t a t e s e , em t e m p e r a t u r a s d e s d e a a m b i e n t e até 300°C. Os resultados observados para os elementos cádmio z i n c o e m e r c ú r i o p o d e m ser v e r i f i c a d o s nas T a b e l a s 4 e 5, e d ã o u m a i d é i a d a i m p o r t â n c i a do e f e i t o da t e m p e r a t u r a e m r e l a ç ã o ao t e m p o . 5.4 Efeito do excesso de reagentes E s t u d o u - s e o e f e i t o do e x c e s s o de um d o s r e a g e n t e s , q u e r da t i o u r é i a , q u e r do c o m p o s t o m e t á l i c o nos p r o c e s s o s de s í n t e s e . F o r a m feitas sínteses utilizando-se quantidades estequiométricas r e a g e n t e s e t a m b é m e x c e s s o de um d o s r e a g e n t e s , n o r m a l m e n t e dos na f a i x a d e 10 a 1 5 % em m a s s a . Nos t e s t e s f e i t o s u t i l i z a n d o - s e e x c e s s o dos sais dos metais não foram obtidos resultados significativos, p o r t a n t o foi d a d a ê n f a s e aos t e s t e s c o m e x c e s s o de t i o u r é i a . 54 Resultados e Discussão O r e s u m o d a s o b s e r v a ç õ e s p r á t i c a s p a r a os s u l f e t o s sintetizados apresenta-se na T a b e l a 3. F o r a m f e i t o s metálicos experimentos c o m os s a i s d e a n t i m o n i o , b i s m u t o , c á d m i o , c é r i o , c h u m b o , c o b a l t o , cobre, crômio, mercúrio, molibdenio, níquel e zinco. Porém, nesta tese, será d a d a ênfase aos sulfetos de zinco, mercúrio e c á d m i o . Tabela 3: Resumo das observações das sínteses de vários sulfetos metálicos em proporções estequiométricas sintetizados em mufla ELEMENTO C O R DO PRECIPITADO TEMPERATURA MÉDIA FLUORESCÊNCIA DE REAÇÃO Antimonio Cinza escuro Bismuto Preto Cádmio Amarelo 90°C Cério Cinza claro 150°C Fluoresce - azulado Chumbo Preto metálico 130°C Não fluoresce Cobalto Cinza escuro azulado 180°C Cobre Preto Crômio Preto Mercúrio Grafite Molibdenio Preto metálico Níquel Preto Zinco Branco Devido amarela ao fato de característica, 180°C Não fluoresce Fluoresce - azulado o foi sulfeto fácil de cádmio constatar ter a uma coloração formação deste 55 composto. Fato este que foi confirmado pelas análises de caracterização. Sintetizou-se o s u l f e t o de z i n c o por m e i o d e r e a ç õ e s sólido- s ó l i d o , u t i l i z a n d o - s e c o m o m a t e r i a l de p a r t i d a o z i n c o m e t á l i c o tiouréia e também um sal de zinco com tiouréia. Nesta com parte e x p l o r a t ó r i a , as m i s t u r a s f o r a m a q u e c i d a s a 1 8 0 ° C . U s o u - s e , no c a s o do z i n c o , u m a t é c n i c a a l t e r n a t i v a : f u n d e - s e i n i c i a l m e n t e a t i o u r é i a e s o b r e a massa f u n d i d a a d i c i o n a - s e o zinco m e t á l i c o , zinco em pó, ou s a l de z i n c o . O s u l f e t o d e z i n c o a s s i m preparado é fluorescente. P o r é m , não foi observada a mesma fluorescencia com o sulfeto zinco obtido a partir da reação entre os sólidos de previamente m i s t u r a d o s e d e p o i s a q u e c i d o s . Por o u t r o l a d o , o s u l f e t o d e c á d m i o não fluoresce em qualquer das técnicas. No caso do mercúrio, utilizando-se calomelano (HgCI) como matéria prima, o sulfeto é formado mais facilmente em temperaturas p r ó x i m a s a 80-100°C, embora o rendimento ainda não seja o ideal. Porém este composto também se f o r m a e m t e m p e r a t u r a ambiente c o m b a i x o r e n d i m e n t o . A f o r m a ç ã o só é t o t a l p o r v o l t a d e 3 0 0 ° C . Todos os procedimentos autógenos sulfetos descritos das acompanhamento sintetizados em nesta foram misturas tese, dos da v a r i a ç ã o fase obtidos reagentes. do v a l o r de sólida inicial, com Foi os feito pH, dissolvendo-se, nos pHs um ou melhor, colocando-se o composto formado em contato com a água s o b a g i t a ç ã o e m e d i n d o - s e o pH da m i s t u r a f o r m a d a c o m a u x í l i o de um pHmetro. Não houve alteração de pH para as misturas, m a n t e n d o - s e t o d o s por v o l t a de 7 , 0 . 6.1 E f e i t o do t e m p o nas Inicialmente foram sínteses realizados ensaios, a partir m e r c ú r i o , c á d m i o e z i n c o c o m t i o u r é i a em d i f e r e n t e s dos sais de temperaturas. 56 d e s d e a m b i e n t e ( a p r o x i m a d a m e n t e 20-25°C) até 180°C. O b s e r v o u - s e q u e à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , a m i s t u r a de z i n c o e t i o u r é i a n ã o r e a g e prontamente. Porém, a mistura de mercúrio e tiouréia reage em p o u c o s m i n u t o s em t e m p e r a t u r a a m b i e n t e com baixo r e n d i m e n t o . A m i s t u r a de c á d m i o e t i o u r é i a r e a g e e m t e m p e r a t u r a a m b i e n t e bem lentamente. Posteriormente fizeram-se os experimentos em temperaturas mais altas, p o r é m cabe ressaltar que os rendimentos m e l h o r a m muito com um t e m p o maior. Observou-se que aproximadamente uma hora é o tempo ideal para reação total e formação dos sulfetos sob a q u e c i m e n t o a c i m a de lOO^C p a r a o c á d m i o , a c i m a de 1 5 0 ° C p a r a o z i n c o e a c i m a de 1 3 0 ° C p a r a o m e r c ú r i o . Na T a b e l a 4 , p o d e m ser observados em os tempos de reação médios para cada mistura f u n ç ã o da t e m p e r a t u r a . Tabela 4: Tempo de reação de misturas estequiométricas de tiouréia e sais metálicos em função da temperatura T E M P O S MÉDIOS DE REAÇÃO Temperatura Cd Hg Ambiente (20-25°C) > 2 meses 10 minutos 65°C 24 horas 5 minutos - 80°C 2 horas < 5 minutos - 100°C 10 minutos < 1 minuto - 150°C 1 minuto < 1 minuto 1 hora 300°C 1 minuto < 1 minuto 1 hora Zn Na T a b e l a 5 s ã o a p r e s e n t a d a s a s o b s e r v a ç õ e s para a f o r m a ç ã o de C d S em r e l a ç ã o ao t e m p o e t e m p e r a t u r a s de r e a ç ã o . Foi u t i l i z a d a 57 u m a m i s t u r a de c a r b o n a t o d e c á d m i o c o m t i o u r é i a ( 1 0 % d e e x c e s s o em r e l a ç ã o ao v a l o r e s t e q u i o m é t r i c o ) . P a r a a m i s t u r a de c a r b o n a t o de c á d m i o e t i o u r é i a f o i f e i t o um estudo mais prolongado em temperatura ambiente e a formação do composto foi observada formação de 98,2% durante do 4 composto, anos. sem Neste período, aquecimento u m i d a d e . De a c o r d o c o m os r e s u l t a d o s o b t i d o s p e l a dos compostos por Fluorescencia de Raios X, e houve livre de caracterização apresentados na t a b e l a 7, c o n s i d e r a n d o - s e q u e o v a l o r m é d i o o b t i d o p a r a o s s u l f e t o s de c á d m i o s i n t e t i z a d o s a 1 0 0 ° C p o r 1 h o r a é de 9 6 , 1 % , que o rendimento conclui-se (98,2%) foi total nesses 4 anos de reação q u a l q u e r t i p o de i n d u ç ã o d a r e a ç ã o , a p e n a s o s i m p l e s c o n t a t o sem dos reagentes. Foi realizado o m e s m o e s t u d o a p r e s e n t a d o na T a b e l a 5 p a r a m i s t u r a do c a r b o n a t o de c á d m i o e t i o u r é i a u t i l i z a n d o - s e a p r o p o r ç ã o e s t e q u i o m é t r i c a e n t r e os r e a g e n t e s a o i n v é s d e e x c e s s o de t i o u r é i a . Neste caso, não foi observada a fusão em qualquer dos experimentos. No c a s o da m i s t u r a de m e r c ú r i o em t e m p e r a t u r a ambiente, a reação é r á p i d a , mas não é t o t a l . No caso temperaturas do zinco, não ocorre formação inferiores a 150°C. Observou-se do sulfeto ainda, que e m t o r n o d e 3 0 0 ° C há uma f o r m a ç ã o t o t a l do s u l f e t o . em somente 58 Tabela 5: Síntese de CdS em função do tempo e temperatura de reação para misturas CdCOs e tiouréia em excesso TEMPERATURA TEMPO OBSERVAÇÕES 24 horas Nenhuma mudança na coloração da mistura 2 meses Pó fino de coloração amarelo muito claro 2 anos Pó fino de coloração amarelo intenso 2 horas Pó fino de coloração amarelo muito claro com Ambiente (20-25°C) 65°C 80°C 90°C predominância dos reagentes 24 horas Pó fino de coloração amarelo bem claro 2 horas Pó fino de coloração amarelo claro 24 horas Pó fino de coloração amarelo um pouco mais intenso 2 horas Pó fino de coloração amarela 4 horas Pó fino de coloração amarela, com início de fusão em alguns pontos próximos às paredes cadinho, onde a temperatura á maior que no centro da massa 1 minuto Início da formação 10 Pó fino de coloração amarela 30 Pó fino de coloração amarela 1 hora Pó fino de coloração amarela, com alguns pontos de 100°C massa fundida 2 horas Pó fino de coloração amarela, com maior área da massa fundida 1 minuto Início da fusão 1 hora Fusão da mistura com coloração alaranjada 110°C 59 6.2 Sínteses dos sulfetos com excesso de tiouréia F o i e s t u d a d o o e f e i t o do e x c e s s o de r e a g e n t e s na s í n t e s e d o s s u l f e t o s v e r i f i c a n d o - s e q u e q u a n d o liá um e x c e s s o de t i o u r é i a , o c o r r e a fusão da mistura sulfeto de c á d m i o - t i o u r é i a , com provável f o r m a ç ã o de um e u t é t i c o . O excesso de tiouréia após a síntese pode ser retirado por l a v a g e m do sulfeto com á g u a . Este t r a t a m e n t o não oferece q u a l q u e r dificuldade, uma vez que a tiouréia é completamente solúvel em água. O sulfeto de c á d m i o sintetizado em baixas t e m p e r a t u r a s 85°C) foi lavado para retirada (80- do e x c e s s o d e t i o u r é i a e s e c a d o 8 0 ° C e p o s t e r i o r m e n t e a q u e c i d o na m u f l a a 4 0 0 ° C p o r d u a s a horas. N ã o h o u v e a l t e r a ç ã o do c o m p o s t o . A d i c i o n o u - s e , e n t ã o u m e x c e s s o de t i o u r é i a ao C d S s e c o e a q u e c e u - s e n o v a m e n t e , o c o r r e n d o a f u s ã o quando a temperatura a t i n g e a m a r c a de 1 1 5 ° C . C o n c l u i - s e q u e a a d i ç ã o d e t i o u r é i a d i m i n u i o p o n t o d e f u s ã o da m i s t u r a C d S - t i o u r é i a . Foi o b s e r v a d o t a m b é m o m e s m o c o m p o r t a m e n t o p a r a o s u l f e t o de m e r c ú r i o q u a n d o a q u e c i d o e m p r e s e n ç a de e x c e s s o de t i o u r é i a . H o u v e f u s ã o da m i s t u r a a c i m a de 1 0 0 ° C . Os r e s u l t a d o s d o s e x p e r i m e n t o s p a r a os c o m p o s t o s de c á d m i o podem ser podendo-se ausência comprovados verificar pelos a formação dos reagentes iniciais difratogramas do CdS. das Figuras Verifica-se, no d i f r a t o g r a m a 1 e também, da F i g u r a 2 2, a (CdS l a v a d o ) , c o m p a r a d o c o m os d i f r a t o g r a m a s d a s F i g u r a s 3 e 4 , o s q u a i s c o r r e s p o n d e m a o s c o m p o s t o s i n i c i a i s na m i s t u r a r e a c i o n a l c a r b o n a t o de c á d m i o e t i o u r é i a . 60 Difratograma do CdS sintetizado a 80°C com excesso do CdCOa E lU c o O •O ro •o 'to c ™ 20 (graus) Figura 1 : Difratograma do CdS sintetizado a 80°C c o m excesso d o CdCOa O b s e r v a d o s na F i g u r a 1 , os p i c o s i d e n t i f i c a d o s p e l o s 3, 5 e 8 c a r a c t e r i z a m a formação de C d S . Os d e m a i s números picos são r e f e r e n t e s a o s r e a g e n t e s q u e p e r m a n e c e m s e m r e a g i r , d e v i d o ao f a t o d e a r e a ç ã o n ã o ser c o m p l e t a n e s t a s c o n d i ç õ e s . O p i c o d e n ú m e r o 1 refere-se à tiouréia e picos de números 2, 10, 14, 1 7 , 20 e 22 r e f e r e m - s e ao c a r b o n a t o de c á d m i o . Difratograma do CdS sintetizado a 100°C em proporção estequiométrica dos reagentes, lavado e secado B <B O) ra ç 600 •O 03 •O •(/> c AIA 29 (graus) Figura 2: Difratograma do CdS sintetizado a 100°C em proporção estequiométrica dos reagentes, posteriormente lavado e secado 61 Observando-se caracterizam a Figura a formação de 2, os três CdS tiveram picos um (2, 3 sensível e 4) que aumento, e n q u a n t o q u e o s d e m a i s p i c o s , r e f e r e n t e s ao e x c e s s o d e r e a g e n t e s , diminuem sensivelmente. ai.ooo «D . OO eo.ooo 2 0 (graus) Figura 3: Difratograma da tiouréia 3000 Difratograma do C d C O a »000 20 (graus) Figura 4: Difratograma do CdCOa 80.000 62 O sal de mercúrio reage prontamente com a tiouréia em temperatura ambiente, formando HgS, cujo rendimento aumenta com o a u m e n t o do t e m p o de c o n t a t o . Já o s u l f e t o de z i n c o n ã o se f o r m a prontamente nestas condições. Foi o b s e r v a d o t a m b é m q u e a u m i d a d e a c e l e r a a r e a ç ã o , t a n t o em temperatura Compostos ambiente, sintetizados apresentaram um como a partir tempo de em temperaturas de m i s t u r a s reação inferior mais com ao elevadas. adição dos de água experimentos feitos c o m misturas dos sólidos secos. 6.3 S í n t e s e do sulfeto de c á d m i o em t e m p e r a t u r a ambiente A f o r m a ç ã o do s u l f e t o de c á d m i o a p a r t i r da m i s t u r a carbonato de cádmio e tiouréia reage mesmo à temperatura ambiente. Neste c a s o a r e a ç ã o é m a i s l e n t a , m a s p r o s s e g u e c o n t i n u a m e n t e ao l o n g o do tempo. formação contato. difratogramas mostrados d o C d S em t e m p e r a t u r a Após coloração embora Os 2 amarela meses bem de na Figura 5 confirmam ambiente, após longo tempo reação, clara, sendo a mistura visível apresentou a formação não seja possível observar com clareza na por d i f r a ç ã o de raios x a presença dos três picos do a de uma CdS, caracterização característicos, c o m o p o d e s e r o b s e r v a d o na F i g u r a 5-A. Já p a r a u m e n v e l h e c i m e n t o de 7 m e s e s , é p o s s í v e l n o t a r a p r e s e n ç a d o s t r ê s p i c o s ( n ú m e r o s 3, 5 e 6) no difratograma, como a p r e s e n t a d a na F i g u r a 5 - B . pode ser observado na comparação 63 A . Difratograma de formação do CdS em temperatura ambiente, com envelhecimento de 2 meses E 3 ^ 4000 0) TD •g c 2000 uUJ 400 .00 nD .OO 20 (graus) 3000 B . Difratograma de formação do CdS em temperatura ambiente, com envelhecimento de 7 meses E Si 2000 c 8 •D ro •D •« 1000 c «"^ ^«« ^ ^ «'=''^ soo .oo 20 (graus) Figura 5: Comparação dos difratogramas do CdS formado em temperatura ambiente utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes, em frasco fechado e livre de umidade, (A) após 2 meses e (B) após 7 meses de envelhecimento 64 Na F i g u r a 5 - B ( e n v e l h e c i d o por 7 m e s e s ) p o d e - s e o b s e r v a r a presença dos três picos que caracterizam a f o r m a ç ã o de CdS (picos de n ú m e r o s 3, 5 e 6 ) , e m b o r a a p r e s e n ç a d o s d e m a i s p i c o s ( t i o u r é i a e carbonato então, a de cádmio) formação seja de ainda muito considerável acentuada. quantidade Verifica-se, de CdS em t e m p e r a t u r a a m b i e n t e e m um f r a s c o f e c h a d o e l i v r e u m i d a d e . A n a l i s a n d o os d a d o s o b t i d o s a p ó s 2 a n o s e m e i o , que ainda formado. há um Contudo, resíduo sabe-se dos reagentes que com iniciais a adição de verificou-se no água composto a reação prossegue bem mais rapidamente. Após 2 anos de reação em temperatura ambiente e sem q u a l q u e r t r a t a m e n t o , o b s e r v o u - s e um r e n d i m e n t o m e n o r q u e 2 0 % na f o r m a ç ã o d e C d S e m r e l a ç ã o ao i n i c i a l , de a c o r d o c o m a n á l i s e do t e o r t o t a l de s u l f e t o de c á d m i o c a r a c t e r i z a ç ã o p o r f l u o r e s c e n c i a de raios X. A p ó s 4 a n o s de r e a ç ã o , o b s e r v o u - s e q u e p r a t i c a m e n t e t o d o o C d C O a f o i c o n s u m i d o na f o r m a ç ã o do C d S . De a c o r d o c o m a F i g u r a 6, p o d e - s e o b s e r v a r a f o r m a ç ã o do C d S ( i d e n t i f i c a d o pelas linhas v e r m e l h a s ) e um d i f r a t o g r a m a c o m m e l h o r r e s o l u ç ã o , n ã o t e n d o s i d o d e t e c t a d a a p r e s e n ç a do c o m p o s t o C d C O s . P o r é m , a i n d a p o d e o b s e r v a d a p e q u e n a q u a n t i d a d e de t i o u r é i a ( i d e n t i f i c a d a p e l a s ser linhas azuis), embora a mistura inicialmente preparada tenha sido feita em p r o p o r ç õ e s e s t e q u i o m é t r i c a s e o r e s u l t a d o da d e t e r m i n a ç ã o do t e o r t o t a l dos s u l f e t o s s i n t e t i z a d o s t e n h a s i d o 9 8 , 2 % . 65 Difratograma do CdS produzido em temperatura ambiente, envelhecido por 4 anos CdS tiouréia 29 (graus) Figura 6: Difratograma do CdS formado em temperatura ambiente após 4 anos utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes, em frasco fechado e livre de umidade Para a s í n t e s e do s u l f e t o de c á d m i o , t a n t o para b a i x a s c o m o para a l t a s t e m p e r a t u r a s ( 1 5 0 a 4 5 0 ° C ) , o c o m p o s t o r e s u l t a n t e é um pó f i n o c o m boa f l u i d e z e c r i s t a l i n o a partir de 6 0 ° C , p o d e n d o ser observada nas esta propriedade nos difratogramas apresentados F i g u r a s 1, 2, 5 e 6. P o r é m o t e m p o de r e a ç ã o é m e n o r q u a n t o maior for a t e m p e r a t u r a . 6.4 Preparação dos sulfetos de zinco, mercúrio e de cádmio utilizando-se misturas estequiométricas. No d i f r a t o g r a m a da Figura 7, c o r r e s p o n d e n t e à f o r m a ç ã o do ZnS, pode-se carbonato observar de z i n c o que após e tiouréia, a síntese não e s t ã o os mais reagentes presentes, iniciais, pois a 66 reação foi feita com proporções estequiométricas, resultando em f o r m a ç ã o p r a t i c a m e n t e t o t a l do s u l f e t o de z i n c o . 20 (graus) Figura 7: Difratograma do ZnS sintetizado a 300°C utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes No d i f r a t o g r a m a da F i g u r a 7, é p o s s í v e l o b s e r v a r q u e a p ó s a síntese os reação foi compostos feita com iniciais não proporções mais estão presentes, estequiométricas, pois resultando a em f o r m a ç ã o p r a t i c a m e n t e t o t a l d o Z n S . Os p i c o s 1 , 2 e 3 na F i g u r a 7 s ã o c a r a c t e r í s t i c o s da f o r m a ç ã o do Z n S . No difratograma transformação temperatura oxidação do ZnS máxima do s u l f e t o da Figura em 8 pode-se ZnO, recomendada de z i n c o observar o início da quando aquecido acima da para síntese (300°C). A a e transformação em óxido de zinco c o n t i n u a até a c o n v e r s ã o t o t a l do ó x i d o , c o m o foi c o m p r o v a d o c o m o a u x í l i o do d i f r a t o g r a m a da F i g u r a 1 0 . 67 «.DDO 26 (graus) Figura 8: Difratograma do ZnS sintetizado a 450''C utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes N a F i g u r a 8, os p i c o s 2, 6 e 7 s ã o r e f e r e n t e s a o Z n S e o s p i c o s 3, 4 e 5 s ã o r e f e r e n t e s ao i n i c i o da t r a n s f o r m a ç ã o d o Z n S e m Z n O . O u s e j a , os p i c o s 3, 4 e 5 s ã o p i c o s c a r a c t e r í s t i c o s d o Z n O . Observou-se temperaturas mais que os elevadas sulfetos de zinco (acima de 300''C) formados em resultam em c o m p o s t o s mais cristalinos que podem ser o b s e r v a d o s comparando os d i f r a t o g r a m a s d a s F i g u r a s 9, o n d e a p a r e c e m p i c o s m a i s l a r g o s e Figura 7, alongados. onde podem Dependendo característica reatividade já ser da observados utilização do é i m p o r t a n t e , p o i s se h o u v e r do composto, recomenda-se picos sulfeto mais formado, necessidade a estreitos formação de em e essa melhor baixa t e m p e r a t u r a ( 1 5 0 ° C ) , o n d e o s u l f e t o de z i n c o é m a i s a m o r f o e m a i s reativo. 68 eo.ooo 26 (graus) Figura 9: Difratograma do ZnS sintetizado a 150°C utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes A partir de 4 5 0 ° G , em atmosfera de ar, o sulfeto de zinco c o m e ç a a se d e c o m p o r e formar o óxido de z i n c o (ZnO) e a 6 0 0 ° C , a p r o x i m a d a m e n t e , t o d o o s u l f e t o de z i n c o s e t r a n s f o r m a e m óxido c o m o p o d e s e r o b s e r v a d o na F i g u r a 1 0 . Difratograma do ZnS sintetizado a 600°C e (U B c CU T 3 TO •g '</> c J GO.OOO ^ Ar.... 80.000 20 (graus) Figura 10: Difratograma do ZnS aquecido a 600°C utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes 69 N a F i g u r a 10 v ê - s e um d i f r a t o g r a m a t í p i c o da f o r m a ç ã o de Z n O onde podem ser observados os p i c o s d e n ú m e r o s 1 , 2 , 3, 4 e 5, c a r a c t e r í s t i c o s da f o r m a ç ã o de Z n O . A f o r m a ç ã o d e H g S p o d e ser c o n f i r m a d a n o s d i f r a t o g r a m a s da F i g u r a 11 ( e m t e m p e r a t u r a a m b i e n t e ) , da F i g u r a 13 (a 1 3 0 ° C ) e da F i g u r a 14 (a 3 0 0 ° C ) . Difratograma do HgS sintetizado em temperatura ambiente E O) 3c 0 •D «o :9 c aoo .oo 20.000 29 (graus) Figura 1 1 : Difratograma do HgS sintetizado em temperatura ambiente utilizando-se proporção estequiométrica dos reagentes No d i f r a t o g r a m a mistura inicial foi da F i g u r a convertida 11, observa-se em HgS, pois que uma alguns parte dos da picos c o i n c i d e m c o m a s b a n d a s de e n e r g í a d o s u l f e t o d e m e r c ú r i o e e s t ã o r e p r e s e n t a d o s no d i f r a t o g r a m a p e l o s p i c o s de n ú m e r o s 7, 1 0 , 1 4 , e 2 5 , p o r é m u m a g r a n d e f r a ç ã o c o n t i n u a na f o r m a d e H g C I e t i o u r é i a . N e s t a F i g u r a 1 1 , o b s e r v a - s e f o r m a ç ã o de p e q u e n a quantidade de H g S , p o r é m , a q u a n t i d a d e de H g C I ( r e p r e s e n t a d o p e l o s p i c o s de números 6, 9, 11, 13, 17, 19, 20, significativa, m e s m o após a lavagem. 2 1 , 23 e 26) aínda é bem 70 Difratograma do HgS sintetizado em temperatura ambiente (envelhecido 1 semana) • HgS • C4HsNH4S2.HgCl2/[HgCl(SC(NH2)2]Cl «" HgCI 26 (graus) Figura 12: Difratograma do HgS sintetizado à temperatura ambiente (envelhecido por 1 semana) Antes complexo de da síntese tiouréia e do HgS cloreto observa-se de a formação mercúrio cuja de fórmula um é C 4 H 8 N 4 S 2 . H g C l 2 / [ H g C I ( S C ( N H 2 ) 2 ] C I . A c a r a c t e r i z a ç ã o é d i f í c i l pois a p r e s e n ç a de c l o r e t o de m e r c ú r i o a i n d a é g r a n d e , o q u e i n t e r f e r e nas raias de i d e n t i f i c a ç ã o do s u l f e t o de m e r c ú r i o . Na F i g u r a 12, o b s e r v a se a f o r m a ç ã o as faixas do c o m p l e x o e as faixas m o s t r a m o c l o r e t o de m e r c ú r i o a i n d a e x i s t e n t e . Fica difícil vermelhas verdes do HgS identificado pelas m a r c a m as r a i a s de f o r m a ç ã o linhas azuis, s e p a r a r as raias do c o m p l e x o e da t i o u r é i a , pois e s t a s se s o b r e p õ e m . 71 Difratograma do HgS sintetizado a 130°C E tu • • • D) J5 T0) C3D •g HgS HgS (meta) HgCI to c • d) 26 (graus) Figura 13: Difratograma do HgS sintetizado a 130°C No d i f r a t o g r a m a HgS nas raias da F i g u r a identificadas pelas 13, o b s e r v a - s e a f o r m a ç ã o linhas azuis do (metacinábrio) e v e r m e l h a s ( c i n a b r i o ) , p o r é m nem t o d a a m i s t u r a i n i c i a l foi c o n v e r t i d a em HgS. Ainda pode ser observada a presença de HgCI (calomelano) identificado pelas linhas verdes. O d i f r a t o g r a m a da F i g u r a 14 m o s t r a a f o r m a ç ã o de HgS a 3 0 0 ° C . P o d e - s e o b s e r v a r a f o r m a ç ã o de HgS em d u a s f a s e s , uma d e l a s m e t a , i d e n t i f i c a d a s no d i f r a t o g r a m a p e l a s r a i a s na cor a z u l e vermelho. Observa-se praticamente total. também que a formação do composto é 72 Difratograma do HgS sintetizado a 300°C 2100 2000 1900 1800 1700 H 1600 CO 1500 .1«00) 1300•O CO 1200 •g m '1100c 1000 soo 8[» 700 600 -\ SOO 4O0 300 2O0 -] 100 O I HgS HgS (meta) 2 9 (graus) Figura 14: Difratograma do HgS sintetizado a 300°C Caracterização dos Eventos Térmicos. Os e v e n t o s t é r m i c o s o c a s i o n a d o s na f o r m a ç ã o do C d S e do Z n S , b e m c o m o na t r a n s f o r m a ç ã o d e s t e ú l t i m o em Z n O , p o d e m ser acompanhados com a técnica termogravimétrica -TG e confirmados pela calorimetria exploratória diferencial - DSC. Da F i g u r a 15 até a F i g u r a 18 são e x i b i d a s as c u r v a s T G / D T G e DSC do estudo respectivamente, termoanalítico cujos eventos da formação térmicos de estão CdS e de ZnS, associados às reações aqui descritas, e ainda permitem melhor compreensão dos r e n d i m e n t o s do p r o c e s s o para c a d a s u l f e t o s i n t e t i z a d o . 73 F o r a m p r e p a r a d a s m i s t u r a s a partir d o s s a i s m e t á l i c o s com a tiouréia, inicialmente em proporções estequiométricas e feitas leituras das variações ocorridas durante a análise termogravimétrica c o m r a z ã o de aquecimento de 10°C por minuto e m a t m o s f e r a d i n á m i c a de ar s i n t é t i c o usando-se cadinho de alumina. A s í n t e s e do s u l f e t o de c á d m i o , c o n f o r m e r e a l i z a d a p a r a e s s a t e s e , o c o r r e de a c o r d o c o m a s e g u i n t e e q u a ç ã o : A CdC03(s)+ (NH2)2CS (s) ^ • ^ CdS (s) + NH2CN (I) + CO2 (g) + H2O (V) Na c u r v a TG ( F i g u r a 15) da r e a ç ã o de o b t e n ç ã o do C d S , p o d e ser observada urna perda de massa ao redor de 150°C, de aproximadamente 25%, que é coerente com o valor teórico esperado p a r a as p e r d a s de CO2 e H2O q u e s o m a m 2 4 , 9 5 % . A s e g u n d a p e r d a de massa que vai de aproximadamente 198 a 420°C a t r i b u i d a à v o l a t i l i z a ç ã o da c i a n a m i d a . O r e s i d u o f i n a l pode ser corresponde ao C d S f o r m a d o , cujo v a l o r t e ó r i c o é 5 8 , 1 3 % . TG de formação do CdS f- í10- Step 25.06 \ Massa: 11.9930 mg Method: TGA-CdS-Aír, 50.0 ml/min 25.:-600.0°C 13.00°C/mxn 50 100 5 150 IP 20C 1.=. 250 20 30C 25 350 4C0 J: 450 ')[ 5Q0 ib 550 50 'C b5i:dn Temperatura (°C) Figura 15: Curva TG/DTG do estudo de formação do CdS obtido da mistura estequiométrica de CdCOa e tiouréia. 74 O evento endotérmico, com temperatura de pico em 150°C, m o s t r a d o na c u r v a D S C ( F i g u r a 1 6 ) , c o n f i r m a o d e s p r e n d i m e n t o de CO2 e H2O. O s e v e n t o s q u e se e s t e n d e m d e a p r o x i m a d a m e n t e 1 7 0 a 315°C podem ser atribuidos à volatilização da c i a n a m i d a . *exo 4 65.36 mJ 198.13 " 257.35 'C Integral Onset Peak DSC de formação do CdS ra Integral Onset Peak (D C UJ -80.59 mJ 164.19 'C 190.20 "C Massa: 3.7000 mg Method: DSC-CdS-20,Air, 50. O ml/min 25.0-600.0°C 20.00°C,/T¿n 20 50 ,1,1,1,1, ' I ' I o 5 100 II 'I'I ' 'I 10 1 150 I, ' I ' 200 I'I'I 15 250 300 350 400 450 550 500 "C , I , I, I, I , I, I, I , I, I , I , I, I , I. I, I , I, I, 1 1I 1, I, 1 1I,1 I1 ,1lI,1l ,1l . 1l . l N I '> I J •|' I'i'l'|'i 'I' I' 1 1 1 1 1 1,1.1,1. ' I ' rI 'J I'' II ''lr ' II '' II 25 20 30 35 40 45 50 55min Temoeratura Í°C) Figura 16: Curva DSC do estudo de formação do CdS obtido da mistura estequiométrica de CdCOs e tiouréia As curvas TG (Figura 15) e D S C (Figura 16) confirmam os valores obtidos pelo cálculo estequiométrico d e m o n s t r a d o a seguir: 172,41g CdCOs + 76,12g de tiouréia, para formar 144,46g de CdS + 42,04g de NH2CN A síntese do s u l f e t o de z i n c o , c o n f o r m e realizada para esse t r a b a l h o , o c o r r e de a c o r d o c o m a s e g u i n t e e q u a ç ã o : ZnC03(s) + (NH2)2CS(s) -—• ZnS (s) + NH2CN (i)'*'+ C O 2 ( 9 ) ^ + H 2 O (v) 75 Na c u r v a TG ( F i g u r a 17) da r e a ç ã o de o b t e n ç ã o do Z n S t e m i n í c i o , ao r e d o r de 1 5 0 ° C , uma p e r d a t o t a l de m a s s a q u e p o d e ser a t r i b u i d a , por a n a l o g í a c o m a r e a ç ã o de o u t r o s s u l f e t o s neste trabalho, a pelo menos dois eventos estudados térmicos devido ao d e s p r e n d i m e n t o de CO2 e H2O. A v o l a t i l i z a ç ã o da c i a n a m i d a t a m b é m se inicia nestas observados na temperaturas DTG, e mais principalmente alguns em 180°C picos e podem 250°C, o ser que d i f i c u l t a a i d e n t i f i c a ç ã o da o r d e m de o c o r r ê n c i a dos f e n ô m e n o s da reação. ng Stuf 11.55 TG de formação do ZnS Kassa: 9.0510 mg Method: TGA-ZnS-Ait, 25.0-600.0°C 50.C ral/rain 10.00°C/rain / r-r-r^' r I • • ' r r I ' I ' I I • I ' I • I ' ! • I ' I i • i " ' r i ' r ' i ' i • i • i i ' i ' ! '. ' i ' i ' Temperatura (°C) Figura 17: Curva TG/DTG de formação do ZnS a partir da mistura estequiométrica de ZnCOs e tiouréia A c u r v a DSC ( F i g u r a temperatura 18) m o s t r a um e v e n t o e n d o t é r m i c o de pico em 1 4 8 , 4 8 ° C atribuido com à f o r m a ç ã o do Z n S e l i b e r a ç ã o dos p r o d u t o s v o l á t e i s . O s e g u n d o e v e n t o , c o m t e m p e r a t u r a de p i c o em 4 7 1 , 6 5 ° C é a t r i b u i d o à f o r m a ç ã o do ó x i d o de z i n c o . 76 D S C de formação do ZnS ça Integral Onset Peak Endset S- (D C LU - 4 6 3 1 . 3 3 mJ 123.27 'C 1 4 8 . 4 8 °C 180.30 'C Massa: 12,7000 mg Atmosfera: A r Method: DSC-ELAINE,20,AR SINT 25.0-600.O'C 20.00'C/nan 50.0 al/min 10 lÉîr Integral Onset Peak Endset 50 100 r ••' 'i' ••• 150 'i' 200 250 I.I I.I 300 350 400 - 5 3 0 . 0 1 mJ 425.51 'C 471.65 'C 511.03 'C 450 1,1 1.1 1,1 11 l' ' i ' ' i ' ' i ' I 14 16 18 20 I 10 12 500 I' 24 22 •c 550 'I''I' min 26 Temoeratura i°C) Figura 18: Curva DSC de formação do ZnS a partir da mistura estequiométrica de ZnCOa e tiouréia As formação curvas do T G (Figura ZnS a partir 17) e DSC (Figura d o s valores 18) c o n f i r m a m obtidos pelo a cálculo estequiométrico mostrado a seguir: 125,38g ZnCOa + 76,12g d e tiouréia, para f o r m a r 97,43g d e ZnS + 42,04g d e NH2CN, c o m f o r m a ç ã o f i n a l d e 8 1 , 3 7 g do Z n O Teoricamente, isto significa uma perda de massa de a p r o x i m a d a m e n t e 6 0 % a t é a f o r m a ç ã o do Z n O . E x p e r i m e n t a l m e n t e o programa de aquecimento foi levado até 600°C onde se atingiu u m a perda total d e massa igual a 6 3 , 8 % . 77 TG de formação do HgS Kassa: 4.Í.551 ni7 Kr-t:¡i i: T:;A-?::-/tinK, l';:.-;->.On.O-C r;r <1 .L, 10.0C"í-.'ini:! KO 1,1,1,1 is" "iro ^o" J ^J-TIT-S-J-; ' , I • 'T-I-, r l-,.J^^J^J_a^ 4:f' 4"': 1,1,1,1,1,1,1,1 1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1 Temperatura (°C) Figura 19: Curva TG/DTG da formação do HgS a partir da mistura estequiométrica de HgCI e tiouréia Na curva evidenciada TG exibida por uma na F i g u r a perda 19 a f o r m a ç ã o de massa não de HgS é definida e s t e q u i o m e t r i c a m e n t e na r e a ç ã o , m e s m o l e v a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o o r e n d i m e n t o a n t e r i o r m e n t e c a l c u l a d o de a p r o x i m a d a m e n t e 9 0 % , o q u a l p o d e s e r o b s e r v a d o na T a b e l a 7. Na c u r v a D S C ( F i g u r a 2 0 ) o b s e r v a se um e v e n t o e x o t é r m i c o c o m i n í c i o e m 195°C e t é r m i n o e m 3 7 0 ° C , com temperatura de p i c o em 212°C, que também contribui para e x p l i c a r a f o r m a ç ã o d o c o m p l e x o . No i n t e r v a l o d e t e m p e r a t u r a , q u e c o r r e s p o n d e a a p r o x i m a d a m e n t e 1 7 0 ° C , se d e s e n v o l v e m q u a s e t o d a s as r e a ç õ e s i n t e r m e d i á r i a s . O c o r r e m q u a s e t o d o s os f e n ô m e n o s q u e e n v o l v e m t r a n s f e r ê n c i a d e m a s s a e / o u d e e n e r g i a da r e a ç ã o s u p o s t a , como por exemplo, formação dos decomposição térmica dos compostos. compostos, volatilização e 78 Para a formação de HgS a partir da mistura de cloreto mercuroso e tiouréia, propõe-se a seguinte reação global: HgCI (s) + (NH2)2CS (s) HgS (s) + NH2CN (I) + HCI (I) + y 2 H2 (g) *exo D S C de formação do HgS ÇD Integral ONSET Peak E c 4603.13 aj 205.41 'C 212.35 °C LU 50 DSC-HgCl » TU-DSC-H<jCl Massa: S.2000 mg Method: DSC-ELAINE,20,AR SINT 25.0-600.0"C 20.00*C/niln 50. O ml/nún 50 100 '.' 150 '. ' •. ' ' .' ' . 250 200 I I 300 I 10 1 14 12 350 I _1 400 I 16 I 13 450 1,1 550 500 I I 1,1 I , 24 20 .1 T 26 •. MIN Temperatura (°C) Figura 20: Curva DSC de formação do HgS a partir da mistura estequiométrica de HgCI e tiouréia D e a c o r d o c o m a F i g u r a 19 ( T G ) e a F i g u r a 20 ( D S C ) , p a r a o sulfeto de mercúrio obtido pela reação da tiouréia com o cloreto m e r c u r o s o , a s s u m i n d o os v a l o r e s e s t e q u i o m é t r i c o s pois os r e a g e n t e s estão em proporções ideais, pode-se calcular o valor energia gerado durante a reação. Então, tem-se: 2 3 6 , 0 4 g HgCI + 7 6 , 1 2 g de t i o u r é i a , p a r a f o r m a r 2 3 2 , 6 6 g de H g S + 4 2 , 0 4 g d e N H 2 C N , + 3 6 , 4 5 g de HCI + 1g H2. teórico de 79 Observando-se aproximadamente a curva 200 a DSC 370°C da Figura ocorrem 20, as no intervalo etapas da de reação p r o p o s t a , i s t o é, o d e s d o b r a m e n t o do c l o r e t o m e r c u r o s o e m c l o r e t o m e r c ú r i c o , a f o r m a ç ã o do s u l f e t o de m e r c ú r i o , a f o r m a ç ã o e f u s ã o da cianamida, a combustão do formação e hidrogênio. vaporização Os cálculos do dos HCI e calores a formação envolvidos e na f o r m a ç ã o do HgS ilustram o que foi exposto a n t e r i o r m e n t e . Os c a l o r e s de f o r m a ç ã o d o s c o m p o s t o s na r e a ç ã o , o b t i d o s de Tabelas (Perry e Chilton, 1980), são: HgS = 12,8 kcal.mor'" N H 2 C N = 1 4 , 0 5 kcaLmor"" HCI = 2 2 , 0 6 k c a l . m o r ' ' H2 = 1 k c a l . m o l " ' ' A m a s s a inicial utilizada para a curva térmica foi 5 , 2 0 m g , ou s e j a , a m a s s a t o t a l i n i c i a l da m i s t u r a de t i o u r é i a e c l o r e t o m e r c u r o s o . Portanto, as massas formadas são: 3,88mg de HgS, 0,70mg de N H 2 C N . 0 , 6 1 m g HCI e 0 , 0 1 6 7 m g de H2. S a b e n d o - s e q u e a e n e r g i a de f o r m a ç ã o é d a d a p e l a f ó r m u l a , AH ( m J ) = n - m o l x AH de f o r m a ç ã o ( m J . m o l " ' ' ) e q u e 1 J e q u i v a l e a 4 , 1 8 c a l , c a l c u l a m - s e as e n e r g i a s de f o r m a ç ã o d o s c o m p o s t o s . Como a mistura tem proporções estequiométricas, pode-se a s s u m i r q u e a q u a n t i d a d e de H g S f o r m a d a c o r r e s p o n d e ao m e r c ú r i o inicialmente presente no HgCI e t o d o o HCI c o r r e s p o n d e ao n e s t e m e s m o c o m p o s t o , na r a z ã o m o l a r de 1 : 1 , e n t ã o t e m - s e : cloro 80 3 , 9 3 X 10-^ X 1 2 , 8 0 x 10^ x 4 , 1 8 x l O ^ AHí = = 890,83 mJ 236,04 ^"FHGS 0 , 5 9 mgdeCI X 10"^ X 2 2 , 0 6 X 10^ X 4 , 1 8 x l O ^ AHf^_, = = 1.534,68 mJ 35,45 0 , 0 1 7 X 10"^ X 1 X 1 0 ^ X 4 , 1 8 x l O ^ AHfH,= ; = 35,53 mJ 0 , 7 0 X 10-^ X 1 4 , 0 5 X 10^ x 4 , 1 8 x l O ^ AHfHH^CN = A soma = 9 7 7 , 8 9 mJ de todas as energias de f o r m a ç ã o envolvidas na r e a ç ã o , c a l c u l a d a s t e o r i c a m e n t e , é de 3.438,93 m J . C o n s i d e r a n d o - s e o calor de combustão do hidrogênio formado, admitindo-se hipótese d e v i d o ao fato de a reação ocorrer em a t m o s f e r a esta dinâmica de a r s i n t é t i c o e m u m a v a z ã o d e 5 0 m L m i n ' ^ e s a b e n d o q u e o c a l o r d e c o m b u s t ã o d o H2 é 3 3 . 8 8 7 , 6 c a l . g " \ t e m - s e : 0 , 0 1 6 7 X 10-^ X 3 3 . 8 8 7 , 6 x 4 , 1 8 x l O ^ A H ^ H 2 = ; Somando-se esta energia = 1.179,80 de c o m b u s t ã o aos demais mJ eventos t é r m i c o s de f o r m a ç ã o t e m - s e um total teórico de 4 . 6 1 8 , 7 3 m J . Este valor curva teórico é coerente D S C da F i g u r a com o valor 20 a q u a l experimental registra um total observado na de e n e r g i a de 4 . 6 0 3 , 1 3 m J . O s d e m a i s e v e n t o s de d e c o m p o s i ç ã o e c a r b o n i z a ç ã o s ó 81 ocorrem acima de 800°C, quando ocorre a liberação de matéria orgânica. Caracterização química e físico-química dos sulfetos. Foram compostos feitas obtidos determinações e determinação da massa do teor específica total dos dos sulfetos s i n t e t i z a d o s , de a c o r d o c o m e s p e c i f i c a ç õ e s d e s c r i t a s n o s i t e n s 3 . 1 . 3 (Determinação da Massa Específica dos Sulfetos Sintetizados) e 3 . 1 . 4 . ( A n á l i s e E l e m e n t a r d o s S u l f e t o s de C á d m i o , Z i n c o e M e r c ú r i o ) . Os r e s u l t a d o s e n c o n t r a m - s e n a s T a b e l a s 6 e 7. Tabela 6: Massa específica dos sulfetos sintetizados a partir das misturas estequiométricas dos sais dos metais com a tiouréia COMPOSTO M A S S A ESPECÍFICA (g.cm"^) OBSERVAÇÕES E DESVIO PADRÃO CdS 4,83 ± 0 , 0 1 Composto sintetizado a 100°C por 1 hora. HgS 3,81 ± 0 , 0 1 Composto sintetizado a 100°C por 1 hora. ZnS 2,83 ± 0 , 0 1 Composto sintetizado a 150°C por 1 hora. 82 Tabela 7: Média do teor total dos sulfetos sintetizados a partir das misturas estequiométricas dos sais dos metais com a tiouréia COMPOSTO CdS T E O R TOTAL ( % ) OBSERVAÇÕES 96,1 Composto sintetizado a lOO^C por 1 hora. 98,2 Composto sintetizado em temperatura ambiente por 4 anos. ZnS 99,9 Composto sintetizado a 150°C por 1 hora. 86,7 Composto sintetizado a I S C C por 1 hora. 88,1 Composto sintetizado a 130°C por 10 min. com mistura: HgCI e tiouréia. HgS 90,6 Composto sintetizado a 300°C por 1 h com mistura: HgCI e tiouréia 88,4 Composto sintetizado a 300°C por 1h com mistura: HgCl2 e tiouréia. P e l a a n á l i s e de f l u o r e s c ê n c i a de r a i o s X f o i p o s s í v e l d e t e c t a r , também, a presença dos reagentes em e x c e s s o , i s t o é, q u e não r e a g i r a m c o m p l e t a m e n t e , c o m o no c a s o do H g S f o r m a d o a b a i x o de 3 0 0 ° C , o q u a l a p r e s e n t o u e m m é d i a 1 1 % de H g C I n ã o r e a g i d o . E m b o r a a c i m a de 3 0 0 ° C o r e n d i m e n t o m e l h o r e b a s t a n t e , a i n d a r e s t a u m a p e q u e n a q u a n t i d a d e de HgCI n ã o r e a g i d o . Para o c a s o da s í n t e s e do H g S u t i l i z a n d o - s e a m i s t u r a de t i o u r é i a e H g C b , ao i n v é s de H g C I , o r e n d i m e n t o é s e m e l h a n t e ( a p r o x i m a d a m e n t e 8 8 % ) , m e s m o para s í n t e s e a 3 0 0 ° C . 83 6.5 R e a ç ã o em forno de microondas Os e n s a i o s r e a l i z a d o s em f o r n o de m i c r o o n d a s apresentaram ó t i m o s r e s u l t a d o s p a r a t o d o s os s u l f e t o s a q u i e s t u d a d o s . P o r é m , é n e c e s s á r i o que haja umidade para que a reação o c o r r a . A mistura p o r si só n ã o r e a g e , a não ser no c a s o do m e r c ú r i o q u e , c o m o j á c i t a d o nos i t e n s 6.1 ( E f e i t o do t e m p o nas s í n t e s e s ) e 6.2 (Sínteses c o m e x c e s s o de t i o u r é i a ) , r e a g e p r o n t a m e n t e , m e s m o á t e m p e r a t u r a a m b i e n t e . O t e m p o de r e a ç ã o é de a p r o x i m a d a m e n t e 1 m i n u t o p a r a o m e r c ú r i o e 2 minutos para o cádmio e zinco, desde que haja u m i d a d e s u f i c i e n t e p a r a a r e a ç ã o o c o r r e r , o b t e n d o - s e os s u l f e t o s . A c i m a de 3 minutos, ocorre a fusão dos compostos. Em alguns casos pode o c o r r e r r e a ç ã o v i o l e n t a , p r i n c i p a l m e n t e q u a n d o se u t i l i z a á l c o o l p a r a umedecer a mistura. Cuidado especial deverá ser observado em c a s o s nos q u a i s o c o r r e f o r m a ç ã o de m e t a i s , c o m o p a r a o m e r c ú r i o . Portanto optou-se pela reação em mufla ou forno, por ser mais segura. Pelos resultados obtidos até o presente m o m e n t o , a reação de f o r m a ç ã o d o s s u l f e t o s m e t á l i c o s u s a n d o - s e t i o u r é i a e ó x i d o s ou s a i s d o s m e t a i s de i n t e r e s s e e m f o r n o de m i c r o o n d a s m e r e c e um e s t u d o mais profundo. O s r e s u l t a d o s s ã o a n i m a d o r e s e as c o n d i ç õ e s s í n t e s e s d e v e m ser o t i m i z a d a s . de 84 Conclusão Apresentou-se obtenção de aqui sulfetos um método, metálicos em simples baixas e prático, temperaturas, para sem a u t i l i z a ç ã o d e c o m p o s t o s t ó x i c o s ou c a r c i n o g ê n i c o s c o m o g e r a d o r de sulfeto. T e n d o e m v i s t a os r e s u l t a d o s o b t i d o s , c o n c l u i - s e q u e o m é t o d o proposto para a obtenção dos sulfetos metálicos fazendo-se a reação s ó l i d o - s ó l i d o , c o m o a u x í l i o de um g e r a d o r de s u l f e t o , é u m a l i n h a de trabalho factível e interessante, principalmente do ponto de vista a m b i e n t a l , p o i s n ã o g e r a r e s í d u o s e a e n e r g i a g a s t a no p r o c e s s o é menor devido ao uso de t e m p e r a t u r a s relativamente baixas. Além d i s s o , e v i t a - s e o uso de r e a g e n t e s t ó x i c o s s e m o d e s p r e n d i m e n t o de odores desagradáveis. Nesta tese deu-se ênfase inicialmente à preparação dos s u l f e t o s de c á d m i o , m e r c ú r i o e z i n c o . A p e r s p e c t i v a de s í n t e s e de vários ter outros sulfetos está aberta e nosso trabalho deverá continuidade neste objetivo. Os estudos realizados nesta tese resultaram no d e p ó s i t o d u a s p a t e n t e s j u n t o ao I n s t i t u t o N a c i o n a l de P r o p r i e d a d e de Industrial (INPI). Os depósito "Processo estudos da exploratórios patente número foram base Pl 0 2 0 1 8 2 6 - 8 para de a requisição 28/03/02, intitulada para a remoção e recuperação de prata e seus sais filmes, chapas e papéis fotográficas". do de 85 O processo final desenvolvido neste trabalho de t e s e , gerou o depósito da patente número Pl 0 2 0 2 1 4 5 - 5 de 2 9 / 0 5 / 0 2 , intitulada " P r o c e s s o p a r a p r o d u ç ã o de s u l f e t o s m e t á l i c o s e m b a i x a t e m p e r a t u r a por r e a ç ã o s ó l i d o - s ó l i d o em u m a só e t a p a " . O fato de os estudos desenvolvidos nesta tese terem p r o p o r c i o n a d o a o p o r t u n i d a d e do d e p ó s i t o de d u a s p a t e n t e s j u n t o a o INPI v e m consolidar a importância e ineditismo deste t r a b a l h o . Nesta tese d e m o n s t r o u - s e que o sulfeto de c á d m i o é f á c i l m e n t e obtido, c o m as v a n t a g e n s decorrentes do p r o c e s s o inovador aqui d e s c r i t o e c o m um m e c a n i s m o r e a c i o n a l f a c i l m e n t e c o m p r e e n d i d o . J á no c a s o do m e r c ú r i o a s í n t e s e t a m b é m é f a c i l m e n t e a t i n g i d a , mas d a d a a p r ó p r i a q u í m i c a do m e r c ú r i o , os m e c a n i s m o s d e f o r m a ç ã o d o s sulfetos correspondentes síntese dos comporta sulfetos ainda uma de têm uma mercúrio continuação compreensão pelo mais processo da p e s q u i s a para c o m p r e e n s ã o das reações envolvidas. Como descrito difícil. aqui A descrito se ter melhor anteriormente, a s í n t e s e d o s s u l f e t o s p e l a r e a ç ã o de ó x i d o s , c a r b o n a t e s , c l o r e t o s e m e s m o os e l e m e n t o s é f e i t a em t e m p e r a t u r a b a i x a u t i l i z a n d o - s e os reagentes de inicialmente aquecimento usou-se em uma uma mistura sólida. mufla convencional Como e em fonte alguns casos e x p e r i m e n t o u - s e o a q u e c i m e n t o por m i c r o o n d a s . N e s t e c a s o d e v e - s e ter a l g u m a á g u a , p e l o m e n o s á g u a de c r i s t a l i z a ç ã o d o s compostos u s a d o s . Os r e s u l t a d o s o b t i d o s c o m o a u x í l i o d e f o r n o d e m i c r o o n d a s f o r a m s u r p r e e n d e n t e s , c o m t e m p o de s í n t e s e m u i t o p e q u e n o e s u a aplicação fica em aberto para novas p e s q u i s a s . 86 8 Recomendações para Aplicação da Desenvolvida e Propostas para Trabalhos De acordo com os pesquisa, recomenda-se resultados obtidos o uso do p r o c e s s o Técnica Futuros neste trabalho de aqui apresentado por r e a ç ã o s ó l i d o - s ó l i d o u t i l i z a n d o - s e um g e r a d o r d e s u l f i d r e t o "in s i t u " . E s t e p r o c e s s o é u m ó t i m o m é t o d o de o b t e n ç ã o d e s u l f e t o s m e t á l i c o s , o s q u a i s p o d e m s e r u s a d o s nas m a i s v a r i a d a s a p l i c a ç õ e s , i n c l u i n d o s e as b a t e r i a s s o l a r e s e c é l u l a s f o t o s s e n s í v e i s . O p r o c e s s o t a m b é m é indicado para estudo do grupo de sulfetos metálicos em laboratórios de ensino, uma vez que é seguro, limpo e v i r t u a l m e n t e sem rejeitos. Esta é uma linha de p e s q u i s a que deve ser explorada para outros c o m p o s t o s , como, por e x e m p l o , o grupo das terras r a r a s . S e r i a i n t e r e s s a n t e f a z e r um e s t u d o do m e c a n i s m o de reação para o caso do mercúrio, verificando e x a t a m e n t e o que ocorre na f a i x a d e t e m p e r a t u r a de a m b i e n t e a t é 2 5 0 ° C . Uma das possibilidade nanocompostos. propostas de para utilização trabalhos do futuros método para é o estudo produção da de 87 Referências Bibliográficas ABRÃO, A. Estudo do comportamento de extração de vários elementos por aminas de cadeias longas na presença de tiouréia como agente complexante. 1971. Tese (Doutorado)-lnstituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo. ABRÃO, A. Tecnology of uranium purification. 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