GFASC
Reevangelizar a vida familiar e
comunitária para ser “ícone” credível da
beleza de Deus.
Chamados a ser ícones
Agosto de 2012.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e sereis testemunhas,
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos:1,8).
O Sentido Cristão do Chamado a ser sinal
Como membro do povo de Deus, o leigo é chamado a ser
fermento de santidade, testemunhando as riquezas de seu Batismo e
Confirmação. Ele traz ao conjunto da Igreja a sua experiência de
participação nos problemas, desafios e urgências do seu mundo
secular, das pessoas, grupos sociais, etnias, empresas e povos.
•
“Consciente de sua realidade de batizado, deve
participar na pastoral de conjunto, na sua planificação e
execução”(Puebla,807-808),
• "Promovendo na Igreja estruturas de diálogo, de
participação e ação pastoral de conjunto, expressão de maior
consciência de povo de Deus, de pertença à Igreja" (Puebla 794-799).
Por isso assume trabalhos diversificados dentro da
comunidade (ministérios).
A espiritualidade do seguimento é fundamental para a
vivência cristã. O Espírito ensina-nos o verdadeiro seguimento de
Jesus e suscita hoje uma espiritualidade mais integrada, em que todas
as dimensões humanas são contempladas: a corporeidade, a
afetividade, a emoção, a racionalidade, a criatividade e a
sociabilidade.
Os discípulos de Emaús caminharam junto com Jesus,
experimentaram sua presença, acolheram o sentido da cruz e
regressaram à comunidade, animados e encorajados. Esse encontro
com Jesus é experiência do mistério que nos e envolve, que aquece
os corações, que seduz as pessoas, proporcionando um sentido novo
às nossas vidas. A paixão por Jesus nos leva a viver a compaixão, a
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solidariedade e a fazer da partilha fraterna nosso estilo de vida.
A espiritualidade não é uma parte da vida, mas a vida inteira
guiada pelo Espírito de Jesus. Entre os elementos de espiritualidade
que todo cristão deve assumir como próprios, destaca-se a oração.
A oração o levará, aos poucos, a ver a realidade com um olhar
contemplativo, que lhe permitirá reconhecer a Deus em cada instante
e em Todas as coisas; de contemplá-lo em cada pessoa; de procurar
cumprir sua vontade nos acontecimentos. Portanto, a espiritualidade
não afasta da vida cotidiana as dificuldades e problemas, mas dá
força e sabedoria para assumi-los de forma diferenciada.
Especialmente leigos e leigas devem buscar a santidade
dentro de suas próprias condições de vida. É o que ensina o Concílio
Vaticano II. Após ter afirmado com vigor a vocação de todos os fiéis
à santidade, a Constituição Lumen Gentium propõe alguns itinerários
espirituais não apenas a ministros e consagrados, mas também aos
esposos e pais, aos trabalhadores, aos pobres, aos sofredores, aos
perseguidos pela justiça, concluindo: "Todos os fiéis santificar-se-ão
dia a dia, sempre mais, nas diversas condições da sua vida, nas suas
ocupações e circunstâncias, e precisamente através de todas essas
coisas, desde que as recebam com fé das mãos do Pai celeste e
cooperem com a vontade divina, manifestando a todos, no próprio
serviço temporal, a caridade com que Deus amou o mundo". (CNBB,
Doe. n° 62; 176-180)
Ícones de correspondência a vocação na Sagrada escritura
1- Abraão e Sara: chamados para formar um povo
Os textos que falam da vocação de Abraão são: Gn 12,1-9; Sb
10,5; At 7, 2-3 e Hb 11, 8. Abraão, é chamado por Deus, quando
ainda estava em Ur, na Caldeia, para iniciar uma peregrinação. Na
caminhada ocorre o chamado. Abraão deixa a sua terra e se
estabelece em Canaã, antes mesmo de chegar ao Egito. Ele e Sara
crêem na promessa de uma terra farta, descendência numerosa e
eternidade da bênção divina. Em Abraão todos os povos da terra
serão benditos (Gn 12, 19). O livro da Sabedoria conservou a
memória da trajetória vocacional de Abraão como homem justo, forte
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e pleno de Sabedoria. A carta aos Hebreus destaca a fé de Abraão e
Sara na promessa. Eles foram obedientes ao chamado.
2 – Moisés: a vocação de um libertador
A trajetória da vocação de Moisés aparece em Ex 3, 1-15; 4,
1-17; 6, 2-13: 6, 28-30; 7,1-7. Deus chama Moisés numa chama de
fogo, do meio de uma sarça que ardia, mas não se consumia. Deus o
chama pelo nome: “Moisés, Moisés”. E ele responde prontamente:
“Eis me aqui.” Deus se apresenta e convoca Moisés para voltar ao
Egito e libertar o seu povo. Moisés tinha consciência da questão. De
lá, ele havia fugido. Esta narrativa quer mostrar o caminho
vocacional de Moisés: ele tem consciência da situação, sabe que
Deus o chama, mas tem medo. Ele apela para vários argumentos,
dentre eles, o não saber falar. Isto não é verdade, mas Deus aceita e
coloca o irmão para ajudá-lo. Nisto está à justificativa da necessidade
do sacerdócio, representado na pessoa de Aarão, para a realização da
vocação de Moisés. Moisés recebe o poder de falar com o Faraó, na
pessoa de seu irmão Aarão. Moisés já tinha 80 anos, quando foi
chamado.
3 – Maria: vocação para ser a mãe de Deus
É também a comunidade lucana, em Lc 1,26-38, que conserva
o chamado desta mulher de vida exemplar em Israel. Um anjo, isto é,
Deus mesmo lhe aparece e lhe anuncia que ela seria a mãe do
Salvador de Israel. Maria objeta que ela era ainda namorada de José.
Deus lhe garante que a gestação de seu filho seria por obra do
Espírito Santo. Maria, sem muito compreender aquela proposta
confia e aceita a missão.
4 - Apóstolos: vocação de propagar os ensinamentos de Jesus
Os judeus que se tornaram apóstolos de Jesus, o fizeram de
vários modos: vendo Jesus passar o seguiram (André); ouvem falar
de Jesus e o procuram para ser seu discípulo (Pedro); são chamados
por Jesus mesmo (Pedro, Levi, Filipe, Simão, André, Tiago, João). A
narrativa de Lc 6,12-16, por outro lado, mostra que Jesus chamou os
12 apóstolos ao mesmo tempo, dentre tantos outros que estavam com
ele em uma noite de oração. A missão dada por Jesus a estes homens,
na maioria pescadora, foi de se tornarem “pescadores de homens”.
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Matias, que substituiu Judas, fora escolhido em uma assembleia, por
meio da invocação do Espírito Santo.
Ser ícone em Madre Clélia
“Feliz de ti..., querida filha, que, depois de ouvir o apelo do Senhor,
venceste todas as dificuldades e te consagraste a Jesus na vida
Religiosa; e abençoada serás, se, com a graça de Deus, perseverar até
o fim.” (Antologia Mp. p.1).
“Doravante afasta de teu coração a tristeza, e serve ao Sagrado
Coração de Jesus com alegria. Fa-lo-ás, minha filha? Não duvido,
pois conheço a minha filha e sei de quanto é capaz, quando está com
boa vontade. Não é verdade?” (Antologia Mg. Ap., p.12).
“ A nossa vida, repito, é essencialmente vida de vítimas; ora, a vítima
deve morrer; mas não é imolação do corpo; a ele cabe a mínima
parte; é o orgulho que deve expirar; é o apego a nós mesmos, ainda
que nas coisas santas, que deve dar sinais de agonia.” (Antologia Mg., I,
p. 160).
“Não sejas indolente na busca do teu aperfeiçoamento: coloca todo o
ardor e o nobre entusiasmo de que és capaz. (...) Que as provações
não te assustem. Atira-te cegamente nos braços amorosos, de Jesus, e
com Ele darás passos gigantescos no caminho da santidade.”
(Antologia Mg., II, p. 180).
Para a nossa reflexão:
 Que aspectos da minha vocação batismal me tornam ícones da presença
de Jesus em minha vida?
 Como ajudo o outro a ser ícone na vivência da vocação batismal?
Escrevo minha pequena reflexão:
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Peço a Jesus a graça:
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11. Chamados a ser ícone